Reparo, Recuperação Ou Reforço em Lajes - Rabelo
Reparo, Recuperação Ou Reforço em Lajes - Rabelo
Reparo, Recuperação Ou Reforço em Lajes - Rabelo
BELÉM
2016
TATIANE MIRANDA RABELO
BELÉM
2016
TATIANE MIRANDA RABELO
Área de concentração:
Data da apresentação:
Resultado: ______________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo ______________________________________
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo ______________________________________
Aos meus amados pais e a Deus que é digno
de toda honra.
AGRADECIMENTOS
Agradeço sobre tudo a Deus por ter me guardado, iluminado, me permitido viver todas
essas experiências e por todas as pessoas que colocou em meu caminho para me ajudarem
nessa jornada.
Aos meus pais por todo o amor, carinho, incentivo, apoio e compreensão sem os quais
seria muito difícil persistir.
Aos meus colegas de classe pela cooperação e amizade
Aos professores pela orientação, dedicação e ensinamentos compartilhados.
Aos administradores do curso pela seriedade e vontade em anteder da melhor maneira
possível.
E a todos que contribuíram de alguma forma com meu desenvolvimento profissional
.
6
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 7: Eflorescência.......................................................................................................................... 21
Figura 13: Delimitação de áreas com manifestações muito próximas de corrosão, .............................. 30
Figura 40 :Limpeza da face inferior de uma laje com utilização de politriz elétrica com aspirador de pó
acoplado ................................................................................................................................................ 49
Figura 45 : Trincas na face superior da laje devida à ausência de armadura negativa .......................... 53
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15
2 CONCEITOS BÁSICOS..................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 67
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
1.2 Delimitações
1.3 Questionamentos
Qual a diferença entre reparo e reforço?
Pode-se identificar visualmente o tipo de patologia em lajes maciças e os
procedimentos adequados para cada tipo de patologia através de avaliação visual?
Fissuras de retração necessitam de reparo ou reforço?
2 CONCEITOS BÁSICOS
2.1.1 Concreto
Para Chust e Figueredo (2004) O concreto é um material composto por água, cimento
e agregado.
2.1.2 Aço
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Para Walter Pfeil 1984, Aço é uma liga de ferro e carbono com outros elementos
adicionais como silício, manganês, fósforo, enxofre, etc. O teor de carbono varia de 0% a
1,7%.
2.2.1 Fissuras
2.2.2 Corrosão
Cascudo (1995) citado em klivia (2011), define corrosão de elementos metálicos como
sendo a alteração de um metal em íon metálico pela sua alteração química ou eletroquímica
com o meio ambiente.
Despassivação da armadura
Expansão da armadura
Fissuração do concreto
Desplacamento do concreto
Tratamento: recuperação ou reparo estrutural.
2.2.4 Eflorescência
Figura 6 : Eflorescência
2.3.2.2 Armadura
2.3.2.3 Concreto
Para Silvia 2011, podemos destacar como ações mecânicas: a ação de cargas
excessivas não previstas em projeto que podem ocasionar a formação de fissuras e a erosão do
concreto causada por processos de atritamento, arranhamento ou por ação de agua em alta
velocidade.
Segundo Souza e Ripper (1998) citado em Kilvia 2011, destacam-se como principais
ações físicas consideradas agressoras às estruturas de concreto: as variações de temperatura;
os movimentos que ocorrem na interface entre materiais submetidos à mesma variação de
temperatura, mas com coeficientes de dilatação diferentes, gerando diferentes deformações.
Klivia (2011) destaca ainda como principais ações químicas a Reação álcalis-
agregados, ataque por cloretos, ataque por sulfatos e carbonatação.
A NBR 7211 (ABNT, 2009) estabelece limites para os teores de cloretos e sulfatos,
conforme Quadro 01 a seguir, para agregados provenientes de regiões litorâneas, ou extraídas
de águas salobras ou então quando houver suspeita de contaminação natural (região onde
ocorrem sulfatos naturais como a gipsita) ou industrial (água do lençol freático contaminada
por efluentes industriais).
Fonte: NBR7211
Para Brandão (1998) apud Klivia (2011), os sulfatos podem ser considerados
elementos muito agressivos, entretanto quando sólidos esses sais não atacam o concreto. Mas,
quando em solução, os sulfatos de cálcio, sódio, potássio, magnésio e amônia podem reagir
com a pasta de cimento endurecida e levar à total desagregação do concreto. O ataque é
devido às reações dos sulfatos com o hidróxido de cálcio livre e com os aluminatos de cálcio
hidratados, resultantes da hidratação do cimento. Os produtos dessas reações,
respectivamente, gesso e o sulfa-aluminato de cálcio, cristalizam-se com a água num processo
acompanhado por aumento de volume. Essa expansão é seguida de fissuração progressiva de
configuração irregular o que facilita o acesso de novas soluções de sulfato. O concreto adquire
uma aparência esbranquiçada característica, podendo ocorrer também o desprendimento de
lascas.
27
2.3.5.4 Carbonatação
Limpeza da superfície.
Reconstituir o concreto
Fonte: Viatech
Fonte: Viatech
2º Passo - Remoção do concreto contaminado, uma vez delimitada a área a ser tratada
passa-se à remoção do concreto contaminado.
Especial cuidado deve ser tomado para que o processo de remoção não seja muito
agressivo a ponto de introduzir microfissuras na massa de concreto decorrentes da energia
empregada. Caso isso aconteça, todas as partículas sólidas aderidas, assim como pós e poeiras
devem ser completamente retiradas.
Viatech Engenharia ressalta que deve ser exposta toda a armadura eventualmente
corroída, devendo ainda ser removido de 1,5 a 2 cm do concreto situado abaixo (por detrás)
das barras expostas. Esta providência tem por objetivo garantir um bom acesso que permita a
correta limpeza das barras da armadura assim como permitir o completo envolvimento e
passivação da mesma quando colocado o material de reparo.
Não deve ser permitida, sob qualquer pretexto, a retirada do material apenas nas
laterais das barras da armadura corroída, deixando a sua parte posterior ainda imersa no
concreto contaminado.
Caso isso aconteça será inevitável a formação de uma pilha de corrosão eletroquímica,
gerada pela diferença dos materiais, uma vez que parte inferior do concreto funcionará como
ânodo e a parte nova, recuperada, funcionará como cátodo, originando um processo de
corrosão muito mais acelerado e agressivo que o anteriormente detectado.
31
Fonte: Viatech
Fonte: Viatech
3º Passo - Limpeza das armaduras – Deverá ser promovida uma limpeza vigorosa da
armadura que poderá ser realizada com lixas, escova de aço, limalhas ou jato de areia.
Se a contaminação for decorrente de cloretos ou se o material a ser utilizado no reparo
for epoxídico ou polimérico Viatech, recomenda a limpeza com a utilização de jato de areia é
altamente recomendável.
32
Fonte: Viatech
Fonte: Viatech
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Fonte: Viatech
Fonte: Viatech
Fonte: Viatech
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Fonte: Viatech
Fonte: Viatech
Retração compensada;
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Fonte: Viatech
Quando não for possível a cura pelos processos mais convencionais como lançamento de água
pulverizada continuamente e (ou) o contato com esponja saturada. Neste caso, Viatech
recomenda a adoção da cura química.
Fonte: Viatech
37
Fonte: Viatech.
Para Souza e Ripper, 1998 as fissuras superiores a 0,1 mm devem ser injetadas sob
baixa pressão (≤0,1 Mpa), com exceção dos casos em que as aberturas já são superiores a 3,0
mm e não muito profundas, quando é admissível o enchimento por gravidade.
1º Passo - identificar se a fissura é ativa ou passiva, no caso de ser ativa antes de
realizar o reparo deve-se corrigir os agentes causadores para que a mesma tornasse passiva.
2º Passo - abrir furos ao longo do desenvolvimento das fissuras, com diâmetro da
ordem de 10 mm e profundidade em torno dos 30 mm, os furos devem ser executados
obedecendo a um espaçamento que se deve variar entre 50 mm e 300 mm, em função da
abertura da fissura (tanto maior quanto mais aberta for), mas sempre respeitando um máximo
de 1,5 vezes a profundidade da fissura.
3º Passo - Limpeza da fenda ou fissura e furos com ar comprimido, por aplicação de
jatos e em seguida aspiração para remoção das partículas soltas;
4º Passo - Fixação dos bicos injetores e selagem.
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5º Passo - Teste de eficiência do sistema, que deve ser realizado através da aplicação
de ar comprimido pelos tubinhos, testando assim a intercomunicação entre os furos e
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4 REFORÇO ESTRUTURA
Para Ercio Thomaz (1949), em lajes maciças com grandes vãos, os momentos
volventes que se desenvolvem nas proximidades dos cantos da laje podem produzir fissuras
inclinadas, constituindo com esses cantos triângulos aproximadamente isósceles (Figura 29).
Para Piancastelli, o reforço à flexão pode ser obtido pelo acréscimo de armadura na
zona de tração ou acréscimo de concreto na zona de compressão. A combinação desses dois
acréscimos pode ser utilizada, apesar do maior grau de intervenção.
Fonte: Plancastelli
Concreto projetado
Segundo Ferreira (1984) citado em Custódio e Ripper (1998), as maquinas e
equipamentos necessários para aplicação do concreto projetado são:
Compressor de ar (capacidade de 325 a 600 pcm);
Máquina de projetar, de preferência com câmara dupla para permitir a
operação continua;
Bomba de água de alta pressão (90 lbs/pol²), com dispositivo de
controle de vasão;
Mangote (mangueira) para transporte do concreto, com bocal;
Mangueira para transporte de ar comprimido;
Mangueira para alta pressão para transporte de água.
Souza e Ripper (1998) ressaltam ainda, que as camadas de concreto projetado não
devem ter espessura superior a 50 mm e quando a espessura desejada for superior a 50 mm,
devem-se sobrepor camadas. E citam os cuidados especificados pelo ACI Comitte 506 que
devem ser tomados pelo operador do canhão durante a aplicação do concreto projetado, que
são:
Assegurar-se de que todas as superfícies que vão receber o concreto projetado estejam
limpas e livres de impurezas;
Certifica-se de que a pressão do ar durante a operação seja uniforme e produza
velocidades adequadas a saída do bocal;
Regular a adição da água à mistura, de maneira a obter-se plasticidade adequada a uma
boa compactação e baixa perda percentual do material por efeito de ricochete;
Manter o canhão a uma distância apropriada do ponto a ser jateado e tentar dirigir o
jato normalmente à superfície, a fim de se obter as melhores condições de
adensamento e baixas perdas por ricochote; o canhão deve ser movido continuamente
em círculos, distribuindo uniformemente o material;
Iniciar o jateamento com o preenchimento dos cantos e revestindo as armaduras,
usando as camadas mais espessas possíveis; quando no envolvimento das armaduras
deve-se inclinar levemente o bocal;
Adotar procedimentos apropriados para o preenchimento de espaços confinados:
manter distâncias maiores entre o canhão e o ponto de aplicação e ajustar a velocidade
e a plasticidade do concreto adequadamente.
Figura 39 :Limpeza da face inferior de uma laje com utilização de politriz elétrica com
aspirador de pó acoplado
eliminação das bolhas de ar que tenham ficado aprisionadas na interface desses dois
elementos. Esse procedimento é denominado de “rolagem das bolhas de ar” e é feito com a
utilização de pequenos roletes de aço denteados que “empurram” as bolhas de ar até a
extremidade das lâminas, onde finalmente são eliminadas.
com diversas cores e texturas. Frequentemente, entretanto, o revestimento deve ser projetado
para atender condições específicas de agressões físicas, mecânicas e ambientais. Nesse caso o
revestimento deixa de ser meramente estético para passar a ter uma finalidade de proteção
mecânica e química do sistema composto.
Ercio Thomaz (1949), cita que outro tipo de trinca pode surgir quando não existe
ferragem negativa entre painéis de lajes construtivamente contínuas, porém projetadas como
simplesmente apoiadas, as trincas surgem na face superior da laje, acompanhando
aproximadamente o seu contorno (figura 45).
Nos casos em que as tricas se apresentam inclinadas em relação aos bordos da laje
(figura 47), indicam que a laje pode estar sendo submetida a solicitações de torção, seja por
recalques diferenciados das fundações ou por deformabilidade da estrutura,
(THOMAZ,1949).
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Para Nicácio (2013) o cisalhamento por punção pode ser identificado por fissuras
partindo do contorno da área carregada e se estendendo até a outra face da laje. Geralmente
está inclinação varia entre 26° e 45° em relação ao plano da laje.
2º Passo - Enrolar as mantas de PRFC formando uma espécie de tubo de 12mm de diâmetro,
utilizando-se de um tubo de PVC para orientar o processo;
Preparação da superfície
Para aplicação do reforço de PRFC o concreto deve estar totalmente curado, isento de
partículas soltas, sem contaminação de óleos, agentes desmoldantes ou cura química e
totalmente seca. Tal limpeza pode ser realizada com o uso de lixas.
3º Passo - Com o auxílio de uma furadeira realizar furos atravessando a laje de uma
face a outra com localização pré-determinada no cálculo estrutural.
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Figura 54 : Perfuração
4º Passo - Realizar o arredondamento das quinas vivas nas bordas com o objetivo de
evitar a concentração de tensões no reforço para esta região. O raio de arredondamento deve
ser aproximadamente igual a 12,5 mm e poderá ser realizado com o uso de uma furadeira
acoplada com uma ponta montada;
Processo de instalação
8º Passo - Abrir as pontas colando-as na face superior e face inferior e retirar o tubo
PVC que serviu de suporte rígido para inserção dos pinos;
Figura 61 : Ancoragem e colagem da extremidade do pino
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9º Passo - Preencher com argamassa de alta resistência com intuito de evitar uma zona
de fragilidade nesta região.
Preenchimento final
7º Passo - Após a conclusão da colocação das tiras de PRFC, os furos devem ser
preenchidos com epóxi ou argamassa de alto desempenho.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscou-se aqui, a distinção entre reparo e reforço, onde o reparo busca desenvolver o
desempenho perdido e o reforço visa aumentar o desempenho da estrutura. Percebe-se que
ambas as técnicas iniciam com uma boa limpeza e delimitação da área que sofrera a
intervenção, em seguida, em termos gerais podemos dizer que no reparo há a reconstituição
do material perdido e no reforço há sempre um acréscimo de material, seja de armadura, de
área de concreto ou outros elementos que não faziam parte da constituição original do
elemento estrutural, como por exemplo a adição de fibras de carbono.
Conclui-se que a maioria das patologias em lajes maciças são facilmente identificadas
visualmente, através de fissuras, manchas, desagregação do concreto, etc. Através dessas
manifestações identifica-se os processos adequados de recuperação e reforço a serem
utilizados.
No entanto, ainda que as manifestações patológicas possam indicar os processos
adequados de recuperação e reforço em lajes, estes exigem a elaboração de um projeto por
profissional especializado com especificação de materiais, equipamentos etc., pois em geral
são técnicas muito minuciosas, que exigem dimensionamento e experiência, cuja eficácia
depende muito dos cuidados na execução que deverá ser acompanhada pelo construtor.
Observa-se também, que patologias como, por exemplo, as fissuras por retração que
por si só não resultam no comprometimento da capacidade resistente da estrutura, também
necessitam de reparo, pois quando não tratadas facilitam a percolação nociva de líquidos e
gases para dentro das fissuras reduzindo assim a durabilidade da estrutura. As técnicas de
reparo nesses casos também exigem projeto e execução por profissional especializado.
Como pode-se constatar a opção por reparo ou reforço de uma estrutura exige técnica
e acompanhamento, logo o procedimento adequado a ser adotado pelo construtor deve ser:
observação e identificação da patologia, contratação de profissional especializado, analise
econômica e de prazo que atenda as expectativas do usuário ou contratante, acompanhamento
das técnicas de execução observando as minucias de cada técnica apresentada.
67
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Joana de Sousa. Durabilidade: ataque por sulfatos. FEUP, Porto, 2001.
Disponível em:
http://www.deecc.ufc.br/Download/TB819_Patologia_e_Recuperacao_de_Estruturas_de_Con
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NAKAMURA, Juliana, 2004 - Cuidados para resistir à maresia, Revista Techene - PINI
Edição 88 . Disponível em: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/88/artigo286302-1.aspx
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http://viatechengenharia.com.br/recuperacoes/ Acesso em 10 mai 2016
VILA,Pouca;COSTA,Aníbal;ROMÃO,Xavier;LOPES,Walter;;PAUPÉRIO - Reforço e
Reabilitação de Estruturas de Betão Armado.207
http://www.viapol.com.br/documentos-e-pesquisas/cases/refor%C3%A7o-
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