Relatório - Experimento 1
Relatório - Experimento 1
Relatório - Experimento 1
1. Introdução
Um circuito elétrico é um circuito fechado, o qual tem começo e fim no
mesmo ponto e é composto por três elementos básicos que são a fonte elétrica -
fornece energia elétrica -, a carga elétrica - transforma a energia elétrica em outros
tipos de energia - e os condutores - percurso que os elétrons vão fazer.
Os medidores elétricos são aparelhos que obtêm medidas elétricas. Nesse
experimento, utilizou-se o amperímetro e o voltímetro. O primeiro mede a intensidade
da corrente elétrica que percorre um elemento do circuito e, para que a medição seja
feita corretamente, deve-se colocá-la em série com o elemento. Já o voltímetro mede a
diferença de potencial entre dois pontos de um circuito e, para isso, deve ser colocado
em paralelo com tal elemento.
Para verificar se os valores dos aparelhos acima estão corretos, usamos a
análise teórica de um circuito elétrico. Assim, duas das técnicas de análise de um
circuito são a Lei de Kirchhoff de Corrente - a qual diz que a soma das correntes que
chegam a um nó do circuito deve ser igual a soma das correntes que deixam este
mesmo nó - e a Lei de Kirchhoff de Tensão - a qual diz que o somatórios das quedas e
das elevações da tensão ao longo de um caminho são nulo.
Por fim, é importante ressaltar que os valores teóricos e práticos geralmente
são próximos, pois os cálculos teóricos não levam em consideração dissipação de
energia, erros instrumentais, entre outros problemas que podem alterar um pouco o
valor calculado.
2. Objetivos
Desenvolver habilidades de montagem de circuitos simples e verificar as leis de
Kirchhoff.
3. Materiais
● Protoboard
● 2 Multímetros (1 voltímetro e 1 amperímetro)
● 1 Fonte controlada de tensão/corrente
● 1 resistor 100Ω e 5 W
● 1 resistor 1kΩ e 5W
● 1 resistor 1MΩ e 2W
● Tinkercad
● 1 resistor de 3Ω
● 1 resistor 11MΩ
4. Procedimentos
4.1. Voltímetro e Amperímetro
Figura 8 - Esquemático do Tinkercad para o experimento da lei das malhas de 𝑉𝑅1 (parte b)
Figura 9 - Esquemático do Tinkercad para o experimento da lei das malhas de 𝑉𝑅2 (parte b)
Figura 10 - Esquemático do Tinkercad para o experimento da lei das malhas de 𝑉𝑅𝑒𝑞 (parte b)
Para a realização do experimento da Lei dos Nós, precisou-se analisar três circuitos.
Um verifica a corrente da resistência 𝑅1 (𝐼𝑅1), que é o circuito da Figura 12; outro Um
verifica a corrente da resistência 𝑅2 (𝐼𝑅2), que é o circuito da Figura 13; e o terceiro, verifica a
corrente nos dois resistores (𝐼𝑅𝑒𝑞), Figura 11.
Figura 14 - Esquemático do Tinkercad para o experimento da lei dos nós de 𝐼𝑅𝑒𝑞 (parte d)
Figura 15 - Esquemático do Tinkercad para o experimento da lei dos nós de 𝐼𝑅1 (parte d)
Figura 16 - Esquemático do Tinkercad para o experimento da lei dos nós de 𝐼𝑅𝑒𝑞 (parte d)
Experimental:
𝐼(𝑉) = (10, 19 ±0, 09)𝑥 + (− 1, 12 ± 1, 09)
Tinkercad:
𝐼(𝑉) = (10, 00 ±4, 14𝑒 − 16)𝑥 + (− 4, 74𝑒 − 15 ± 4, 99𝑒 − 15)
Experimental:
𝐼(𝑉) = (1, 05 ±0, 02)𝑥 + (− 0, 38 ± 0, 28)
Tinkercad:
𝐼(𝑉) = (1 ± 0)𝑥
Portanto:
𝑅𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = (952, 381 ±50)Ω
𝑅𝑡𝑖𝑛𝑘𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑 = (1000 ±0)Ω
Experimental:
𝐼(𝑉) = (0, 00108 ± 0, 00001)𝑥 + (− 0, 0006 ± 0, 0001)
Tinkercad:
𝐼(𝑉) = (1, 43 ± 0, 15)𝑥 + (− 5, 85 ± 1, 89)
Portanto:
6
𝑅𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = (0, 925925 · 10 ± 100000)Ω
6 6
𝑅𝑡𝑖𝑛𝑘𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑 = (0, 6993 · 10 ± 6, 66 · 10 )Ω
Com isso, obteve-se todos os valores corretos para as resistências, com exceção da
𝑅𝑡𝑖𝑛𝑘𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑 no procedimento da resistência de 1MΩ. Isto ocorreu devido ao amperímetro do
tinkercad não ser muito preciso, medindo 0A para as correntes baixas deste procedimento.
Figura 21 - Gráfico com resistência de 100Ω do experimento do voltímetro e amperímetro
Para a análise dos valores obtidos da resistências foi preciso utilizar a regra da
resistência equivalentes para sistemas com resistores associados em série:
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 = 1, 100 𝑘Ω
É possível verificar que os valores obtidos das resistências foram aproximadamente
aos valores obtidos a partir dos cálculos com os valores experimentais, o que se deve ao fato
de que ao se fazer os cálculos teóricos não se leva em conta as resistências internas e outros
fatores de circuitos reais.
5.4. Lei dos Nós
Amperímetro (mA)
Tinkercad 48.5
Experimento 50.48
Tabela 5 - Medidas da Corrente que passa por R1 no circuito de resistências paralelas.
Amperímetro (mA)
Tinkercad 4.99
1
A foto que mostra essa medida está errada uma vez que esse valor era para ser
algo em torno de 5 mA, para que a soma das correntes que passam pelos 2 resistores sejam
praticamente iguais à corrente total do circuito medida na parte d.1.
Analisando os dados da tabela que representam o experimento do Tinkercad,
podemos observar que o valor de corrente medido era o esperado, uma vez que, devido ao
divisor de corrente, tem-se que:
𝑅2
𝐼2 = 𝐼
𝑅1+ 𝑅2 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
= 4. 836 𝑚𝐴
É possível observar que o valor calculado não é idêntico ao valor medido, apesar de
serem próximos, pois devido à resistência interna do voltímetro, uma pequena parte da
corrente total do circuito passou por ele .
53,2 53,196
Tabela 6 - Comparação entre as correntes medidas em mA
Observando a tabela acima, é possível notar que a corrente total medida do circuito
da Figura 11 é praticamente igual à soma das correntes que passam por R1 e R2 (circuito da
Figura 12 e Figura 13, respectivamente), o que era o resultado esperado. Cabe ressaltar que
como o voltímetro possui uma resistência interna bem grande, apesar de ser pequena, alguma
parte dessa corrente passa por ele, o que explica a pequena diferença entre as duas grandezas
medidas mostradas na tabela acima.
Figura 25 - Gráfico com resistência de 100Ω comparação de resistência interna com medidas do
medidor
Figura 26 - Gráfico com resistência de 1kΩ comparação de resistência interna com medidas da fonte
Figura 27 - Gráfico com resistência de 1kΩ comparação de resistência interna com medidas dos
medidosres
Figura 28 - Gráfico com resistência de 1MΩ comparação de resistência interna com medidas da fonte
Figura 29 - Gráfico com resistência de 1MΩ comparação de resistência interna com medidas dos
medidores
6. Conclusão
Em suma, obteve-se todos os resultados esperados de acordo com a teoria,
especificamente no tópico 5.1, verificou-se o comportamento linear da corrente pela tensão
onde a constante de proporcionalidade é dada pela resistência, conforme a lei de Ohm.
Posteriormente, no tópico 5.2, verificou-se a lei das malhas para dois valores de tensão
diferentes onde os valores medidos bateram com os valores calculados. Em seguida, no tópico
5.3, fez-se um estudo da resistência equivalente em série de um circuito, no qual, por meio da
lei de ohm, e associação de resistores em série obtivemos a comprovação teórica dos
resultados experimentais. Na sequência, no tópico 5.4, verificou-se a lei dos nós, onde por
meio de cálculos teóricos verificamos as medidas feitas experimentalmente, similar ao feito
na lei das malhas. E ainda, no tópico 5.5, fez-se um estudo da resistência equivalente paralela,
onde por meio da lei de ohm e associação de resistores em paralelo, obteve-se a comprovação
dos resultados obtidos experimentalmente. Por fim, no tópico 5.6, fez-se um estudo do
impacto da resistência interna dos medidores sobre as medidas, com isso, justificou-se o
motivo de algumas ligeiras discordâncias dos resultados experimentais para os teóricos,
obtidos nos tópicos anteriores.
7. Referências
livro Halliday, Resnick e Walker, Fundamentos de Física: Eletromagnetismo, Livros Técnicos
e Científicos Editora S.A.