4 - Poemas - Corbiére, Kilkerry, Bandeira, Valéry, Mallarmé, Maiakovski, Tzara
4 - Poemas - Corbiére, Kilkerry, Bandeira, Valéry, Mallarmé, Maiakovski, Tzara
4 - Poemas - Corbiére, Kilkerry, Bandeira, Valéry, Mallarmé, Maiakovski, Tzara
Un chant dans une nuit sans air... Noite sem ar e esse canto, e esse canto...
La lune plaque en métal clair E a lua, em metal claro, unindo quanto
Les découpures du vert sombre. Rasgão do verde escuro, árvore, alfombra...
... Un chant; comme un écho, tout vif Um canto como um eco, muito vivo
Enterré, là, sous le massif... Enterrado, acolá, na moita... esquivo.
— Ça se tait : Viens, c’est là, dans l’ombre... E, agora cala. Vem, é ali, na sombra,
— Un crapaud! — Pourquoi cette peur, Vem – um sapo! – que medo que te deu!
Près de moi, ton soldat fidèle! Não vês, bem perto, aqui, teu fiel soldado?
Vois-le, poète tondu, sans aile, Mas, olha-o, sem asa, é um poeta pelado
Rossignol de la boue... — Horreur! — O rouxinol da lama – Horror! – não meu.
... Il chante. — Horreur!! — Horreur pourquoi? Oh! canta. – Horror – e porque horror? Volveu
Vois-tu pas son œil de lumière... (Nem viste?) um longo olhar, iluminado...
Non : il s’en va, froid, sous sa pierre. Não: escondeu-se a uma pedra, o desgraçado.
........................................................................... .....................
Bonsoir — ce crapaud-là c’est moi. Lá vai... Boa noite. E o sapo, não sou eu?
MANUAL BANDEIRA – OS SAPOS (1919) O meu verso é bom
Frumento sem joio
Enfunando os papos, Faço rimas com
Saem da penumbra, Consoantes de apoio.
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra. Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:
Em ronco que aterra, Reduzi sem danos
Berra o sapo-boi: A formas a forma.
— “Meu pai foi à guerra!”
— “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”. Clame a saparia
Em críticas céticas:
O sapo-tanoeiro, Não há mais poesia,
Parnasiano aguado, Diz: Mas há artes poéticas . . ."
— “Meu cancioneiro
É bem martelado. Urra o sapo-boi:
— ‘Meu pai foi rei” — “Foi!”
Vede como primo — “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo Brada em um assomo
Os termos cognatos! O sapo-tanoeiro:
— “A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
PNEUMOTÓRAX
Outros, sapos-pipas Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
(Um mal em si cabe), A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Falam pelas tripas: Tosse, tosse, tosse.
— “Sei!” — “Não sabe!” — “Sabe!”. Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
Longe dessa grita, — Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
Lá onde mais densa — Respire.
A noite infinita ……………………………………………………….
Verte a sombra imensa;
— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
Lá, fugindo ao mundo, pulmão direito infiltrado.
Sem glória, sem fé, — Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
No perau profundo — Não.
E solitário, é A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
A demi-voix, À meia-voz,
D’une voix douce e faible disant de grandes choses : De uma voz doce e frágil a dizer grandes coisas:
D’importantes, d’étonnantes, de profondes et justes choses, Importantes, fascinantes, bem profundas e justas,
D’une voix douce e faible. Numa voz doce e frágil.
La menace du tonnerre, la présence d’absolus A ameaça de um trovão, a presença de absolutos
Dans une voix de rouge-gorge, Numa voz de rouxinol
Dans le détail fin d’une flûte, et la delicatesse du son pur. No detalhe fino da flauta, e a delicadeza do som puro.
Tout le soleil suggéré Todo o sol se insinua
Au moyen d’un demi-sourire. Por meio de um semissorriso.
(Ô demi-voix), (Ó meia-voz),
Et d’une sorte de murmure E de um tipo de murmúrio
En français infiniment pur. Em idioma infinitamente puro.
Qui n’êut saisi les mots, qui l’êut ouï à quelque distance, Quem não captasse as palavras, ou o escutasse à distância,
Aurait cru qu’il disait des riens. Pensaria que ele diz nulidades
Et c’étaient des riens pour l’oreille E eram nulidades à orelha
Rassurée. Resguardada.
Mais ce contraste et cette musique, Mas o contraste e essa música,
Cette voix ridant l’air à peine, Essa voz que mal franze o vento,
Cette puissance chuchotée, Essa potência em sussurros,
Ces perspectives, ces découvertes, Essas perspectivas e descobertas,
Ces abîmes et ces manoeuvres devinés, Esses abismos e pressagiadas manobras,
Dans le si blanc cheveu qui traîne No alvo cabelo que enleia | Na mecha branca que enleia
Avarement aura noyé Avaro haverá afundado | Avara haverá afogado
Le flanc enfant d’une sirène O flanco de uma sereia | O infante flanco da sereia
VLADIMIR MAIAKÓVSKI
Porto
Balalaica
Lençóis de água sob um ventre pando.
Balalaica
Rasgam-se em ondas contra dentes brancos.
[como um balido abala
Amor. Lascívia. Como uivo que escorre
a balada do baile
das chaminés por gargalos de cobre.
de gala]
No berço-embocadura barcos presos
[como um balido abala]
Aos mamilos de madres de ferro.
abala [com balido]
A orelha surda dos navios agora
[a gala do baile]
rebrilham brincos de âncora.
1912 (Tradução: Haroldo de Campos)
louca a bala
------------------------------------------------------------------ laica
Quadro completo da primavera
BALALAICA
Folhinhas. Balalaica
Linhas. Zibelinas só- [budto laiem oborvala
scrípki bala
Zinhas. laica]
[s laiem oborvala]
ISTCHÉRPIVAIUCHAIA CARTINA VIESNI oborvala [s laiem]
Listótchki. [laíki bala]
Póslie strótchec lis- láicu bala
tótchki. laica
1913 (Tradução: Augusto e Haroldo de Campos)
1913 (Tradução: Augusto de Campos)
TRISTAN TZARA TRISTAN TZARA
Tradução: google tradutor Tradução: Sérgio Maciel
PÉLAMIDE SARRAJÃO
PÉLAMIDE
a e ou o youyouyou i e ou o youyouyou
drrrrrdrrrrdrrrrgrrrrgrrrrrgrrrrrrrr
morceaux de durée verte voltigent dans ma chambre
a e o i ii i e a ou ii ii ventre montre le centre je veux le prendre ambran
bran bran et rendre centre des quatre
beng bong beng bang où vas-tu iiiiiiiiupft
machiniste l’océan a o u ith
a o u ith i o u ath a o u ith o u a ith
les vers luisants parmi nous
parmi nos entrailles et nos directions
mais le capitaine étudie les indications de la boussole
et la concentration des couleurs devient folle
cigogne litophanie il y a ma mémoire et l’ocarina dans la pharmacie
sériciculture horizontale des bâtiments pélagoscopiques
la folle du village couve des bouffons pour la cour royale
l’hôpitale devient canal
et le canal devient violon
sur le violon il y a un navire
et sur le bâbord la reine est parmi les émigrants pour mexico