Transtornos Alimentares Final

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TRANSTORNOS

ALIMENTARES
Joanna Côrtes
Nutricionista CRN9 24495
@joannacortes.nutri
MINHA FORMAÇÃO
Graduação em Nutrição - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC- MG)

Formação em Nutricoach com Programação Neurolinguística (PNL) Método Sophie Deram

Habilitação Clínica em Mindful Eating - Prof- João Motarelli

Curso de Atualização na Clínica da Anorexia e da Bulimia - Núcleo de Investigação de Anorexia e Bulimia (NIAB) do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina de Minas Gerais

Curso de Difusão “Exercício para a Saúde e Desempenho: bases metabólicas e fisiológicas” - Escola de Educação Física da
USP (EEF-USP).

Curso de Medicina do Estilo de Vida Aplicado à Clínica - Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP (IPqHCFMUSP).

Curso de extensão: “Obesidade e Diabetes: fisiopatologia e sinalização celular” - Escola de Extensão da Unicamp
(EXTECAMP).

Curso de Imersão em Transtornos Alimentares do AMBULIM - Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (IPqHCFMUSP).
TRANSTORNOS
ALIMENTARES
TRANSTORNOS ALIMENTARES

DEFINIÇÃO

"São caracterizados por uma perturbação


persistente na alimentação ou no
comportamento relacionado à alimentação
que resulta no consumo ou na absorção
alterada de alimentos e que compromete
significativamente a saúde física ou o
funcionamento psicossocial. " - DSM -V
DIAGNÓSTICO
Critérios diagnósticos: Manual Diagnóstico
e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-V).

Psiquiatra
PRINCIPAIS TRANSTORNOS ALIMENTARES
Restrição da ingesta calórica em relação às
necessidades, levando a um peso
significativamente baixo;
ANOREXIA Medo intenso de ganhar peso ou engordar;
NERVOSA Perturbação no modo como o próprio peso ou a
forma corporal são vivenciados, influência indevida
do peso ou da forma corporal na autoavaliação ou
ausência persistente de reconhecimento da
gravidade do baixo peso corporal atual.

*Gravidade determinada de acordo com o IMC.


ANOREXIA NERVOSA
PREVALÊNCIA E
DESENVOLVIMENTO

Adolescentes ou idade adulta jovem;

Sexo feminino *;

O início desse transtorno costuma estar associado a um evento


de vida estressante, como deixar a casa dos pais para ingressar
na universidade...
ANOREXIA NERVOSA
O QUE OBSERVAR NA PRÁTICA CLÍNICA?

Peso/IMC;

Histórico de peso: observar diminuição drástica;

Atenção à fala do paciente: medo de engordar; restrições excessivas principalmente de


carboidratos; como percebe seu corpo, isolamento social significativo.

Exames bioquímicos:
anemia leve;
enzimas hepáticas aumentadas (GGT, TGO, TGP);
T4 e T3 diminuidos;

Amenorréia;
BULIMIA Episódios recorrentes de compulsão
alimentar;

NERVOSA Comportamentos compensatórios Ingestão em um período de


inapropriados recorrentes a fim de tempo determinado de uma
quantidade de comida MUITO
impedir o ganho de peso; maior do que outras pessoas
consumiriam na mesma
situação
Mínimo uma vez por semana +
durante três meses; Sentimento de falta de
controle

A autoavaliação é indevidamente
influenciada pela forma e pelo peso
corporais.

*Gravidade baseada na quantidade/frequencia dos


episódios.
BULIMIA NERVOSA
PREVALÊNCIA E
DESENVOLVIMENTO

Adolescentes ou idade adulta jovem;

Sexo feminino;

A compulsão alimentar com frequência começa durante ou


depois de um episódio de dieta para perder peso;

Restrição é uma condição necessária mas não suficiente.


BULIMIA NERVOSA
COMO IDENTIFICAR NA PRATICA CLINICA?

Preocupações com o peso, baixa autoestima, impulsividade em outros aspectos da vida;

Padrão alimentar caótico (restrições - exageros), variações calóricas;

Atenção à fala do paciente:


medo de engordar; internalização de um ideal magro;
comportamentos após episódios de exageros;
investigar sensação de falta de controle e como se sentiu após;

Sinais físicos:
esmalte do dente corroído;
sinal de russel
cabelos fracos
TRANSTORNO DA
COMPULSÃO ALIMENTAR
Episódios recorrentes de compulsão alimentar;

Episódios associados a 3 ou mais dos seguintes:


Comer mais rapidamente do que o normal;
Comer até se sentir desconfortavelmente cheio;
Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome;
Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo;
Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida

Sofrimento marcante;

Uma vez por semana, durante 3 meses;

Não associado a comportamentos compensatórios;


RESSALVAS EM RELAÇÃO AOS
CRITÉRIOS

Contexto da "compulsão";

TRANSTORNO Quantidade de alimentos;

Frequência dos episódios;.


DA COMPULSÃO
ALIMENTAR
TRANSTORNO DA COMPULSÃO
ALIMENTAR
PREVALÊNCIA E DESENVOLVIMENTO

Mulheres e homens adultos;

Mais prevalente entre indivíduos que buscam tratamento para


emagrecer;
TRANSTORNO DA COMPULSÃO
ALIMENTAR
O QUE OBSERVAR NA PRÁTICA CLÍNICA?

Peso: normal ou acima;

Atenção à fala do paciente:


explorar sensação de falta de controle;
quantidade ingerida;
como se sente depois;
com quem estava e onde;
quando começaram os episódios;
EXAGERO X COMPULSÃO ALIMENTAR

Quantidades não tão grandes


Quantidades BEM MAIORES do que
assim;
o "normal";
"Um pouco a mais";
Alimentos sem "nexo", o que tiver
"Chutar o balde", "Já que";
na frente;
Alimentos normais para aquele
Sensação muito forte de falta de
contexto;
controle;
Sem a presença de grande falta de
Vergonha;
controle;
Culpa;
Normalmente relacionada a
ocasiões sociais
Termo criado por Steven Bratman,
médico americano.

Fixação pela saúde alimentar caracte-


rizada por uma obsessão doentia com
o alimento biologicamente puro.
ORTOREXIA Obsessão pelo comer "perfeito":
alimentos orgânicos;
NERVOSA saudáveis;

(NÃO IDENTIFICADA COMO TA NO DSM V) Preocupação com alimentação ocupa


grande parte do dia;

Desordem QUALITATIVA e não


quantitativa;
Objetivo é "corpo saudável" e
qualidade de vida.

Desprezo pelos que não seguem os


mesmos “padrões elevados” de
alimentação.
ORTOREXIA Traços de personalidades fóbicos e
obsessivos, perfeccionista.
NERVOSA
ORTOREXIA NERVOSA
COMO IDENTIFICAR NA PRÁTICA CLINICA?

Atenção à fala do paciente:


"eat clean";
"não tinha nada que eu como";
onde compra alimentos;
comer antes de sair de casa;
isolamento social e privação de eventos sociais;
prefere jejuar do que comer algo "nao saudável";
ORTHO -15
"Ortorexia nervosa: adaptação cultural do orto-15 "- PONTES, J. , 2014

QUAL A CAUSA ?

Dinâmica familiar

Meio sociocultural

Genética
Tratamento é multidisciplinar: psicólogo, psiquiatra,
médico, nutricionistas...

Não existe "cura" porque "não se trata disso";

Encaminhamento; TRATAMENTO
Aconselhamento nutricional:
desvendar mitos e crenças (carboidratos...);
foco em comer "normal";
"minimizar danos";
metas sobre atitudes alimentares;
"negociar" ao invés de prescrever;
Belo Horizonte: NIAB - UFMG

TRATAMENTO São Paulo: AMBULIM -HC /FMUSP ou GENTA


O QUE VOCÊ PODE ENCONTRAR NA
PRÁTICA CLÍNICA?
Episódios de comer Medo intenso de engordar
compulsivo, com
sentimento de Isolamento social,
descontrole privação de eventos
COMER
Atividade TRANSTORNADO Sentimento de
física/jejuns/restrições culpa/vergonha depois
como comportamento de comer
compensatório

Alteração na
percepção da imagem Perfeccionismo em relação à
corporal qualidade/quantidade da alimentação
O PAPEL DA MÍDIA NO COMER
TRANSTORNADO
460 alunos;
Média de 23 anos;
57,7% estavam eutroficos de acordo com IMC
Satisfeito

23%

Maior nqueles que relataram


"sempre ou quase sempre
comparavam o proprio corpo com o
corpo de quem seguem nas redes
sociais"

Insatisfação Corporal

77%
O QUE VOCÊ PODE ENCONTRAR NA
PRÁTICA CLÍNICA?
Episódios de comer Medo intenso de engordar
compulsivo, com
sentimento de Isolamento social,
descontrole privação de eventos
COMER
Atividade TRANSTORNADO Sentimento de
física/jejuns/restrições culpa/vergonha depois
como comportamento de comer
compensatório

Alteração na
percepção da imagem Perfeccionismo em relação à
corporal qualidade/quantidade da alimentação
E AÍ,
O QUE FAZER?
Estabelecer vínculo
COMO /transferência com o paciente!

TRABALHAR O
COMER
Trabalhar crenças e mitos;
TRANSTORNADO?
Tabalhar pensamento dicotômico e permissão

para comer;

Explorar experiências anteriores;


Questionar o histórico de peso (meta é real?);
COMO
Trabalhar percepção de fome e saciedade x
TRABALHAR O regras externas;

COMER Verificar necessidade de acompanhamento


psicoterapêutico;
TRANSTORNADO?

O QUE LEVAR PARA CASA?

Transtornos Alimentares são doenças psiquiátricas de diagnóstico exclusivo dos


psiquiatras.

Nem sempre o paciente se encaixa no diagnóstico mas pode precisar de


ajuda/encaminhamento;

Exige trabalho multidisciplinar;

Devemos ter atenção à fala do paciente, para identificar o "comer transtornado" e não
perpetuar o comportamento;

Conscientizar os pacientes a respeito da influência das mídias sociais;


INDICAÇÕES
DÚVIDAS E CONTATO

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www.joannacortes.com @joannacortes.nutri

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