Trabalho de MIC
Trabalho de MIC
Cod. 708192198
Curso: Geografia
Disciplina: Mic
Ano de Frequência: 2º Ano
Docente: Msc: Felisberto Custema
Quelimane
Outubro
2020
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Delimitação do Estudo................................................................................................................4
Problematização..........................................................................................................................4
Justificativa.................................................................................................................................5
Objectivos...................................................................................................................................5
Geral............................................................................................................................................5
Específicos..................................................................................................................................5
Questões norteadoras..................................................................................................................5
Marco Teórico.............................................................................................................................6
Conceitos básicos........................................................................................................................6
A avaliação..................................................................................................................................6
Pressupostos da Avaliação..........................................................................................................8
Procedimentos metodológicos..................................................................................................11
Tipo de Pesquisa.......................................................................................................................11
Cronograma de actividades.......................................................................................................12
Orçamento.................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas........................................................................................................13
Introdução
O nosso sistema educacional pauta-se numa avaliação em que classifica os alunos de maneira
quantitativa, provando assim que os alunos são subtidos num mesmo patamar de ensino sem
respeitar as diferenças e limitações de cada um, até porque a educação no momento actual já
provou que não se nivela os alunos numa mesma dimensão de aprendizagem, pois cada um
possui um ritmo e um modo de aprender.
Dentre tantos estudos já realizados se sabe que nas famílias brasileiras a condição social
afecta drasticamente na vida escolar dos filhos, aqueles alunos que crescem num ambiente
estruturado com boa alimentação e uma rotina de vida a qual segue assiduamente podem
aprender mais rápido e com maior facilidade, já aquelas a qual a situação social é precária
com falta de muitas coisas essenciais os resultados acabam sendo menores, devido à
dificuldade diária que vivem.
A avaliação influencia de uma forma ou outra na acção educativa, não podendo assim ser
vista de maneira isolada. Ela é uma prática onde o professor utilizará vários métodos e meios
visando diagnosticar o processo de ensino aprendizagem do seu aluno.
A avaliação possui entre tantas artimanhas outro factor, os danos físicos e emocionais que os
alunos passam no momento que estão sendo avaliado, isso faz com que se tenha um domínio
sobre os mesmos se tornando um instrumento que mantém o poder e controle do processo de
ensino- aprendizagem ao invés de reorientar o ensino e seu crescimento ao longo dos dias
lectivos.
3
Delimitação do Estudo
O trabalho Factores que Contribuem para a má Qualidade de Elaboração de Avaliações por
parte dos Professores de Geografia será desenvolvido na cidade de Quelimane na Escola
Secundaria patrice lumunba.
No âmbito temporal, o estudo vai s cingir em dados dos compreendidos entre os anos de 2017
a 2020, espera-se que, o trabalho do campo seja efectuado. A preferência deste período,
baseou-se pelo facto de que, possa tornar possível colher informação consistente e permitir
colher dados credíveis, viáveis e actualizados para a nossa análise.
Problematização
Estas são umas das causas da dificuldade em avaliar a aprendizagem, apresentada pelo
professor que é o fato deste não ter, muitas vezes, conhecimento suficiente para agir. Em que
antes de tudo, ser um grande conhecedor, não podemos desvalorizar o poder do conhecimento
para uma boa actuação pedagógica do docente.
Esse conhecimento é que irá oportunizar ao professor analisar o contexto em que está
inserido, as questões sociais que influenciam e norteiam o processo educacional, e dessa
forma poder ajudar seus alunos a crescerem e ampliarem suas visões.
Um dos maiores problemas dos docentes da escola acima citada é considerarem a avaliação
como um fim, aplicam os testes, as provas, os trabalhos e/ou outros métodos avaliativos,
atribuem uma nota ou menção e dá por encerrada a avaliação, independente dos resultados e
perdem aí a oportunidade de reflectir sobre a aprendizagem dos alunos, sobre sua prática
pedagógica, sobre mudanças benéficas.
Diante destas contratações acima mencionada surgem a seguinte questão: Quais são os
Factores que Contribuem para a má Qualidade de Elaboração de Avaliações por parte dos
Professores de Geografia da Escola Patrice Lumunba?
Justificativa
4
Actualmente os professores precisam tomar conhecimento que os tempos mudaram e com
isso a forma de avaliar também, afinal nem o modo de ensinar já não é o mesmo o que nos
garante e legitima a necessidade de tomar conhecimento do tema “avaliar”, suas definições,
seu lado positivo e negativo.
Uma vez que o sistema educacional preocupa-se com a parte quantitativa e não com a
qualitativa, o que de fato seria mais viável, pois novos rumos e avanço no patamar
educacional só poderão ocorrer quando a preocupação for a qualidade e não quantidades
numéricas muitas delas infundadas.
Objectivos
Geral
Analisar os Factores que Contribuem para a má Qualidade de Elaboração de
Avaliações por parte dos Professores de Geografia da Escola Secundaria Patrice
Lumunba
Específicos
Identificar os factores que contribuem na má qualidade de elaboração de avaliações
por parte dos Professores de Geografia;
Descrever a importância da avaliação no ensino de geografia;
Sugerir proposta que contribua na qualidade de elaboração de avaliações no ensino de
Geografia.
5
Conceitos básicos
A avaliação
De acordo com Hoffmann (1998, p. 13), “a avaliação é acompanhar o processo de construção
do conhecimento do aluno. Não é uma acção de julgamento”. Analisando essa afirmação
observa-se a ênfase dada à necessidade de analisar não apenas os resultados de desempenhos
dos alunos, mas também, o processo de aprendizagem percorrido.
O termo avaliação é um sinónimo que foi adoptado para efectivar a mesma coisa, observar o
conhecimento que o aluno obteve ao longo dos dias lectivos. Actualmente isso continua
ocorrendo, houve alguns avanços, não deixando de ter a mesma significância, porém ainda
assim os professores preocupam-se com o “avaliar”.
Bem se sabe que antigamente, e não precisa ir tão longe no tempo, pouco se via falar nas
escolas sobre dificuldades de aprendizagem, atraso cognitivo e deficiências, com o passar dos
anos isso tornou-se acentuado e passou a causar nos professores medos e receios em ensinar,
logicamente que tantas mudanças ocorridas acabaram por fazer recuar parte dos professores
pela falta de preparo em lidar com situações que até então era incomum ao seu dia a dia.
Se avaliar de um modo geral estava difícil imagina diante de tanta diversidade, porém a
avaliação é um componente integrante na parte educativa e que precisa ser trabalhada e
desenvolvida, uma vez que o próprio sistema exige e cobra para que seja realizada.
Atualmente autores como Luckesi, Garcia, Diligenti e Caldeira entre outros vêm se realizando
estudos para verificar qual a contribuição da mesma no processo de ensino- aprendizagem
inclusive na própria formação do indivíduo.
Nosso sistema educacional não se preocupa com os índices de aprendizagem e sim com a
aprovação e reprovação dos alunos, com isso “o nosso exercício pedagógico escolar é
atravessado mais por uma pedagogia do exame que por uma pedagogia do ensino/
aprendizagem.” (LUCKESI, 2003, p. 18) em outras palavras os alunos realizam avaliações
constantemente, mas os conteúdos assimilados são poucos, reproduzindo uma pedagogia
6
tradicional, onde “ a avaliação está totalmente ligada à concepção tradicional, dando-se por
meio de tarefas para casa e, quase que exclusivamente, pela prova escrita.” (SÁ, 2014, p. 01),
partindo da ideia a qual o professor fala, o aluno absorve e tem de reproduzir o mesmo na
avaliação.
Seguindo esse pensamento, Boas (2008) destaca que a avaliação escolar pode possuir duas
finalidades, sendo, em primeiro caso, a de classificar o educando e, em segundo, a de
promover sua aprendizagem. Entretanto, a primeira é sempre a mais utilizada.
Nessa perspectiva, o professor classifica o aluno por meio de diversas acções, seja através de
notas, menções, premiações ou até mesmo através dos rótulos empregados para categorizar
os alunos em bons, não tão bons e os ruins.
Para Libâneo, (1994), a avaliação escolar voltada para o processo de ensino tem como
objectivo avaliar continuamente a aprendizagem, concedendo valores em escalas relativas
aos aspectos quantitativos e qualitativos. Para tanto, é necessário que o professor leve em
consideração os objectivos que se pretende alcançar, definidos através do seu planejamento.
Luckesi (2011) destaca que para avaliar é necessário compreender os conceitos teóricos
sobre avaliação e acima de tudo, entender como funciona esse processo na prática,
pois remeter da teoria para a prática necessita-se de compreensão, conhecimento, análise e,
sobretudo a busca de novas formas do saber fazer.
Pressupostos da Avaliação
7
Através do capítulo anterior pudemos notar que a prática da avaliação não é somente uma
parte do processo educacional onde chega-se a uma conclusão de saberes, de aprendizados e
de comportamentos, ou seja, este modo de utilização do recurso da avaliação não é um fim.
Partindo desta concepção de que o procedimento avaliativo permeia todo o período dos
processos de ensino e de aprendizagem, tornando-se um meio, foram-se introduzindo novas
formas de se avaliar, mas que ainda utilizam-se, como apontado por Hoffmann (1994), “o
paradigma de transmitir-verificar-registrar”.
Nota-se, então, que para a realização de uma avaliação qualitativa e reflexiva, necessita-se
compreender muito mais do que o contexto escolar daquela criança, o professor precisa
compreender que existe uma história por trás de suas dificuldades, acessibilidades, incentivos,
desenvolvimento e, até mesmo, em relacionamentos dentro do âmbito escolar, seja este entre
os colegas ou mesmo com o docente.
Percebemos que avaliar o educando de uma forma qualitativa torna-se um trabalho minucioso
para que possamos desenvolver em sala de aula e, assim, fortalece-se as práticas comummente
aplicadas nas escolas, ocasionando o desenvolvimento de julgamentos sobre os alunos através
de ideais partidos do professor (HOFFMANN, 1991, p. 51).
Tal acção torna-se compreensível visto o nível de dificuldade entre as práticas apresentadas,
mas é importante que não tomemos nossa posição como atores principais no sistema
educacional, pois nossa prática resultará no futuro de nossos alunos.
Ainda neste sentido, Hoffmann (1994) nos aponta alguns outros factores que resultam a opção
de educadores por um processo avaliativo menos eficaz em seus educandos, como a
especialização dos docentes em determinada área, dificultando a troca de informações com
outros docentes, a falta de acompanhamento do desenvolvimento dos alunos em séries
8
anteriores, devido ao sistema e, também, a formação deficitária na formação inicial de futuros
educadores quanto ao processo avaliativo.
Por fim toma-se a avaliação de valores e atitudes dos alunos, sendo esta uma acção avaliativa
informal, onde o professor passa a observar e a dar notas quanto a conservação de cadernos,
interesse e participação nas aulas, entre outros, sendo que muitas vezes o professor inclui esta
nota nos processos formais de seu processo avaliativo (Bertagna, 2006, p. 65).
Neste ponto faz-se atentar para dois aspectos: a questão da assimilação receptiva e a questão
de que os conhecimentos são "tingidos" por metodologias e visões de mundo.
9
Por assimilação receptiva, entende-se que o educando estará recebendo o conteúdo não como
passivo, mas como receptivo, ou seja, fazendo as possíveis ligações existentes como foi dito
anteriormente, do conhecimento novo, como o "aprendido". Já quando se diz que os
conhecimentos são tingidos por metodologias e visões de mundo referem-se à ligação
existente entre conteúdo e metodologia.
E o outro diz respeito a diferença existente no caminhar do método e conteúdo, mas que um
não caminha sem o outro, pois eu posso estudar um mesmo conteúdo de diversas formas, ou
seja, levando a avaliação numa visão dialéctica.
Já no que diz respeito a exercitação dos conhecimentos e metodologias entende-se que para o
desenvolvimento das capacidades do educando, torna-se necessário que habilidades e hábitos
sejam desenvolvidos sempre em actividades construtivas.
Pois não é suficiente receber um conteúdo de matemática e pronto, é notável que se deva
exercitar essa operação em diversas vertentes, em diversos níveis de complexidade e
dificuldade, de maneira tal que, o conteúdo seja internalizado de maneira receptiva como foi
dito anteriormente. Para tanto, Luckesi (2002, p. 139) propõe que:
Dessa forma, se percebe mais uma vez a importância do professor enquanto mediador do
processo de ensino aprendizagem, pois é ele quem determina de onde o processo de ensino-
aprendizagem se iniciará, mas sempre respeitando o processo de construção de conhecimento
e limites dos alunos e assim fazendo com que não bastem apenas ciências, mas que as ciências
e a arte caminhem juntas num processo vivo de desenvolvimento e não um suposto
mecanicismo.
Procedimentos metodológicos
10
Para esta pesquisa usaremos o método indutivo, pois atendendo falar dos Factores que
Contribuem para a má Qualidade de Elaboração de Avaliações por parte dos Professores de
Geografia constitui uma temática de grande escala, pretende-se a partir das concepções
particulares.
Tipo de Pesquisa
a) Quanto a Abordagem
Sob ponto de vista da abordagem, usaremos a pesquisa qualitativa, pois, esta pesquisa nos
ajuda a analisar a situação do tema em estudo, buscando entrar em contacto com os sujeitos
com vista a entender a vida educacional dos professores e alunos nesta escola, para perceber
como vivem, entendem e pensam sobre os Factores que Contribuem para a má Qualidade de
Elaboração de Avaliações por parte dos Professores de Geografia.
Entrevista semiestruturada
11
A técnica de entrevistas semiestruturadas ajudara a recolher informações dos moradores da
cidade de Quelimane e os respectivos responsáveis em prole do tema e estudo, onde a partir
de um leque de questões semi-estruturadas serão questionadas ao público-alvo com o
objectivo de obter informações precisas que satisfaçam o tema em estudo.
Cronograma de actividades
Fases de execução de projecto Data da execução do projecto
Inicio Fim
Consultas de dados Bibliográficos Agosto Final de Agosto
Material
Resma ----------//------------ ----------//------------
Caneta ----------//------------ ----------//------------
Impressão ----------//------------
Encadernação ----------//------------ ----------//------------
Fichas ----------//------------ ----------//------------
Total ----------//------------ -----------//----------- 50.000 Mts
Referências Bibliográficas
12
Chueiri, Mary Stela. (2008). Concepções sobre a Avaliação Escolar. Estudos em Avaliação
Educacional.
13