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Quimica 10 Ano

1) O documento discute conceitos fundamentais de química como notação científica, prefixos, ordens de grandeza, constituição atômica e propriedades dos átomos e moléculas. 2) Inclui detalhes sobre tamanho e massa dos átomos, isótopos, número atômico, espectro eletromagnético e propriedades da radiação eletromagnética. 3) Aborda o modelo atômico de Bohr para o átomo de hidrogênio e conceitos como energia de transição eletr

Enviado por

Francisco
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Quimica 10 Ano

1) O documento discute conceitos fundamentais de química como notação científica, prefixos, ordens de grandeza, constituição atômica e propriedades dos átomos e moléculas. 2) Inclui detalhes sobre tamanho e massa dos átomos, isótopos, número atômico, espectro eletromagnético e propriedades da radiação eletromagnética. 3) Aborda o modelo atômico de Bohr para o átomo de hidrogênio e conceitos como energia de transição eletr

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Quimica 10 ano

Notação científica Os valores são expressos com a ajuda de potências de base 10, na
forma: Número × 10p 1 < Número < 10 p é um valor inteiro
Exemplo: Massa do eletrão = 0,000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 910 9 kg =
9,109 × 10-31 kg

Prefixos: múltiplos e submúltiplos (prefixos) Quando se fala de átomos é normal aparecerem


os seguintes submúltiplos do SI:
1 nanómetro = 1 nm = 1 × 10-9 m
1 picómetro = 1 pm = 1 × 10-12 m
Também é usual a unidade angström (não é um prefixo do SI): 1 angström = 1 Å = 1 × 10-
10 m
Ordens de grandeza
A ordem de grandeza é a potência de base 10 mais próxima desse número

Massa e tamanho dos átomos


Nanotecnologia / Nanoeletrónica / Nanomateriais
“Há muito espaço lá em baixo”
Richard Feynman, 1959
Já é possível realizar construções/manipulações à escala atómica! Utilizações:
miniaturização de circuitos; materiais biocompatíveis; diagnóstico e tratamento médico;
controle da morfologia de materiais à dimensão nano…

Constituição do átomo
Os átomos são constituídos por três diferentes tipos de partículas fundamentais:

O núcleo (protões e neutrões) é o responsável pela massa do átomo na sua quase


totalidade. A nuvem electrónica representa a probabilidade de encontrar os electrões num
determinado local do espaço, e é a responsável pelo tamanho do átomo
Iões
Um átomo (ou molécula) pode ganhar ou perder elétrons, formando um ião, passando a ter
carga elétrica.
Aniões O átomo (ou molécula) ganha um ou mais elétrons, ficando com carga elétrica
negativa (-1 por cada electrão ganho).
Exemplo: átomo de cloro (Cl) ganha um elétron tornando-se no ião cloreto (Cl- ).
Catiões O átomo (ou molécula) perde um ou mais elétrons, ficando com carga elétrica
positiva (+1 por cada electrão perdido).
Exemplo: o átomo de cálcio (Ca) perde dois eletrões tornando-se no ião cálcio (Ca2+).

Número atómico (𝒁)


É o número de prótons (número atômico - 𝑍) que diferencia um elemento químico (tipo de
átomo) de outro. Um átomo que tenha 10 protões pertence a um elemento diferente de um
átomo que tenha 11 protões. Representação: 1H

Número de massa (𝑨)


O número de massa (𝐴) é igual ao número de protões (𝑍) mais o número de neutrões (𝑁)
que existem no núcleo de um átomo/nuclídeo. 𝐴 = 𝑍 + 𝑁 Representação: 2H As partículas
existentes no núcleo são chamadas nucleões. O número de nucleões é igual ao número de
massa (𝐴).

Isótopos
Isótopos são átomos do mesmo elemento químico com diferente número de massa (𝐴).
Têm diferentes número de neutrões. Exemplos: 1H hidrogênio-1 prótio 2H hidrogénio-2
deutério 3H hidrogênio-3 trítio 12C carbono-12 13C carbono-13 14C carbono-14

Os isótopos de um elemento não existem na natureza em igual percentagem!

Representação simbólica de átomos e iões

Massa atómica relativa (𝑨𝒓)


Como um elemento químico pode ter vários isótopos, a massa atómica relativa (𝐴𝑟 ) desse
elemento calcula-se fazendo uma média ponderada com as massas isotópicas relativas e a
abundância de cada isótopo desse elemento químico. Exemplo para o 17Cl: Dois isótopos:
cloro-35 massa isotópica relativa = 34,97 abundância: 75,8% cloro-37 massa isotópica
relativa = 36,97 abundância: 24,2% 𝐴𝑟 𝐶𝑙 = (34,97 × 75,8) + (36,97 × 24,2) 100 = 35,45

Mole
Mole é a grandeza que mede a quantidade química (𝒏) de uma substância. Uma mole de
unidades estruturais (podem ser átomos, moléculas, iões...) é igual a 6,022 × 1023
unidades (constante ou número de Avogadro – 𝑁𝐴 ). Unidade SI é mol. O número de
partículas (𝑵) de uma determinada amostra é igual a: 𝑁 = 𝑛 × 𝑁𝐴 em que: 𝑛 – quantidade
química (mol) 𝑁𝐴 – número de Avogadro (6,022 × 1023 mol-1 )

Massa molecular relativa (𝑴𝒓)


A massa molecular relativa, 𝑀𝑟 , de uma substância indica o número de vezes que a massa
de cada unidade estrutural dessa substância é superior à unidade de massa padrão (1𝑢).
Como calcular a massa atômica relativa?

Massa molar (𝑴)


A massa molar, 𝑴, indica a massa de uma mol de partículas de uma dada substância. A
unidade é g/mol. Como calcular a massa de uma mole de substância?
Massa molar (𝑴)
A relação entre a massa da substância, 𝑚, a sua massa molar, 𝑀, e a respectiva
quantidade química, 𝑛, é dada pela expressão: 𝑀 = 𝑚 / 𝑛

Espectro visível
Espetro = decomposição/separação Com um prisma de vidro é possível observar a divisão
da luz branca em várias cores. Este conjunto de cores é chamado espectro visível. A luz
branca é policromática porque é constituída pelas várias cores (luz monocromática).

No prisma, a radiação que sofre: Menor desvio: vermelha; Maior desvio: violeta

Cada cor tem um valor de energia associado. A radiação de: Menor energia é a vermelha;
Maior energia é a violeta. Mas há mais radiação do que as cores que vemos. O conjunto de
todas as radiações (as que vemos e as que não vemos) é o espectro eletromagnético.

Comprimento de onda (𝝀)


O comprimento de onda é a distância entre dois pontos na mesma fase (é identificado pelo
letra grega lambda, 𝜆).

Unidade S.I.: metro, m Exemplo: 𝜆 = 10-1 m

Frequência (𝒇)
A frequência de um movimento indica quantas vezes é que esse movimento se repete por
unidade de tempo. Unidade S.I.: hertz, Hz por segundo, s-1 Exemplo: 𝑓 = 50 Hz

Relação entre a frequência e o comprimento de onda 𝑓 = 𝑣 𝜆 em que: 𝑓 – frequência (Hz) 𝑣 –


velocidade de propagação da onda (m s-1 ) 𝜆 – comprimento de onda (m) A frequência e o
comprimento de onda são duas grandezas inversamente proporcionais:
Maior comprimento de onda ⇒ Menor frequência / Menor comprimento de onda ⇒ Maior frequência
Exemplos (respetivamente):

Radiação eletromagnética
A radiação eletromagnética é capaz de se propagar no espaço, transportando energia. A
velocidade de propagação das radiações eletromagnéticas, no vácuo, é: 𝑐 = 2,99 × 108 m s-
1 É um fenômeno gerado pela variação, ao mesmo tempo, de um campo elétrico e um
campo magnético.

Espectro eletromagnético
O espectro eletromagnético está dividido em 'zonas'

Fotão
O conceito de fotão foi criado por Einstein para explicar o comportamento de partícula que
a luz por vezes tem. O fotão representa a menor quantidade de energia de uma onda
eletromagnética de uma dada frequência.
A energia, 𝐸, que cada fotão transporta depende da frequência da radiação: 𝐸 = ℎ 𝜈 ou 𝐸 =
ℎ 𝑓 em que: ℎ – constante de Planck (ℎ = 6,626 × 10-34 J s) 𝜈 ou 𝑓 – frequência da radiação
(Hz ou s-1 )
Zonas do espectro eletromagnético/propriedades/utilidades

Ondas de rádio
São as radiações eletromagnéticas com maior comprimento de onda (menor frequência e
por isso menor energia). São usadas em telecomunicações: emissões de rádio e de
televisão.

Micro-ondas
Comprimento de onda menor que as ondas de rádio (maior frequência e maior energia que
as ondas de rádio). Utilizadas em: redes Wi-Fi, bluetooth, outros serviços de comunicação,
radares, radioastronomia e muito utilizadas como meio de confeção de alimentos

Infravermelho (IV)
Este tipo de radiação foi descoberta por Herschel no ano de 1800 (aumento de temperatura
do termómetro para além do vermelho). São as radiações de maior efeito térmico.
Utilizações principais: telecomandos de televisão e outros aparelhos domésticos,
cartografia, meteorologia e termografia (diagnóstico médico).

Luz visível
É a pequena faixa do espectro eletromagnético que os humanos conseguem captar com os
seus olhos. Cada indivíduo, e cada espécie animal, tem diferente capacidade de captar as
radiações, pelo que os limites são variáveis nas fronteiras infravermelho/vermelho e
violeta/ultravioleta.

Ultravioleta (UV)
Podem causar efeitos graves à saúde mas também são necessários, para que algumas
reações aconteçam no nosso corpo. Estão divididas em três zonas: UV-A (dos 400 aos 320
nm); UV-B (dos 320 aos 280 nm); UV-C (dos 280 nm e 100 nm). A atmosfera terrestre filtra
a quase totalidade dos tipos UV-B e UV-C graças às moléculas de ozono (O3 ).

Raios X
Radiação com uma grande utilidade na medicina: radiografias e tomografias axiais
computadorizadas (TAC's). Tem uma grande capacidade de atravessar os tecidos
humanos, mas menor capacidade de atravessar os ossos.

Raios 𝜸 (gama)
São produzidos pelas estrelas e por átomos radioativos. São bastantes prejudiciais aos
tecidos vivos, destruindo-os. São usados para radioterapia, para esterilização de materiais e
para verificar a qualidade de materiais (gamagrafia)

Tipos de espectros
Os espectros podem-se classificar como: Contínuos; De riscas (descontinuos).

Os espectros de riscas dividem-se em: Espectros de emissão; Espectros de absorção.


Atomo de Hidrogenio
Modelo atómico de Bohr
A energia de um electrão num átomo é quantizada: só pode ter determinados valores de
energia! – Quantização
da energia. Os elétrons
giram em torno do
núcleo em órbitas com
energias diferentes. As
órbitas interiores
representam uma
energia mais baixa e à
medida que se
encontram mais
afastadas do núcleo o
valor da energia é
maior.
Quando um átomo recebe uma determinada quantidade* de energia um elétron passa a
ocupar uma órbita mais externa (com maior energia) ficando o átomo num estado excitado.
Os elétrons tendem a ter a menor energia possível - estado fundamental do átomo.
Se um eletrão passar de uma órbita para uma outra mais interior o átomo liberta energia
(desexcitação).
* Não é uma quantidade qualquer!

Energia do eletrão
Para o caso do átomo de hidrogénio, a energia do eletrão no nível de energia 𝑛 é dado pela
expressão: 𝐸𝑛 = − 2,18 𝑛2 × 10−18 J Valores permitidos (níveis) para a energia do eletrão
do átomo de hidrogénio:

Energia de transição do electrão


O eletrão pode mudar de nível/energia (transição energética)! Para isso o átomo tem que
absorver ou libertar energia. O átomo pode: Absorver energia → o electrão passa para um nível
superior de energia → Excitação Libertar energia → o electrão passa para um nível inferior de energia
→ Desexcitação A energia envolvida numa transição entre dois níveis de energia é: ∆𝐸 = 𝐸𝑛
𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝐸𝑛 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
Distribuição eletrônica
A configuração eletrónica de um átomo demonstra como estão distribuídos os elétrons
pelos vários níveis e subníveis de energia do átomo. Esta distribuição segue as seguintes
regras:
Princípio da Construção (ou Princípio de Aufbau);
Princípio de Exclusão de Pauli;
Regra de Hund.

Princípio da Construção
Um nível (ou subnível) de energia só começa a ser preenchido quando o anterior (de
menor energia) já está completo. Os elétrons distribuem-se pelas orbitais segundo o
Princípio da Construção, dando ao átomo a menor energia possível – estado fundamental
do átomo. Uma distribuição eletrónica que esteja de acordo com o Princípio da Construção
representa um átomo no seu estado fundamental, caso contrário o átomo encontra-se num
estado excitado.

Princípio de Exclusão de Pauli


Wolfgang Pauli enunciou este princípio em 1924: No mesmo átomo não pode haver dois
elétrons com o mesmo conjunto de números quânticos. O número quântico de spin é
relativo ao próprio eletrão, e este número quântico apenas tem duas possibilidades (𝛼 e 𝛽,
ou +½ e -½)! Consequências deste princípio: Não podem estar mais do que dois elétrons
em cada orbital. No caso de dois elétrons ocuparem a mesma orbital estes terão que ter
valores de spin diferentes, tendo um o valor 𝛼 e o outro, obrigatoriamente, 𝛽.

Regra de Hund
As orbitais de um mesmo subnível têm a mesma energia: são orbitais degeneradas! Regra
de Hund Na distribuição de eletrões em orbitais degeneradas todas as orbitais terão de
estar semipreenchidas antes de começarem a ser preenchidas com dois eletrões cada, e
todos os eletrões desemparelhados apresentam o mesmo spin. Isto permite que as
repulsões entre os diversos eletrões no mesmo subnível sejam menores.
No caso do boro (𝑍 = 5) a distribuição eletrónica é: 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝𝑥 1 2 eletrões na orbital
𝑠 do nível 1; 2 eletrões na orbital 𝑠 do nível 2; 1 eletrão numa das orbitais 𝑝 do nível 2.
e pode ser representada pelo seguinte diagrama:
Cada seta representa um eletrão. Os diferentes sentidos das setas os valores de
spin 𝜶 e 𝜷. (o uso das duas setas – para cima e para baixo – é indiferente).

Tabela Periódica
Alguns elementos químicos são conhecidos desde há milénios porque são extraídos da
natureza em estado isolado.
Os gregos imaginaram que todos os materiais eram constituídos por combinação de outros
mais simples: terra, água, fogo e ar – designados pelos quatro elementos.

Simbologia química
Cada elemento químico tem um símbolo que o distingue dos restantes. Esse símbolo pode
ter uma, duas ou três letras (F, Ca, Uuq). A primeira letra é sempre maiúscula, e as
seguintes, se as houver, são sempre minúsculas (F, Ca, Uuq). O símbolo lê-se letra a letra.

Tabela Periódica
Os elementos estão
ordenados pelo seu
número atómico (𝑍).
A Tabela está dividida
em:
Grupos colunas verticais,
organizadas de 1 a 18
Períodos linhas
horizontais, do 1º ao 7º
Metais
Substâncias elementares: Na, Al, K, Ca
Propriedades físicas: Densos, maleáveis e dúcteis;Sólidos (exceção do Mercúrio, Hg); Bons
condutores elétricos e térmicos; Pontos de fusão e de ebulição elevados.

Metais alcalinos (1º grupo)


Quando reagem com H2O formam hidróxidos e quando reagem com O2 formam óxidos.
Exemplos (respetivamente): 2 Li (s) + 2 H2O (l) → 2 LiOH (aq) + H2 (g)
4 Na (s) + O2 (g) → 2 Na2O (s)

Metais Alcalinos Terrosos (2º grupo)


Quando reagem com H2O formam hidróxidos e quando reagem com O2 formam óxidos.\
Exemplos (respetivamente): Mg (s) + 2 H2O (l) → Mg(OH)2 + H2 (g)
2 Mg (s) + O2 (g) → 2MgO

Não Metais
Diversos estados físicos; Pobres condutores elétricos (exceto grafite); Pontos de fusao e
ebulicao baixos.

Halogênios (17º grupo)


2 Na (s) + Cl2 (g) → 2 NaCl (s) Mg (s) + Cl2 (g) → MgCl2 (s)

Gases Nobres ou Gases raros


Substâncias estáveis, elementares e inertes.

Variação do raio atómico


Os raios atómicos são obtidos a partir de aproximações de valores experimentais
São expressos em picómetro (1 pm = 10-12 m) ou em angstrom (1 Å = 10-10 m).
O raio atómico aumenta ao longo do grupo.
Aumento do número quântico principal (𝑛)

Eletrões de valência num nível energético superior

Mais afastados do núcleo

Raio atómico maior

O raio atómico diminui ao longo do período.


Há dois efeitos: Aumento do número de eletrões (maior nuvem eletrónica);
Maior carga nuclear (menor nuvem eletrónica).
O segundo efeito é mais importante!

Variação do raio iónico


Catiões
O raio iónico é menor do que o raio do respetivo átomo porque há perda de eletrões (a
nuvem eletrónica fica mais pequena).
Aniões
O raio iónico é maior do que o do respetivo átomo porque há ganho de eletrões (a nuvem
eletrónica fica maior).

Partículas isoeletrónicas
No caso de partículas isoelectrónicas (mesmo número de eletrões) a que tiver maior carga
nuclear é a que terá menor tamanho.
Variação da energia de ionização
A energia de ionização é a energia necessária para ionizar um átomo. A 1ª energia de
ionização corresponde à energia necessária para retirar o primeiro eletrão do átomo X. A 2ª
energia de ionização corresponde à energia necessária para retirar o segundo eletrão ao
ião X + . …

Ao longo do grupo
O nível de energia de valência (𝑛) aumenta ao longo do grupo

Os eletrões de valência estão mais afastados do núcleo (com maior energia)

É mais fácil remover os eletrões

A energia de ionização diminui ao longo do grupo!

Ao longo do período
O raio atómico diminui ao longo do período

Os eletrões sofrem uma maior atração pelo núcleo

É mais difícil remover os eletrões

A energia de ionização aumenta ao longo do período!

Ligação química
A ligação química é o que permite que: Átomos se liguem a outros átomos, em moléculas;
em agregados de átomos; Iões se liguem a outros iões;
Moléculas se organizem em estruturas maiores.
São as interações eletrostáticas que definem quando é que uma ligação acontece, e que
tipo de ligação acontece.

Interações eletrostáticas
Numa ligação há um equilíbrio entre diversas forças: Repulsivas, entre as cargas de sinal
igual;
Quando as forças atrativas igualam as forças repulsivas é estabelecida uma ligação.

Ligação metálica
Esta ligação acontece quando os átomos envolvidos
partilham eletrões de valência entre todos, sem que
haja uma orientação espacial nessa partilha. Baixas
energias de ionização permitem que sejam facilmente
criados eletrões deslocalizados. Há um mar de
eletrões
que pertencem a todo o metal, não apenas a alguns
átomos.
Os metais, devido à facilidade de movimento destes eletrões deslocalizados, são: Bons
condutores elétricos; Bons condutores de calor.

Ligação iónica
É um tipo de ligação que acontece entre elementos Metálicos e Não metálicos. As ligações
iónicas são estabelecidas por forças atrativas eletrostáticas entre iões de carga diferente
após a troca de eletrões entre átomos:
Átomo perde eletrões →
Catião; Átomo ganha eletrões → Anião.

No estado sólido:
Iões estão fortemente agarrados
uns aos outros;

Não há liberdade de movimento
de cargas elétricas;

Substâncias más condutoras
elétricas.

São substâncias quebradiças.


Nos estados líquido ou
aquoso:
Há total liberdade de movimento
dos iões que formavam a rede
cristalina (agora dissolvidos);

Substâncias boas condutoras
elétricas.

Ligação covalente
As ligações covalentes são as que acontecem entre
átomos de uma molécula (ligações intramoleculares).
Este tipo de ligação acontece normalmente entre
átomos de elementos não metálicos.
Numa ligação covalente há um equilíbrio entre
forças:
Repulsivas, entre os núcleos dos átomos, que têm
ambos cargas positivas;
Repulsivas, entre os eletrões das nuvens eletrónicas,
que têm cargas negativas;
Atrativas, entre os eletrões e os núcleos, de cargas contrárias.

Quando existir um equilíbrio entre as forças atrativas e as forças repulsivas é estabelecida


uma ligação covalente entre átomos (formação de uma molécula). Há eletrões que são
partilhados entre diferentes átomos, fazendo parte de mais do que uma nuvem eletrónica.
São eletrões ligantes.

Uma ligação acontece se a estrutura dos átomos ligados (molécula) for mais estável do que
os dois átomos isolados. A energia total dos átomos separados é maior que a energia da
molécula resultante.

Variação da energia potencial


A energia de ligação (energia que se liberta aquando da formação da ligação) e a energia
de dissociação (energia necessária para quebrar a ligação – separar os átomos) têm
valores iguais. As energias de ligação são normalmente expressas em kJ/mol.

Notação de Lewis
Esta notação é usada para descrever um átomo evidenciando os seus eletrões de valência.

Regra do octeto
Cada átomo de uma molécula partilha eletrões de modo a que fique rodeado por oito
eletrões de valência.. Com esta configuração de valência os átomos ficam com uma
configuração eletrónica semelhante a um elemento do grupo 18 (gases nobres). Esta regra
aplica-se com facilidade a átomos representativos do 2º período da Tabela Periódica, mas
para além destes elementos apresenta muitas exceções. No caso do átomo de hidrogénio
este fica rodeado por apenas dois eletrões de valência.

Eletrões ligantes
São os eletrões que participam na ligação.
Eletrões não ligantes:
Estes eletrões de valência não vão participar na ligação.

Ligação simples, dupla e tripla


Consoante o número de eletrões ligantes entre dois átomos:

Comprimento de ligação vs Energia de ligação


Maior energia de ligação ⇒ Ligação mais forte
Maior energia de ligação ⇒ Menor comprimento de ligação
Este tipo de comparação só deve ser realizado entre moléculas com algum tipo de
semelhança!

Ligação química
Ligações intermoleculares
Eletronegatividade
Eletronegatividade é a capacidade que um átomo de um elemento químico tem para atrair
para si os eletrões envolvidos numa ligação química de que faça parte. Esta propriedade
está relacionada com a energia de ionização do elemento químico. Um elemento com baixa
energia de ionização tem baixa eletronegatividade. Se é fácil retirar um eletrão a um átomo
a sua capacidade de atrair eletrões é baixa. Um elemento com alta energia de ionização
apresenta um alto valor de eletronegatividade. Se é difícil retirar um eletrão a um átomo a
sua capacidade de atrair eletrões
é alta.

A escala de eletronegatividade
mais usada foi desenvolvida por
Pauling.
Polaridade de uma ligação química
A diferença entre o valor de eletronegatividade de dois átomos ligados entre si define a
distribuição de carga elétrica e, por isso, a polaridade da ligação.
Modos de visualização da diferença de distribuição eletrónica

Entre dois átomos do mesmo elemento químico Diferença de eletronegatividade nula


(nenhum deles apresenta maior
capacidade de atrair para si a nuvem
eletrónica global dos dois átomos).

A distribuição da carga elétrica é
simétrica.

Ligação covalente apolar.
Exemplos: H2 , O2 , Cl2 .

Entre dois átomos de elementos


químicos diferentes há uma diferença
de eletronegatividade.

O átomo mais eletronegativo irá deslocar a nuvem
eletrónica para si.

Irá ser criada uma distribuição de carga elétrica
assimétrica, com maior densidade de carga negativa
junto do átomo mais eletronegativo. (ocorrendo no outro
átomo o fenómeno contrário).

Ligação covalente polar.

Entre dois átomos de elementos químicos diferentes


Uma maior diferença de eletronegatividade entre átomos implica maior polaridade da
ligação. Se a diferença entre as eletronegatividades for superior a 1,7 a ligação passa a ser
de carácter iónico, e não covalente.

Ligações intermoleculares
Acontecem entre moléculas e são devidas a forças
eletrostáticas . Explicam porque é que estruturas
moleculares se mantém, ou não, junto de outras. A
partilha de eletrões é insignificante. Este tipo de
forças são mais fracas que as entre átomos
(metálica, covalente e iónica). Há dois tipos de
ligações intermoleculares:
Forças de van der Waals ;
Ligação de hidrogénio .

Ligação de hidrogénio
Acontecem em moléculas polares que tenham na sua
constituição grupos: -O-H -N-H -F-H São mais fortes do
que as forças de van der Walls.
Miscibilidade
A miscibilidade é a capacidade de dois líquidos, ou soluções, se misturarem ou não.
Líquidos miscíveis – líquidos que se misturam. Líquidos imiscíveis – líquidos que não se
misturam. Esta propriedade está muito dependente das forças de ligação intermoleculares
que ocorrem entre as moléculas dos dois líquidos em causa. A água é miscível com
substâncias que possuam moléculas polares ou que fomentem ligações de hidrogênio.

É possível prever a miscibilidade ou não entre duas substâncias a partir da sua maior,
menor, ou inexistente polaridade. A geometria de uma molécula é importante para a
polaridade final da estrutura.

Geometria molecular
Teoria da Repulsão de Pares Eletrónicos de Valência (TRPEV)
As repulsões entre os pares de eletrões de valência são minimizadas para que a
estabilidade da molécula aumente. É possível prever a distribuição espacial dos átomos de
uma molécula – a sua geometria – a partir desta minimização de repulsões:
1. Há repulsão entre todos os eletrões de valência;
2. A distribuição espacial dos átomos deverá corresponder à geometria que provoque o
mínimo de repulsões entre os eletrões de valência;
3. A molécula deverá ter a geometria que lhe confira maior estabilidade.

Linear

Angular
Triangular

Piramidal Trigonal

Tetraédrica
Compostos orgânicos
“Carbono é o elemento essencial, isto é, a partir do qual se desenvolveu a química da vida”.

Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos são compostos que apenas são constituídos por átomos de carbono (C)
e de hidrogénio (H).
Alcanos
São hidrocarbonetos saturados
(cada átomo de carbono está
ligado a 4 outros átomos).
Também podem ser chamados
parafinas. O nome dos alcanos
tem a terminação ano [an + o].
Têm a fórmula molecular
𝐶𝑛𝐻2𝑛+2 Cada carbono está
ligado a outros átomos em
arranjo tetraédrico.

Alcenos
São hidrocarbonetos insaturados
que contêm ligações duplas. O
nome do alceno é atribuído a
partir do nome do alcano
correspondente, substituindo a
terminação ano pela terminação
eno [en + o]. Os alcenos com
apenas uma ligação dupla, e
lineares, têm a fórmula 𝐶𝑛𝐻2𝑛
Alcinos
São os hidrocarbonetos
insaturados que contêm ligações
triplas. O nome do alcino é
atribuído a partir do nome do
alcano correspondente,
substituindo a terminação ano pela
terminação ino [in + o]. Os alcinos
com apenas uma ligação tripla, e
lineares, têm a fórmula 𝐶𝑛𝐻2𝑛−2

Hidrocarbonetos cíclicos
Nos compostos cíclicos a cadeia principal é fechada.
Benzeno

Substituintes alquilos
São derivados de um alcano, por perda de um átomo de hidrogénio. Um átomo de carbono
fica com uma ligação livre, disponível para se ligar a outra estrutura.
Regras de nomenclatura
1. Selecionar a cadeia principal (é a que tem o
maior número de carbonos ligados em
sequência).
2. Numerar os átomos de carbono da cadeia
principal para que os grupos substituintes
fiquem com a numeração mais baixa possível
(estes números chamam-se localizadores).
3. Nome: O(s) nome(s) do(s) substituinte(s)
antecede(m) o nome da cadeia principal. Usar
os prefixos di, tri, tetra… para indicar o número
de substituintes iguais.
Os localizadores são separados: entre si por
vírgulas (,); do nome principal por um hífen (-).

Haloalcanos
São derivados de um alcano, por substituição de um (ou mais) átomo(s) de hidrogénio por
um (ou mais) átomo(s) de um (ou vários) halogéneo(s)
Álcool
Grupo característico: –OH (hidroxilo)
Para obter o nome de um álcool
adiciona-se o sufixo -ol ao nome do
alcano do qual foi derivado esse álcool.

Exemplos: CH3–CH2OH (etanol)


CH2OH–CHOH–CH3 (1,2-propanodiol)
CH3–CHOH–CH3 (2-propanol)
Aldeído
Grupo característico: –C=O (carbonilo, em
posição terminal) | H O nome do composto é
obtido por substituição da última letra do alcano
respetivo (o) pelo sufixo -al.

Exemplos: H–CHO (metanal) CH3–CHO (etanal)

Se o grupo carbonilo não estiver ligado a um


carbono numa posição terminal da cadeia a
molécula será uma cetona.

Ácido carboxílico
Grupo característico: –COOH O nome do composto é
obtido por substituição da última letra do
hidrocarboneto pelo sufixo -óico.

Exemplos: H–COOH (ácido metanóico) CH3–COOH


(ácido etanóico ou ácido acético)

Cetona
Grupo característico: –C– (carbonilo) ǁ O Tal
como os aldeídos, este grupo funcional também
apresenta um grupo carbonilo (C=O), mas neste
caso situado no meio de uma cadeia, resultando
uma estrutura do tipo R–CO–R’, em que os
radicais R e R’ podem ser iguais ou não. O nome
é obtido pela adição do sufixo -ona.

Exemplos: CH3–CO–CH3 (propanona) CH3–


CH2–CO–CH3 (butanona)

Amina
Estado gasoso
Características:
Elevado grau de movimento das partículas;
Sem forma definida (volume indefinido);
Ocupação de todo o espaço possível;
O volume das partículas é desprezável relativamente ao volume ocupado pela amostra;
A distância entre as partículas é grande;
Elevada compressibilidade;
A pressão exercida corresponde aos choques exercidos pelas suas partículas nas paredes
do recipiente.

Pressão
A pressão, 𝑝, é a intensidade da força, 𝐹, exercida por unidade de área de superfície, 𝐴:
Lei de Avogadro
Em 1811, Avogadro propôs:
Volumes iguais de gases
diferentes contêm o mesmo
número de moléculas, nas
mesmas condições de
pressão e temperatura. Lei de
Avogadro O volume de uma
amostra de gás é diretamente
proporcional à quantidade
química (P e T constantes). A
relação 𝑉/𝑛 é constante e
chama-se Volume Molar: 𝑉 𝑛 =
constante = 𝑉𝑚 Todos os
gases têm o mesmo volume
molar, nas mesmas condições
de pressão e temperatura.
Volume Molar (Vm)

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