Cultura No Ambito de Psicologia

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1. O que é cultura e qual o seu papel?

São os valores, crenças, objetos, comportamentos e tradições partilhados por uma


comunidade humana e transmitidos de geração em geração.
“tudo o que o homem acrescenta à natureza é cultura”.
Esta presente em todas as sociedades, e é o mecanismo de ajustamento ao meio mais
bem-sucedido. Organizador e estabilizador que fornece-nos orientações sobre como nos
devemos comportar e pensar, e também sobre o que podemos esperar dos outros que
partilham connosco a mesma cultura.

2. O que significa afirmar que a cultura unifica e diversifica?

está presente em todas as sociedades e desempenha um papel decisivo no duplo caráter


da espécie humana: a sua unidade e a sua diversidade.
Por um lado, implica um conjunto de elementos que, no essencial, estão presentes em
todas as culturas: um passado histórico, uma religião dominante ou um conjunto de
crenças religiosas, costumes, valores e moral comum, hábitos alimentares e higiénicos,
objetos, entre outros.
Por outro lado, a forma como estes elementos se manifestam diferem de cultura para
cultura, espelhando uma enorme diversidade na forma como são experienciados e
valorizados pelas diferentes comunidades humanas, o que nos obriga a falar de modelos
culturais específicos
– padrões culturais -ncluem regras sobre o que é aceitável e expectável no interior de
cada cultura particular.

3. O que se entende por padrão cultural?

maneiras próprias e tipificadaas de pensar, sentir e agir de cada cultura concreta.

4. O que se entende por socialização?

processo pelo qual o indivíduo interioriza o padrão cultural e o modelo coletivo de agir,
pensar e sentir característicos do(s) seu(s) grupo(s) de pertença.
Dela resulta a identidade social de cada um de nós, assim como o sentimento de
pertença.

5. Em que consiste, genericamente, a aprendizagem por modelagem?


Uma boa parte do comportamento humano é aprendido ao longo da vida por observação
e imitação (modelagem). Desde que nascemos, estamos rodeados por pessoas que agem
e falam de diferentes formas: os agentes de socialização.
Prestamos atenção ao que dizem e fazem e guardamos as ações que vamos observando.
Depois, ensaiamos e repetimos mentalmente cada um destes gestos e, se motivados para
tal, reproduzimos, isto é, imitamos os modelos.

6. Como se distingue socialização primária de socialização secundária?

A socialização primária ocorre durante a infância e permite a aquisição de um conjunto


de saberes básicos (por exemplo, as regras da linguagem e de relacionamento, de
alimentação e de higiene, etc.). Acontece na interação com os agentes de socialização
primária, como a família, os educadores, os pares e os vizinhos.
A socialização secundária acompanha toda a vida adulta e designa ajustamentos do
indivíduo em função de alterações significativas, como, por exemplo, casar, emigrar,
etc.

7. O que são agentes de socialização?

Os agentes de socialização são os modelos significativos que observamos e imitamos.


Os pais (grupo- família), os amigos (grupo-pares/amigos da mesma idade), a escola e os
meios de comunicação social, são exemplos de agentes de socialização com um papel
fundamental durante a socialização primária.

8. Podemos definir o ser humano como produto ou como produtor de cultura?


O indivíduo, ao longo de todo o seu processo de socialização, não se limita a ser um
recetor passivo, um guardião de uma tradição cultural transmitida pelos agentes de
socialização. Nesse processo, ele constrói-se, participa, interpreta, rejeita, recria e
renova permanentemente o seu ambiente e património culturais. O ser humano é, neste
sentido, não apenas um produto do seu meio, mas também um produtor de cultura.

9. O ser humano define-se como ser social ou como ser individual?

De ambas as formas, pois a individualidade vai sendo construída ao mesmo tempo que
se desenvolve a sociabilidade.

10. Como se designa o processo que ocorre paralelamente à socialização?

Individuação. Este processo ocorre paralelamente ao processo de socialização e não só


não se opõe a ela como a pressupõe, uma vez que a singularidade se forma nas relações
interpessoais.

11. O que são crianças selvagens?

Criança selvagem é a designação usualmente atribuída a uma criança que cresceu e se


desenvolveu fora da sociedade, da cultura, da civilização, por vezes sozinha, por vezes
na companhia de animais, mas sempre longe dos modelos humanos e das relações
sociais.

12. O que mostram os casos de crianças selvagens a propósito da interação social?

As interações que mantemos com os outros, especialmente as que acontecem


precocemente, são indispensáveis para o desenvolvimento social e para a construção da
identidade, assim como para a aprendizagem de saberes básicos e competências
linguísticas, afetivas, sociais e culturais. Ora, uma criança selvagem cresceu e
desenvolveu-se longe dos processos de socialização e individuação. Os relatos sobre
estes casos revelam não só como são importantes as relações que mantemos com os
outros mas também como são drásticas as consequências da sua privação precoce. Os
reflexos desta privação repercutem-se na dificuldade ou ausência de capacidade de
autorreconhecimento e consciência de si.

13. Qual o papel das relações interpessoais na construção da individualidade?


O processo de desenvolvimento humano requer dois processos simultâneos:
socialização e individuação. Através da socialização cada um de nós estabelece relações
com outros e, guiado pela cultura, torna-se parte integrante da sociedade. A socialização
cumpre, assim, uma função integradora. Através da individuação construímos a nossa
identidade e damos sentido à nossa existência, diferenciando-nos dos outros. A perceção
de si como ser único e diferente dos demais só é possível no

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