Erros Mais Comuns Do Português

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Erros mais comuns do português.

Aprenda
quais são!

1. “Mal” e “mau”
Por que “gêmeos do mal”, com “L”? É que “mau” com “U” é um adjetivo, enquanto
“mal” pode ser advérbio ou substantivo. Olha só:

● A luta entre o bem e o mal nunca acaba.


● Comemos muito mal durante a viagem.
● Nas histórias, as madrastas sempre são más, isto é, têm o coração mau.
● Quem é mal-humorado está sempre de mau humor!

2. “Bem” e “bom”
Quer uma dica? “Mal” é o contrário de “bem” e “mau” o de “bom”, ou seja, “bem”
pode ser usado nas mesmas situações em que se usa “mal”, e “bom” naquelas em
que você colocaria “mau”. Assim:

● Ficamos de bom humor (ou bem-humorados) depois de comer tão bem no


restaurante!
● Fritura é muito bom, mas infelizmente não faz bem.

3. “Independente de” e “independentemente de”


Mais uma da série advérbios versus adjetivos, a diferença entre esses dois é que
“independente” pode ser uma qualidade ou um estado (isto é, um adjetivo),
enquanto “independentemente” é um advérbio de modo, que quer dizer a mesma
coisa que “de forma independente”. Confira os exemplos e entenda melhor:

● Com que idade um jovem se torna independente dos pais?


● Independentemente da nossa idade, todos podemos precisar do apoio da
família em algum momento.

4. “A princípio” e “em princípio”


A palavra “princípio” pode se referir tanto a ideologias e valores como ao começo de
alguma coisa, certo? Pois, a chave para a diferença entre essas duas expressões
está justamente aí: com “a” ela tem sentido de início, e com “em” de valor ou
essência. Espie:

● A princípio, pensava-se que a Terra era o centro do universo.


● A poesia é, em princípio, a arte de escrever em versos.

5. “Há” e “a”
Um é um verbo, o outro uma preposição, mas por causa da pronúncia idêntica, é
fácil se embananar na hora de escrevê-los, não é? A dificuldade aumenta quando
“há” (que, para quem não se lembra, é do verbo “haver”) é usado para indicar o
tempo passado, se confundindo com a preposição “a”, que só marca uma distância
(temporal ou espacial). Fica assim:

● Há muito tempo, os dinossauros foram extintos.


● O supermercado mais próximo fica a 10 minutos daqui.
● No ano passado, comprei meus presentes com antecedência: a 2 meses do
Natal.

6. “Haver” e “a ver”
Outro irmão do mal de “haver” é a expressão “a ver”. Apesar de soarem iguaizinhas,
as duas palavras, na realidade, não têm nada em comum: a primeira é um verbo,
mas a segunda indica uma afinidade (ou não) entre duas coisas. Confira:

● Quando chove muito, pode haver enchentes na cidade.


● É possível que dois gêmeos sejam bem parecidos ou, pelo contrário, não
tenham nada a ver um com o outro.

7. “Haja” e “aja”
Sim, há ainda mais uma forma de fazer confusão com o verbo “haver” (haja
paciência, não é?!), mas não precisa desistir de usá-lo para sempre, não! Na
verdade, é bem fácil distingui-lo de “aja”, do verbo “agir”: é só ver se dá para trocar
por “existir”. Veja só:

● Mesmo que haja (ou exista) algum risco, vale a pena investir nesse setor.
● Para que a empresa se recupere da crise, é preciso que a administração aja
imediatamente.

8. “Vem” e “veem”
Os dois são verbos, mas se o primeiro (com um “e” só) é de “vir”, o segundo (com
dois) é conjugação de “ver”. Entenda:

● Você prometeu que vem me visitar amanhã.


● Eles não veem a hora de se encontrar de novo.
9. “A gente” e “agente”
Junto ou separado? A resposta é simples: se for o mesmo que “nós”, é separado; se
for a profissão (tipo 007), é junto. Fique de olho:

● James Bond é o agente secreto mais famoso do mundo.


● Por que você não vem com a gente ao cinema?

10. “Acerca de” e “cerca de”


“Acerca de” é o mesmo que “sobre” ou “a respeito de”. Já “cerca de” vem da
expressão em latim circa, podendo significar tanto “perto de”, quanto o velho e bom
“mais ou menos”. Veja só:

● Preciso falar com você acerca de um problema pessoal.


● Estima-se que a população mundial tenha chegado, hoje, a cerca de 7,4
bilhões de pessoas.

11. “De trás”, “atrás” e “detrás”


Enquanto “detrás” e “atrás” podem ser usados como sinônimos, “de trás”, separado,
aparece quando é necessário empregar a preposição “de”. Confuso? É só pensar
assim: se a pergunta for só “onde”, responda com “atrás” ou “detrás”. Agora, se for
“de onde”, o certo vai ser “de trás”. Fica desse jeito:

● Onde está o cofre secreto? Atrás do quadro.


● Onde foi parar meu casaco? Está pendurado detrás da porta.
● De onde saiu esse rato? De trás do armário da cozinha.

12. “Aparte” e “à parte”


“Aparte” pode ser o imperativo do verbo “apartar” (que quer dizer separar ou
desviar) ou um substantivo masculino (que significa um comentário isolado, como se
fosse um parêntese em um discurso). Já “à parte” é aquilo que já está ou vai ser
separado. Veja se entende melhor com os exemplos:

● Ele não consegue manter sua linha de raciocínio e faz apartes


desnecessários o tempo todo, de modo que ninguém entende o que diz.
● Ontem fui chamado para uma conversa à parte com minha chefe.
● Minhas compras pessoais precisam ser feitas à parte em relação às da
empresa.

13. “Decerto” e “de certo”


A dica aqui é tentar substituir a expressão pela palavra “certamente”. Se funcionar,
use “decerto” junto. Se não, é “de certo” separado. Desse jeito:

● De certo modo, seu conselho me ajudou mais do que eu esperava.


● Depois de estudar tanto, você decerto conseguirá uma boa nota na prova!

14. “Propício” e “propenso”


Eles são parecidos, mas o significado não é o mesmo. “Propício” indica que uma
situação pode favorecer alguma outra coisa, mas não necessariamente que há uma
tendência, como indica “propenso”. Basicamente, é o seguinte:

● Um ambiente silencioso é mais propício (ou apropriado) para os estudos.


● Mas se você não estiver propenso (ou tendendo) a estudar, o silêncio não vai
fazer diferença.

15. “Senão” e “se não”


“Se não” separado aparece em frases em que você poderia inserir alguma coisa
entre o “se” e o “não”. Já “senão” junto pode aparecer como substantivo ou no
sentido de “mas sim”, “do contrário” e “exceto”, sem que você possa separar os dois
elementos. Teste nessas frases e entenda:

● Aceito seus termos, com um senão: preciso de um prazo maior.


● Se não conseguir chegar a tempo ao cinema, eu compro seu ingresso e
espero-o na entrada das salas.
● Tente chegar pontualmente, senão perderemos o início do filme!

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