A Força Do Discipulado - REVISADO

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SUMÁRIO

Prefácio

Introdução

Capítulo 01
Vencendo a Incredulidade e a Dureza de Coração no Caráter do
Discipulo

Capítulo 02
Por que ser um Discípulo

Capitulo 03
Discipulado é Paixão por Vidas

Capítulo 04
Discipulado é Vocação

Capítulo 05
O Discipulado de Êxito

Capítulo 06
O Discipulado Sobrenatural

Capítulo 07
Levar uma Geração ao Propósito

Capítulo 08
Desatando a Prosperidade no Discipulado

Epílogo

“Aquele que não renunciar a própria vida não poderá ser meu

discípulo...” (Lucas 14:25c)


A Yeshua
Quem não souber se submeter aos Seus princípios,
com certeza teráum discipulado deficitário.
Eu dedico este livro, com honra, ao Senhor, pois é o
Padrão e Modelo Perfeito.
Eu Te amo! Obrigado por desatar
esses princípios no nosso caráter!

Aos veteranos
Este livro será uma bússola na vida dos veteranos,
facilitará a conquista do sobrenatural, gerando filhos
legítimos para Deus, e fazendo com que a vida de cada
filho espiritual seja focada menosem si e mais em Deus.
Essa é a missão dos maduros.

Aos que nascerão de novo


Dedico a todos os discípulos que nascerão após este
Discipulado indireto, pois este livro é uma consolidação
de princípios que mudará a vida de milhares e edificará o
coração de milhões, devolvendo-os ao foco

In memoriam
Dedico este livro a três grandes guerreiros que caminharam comigo,
fizeram história e deixaram descendentes comprometidos:

Afif Arão, por ser um discipulador exemplar e um discípulo dedicado.

Samuel Souza, que mesmo sendo um Pastor mais antigo, deixou-se


discipular e foi um homem de caráter irrepreensível e conduta ilibada.

O inesquecível Miguel Braga, que em todos os comandos de discipulado


nunca desapontou seu discipulador e desatou uma geração de filhos
legítimos.

Estes funcionaram como Coordenadores Estaduais e aprouve ao Senhor


tomá-los para Si. Como bons embaixadores, voltaram à Pátria para
devolver a missão ao Dono dolegado, Yeshua.
Eu os chamo de homens do Céu que viveram na Terra.
PREFÁCIO
Prefaciar este livro tornou-se para mim uma indubitável honra.
Primeiro, por se falar em uma pessoa tão especial que, de muitas
formas, tornou-se o meu discipulador. Com uma memória
fascinante, tem se dedicado à escrita para deixar suas brilhantes
ideias guardadas em arquivos e beneficiar gerações. Homem
obstinado naquilo que faz, dedica-se sem reservas para o Reino,
e tem dado uma grande contribuição para o crescimento e
expansãoda Igreja de Cristo aqui na Terra.
O seu sonho é ver as pessoas cumprindo o propósito pelo qual
foi comissionado, mantendo acesa a chama do Evangelho na
realização do Ide de Jesus e no desafio de ganhar vidas.
É um avivalista deste século. Tudo que ele faz no presente
pensa em deixar o seu legado à geração futura. Seu caráter
irrepreensível, determinado e intrépido, tem feito com que ele
alcance muito êxito. Deus tem lhe dado oportunidades para
entrar em lugares nobres, conhecendo novas autoridades
espirituais e governamentais. Ele tem experimentado o exagero
de bênçãos em sua vida, coisas que jamais pensava em obter,
pois o Senhor, com a Sua infinita graça e misericórdia, tem lhe
acrescentado.
Este é um livro que aborda assuntos que raros autores
escrevem, por se tratar de uma vida prática e não teórica. Nele,
há riquezasde conselhos imprescindíveis para uma vida de êxito.
Creio que será uma leitura benéfica e produtiva, por conter
ensinos práticos, oferecidos pela convivência familiar, social e
eclesiástica do autor.
Essas abordagens foram dadas por Jesus aos Seus discípulos,
no cumprimento da Grande Comissão. No âmbito do discipulado,
o discipulador recebe conteúdos e passa esses ensinamentos para
os seus liderados.
As palavras e convicções do autor são fortes e verdadeiras
e possibilitarão um crescimento exponencial na vida do discípulo
que se submete às devidas orientações, acreditando que esse
encaminhamento poderá trazer uma mudança radical e um maior
desempenho em todas as possíveis áreas que necessita.
O discipulado, às vezes, é desconfortável devido o confronto
entre ambos, discipulador e discípulo. No entanto, o confronto é
necessário para que a cura aconteça. O que leva a aceitação do
confronto é o próprio desempenho do discipulador em transmitir
a mensagem que mostre a forma do significado da paixão por
Jesus. E, também, é claro, a disposição do discípulo em abrir o
coração para se deixar ser confrontado.
O discipulador, da mesma forma que Jesus tratava os
discípulos, vivenciando o amor e a compaixão, faz do Mestre o
seu Modelo, para transmitir o amor de Deus aos discípulos.
Vivemos em uma época de difícil relacionamento social. As
máquinas estão sendo usadas para substituir a mão de obra
humana. Máquinas não produzem máquinas, mas discípulos geram
outros discípulos na reprodução da mesma espécie.
O discipulador aponta caminhos, auxilia dando pistas ao
discípulo para viver. O discipulado deve ser prático, pois
estamos lidando com o caráter de pessoas que precisam de
relacionamentos saudáveis.
Nos dias hodiernos, não é fácil vivermos a prática de
relacionamentos interpessoais, porque muitos estão correndo de
um lado para o outro como verdadeiros ativistas. Sem saberem
paraonde ir, caminham em várias direções sem nenhum objetivo.
A Igreja de Cristo vive um momento muito delicado. As
pessoas entram sutilmente querendo disseminar doutrinas
antibíblicas.
No discipulado, devemos lidar com muita maturidade e
responsabilidade, pois a vida das pessoas está em nossas mãos.
Por isso, devemos ter a vida aprovada por Deus e, então, seremos
aprovados pelo homem.
O autor descreve sobre a questão da liderança e o Modelo de
Jesus, enfocando a necessidade de levantarmos líderes treinados
para desenvolver o seu potencial dentro do discipulado eficaz e
de êxito.
O discipulado é trabalhado como uma forma de modelo e
referência. A força da chamada nos respalda para sermos
modeloem tudo.
Para exercer a estratégia do discipulado, é necessário termos
homens e mulheres de qualidade no caráter, que tenham sido
provados e aprovados, para, então, exercerem o ofício de
resgatar vidas com sabedoria e inteligência divina, cumprindo,
assim, o seu chamado.
Amei ler este livro, pois ele nos desafia, exorta, ensina e
encoraja a prosseguir no desempenho do nosso chamado.
Recomendo a você, querido leitor! Você será poderosamente
abençoado e acrescentado no seu poder cognitivo.

Ana Marita Terra Nova


INTRODUÇÃO
Nada é mais poderoso para um homem de Deus do que ser
encontrado com fé. Não existe nada mais crítico para os eleitos
do Eterno, para os vocacionados do Senhor, do que serem
encontrados na incredulidade.
Quando estamos com o espírito de dúvida, afastamo-nos de
Deus e da adoração. Quando alimentamos a adoração,
aproximamo-nos dAquele que Se tornou Senhor. Precisamos
desenvolver a fé se queremos ganhar respeito.
Quando temos a cumplicidade da fé, tudo é possível. Em João
15, Jesus dá uma aula sobre unidade. Tudo que duas pessoas
pedem a Deus, em fé e concordância, em harmonia de propósito,
recebem.
Jesus diz que se houver unidade e concordância sobre
qualquer coisa, o Pai concederá. A unidade e a concordância
desatam o poder da conquista. Você não precisa de muita gente
para tomar uma cidade e conquistar um território. Você só
precisa de outra pessoa que creia no mesmo nível de fé, então a
nova conquista chegará.
Quando não temos a unidade da fé, a conquista não se
manifesta. Quando a fé é consolidada, as conquistas são
confirmadas. Muitas conquistas serão desatadas na vida daqueles
que se proíbem andar com pessoas que não têm fé. É melhor
estar só do que ao lado de um incrédulo.
Da boca do Senhor, nós temos o sim e o amém. E se não temos
algumas conquistas é porque, muitas vezes, decidimos andar com
pessoas que não ousam acreditar conosco que o sobrenatural se
manifestará.
Homens de Deus não caminham em rotas comuns. Homens
de Deus se movem no sobrenatural. No sobrenatural, abrimos o
nosso entendimento e descobrimos quem somos.
Se você se move pela lógica, pelo tangível, você é um ser
comum. Os discípulos de Jesus se movem no sobrenatural, pelos
princípios do Mestre. O nosso ministério precisa ser identificado
por aquilo que ninguém tem.
Precisamos descobrir que quando nos movemos no
sobrenatural, os nossos discípulos também se movem no
sobrenatural, porque o sobrenatural tira o foco das pessoas em
relação ao líder para colocar o foco em Deus.
Se conseguimos tirar o foco das pessoas da nossa vida,
enquanto líderes, enquanto discipuladores, para colocar em
Deus, alcançamos êxito no nosso ministério. As pessoas que
seguem o homem se decepcionam; as pessoas que seguem Deus
se consolidam.
O discipulado não consiste em fazer discípulos para nós, mas
em fazer discípulos para Deus, líderes para Deus e mentores para
o Reino. A nossa missão no sobrenatural é que os discípulos
tenham menos experiências conosco e mais experiências com
Jesus, de forma a entenderem quem é Jesus na vida deles. Que
os discípulos absorvam de tal maneira esse entendimento que,
independente do que aconteça, não se desviem da rota nem do
propósito.
A Palavra mostra que os discípulos que seguiram Jesus eram os
discípulos da Sua equipe. Discípulos de equipe seguem Jesus
mesmo não crendo. A Bíblia diz que os 11 discípulos seguiram ao
Monte que Jesus havia designado, e, quando O viram, uns
adoraram e outros duvidaram.
É possível ser discípulo tomado por uma dúvida. É possível ser
discípulo abortando as promessas. É possível ser discípulo
vendo o Mestre, vendo o maior milagre da história, a
ressurreição, e duvidar.
Eu acredito que há diferença entre cura e milagres. Uma
pessoa curada de um câncer, que tomou quimioterapia e passou
por todos os processos que a doença exige, pode dizer que foi
curada por Jesus? Pode, porque muitos fazem o mesmo e
morrem. A glória é de Deus, mas não podemos nos esquecer da
intervenção do médico, porque existem curas que Deus faz, e
curas que os homens fazem.
Milagre é quando não há esperança. Milagre é quando foge do
campo da fé natural. Milagre é você entrar em uma Igreja com
uma pessoa que morreu há quatro dias, e o pregador orar, e a
pessoa ressuscitar. Milagre é o que se opera quando não há mais
vida. Jesus estava morto, sepultado há três dias, mas
ressuscitou.
Os discípulos estavam diante do Maior Milagre da história,
Jesus, e duvidaram. A dúvida poderia ser se Ele havia mesmo
morrido, se havia realmente acontecido uma ressurreição, se
Jesus era mesmo o Messias. Quando você duvida da
ressurreição, você aborta todos os processos de milagres que
estavam na sua direção.
Romanos 6:4 ainda vale para os dias de hoje: “De sorte que
fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai,
assim andemos nós também em novidade de vida”. Só que os
discípulos de Jesus estavam debaixo do espírito de dúvida.
A mente do homem vive cheia de interrogação todo o tempo.
Ele duvida até de si mesmo. Quantas vezes nos pegamos
duvidando se nascemos de novo, se somos mesmo vocacionados,
etc. Debaixo do espírito de dúvida, o sobrenatural não se
manifesta.
É fácil se mover para as bases religiosas, para os montes da
nossa preferência. Os discípulos de Jesus foram para o lugar certo,
o lugar designado por Jesus, mas não creram no sobrenatural.
Religiosos podem até estar no lugar certo, mas, por causa da
dúvida, não conseguem receber o sobrenatural.
O que Deus quer é remover da nossa vida o espírito de religião
para plantar em nós o espírito de adorador. Religião não
impressiona Jesus nem move o Trono de Deus.
Eu não sei se este livro vai ajudar você para abrir o
entendimento sobre o que é A Força do Discipulado, mas sei
que nos esforçamos para chegar perto. Possa ser que você
encontre uma teoria melhor do que a que você encontrará aqui,
mas a prática do nosso discipulado tem sido funcional.
Em Encontros, temos procurado desatar discípulos e assim
temos procedido em todos os nossos Cultos e Reuniões. O
objetivo é sempre nos rendermos em adoração e sermos
proibidos deincredulizar os milagres do Senhor.
A Força do Discipulado ensina que o lugar que Jesus designou
aos discípulos era para receberem instruções sobre conquistas de
territórios. Jesus não passa tempo com os discípulos apenas para
celebração, mas para dar destinos sobre o que precisam fazer. Os
que se dizem discípulos de Jesus, mas vivem o Evangelho sem
destino, uma vida sem meta e uma história sem futuro, estão
devendo a essência do Evangelho, porque todos que caminham
com Jesus têm futuro de esperança. Ninguém anda por andar,
todos se movem com uma meta.
Quando Jesus chamou os discípulos para estarem na Galileia,
no lugar do encontro, era para que depois da adoração, depois do
proskuneu - a adoração profunda, beijar na direção de, adorar
e se prostrar - eles recebessem a instrução de vida e devida para
o que precisavam. Assim, absorveriam melhor a Palavra.
Só que dois sentimentos assaltaram a equipe. Uma parte da
equipe ficou incrédula, enquanto a outra teve a sua fé desatada.
Você faz parte de qual equipe? Você é daqueles que incredulizam
o processo ou desatam a fé? As equipes que desatam fé têm
provado, pelo fruto, que Deus é com elas.
Deus vai desatar fé e sedimentar você de uma forma tão
sobrenatural que você entenderá A Força do Discipulado e se
tornará um homem e uma mulher desejável no Reino. Por onde
você passar, o rastro do sobrenatural irá com você, para que a
glória de Deus seja sedimentada em todas as suas geografias.
Partindo desse pressuposto, Jesus mostra que as duas classes
tiveram sentença. E em Marcos 16:14, Ele censura os discípulos.
Neste livro, trabalhamos a forma como Jesus censura os
discípulos e como os líderes de fé são aprovados por Ele.
Deus não trabalha onde o campo da fé não está desatado. O
Senhor só tem prazer em trabalhar onde a fé está liberada. A
fé é um dom espiritual, e o homem precisa lutar por esse dom.
Os homens de fé serão o que nunca foram e terão o que nunca
tiveram pela fé.

CONFERINDO AUTORIDADE

Todo homem no discipulado de Jesus precisa ter dEle


autoridade. Ninguém pode se mover sem ser autorizado. Ninguém
pode representá-lo sem ser autorizado. Ninguém pode se
mover no Planeta por instituições, famílias, Igrejas, sem ser
autorizado.
Alguém, para abrir uma Célula, tem que ser autorizado.
Alguém, para ser 12, tem que ser autorizado. Alguém, para falar
em nome da Igreja, tem que ser autorizado. Alguém, para ser
Pastor, Líder e Discípulo, tem que ser autorizado.
Quem autorizou você a ser líder? Quem autorizou você a ser
discípulo? Quem autorizou você a ser Pastor?
Não deixe ninguém responder por você sem ser legitimado. Da
mesma forma como damos autoridade, temos poder para tirar
autoridade. Da mesma forma que liberamos pessoas para nos
representar, podemos suspender para que não nos representem.
Da mesma forma que a autoridade é conferida, temos o poder de
tirá- la.
Assim como ungimos Apóstolos, Bispos, Pastores, Líderes, etc,
também podemos „desungir‟. É bíblico! É só remover a
autoridade deles. Porque quem confere autoridade é o dono da
autoridade. Damos autoridade para sermos representados, não
para mandarem em nós, mas para receberem de nós instruções.
Da mesma forma que liberamos para que nos representem,
também temos autoridade para dizer que está encerrado o
processo.
A autoridade só é liberada quando há confiança. Se a
confiança é minada, a autoridade é extraída. Só tiramos a
autoridade dos lugares onde a confiança não existe mais.
Precisamos ser líderes, desatadores de autoridade,
conscientes de que as pessoas que nos representam o fazem com
limites. Ninguém recebe autoridade irrestrita. Se você não disser
aos seus discípulos o que eles têm que fazer, eles farão o que
acham que devem fazer.
A autoridade, quando nos é conferida, além de nos legitimar,
submete tanto o mundo físico quanto o espiritual. Você já
observou que quando alguém recebe autoridade, muda? Porque a
autoridade é liberada por imposição de mãos, por presbitério ou
equipe de autoridade, chamada misna – comunidade de 10 a 12
homens. Quando uma pessoa recebe o decreto „conferida
autoridade‟, a pessoa muda, ganha respaldo no mundo espiritual,
e demônios, principados e potestades batem em retirada, porque
sabem que aquela pessoa está autorizada para.
A Bíblia relata no Novo Testamento que houve um grupo que
expulsava demônios em nome de Jesus e de Paulo. Os demônios
disseram que conheciam Jesus e Paulo, porque eles eram
legitimados. Quem é legitimado, é conhecido e respeitado no
mundo espiritual. Os que faziam parte do grupo fugiram nus e
feridos, porque não eram legitimados e não possuíam
autoridade.
Os que navegam fora da autoridade ficam despidos no mundo
espiritual. Pessoas que funcionam sem serem legitimadas, serão
feridas no campo de batalha. A autoridade é conferida para
proteção do caráter do discípulo, para serem blindados no mundo
espiritual da maldade, para entrarem invisíveis nos territórios aos
olhos dos malfeitores.

QUEM O LEGITIMOU

Quem autorizou você a fazer o que você está fazendo? Com


que autoridade você se move para aonde você está indo? Com
que autoridade você está representando o líder? Como você
está representando?
Quando, como, onde e por que você foi legitimado? Muito
mais do que você ser legitimado, você precisa entender o porquê
de estar sendo legitimado. Sem autenticidade, não há
legitimidade no mundo espiritual.
Legitimidade não é contrato de compadre. Legitimidade é
para aquilo que já somos e não para aquilo que seremos.
Quando Samuel foi ungir um rei, ele primeiro viu todos os
irmãos de Davi, mas reconheceu que nenhum deles era o rei,
apenas Davi. Foi quando separou Davi que, antes de ser ungido,
já se comportava como tal.
Quando somos ungidos por Deus, temos que nos comportar
antes para a unção que vamos receber. A autoridade é conferida
depois que a adoração é liberada. É preciso reconhecer quem é a
autoridade. Foi assim na equipe de Jesus.
Há uma grande diferença em ser separado para e ser
reconhecidopara. A Bíblia diz que Jesus Se aproximou dos
discípulos e disse quetoda autoridade Lhe foi confiada no Céu e
na Terra (Mateus 28:18).Você não pode receber autoridade de
quem não é autoridade. Jesuslegitimou os discípulos com toda a
autoridade que Lhe foi conferida.Jesus trabalhou o caráter dos
discípulos, mostrando para eles que na unidade de proskuneu,
na unidade de adoradores, na unidade delíderes focados, eles
recebem autorização para o trabalho que deve
ser realizado.
Nenhum discípulo pode representar uma Célula, uma Reunião
de 12, dar um aviso no púlpito da Igreja se não foi legitimado
para isso. A legitimação é uma autorização no mundo espiritual
para ser respeitada pelo Céu e temida pelo inferno.
Toda legitimação é pública, diante de, com raríssimas
exceções, se houver uma eventualidade. As pessoas precisam
saber que o que está acontecendo tem reconhecimento,
protocolo daquilo que foi preparado.
Deus está preparando e forjando você para algo muito grande,
para coisas que você nem imagina. E, no momento certo, as
pessoas reconhecerão que você é legítimo do Pai.
Por quem eu sou legitimado, é esse que eu represento. Quem
rejeita o enviado, renuncia quem o enviou. O discipulado tem
essa chamada maravilhosa e esse decreto sobrenatural.
CAPÍTULO 1
VENCENDO A INCREDULIDADE E A
DUREZADE CORAÇÃO NO CARÁTER DO
DISCÍPULO
“Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à
mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de
coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já
ressuscitado. E disse- lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo;
mas quem não crer serácondenado.” (Marcos 16:14-16)
A força do discipulado é a força de formar caráter, e isso
demanda trabalho e a certeza de que Deus vem para nos assistir
e nos abençoar. Tudo que fazemos é tão-somente obra da
fidelidade e cuidado do Pai na nossa direção.
O texto de Marcos 16 mostra que, finalmente, Jesus apareceu
aos 11 discípulos. Jesus passou três anos da Sua vida formando os
12 e, após morrer e ressuscitar, encontrou apenas 11 discípulos.
Estes, estavam à mesa, e foram criticados por Jesus devido a
incredulidade e dureza de coração, pois não deram crédito
àqueles que haviam visto Jesus já ressuscitado.

“A FORÇA DO DISCIPULADO É A FORÇA DE FORMAR


CARÁTER, EISSO DEMANDA TRABALHO.”

A atitude dos discípulos fez com que Jesus os criticasse. E a


Bíblia revela que foi uma crítica severa, porque Jesus censurou
duas coisas que faziam parte da vida deles naquele momento:
incredulidade e dureza de coração. A Bíblia também revela que
eles permaneceram incrédulos e de coração endurecido, mesmo
após Jesus haver ressuscitado.
No texto, Jesus não está nomeando apenas os três discípulos
desistidos, mas estava referindo-Se à equipe, uma equipe de
incrédulos, uma equipe de discípulos com o coração duro.
Se analisarmos a força do discipulado, ficaremos pasmados,
porque foram três anos de treinamento para apenas três dias de
desistência.
Guarde isto no seu coração: os discípulos receberam três
anos de treinamento, e, em três dias que Jesus não estava
presente, desistiram, ficaram incrédulos e com o coração
endurecido.
A palavra dureza de coração significa embrutecido para não
receber o novo. Os discípulos estavam embrutecidos para não
receber o novo, fechados para não receber o que o próprio
Messias iria liberar a eles.
Eu acredito que o versículo 14 de Marcos 16 não registra toda a
censura de Jesus. A Bíblia diz que Jesus censurou os discípulos,
só que não sabemos os detalhes. Porém, independente de
sabermos ou não as palavras da censura, o mais importante
sabemos: Jesus os criticou, mostrando que o que está certo, está
certo, e o que está errado, está errado.
Jesus fazia um discipulado vivo. Não era mais o Jesus
Discipulador, o Jesus Mentor, o Jesus Companheiro, era o Jesus
Ressurreto, Autoridade maior ainda. E Jesus estava dizendo aos
discípulos que Ele não podia começar uma nova fase com uma
equipe embrutecida, endurecida.
Jesus nos ensina um discipulado firme, autêntico,
transparente, debaixo de censura. E a censura é uma proibição ou
um espírito crítico daquilo que deveria ter sido feito, mas não se
fez. Por três dias, os discípulos deveriam estar mais crédulos do
que nunca, pois haviam recebido a promessa da ressurreição.

FARISEUS E SADUCEUS

Havia uma semente... Quem regeu todo o ato do Calvário foi a


administração de Roma. Contudo, uma mente política religiosa
estava por trás: os chamados fariseus. Os fariseus administravam
e, ao lado deles, havia uma doutrina que comandava: os
saduceus. Qual era a doutrina? A de que Jesus não iria
ressuscitar, pois eles não acreditavam em ressurreição. Logo, não
acreditavam que Jesus pudesse voltar
para cumprir o que prometera quando ainda estava vivo.
Os saduceus eram uma classe que conseguia contaminar, como
está escrito em João 6:66: “Desde então muitos dos seus
discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele”. Eles
plantaram uma semente de incredulidade tão ferrenha, que
alcançou o coração dos discípulos de Jesus, a ponto deles não
crerem mais, em absoluto, no que Jesus lhes havia dito.
A classe dos saduceus era tão incrédula que quando Jesus
estava ministrando, eles se levantaram e foram embora, porque
não criam na ressurreição, tanto eles quanto os discípulos de
Jesus já contaminados. E Jesus, olhando para os 12, perguntou-
lhes se eles também não iriam, como os demais haviam feito. Foi
quando Pedro expressou: “Senhor, para quem iremos nós? Tu
tens as palavras da vida eterna.” (João 6:68)
„Para quem nós iremos‟ era uma demonstração de que criam,
apesar de terem que lutar contra a semente maligna da
doutrina dos saduceus, que mais tarde frutificou na vida deles.
Prova disso é que, quando Jesus ressuscitou, eles não
acreditaram de imediato. A semente plantada pelos saduceus,
de que as promessas do Mestre não se cumpririam, havia
frutificado.
Havia ali um veto de valores nos discípulos que fez com que
Jesus os criticasse. E Ele censurou a postura dos 11 discípulos,
como Líder. Isso mostra que Jesus estava lhes dizendo que não
poderiam continuar representando o Reino de Deus com o
coração cheio de dureza e incredulidade. E Jesus falou isso
abertamente, mostrando que um líder não deve esconder
sentimentos. E durante toda a vida de Jesus foi assim: o que Ele
sentia, Ele falava.
Naquele momento com os discípulos, Jesus estava mostrando
a Sua vida, a Sua essência, o Seu valor, o Seu propósito, o Seu
sonho e tudo o que representava. Porém, Ele chega e encontra os
discípulos desistidos. De imediato, Jesus diagnosticou que os
discípulos estavam incrédulos, mesmo após terem recebido um
curso de fé, contemplado tantos sinais, milagres, prodígios e
maravilhas.
Aquele momento só comprovava as oscilações na fé dos
discípulos e alguns passos de desistência, como Pedro que negou
Jesus, os que estavam no caminho de Emaús, Pedro, Tiago e
João que estavam pescando no Mar da Galileia...

TRÊS ANOS X TRÊS DIAS

Jesus ressuscita e encontra uma equipe desistida. Três dias


sem Jesus colocaram em risco o investimento de três anos de
discipulado. Jesus realizou o discipulado mais poderoso e mais
vivo de toda a história. Não existia um discipulado melhor, não
existe um discipulado melhor e nunca existirá um discipulado
melhor. Jesus Se ausentou por três dias para uma missão no reino
espiritual, e, quando voltou, encontrou a doutrina de três anos
reduzida a incredulidade e dureza de coração.
O confronto de Jesus com os discípulos nos inspira a fazermos,
a cada três dias, uma reflexão sobre quem somos. Caso contrário,
podemos ficar incrédulos e embrutecidos.
Precisamos provocar uma reflexão, ativar o nosso raciocínio
sobre quem somos neste processo.
Os discípulos de Jesus, após três dias sem a presença do Líder,
já haviam emitido o óbito e deixado de crer que o Mestre
ressuscitaria e faria milagres entre eles. Jesus ressuscita e antes
de subir aos Céus, ordena que façam discípulos. Só o Líder Jesus
para acreditar que uma equipe desistida seria capaz de cumprir o
“ide e fazei discípulos”.

FAZER DISCÍPULOS

Fazer discípulos é bem diferente de „arranjar‟ discípulos. Na


verdade, em nada se compara. Fazer um discípulo é formá-lo e
construí-lo com os padrões do Reino. Muitos, no discipulado,
saem em busca de „arranjar‟ discípulos pensando que vai ficar
tudo bem.
Precisamos entender o processo do Reino de se construir vidas.
Assim como existem palavras que demolem as pessoas, existem
palavras que constroem as pessoas. Jesus mostrou que o
discipulado dEle era um discipulado de construção. Ele sabia
que a incredulidade e a dureza de coração eram como bombas
que fariam com que os discípulos implodissem.
Incredulidade e dureza de coração eram fatores que estavam
destruindo a construção de Jesus na vida dos discípulos.
Sabemos que se existe algo que agrada a Deus, é a fé. E se existe
algo que desagrada o coração do Pai, é a incredulidade. Assim
como a fé está para agradar, a incredulidade está para
desagradar. Precisamos ser líderes de fé para cumprirmos a
missão que o Senhor nos confiou.
Jesus não nos deu ordem para „arranjarmos‟ discípulos. A
ordem foi: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando- os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos. Amém.” (Mateus 28:19,20)
Jesus poderia ter dito: Ide, convidai discípulos de todas as
nações. Mas Ele disse: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações”. Jesus estava dizendo: Construam discípulos para Mim e
não para vocês. Construam discípulos para o Céu e não para a
Terra. Construam discípulos que tenham o foco em Deus e não
nos homens. Construam discípulos que, ainda que você erre, eles
não errem por sua causa, mas continuem firmes no caminho do
Messias.
A ordem é para fazer discípulos. Isso não mudou, mesmo nos
nossos dias. Então, não podemos „arranjar‟ pessoas para
compor os
12. Arranjar 12 discípulos cria um desarranjo terrível! Em
contrapartida, formar discípulos nunca deixa o líder só. Ainda
que um dia se tornem incrédulos e embrutecidos, diante da
presença da ressurreição, eles serão ressuscitados.

“AO FALAR: “IDE, FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES”,


JESUS ESTAVA DIZENDO: CONSTRUAM DISCÍPULOS PARA MIM E
NÃO PARA VOCÊS. CONSTRUAM DISCÍPULOS QUE TENHAM O
FOCO EM DEUS E NÃO NOS HOMENS.”

Deus quer que esse entendimento venha sobre a Igreja de


Cristo. Não é tempo de ficar „arranjando‟ pessoas, mas de fazer
discípulos. Porém, não se faz discípulos com decretos, mas com
investimento de tempo, principalmente nesta geração
extremamente complicada.
Quero compartilhar com você algo que mexe muito comigo:
Não foi, não é e nunca será fácil fazer discípulos. E mais, nesse
processo, precisamos estar conscientes de que nunca vamos
conseguir fazer um discípulo para nós. Portanto, se essa era a sua
intenção, desista. O chamado de Jesus é para formarmos
discípulos para Ele. Essa é a chamada!
Não insista achando que você é dono de alguém. Você
discipula quem você quer, e isso com duas facetas:
. Quem se deixa ser discipulado;
. Quem insiste em ser discipulado.
O líder pode dizer ao discípulo que não quer ser seu
discipulador. E o discípulo pode dizer ao líder que não quer ser
seu liderado. Ambos sobreviverão um sem o outro. Porém, se
nasceram de novo, nem discipulador, nem discípulo conseguem
viver sem Deus. As pessoas são importantes e precisamos delas,
mas somente quem tem Deus, tem tudo. Quem tem as pessoas,
mas não tem Deus, não tem nada.

“NÃO É TEMPO PARA NOS IMPRESSIONARMOS CO A IGREJA


ABARROTADA DE GENTE. DEVEMOS IMAPCTAR É COM AS
PESSOAS CHEIAS DE DEUS”
Temos que voltar a ter paixão por Deus. A Bíblia diz que dEle,
por Ele e para Ele são todas as coisas. “Porque dele e por ele, e
para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém.” (Romanos 11:36). Esse deve ser o nosso foco. Então, não
podemos gerar discípulos para nós, mas para Ele. Vamos formar
pessoas para Deus.
Não é tempo para nos impressionarmos com a Igreja
abarrotada de gente. Devemos nos impactar é com as pessoas
cheias de Deus. É fácil encher uma Igreja. Às vezes, basta
trazer um pregador que está em evidência, afinal, as pessoas
gostam de novidade. Mas o Reino de Deus não é formado por
novidade, mas por caráter.
A chamada de Deus para nós é que se queremos representá-
lO, não podemos ter nem incredulidade, nem dureza de coração.
Foi assim que Jesus confrontou os discípulos.
Fico imaginando que Jesus poderia ter ressuscitado e voltado
aos discípulos contando proezas, relatando como enfrentou o
inferno, mostrando como apesar de ter sofrido muito, apanhado
deveras, não estava destruído... Jesus possuía um currículo
enorme, mas Ele sabia que as pessoas não podem viver de
fábulas, elas precisam viver de verdade. E onde há um líder
verdadeiro, aí está a essência da conquista. Jesus chegou, e o
primeiro assunto que tratou com os discípulos foi a censura sobre
a incredulidade e a dureza de coração. Ele fez questão de
registrar que não Se agradava da incredulidade nem da dureza do
coração dos discípulos. Os discípulos poderiam ter pensado:
Nem bem Ele ressuscitou e já ressuscitou nos censurando... Jesus
precisava ter aquela postura, pois Ele era a Autoridade e o
Poder de Deus ali representados.
“ONDE HÁ UM LÍDER VERDADEIRO, AÍ ESTÁ A ESSÊNCIA DA
CONQUISTA.”
Os discípulos não poderiam estar daquela forma. Eles sabiam
que Jesus ressuscitaria. O próprio Jesus havia mandado dizer a
Herodes, aquela raposa, que Ele iria morrer e ressuscitar, porque
possuía poder para morrer e para ressuscitar quando quisesse,
afinal, não existia pecado em Seu histórico.
Os sinais, milagres, prodígios e maravilhas que Jesus
realizava, por si só, diziam quem Ele era. Para Jesus, a força do
discipulado consistia em trabalhar com a verdade, jamais com a
mentira. E assim deve ser o nosso modelo de discipulado. Se em
nosso discipulado há falta de verdade, é porque ele não tem o
perfil do discipulado do Céu; é um discipulado pessoal e
interesseiro, formando cidadãos apenas para a Terra.
No discipulado, Jesus trabalhava com os 12 a consciência
profunda de quem eram, porque o Reino precisava ser
estabelecido. Em nossos dias, não pode ser diferente, visto que
nosso chamado continua sendo o mesmo ensinado pelo Mestre.
É interessante observarmos que a verdade de Jesus na
direção dos discípulos, ao censurá-los pela incredulidade e
dureza de coração, gerou neles arrependimento. Imagine Jesus
diante daqueles homens, eles percebendo que estavam debaixo
de uma exortação e reconhecendo que haviam falhado ao deixar
que adúvida entrasse em seus corações.
A incredulidade dos discípulos representava que eles não
deram crédito às palavras ensinadas pelo Líder durante os três
anos de discipulado. Mas Jesus não perdeu a oportunidade de
reivindicar Seus direitos de Líder, porque Ele dava bom
testemunho.
Jesus lhes disse que, a partir daquele momento, eles iriam
construir pessoas, fazer e formar discípulos de todas as nações;
não apenas pessoas que estavam perto, nas redondezas por onde
andavam, mas de longe. Eles seriam construtores de vidas por
onde passassem. Eles se tornariam carpinteiros do Reino, com a
missão de esculpir as pessoas. Isso é o mesmo que devemos fazer
no discipulado que recebemos dEle.
No discipulado, precisamos trabalhar o caráter das pessoas,
dos discípulos que Deus tem confiado em nossas mãos. Se elas
forem trabalhadas, amarão a Deus e serão gratas a nós por
termos ensinado cada uma a buscar o caráter de Cristo.
Fazer discípulos é algo muito diferente e especial. Vai além de
mostrar ao discipulador que conseguimos reunir 12 pessoas.
Aglomerar multidão, reunir sem propósito ou „arranjar‟ discípulos
para apresentar números no Fruto Fiel é fácil, mas a formação de
caráter requer tempo.
Somos mortais, não temos autoridade para nos comparar a
Jesus, mas devemos refletir que se no discipulado de Jesus, três
anos de investimento não foram suficientes e, em três dias, os
discípulos desistiram, em quanto tempo desistiremos com a
ausência do líder? Se você se ausentar da sua equipe, ela
permanecerá firme por quanto tempo?
O exemplo de Jesus nos mostra que para formar uma equipe,
pela força do discipulado, necessitamos de:

1. TREINAMENTO CONSTANTE

Treinamento constante fala de treinar pessoas de forma


ininterrupta, investindo no caráter delas; é transformar pessoas
ruins em modelos para as nações. Não podemos deixar de
formar nas pessoas o propósito.
Se o líder deixa de treinar a equipe constantemente, de
investir no caráter e formar no propósito, todos se tornarão o
povo do fazde conta. E toda Igreja do faz de conta é reprovada
por Deus, não ganha o respeito do Trono.
Conhecemos pessoas que vivem a vida do faz de conta. Faz de
conta que faz parte do Reino de Deus; faz de conta que é nascida
denovo; faz de conta que participa; faz de conta que se envolve;
fazde conta que... Não há respeito nem por si nem pelo outro.
Precisamos ser um povo firmado no propósito. Mas, o que é o
propósito? O propósito é o que nos faz viver no centro da
vontade de Deus. A maior tragédia da vida não é morrer, mas
viver sem propósito.

“TREINAMENTO CONSTANTE FALA DE TREINAR PESSOAS DE


FORMA ININTERRUPTA, INVESTINDO NO CARÁTER DELAS.”

Pare um instante e reflita: Para que você está vivendo?


Quando olhamos para uma nuvem carregada, esperamos que ela
faça chover, porque o propósito da nuvem não é fazer sombra.
De igual forma, o homem precisa cumprir o seu propósito. Isso é
tão verdade que Elias, mesmo diante de uma nuvem pequena,
creu na chuva torrencial que ela poderia provocar e disse: “Eu
vejo aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem,
subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha
o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça.” (I Reis
18:44)
Se nós somos líderes, precisamos cumprir o propósito de fazer
chover até que a lavoura dê o seu fruto. Não podemos ser como
nuvem passageira na vida das pessoas.
Existe algo que é terrível, pior do que morrer, passar a vida
fingindo que está vivo quando já se está morto no espírito e na
alma. Fingir viver é não passar da resposta natural do pássaro
que levanta de manhã, briga pela sua alimentação, louva ao
Senhor (porque o Salmo 150 diz que todo ser que respira deve
louvar ao Senhor), e depois dorme e acorda no outro dia, sem
viver as novidades de vida.
Todos que têm um propósito se encontram com o seu sonho.
Todos que têm um propósito se abraçam com o seu destino. E nós
fazemos parte daqueles que vivem o destino que está em Deus;
dEle para nós e não de nós para Ele.

2. CONFIANÇA

A ordem é para fazer discípulos. Antes, porém, precisamos ser


discípulos. É fácil ser membro de Igreja, é fácil ser colega de
ministério, é fácil ir à Igreja e compartilhar a comunhão... Tudo
isso é muito fácil. Mas ser discípulo é um manto de renúncia, de
aprender a se submeter. E só nos submetemos a quem
confiamos,em quem tem palavra de destino para a nossa vida. Eis
o motivo de muitos não estarem conseguindo ter êxito no
discipulado.
Muitos não têm encontrado êxito no discipulado, porque as
pessoas não acreditam que o líder tem uma palavra de destino
para elas. O líder precisa ser o shofar de Deus, a voz de Deus,
para, quando falar, as pessoas saberem que a palavra que ele
libera é verdade e se cumpre. A Palavra de Deus precisa ser viva
em seus lábios.
Além de se submeter, discipulado é uma chamada de
confiança. O homem tem a chamada de confiar. Quem não confia
no discipulador não entrega o coração a ele, pelo contrário, faz
de tudo para fugir dele, e, se possível, ainda denigre a imagem
do líder.

“É FÁCIL SER MEMBRO DE IGREJA, MAS SER DISCÍPULO É UM


MANTO DE RENÚNCIA, DE APRENDER A SE SUBMETER. E SÓ NOS
SUBMETEMOS A QUEM CONFIAMOS.”

Ser discípulo é um ato de coragem e de submissão, por causa


da confiança. O ser humano se move por confiança. E o que é
confiança? É a credibilidade que temos no líder, e ela precisa ser
mútua, como uma cumplicidade.
O texto de João 15, que fala de confiança, aborda a questão
do discipulado, apresentando o caráter de servo, e termina
mostrando que só é discípulo, verdadeiramente, quem faz tudo o
que Jesus manda fazer.
João 15 é o texto do Novo Testamento para quem quer
entender discipulado. E para quem quer entender discipulado no
Antigo Testamento, precisa ler I Reis 19.
A dura verdade do ensino neotestamentário é que o discípulo,
mesmo que faça tudo o que Jesus mandar, ainda assim é
considerado servo inútil. Eu sempre considero que estamos no
curso da pré-inutilidade, porque não fazemos tudo que o Senhor
manda; temos falhas. E uma das provas da nossa falha no
discipulado é quando fazemos discípulos para nós mesmos,
sabendo que esse não é o chamado do Mestre para nossas vidas e
liderança.
Deus espera de nós que façamos discípulos para Deus, pois é
assim que o Seu Reino é estabelecido, e a conquista de território
acontece, de forma que haja crescimento genuíno.

3. ALIANÇA
A nossa chamada é fazer discípulo, e, para isso, precisamos
ser discípulos e servos, até que se cumpra em nós o que a Bíblia
diz: “Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que
faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo
quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.” (João 15:15).
Isso representa um upgrade na nossa vida, de servos para amigos,
após sermos aprovados no curso do discipulado.

“DISCIPULADO SEM ALIANÇA É UM CONTRATO SEM VERDADE.


DISCIPULADO COM ALIANÇA REVELA CARÁTER,
RESPONSABILIDADE. SOMENTE PELA ALIANÇA, O RESULTADO
SE MANIFESTA.”

Só após essa declaração de Jesus, de que os discípulos-servos


se tornaram amigos, é que Ele diz: “Não me escolhestes vós a
mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e
deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto
em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” (João 15:16)
Jesus era tão específico, que deixou claro que era necessário
pedir no nome dEle para ser atendido. Ele mostrou que a
chamada não poderia se mover no nível do interesse pessoal. Se
for interessante, eu faço, mas se for necessário ter renúncia,
prefironão ser discípulo, não ser servo e não me tornar amigo.
Em João 17, quando Jesus está indo para a Cruz, antes, Ele ora
pelo discipulado, para que fôssemos um. A única coisa que a
Igreja faz é o oposto da voz profética. Ele mandou fazer
discípulos, nós não fazemos. Ele mandou concordarmos, não
concordamos. O que estamos fazendo, afinal? A Bíblia diz que
para as coisas acontecerem, precisa haver concordância.
“Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra
acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por
meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou
três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.”
(Mateus 18:19,20)Dentro da aliança, existem cláusulas:

3.1 CONCORDÂNCIA
Concordância é muito diferente de contrato por interesses.
Muitos estão trabalhando por contrato, e quando o contrato
vence, vão embora. Os contratados não terão direito ao êxito. O
êxito é sinal na aliança. Na aliança, sempre existem duas partes:
a mais forte e a mais fraca.
Discipulado sem aliança é um contrato sem verdade; é um
passo para a ruína. Discipulado com aliança revela caráter,
responsabilidade. Somente pela aliança, o resultado se
manifesta.

3.2 FIDELIDADE E LEALDADE


O plano mais sagrado do discipulado é fidelidade e lealdade,
bases seguras do discipulado aliançado. Fidelidade depende de
dois. Lealdade depende de um, porque fala de mim mesmo na
direção de quem eu decidi amar e servir. A lealdade é mentora
da fidelidade.
A Bíblia diz que os leais terão o direito de serem beijados
porDeus. A aliança é a verdade da lealdade e fidelidade, ainda
que e apesar de. E quem é fiel e leal é inegociável, ou seja,
mesmo que o discípulo não seja fiel e leal, o líder, contudo,
precisa ser fiel e leal. Quem é fiel é íntegro. Quem é leal é
digno. Assim como a fidelidade está para a integridade, a
lealdade está para a dignidade. Fidelidade é o que tomamos por
entendimento, ou seja, se temos uma aliança com alguém,
precisamos ser fiéis a essa pessoa até a morte. Isso não significa
que não enfrentaremos batalhas, pelo contrário.
Lealdade é dignidade, é o que faz de cada um de nós ser
recebedor daquilo que não tem direito. Quando as pessoas são
leais, recebem das mãos de Deus bênçãos que nem foram geradas
por elas mesmas. Mas a lealdade nos faz dignos de receber da
parte dEle, pelos sinais da aliança no discipulado.
A força do discipulado é mais que um contrato, é estar
firmado na aliança. Não é um pacto apenas de palavras, mas uma
aliança estabelecida em Deus. É isso que faz de nós líderes
diferenciais. Líderes comuns não impressionam. Se você for
apenas mais um no seu setor de trabalho, você não causará
impacto. Os líderes que causam impacto são os que se
sobressaem por sua excelência.

“A FORÇA DO DISCIPULADO É MAIS QUE UM CONTRATO, É


ESTAR FIRMADO NA ALIANÇA. NÃO É UM PACTO APENAS DE
PALAVRAS, MASUMA ALIANÇA ESTABELECIDA EM DEUS.”

Se queremos atrair outros para que vejam e vivam o


sobrenatural, precisamos sair da linha dos iguais. Os iguais não
fazem história. Os diferentes são a história. Quem se submete ao
discipulado da aliança faz história, tem por trás de si uma
multidãoe não desiste dos seus sonhos, porque sabe que a aliança
é mais forte do que a morte.

3.3 MAIS QUE DESEJAR

Na aliança, fazer é maior do que desejar. Não adianta desejar


ter discípulos, a ordem é: Faça discípulos! E alguns, porque não
querem e não gostam de obedecer ordens, mesmo que sejam de
Deus, usam desculpas do tipo: Eu não estou dando conta nem da
minha vida, como vou arrumar tempo para discipulado? Essas
pessoas são doentes e egoístas.
Quem passou pela experiência do novo nascimento tem
gratidão no coração e a certeza de que só consegue agradar ao
Rei se reproduzir essa vida em outra vida, apresentando a vida de
Deus às pessoas que estão carentes e necessitadas dEle. Se você
tem a vida de Deus, você precisa derramar essa vida em outras
vidas.
Ser discípulo e fazer discípulos vai além de querer e desejar.
Fazer é maior que o decreto de desejar. Se você quer um bom
discípulo, faça um. Seja um discípulo indesistível pela força do
discipulado, provando a fidelidade e a lealdade que vão além de
um contrato, são uma aliança, que nos impele a cumprir a ordem
de Yeshua: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura.”(Marcos 16:15)
Quem quiser ter bons discípulos deve fazer bons discípulos.
Mas quem quiser discípulos melhores, precisa antes ser um bom
discípulo, deixando o Reino ser estabelecido em sua vida e
caráter.
O desejo de Deus para nós é que tenhamos o perfil de
discípulos que amam o Senhor e honram o líder. Que a nossa
geração seja a geração do sobrenatural, que vence a
incredulidade e a dureza de coração, para ter a glória do Senhor
todos os dias em nossa vida.
CAPÍTULO 2
POR QUE SER UM DISCÍPULO
“Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que
faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo
quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me
escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei,
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de
que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo
conceda.” (João 15:15,16)
Quando um discípulo se move para estar presente em uma
convocação, é porque ele é interessado, focado, desejoso de
avanço e mudanças. Estamos vendo que a força do discipulado
envolve a seriedade do que é fazer discípulo.
O discípulo precisa saber se ele é discípulo por circunstância
ou vocação. Há uma afirmativa no meu coração de que todos
podem ser discípulos, desde que cumpram os princípios do
discipulado.

“O DISCIPULADO APRESENTADO POR JESUS ERA PARA QUE


OS DISCÍPULOS SE PARECESSEM COM ELE, REALIZANDO AS
MESMAS OBRAS, E ATÉ OBRAS MAIORES.

O capítulo 15 do livro de João é dedicado ao discipulado no


Novo Testamento. Se quisermos encontrar as respostas para como
ser um discípulo, a resposta é que podemos ser discípulos quando
seguimos as regras, ou seja, os princípios para o discipulado que
criam uma personalidade, uma identidade de quem é um
discípulo.
O QUE IDENTIFICA O DISCÍPULO

1. COMPORTAMENTO

O discípulo deve se comportar como o discipulador, porque é


uma reprodução. Isso em qualquer âmbito, espiritual,
emocional, familiar, etc, porque o ser humano é tendencioso à
reprodução de hábitos, culturas e costumes. E porque
reproduzimos com muita veemência, começamos a nos parecer
na forma de fazer, de executar.
Através do comportamento, sabemos a quem a pessoa
pertence, no sentido espiritual. Então, quando as pessoas são
discipuladas, começam a se parecer com o seu líder. Pelo menos,
assim deveria ser.
O discipulado apresentado por Jesus era para que os discípulos
se parecessem com Ele, realizando as mesmas obras, e até obras
maiores. Ou seja, é preciso viver a essência da vida de Deus para
não haver nenhum nível de contradição entre falas e ações.
O discípulo precisa chegar ao nível de saber olhar para a vida
do líder e identificar que o comportamento que não está de
acordocom a Palavra, não deve ser copiado.

2. LINGUAGEM

Eu reconheço, pela linguagem, quem é meu discípulo, quem é


discípulo da Visão Celular e quem é discípulo do MIR. A maneira
como você fala denuncia onde você serve.
Existem linguagens que adquirimos pelas facilidades da
tecnologia, mais especificamente pelas redes sociais, onde as
pessoas estão aprendendo uma linguagem paralela.
Aparentemente, estão „atualizadas‟, mas correm o risco de ter
uma linguagem limitada, mesmo sendo pessoas inteligentes.
Vivemos a geração dos nerds, não pelo grande fascínio por
conhecimento, mas pelo fascínio pela tecnologia com sua
modernidade e praticidade. As pessoas acessam tanto a internet,
principalmente os jovens, que já não possuem mais força de
opinião; estão sendo apenas guiadas.
Uma pesquisa recente mostrou que os jovens que menos têm
apresentado rendimento escolar são também os que mais gastam
tempo na internet. Estes desconhecem, muitas vezes, até a
geografia do país onde moram. Isso mostra um grande perigo.
Percebemos que a nova geração está informatizada ao mesmo
passo que está ficando sem conhecimento. A tecnologia moderna
pode se transformar (se é que já não se transformou!), na
grande vilã da nova linguagem enfraquecida, que não condiz com
a linguagem do Reino de Deus.
Encontramos muitos dentro da Igreja falando coisas que não
são compatíveis com a linguagem do Reino, com a saúde do
Reino. É como se estivessem convertidas na mente, mas não são
nascidas no espírito; a linguagem que utilizam não conclama
outros a viverem a essência do Evangelho. Mesmo nos discursos
bonitos, encontramos palavras sem essência, uma química sem
consistência.
O que precisamos hoje, como líderes e discípulos, é sustentar
a linguagem, persistir no discurso de Jesus, na forma como Ele
falava, à maneira como Ele conduzia a vida do povo, de forma
que o povo absorvia a sua linguagem.
Não é de se admirar o porquê dos Evangelhos serem chamados
de sinópticos, porque eles são linguagem similar. Isso é
discipulado! Discipulado é as pessoas falarem a mesma linguagem,
uma linguagem similar, parecida, impactando quem ouve e
provocando mudanças.
A reprodução da linguagem do Reino transforma vidas e
territórios. Quando o discípulo tem a linguagem do Reino, que é a
linguagem do Evangelho, uma linguagem sarada, de vida, ele
atrai a multidão e ela é alimentada.

“COMO LÍDERES E DISCÍPULOS, PRECISAMOS SUSTENTAR A


LINGUAGEM, PERSISTIR NO DISCURSO DE JESUS, NA FORMA
COMO ELE FALAVA.”

“O REINO TEM UMA LINGUAGEM. QUEM CRIA UM DIALETO


DENTRO DESSA LINGUAGEM SE CONFUNDE E CONFUNDE
OUTROS.”

Onde há Evangelho autêntico, encontramos um povo


transformado. Onde há Evangelho puro, encontramos um povo
liberto e curado. Então, o que precisamos é dessa ação
magnífica do entendimento de que há uma linguagem que nos
rege e nos leva ao entendimento de mudança.
O Reino tem uma linguagem. Quem cria um dialeto dentro
dessa linguagem se confunde e confunde outros. Da mesma
forma, a Visão Celular tem uma linguagem e quem cria um
dialeto também se confunde e ensina a Visão da forma errada.
Não estamos nessa missão de levar avivamento para o Brasil e
nações, destoando a linguagem e a essência. Não há como
propagar a Visão sem falar do que é elementar: Ganhar,
Consolidar, Discipular e Enviar. Também é preciso saber ensinar
sobre fazer discípulo, abrir uma Célula, formar as Gerações,
assuntos que, para muitos, estão esquecidos e deixaram de ser
falados.
Aquilo que mais falamos e fazemos é o que mais nos interessa.
Talvez seja necessário voltar à linguagem inicial. Sentar com
os 12 e reunir com as Células para falar sobre a linguagem do
Reino de Deus, a essência e o caráter do Reino, caso contrário,
seremos um bando de perdidos, reunidos para coisa nenhuma,
sem entendimento na chamada e sem foco de encaminhar outros
ao destino correto.

“SE VOCÊ É LÍDER, PRECISA DESPERTAR, EM TODOS QUE SE


APROXIMAM DE VOCÊ, OS SONHOS QUE ESTÃO GUARDADOS.”

3. SONHO

O líder precisa despertar o sonho da vocação no coração do


discípulo. Se você é líder, precisa despertar, em todos que se
aproximam de você, os sonhos que estão guardados. Se as
pessoas que caminham com você não sonham, elas não
conquistam.
Quando o movimento russo entrou na chamada do
despertamento mundial igualitário, o comunismo, a única coisa
que eles pediram foi: Vamos tirar o sonho do povo. Quando
alguém não tem mais sonhos, não possui mais nada. Qual o
sentido da vida se não existe um sonho para motivar o ser
humano a viver?
Se o sonho do povo é removido, a oportunidade de uma
geração se descobrir, refazer-se e conquistar é perdida.
Israel é a nação mais perseguida do Planeta por causa dos
sonhos e promessas. Jerusalém é a cidade mais desejada para o
monoteísmo, porque executa sonhos. Onde está a execução do
sonho, está o desejo de todos. Onde não existem sonhos,
ninguém deseja estar.
Todas as vezes que um discípulo se aproximar de você,
precisará ter seu sonho despertado ao ver a forma como você
vive para Deus, para a família, para o Reino, etc.
A Visão tem o sonho de levar as pessoas a Deus, fazer com que
as pessoas conheçam ao Senhor. Se o líder diz estar na Visão e
não tem despertado nos discípulos o sonho de conhecerem a Deus
e de levarem outros a conhecerem ao Senhor também, faz a
Visão de forma incompleta.
Não podemos perder o sonho de ganhar vidas, de libertá-las
através do poder de Cristo, de ver as vidas sendo curadas, as
famílias sendo restauradas e os lares recebendo um avivamento
legítimo através do amor de Deus. Isso é a Visão!
Onde está Jesus, se o que você tem realizado não tem
geradosalvação de vidas? Se o seu trabalho não resulta em vidas
transformadas, libertas, curadas e restauradas, Jesus não está
nele.
Tudo o que fazemos dentro da Visão precisa ter o sonho
maior, que é menos vidas para o inferno e muitas vidas para o
Céu. Estou escandalizado ao descobrir que Jesus falou mais do
inferno do que do Céu. Jesus falou do inferno para as coisas
simples e graves. Jesus falou do inferno até para quem zomba
do irmão, para quem vive
irritado com o outro. Estes recebem condenação eterna.
Fico assustado ao ver que Jesus falou mais de inferno do que
do Céu, porque sei que o que Ele estava fazendo era nos prevenir
e advertir uma geração a sair da rota do inferno para entrar
na rotado Céu. E o nosso sonho deve ser tirar as pessoas da rota
do inferno e encaminhá-las para a rota do Céu, a fim de vermos
cumprido o que a Bíblia diz: As portas do inferno não
prevalecerão contra a Igreja do Senhor Jesus Cristo (Mateus
16:18).
Tudo o que fizermos com Jesus tem que gerar salvação. Se o
sonho no qual estamos envolvidos não resulta em salvação, é
porque ele não tem Jesus. Qualquer projeto que está em Jesus
redundará em salvação, mas um sonho que não resulta em
salvação significa que não está com a visão correta do Reino e
Jesus não está nele.

SERVO-AMIGO

Eu quero ser um discípulo por vários motivos, e um deles é


para deixar de estar apenas na condição de servo para ser um
amigo. Eu entendi que quanto mais amigo eu for, mais servo eu
serei, mas também descobri que nem todo servo é um amigo.
Jesus não disse que deveríamos deixar de ser servos, Ele
disse que já não nos chamava mais de servos, mas de amigos. A
palavra que aparece no texto de João 15 é fileo, tomar
conhecimento do que é importante; representa sair das
amenidades e entrar no que é importante. É conhecer a
importância do Reino, da fé e de tudo o que ele compreende.
Jesus não estava Se referindo ao servo-escravo, mas ao servo-
amigo, doulos, aquele que está pronto a servir o Reino e o Rei. O
servo-escravo só obedece porque tem medo da punição que pode
receber caso contrarie a ordem recebida. O servo-amigo entende
quem é o seu Senhor e O serve com alegria. Por isso, eu afirmo
que nem todo servo é amigo, mas todo amigo é servo.
Considero que, nessa parte, o discipulado recebe um upgrade.
Ser amigo do discipulador vai além de ser um servo que recebe
metas, orientações e vive com peso e carga; é saber de algo
que é muito mais extenso, como entrar nas particularidades,
mergulhar em uma história e fazer parte dela, sabendo o que
está construindo e por que está construindo; e, se preciso for,
até morrer junto, na certeza de que, juntos, a vitória será
alcançada.

“SE O SEU TRABALHO NÃO RESULTA EM VIDAS


TRANSFORMADAS, LIBERTAS, CURADAS E RESTAURADAS, JESUS
NÃO ESTÁ NELE.”

Essa é a forma de entender que o discipulado nos leva a ser


amigos de Deus e amigos do discipulador. Não há nada mais
terrível do que parecer ser, mas não ser. É como um filho que
não se sente legítimo, porque nasceu fora da legalidade. Mas
aquele que nasceu de novo e decide ser discípulo de Jesus é mais
que servo e se torna amigo.
O discipulado de fazer amigos remove o complexo de que o
discípulo está apenas para servir, é um convite ao
relacionamento. Existe muita gente que vive tentando descobrir
a falha do outro para escravizá-lo, muitos que se dizem ser
discípulos. Estes não são amigos. São os discípulos com
mentalidade de escravos que querem, diante de um erro, expor o
líder para humilhar.
Os verdadeiros discípulos-amigos são aqueles que, no dia da
angústia, revelam-se o irmão que está ao lado. Se não
cumprirmos essa missão com desvelo e seriedade, não
cumpriremos o papel da lealdade no discipulado. Muito mais que
sermos servos, precisamos ser amigos do líder e tê-lo como amigo
também.
“O DISCIPULADO DE FAZER AMIGOS REMOVE O COMPLEXO DE
QUE O DISCÍPULO ESTÁ APENAS PARA SERVIR, É UM CONVITE
AO RELACIONAMENTO.”

O verdadeiro amigo é amigo de verdade, quando fala a


verdade e guarda seus segredos. Aqueles que se dizem amigos,
mas revelam o que contamos para eles no secreto, são inimigos.
Faço essa afirmativa porque sabemos que existem „alguns
discípulos‟ que se dizem „amigos‟, mas não são. Quanto a estes,
fazem o papel do diabo para roubar a paz. Eles mesmos se
revelam que são como diabo. Nem precisam ler João 6:70,
quando Jesus diz: “Respondeu- lhe Jesus: Não vos escolhi a vós
os doze? E um de vós é um diabo.”
Infelizmente, isso é possível. Não estou dizendo que isso
acontece na sua equipe ou que vai acontecer. Mas se o
discípulo agir na carne, pode se tornar uma espécie de
„diabinho‟. E é por isso que precisamos entrar não no discipulado
humano, mas no discipulado divino que cura as nossas ações
carnais e nos faz mais parecidos com o Pai.
Quando agimos pelo discipulado humano, entramos nas
doenças humanas. Quando agimos pelo discipulado divino, somos
curados de todas as doenças humanas. Por isso, precisamos
entrar no divino para que a nossa humanidade se complete em
Jesus.

O FOCO DA NOSSA CHAMADA

Nosso foco de ser discípulo precisa estar ajustado. Se não


estivermos ajustados em Jesus e por Jesus, não alcançamos o
que Ele tem para nós. O único fato que nos dá segurança para
termos o discipulado de êxito é o novo nascimento gerado
no caráter dodiscípulo.
Descobrimos que ser discípulo é uma ordem. Deus deseja que
sejamos discípulos, que caminhemos com Ele. O que Deus quer
é que tenhamos amigos na Terra, mas que esses amigos não
sejam mais importantes do que Ele na nossa vida.
Nosso alvo deve ser: ser mais amigos de Deus do que das
pessoas. Essa é uma reivindicação do Pai para os filhos. Temos
que ser mais amigos de Deus para termos tudo o que precisamos,
e se cumprirá em nós Mateus 6:33. “Mas, buscai primeiro o reino
de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas.”
O equilíbrio e a maturidade cristã devem nos levar a sermos
amigos do discipulador, mas nunca mais amigo dele do que amigo
de Deus. Só que, às vezes, alguns se atrapalham nesse processo.
E sabe o que acontece? Muitos discipuladores passam a ser
ditadores e se perdem no papel que receberam de Deus: o de ser
orientadores.

“PRECISAMOS ENTRAR NÃO NO DISCIPULADO HUMANO, MAS


NO DISCIPULADO DIVINO QUE CURA AS NOSSAS AÇÕES CARNAIS
E NOS FAZ MAIS PARECIDOS COM O PAI.”

“ANTES DE VOCÊ TER A HONRA DE SER DISCÍPULO DE


ALGUÉM, SINTA-SE HONRADO, PORQUE DEUS DESEJOU E
DESEJA QUE VOCÊ SEJA DISCÍPULO DELE.”

Há discípulos que confiam tanto no discipulador que podem


até esquecer quem tem o direito legal sobre a sua vida. Por
exemplo: antes de falar com o discipulador, o discípulo deve ter
a consciência de que ele tem acesso direto a Deus, que é Senhor
do discipulador e Senhor da vida dele também. Quem passou pela
Cruz foi Jesus, o Discipulador Maior, que morreu e ressuscitou
para habitar dentro de nós e se tornar o Dono da nossa vida.
Deus é tão Elegante conosco que pede para entrar, pede para
que sejamos Seus discípulos, como exemplifica a situação
registrada em João 6. Houve aqueles que disseram não e
desistiram de seguir o Mestre, mas houve um Pedro que declarou:
“Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida
eterna.” (João 6:68)
O foco da nossa chamada é saber quem somos nEle, saber que
Deus deseja que sejamos Seus discípulos e Seus amigos. A partir
de hoje, antes de você ter a honra de ser discípulo de alguém,
sinta-se honrado, porque Deus desejou e deseja que você seja
discípulo dEle.
Quem tem um discipulador, mas tem ausência de Deus, tem
apenas uma orientação humana sobre a sua vida. Quem tem Deus
e não tem um discipulador, tem a orientação divina sobre a sua
vida. Quem tem Deus e um homem de Deus para orientar a sua
vida, tem tudo o que precisa para ser um discípulo e um líder de
êxito nesta Terra.
Por que ser um discípulo? Porque Jesus deixou esse legado,
porque a ordem é dEle. E esse legado tem que ser distribuído,
assim como o óleo no Getsêmani, como o pão multiplicado no
deserto, como o peixe que sobejou para os cinco mil homens,
porque Jesus multiplica tudo.
Quando entendemos o porquê de ser um discípulo,
entendemos que o chamado do Mestre é para multiplicar. Não
podemos nos cansar até ver os que amamos e as milhares e
milhares de vidas gritando que Jesus é o Senhor para a glória de
Deus Pai.
A multiplicação do legado do discipulado é dar a todos o
direitode vida eterna, porque o pecado é o ladrão da eternidade.
Onde há pecado, há a força de roubar a eternidade da vida do
homem. A única coisa que pode roubar do homem o direito da
eternidade éum pecado não confessado.
O pecado tem a força de sabotar a vida eterna, porque assim
como tem o sangue para nos lavar, existe o pecado para nos
sujar. E a Bíblia diz: “Vós já estais limpos pela palavra que vos
tenho falado. (João 15:3). Estar limpo não significa nunca se
sujar, mas estar sempre se lavando no sangue de Cristo, que nos
redime.

QUAL A SUA NATUREZA

Reflita sobre qual é a sua natureza. Será que você tem


corrido, de vez em quando, em direção à lama? Porque se você
tem a natureza de ovelha, você despreza a lama e corre na
direção das águas tranquilas, o lugar limpo, onde não há
imundícia.

“QUANDO ENTENDEMOS O PORQUÊ DE SER UM DISCÍPULO,


ENTENDEMOS QUE O CHAMADO DO MESTRE É PARA
MULTIPLICAR.”

A nossa natureza não é a natureza de porco, mas a natureza


de ovelha. Você pode vestir um porco de ovelha, mas, quando
soltá-lo, ele correrá na direção do chiqueiro para rolar na
lama. Ele está com pele de ovelha, mas não teve a natureza
mudada.
De quem somos filhos de direito e de fato? A nossa
eternidade não pode ser negociada. Você pode fazer 10 coisas
corretas e uma errada. A errada sabotará as certas. Observe que
as pessoas esquecem o certo e se focam no errado. Não é assim?!
Porque essa é a força do pecado. Mesmo que você não seja
aplaudido pelas coisas certas que fez, com certeza, será vaiado
pelo erro que cometeu.
Só Deus tem o poder de pegar o nosso pecado e jogá-lo no mar
do esquecimento. E eu creio que é chegada a hora de você
sepultar, afogar no mar do esquecimento o pecado que assombra
a sua vida.
Não temos duas chances de eternidade. Ou passamos a
eternidade com Deus, ou sem Ele. Infelizmente, há pessoas que
são tão tolas e que, por um prazer da carne, negociam a sua
eternidade; são pessoas que não entendem o poder do Céu e
do sobrenatural.
Não se negocia chamada! Não se negocia vocação! Nós somos
do Céu. Ninguém mais tem direitos sobre nós a não ser o Dono da
nossa vida, Yeshua Ha Mashia. Por Ele, pagaremos o preço da
eternidade e multiplicaremos o legado da chamada que consiste
no comportamento, na linguagem, no sonho.
Aqui na Terra, precisamos consolidar as pessoas nesta
perspectiva da força do discipulado. Essa é a única forma delas
saberem por que ser um discípulo de Jesus e o quanto vale a
pena: porque é uma ordem, porque Deus deseja e porque Jesus
deixou esse legado, que não é passageiro, mas um legado para a
eternidade. Que sejamos um instrumento para que esse legado
se estabeleça.
CAPÍTULO 3
DISCIPULADO É PAIXÃO POR VIDAS
Onde está a sua paixão, aí está a sua vida. Onde está a sua
visão, aí está o seu sonho. Você só faz algo com toda a força
da sua vida se você for vocacionado, senão você murmura,
desiste e se desvia. Quando, porém, você é chamado para fazer o
que Deus lhe pediu, quanto mais você faz, mais alegria sente.

ENTRANDO EM UMA GUERRA QUE NÃO É NOSSA

Uma das experiências mais poderosas que eu tive


recentemente foi no Japão. Conheci 150 novos convertidos
alcançados pela Visão Celular no Modelo dos 12. Um deles cria
em mais de três mil deuses. Ali pude ver que, realmente, só
fazemos conquistas relevantes por identificação de território. Os
legítimos da terra conquistam a sua terra. É isso que faz a
diferença dentro de uma missão apostólica com entendimento
aberto.
Saindo do Japão, segui para a Coreia, onde tive um sonho
muito estranho. Eu via várias pessoas fumando e eu retirava os
cigarros delas. E quando eu os recolhia, via que, no meio dos
cigarros, tinha até maconha. Só que um fato inusitado
aconteceu. Alguém me pegava com os cigarros e mesmo eu
tentando provar que não eram meus, a pessoa não acreditava.
No dia posterior ao sonho, fui orar na Montanha de Oração, na
gruta 12. Antes, compartilhei com alguns discípulos o ocorrido. O
estranho, porém, é que em frente à gruta 12, encontrei 12
cigarros, e, é claro, isso não foi coincidência.
Deus me ministrou sobre o sonho e mostrou que a questão de
eu ver os cigarros e a droga estava relacionada a causas que
tomamos dos outros e que se tornam uma bomba em nossa mão.
Quantas pessoas sofrem hoje por terem entrado em causas que
Deus não mandou.
Lembro-me de que, certa vez, eu estava indo socorrer uma
família e Deus me repreendeu no meio do caminho e me mandou
voltar. E quando eu quis argumentar, Ele me disse que já era
tempo de eu parar de interferir no tratamento dEle na vida
daquela família.

“VOCÊ SÓ FAZ ALGO COM TODA A FORÇA DA SUA VIDA SE


VOCÊ FOR VOCACIONADO, SENÃO VOCÊ DESISTE. QUANDO,
PORÉM, VOCÊÉ CHAMADO PARA FAZER O QUE DEUS LHE PEDIU,
QUANTO MAIS VOCÊ FAZ, MAIS ALEGRIA SENTE.”

Em minha oração, ali na Coreia, pedi a Deus que agitasse as


águas, movesse as águas sobre nós. E a resposta de Deus foi:
Não! Um não enfático! Deus me disse que Ele já havia nos
entregado o mar e tudo o que precisávamos era mergulhar nele.
Disse também que não precisamos do mar da vaidade, se temos o
mar do princípio. Eu fiquei parado, escutando, e Deus continuou
me dizendo que alguns saíram do mar e fizeram a sua própria
lagoa, porque não querem mergulhar em águas profundas.
Deus me mostrou que o nosso problema é que queremos ficar
nas nossas lagoas de preferência quando há um mar profundo no
qual podemos mergulhar, nas águas de Deus. Infelizmente, alguns
não querem mais mergulhar, pois estão olhando mais para as
dificuldades encontradas para cuidar das vidas do que para o
prazer de vê-las restauradas.
DISCIPULADO NÃO É TENSÃO PSICOLÓGICA

Qual o prazer e a alegria que temos em cuidar das vidas,


quando não estamos dando conta da nossa própria vida, da nossa
saúde, da nossa família, das coisas que temos e que somos?
Discipulado não é tensão psicológica, mas prazer ministerial.
Isso é discipulado. Precisamos romper com as tensões psicológicas
e mergulharmos, literalmente, no princípio, no prazer vocacional.
Precisamos descobrir que somos vocacionados por Deus para
cuidar de vidas.

“DISCIPULADO NÃO É TENSÃO PSICOLÓGICA, MAS PRAZER


MINISTERIAL.”

Onde está a nossa vocação, está a nossa alegria. Se você


entender essa verdade, não sofrerá nem precisará adotar
situações para sofrimento. É como se precisássemos drenar da
nossa vida aquilo que está nos levando à doença, e agregar à
nossa sorte aquilo que acumula saúde e vida. Necessitamos
viver uma qualidade de vida melhor.
Se discipulado é para nos adoecer e nos matar, então não é
bênção de Deus nem foi Deus quem nos deu. Se discipulado é
para nos fazer infelizes, não é chamada divina. Discipulado é o
prazer do Céu em nós para liberarmos os oprimidos do diabo, de
forma que vejamos a glória de Deus na vida das pessoas e nos
alegremos pelo resultado. Não devemos nos entristecer, como
muitas vezes acontece, porque há pessoas há 10, 15, 20 anos que
não se deixam ser cuidadas, não se permitem ser tratadas. E nós
ficamos apanhando por causa delas.
Se você é casado, você e sua esposa são uma só carne. Logo,
o que ambos fazem repercute no ministério. Não somos isolados,
afinal, não somos contratados, mas caminhamos por aliança. E
assim é no discipulado. O discipulado não é um contrato, mas
uma aliança. E quantas alianças realizadas em Atos Proféticos,
diante de tudo o que a Bíblia nos revela não ser contrato, mas
uma aliança firmada em Deus.
Temos aprendido que os aliançados são indesistíveis, mas os
contratados não são permanentes. As pessoas de contrato vivem
de licitações espirituais. Na próxima jogada, mudam o foco.
Precisamos entender que não estamos vivendo por licitações, mas
alianças; todos por um mesmo foco.
E, apesar de sabermos que na questão das alianças existem
algumas angústias, também temos a convicção de que
venceremos juntos, pois é na angústia que nascem os
verdadeiros irmãos. Quando um discípulo nos deixa no tem po da
angústia, é porque encontraram uma licitação melhor e um
contrato maior.

ÁGUAS PROFUNDAS

O entendimento sobre o que é, de direito e de fato, a


chamada do discipulado responsável nos faz descobrir que ainda
que em algum momento tenhamos criado a nossa lagoa, somos
líderes e discípulos do mar, das águas profundas, de Ezequiel 47.
Existem líderes que são de margem e existem líderes de
profundidade. E esta é a nossa responsabilidade no discipulado:
quanto mais profundidade, mais riscos; em compensação, mais
de tudo que não se encontra apenas no raso.
Quem tem medo de mergulhar não encontra os tesouros e, o
pior, ainda critica quem busca o que é raro. Se você é do tipo
que não quer sair do raso, também não critique quem está em
busca de algo mais (e que vai encontrar!), porque é bíblico: “E eu
vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e
abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca
acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.” (Lucas 11:9,10). Quem
busca e encontra tem o direito de usufruir o tesouro que
encontrou nas águas profundas.
O Salmo 104 nos ensina a mergulhar em águas profundas, mas
mostra que Leviatã quer destruir nosso mergulho e nos impedir
de encontrar os tesouros. Que você seja daqueles que mergulham
profundamente nos rios de Deus, encontram e usufruem os
tesouros das águas profundas.

FORMAR UM DISCÍPULO NÃO É FÁCIL

Não é fácil formar discípulo, nunca foi e nunca será, mas é


possível. Na chamada de formação de discipulado, devo alertá-lo
que não temos o direito a gestação complicada, a menos que seja
uma anomalia.
O Apóstolo Paulo disse: “Filhinhos meus, por quem de novo
sinto dores de parto, até que Cristo seja formado em vós.”
(Gálatas 4:19). Existem pessoas pelas quais sentimos mais dores
na formação, mas isso não é para todos.
Formar um discípulo e tratar caráter requer disponibilidade de
ambos. Discipulado, quando é realizado na sua essência, é a
maior verdade do Reino de Deus. Discipulado, quando é realizado
só no discurso, é a maior mentira para nós mesmos.
“DISCIPULADO É O PRAZER DO CÉU EM NÓS PARA
LIBERARMOS OS OPRIMIDOS DO DIABO, DE FORMA QUE
VEJAMOS A GLÓRIA DE DEUS NA VIDA DAS PESSOAS E NOS
ALEGREMOS PELO RESULTADO.”

“FORMAR UM DISCÍPULO E TRATAR CARÁTER REQUER


DISPONIBILIDADE DE AMBOS. DISCIPULADO, QUANDO É
REALIZADO NA SUA ESSÊNCIA, É A MAIOR VERDADE DO REINO DE
DEUS.”

Para ser um bom discípulo, a pessoa precisa de um excepcional


discipulador. A questão é que não sabemos o que é o verdadeiro
discipulado, porque, muitas vezes, não fomos discipulados pelos
nossos pais, pela Igreja, e o que temos é um desenho melhorado
de discipulado, por um esforço coletivo. O verdadeiro
discipulado, porém, demanda dois esforços: de quem discipula e
de quem é discipulado; disponibilidade de quem trata e de quem
recebe o tratamento.
A Igreja está vivendo uma das crises mais sérias, porque as
pessoas não querem se submeter. Elas preferem ser guiadas por
máquinas. Não é de se admirar que muitos adotaram as redes
sociais como seus discipuladores. Isso é tão verdade que muitos
estão tão ocupados com as redes sociais que não leem mais a
Bíblia, não dobram mais os joelhos, não procuram mais os seus
líderes...
Essa crise que a Igreja vive tem atrapalhado o tratamento de
caráter. E muitos não têm sido formados no caráter de Cristo
porque não querem. O mover que vimos antes do Brasil ser
transformado apenas pelo Senhor e o nosso bom testemunho indo
à nossa frente, foi uma graça pelo derramar do Espírito. Não
tínhamos mídia, como ainda não temos, e tocamos uma Nação e
as nações da Terra. Só que agora, para continuarmos na
caminhada que recebemos do Espírito, é preciso vir o fruto
permanente e maduro que muitos não conseguiram gerar, porque
se perderam na tecnologia.
A Igreja não é mais tratada como antes, não porque falte
tratamento, mas porque falta submissão. Alguns acham que estão
sendo invadidos no espaço e liberdade, o que chamam de
privacidade, quando sabemos que não é por invasão que não se
permitem ser alcançados.
Para um discípulo alcançar êxito, é preciso muito mais que se
reunir semanalmente com o seu discipulador, mais que ler a
Bíblia e orar. Claro que tudo isso é importante, mas quem não se
abre para receber tratamento também não tem uma vida
transformada. E eu provo, porque o religioso lê Bíblia, ora, vai à
Igreja, jejua, e não passa de um religioso. Ele usa tudo isso como
escudo para se proteger, mas não deixa ninguém entrar na sua
vida, pelo medo de mostrar o quão ferido é e o quanto precisa de
libertação, cura e restauração.
Se o discipulador não entra na vida do discípulo, o discipulado
se torna uma proposta mentirosa. O que vale no discipulado não
é apenas estímulo; o funcional é entrar na vida do discípulo, caso
contrário, o discipulado se torna apenas uma reunião social.
Houve um tempo no qual Jesus trabalhava com os discípulos
assim: Ele perguntava e eles respondiam. Era importante os
discípulos saberem quem Jesus era e quem eles eram em Jesus.
Nesse relacionamento de confiança, os discípulos de Jesus
prestavam relatório de tudo. Hoje nem sempre essa tem sido a
realidade do discipulado. Logo, concluo que as pessoas não se
abrem com medo de ficarem reféns do líder.

O MEDO NO DISCIPULADO
Você sabia que muitos discípulos têm medo de abrir a vida
para o líder e se transformarem na piada da célula, dos 12 ou
até mesmo do púlpito? Ora, quando um discípulo procura ajuda
no líder é porque quer ser curado. Então, as pessoas não abrem
o coração não porque não queiram, mas por medo de se tornarem
reféns da boca maldita de alguns discipuladores que não têm
piedade.
O maior medo no discipulado hoje é a falta de ética e de
respeito com as vidas que confiam no líder. O discipulador
precisa ter ética. Assim como um médico não pode relatar o que
conversou com o paciente que entrou antes no consultótio, o
discipulador não deve contar a outras pessoas o que seu discípulo
lhe confidenciou.
Todas as vezes que você expõe a vida de alguém, a pessoa
sabe que assim como você está fazendo com aquele que confiou
seus segredos a você, o mesmo você fará com ele. Todas as vezes
que você utiliza alguém como ilustração, o outro já sabe que a
próxima ilustração será ele.
“O VERDADEIRO DISCIPULADO DEMANDA DOIS ESFORÇOS:
DE QUEM DISCIPULA E DE QUEM É DISCIPULADO;
DISPONIBILIDADE DE QUEM TRATA E DE QUEM RECEBE O
TRATAMENTO.”
“O DISCIPULADOR PRECISA TER ÉTICA. ASSIM COMO UM
MÉDICO NÃO PODE RELATAR O QUE CONVERSOU COM O
PACIENTE QUE ENTROU ANTES NO CONSULTÓTIO, O
DISCIPULADOR NÃO DEVE CONTAR A OUTRAS PESSOAS O QUE
SEU DISCÍPULO LHE CONFIDENCIOU.”
A crise no discipulado se chama hoje confiança. Ninguém tem
mais confiança no outro. As pessoas têm a boca solta e saem
disseminando a vida do outro. E um discipulador não deveria
receber esse nome se expõe a vida dos discípulos. Ele pode ser
tudo, menos discipulador.
A Igreja se tornou um apogeu de fingimentos. Um finge que
discipula e o outro finge que é discipulado. Mas ninguém tem
coragem de abrir o coração, porque o discípulo não se sente livre
para contar os seus segredos. E todos nós sabemos o quanto
precisamos de um ombro amigo e confiável para desabafar. Não
podemos ficar como uma bomba relógio ou com um gigante
adormecido que a qualquer hora pode acordar.
O correto seria que quando chegássemos ao sacerdote, tudo
fosse colocado debaixo da luz para que as trevas perdessem as
forças. As pessoas só são libertas quando confessam os pecados
diante dos sacerdotes que têm olho de cura para o discípulo.
A revelação em Tiago diz: “Está alguém entre vós aflito? Ore.
Está alguém contente? Cante louvores. Está alguém entre vós
doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele,
ungindo- o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido
pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos
outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita
por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5:13-16). É
para isso que servem os presbíteros, sacerdotes, Pastores,
discipuladores, para arrancarem o peso do pecado, derramarem
óleo novo sobre as vidas e manifestarem libertação sobre o
caráter do povo.
Hoje, o que as pessoas pensam é que se for para ficarem na
mão de um discipulador maligno, debaixo da mesma condenação,
é melhor caminharem sozinhas, pois não precisam de um novo
condenador.
As pessoas, quando chegavam diante de Jesus, que tinha poder
para julgar e mandá-las para o inferno por causa do pecado,
ouviam: “Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques
mais.” (João 8:11). E você não encontra na Bíblia nenhum
registro de Jesus expondo o pecado e contando vantagens pelos
Seus feitos. Independente do pecado das pessoas, Jesus
silenciava, pois sabia que a Sua boca era de libertação e cura,
e Sua vida era para levar as pessoas a outro nível, de maneira a
terem um encontro real com Deus e serem cheias do Espírito
Santo.
“PASTORES E DISCIPULADORES SERVEM PARA
ARRANCAREM O PESO DO PECADO, DERRAMAREM ÓLEO NOVO
SOBRE AS VIDAS E MANIFESTAREM LIBERTAÇÃO SOBRE O
CARÁTER DO POVO.”

Infelizmente, muitos líderes, em busca de mostrar que são o


que não são, saem falando sobre a vida dos discípulos e
mostrando oque fizeram, quando, muitas vezes, nem fizeram.
O que precisamos? Precisamos descobrir a pessoa em Cristo
que vai nos formar para sermos apaixonantes, de forma que, por
onde passarmos, deixemos a marca do Reino, a marca de Jesus.
CAPÍTULO 4
DISCIPULADO É VOCAÇÃO
Eu trabalho com o discipulado há aproximadamente três
décadas. Mesmo antes da Visão Celular, eu já trabalhava com
discipulado. Desde cedo, aprendi que discipulado não é aventura,
é uma vocação.
Discipulado é vocação! Quando comecei a escrever este livro,
percebi que se não estamos melhores, não é por falta de
discipuladores, mas por falta de decisão em ser tratados e,
muitas vezes, por falta de confiança.
Estamos vivendo mais o discipulado indireto, através de
Reunião de Célula, Reunião de 12, Cultos, Macrocélulas, do que o
discipulado direto, porque este é o discipulado que exige que o
outro abra a sua vida para o líder. E pode ainda acontecer de
você andar com o discípulo por muitos anos, pensando até que
está trabalhando no discipulado direto, e uma situação mostrar
que você não sabia quem ele era. Isso não acontece apenas no
discipulado, mas dentro de algumas famílias.

“DISCIPULADO NÃO É AVENTURA, É UMA VOCAÇÃO. ”

Uma entrevista que me marcou foi de dois irmãos de um


sequestrador que manteve três mulheres em cárcere privado por
uma década. Eles afirmavam que queriam que o irmão
apodrecesse na cadeia, pois se sentiam enganados. Durante
anos, frequentaram a casa do irmão e nunca perceberam que,
em um quarto secreto, ele mantinha aquelas mulheres reféns. O
mesmo pode acontecer no discipulado. Você pode caminhar anos
com um discípulo que nunca permitiu você entrar no quarto
secreto dos segredos que ele guarda a sete chaves.
Quantas vezes guardamos lugares e escondemos do líder o
grito horripilante dos devaneios da alma adoecida. E não é de se
admirar que muitos no discipulado permaneçam doentes, porque
não têm interesse de mudar. Parece que esquecemos que o Céu é
para os lavados e redimidos no sangue do Cordeiro, para aqueles
que caminham em uma vida de transparência, com a vida de
Cristo.
Trabalhamos com discípulos, conhecemos algumas formas de
dissimularem os diagnósticos que eles revelam e que ainda não
foram alcançados, mas, por incrível que pareça, ainda assim,
muitos estão famintos por um crescimento ainda desconhecido.
É função do discipulador mostrar ao discípulo que ele nunca
será curado do mal que assola a alma se ele não decidir ser
curado. Não podemos mais terceirizar discipulado. Precisamos
sair da lagoa e mergulhar nas águas profundas.
Se o estancamento que muitos estão vivendo está relacionado
a essa forma desorganizada de manter os quartos escuros que
perturbam a essência, é hora de resolver. Porque se isso fizesse
mal só para quem vive assim, já seria ruim. Mas, o problema
maior é que muitos estão sofrendo pela sua forma errada de
viver.
A maioria das pessoas tem ensaiado um desejo de mudança,
mas uma pequena gama se prende ao tratamento que chega à
formação eficaz. Só terá direito ao grande êxito quem receber
uma poderosa libertação e uma grande cura.

PACIÊNCIA OU COVARDIA
Existem muitos tipos de discipulado. E, ao longo da leitura
de comportamentos, descobrimos muitas denúncias no caráter dos
líderes e dos liderados, ou seja, dos discípulos e dos
discipuladores. Há discípulos que até abusam da paternidade
patética dos discipuladores. E há discipuladores que parecem tão
„pacientes‟, mas, na verdade, são covardes.

“A MAIORIA DAS PESSOAS TEM ENSAIADO UM DESEJO DE


MUDANÇA, MAS UMA PEQUENA GAMA SE PRENDE AO
TRATAMENTO QUE CHEGA À FORMAÇÃO EFICAZ.”

“NÃO PODEMOS CHAMAR COVARDIA DE PACIÊNCIA. NÃO


PODEMOS MAIS TER PACIÊNCIA NEM TOLERÂNCIA COM O
PECADO, TEMOS QUE EXERCER A JUSTIÇA AINDA QUE DOA EM
NÓS E EM MUITOS.”

Quando um discipulador não enfrenta de frente os problemas


que já foram revelados, e continua seguindo com o discípulo,
como se nada estivesse acontecendo, isso não é caminhar a
segunda milha nem é sinal de paciência, mas de covardia. O
covarde posterga o que precisa ser resolvido, porque não tem
coragem para enfrentar.
Vou dar-lhe uma dica: é melhor um dia de angústia do que
um ano angustiado. É melhor você escolher um dia para
resolver, doque não resolver e viver angustiado.
No dia em que Deus me ministrou sobre como nos escondemos
na „paciência‟, quando, na verdade, estamos sendo covardes, Ele
também me disse que, para cada covardia enfrentada no amor do
Senhor, Ele daria coragem.
Não podemos chamar covardia de paciência. Não podemos
mais ter paciência nem tolerância com o pecado, temos que
exercer a justiça ainda que doa em nós e em muitos. É melhor
sofrermos por um tempo e, em compensação, passarmos o
resto do tempo aliviados, na certeza de que fizemos o correto
diante de Deus, do que amargarmos a dor.
Se você perguntar a qualquer pessoa se quer ser um indivíduo
melhor, a resposta quase 100% é positiva. Durante todo o meu
ministério pastoral, tenho procurado fazer dos meus discípulos
homens e mulheres de êxito no caráter e no Reino de Deus.
Eu não quero que os meus discípulos fiquem sentados, apenas
ouvindo, sem responder condignamente; eles precisam colocar
em prática o que têm aprendido. Eu quero vê-los conquistando
comigo o território que o Senhor nos prometeu, porque
discipulado também é cobrar resultado.
Como líder, apesar das minhas falhas, tenho procurado levar
os discípulos ao êxito, dizendo o que fazer e como fazer. Os que
não seguem essa linha é por falta de decisão, porque estão
presos na ferida da alma e se proibindo de serem libertos e
curados. Os que querem estão alcançando êxito em Manaus, no
Brasil e nas nações.
Todas as pessoas que ficam presas nas feridas da alma estão se
proibindo de serem líderes de êxito. Enquanto você não for
liberto e curado, e não colocar para fora as pendências, você não
conseguirá desatar o crescimento que Deus preparou para a sua
vida.
Já falei, no capítulo anterior, que o problema é que as pessoas
querem, mas não desejam. Querer é diferente de desejar, como
você já aprendeu. Sempre digo que querer é uma condição
necessária. Desejar é uma execução da vontade. É querer,
desejar e agir. É funcionar mesmo diante dos nãos que ouvimos
na nossa direção, fazendo do não humano na nossa direção, um
sim divino na boca de Deus. Se Deus disse sim, nenhum homem
pode dizer não e prevalecer.
A alma não pode comandar nossa essência. O que queremos
em Deus tem que ser um desejo do nosso coração a ponto de
nos levar a uma ação divina.

O PECADO NO DISCIPULADO

Quantos desejos incontidos nos homens e nas mulheres de


Deus! Fico imaginando o que aconteceria se descortinássemos
tudo aquilo que guardamos na alma para o discipulador.
Você sabia que existem líderes e liderados presos em pecados
de fornicação, viciados na internet, amantes de filmes imorais,
utilizando palavras obscenas nas conversas, pensando coisas
horrorosas que nem parecem homens e mulheres de Deus? Pois é!
E escondem isso tudo, ficam na lagoa e não mergulham nas águas
profundas, porque têm medo de serem descobertos.
Deus tem que mandar uma onda sobrenatural para remover o
discípulo da lagoa e devolvê-lo ao oceano. Eu não sei qual a sua
reação enquanto lê estas linhas, mas lembro-me de que no dia
em que falei sobre este assunto somente para líderes, houve um
silêncio muito grande no auditório. Eu sabia que aquele silêncio
representava que tudo que eu estava ministrando era verdade na
vida de muitos, infelizmente.
Creio que é chegado o tempo de descomplicarmos a nossa vida
e vivermos o Reino como a Palavra nos manda viver. Não
podemos estar no discipulado sem sermos discipulados de
verdade.
No discipulado, só não descomplicamos o que as pessoas não
desejam, porque as fórmulas são dadas. Deus nos mostra como
devemos agir. É como se Ele nos desse a equação para a solução
da nossa vida e da vida daqueles que cuidamos, levando-
os à libertação e à cura.

“NÃO PODEMOS ESTAR NO DISCIPULADO SEM SERMOS


DISCIPULADOS DE VERDADE.”

Para ser curado, é preciso abrir o coração, mostrar a vida para


o líder. E o líder precisa entender que o discípulo possui limites.
Percebemos, porém, que cada vez é mais difícil encontrar os
transparentes; todos estão em uma vitrine com cortina. Mas
Deus vai puxar a cortina para que todos saibam quem somos.
Isso não será para vergonha nossa, mas para sermos uma glória
para o Nome do Eterno.
Não existe êxito no discipulado com pecado encoberto.
Somente no discipulado direto, havendo transparência, é que
poderemos ordenar o perfil ético espiritual. E os segredos no
discipulado precisam ter um único lugar: o túmulo. Verdadeiros
discipuladores levam para o túmulo o segredo dos discípulos.

QUEM NÃO PODE DISCIPULAR

1. PESSOAS SEM ÉTICA


Um líder sem ética não tem condições de ouvir um discípulo e
guardar para si o que escutou. Isso é muito sério, porque se
transforma em difamação e gera descrédito para o discipulado.

2. PESSOAS SEM PRINCÍPIOS


Os Princípios de Deus devem pautar a vida do líder. Como
formar um discípulo sem ensiná-lo a andar, a se mover pelos
Princípios do Reino? Os Princípios norteiam a nossa vida para
caminharmos na direção que Deus tem para nós.

3. PESSOAS SEM O NOVO NASCIMENTO


O que alguém, que não nasceu de novo, pode acrescentar à
vida de quem teve um encontro genuíno com Deus? Com certeza,
apenas achismos pessoais e padrões mundanos. Não podemos
submeter a nossa mente, que deve ser a mente de Cristo, a
quem não conheceo que é ter uma mente ungida.

4. PESSOAS SEM EXPERIÊNCIAS PROFUNDAS COM DEUS


Para discipular, o líder precisa ter experiência de vida com
Deus, investir tempo com Ele para saber o que está no Seu
coração. É o tempo que passamos na presença do Senhor,
deleitando-nos nEle que nos marca, consolida, transforma e nos
faz desejar levar outrosa terem uma experiência profunda com o
Pai.

“CADA VEZ É MAIS DIFÍCIL ENCONTRAR OS


TRANSPARENTES; TODOS ESTÃO EM UMA VITRINE COM
CORTINA. MAS DEUS VAI PUXAR A CORTINA PARA QUE TODOS
SAIBAM QUEM SOMOS.”

“PARA DISCIPULAR, O LÍDER PRECISA TER EXPERIÊNCIA DE


VIDA COM DEUS, INVESTIR TEMPO COM ELE PARA SABER O QUE
ESTÁ NOSEU CORAÇÃO.”

5. PESSOAS DOENTES DE ALMA


Uma alma enferma, cheia de mazelas, não tem poder de
transformar quem está doente. A disposição de libertação e cura
tem que ser real na vida do líder para que ele ensine qual o
caminho da cura aos discípulos.

6. PESSOAS QUE NÃO TÊM MODELO DE VIDA FAMILIAR


A família é a nossa base. Se o líder não tem modelo de vida
familiar, como ele será referência no discipulado? Impossível!
Não podemos ficar brincando de discipulado. Caso contrário,
seremos punidos por Deus. Se queremos discipular, nossa casa
tem que ser modelo. Não podemos ensinar o que não temos e não
conquistamos, pelo menos não no nível básico.
Uma vida familiar exemplar é elementar para o crente, para o
líder. Desajustados na família, não conseguiremos consertar
ninguém.
“UM DISCIPULADOR QUE NÃO É DIZIMISTA ROUBA A DEUS, E
SE TEM CORAGEM DE ROUBAR A DEUS, O QUE NÃO PODE
ROUBAR DO HOMEM COMUM?”

7. PESSOAS QUE NÃO HONRAM SEUS COMPROMISSOS SOCIAIS


Alguém que não honra seus compromissos sociais não honrará
os compromissos no discipulado. Um líder que compra e não paga
(não por uma eventualidade, como ter perdido o emprego), mas
por um hábito, porque é mau caráter, é descaracterizado da vida
de Deus.
Não podem ser discipuladores pessoas descaradas, que não
buscam mudanças, que não querem consertar as suas vidas.

8. PESSOAS QUE NÃO SÃO DIZIMISTAS


O dízimo é um Princípio Bíblico, explicitado tanto no Antigo
como no Novo Testamento. Um discipulador que não é dizimista
rouba a Deus, e se tem coragem de roubar a Deus, o que não
pode roubar do homem comum?
Se o discipulador não honra os tributos espirituais, você não
deve se submeter a ele como discípulo, pois quem não consegue
ser fiel a Deus e ao sacerdote não será a mais ninguém.
Quem não cumpre as ordenanças bíblicas prova que está
estabelecido em si mesmo e que Deus não rege a sua vida.
Observea vida desses líderes: não prosperam em nenhuma área.
Dízimo é fidelidade e caráter de fé. Como um líder pode
desatar fidelidade e caráter nos discípulos, se ele não cumpre o
princípio?
Se não resolvermos essas questões doutrinárias na vida das
pessoas, com certeza, nascerão heresias por falta de obediência
às instruções de êxito.
Uma instrução muda uma vida. Uma instrução consolida o
futuro. Uma boa instrução tem o poder de transformar uma
pessoa. Uma má instrução destrói um caráter. Quantas pessoas
destruídas, porque a alma deseja ser contra o princípio. Porém,
quando há um líder focado e nos submetemos a ele, tudo na
nossa vida vai bem.

O QUE É PRECISO PARA DISCIPULAR


Para ter êxito no discipulado, os discipuladores precisam ser
libertos, curados, cheios do Espírito Santo e restaurados na
credibilidade. Se não há libertação, cura, enchimento do Espírito
Santo e restauração da credibilidade, o líder não pode discipular.
“UMA INSTRUÇÃO MUDA UMA VIDA. UMA INSTRUÇÃO
CONSOLIDA O FUTURO. UMA BOA INSTRUÇÃO TEM O PODER DE
TRANSFORMAR UMA PESSOA.”
“UM LÍDER TRATADO É O QUE PRECISAMOS SER. NÃO HÁ
MAIS TEMPO PARA CULTUARMOS DOENÇAS.”
Só é possível um líder caminhar em um discipulado de
êxito se ele for liberto, curado, cheio do Espírito Santo e
restaurado na credibilidade. E isso não é redundância, mas
necessidade para viver as cláusulas do Reino de Deus. Não há
outra forma. Caso contrário, nada passa de um discipulado
pautado na alma, sem conhecer o regozijo do Espírito.
Alegria de alma não é regozijo do Espírito. Discipulado não é
unilateral, é preciso focar na alma, para que seja restaurada, e
no espírito, para que seja ampliado, desenvolvido.
Em Filipenses 2:12, Paulo nos diz que precisamos desenvolver
a nossa salvação. “De sorte que, meus amados, do modo como
sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas
muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa
salvação com temor e tremor.”
O discipulado não pode ser movido apenas na alma, pois
movido apenas na alma não existe proposta de mudança. A
Igreja do Espírito é aquela que muda a personalidade, porque
todos são nascidos de novo, e a vida de Deus os governa. Uma
Igreja de alma restaurada e um espírito renovado transforma as
vidas pelo poder do amor de Cristo.
Um líder tratado é o que precisamos ser. Não há mais tempo
para cultuarmos doenças. Já estamos em um nível que
precisamos avançar no entendimento e nos enchermos cada vez
mais do Espírito Santo. Rejeitemos a religião para vivermos o
Evangelhogenuíno, cheios da vida de Deus.
CAPÍTULO 5
O DISCIPULADO DE ÊXITO
“Mais tarde Jesus apareceu aos onze enquanto eles comiam;
censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não
acreditaram nos que o tinham visto depois de ressurreto. E disse-
lhes: Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as
pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer
será condenado. Estes sinais acompanharão os que crerem: em
meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão
em serpentes; e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará
mal nenhum; imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão
curados.” (Marcos 16:14-18)
O êxito do discipulado não está em mostrar o quanto somos
prósperos, mas em mostrar quantas vidas nós estamos ganhando
e consolidando para o Reino de Deus.
Se o discipulado tiver tudo, mas não tiver vidas, é um
discipulado falido, sem vida e vazio. O que precisamos as similar
é que, dentro da questão da chamada do Reino, todos somos
comissionados para gerarmos vidas para Deus.

“O ÊXITO DO DISCIPULADO NÃO ESTÁ EM MOSTRAR O


QUANTO SOMOS PRÓSPEROS, MAS EM MOSTRAR QUANTAS
VIDAS NÓS ESTAMOS GANHANDO E CONSOLIDANDO PARA O
REINO DE DEUS.”

Se o discipulado não cumprir a missão de ganhar vidas,


transformar o caráter e construir pessoas para Deus, ficará
devendo a sua missão principal. Tudo aquilo que envolve Jesus
tem salvação e mudança de vida. Quando Jesus entra em uma
situação, as vidas mudam e as pessoas são levadas ao
entendimento de quem Ele é.
O êxito do discipulado não consiste em mostrar quão
poderoso é o líder nos quesitos seculares, mas em quanto de vida
de Deus ele agrega no seu caráter, o quanto da unção e da vida
de Deus é visível na sua história. Isso não significa que estejamos
proibidos de sermos líderes catalisadores de bênçãos materiais,
porque Jesus disse que temos direito às riquezas. Mas se nós
somos do Reino, cidadãos do Reino e temos a vida de Deus,
temos obrigação de derramar essa vida sobre outras vidas, e as
pessoas mudarem a partir de nós.
Se as pessoas passam pela sua vida e permanecem as mesmas,
é você quem precisa mudar. Se as pessoas passam pela nossa vida
e recebem muito mais que um impacto, mas uma mudança, é
porque temos a essência do Reino. E é essa essência que precisa
ser falada e vivida de uma forma muito ampliada, porque, às
vezes, estamos tão comunicadores do essencial, que nos
esquecemos de que o verdadeiro Evangelho é aquele que menos
falamos e o que mais vivemos.
Para mim, o êxito de um líder não consiste na fala precipitada,
mas no testemunho consolidado. O líder que tem o testemunho
consolidado no seu caráter transforma as pessoas e faz com que
elas entendam o amor de Deus.
A Bíblia diz que o mundo tem muitas vozes, mas uma só é a
voz de Mudança, essa voz se chama Evangelho, a Boa Notícia. E é
essa voz que causa impacto e mudança, e cria nas pessoas o
desejo de nos ouvir, porque elas sabem que da nossa boca sai
palavra de vida para construir uma nova história.
QUE DISCIPULADO É ESSE

Somos líderes, e existe um discipulado que precisa ser o


diferencial. Muitos estão tão acostumados com o resultado
negativo que já não se importam mais se as vidas não são
transformadas.
A nossa obrigação (perdoe-me se você acha a palavra pesada),
é levar as pessoas a terem o entendimento aberto, porque somos
líderes. Se somos formadores de opinião, as pessoas que
passarem pela nossa vida precisarão conhecer uma novidade,
porque a promessa bíblica para nós é de novidade de vida.
“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na
morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos,
pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de
vida.” (Romanos 6:4). O meu discipulado só é de êxito quando
promove novidade na vida dos discípulos. Se o líder consegue
plantar novidades de Deus na vida das pessoas que caminham
com ele, é porque mostrou êxito no discipulado.

DISCIPULADO, UMA CHAMADA DE INSTRUÇÃO

O discipulado é uma chamada de instrução que não pode estar


pautada no que o líder pensa, mas no que a Bíblia diz. A maioria
dos líderes hoje emite opinião sobre o que eles pensam e não
sobre o que a Bíblia diz. E quando falamos sobre o que pensamos
sem respaldo bíblico, não instruímos, mas complicamos.
Precisamos achar menos e fazer mais de acordo com a Palavra.
A instrução é a ferramenta da libertação. Quando as pessoas
são instruídas, elas entram no „discipulado do conhecimento‟. E
quem tem conhecimento sai da rota da morte. A Bíblia diz que o
povo morre, perece, é destruído, por falta de conhecimento.
“Meu povo foi destruído por falta de conhecimento.” (Oséias 4:6)
Se existe morte para os que não têm conhecimento, logo os
que adquirem conhecimento ganham vida. Por isso, afirmo que
umainstrução nos leva à vida, assim como falta de instrução pode
nos levar ao óbito. Pessoas podem ser construídas por uma boa
instrução. Uma boa instrução muda destino. A instrução de Deus
constrói futuro de êxito.

“SE AS PESSOAS PASSAM PELA SUA VIDA E PERMANECEM AS


MESMAS, É VOCÊ QUEM PRECISA MUDAR.”

As pessoas precisam ter destinos construídos em Deus e não no


líder. O líder é apenas o canal de instrução. E o líder só pode
instruir alguém para algo tão relevante se sua vida é baseada nos
princípios da Palavra. A instrução de Deus na vida do líder é
destino de êxito para o discípulo.
O líder precisa abrir a boca na direção do discípulo e instruí-lo
de acordo com a Bíblia. Agora, se uma instrução bíblica constrói
pessoas, uma instrução maligna destrói indivíduos. Uma só
palavra pode destruir a sua história; assim como uma palavra
oportunapode lhe devolver o ânimo.
Pessoas são destruídas por palavras liberadas. Eu conheço
pessoas que receberam tantas palavras demolidoras, que não
tiveram força para vencer essas palavras nem se tornarem o que
Deus tem para elas. Eu conheço pessoas que aparentemente não
têm nada, mas têm tudo, porque são formadas no caráter
através da instrução.
EVANGELHO, UMA NOTÍCIA DE ÊXITO

Por que o Evangelho é uma notícia de êxito? Porque ele


constrói nas pessoas a vida de Jesus. É uma edificação da vida de
Jesus em outros. E a Bíblia diz: “Pois também eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16:18)
A Palavra de Deus demole a fortaleza do inimigo. E, à medida
que essa fortaleza é destruída, algo novo precisa ser construído
no lugar, porque o diabo trabalha sobre fundamentos alheios.
Paulo disse que não podemos construir em fundamentos alheios.
“E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não
onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento
alheio.” (Romanos 15:20). E é exatamente sobre os fundamentos
de Jesus que o diabo quer colocar uma base dele. O que o diabo
quer é anular a obra de Jesus na sua vida.
Quando olho para o Templo do MIR, tanta beleza para o nosso
Deus, eu sei o valor dos fundamentos. Se o fundamento é bem
estruturado, tudo o que você constrói sobre ele não será
demolido. Quando Jesus é o Fundamento da nossa vida, nada
consegue nos demolir. Jesus é a Pedra de Esquina, o Fundamento
Principal, e nEle somos indemolíveis. “Edificados sobre o
fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a
principal pedra da esquina.” (Efésios 2:20)
Alegra o meu coração saber que o Filho do Homem, Jesus,
demoliu a obra que o inimigo construiu. E fico mais feliz ainda
em saber que o mesmo Filho do Homem é quem edifica em
nós uma obra nova. Quando estamos nEle, não paramos nunca,
porque Ele sempre tem algo novo para realizar em nós e através
de nós.
Deixe Deus plantar as novidades dEle no seu caráter para que
a sua vida seja outra em todos os níveis. Ou o líder libera
instruções de vida, ou libera instruções de morte.
A vida do líder é uma carta aberta. Por isso, a Bíblia diz que as
armas da nossa milícia não são carnais. “Porque as armas da
nossa milícia não são carnais, mas sim, poderosas em deus, para
destruição das fortalezas.” (II Coríntios 10:14). A palavra de
instrução deve ser sempre a de que Cristo vai construir as
novidades dEle no caráter do líder e do discípulo diariamente.

“AS PESSOAS PRECISAM TER DESTINOS CONSTRUÍDOS EM


DEUS E NÃO NO LÍDER. O LÍDER É APENAS O CANAL DE
INSTRUÇÃO.”

Toda instrução de Yeshua demole as fortalezas do inimigo. Se


vier uma instrução de vida sobre você, e você receber, tudo o
que o diabo quis plantar como base sobre a sua vida será
demolido, porque a instrução tem poder de demolir passado e
construir futuro.

QUEM SOMOS NÓS COMO LÍDERES DE ÊXITO

Se a instrução o leva ao êxito para demolir fortalezas e


reconstruir sua história, então quem é você, líder de êxito? Em
que você está firmado para estabelecer o princípio de Deus e a
Sua Palavra? O que você quer de Deus, nesse êxito de
discipulado?
Se eu fosse classificar o que é ser um líder de êxito, eu diria
apenas que é aquele que faz o que prometeu. Quem faz o que
disse está ratificando o que já havia prometido. É diferente
daquele que diz, mas não cumpre. E quantos estão
desacreditados por terem prometido coisas que não cumpriram...

“A ESSÊNCIA DE JESUS, ATRAVÉS DAS OBRAS QUE ELE


REALIZAVA, CALAVA OS RELIGIOSOS. DEVEMOS SEGUIR O
EXEMPLO DO NOSSO MESTRE E FUGIR DAQUELES QUE FALAM
BONITO, MAS NÃO FAZEM NADA.”
O verdadeiro discurso não é por aquilo que ainda vamos fazer,
mas por aquilo que está pronto. Quando mostramos o nosso
testemunho e a obra das nossas mãos, não precisamos provar
mais nada. O que vai à frente de um povo não é o que ele está
falando, mas o que está fazendo. A Bíblia diz que à frente do
povo ia Deus, o testemunho e as obras.
Quando temos este decreto na nossa vida – de quem é Deus
para nós e para a nossa história – quando entendemos o princípio
elementar do Reino de que, de fato, fomos chamados para dar o
bom testemunho de Deus, então as obras que fazemos nEle
testificam de quem somos.
Um dia questionaram Jesus sobre Seu ministério e a única
resposta que Ele deu foi que as obras que fazia testificavam
quem ele era. “Mas eu tenho maior testemunho do que o de
João; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas
obras que eu faço, testificam de mim, que o Pai me enviou.”
(João 5:36). Precisamos de menos falatórios e mais obras. É
chegado o tempo de falarmos menos e fazermos mais, de sermos
líderes que impressionam não pelo discurso, mas pelas obras.
Quando temos obras, temos resultado, e tudo que falamos
apenas endossa o que estamos fazendo. Mas quando não temos
resultado, não importa o quanto falemos, não tem validade. O
Senhor quer ampliar o nosso resultado para que aquilo que
falamos entre em evidência.
O líder de êxito é o líder do bom testemunho e das boas obras.
A Bíblia diz: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua
fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas
minhas obras.” (Tiago 2:18). A Igreja de Jesus está cansada do
discurso e precisa operacionalizar a fé, tem que criar o impacto
de novidade, para que as pessoas comecem a ver que muito mais
que uma fala, existe uma ação na verdade. As pessoas precisam
se surpreender não pelo que a Igreja fala, mas pelo que a Igreja
é e faz.
As obras da Igreja têm que honrar o caráter de Cristo, porque
toda obra edificada honra o nosso caráter. A Igreja não precisa
ser honrada pelo discurso, mas pelas obras construídas na Terra
em favor do povo.
A essência de Jesus, através das obras que Ele realizava,
calava os religiosos, os saduceus, os fariseus e todos que se
levantavam contra o Seu ministério. Devemos seguir o exemplo
do nosso Mestre e fugir daqueles que falam bonito, mas não
fazem nada.
CAPÍTULO 6
O DISCIPULADO NO SOBRENATURAL
“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome
expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas
serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará
dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.”
(Marcos 16:17,18)
O líder de êxito é aquele que crê e opera no sobrenatural. Não
existe líder de êxito que aborte o sobrenatural. E que
sobrenatural é esse? Sinais elementares que muitos deixaram de
praticar.

1. EXPULSAR OS DEMÔNIOS

“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome


expulsarão os demônios...” (Marcos 16:17)

“O LÍDER DE ÊXITO É AQUELE QUE CRÊ E OPERA NO


SOBRENATURAL.”

Expulsar demônios é algo sobrenatural. E muitos líderes não


sabem mais o que é isso. Só que Jesus disse que os discípulos de
êxito, os homens do diferencial, expulsariam demônios.
Expulsar demônios é mostrar que o Reino de Deus continua
vivo e aceso na nossa vida, e que as portas do inferno não
prevalecem contra a Igreja de Cristo.
Expulsar demônios é uma ordem elementar, básica, do
Evangelho. Líderes de êxito enfrentam demônios, principados,
potestades e o homem forte da cidade.
Se demônios não se manifestam mais na sua geografia, pode
ser por uma destas duas razões: a sua geografia está limpa ou
você está sujo. E quando o líder está sujo, existe algo na vida
dele que não gera mais ameaças aos demônios; para eles, a sua
presença tanto faz.
O líder de êxito, que é o homem do sobrenatural, é uma
ameaça constante para o reino das trevas. Em todo ambiente por
onde passa, as trevas temem quem ele é e o que ele faz, porque
conhecem que a vida que nele está não é dele, mas outorgada
por Deus.
Você precisa estabelecer esse princípio, porque homens de
êxito se movem no sobrenatural e não permitem que demônios
manipulem nem a sua vida, nem a vida do povo pelo qual são
responsáveis.
Quantos líderes e discípulos com a alma presa por demônios
porque está faltando a manifestação da glória de Deus que opera
o sobrenatural. Se não voltarmos a fazer libertação, tanto os que
não conheciam a Deus, quanto os que se dizem conhecer a Deus
e, nas atitudes, provam que não conhecem, estaremos devedores
do líder de êxito no discipulado. Existem muitos adjetivos
identificando muitos como líderes de êxito, mas se estes não
conseguem nem expelir demônios, o êxito está comprometido e a
chamada não tem respaldo diante de Deus nem temor diante dos
demônios, principados e potestades.
A Bíblia diz que os sinais acompanharão os que crerem. “E
estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão
os demônios...” (Marcos 16:17). Os homens de êxito nunca estão
sozinhos, porque são acompanhados pelo sobrenatural de Deus. E
o primeiro sinal desse sobrenatural é que expulsarão demônios.
Existem dois tipos de sinais na Bíblia, para os que creem e
para os incrédulos. Os sinais que seguem os que creem mostram
que o líder do sobrenatural, por onde passa, deixa o rastro da
glória de Deus e a face do avivamento, porque escreve uma
história nova.

“O LÍDER DE ÊXITO, QUE É O HOMEM DO


SOBRENATURAL, É UMA AMEAÇA CONSTANTE PARA O REINO
DAS TREVAS.”

Lembro-me de uma visão que tive certa vez. Eu entrava em


uma biblioteca que parecia não ter fim e perguntava ao
responsável como era possível uma infinidade daquela de livros.
Ele me respondia que havia sido por causa da palavra de que
cada discípulo escreveria a sua história de autoridade espiritual.
Creio que fazemos parte da geração do pergaminho, uma
geração na qual cada um de nós escreverá um livro sobre como o
sobrenatural de Deus marcou a nossa vida e transformou a nossa
história, porque desbancamos demônios, principados, potestades,
homens fortes da nossa vida e da vida daqueles que caminham
conosco. E a nossa família e a nossa geografia estarão limpas
para recebermos o sobrenatural de Deus.

2. FALAR NOVAS LÍNGUAS

“Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome


falarãonovas línguas.” (Marcos 16:17)
Orar em línguas é tão importante assim como o alimento
que você coloca em sua mesa. Orar em línguas é a linguagem do
Céu chegando ao nosso entendimento. Observe que quando a
Igreja começa a orar em línguas, a atmosfera do ambiente muda.
Falar em línguas é um sinal de sobrenatural, uma das coisas
mais sobrenaturais que podemos receber nos dias atuais.
Lembrando que estes são sinais que acompanharão apenas os que
creem. É por isso que tenho insistido sobre o fato de um discípulo
não se submeter a um líder que não conhece o sobrenatural, que
não flui no dom de línguas.

“DEUS QUER ACIONAR EM VOCÊ O SINAL DE FALAR EM


LÍNGUAS PARA QUE VOCÊ ENFRAQUEÇA A SUA CARNE E
FORTALEÇA O SEU ESPÍRITO.”

Como um discípulo pode confiar o coração a líderes que não se


movem nos dons? Esse líder vai falar o que ele acha, e o que
precisamos é saber o que a Bíblia diz; devemos ser líderes
direcionados pelo Espírito Santo.
Não precisamos de conselhos humanistas. Somos homens de
Deus, mulheres de Deus e temos que nos mover pelos princípios
do Eterno. Não podemos confundir nem ser confundidos. Não
podemos nos submeter a pessoas que nos dão conselhos
humanistas e que perderam o foco do Céu.
Ratifico a importância do falar em línguas. Primeiro, por ser
bíblico, e ainda mais por ser um sinal dado por Jesus para os que
creem. Foi Jesus que disse que era um sinal. Se você não flui em
línguas, pode ser por incredulidade, e você está se privando em
conhecer a revelação do Trono.
Deus quer acionar em você o sinal de falar em línguas para que
você enfraqueça a sua carne e fortaleça o seu espírito. Quem
fala em línguas traz edificação para si mesmo, ou seja, edifica a
sua própria vida.
O dom de falar em línguas é o único dom que Deus renova,
amplia e dá interpretação. Não é só falar em línguas, mas em
muitas línguas e ainda ter o dom para interpretar.

“A IGREJA PRECISA ESTAR ATENTA CONTRA OS VENENOS DA


SERPENTE PARA NÃO SAIR DO FOCO DA SUA CHAMADA.”

O dom de falar em línguas inaugurou Pentecostes, inaugurou a


Igreja que se move no Espírito Santo. Quando os Apóstolos
souberam que os discípulos de Samaria recebiam a Palavra, eram
batizados, mas não falavam em línguas, enviaram Pedro e João,
para que, através da imposição de mãos, recebessem o Espírito
Santo e falassem em novas línguas. “Os apóstolos, pois, que
estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra
de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os quais, tendo descido,
oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (Porque
sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram
batizados em nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as
mãos, e receberam o Espírito Santo.” (Atos 8:14-17)

3. PEGAR EM SERPENTES E NÃO SOFRER MAL NENHUM

“... pegarão em serpentes e, se beberem algum veneno


mortal, não lhes fará mal nenhum...” (Marcos 16:18)
Desde o início da Criação, a serpente nos persegue. Foi Jesus
mesmo quem disse que nós venceríamos serpentes e escorpiões.
Isso significa a autoridade espiritual da Igreja para entrar em
outro nível de atmosfera espiritual, lutando contra principados,
potestades, demônios e o homem forte da cidade, que tem a
figura da serpente, que é uma influência da mente humanista,
e que levaa Igreja a um convite seduzível para a sua queda.
A Igreja precisa estar atenta contra os venenos da serpente
para não sair do foco da sua chamada; precisa estar alerta para
não ouvir a voz da serpente nem tomar o seu veneno. A chamada
não é para fugirmos das serpentes, mas vencê-las pelo poder do
Nome de Jesus, que está acima de todo nome.

4. IMPOR AS MÃOS SOBRE OS DOENTES

“...imporão as mãos sobre os doentes, e estes ficarão


curados.”
(Marcos 16:18)
Este é o Evangelho puro e sem fermento. É esse Evangelho que
o mundo precisa, e essa é a chamada do líder de êxito que se
move no sobrenatural.
Quem subirá ao monte do Senhor? Os limpos de mãos e os
puros de coração (Salmos 24:3,4). As mãos, no sentido espiritual,
têm poder e autoridade, e liberação de vida, que são decretos
divinos. Desde a Antiguidade, os povos antigos que serviam o
Deus de Israel, já oravam com imposição de mãos para ungir reis,
autoridades, príncipes, governantes, profetas, juízes, para
abençoar os filhos, etc.

“AS MÃOS, NO SENTIDO ESPIRITUAL, TÊM PODER E


AUTORIDADE, E LIBERAÇÃO DE VIDA, QUE SÃO DECRETOS
DIVINOS.”

“A VISÃO DE JESUS SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS É TÃO


CLARA QUE ELE DEIXOU O ASSUNTO REGISTRADO PARA A
EQUIPE DEDISCÍPULOS EM SEU ÚLTIMO DISCURSO.”

A ordem do Eterno é não impor as mãos precipitadamente,


porque delega autoridade e vida. Tiago diz que se houver alguém
enfermo, os presbíteros devem ser chamados para impor as
mãos, e se houver pecados, serão perdoados (Tiago 5:15). É o
poder de impor as mãos para tratar as feridas físicas e da alma,
como também de curar todas as disfunções espirituais, liberando
poder e autoridade sobre as vidas.
A imposição de mãos é uma ordem divina e um ritual de
mudança de mente, sentimento, valores e autoridade espiritual.
E se houver qualquer nível de enfermidade, somos autoridade
para removê-las.
A Igreja não pode viver com os dons adormecidos. Nós
precisamos expulsar demônios, falar em novas línguas, pegar em
serpentes e vencê-las, impor as mãos sobre os doentes e vê-los
sendo curados, e se bebermos veneno, a garantia é que não nos
fará mal algum.
A visão de Jesus sobre os dons espirituais é tão clara que Ele
deixou o assunto registrado para a equipe de discípulos em Seu
último discurso. É uma instrução que não pode ser subestimada;
não podemos achar que isso ficou para o passado. Se a Igreja
renova os seus dons, ativa a sua fé nessa chamada sobrenatural.
Além de mudar a sua própria vida, transformará a geografia
onde convive. Os dons espirituais foram dados para a Igreja
executar, inclusive é um patrimônio exclusivo da Igreja, dado
pelo Espírito Santo aos discípulos de Jesus. O mundo não conhece
nem tem os dons, mas a Igreja tem e deve operacionalizá-los.
Todo ministério de discipulado que se move no sobrenatural
terá menos problemas com pecados e resolverá com mais
facilidades as dificuldades que se apresentam na Igreja local,
porque o próprio Espírito Santo, Autor dos dons, traz
arrependimento na consciência profunda do pecado, da justiça e
do juízo de Deus. Por isso, todo discipulado de êxito precisa
entender, respeitar e se mover nos dons espirituais.
Viver os dons espirituais não é um pedido de Deus, mas uma
ordem do Trono, guardando no coração a verdade de que somos a
legitimidade de Deus na Terra. Deus não tem duas Igrejas, não
tem dois povos e não deu dois comandos. Os que entendem isso
no espírito navegarão nos dons espirituais e terão,
consequentemente, um discipulado de êxito, fluindo na presença
do Senhor e efetivando os dons que o Espírito Santo deixou para
a Igreja.
CAPÍTULO 7
LEVAR UMA GERAÇÃO AO
PROPÓSITO
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura.” (Marcos 16:15)
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-
os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus
28:19)
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir
sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como
em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos
1:8)
Há uma ordem de que precisamos efetivar nosso discipulado.
Para isso, precisamos de propósito. Eu definiria propósito como
uma das coisas mais sobrenaturais na vida do ser humano.
“A MAIOR TRAGÉDIA DA VIDA NÃO É MORRER, MAS VIVER
SEM UM PROPÓSITO, PORQUE PIOR DO QUE MORRER É PASSAR
A VIDA FINGINDO QUE ESTÁ VIVO.”
Quando vivemos com propósito, vivemos. Quando vivemos sem
propósito, estamos mortos. O que dá vida ao ser humano é o
propósito pelo qual ele se move. O propósito pelo qual nos
movemos leva-nos ao êxito. Para uma pessoa sem propósito,
qualquer lugar serve. Entretanto, para uma pessoa com
propósito, só serve o lugar da sua vocação.
As pessoas sem propósito vivem vegetativamente. As pessoas
com propósito são a solução da sua geração, porque encontraram
solução para a sua vida, para a vida da família e das pessoas que
ama.
Sempre digo que a maior tragédia da vida não é morrer, mas
viver sem um propósito, porque pior do que morrer é passar a
vida fingindo que está vivo. Quem não tem propósito não assume
a sua identidade e vive a identidade do outro.
Quem vive pelo propósito confronta muitos que vivem por
viver. O propósito é o pai dos sonhos, o mentor dos projetos.
Propósito é tudo que precisamos para mudar a expectativa de
vida e a mudança de sorte. Todo ser humano nasce para cumprir
um propósito específico. Ninguém é um acidente; todos somos
resultado de um propósito maior e nascemos para encontrar
nosso destino.
Algumas pessoas encontram seu destino, mas outras vão além,
encontram o destino e se abraçam com o futuro. O resultado do
propósito é, além de nos levar ao destino certo, plantar-nos no
nosso futuro.
Quem não resolve o passado encontra novamente o passado no
futuro e, com certeza, esse mesmo passado vai tirar a pessoa do
centro do seu propósito. Quando entendemos o propósito e a
chamada de Deus, encontramo-nos com tudo aquilo que é
transformação para a nossa vida e mudança para a vida de
outros.
Viver por um propósito, levar a geração a um propósito, é a
missão do discipulado. Enquanto não encontramos, no
discipulado, o propósito da vida das pessoas, não conseguimos
atingi-las nem tocá- las. Enquanto não despertamos nas pessoas o
que são, o que podem fazer e quem podem ser, não cumprimos a
chamada nem a força do discipulado.
O discipulado tem um propósito, e esse propósito é a vida do
discipulado, a missão de levar as pessoas a terem três encontros:
com Deus, consigo e com os outros.
Quando Jesus nos entregou o discipulado, não nos entregou um
discipulado solto e descomprometido, mas um discipulado
pronto.
Não existia improviso no discipulado de Jesus. É verdade que
ainda não conseguimos viver o discipulado de Jesus, mas quando
issoacontecer, seremos a diferença na nossa geração.
Muitos pegam apenas pontos do discipulado de Jesus e
adaptam de acordo com o conforto da sua alma e mente, e
ensinam como se fosse a doutrina do discipulado. A doutrina do
discipulado de Jesus, porém, é verdadeira, rica, ampla e tem
desafios tremendos. Jesus entrega o discipulado para:

1. REALIZAR O CONFRONTO DIRETO

Jesus, antes de entregar a missão e o propósito aos discípulos,


disse-lhes o que não estava gostando, como também falou aos
discípulos o que gostava. Ele levou os discípulos para comerem,
beberem e depois falou de Suas insatisfações.
O confronto gera três bênçãos: libertação, cura e restauração.
Toda pessoa que é confrontada e aceita o confronto entra nesses
três níveis (para quem é discípulo, claro!). Quem não é discípulo,
diante do confronto, sofre opressão, ferida, desistência.
O discípulo tem prazer em ser liberto, curado e restaurado,
porque tudo que ele mais quer é caminhar no propósito da
chamada. O discípulo aceita a forma de trabalhar de Jesus.
O confronto é a semente para a libertação. Enquanto não há
confronto, a libertação não se manifesta. Observe como todo
problema que você tem no seu discipulado é por falta de um
sábio confronto.
Para que o confronto tenha êxito, é preciso:
. A sabedoria de quem confronta;
. A humildade de quem é confrontado.
Mesmo que você use toda a sabedoria, se a pessoa que recebe
o confronto não tiver humildade para receber e reconhecer onde
precisa mudar, nada acontecerá. Mas se há um líder sábio e um
discípulo com coração humilde para receber, então o êxito será
estabelecido e a mudança será verdadeira.

“O CONFRONTO É A SEMENTE PARA A LIBERTAÇÃO. OBSERVE


COMO TODO PROBLEMA QUE VOCÊ TEM NO SEU DISCIPULADO É
POR FALTA DE UM SÁBIO CONFRONTO.”

O confronto é a ferramenta divina para curar as pessoas.


Quando não entramos na vida das pessoas, elas não mudam de
caráter. O problema é que a maioria das pessoas que querem
curar outras não entregam a senha da sua enfermidade.
Doentes não curam doentes. Vou utilizar um exemplo bem
simples para que você entenda o que estou dizendo. O meu
médico me indicou um especialista. Eu viajei, pois havia uma
agenda a ser cumprida, e não fui ao especialista. Quando
retornei, entrei em contato com meu médico e informei que faria
o exame naquela mesma semana. Para minha surpresa, ele disse
que teria que me indicar outro especialista, porque aquele havia
falecido. Quando perguntei a causa, ele me disse que era
exatamente a especialidade do médico. E eu perguntei: Como eu
poderia confiar o meu coraçãoa um médico que não cuida do seu
próprio coração?
A maioria das pessoas quer cuidar do coração dos outros e não
deixa ninguém cuidar do seu. Deus disse: “Dá-me, filho meu, o
teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.”
(Provérbios 23:26). O que os olhos não veem o coração não sente.
Coração é território que ninguém caminha.
Em Ezequiel 11:19 e 20, o Senhor diz: “E lhes darei um só
coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua
carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne; para
que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os
cumpram; e eles me serão por povo, e eu lhes serei por Deus.”
E em Ezequiel 36:26 e 27, Ele reafirma: “E dar-vos-ei um
coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei
da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de
carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis
nos meus estatutos,e guardeis os meus juízos, e os observeis.”
Quem vai curar o nosso coração? Jesus disse: “Sem dúvida me
direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também
aqui na tua pátria tudo que ouvimos ter sido feito em
Cafarnaum.” (Lucas 4:23). Jesus possuía as ferramentas, mas
estava mostrando que existem situações que o médico está à
disposição, mas o povo não quer a cura. Isso é tão verdadeiro
que, em Lucas 4:24, está escrito: “E disse: Em verdade vos digo
que nenhum profeta é bem recebido na sua pátria.” (Lucas 4:24)
“DOENTES NÃO CURAM DOENTES. O PROBLEMA É QUE A
MAIORIA DAS PESSOAS QUE QUEREM CURAR OUTRAS NÃO
ENTREGAM A SENHA DA SUA ENFERMIDADE.”
A libertação, a cura e a restauração são legados do
discipulado, e Jesus ensinou sobre isso, mas não deixou de
mostrar que haveria os que rejeitariam tudo isso.
Quando Jesus nos entrega o legado do discipulado, Ele o faz na
consciência de que, pelo confronto, todos os que forem
discípulos serão libertos, curados e restaurados para se tornarem
um modelo.
O propósito de Deus não pode se mover em pessoas que
não podem ser modelo. Se nos movemos pelos sinais proféticos,
precisamos executar a nossa missão. E qual é a nossa missão?
Levara libertação, a cura e a restauração às pessoas.
Para sermos modelo, precisamos entender o que é ser
modelo. Em hebraico, 12, rosh, significa perfeito, harmonizado,
alinhado. Devemos ser modelo do perfeito, do harmonizado e do
alinhado. É por isso que a Bíblia diz, em I Timóteo 4:12, que
devemos ser modelo em tudo: na palavra, no trato, no amor, no
espírito, na fé,na pureza.
Deus tem algo muito maior para a vida daqueles que entendem
o que é ser liberto, curado e restaurado, que é a chamada
vocacional do caráter do líder. Isto é uma proposta divina e não
uma exigência humana: vivermos a plenitude do propósito. Deus
exige, no propósito, que tenhamos esse caráter harmonizado.

2. ENTENDER O ENSINO COMO ENSINO

Ensino é o didaquê. Jesus foi chamado de Mestre, Ele possuía a


maestria para liberar a palavra de vida na vida das pessoas. Que
discipulado maravilhoso era o de Jesus!
Hoje, muitas vezes, deparamo-nos com um discipulado que é
lindo para os outros e terrível para nós. Como líderes, chegamos
a reproduzir a cartilha para a vida de outros, mas não somos
capazes de viver um artigo ou um inciso que possa produzir a
mudança na nossa própria vida.
Fico me perguntando onde está a sabedoria. Jesus disse que o
homem tolo é aquele que ouve as palavras e não as pratica. Há
uma palavra no discipulado sinalizando os tolos, os que não
vivem a essência do legado de Jesus, aqueles que não sabem
cumprir o didaquê do Reino.
O mundo aprende para ensinar. O Princípio Bíblico ensina para
viver. Muito mais que querer ensinar aos outros como viver,
precisamos, antes de tudo, viver o que propomos para depois
ensinar. A força do ensino deve consistir em ensinar o que
vivemos. Não podemos ser tolos de querer que as pessoas
cumpram o que não podemos cumprir.
O discipulado hoje está tão enfermo que muitos líderes
pedem aos discípulos que vivam como eles não estão vivendo,
que os discípulos façam o que eles não fazem. Por que isso está
acontecendo? Porque falta libertação, cura e restauração.
O princípio elementar de saber viver o discipulado, na
essência, de acordo com os ensinamentos do Mestre Jesus, tem
sido deixado de lado. O ensino nos dá direção, estrutura e
valores.

2.1 DIREÇÃO
Quando vivemos o princípio do didaquê, da essência do ensino,
antes de ser direção para o outro, somos direção para nós
mesmos. Líderes que não têm direção para si mesmos não
podem dirigir a vida dos outros.
Sabe aquela área da nossa vida que ainda não vencemos? Que
parece o nosso gigante, que quando pensamos que estamos
curados, o gigante acorda de novo? Sabe por que ainda não
vencemos? Porque sozinhos não vamos resolver, precisamos de
um líder para nos dar direção.
Algumas questões só serão resolvidas quando abrirmos o
coração para alguém da nossa confiança. Então, seremos sarados
pela força do discipulado contida no didaquê. Aí os discípulos
verão que nossas palavras não são evasivas, mas verdadeiras.

2.2 ESTRUTURA
A estrutura no discipulado é importante, pois fará com que o
discipulado se mova de forma correta e não deixe nenhuma
dúvida na questão de valores do Reino. Vemos que muito
discipulado não aplica a dicíclica de horário, tarefas e
acompanhamento. Não podemos desenvolver discípulos sem uma
orientação correta nem podemos levantar uma geração sem a
estrutura básica. Pergunto, então: Como essa estrutura pode ser
montada?
O Livro Sagrado, a Bíblia, é a ferramenta principal para que
esse discípulo receba uma estrutura de fé e seja acompanhado no
seu desenvolvimento. Como podemos gerar discípulos fortes se
estão debilitados na Palavra? Acredito que estamos vivendo dias
em quese esmerar no conhecimento é questão prioritária, pois o
século está correndo e a única ferramenta que possuímos é a
Bíblia paraque essa estrutura de fé seja montada.
Estamos em pleno século 21, e não podemos lançar nossos
discípulos sem centros de treinamentos, além de oferecermos um
bom mentor (discipulador maduro), leitura da Palavra de forma
orientada, oração, jejum para vencer causas difíceis. Devemos
entrar na história e caráter do discípulo para gerar pessoas
saudáveis. Claro que isso depende mais da voluntariedade e
disposição dele do que do discipulador, mas eu só consegui ser
liberto plenamente quando minha vida ficou debaixo da luz, e
até pensamentos foram ordenados para que pudessem ser cativos
em obediência a Cristo (II Coríntios 10:5).
A estrutura de caráter e valores embasados nos princípios
estão elucidados acima. Porém, o importante mesmo é saber
que, além da estrutura espiritual, precisamos ter lugares para
essa formação de caráter, uma estrutura que possibilite o
discípulo ser ministrado e onde possa aprender a caminhar e se
mover no princípio em duas aulas básicas que o Mestre Jesus
ensinou: o teórico e o prático. A nossa estrutura deverá
possibilitar o mínimo conforto para que a absorção seja
completa. Jesus os ensinava nas ruas, no templo, nas sinagogas,
nas casas e na casa dEle. Essa estrutura mínima, até na época
mais complicada, foi facilitada por Jesus para formar caráter.
“QUANDO VIVEMOS O PRINCÍPIO DO DIDAQUÊ, DA ESSÊNCIA
DO ENSINO, ANTES DE SER DIREÇÃO PARA O OUTRO, SOMOS
DIREÇÃO
PARA NÓS MESMOS.”

2.3 VALORES

Todos eram obrigados a reconhecer que o ensino de Jesus era


diferente. Ele falava como quem tinha autoridade. Jesus falava
o que vivia, ensinava com exemplos práticos. “E aconteceu que,
concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua
doutrina; porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não
como os escribas.” (Mateus 7:28,29)
Precisamos ser como Jesus. O sábio é aquele que ouve e
pratica a Palavra de vida. O discipulado é para os sábios,
aqueles que ouvem e praticam. Precisamos compartilhar o ensino
de Jesus e sair da rota do homem tolo. A prática do ensino deve
ser maior do que o discurso do ensino. As pessoas querem saber o
quanto você vive do que você ensina, ou seja, do que você fala.
Quando os líderes vivem o que falam, eles mudam o universo
deles e das pessoas, porque todo ensino que leva as pessoas
ao propósito dá direção, estrutura e devolve os valores. O ensino
deve conter princípios que precisam ser aplicados com direção,
estruturae valor.
Não podemos nos lançar de forma equivocada nem com
pensamentos pessoais. Precisamos intensificar as verdades de
Deus e não as convicções humanas. Não estamos gerando
discípulos para que eles façam como pensamos, mas a nossa
missão é levá-los a compreender que precisam ensinar o que o
Mestre está mandando. Somos repetidores de um princípio e não
vamos negociar a verdade de Deus por um pensamento pessoal.
Voltando aos valores do Reino, uma das coisas mais poderosas
no ensino é a consciência de que somos um instrumento para
desatar tudo que o Mestre pediu que nós fizéssemos! Não temos
ponto de vista pessoal, pois o valor no Reino é a fidelidade no
discurso e a reprodução da palavra de vida. Quem conseguir
implementar esse princípio, com certeza, será um líder bem-
sucedido, pois instalou no seu caráter o valor do Reino e
imprimiu no caráter do discípulo a doutrina de Yeshua.

3. ABRIR O CORAÇÃO COM VERDADE

É possível abrir o coração com mentiras ou meias verdades. Há


pessoas que abrem o coração fazendo rota de tolos. Poucas são
as pessoas que abrem o coração fazendo a rota do sábio.
Quem abre o coração fazendo a rota do tolo pode ficar
ainda mais ferido. Abrir o coração deve ter uma única finalidade:
promover cura. E se a pessoa abre o coração com meias
verdades, com certeza, não encontrará as respostas que
precisa e a solução para os problemas que precisam ser
resolvidos.
Para abrir o coração, é necessário fazer a rota da sabedoria.
Mas muitos não conseguem chegar ao líder por causa da rejeição
que sofreram dos pais, de uma autoridade, do discipulador que
tiveram, mas que não os discipulou de verdade.

“COM JESUS, APRENDO QUE O ALVO DO DISCIPULADO NÃO É


SER CONFRONTADO PARA ADOECER, MAS PARA PROSSEGUIR E
CUMPRIRA MISSÃO.”

Existem discípulos que são tão marcados por rejeição, que


quando pedem um gabinete para abrir o coração, no lugar de
fazê- lo, utilizam o tempo apenas para ferir o líder. Deus quer
nos curar para que sejamos uma geração marcada pela
libertação, cura e restauração.
Jesus foi um Líder que tratou os discípulos de uma forma
única. Fico refletindo no texto em que Ele confronta os discípulos
e, em seguida, os envia para cumprirem o propósito para o
qual haviam sido escolhidos. Com Jesus, aprendo que o alvo do
discipulado não é ser confrontado para adoecer, mas para
prosseguir e cumprir amissão.
O discipulado de Jesus não permite que um fique lambendo a
ferida do outro, alimentando feridas, mas é um discipulado de
confronto, através de libertação e cura, para promover
restauração.
Abrir o coração com mentira não traz paz, mas guerra. As
pessoas que abrem o coração na mentira geram morte e guerra.
As pessoas que abrem o coração na verdade estão cuidando de si
mesmas e se protegendo.

“O LÍDER QUE APRENDE A ABRIR O CORAÇÃO COM VERDADE


NÃO ENTRA EM JUÍZO COM OS OUTROS, MAS OUVE
ATENTAMENTE O DISCÍPULO E O SOCORRE NAS SUAS
NECESSIDADES.”
Quem não abre o coração de forma correta transforma-se
em julgador de outros. Julgar é uma função que não pertence ao
homem. Todas as vezes que você estabelece um juízo sobre os
outros, se não há verdade, você morre em alguma área da sua
vida.
O discipulado é algo muito sério. Não estamos lidando de
nós para nós. Somos agentes do Deus Vivo, e Ele tudo vê e tudo
sabe. Então, quando alguém abre o coração não devemos julgá-
lo, mas para libertá-lo. Deus não nos chamou para julgar, mas
para libertar as vidas no poder do Nome de Jesus.
O líder é agente de avivamento para estabelecer o Reino de
Deus, o peso da glória de Deus, e não o juízo. Assim,
promoveremos, na vida do outro, êxito pleno, conquista e paz
para estabelecer territórios novos.
O líder que aprende a abrir o coração com verdade não entra
em juízo com os outros, mas ouve atentamente o discípulo e o
socorre nas suas necessidades.
Se você não diz o que pensa de forma respeitosa, as pessoas
farão o que acham e pensam de forma desonesta.
Se você não esclarece o que você quer, nunca terá o que você
deseja.
Nunca chegue diante de um líder de êxito sem um sonho, um
projeto, uma solução. Quando temos um sonho, um projeto e
uma solução, as portas se abrem. Mas quem chega com um peso,
um improviso e um problema, com certeza, não receberá um sim
e um amém para o que será solicitado.
O discipulado é algo muito rico. Quando as pessoas passam
pela
nossa vida, elas só querem, na maioria das vezes, a vida de
Jesus. E é essa a forma de estabelecer a vida e a essência do
Reino, a vidade Jesus, que atrai as pessoas.
As pessoas não nos seguem pelo nosso biotipo ou carisma,
elas nos seguem pela unção de Deus na nossa vida, a unção que
quebra o jugo. “… e o jugo deve ser destruído por causa da
unção.” (Isaías 10:27). Os discípulos esperam que os líderes
abram a boca e emitam palavras de bênçãos, que transformem a
vida deles.
O líder não tem direito de derramar a alma na vida dos
discípulos, de derramar sobre eles uma palavra que não seja a
Palavra de Deus. O Evangelho é a Boa Notícia. Todas as vezes que
você reunir para o discipulado, deve ser para instruir os 12,
orientá- los, sempre pautado na Boa Notícia.

“O LÍDER NÃO TEM DIREITO DE DERRAMAR A ALMA NA VIDA


DOS DISCÍPULOS, DE DERRAMAR SOBRE ELES UMA PALAVRA
QUE NÃO SEJA A PALAVRA DE DEUS.”

É o Evangelho, a Boa Notícia, que nos devolve ao propósito. O


verdadeiro propósito de Deus é aquele onde as pessoas abrem
mão da sua religião para ouvirem e amarem o líder que tem
palavra de vida, uma palavra que não é dele, mas é a Palavra de
Deus.
Os discípulos precisam olhar para nós e ter a certeza de que a
palavra de vida, a Palavra de Deus está na nossa boca. O
propósito do discipulado é chegarmos a esse nível de
entendimento.
Creio que começará um novo histórico de devolução de
propósito de Deus, e entraremos em um tempo espetacular no
discipulado pelo compromisso do Reino, porque fomos chamados
para levar uma geração ao propósito.
Quando Jesus nos entrega um discípulo, é para o
confrontarmos, de forma que receba libertação, cura, restauração,
ensino com direção, estrutura e valores. Quando o discípulo abre
o coração com verdade, vida e paz, tem direito a um território
jamais sonhado.
Deus vai mudar a sua história! Não tenha medo de ser quem
você é. Não tenha medo de ser quem Deus quer que você seja.
Você só será quem Deus quer que você seja quando você enfrentar
quemvocê é. Caso contrário, você passará a vida se escondendo.
A nossa geração precisa ter o perfil do propósito. Não vamos
fingir que vivemos, porque fazemos parte da geração que tem a
essência da vida de Deus. Vamos nos mover pelo propósito, e
uma geração ouvirá da parte do Senhor: “Ide e fazei discípulos
de todas as nações da terra...” (Mateus 28:19). Quem tiver esse
entendimento viverá o melhor tempo da sua vida. E com a ajuda
do Espírito Santo, levaremos uma geração ao propósito,
endereçandoas pessoas a Deus.
CAPÍTULO 8
DESATANDO A PROSPERIDADE
NODISCIPULADO
“Porás à parte o dízimo de todo fruto de tuas semeaduras, de
tudo o que o teu campo produzir cada ano. Comerás na presença
do Senhor, teu Deus, no lugar que ele tiver escolhido para nele
residir o seu nome, o dízimo de teu trigo, de teu vinho e de teu
óleo, bem como os primogênitos de teu rebanho grande e miúdo,
para que aprendas a temer o Senhor, teu Deus, para sempre.
Mas, se for muito longo o caminho, de modo que não possas
transportá-lo - porque o lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus,
para nele residir o seu nome é afastado demais, e ele te cumulou
de muitos bens -, venderás o dízimo e, levando o dinheiro {dessa
venda} em tuas mãos, irás ao lugar escolhido pelo Senhor, teu
Deus. Comprarás ali com esse dinheiro tudo o que deseja a
tua alma, bois, ovelhas, vinho, bebidas fermentadas, tudo o que
desejares, e comerás tudo isso em presença do Senhor, teu Deus,
alegrando-te com tua família.” (Deuteronômio 14:22-26)
“PROSPERIDADE FINANCEIRA É UM ASSUNTO QUE PRECISA
SER ENSINADO AOS DISCÍPULOS COM RESPALDO BÍBLICO.”
Discipulado é relacionamento, mas obedecendo princípios e
funcionando com os limites estabelecidos. Um relacionamento
pautado no princípio não permite invasão nem negociação, mas
abençoa o Reino de Deus.
Não podemos ter um discipulado descomprometido. Os
discípulos precisam aprender sobre prosperidade financeira no
discipulado.Precisamos desatar os discípulos em todas as áreas e,
para isso, precisam estar treinados em tudo.
A missão do líder é desatar o discípulo na qualidade de vida,
no entendimento aberto. Não podemos formar uma geração de
leigos, mas uma geração com legitimidade em tudo o que fizer.
Prosperidade financeira é um assunto que precisa ser
ensinado aos discípulos com respaldo bíblico. Precisamos nos
posicionar, porque não podemos entregar a nossa Nação para
nada.
Nossos filhos não podem deixar de receber as bênçãos e a
herança, porque os pais estão quebrando princípios que
deveriam ser observados. É verdade que nosso alvo é o Céu, mas
temosconquistas aqui na Terra.
Não adianta tanto discurso de impacto sem raciocínio. A
chave da prosperidade abre a porta do princípio. Isso é uma
verdade! Mas a porta do princípio tem a chave da prosperidade.
Onde ela está?

A CHAVE DA PROSPERIDADE

Você pode abrir portas e encontrar por trás situações


desagradáveis. Mas se você abre a porta do princípio, com
certeza, encontrará o que precisa para a sua vida. Quantas
portas desinteressantes que se abrem... Estas não nos servem.
Quero alertar os discípulos, os Pastores, os Bispos, os
Apóstolos, sobre prosperidade financeira para que sejam
ampliados noconhecimento e compreensão de qual a sua missão.
É preciso compreender que sua missão no Reino de= Deus,
como discipulador e como discípulo, não tira de você o direito de
ser humano e de descansar, usufruindo as coisas boas desta
Terra. Você não precisa se privar dessas delícias, como se fosse
pecado, porque não são.
O pecado consiste em você agregar bens materiais de forma
ilícita, fora do princípio ou não respeitar a prosperidade do
Senhor na sua vida. Mas se você agregar bens materiais
corretamente, cumprindo os princípios e trabalhando, com
certeza, Deus vai prosperá-lo de forma sobrenatural.
“Guarda-te que não te esqueças do Senhor teu Deus,
deixando de guardar os seus mandamentos, e os seus juízos, e os
seus estatutos que hoje te ordeno; para não suceder que,
havendo tu comido e fores farto, e havendo edificado boas casas,
e habitando- as, e se tiverem aumentado os teus gados e os teus
rebanhos, e se acrescentar a prata e o ouro, e se multiplicar
tudo quanto tens, se eleve o teu coração e te esqueças do Senhor
teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão;
que te guiou por aquele grande e terrível deserto de serpentes
ardentes, e de escorpiões, e de terra seca, em que não havia
água; e tirou água para ti da rocha pederneira; que no deserto
te sustentou com maná, que teus pais não conheceram; para te
humilhar, e para te provar, para no fim te fazer bem; e digas no
teu coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão, me
adquiriu este poder. Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, que
ele é o que te dá força para adquirires riqueza; para confirmar a
sua aliança, que jurou a teus pais, como se vê neste dia.”
(Deuteronômio 8:11-19)
A chave da prosperidade consiste em cumprir os princípios:

1. DÍZIMOS
Se você é dizimista, é fiel, e Deus traduz tudo o que
você tem em riquezas. Quando somos fiéis, Deus sinaliza a
prosperidade na nossa direção. A história de „coitadinhos‟ ficou
para trás. Tudo que precisamos fazer é nos posicionar como filhos
de Deus que cumprem princípios.
Nós somos príncipes do Senhor. Não fizemos voto de
pobreza, ruína e miséria. Podemos ter uma vida de regalias,
sim. É verdade que o mundo não quer ver o povo de Deus
prosperando, tanto que se o Pastor for rico ou um pouco mais
abastado, vira chacota social.

“SE VOCÊ É DIZIMISTA, É FIEL, E DEUS TRADUZ TUDO O


QUEVOCÊ TEM EM RIQUEZAS. QUANDO SOMOS FIÉIS, DEUS
SINALIZA A
PROSPERIDADE NA NOSSA DIREÇÃO.”

Deus muda a sorte de quem é fiel em cumprir o princípio de


ser dizimista. E a Bíblia nos instrui a, quando receber a
prosperidade do Senhor, reconhecer que é Ele que nos tem
prosperado. O líder que não reconhece que tem sido abençoado
por Deus, Deus o abate.
Precisamos ter um coração agradecido e reconhecer que Deus
é quem nos prospera, que não prosperamos pela força do nosso
braço ou pelas ideias que temos, porque até estas vêm do
Senhor. E quanto à força do nosso braço, é Ele quem nos
sustenta, porque só a força do braço não dá riquezas a ninguém,
porque senão todo trabalhador braçal seria rico.
Creio que o livro de Deuteronômio, especificamente o capítulo
8, dos versos 1 ao 20, traz o discurso de prosperidade que
precisamos para que o diabo não roube a herança e o que nós
temos da parte do Senhor. Caso contrário, seremos como tolos
que trabalham para Deus sem conhecê-lO de verdade, ignorando
o que Ele tem para nós, como se Deus fosse um chefe
desconhecido. Só o que promove riquezas é a bênção do Senhor
sobre a nossa vida.
Tudo que você adquiriu, reconheça que foi Deus quem lhe deu.
Seja consolidado em Deus para não ser flagrado nas
idiossincrasias da sua alma. A Igreja, seus filhos, seus amigos,
seus inimigos (se você os tiver) precisam saber que tudo o que
você tem foi o Senhor quem lhe deu.
Não podemos ter ingratidão no coração. Não podemos nos
esquecer de que o coração é desesperadamente corrupto e
tentanos enganar. Devolva sempre o louvor a Deus para que a sua
história seja consolidada; assim, o destino dos seus descendentes
será totalmente transformado.
Não desperdice o que o Senhor tem confiado em suas mãos.
Isso vale para qualquer área, vale para tudo. Há famílias
passando fome, assim como há famílias jogando no lixo metade
da mesa, estragando comida. Isso é pecado, porque o que Deus
nos dá tem que ser honrado, e comida não pode ser
desperdiçada.

2. OFERTA SACERDOTAL
A nossa essência precisa ser de um abençoador na direção do
sacerdote. Mas há pessoas que não entregam as ofertas
sacerdotais, não porque não conheçam o princípio, mas,
simplesmente, porque decidiram deixar de cumpri-lo.
Tudo o que temos precisa ser selado pelo dízimo, mas também
pela oferta sacerdotal. Tudo tem que passar pelo cajado do
sacerdote. O que não passa pelo bordão do Pastor não é selado.
Entregar a oferta sacerdotal faz você ser abençoado de forma
abundante. Vemos a mão do Senhor sobre a nossa vida bem como
a benevolência dEle. Contudo, há os que deixaram de entregar os
dízimos e a oferta sacerdotal.
A oferta sacerdotal descrita em Levítico 27:12-30 não parou.
Se você foi curado de uma enfermidade, você precisa ir na
direção do sacerdote e entregar a ele uma oferta. A partir de
agora, você nunca mais poderá dizer que não conhecia esta
verdade. Você pode até fazer ouvido de mercador e não registrar
o que estáaprendendo, que é princípio bíblico.
Tudo que passa pelo cajado do Pastor sela na sua vida a
prosperidade, porque está escrito. Só que há pessoas que não
querem que o Pastor saiba que elas estão prosperando.

3. PRIMÍCIAS
As primícias são mandamentos de Deus para o sacerdote.
Quem recebe a oferta do sacerdote sem a devida autorização é
ladrão,pois está de posse do que não é seu.
Existe um sacerdote sobre a sua vida, e você precisa cumprir o
princípio. A Bíblia diz que a bênção do sacerdote repousa sobre
os nossos filhos. Logo, quem não é sacerdote e recebe as
primícias que não são suas, está usurpando a bênção dos filhos do
primiciador.
Deus quer nos prosperar muito, mas, para isso, precisamos
cumprir os princípios. Quem guarda os princípios de Deus jamais
é desprezado por Ele. Existem bênçãos que Deus nos dá que
valem por milhares que deixamos de receber, porque queríamos,
mas não estavam no centro do propósito dEle para nossa vida.
“DEUS QUER NOS PROSPERAR MUITO, MAS, PARA ISSO,
PRECISAMOS CUMPRIR OS PRINCÍPIOS.”
O Senhor tem uma tríade de bênçãos para quem cumpre os
princípios, mas aqueles que usurpam o que não é seu, atraem
maldição e os descendentes ficam comprometidos. Não
coloque os seus descendentes em situação perigosa por um
roubo. A Bíblia diz que os pais comeram uvas verdes e foram os
dentes dos filhos que ficaram embotados (Ezequiel 18:2).
Os nossos descendentes precisam ser restituídos e não pagar
pelos nossos erros quando conhecemos a Palavra e sabemos que
precisamos cumprir os princípios. Quem quer sabotar a sua
bênção e a bênção dos seus descendentes é o diabo. Ele é o
sabotador das coisas certas, trabalhando com espírito de engano.
Planta o engano na mente do homem e ainda o ajuda a
encontrar „reforço bíblico‟.
Somente quando estamos em Jesus, completamente nEle, não
quebramos princípios bíblicos. Há até aqueles que, para fugirem
do cumprimento dos princípios, acusamnos de judeus. Nós não
somos judeus, apenas seguimos os Princípios Bíblicos do Antigo
Testamento ratificados por Jesus e Paulo. O que sair disso é
heresia e nós não compactuamos com heresias.
Jesus falou de dízimos, ofertas e primícias. Ele não só pregou
sobre primícias, como Se identificou como sendo a Primícia
dentre os mortos. “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os
mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” (I Coríntios
15:20)
Em Romanos 11:16, lemos: “E, se as primícias são santas,
também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são”.
Se a primícia for santa, os que estão debaixo dela ficam santos.
Se não for santa, os que estão debaixo ficam no engano. Porque
assim como há santidade para cuidar, há perversão para quem
não vigia o princípio.

VENÇA O ENGANO

Ainda temos a síndrome da serpente e a síndrome do primeiro


Adão. É só acionar o DNA maligno que o espírito de engano é
plantado. E pior do que receber o engano é comer e engolir o
engano. Eva sabia que aquela fruta era resultado de uma
conversa de engano, e mesmo assim comeu. Adão sabia o que o
fruto representava, e também comeu.
As pessoas comem o engano porque querem, porque decidem
por isso. E há os que comem o engano e ainda o plantam na
mente dos outros. Ser enganado é uma coisa; deixar que a
semente do engano caia no solo da mente e ainda frutifique em
outros, é outra situação.
E o que falar dos Ananias e Safiras que continuam vivos, como
se não soubessem que há uma sentença de morte declarada sobre
eles? Precisamos estar atentos para que o diabo não mate nem a
nós nem aos nossos descendentes. Pelo princípio cumprido,
temos o direito de prosperar corretamente e prosperar muito.

UMA VIDA DE PRÍNCIPE PELO PRINCÍPIO

Quando cumprimos o princípio, a chave da prosperidade nos dá


direito de viver uma vida de príncipe, porque abre portas de
oportunidades. Quantas portas de oportunidades que nós nem
estávamos esperando se abriram porque cumprimos o princípio! É
porque quem se move pelo princípio recebe bênçãos
extraordinárias.
Há pessoas que têm uma vida de muita regalia. Não são ricos
nem milionários, mas possuem vida de príncipes. Muitas vezes é
porque Deus levanta um Boaz na direção delas. Deus gosta de
abençoar Seus filhos. Se você cumpre princípio, você vai atrair
pessoas para abençoá-lo.
Quem se move por princípio é honrado. Quando você
estabelece o princípio, você prospera nele. A vida de príncipe é
para quem vive respaldado pela Palavra. Estes vivem debaixo de
uma verdade absoluta de prosperidade na legitimidade.
A porta do princípio tem a chave da prosperidade. Não existe
nenhum princípio estabelecido que não traga consigo uma
prosperidade agregada. Onde há o princípio, há prosperidade.
Verdade é que cumprir princípio pode ser doloroso, mas a
prosperidade que ele traz é abençoadora e nos alivia a alma. O
princípio é o convite a esmurrar a carne. Ninguém cumpre o
princípio, de imediato, com alegria, mas com dor, é como se
fosse uma gestação.
“QUEM SE MOVE POR PRINCÍPIO É HONRADO. QUANDO VOCÊ
ESTABELECE O PRINCÍPIO, VOCÊ PROSPERA NELE.”
O fruto do princípio, para nascer, tem dor, mas quando nasce,
tem prazer; exatamente como uma gestação.
Sempre há um Boaz preparado para aqueles que seguem
Noemi. Uma porta que é um convite ao inimaginável. É por isso
que há pessoas que alcançam muito além do que pediram a Deus.
Eu creio que a geração que cumpre princípios tem a sorte
transformada e vive o extraordinário. Deus levanta Boaz para
quem cumpre princípios. Quem vive os princípios se abraça com
a prosperidade.

QUAL O PRINCÍPIO QUE NOS REGE

“Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo


maior. E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem;
ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.” (Hebreus
7:7,8)
Isto para nós é uma questão resolvida: o texto está se
referindo a dízimos e ofertas. Mas sabemos também que está se
referindo a dízimos e ofertas sendo entregues nas mãos do
sacerdote.

“A GENEROSIDADE NA SUA VIDA TEM QUE SER UMA


FACILITADORA DE PORTAS, MAS NÃO ABERTAS POR VOCÊ,
PORQUE QUEM ABRE AS PORTAS E AS MANTÊM ABERTAS É O
SENHOR.”
Jesus vivia pelo princípio. Ele disse que era o Princípio. As
sementes plantadas no sacerdote geram milagres na vida de
quem está plantando.
A sua generosidade não pode atropelar os princípios divinos,
querendo fazer com as pessoas o que Deus não mandou. Até para
abençoar os outros temos que ser sábios, guardando o que Deus
tem nos dado, sem deixar, é claro, de abençoar os que
necessitam.
Você não tem direito de plantar em territórios que não lhe
darão retorno, porque Deus não mandou, ainda que você
acredite na lei da semeadura e do retorno, porque ela existe.
A generosidade na sua vida tem que ser uma facilitadora de
portas, mas não abertas por você, porque quem abre as portas e
as mantêm abertas é o Senhor.
A Bíblia diz: “A alma generosa prosperará e aquele que atende
também será atendido.” (Provérbios 11:25). Mas a Bíblia
também diz: “... guarda o que tens, para que ninguém tome a
tua coroa.” (Apocalipse 3:11). Então, quando você prosperar, não
pode haver desperdícios.
Você precisa entender o valor da coroa. Nenhum rei
poderia colocar na cabeça uma coroa que não representasse o
valor do reino dele. O texto de Apocalipse está dizendo que
devemos guardar o que temos para que o valor do Reino que
recebemos não seja roubado. Não está se referindo apenas à
Salvação, mas a tudoo que Jesus nos deu.
Jesus tem prazer em nos prosperar. Mas só seremos muito
prósperos se formos educados. Você pode estar pensando: Como
assim?
Reflita: Qual a última vez que você fez um curso sobre
educação financeira? Quando seus pais ensinaram a você sobre
economia? Quando um Pastor parou para ensinar a você como
poupar ou adquirir um saldo extra? Será que você tem um
dinheiro reservado para uma eventualidade na saúde? E sobre o
seu futuro, o que você tem feito?
Muitos querem ser ricos, mas Deus não quer nos enriquecer,
porque os ricos podem perder a sua riqueza. Os filhos de Deus
prosperam e não perdem a prosperidade, porque ela é um estado
de alma.
Temos muito o que aprender com o povo judeu. Eles não
compram, não vendem e não gastam no deserto. Muitas vezes,
não sabemos respeitar os desertos pelos quais passamos. Quem
sabe entender o tempo de deserto, nele tem suprimento divino e
aquilo que guardou.
Imagine Deus dizendo ao povo no deserto que trouxesse roupas
novas. Onde eles compraram? Ora, não compraram, eles fizeram.
Andavam e faziam coisas novas. Os desertos devem acordar o
líder que estava adormecido dentro de nós e promover uma
criatividade que estava encoberta. Um líder, quando passa
pelo deserto, cria soluções para sair dele.
Quem não muda de postura enquanto é tempo, não prospera,
empobrece, e, o pior, ainda empobrece a descendência e morre
semdignidade.
Eu espero que este capítulo seja para você uma instrução para
mudar sua vida. Minha intenção é plantar um princípio e ensiná-
lo como funciona. Percebo que o maior problema do ser humano
não é fazer, mas como fazer.
Observe que muita gente sabe o que deve fazer, mas não faz.
O obeso sabe que precisa fazer algo para perder peso, mas
continua comendo exageradamente. Qual foi a última vez que
você fez um check-up para saber como está sua saúde?
Você é daqueles que sabe que precisa tomar o remédio, mas
não toma porque está se baseando em uma fé irresponsável? O
povo de Deus não se cuida como deveria. Eis a questão por que
muitos vão para a glória mais cedo.

POUPAR PARA SER POUPADO

Poupar para ser poupado não é apenas um trocadilho. Quem


não poupa não será poupado. Seja como José que guardava 20%
no celeiro. Entregue dízimo, oferta, primícia, mas guarde 20% do
seu salário e se permita envelhecer com dignidade.
Muitos saem demais para comer. Que tal poupar um pouco as
saídas para os restaurantes e comer mais em casa? Além de
economizar, você comerá com mais saúde.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA E PROSPERIDADE BÍBLICA

Educação financeira e prosperidade bíblica devem fazer parte


da sua vida a partir de agora. Deve ser assunto do seu interesse
para o seu bem e para o bem da sua família e dos seus
descendentes.
Faça um investimento na sua vida. Aprenda como guardar as
suas finanças e multiplicar seus celeiros, de acordo com a
Palavra.
É muito triste ver alguém envelhecendo sem uma casa própria
e sem recursos para ter uma velhice com dignidade. É como se
desconhecessem que a velhice é uma das fases da vida que mais
se gasta. Remédios são muito caros, afora o plano de saúde que
tem seu valor muito mais acrescido do que quando se é mais
jovem.
O líder tem que ser educado em tudo, inclusive no comer.
Quem come corretamente não acumula doenças. Quem cuida da
saúde financeira não terá problemas no futuro.
Se tivermos sabedoria agora para administrar o que Deus tem
nos entregado, e isso em todas as áreas, não vamos chorar
depois,inclusive por ausência financeira.
Deus tem dado dinheiro na mão do Seu povo. O problema é
que o povo de Deus não tem sido bom mordomo do dinheiro que
tem recebido. Muitos nem sabem onde foi parar tanto dinheiro.
Mas ainda é tempo de fazer um conserto e sair das futilidades.
Você não pode usar o que Deus está lhe dando para futilidade.
Evite a rota da futilidade usando a educação. A educação nos faz
prosperar, porque aprendemos como utilizar corretamente o que
Deus está nos dando.

SABEDORIA

A sabedoria evita a ausência financeira. Eu levei alguns anos


sem saber o que era comprar roupas, sapatos, ir a restaurantes,
poupando e buscando a Deus para saber o que Ele tinha para
minha vida. Eu comprei um apartamento na área nobre de
Manaus, paguei em cinco anos, tudo isso como resultado de um
investimento pautado na sabedoria.
Se eu precisasse hoje, venderia o apartamento e viveria muito
bem com o dinheiro dele. E se você pensar: E seus filhos, como
ficariam? Eu ensinaria a rota da prosperidade para eles também.
Sabe o que tem acontecido hoje? Muitos pais têm criado muito
mal os filhos no quesito economia. Por causa da falta de amor da
casa dos pais, da rejeição na alma, muitos têm procurado suprir
a carência que não é dos filhos, é dos pais, comprando presentes
caríssimos e deixando de ensinar uma lição de valor aos filhos.
Uma compensação errada é proveniente da falta de
sabedoria. Não que os filhos não mereçam um presente bom e
caro. Mas eles precisam aprender primeiro a valorizar as
conquistas. Quando os meus filhos me pedem algo, antes de eu
dizer se vou dar ou não, sempre respondo: Peça a Deus em
oração; vejamos o que Ele fará.
Mas não é orar no Domingo e receber na Segunda-feira.
Precisamos ensinar nossos filhos a terem fé para gerar o que eles
querem em oração. Tudo o que eles ganharem, precisam saber
que foi Deus quem deu, porque seus pais são esforçados. Caso
contrário, nós e eles envelheceremos de forma errada.

“SE TIVERMOS SABEDORIA AGORA PARA ADMINISTRAR O QUE


DEUS TEM NOS ENTREGADO, E ISSO EM TODAS AS ÁREAS, NÃO
VAMOS CHORAR DEPOIS, INCLUSIVE POR AUSÊNCIA
FINANCEIRA.”

Nossos filhos precisam ser treinados para terem fé de gerar


no mundo espiritual aquilo que a alma deles deseja. Eles precisam
ser ensinados que nada se conquista sem esforço.
Agora saiba que quando você prosperar, muitos terão inveja e
poderão até dar alguns „nomes‟ indesejados para você. Não há
problema, contanto que tudo que você conquistou esteja
debaixode legitimidade.
Continue poupando com sabedoria o que Deus entrega a você e
prospere muito. Lance fora toda a murmuração da sua vida.
Aprenda que os seus melhores amigos não são os que se
aproximam de você para tirar o pouco que você tem, mas
aqueles que estimulam você a crescer e a prosperar.
Os amigos de verdade vão fortalecer o seu ato de sabedoria
porque torcem pela sua prosperidade.
Os princípios espirituais sempre serão agregados a finanças e
prosperidade. A Bíblia fala de finanças 2.083 vezes, deixando
claro a preocupação de Deus com o Seu povo, pois Ele mesmo
disse que emprestaríamos a muitos, mas não tomaríamos
emprestado.
Você sabia que 90% dos judeus que moram nos Estados Unidos,
quando morrem, morrem milionários? Isso porque poupam. E,
durante a vida, moram em casas boas, viajam de primeira classe,
tudo porque pouparam.
A Bíblia diz que os pais devem entesourar para os filhos. “...
Além disso, os filhos não devem ajuntar riquezas para os pais,
mas os pais para os filhos.” (II Coríntios 12:14). E reforça em
Provérbios 13:22 que: “O homem de bem deixa herança aos
filhos de seus filhos, mas a riqueza do pecador é depositada para
o justo.”
Você pode ser o maior líder de fé, mas se não for organizado
nas finanças será tão falido quanto um incrédulo comum.
O fracasso financeiro está na falta das prioridades corretas.
Nem sempre o que parece urgente é prioridade. Como você
está usando o que Deus tem entregado em sua mão reflete um
caráter organizado ou desorganizado.
Deus tem muito para fazer na vida dos Seus filhos, de forma
que sejam bênção na vida de milhares. Só que, infelizmente,
muitos desses filhos têm vivido em eterno sufoco financeiro,
porque não têm respeitado o que Deus tem lhes dado.
Quando você perde o que Deus lhe deu e não entra em
arrependimento, você não é restituído. Enquanto você ficar
procurando culpados, a restituição não virá. Arrependa-se e pare
de culpar os outros. O culpado do seu fracasso e da situação
caótica que você está enfrentando é você mesmo.
No dia em que Deus entregar o manto de prosperidade, não
passe para terceiros. Respeite a sua prosperidade no presente e
diga sim ao seu êxito no futuro. Se você não respeita a sua
prosperidade no presente, você está dizendo não para o que Deus
tem para lhe entregar no futuro. Então, se você quer ser alguém
no futuro, saiba respeitar o que Deus tem lhe dado no presente.
O maior culpado pelo insucesso é quem não sabe administrar
com temor quando o êxito estava à sua disposição. Certamente,
já houve um momento na sua vida no qual o êxito ficou à sua
disposição, só que você não teve raciocínio responsável para
poupare pensar no amanhã.
Seremos extremamente prósperos à medida que guardarmos os
princípios do Eterno, porque quem se educa financeiramente não
é visitado pelas crises. Deus está nos ensinando a cavar um poço
de suprimento e dele brotará muita água.
Meu sonho é ver o povo de Deus prosperando debaixo do
Princípio Bíblico. Deus quer riscar muita coisa na nossa vida para
começar o marco zero. E, a partir do marco zero, vamos nos
educar no Senhor e nunca mais nos queixaremos sobre finanças.
Agindo assim, em cinco anos, ainda que pareça um tempo longo,
você estará sorrindo, porque Deus terá mudado a sua sorte
absurdamente.
“O FRACASSO FINANCEIRO ESTÁ NA FALTA DAS PRIORIDADES
CORRETAS. NEM SEMPRE O QUE PARECE URGENTE É
PRIORIDADE.”
EPÍLOGO
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-
os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os
a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Amém.” (Mateus 28:19,20)
Jesus nos chamou para o Ide. Esse Ide implica em renúncia.
Ninguém se move no discipulado no conforto, apesar de não nos
ser roubado esse direito, contudo, não somos furtados na nossa
missão.
Todos que entendem o plano da evangelização e a missão para
a qual o Senhor nos chamou precisam estar atentos a tudo aquilo
que Ele nos confiou. Quem chama confia, e quem chama
sustenta. Nunca vi alguém, legitimamente chamado por Deus,
passar necessidade, porque o Senhor estende um manto de
prosperidade a todos aqueles que trabalham na Sua seara.
Jesus disse que o trabalhador tem direito a um salário digno.
As renúncias pelas quais passamos, que muitas vezes até querem
nos entristecer, não nos dão direito de deixar de cumprir o Ide
para o qual Ele nos comissionou.
Existem missões na Terra que comprometem família, negócios
e tantas outras coisas que precisamos renunciar, como muitas
vezes até a própria vida. Porém, todas as renúncias têm por trás
um aprendizado. Lucas 14:26,27 cita padrões de renúncias: “Se
alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher,
e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz,
e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.” (Lucas
14:26,27)
Diante de todas as renúncias – culturas, padrões, pensamentos,
valores, sentimentos, etc – a chave é renunciar a própria vida.
Quem não renunciar a vida não pode ser discípulo de Jesus.
“Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após
mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-
me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e
quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.” (Mateus
16:24,25)
Discípulos que lutam mais pela própria vida do que pela vida
do Mestre não são discípulos de Jesus. Os discípulos de Jesus
renunciam a sua vida. Por isso, precisamos descobrir quem somos
e onde estamos nesse processo do Reino, o que Deus tem para
nós e para fazer através de nós, dentro dessa chamada de sermos
Seus representantes, entendendo o poder da renúncia que é
necessária.
Dentro das renúncias, você precisa saber exatamente o que
você renunciou. Se você não sabe o que foi necessário renunciar
para se tornar um discípulo de Jesus, você precisa refletir sobre
o ser discípulo.
Olhe para a vida de Jesus e veja o que Ele renunciou para Se
tornar o seu discipulador. “De sorte que haja em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em
forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens; e, achado na forma de homem,
humilhou- se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte
de cruz.” (Filipenses 2:5-9)
Para você andar com Jesus, precisa se despir da sua glória e
dos seus poderes pessoais. Homens de Deus não se movem por
seus próprios pensamentos, mas pelos pensamentos construídos
pela Palavra de Deus. É assim que a visão e os princípios do Reino
são implantados na Terra, de forma que o inimigo não ganhe
vantagens na nossa chamada.
O diabo precisa perder territórios nas vidas e nos ministérios
de muitos discipuladores e discípulos, porque o Ide não pode ser
apenas uma festa. É verdade que existe a festividade de
estarmos servindo, mas há também a forma como ficamos
contritos pelamissão, que requer renúncia.

FAZENDO DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES

Quando chegarmos aos lugares, precisamos acreditar que


Deus vai nos usar e que vamos ganhar vidas para Jesus. A ordem
que recebemos dEle foi: “Ide e fazei discípulos...”. É verdade
que não sefaz discípulos com prazer; fazemos discípulos, geramos
discípulos, com dor.
Rubem Alves diz que o prazer gera e a dor faz nascer. É assim
no discipulado: nós nos alegramos quando ganhamos as vidas,
mas sentimos dor no processo de tratamento com eles, porque
não é fácil.
O Apóstolo Paulo disse que sentia dores similares às de parto.
“Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até
que Cristo seja formado em vós.” (Gálatas 4:19). É interessante
observar que Paulo diz que eram filhos, ou seja, discípulos já
nascidos, mas pelos quais ele sentia novamente dores de parto, o
que deixa claro que alguns nos causarão dor mais de uma vez.
Existem discípulos que nascem e parece que tudo vai bem;
eles começam a andar, mas, de repente, as coisas se
conturbam, e o discipulador sofre dores como de parto. É uma
gestação trabalhosa. As dores de parto no discipulado é até Jesus
ser formado nos discípulos. Nenhum líder forma Jesus no
caráter do discípulo sem ter dores de parto. No Ide, existem as
consequências da formação.
Há os que, quando parecem prontos, retrocedem.
O problema no discipulado não é fazer o discípulo ter o prazer
de ganhar e a dor para gerar, mas aqueles que, no meio do
processo, permitem-se ser abortados.
Qual a nossa missão? Insistir com eles. E se desistirem?
Precisamos permanecer firmes, pois, se voltarem, nos
encontrarão no mesmo lugar.
O Ide não é um convite ao conforto, mas uma solicitação a
dores. Quem pensa que discipulado é só prazer, está equivocado.
Todo discípulo, para ser formado, requer trabalho e alguns
requerem um trabalho ainda maior. Mas todos, ao serem
formados, tornam-se poderosos homens de Deus.
O processo no discipulado é doloroso, mas quando Cristo é
formado na vida do discípulo, isso gera uma alegria sem
tamanho na vida do líder. O Ide não é uma convocação
irresponsável, mas um decreto de consolidação.
O Ide é um decreto para consolidarmos uma geração a viver
um padrão de vida que mude todo o histórico e o direcione na
construção de um caminho de êxito e um futuro de esperança.
A ordem do Ide é para as nações. Se é difícil fazer discípulo
na nossa cultura e na nossa nação, que missão é essa de fazer
discípulos em outras nações? O que a Bíblia está dizendo é que
não se gera discípulos com ideias pessoais, mas com Princípios do
Reino. O líder que vai para as nações achando que sabe fazer
alguma coisa, frustra-se em todo o processo de conquista,
pois as nações não recebem a nossa cultura, a nossa língua, o
nosso costume. As nações querem ver os discipuladores
respeitando a cultura, a línguae o costume delas. A ordem do Ide
de Jesus não é apenas para a geografia na qual vivemos, mas
para que se amplie e chegue às nações da Terra.
Quando somos apaixonados pelo Reino e pelo Discipulador
Maior, Jesus, apesar de encontrarmos dificuldades, vamos às
nações da Terra para cumprir o Ide que Ele nos comissionou.
Ainda que não seja essa a nossa vontade, precisamos ir, porque
é a chamada que recebemos dEle.
Não existe lugar melhor do que aquele que Deus nos chamou
para estar. Não existe lugar mais atormentador do que aquele
que Deus não nos autorizou viver.
Essa missão que o Pai nos entregou não pode ficar retida em
nós, mas espalhada em toda a Terra. Essa é a ordem de Jesus. E
tanto o Ide geográfico quanto o Ide às nações, que são
convocatórios, têm o mesmo objetivo: “...fazei discípulos.”
(Mateus 28:19)
Interessante é ver que a última ordem de ir e fazer discípulos
tem sido a ordem menos obedecida na Terra. A Psicologia diz que
o último registro é o que a mente grava. Então, por que a Igreja
não gravou nem obedeceu a última ordem de Jesus?

BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI, DO FILHO, DO ESPÍRITO


SANTO

A Força do Discipulado é: por onde você for, faça discípulos.


Não deseje os discípulos de outros líderes, mas faça discípulos
para Deus. Nesse entendimento de fazer discípulos, integrá-los
na Igreja e no Reino, formar neles o caráter de Jesus e trabalhar
as bases do Eterno, existe algo que o Senhor nos ministra: eles
deverão ser batizados em nome do Pai, do Filho, do Espírito
Santo.
Todos nós temos que ser mergulhados nas águas em nome do
Pai, do Filho, do Espírito Santo, para vivermos o caráter do Reino
e vencermos demônios, principados e potestades.

ENSINANDO-OS A GUARDAR OS ENSINAMENTOS DE JESUS

Não podemos mudar o ensino de Jesus. Precisamos ensinar os


discípulos a guardar Princípios. Nenhum discipulado é autêntico
se não tem o ensino de Jesus. Já li livros sobre discipulado que
não citam Jesus como centro do propósito. Já li matérias inteiras
que não citam Jesus como a razão principal do discipulado. Como
vamos fazer discipulado se não temos o Senhor Absoluto que
esteja acima das pessoas?
Não somos autorizados a ensinar aos discípulos o que
pensamos ou achamos, mas o que Jesus diz que devemos ensinar.
Quem não se move pelo discipulado de Jesus, pela mente de
Jesus, não forma discípulos de acordo com os ensinos dEle.
Se os discípulos que caminham com o líder recebem os ensinos
do próprio líder, eles não são de Jesus. Mas se os discípulos estão
sendo formados para Jesus, é obrigação do líder fazer com que
eles guardem os ensinamentos de Yeshua.
A Bíblia diz que os discípulos têm que guardar tudo o que Jesus
tem dito, como palavras de vida, palavras de confronto,
palavras de conforto, palavras de libertação, cura e restauração;
tudo isso deve ser a tônica do discipulado verdadeiro. O que
sair disso não é de responsabilidade do Reino, mas
responsabilidade pessoal. E é por isso que a Igreja está vivendo
um desfalque no caráter, porque está vivendo um discipulado
que não é o que Jesus ensinou.
E para os que acham não ser possível guardar os ensinamentos
de Jesus, os textos de João 14:26 e João 15:26, dizem que a
missão do Espírito Santo é nos lembrar tudo o que Jesus ensinou.
É por isso que precisamos do Espírito Santo, para não nos
esquecermos da doutrina do Messias.

ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS

Quem planta o ensino de Jesus encontra recompensa, porque,


no mundo espiritual, tudo é regido pela lei da recompensa. Para
os que cumprem a ordem de Jesus, a recompensa é a de que Ele
estará conosco todos os dias da nossa vida até a consumação dos
séculos.
Para quem não guarda esse ensino e transmite a outros o seu
próprio ensino, a vida é complicada e sem a presença de Deus.
Jesus só está onde está a Sua Palavra. Jesus só Se manifesta onde
a Sua Palavra é pregada e se torna vida e espírito. É isso que
muda a vida e o caráter do seu povo.
Bem-vindo à Força do Discipulado! Que você tenha os melhores
discípulos da Terra. E que muito mais que ter discípulos, você
seja um discípulo aprovado em todos os seus caminhos.

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