Etica Profissional. Ja

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

INDIVIDUALISMO E ÉTICA PROFISSIONAL

Graciete Vasco alfredo

Cod. 708204004

Curso: Português
Disciplina: Ética Profissional
Ano de Frequência: 4º Ano
Docente: Pe Dionisio Camacho

Quelimane, Abril de 2023


Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução.............................................................................................................................................3

2. Objectivos.............................................................................................................................................4

2.1. Geral..................................................................................................................................................4

2.2.1. Específicos......................................................................................................................................4

2.2.2. Metodologia....................................................................................................................................4

3. INDIVIDUALISMO E ÉTICA PROFISSIONAL...............................................................................5

3.1. Individualismo...................................................................................................................................5

3.2. Tipos de individualismo....................................................................................................................6

3. Ética profissional..................................................................................................................................7

4. Importância da ética profissional..........................................................................................................8

5. Características da ética profissional......................................................................................................9

6. Conclusão...........................................................................................................................................11

7. Referência bibliográfica......................................................................................................................12
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1. Introdução
O presente trabalho, aborda sobre Individualismo e Ética Profissional, nesta vertente, o individualismo
extremo, muitas vezes associado à falta de ética pessoal, tem levado alguns profissionais a defender
seus interesses particulares acima dos interesses das empresas em que trabalham, colocando-as em
risco. A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer
possibilidade de cultivo de relações éticas.

Assim sendo, a ética profissional é muito importante para as organizações, uma vez que estabelece
valores e princípios necessários para uma boa convivência no mercado de trabalho, além de orientar os
profissionais em como devem agir prezando pelo que é correcto e justo. A ética vem ganhando maior
importância em todos os seus âmbitos, mas no ambiente profissional se configura como um diferencial
competitivo, porque os clientes procuram se identificar com as empresas por meio de seus valores,
sendo a ética uma dos pontos levados em consideração por eles e também por investidores.

Nesta ordem de ideia, agir conforme a ética profissional inclui saber lidar com as diferenças
respeitando os direitos de todos os profissionais envolvidos no mercado de trabalho. Isso se torna
possível por meio do exemplo de conduta e adopção de políticas éticas por parte das empresas e do
respeito aos códigos de ética por parte dos profissionais, mas acima de tudo pelo alinhamento de
princípios e valores individuais com os da empresa.
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2. Objectivos
2.1. Geral
 Descrever sobre o individualismo e a Ética Profissional

2.2.1. Específicos
 Definir Individualismo;
 Mencionar os tipos de individualismo;
 Abordar sobre a Ética profissional;
 Mencionar a Importância da ética profissional;
 Indicar as características da ética profissional.

2.2.2. Metodologia
De salientar que para elaboração do trabalho, a autora recorreu a metodologia de consulta de algumas
obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão referenciadas na
lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico, importa salientar que
está organizado textualmente da seguinte maneira: a introdução, desenvolvimento e conclusão.
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3. INDIVIDUALISMO E ÉTICA PROFISSIONAL


3.1. Individualismo
O individualismo não é uma ideia nova, pois, Chauí (1997) já, em 1840, se referia ao individualismo
como sendo a palavra. O individualismo não é uma ideia nova, pois, recentemente cunhada.
Posteriormente, o mesmo autor viria afirmar que a palavra individualismo era desconhecida pelos
nossos antepassados, pela simples razão que a estratificação social obrigava a que cada indivíduo
pertencesse necessariamente a um grupo.

Logo, sustentava que nenhum deles podia considerar-se como uma unidade independente. Neste
sentido, Carvalho & Edgar et al (1998) acrescentam que o termo individualismo foi construído como
algo censurável, mantendo ainda nos dias de hoje uma conotação negativa, tanto por pensadores
conservadores como por socialistas, existindo inclusivamente alguma comunhão nas críticas que
apresentam ao individualismo.

Este tipo de posições tem levado a inevitáveis abusos na concepção do individualismo, que não
fazendo a necessária justiça aos seus defensores levou os seus detractores a nutrirem um ódio quase
visceral pelas ideias que de algum modo se opõe às teses colectivistas de sociedade. Individualista é
uma pessoa propensa ao individualismo ou com essa tendência. O individualismo consiste no
pensamento e na acção independentes, sem depender dos outros ou sem se sujeitar às normas gerais.

Ao invés, para Marx & Engels (1986) consideraram o individualismo como um conceito político,
moral e social que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou
ao Estado. O Homem do renascimento passou a apoiar a competição e a desenvolver uma crença
baseada em que o homem poderia tudo, desde que tivesse vontade, talento e capacidade de acção
individual.

Na percepção de Vasquez (1998) o individualismo, em princípio, opõe-se a toda forma de autoridade


ou controle coercitivo sobre os indivíduos e coloca-se em total oposição ao colectivismo, no que
concerne à propriedade. O individualista pode permanecer dentro da sociedade e de organizações que
tenham o indivíduo como valor básico embora as organizações e as sociedades, contraditoriamente,
carreguem outros valores, não necessariamente individualistas, o que cria um estado de permanente
tensão entre o indivíduo e essas instâncias de vida social.

Como tendência filosófica, refere Werner (1987) o individualismo defende a supremacia dos direitos
individuais face aos direitos da sociedade e à autoridade do Estado. O individualismo, por conseguinte,
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pode considerar-se como uma posição filosófica, moral ou política. Os individualistas procuram
satisfazer os seus próprios objectivos com auto-suficiência e independência, opondo-se às intervenções
externas nas suas opções pessoais. Por isso, estão contra a autoridade das instituições sobre a sua
liberdade individual.

Nesta vertente, o indivíduo é o centro do individualismo, à semelhança do que acontece noutras


doutrinas como o liberalismo ou o anarquismo. Pode traduzir-se numa ética da libertação e na auto-
realização, mas também no egoísmo e na falta de solidariedade. Pode considerar-se o indivíduo como
a unidade elementar de um sistema. Cada indivíduo (unidade) é diferente e possui as suas próprias
particularidades e capacidades.

3.2. Tipos de individualismo


Há dois tipos de individualismo: há o individualismo genuíno, que leva à liberdade e a uma ordem
espontânea, e há o pseudo-individualismo, que leva ao colectivismo e às economias controladas e
planejadas. Antes de explicar o que seria o individualismo genuíno, seria útil fornecer algumas
indicações da tradição intelectual à qual ele pertence.

Segundo Habermas (2000) o individualismo genuíno começou a ser desenvolvido ainda no século
XVII por John Locke. Posteriormente, no século XVIII, Bernard Mandeville e David Hume
ampliaram o pensamento, o qual alcançou uma envergadura completa pela primeira vez com as obras
de Josiah Tucker, Adam Ferguson, Adam Smith, e daquele que foi o maior contemporâneo de Smith,
Edmund Burke o homem que, segundo Smith, foi a única pessoa que ele conheceu que abordava
questões económicas exactamente como ele, embora ambos nunca houvessem se comunicado de
absolutamente nenhuma maneira.

No século XIX, tal pensamento foi representado à perfeição nas obras de dois de seus maiores
historiadores e filósofos políticos: Alexis de Tocqueville e Lord Acton. Estes dois homens
desenvolveram com o mais pleno êxito tudo aquilo que havia de melhor na filosofia política de Burke,
dos filósofos escoceses e dos Whigs ingleses. Por outro lado, os economistas clássicos do século XIX
ou pelo menos os discípulos de Jeremy Bentham ou os radicais entre eles se mostraram
crescentemente sob a influência de outro tipo de individualismo, um individualismo de origem
distinta.

Esta segunda e completamente distinta linha de pensamento, também conhecida como individualismo,
é representada predominantemente por escritores franceses e por outros pensadores do continente
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europeu um facto que, creio eu, se deve ao papel dominante que o racionalismo cartesiano tem em sua
composição. Os principais representantes dessa tradição foram os enciclopedistas, Rousseau e os
fisiocratas. E, devido a alguns motivos que iremos aqui analisar, este individualismo racionalista
sempre tende a se degenerar e a se transformar no exacto oposto do próprio conceito de
individualismo: isto é, descamba para o socialismo e o colectivismo.

3. Ética profissional
Vários são as visões que certos autores trazem em relação a esta temática, sendo assim, a ética
profissional na percepção de Maynéz apud Nalini, (1999, p.35) é um conjunto de atitudes e valores
positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de fundamental
importância para o bom funcionamento das actividades da empresa e das relações de trabalho entre os
funcionários.

A ética profissional definiu-se como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser
colocadas em prática no exercício de qualquer profissão, é uma forma reguladora da ética agindo no
desempenho das profissões. Segundo Carvalho et al (1998), ética profissional serve como indicativo
do conjunto de normas que baliza a conduta dos integrantes de determinada profissão.

De acordo com Masiero (2007, p.455):

Ética profissional reúne um conjunto de normas de conduta, exigido no


exercício de qualquer actividade económica. No papel de reguladoras da acção,
a ética age no desempenho das profissões, levando a respeitar os semelhantes,
no exercício de suas carreiras. A ética envolve o relacionamento de
profissionais, a fim de resgatar a dignidade humana e a construção do bem
comum.

Para tanto, ética é indispensável ao profissional, porque, na acção humana, “o fazer” e o “agir” estão
interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para
exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que
deve assumir no desempenho de sua profissão, ou seja, ético é todo profissional que tem como meta
sentir-se íntegro e pleno da alegria de viver.

O objectivo é mostrar que a intenção do profissional que se volta para a utilização da ética deve ser o
de buscar ajuda no enfrentamento de mudanças ambientais rápidas, ampliar o relacionamento com os
clientes actuais, atrair novos clientes, melhorar a eficiência dos esforços para o desenvolvimento de
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seus negócios (prestação dos serviços) e satisfazer as necessidades do cliente. Sua função é tornar a
empresa mais competitiva, sem abalar a ética da profissão.

Como afirma Mill (2016, p.189) a ética profissional, assim, é entendida como um conjunto de
parâmetros que guiam atitudes correctas e honestas em uma profissão ou empresa. Para facilitar que
tais preceitos sejam seguidos, cada ramo conta com seus códigos de ética. Da mesma forma, toda
empresa também tem o seu. O objectivo principal é moldar os profissionais para que ajam sempre de
maneira correcta e saibam lidar com os desafios que virão.

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e


representam imperativos de sua conduta. Ser ético é agir orientado por princípios em vista do bem,
sem jamais prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os bons valores estabelecidos pela sociedade em
que se vive. A ética profissional possui uma grande importância por orientar ao bom cumprimento de
todas as actividades de uma profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e por
grupos de trabalho.

Assim, cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a
diferentes áreas de actuação. No entanto, há elementos da ética profissional que são universais, como a
honestidade, a competência, a responsabilidade com a profissão, com colegas e com a sociedade. De
forma simplificada, ética profissional nada mais é do que todo o conceito moral e cultura social que
foram considerados aceitáveis dentro do universo corporativo.

No ambiente colaborativo a cultura organizacional envolve o respeito às normas de conduta, à área de


trabalho e às demais pessoas que o integram. A ética profissional refere-se ao conjunto de normas e
valores que melhoram o desenvolvimento das actividades profissionais. É responsável por definir as
directrizes éticas que devem reger o ambiente de trabalho. Essas directrizes baseiam-se em valores
universais que os seres humanos possuem.

4. Importância da ética profissional


Segundo Almeida (2005) a ética profissional busca que certos valores prevaleçam em uma
comunidade de profissionais. O respeito pela ética profissional é muito importante, pois respeitá-la
obedece a certas normas sociais e morais que promovem o convívio social. O respeito pelos valores e
comportamentos éticos e morais contribui para o desenvolvimento de sociedades mais justas e
igualitárias.
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Portanto, Almeida (2005) avança que a ética profissional é vital em ofícios ou profissões cujas
decisões afectam a vida de outras pessoas, como médicos ou jornalistas. Nestes códigos de ética
profissional, a verdade, a honestidade e a justiça devem prevalecer.

Dentro de uma empresa ou organização, a ética profissional contribui para a harmonia nas relações
entre seus integrantes e com o meio que a circunda. Uma organização se beneficia quando todos os
seus membros conhecem e agem de acordo com certos valores e normas, pois isso gera confiança nos
clientes e na comunidade.

5. Características da ética profissional


Para entender melhor a importância da ética profissional no ambiente de trabalho, é interessante se
aprofundar em suas principais características. É claro que existem vários pontos que poderiam ser
incluídos nesta lista, mas ressaltamos alguns para que se entenda o que pode fazer parte de uma cultura
com ética profissional.

 Colaboração
Um ambiente colaborativo vai além do individualismo e egoísmo. Trata-se de um lugar em que os
profissionais enxergam como é importante unirem seus conhecimentos e trabalharem em conjunto em
prol de uma mesma causa. É necessário que a empresa não cultive um dia a dia muito competitivo e
ajude os colaboradores a se enxergarem como parceiros, não inimigos.

 Honestidade
Outro ponto fundamental para a construção da ética profissional é a honestidade. Um ambiente
corporativo repleto de mentiras e enganações está fadado ao fracasso. É essencial incentivar que os
colaboradores ajam com transparência e verdade em suas acções e relacionamentos.

 Respeito ao próximo
Um ambiente com pessoas diversas precisa de respeito ao próximo para se sustentar. Sem isso, é
impossível criar laços genuínos e fomentar um dia a dia de trabalho mais colaborativo.

 Justiça
A justiça deve orientar tanto as políticas internas da empresa como as relações trabalhistas. Todos os
colaboradores devem ter a certeza de que estão inseridos em um ambiente no qual há igualdade, serão
reconhecidos de forma justa quando um bom trabalho for executado e tudo será pautado nas leis e
regras previamente alinhadas.
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 Lealdade
A lealdade está muito atrelada à fidelidade, o que é extremamente benéfico para as organizações.
Contar com funcionários comprometidos e leais é necessário para atingir resultados acima do esperado
e reter talentos. Quem é apaixonado pela causa da empresa com certeza irá permanecer por mais
tempo no emprego e disseminar mensagens positivas sobre a experiência de trabalho.

 Integridade
Uma pessoa íntegra é aquela que, mesmo quando há pressões e inseguranças, faz o que é certo. É
sobre seguir os princípios e valores independentemente de qualquer situação.
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6. Conclusão
Nas últimas décadas a ética passou a ser vista como forma de preservar os valores humanos diante da
concorrência que ocorre em todos os sectores da vida social, nos relacionamentos humanos e
principalmente nas profissões, para as quais se tornou evidente a necessidade de códigos de ética bem
elaborados, actualizados e com deveres, obrigações e punições bem definidos.

A prática profissional cria uma relação entre necessidade e utilidade no âmbito humano, que exige
uma conduta específica para a harmonia de todas as partes envolvidas, quer sejamos indivíduos
directamente ligados ao trabalho, o grupo onde tal relação se insere, ou toda a sociedade. A ética é a
maneira pela qual se pode verificar se as regras morais de uma sociedade estão correctas ou não, ou
seja, é através da análise feita pela ética que se pode confirmar um costume como sendo correcto ou
não.
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7. Referência bibliográfica
Almeida, F. (2005). Ética Profissional. Revista Brasileira de Contabilidade. v. 21, n. 79.

Aranha, M. L; Martins, M. H. (1993). Filosofando. 2ª Ed. São Paulo: Moderna.

Camargo, M. (2006). Ética na empresa. Petrópolis: Vozes.

Carvalho, E. et al (1998). Ética, solidariedade e complexidade. São Paulo: Palas Athena.

Carvalho, Edgar et al (1998). Ética, solidariedade e complexidade. São Paulo: Palas Athena.

Chauí, M. (1997). Convite à filosofia. São Paulo: Ática.

Habermas, J. (2000). Técnica e ciência enquanto ideologia. 2a ed. São Paulo: Abril, 1983. (Colecção
os Pensadores).

Marx, K; Engels, F. (1986). A Ideologia Alemã. 5ª Ed. São Paulo.

Mill, D. (2016). Ética Profissional. 3ª Ed. São Paulo: Atlas.

Vasquez, A. S. (1998). Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Werner, D. (1987). Uma introdução às culturas humanas. Petrópolis: Vozes.

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