MINISTÉRIO Evangelismo
MINISTÉRIO Evangelismo
MINISTÉRIO Evangelismo
Compartilhando Cristo
na cultura contemporânea
Caderno do Aluno
MIN507
Evangelismo
Matt Smith, Editor
em Colaboração com EvanTell
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça ................... 161
Artigo 21: A Mentalidade missional .............................................................................................. 165
5
Alvin Reid (M.Div. e Ph.D., Southwestern Baptist Theological Seminary) é um professor
de Evangelismo e Ministério Estudantil na Southeastern Baptist Theological Seminary,
bem como fundador da Cadeira de Evangelismo Bailey Smith. Ele é mais conhecido
por falar em várias conferências nos Estados Unidos e no mundo. Ele também escreveu
extensivamente sobre evangelismo, cristianismo missionário, despertar espiritual e
ministério estudantil. Ele é autor de Evangelism Handbook: Biblical, Spiritual,
Intentional, Missional [Manual de evangelismo: bíblico, espiritual, intencional,
missional]; As You Go: Creating a Missional Culture of Gospel-centered Students
[Enquanto você vai: Criando uma cultura missional de alunos centrados no Evangelho];
ReVITALize Your Church Through Gospel Recovery [ReVITALIZE a sua igreja através
da recuperação do evangelho]; Radically Unchurched: Who They Are and How to
Reach Them [Radicalmente sem igreja: quem são eles e como alcançá-los]; e Firefall:
How God has Shaped History Through Revivals [O cair do fogo: Como Deus moldou a
história através do avivamento].
6
Introdução: Bem-Vindo à Disciplina Evangelismo
Bem-vindo ao Caderno do Aluno, Evangelismo: Compartilhando Cristo em uma Cultura
Contemporânea. A Piedmont International University é comprometida com a obediência à grande
comissão dada por Jesus Cristo em Mateus 28.18-20. Lá, Jesus ordena a seus seguidores: “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações.” Esta disciplina irá capacitá-lo para começar a
fazer exatamente isso enquanto você compartilha Jesus Cristo com outras pessoas e convida-
os a tornarem-se discípulos dele. Esta disciplina é um estudo prático e motivacional do
mandamento bíblico da grande Comissão em sua configuração contextual e contemporânea. Os
aspectos teológicos, estratégicos e práticos serão discutidos e aplicados em uma variedade de
contextos. Um componente importante da disciplina é a aplicação da instrução por cada aluno.
Esta disciplina está sendo oferecida a você através da cooperação e colaboração do Dr. R. Larry
Moyer e EvanTell.
• Este Caderno do Aluno: um livro que fornece notas para as palestras e artigos escritos
por alguns dos palestrantes, bem como outros qualificados em treinamento
evangelístico.
Cada aula nesse Caderno do Aluno é apresentada de modo similar. Tipicamente, há algumas
perguntas no início de cada aula, que são planejadas para você pensar sobre as questões
relacionadas àquele tópico. Em seguida, você irá encontrar uma seção para anotações, à medida
que você assiste a cada aula. Tenha em mente que grande parte do conteúdo da palestra já foi
fornecido neste caderno para você, mas preste atenção para os espaços em branco a fim de
preenchê-los em conformidade. Seguindo muitas das seções, há artigos escritos para adicionar
mais profundidade ao tema da palestra no Blackboard.
7
Recentemente, o Grupo Barna relatou que 73% dos cristãos “nascidos de novo”
acreditam que tem uma responsabilidade pessoal para compartilhar sua fé com outros.1 que é
uma porcentagem alta à primeira vista, mas e quanto aos outros 27%? Um de cada quatro
seguidores de Jesus Cristo crê realmente não ter nenhuma obrigação de dizer aos outros sobre
a mudança de vida, a boa nova de Jesus Cristo da salvação da alma? É muito triste pensar que
apenas 73% dos cristãos acreditam que eles devem estar compartilhando sua fé. Mas, quando
perguntei se eles tinham compartilhado sua fé com pelo menos uma pessoa no último ano,
apenas 52% disseram que sim.2 Combine isso com os fatos que existem pelo menos 4,9 bilhões
de pessoas no mundo de hoje vivendo aparte de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo,
morrem aproximadamente 38 milhões nessa condição todos os anos e mais 232 milhões de
pessoas nos EUA não são cristãos evangélicos. Assim, você entende a necessidade de uma
aula de evangelismo.3 E essas pessoas não são apenas números em uma página ou estatísticas
que são motivo para alarme, algumas dessas pessoas são membros da sua família, seus colegas
de trabalho, seus vizinhos e seus amigos.
Um dos mais belos e simples versículos das Escrituras é Romanos 10.13, “Todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo”. O versículo seguinte, no entanto, é muitas vezes
esquecido e negligenciado. Versículo 14 diz: “Como, porém, invocarão aquele em quem não
creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem
pregue?” (grifo nosso). Ou seja, esse é o trabalho e a missão única de cada seguidor de Cristo
— dizer às pessoas sobre Jesus, então eles podem se tornar seus seguidores também. Esta
disciplina irá capacitá-lo com os princípios para colocar em prática de modo que você possa ser
obediente a Deus e apreciar a satisfação que vem quando você leva outra pessoa a colocar sua
fé e total confiança em Jesus Cristo, tendo sua vida e eternidade radicalmente transformadas.
1
https://www.barna.org/barna-update/faith-spirituality/648-is-evangelism-going-out-of-style#.Uzw8QWBOXIU
2 Ibid.
3 Essas estatísticas são baseadas em pesquisa que consideram protestantes, ortodoxo e católico como cristãos de
http://www.pewforum.org/2012/12/18/global-religious-landscape-exec/
8
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
Perguntas a considerar:
4 Dave Early e David Wheeler. Evangelism Is… Sharing Jesus with Passion and Confidence [Fazer discípulos é…
Como viver a grande comissão com paixão e confiança] (Nashville, TN: B&H Academic, 2010) 49.
5 Ibid.
6 Ibid.
7 Ibid.
8 Ibid.
9
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
Se nós formos dizer às pessoas como ir ao céu, precisamos explicá-los claramente. Para fazer
isso, precisamos ter um claro entendimento do que o evangelho é.
Portanto, vamos examinar 1 Coríntios 15.1-8. Este é o único lugar no Novo Testamento onde
os elementos históricos do evangelho são claramente definidos.
O Evangelho é:
A apresentação do evangelho
10
Conclusão: o evangelho pelo qual somos salvos é…
Quando você compartilha a boa nova de Cristo com pessoas perdidas, às vezes, elas
respondem: “Oh sim, eu acredito nisso. Na verdade, eu sempre acreditei nisso”. Mas por
alguma razão ou outra, de algum modo, sentimos que eles realmente não conhecem a
Cristo. Eles não parecem entender a fé salvadora. Então, para ser eficaz na
evangelização, temos de responder à pergunta, “o que é fé salvadora?”
Para comunicar o conceito de fé salvadora, a Bíblia usa duas palavras: acreditar, que é
um verbo, e fé, que é um substantivo. Estas duas palavras são usadas centenas de
vezes. Quando estas palavras são estudadas quanto a como elas se relacionam com a
salvação, torna-se claro que o objeto da fé salvadora é Jesus Cristo. Também fica claro
que a fé salvadora em Cristo envolve três elementos.
e nt Ac
c im ei t aç
n h e ão
Co o
Confiança
11
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
a. A prova:
• É óbvio que para crer em uma pessoa, você tem que saber sobre a
pessoa.
b. O conteúdo:
1) Sua humanidade –
“Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne
é de Deus” (1Jo 4.2).
2) Sua divindade –
“Para que creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus” (Jo 20.31).
3) Sua morte –
“Cristo morreu por nossos pecados”
(1Co15.3).
12
2. A fé salvadora envolve ________________________________ de sua
pessoa e obra.
a. A prova:
b. A razão:
Uma pessoa pode entender algo e, ainda assim, não o aceitar como sendo
verdadeiro.
Ilustração: Se você diz: “Eu moro em Dallas, Texas”, você pode saber
onde é. Entretanto, isso não quer dizer que você acredita em mim. De
modo similar, você pode entender fatos sobre Cristo e, ainda assim,
não os aceitar como sendo verdadeiros.
a. A prova:
13
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
b. O ponto:
14
Artigo 1: O que é o evangelho?9
por Dr. Larry Moyer
O Evangelho, a Boa Nova de Cristo, é que Cristo morreu pelos nossos pecados e
ressuscitou dos mortos. Paulo define o Evangelho em 1 Coríntios 15.3-5: “Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.” Os
fatos concernentes a Cristo são transmitidos por quatro verbos proeminentes.
Cristo morreu - Paulo disse: “Cristo morreu por nossos pecados de acordo com as
Escrituras” (1Co 15: 3). Cristo morreu como nosso substituto. Se ele não tivesse levado
o nosso castigo, todos nós carregaríamos por nós mesmos. Cristo morreu como meu
substituto e seu. Isaías, setecentos anos antes de Cristo, profetizou sua morte quando
disse: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniquidades” (Is
53.5).
Cristo foi sepultado - O segundo verbo que Paulo usou a respeito de Cristo é que “Ele
foi sepultado” (1Co 15.4). Visto que Paulo não repetiu a frase “segundo as Escrituras”,
é provável que ele tenha mencionado o sepultamento de Cristo simplesmente como
prova de que ele morreu, a prova da morte é o sepultamento.
Cristo ressuscitou - O terceiro verbo usado por Paulo é que “Ele ressuscitou no terceiro
dia, segundo as Escrituras” (1Co 15.4). Esta é a segunda vez que Paulo usou a frase
“segundo as Escrituras”. Ele queria que seus leitores soubessem que, assim como a
crucificação de Cristo não foi uma surpresa, a sua ressurreição também não foi. Davi
previu a ressurreição de Cristo quando disse: “Porque não deixarás a minha alma no
Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (Sl 16.10).
Cristo foi visto - O quarto verbo usado por Paulo é “visto”: “ele foi visto por Cefas,
depois pelos doze” (1Co 15.5). Observe novamente que Paulo não repetiu a frase
“segundo as Escrituras”. É provável que, assim como Paulo mencionou o sepultamento
de Cristo como prova de que ele morreu, ele mencionou que Cristo era visto como
prova de que ele ressuscitou.
Então, quais são os elementos históricos do evangelho? Cristo morreu. A prova é que
ele foi enterrado. E Cristo ressuscitou dos mortos. A prova é que ele foi visto. O
evangelho, na sua forma mais simples, pode ser reduzido a nove palavras: “Cristo
morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos mortos”.
9
Seleção encontrada online em: http://evantell.org/Tools/Article-Detail/Article/19/What-Is-the-Gospel. Usado com
permissão.
15
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
A centralidade do evangelho não é baseada no que fazemos por Cristo, mas no que ele
fez por nós. Ele forneceu um caminho para os pecadores serem perdoados em vez de
punidos. Através da morte e ressurreição de Cristo podemos ter um relacionamento
com Deus que dura para sempre, quando colocamos nossa confiança somente em
Jesus.
16
Artigo 2: Evangelismo definido
por Matt Smith
A grande maioria dos cristãos pensa em evangelismo como simplesmente viver uma
vida piedosa, sem falar qualquer palavra. Certamente, há uma confusão entre muitos
hoje no que se refere exatamente ao que evangelismo é e não é.10 Uma boa definição
de trabalho ajudará em uma melhor compreensão do que evangelismo é realmente.
Compartilhar as boas novas de Jesus Cristo pela palavra e vida no poder do Espírito
Santo, para que os incrédulos se tornem seguidores de Jesus Cristo em Sua igreja e
na cultura.
–Alvin Reid14
–David Bosch15
10 Para um mais próximo e completo exame do que evangelismo NÃO é, veja Alvin Reid, Evangelism Handbook
[Manual de Evangelismo]. (Nashville: B&H Academic, 2009), 17-21.
11 Will McRaney, The Art of Personal Evangelism [A Arte do Evangelismo Pessoal]. (Nashville: B&H Academic,
Entendendo e Comunicando a Oferta de Deus de Vida Eterna] (Grand Rapids: Kregel Publications, 1997), 165.
14 Alvin Reid, Evangelism Handbook: Biblical, Spiritual, Intentional, Missional. [Manual de Evangelismo: Bíblico,
17
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
–D. T. Niles16
Vários denominadores comuns unem essas definições, que podem ser definidas como
a comunicação das boas novas de Jesus Cristo para aqueles que não o conhecem
através do poder do Espírito Santo com o objetivo de vê-los confiando em Jesus Cristo.
Embora esta definição seja muito útil para esclarecer uma compreensão do
evangelismo, a pergunta deve ser feita se esta definição está de acordo com a
definição bíblica. Afinal, alguns cristãos bem intencionados afirmaram que a palavra
evangelismo não aparece nas páginas das Escrituras. Então, de onde se origina? A
palavra em português “evangelismo” vem da transliteração do verbo grego euangelizo,
que significa: “Eu comunico boas novas”. O substantivo dessa palavra é euangelion.
Esta palavra é composta de duas partes: eu - significando bem e angelos - significando
anjo ou mensageiro. A forma do substantivo aparece setenta e seis vezes no Novo
Testamento, enquanto a forma verbal aparece cinquenta e quatro vezes.17 A forma
verbal é frequentemente traduzida como “pregar o evangelho” e geralmente está na
voz média, o que significa “eu mesmo comunico o evangelho; “o substantivo traduzido
como” “evangelho”, “boas novas” ou “evangelho” enfatiza que as notícias não são apenas
notícias, mas BOAS NOTÍCIAS.18
Euangelion é a “boa nova” sobre a salvação que Deus providenciou através de Jesus Cristo. “O
evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16) … O
evangelho é destinado a ser pregado para anunciar a salvação de Deus em Cristo e para obter
uma resposta daqueles que o ouvem”” (Mt 26.13, Mc 1.14, 1Co 9.14a, 2Co 2.12, 1Ts 2. 9)… A
palavra euangelion não foi inventada pelos escritores dos evangelhos, mas já estava em uso no
mundo romano. Referia-se a um anúncio de “boas novas” a respeito de um aniversário, subida
ao poder ou decreto do imperador que anunciaria o cumprimento das esperanças de paz e bem-
estar em todo o mundo. Marcos redefine esse conceito de “boas novas” ao introduzir seu
evangelho com a frase “o começo das boas novas de Jesus Cristo”, sugerindo que é realmente o
nascimento e as ações subsequentes de Jesus que mudarão a face do mundo de uma maneira
cósmica que nenhum rei terreno poderia fazer. Jesus Cristo, o Filho de Deus, traz verdadeiro e
duradouro bem-estar e paz ao mundo, em cumprimento da esperança do AT.19
16 D. T. Niles. That They May Have Life [Para que Tenham Vida] (New York: Harper and Brothers, 1951), 96.
17 William D. Mounce, ed., Mounce’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words [Dicionário
Expositivo Completo Mounce do Antigo e do Novo Testamentos] (Grand Rapids: Zondervan, 2006) 302, 532.
18 Reid, Evangelism Handbook [Manual de Evangelismo], 22.
19 Mounce, ed., Mounce’s Complete Expository Dictionary [Dicionário Expositivo Completo Mounce], 302-303.
18
As boas novas devem ser proclamadas ao mundo, que Jesus, que veio buscar e salvar
aquele que se havia perdido, de acordo com Lucas 19.10, fez isso através de sua
morte, sepultamento e ressurreição. Ele trouxe ao mundo a restauração do que foi
perdido através do pecado e da queda - o relacionamento perfeito do homem com
Deus. O mundo precisa ouvir essas boas novas que sozinha tem o poder de mudar
suas vidas e salvar suas almas; isto é BOA NOTÍCIA.
Outros termos bíblicos ajudam a definir mais o que se quer dizer pelo termo
evangelismo. Kerusso quer dizer “proclamar uma mensagem” e enfatiza a declaração
de um evento. É usado várias vezes de modo sinônimo com euanglizomai, tal qual em
Romanos 10.14-15. Doze vezes a frase kerussein para euangelion é encontrada, o que
significa “pregar o evangelho.” As palavras martureo e marturion significam ser uma
“testemunha” e “testificar.” Esses termos enfatizam dar um testemunho através de
palavras e ações, tal qual quando Pedro disse em Atos 4.20, “pois nós não podemos
deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”. Mathyteusate, o verbo principal em
Mateus 28.19-20 significa “fazer discípulos.” O mandamento aqui revela que
evangelismo não é só sobre compartilhar, pregar ou proclamar boas notícias, mas é
sobre fazer discípulos de Jesus Cristo.20
É claro neste ponto porque uma definição de evangelismo deve pelo menos referenciar
compartilhar, pregar ou proclamar as boas novas de Jesus Cristo - o perdão dos
pecados através de sua morte, sepultamento e ressurreição. Mas de onde surge a ideia
do poder e envolvimento do Espírito Santo? Teologicamente, entende-se que somente
o Espírito Santo pode mover uma pessoa espiritualmente morta para viva em Cristo; o
batismo do Espírito, predito por Cristo antes de sua ascensão, é o que é preciso para
adicionar alguém à Igreja - o corpo de Cristo.21 1Coríntios 12.13 explica isso: “Pois, em
um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.”
19
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
os a falar corajosamente de Jesus Cristo (At 4.31). De fato, toda vez que alguém é
cheio do Espírito em Atos, os incrédulos se arrependem e são convertidos a Cristo.
Efésios 5.18 ordena que o crente seja “cheio do Espírito” e não “se embriague com
vinho”. “A natureza da vida do cristão é estar em contraste com a natureza do bêbado
descontrolado. O significado de cheio... é controlado.”22 O grau em que um crente se
submete ao controle do Espírito Santo será o grau em que ele é evangelisticamente
eficaz.
O Espírito é aquele que faz o descrente voltar seu coração para Deus. Em Atos 5.32,
Pedro e os apóstolos disseram: “Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem
assim o Espírito Santo.” Jesus disse em João 15.26 que o Espírito daria testemunho
dele e em João 16.8 que o Espírito convenceria o mundo de “pecado, justiça e juízo”. O
Espírito Santo é central para a obra da salvação ao mover um incrédulo para o corpo
de Cristo. ele regenera (Tt 3.5), habita (Rm 8.9; 1Co 3.16) e ele sela (Ef 1.13; 4.30; 2Co
1.22).23
22Paul Enns, The Moody Handbook of Theology [Manual de Teologia Moody] (Chicago: Moody Press, 1989), 278.
23Henry C. Thiessen, Lectures in Systematic Theology [Palestras em Teologia Sistemática] (Grand Rapids:
Eerdmans Publishing, 1979), 252, 255.
20
Artigo 3: Todo cristão deve evangelizar?
por Dr. Timothy Beougher24
A Bíblia exige que todo cristão evangelize? Como nós respondemos a esta questão vai
impactar radicalmente a forma de ministério pastoral e discipulado diário, por isso é
imperativo responder corretamente.
A resposta da Escritura é “sim”. Mas eu tenho encontrado duas principais razões por
que alguns argumentam que a resposta é “não”.
1. A Grande Comissão foi somente dada aos apóstolos e por isso não se aplica a nós
hoje.
Primeiro, alguns argumentam que a Grande Comissão foi dada apenas aos apóstolos
e, portanto, não se aplica a nós hoje. Embora seja verdade que contextualmente a
Grande Comissão (Mt 28.18-20) foi dada aos apóstolos, não foi somente para os
apóstolos. O comando “ensinando-os a observar tudo o que eu lhes ordenei”
certamente inclui a ordem de fazer discípulos. D.A. Carson observa que a Grande
Comissão não registra Jesus dizendo aos apóstolos: “... ensinando-os a obedecer a
tudo o que eu lhes ordenei, exceto por esse mandamento de fazer discípulos.
Mantenham suas mãos sujas longe disso, já que pertence somente a vocês, meus
queridos apóstolos.”25
O que Jesus ordenou aos apóstolos? Entre muitas outras coisas, ele ordenou que
pregassem o evangelho a toda criatura. Portanto, este mandamento de Jesus dado aos
24
Tim Beougher tem servido como Billy Graham Professor of Evangelism e Deão Associado da Billy Graham School
na Southern Baptist Theological Seminary desde 1996. Ele é autor de numerosas obras, incluindo
Richard Baxter and Conversion [Richard Baxter e a Conversão] (Christian Focus, 2007) e Overcoming Walls to
Witnessing [Superando Barreiras no Testemunhar] (BGEA, 1993).
25 D.A. Carson, “Ongoing Imperative for World Mission,” [Imperativo Contínuo para a Missão Mundial] In: The Great
Commission: Evangelicals and the History of World Missions [A Grande Comissão: Evangélicos e a História das
Missões Mundiais], editado por Martin I. Klauber e Scott M. Manetsch (Broadman & Holman, 2008), 179.
21
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
apóstolos também se aplica a todo crente hoje. Além disso, devemos tentar limitar a
promessa de Jesus: “Eu estou convosco sempre, até o fim dos tempos”, como sendo
aplicado apenas aos apóstolos, ou se aplica a nós hoje? Certamente isso se aplica a
nós hoje!
2. Uma vez que apenas algumas pessoas têm o “dom de evangelismo”, nem todos são
obrigados a testemunhar.
Em segundo lugar, alguns afirmam que, como apenas algumas pessoas têm o “dom do
evangelismo”, nem todos são obrigados a testemunhar. O espaço proíbe uma
discussão completa sobre o tema “o dom do evangelismo”, mas algumas observações
se fazem necessário.
Primeiro, o evangelismo não está registrado nas listas de dons espirituais comuns nas
Escrituras; em vez disso, o ofício de evangelista é mencionado em Efésios 4.11. Alguns
(inclusive eu) questionam se “evangelismo” deve ser visto como um dom espiritual
distinto, como dar, servir e assim por diante.
22
QUATRO RAZÕES BÍBLICAS POR QUE TODO CRISTÃO DEVERIA EVANGELIZAR
A Escritura ordena a que todo crente deva evangelizar? Eu argumento que “sim”, pelas
quatro razões seguintes.
“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e
nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e
nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de
Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois,
rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5.18-20).
Não são apenas os apóstolos que têm o ministério da reconciliação e o papel dos
embaixadores de Cristo - todos os crentes o têm! Outros versos que refletem sobre
este ministério de testemunho para todos crentes incluem Mateus 5.14-16, 1 Pedro
3.15, Filipenses 2.14-16, Colossenses 4.5-6 e 1 Pedro 2.9.27
26John R.W. Stott, Our Guilty Silence [Silêncio Culpado] (Inter-Varsity Press, 1967), 58.
27Enquanto o contexto de 1 Pedro 3.15 é o que podemos chamar de “evangelismo passivo” (respondendo a uma
pergunta que o descrente faz), esse mandamento é dado a todos os crentes “de estar pronto” quando perguntado.
23
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
“Os agentes principais na expansão do cristianismo parecem não ter sido aqueles que
fizeram dela uma profissão ou uma parte importante de sua ocupação, mas homens e
mulheres que ganharam seu sustento de alguma maneira puramente secular e falaram
de sua fé àqueles a quem conheceram dessa maneira natural”.28
Terceiro, considere a mordomia que o evangelho nos impõe. Jesus nos lembra: “Todo
aquele a quem muito foi dado, muito será cobrado” (Lc 12.48). Não nos foi dado
nenhum presente maior do que o evangelho, e não temos uma mordomia maior do que
compartilhar essa mensagem de boas novas com os outros. Paulo expressa bem em 2
Coríntios 5.14: “porque o amor de Cristo nos constrange.”
28
Kenneth Scott Latourette, A History of the Expansion of Christianity [A História da Expansão do Cristianismo]
(Harper & Brothers, 1937), 1:116.
24
4. O “trabalho do ministério” em Efésios 4.
Efésios 4 levanta um desafio para os pastores: Estamos treinando nosso povo para
fazer evangelismo? Estamos dando um exemplo para eles em nosso próprio
evangelismo pessoal? Algumas pessoas fogem da ideia de evangelismo porque elas
assumem que isso significa que elas devem ser antipáticas e agressivas. Existem
muitas abordagens para compartilhar o evangelho. O único método fixo é a mensagem:
falar aos outros sobre o evangelho de Jesus Cristo.
Pastores, podemos dizer ao nosso povo com confiança: “vocês são chamados para ser
uma testemunha de Cristo em palavras e atos”. Como líderes, vamos desafiar outros
crentes não apenas com nossas exortações, mas também com nosso exemplo29. Nós
temos grande confiança no evangelho, “pois é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do Grego” (Rm 1.16).
29Entre muitos recursos para evangelismo pessoal, eu fortemente recomendo: Will Metzger, Tell the Truth
[Conte a Verdade]; Mark Dever, The Gospel & Personal Evangelism [O Evangelho e o Evangelismo Pessoal];
and J.I. Packer, Evangelism and the Sovereignty of God [Evangelismo e a Soberania de Deus].
25
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
26
Aula 2: Como apresentar o evangelho
Perguntas a considerar:
• Quantas vezes você ouviu o evangelho apresentado de uma forma que o torna
complicado de entender?
• Qual é o modo mais claro de apresentar o evangelho para um descrente?
• Quão importantes são as ilustrações em comunicar a verdade?
• Você alguma vez já pensou que escutar pode ser muito importante para
apresentar o evangelho?
• Qual o papel do arrependimento no processo de conversão?
Se você for consistente e claro no evangelismo, você deve ter um método básico
que você possa usar para apresentar o evangelho. Esse método ajudará a torná-lo mais
confiante em conversar com outras pessoas sobre o Senhor. Sabendo como você vai
apresentar o evangelho, você pode relaxar, aproveitar a conversa, transformá-la em
coisas espirituais e explicar claramente o evangelho. Antes de fazer:
Use a ______________________________________________.
27
Aula 2: Como apresentar o evangelho
Pergunta de abertura:
Alguém já pegou a Bíblia e lhe mostrou como você pode saber que vai para o
céu? Você me permite?
Ponto de transição:
A Bíblia contém más notícias e boas notícias. A má notícia diz respeito a você e
a mim. A boa notícia diz respeito a Deus. Vamos discutir as más notícias
primeiro.
Más notícias
Nº 1 Você é pecador.
a. O verso: Romanos 3.23 diz: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”.
b. A ilustração: Quando a Bíblia diz que você e eu pecamos, isso significa que
mentimos, cobiçamos, odiamos, assassinamos, etc. A palavra pecado na Bíblia
na verdade significa “errar o alvo”. Em outras palavras, Deus é perfeito e nós
não somos. Deixe-me explicar. Suponha que cada um de nós pegasse uma
pedra e eu lhe dissesse: “Vamos jogar nossas pedras e atingir o Pólo Norte”.
Bem, você poderia jogar mais longe do que eu, ou eu poderia jogar mais longe
do que você, mas nenhum de nós iria atingir o Pólo Norte. Nós dois ficamos
aquém. Quando a Bíblia diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”,
isso significa que Deus estabeleceu um padrão. Esse padrão é o próprio Deus.
Um Deus santo tem requisitos para um relacionamento com ele que nenhum de
nós pode satisfazer. Precisamos ser tão santos como ele é santo, tão perfeito
quanto ele é perfeito.
Mas não importa quão religiosamente vivamos, quão bons somos ou quão duro
trabalhamos, não podemos atender a esse padrão. Todos nós pecamos e
carecemos da glória de Deus.
b. A ilustração: Suponha que você trabalhou para mim e paguei cinquenta dólares.
Cinquenta dólares seria seu salário, é o que você ganhou. A Bíblia está dizendo que,
porque você e eu pecamos, estávamos na morte, vamos morrer e seremos totalmente
separados de Deus.
28
Ponto de transição:
Como não havia como você chegar a Deus, Deus decidiu vir até você.
Boas notícias
a. O verso: Romanos 5.8 diz: “Mas Deus prova seu próprio amor para conosco, pelo
fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
b. A ilustração: Digamos que você esteja em um hospital morrendo de câncer. Eu
poderia vir até você e dizer: “Quero fazer algo por você”, vamos tirar as células
cancerígenas do seu corpo e colocá-las no meu corpo. O que aconteceria comigo?
(Pausa) certo, eu morreria. O que aconteceria com você? Certo, você viveria... Por
quê? Sim, porque peguei a coisa que estava causando sua morte, coloquei sobre mim
e morri como seu substituto. A Bíblia está dizendo que Cristo veio ao mundo, ele
tomou a penalidade pelos pecados que causaram a sua morte, ele colocou sobre si
mesmo, e ele realmente morreu em seu lugar. Ele foi seu substituto. No terceiro dia
ele ressuscitou para provar que suas afirmações sobre ser Deus eram verdadeiras,
ele ressuscitou para provar que o pecado, a morte e o diabo haviam sido
conquistados.
a. O verso: Efésios 2.8-9 diz: “Porque pela graça sois salvos por meio da fé, e isto
não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.
b. A ilustração: A palavra graça significa “favor imerecido”. Ser salvo quer dizer ser
“resgatado ou liberto da penalidade do pecado.” Agora, você pode estar se
perguntando o que é fé? A palavra fé significa confiança. Por exemplo, você não
estava aqui quando a cadeira foi feita, você não examinou como ela foi construída
antes de você se sentar nela. Você está simplesmente confiando na cadeira para
segurá-lo. Colocar sua fé em Cristo significa confiar nele para salvá-lo. Não confiando
em sua membresia na igreja, em sua boa vida ou em seu batismo para levá-lo ao céu,
mas confiando em Cristo e somente nele. Sua confiança deve estar no único que
morreu e ressuscitou. É aí então que Deus lhe dá o céu como um presente gratuito.
Conclusão
Pergunta:
“há alguma coisa impedindo você de confiar em Cristo agora?”
*Nota: Se o Espírito Santo não o trouxer para Cristo, você não pode, mas você pode
prosseguir. Você pode ajudá-lo a pensar no que o impede de confiar em Cristo.
29
Aula 2: Como apresentar o evangelho
“Você gostaria de orar agora mesmo e dizer a Deus que você está confiando em seu
Filho como seu Salvador?”
*Nota: Eu pedi a ele para me dizer como eu posso me tornar um cristão. Certifique-se
de que ele entenda isso. Se entender, eu faço uma das duas coisas. Eu o guio em
oração ou o faço orar. Mas antes de fazer qualquer um dos dois, certifique-se de que
ele entenda que fazer uma oração nunca salvou ninguém. A oração é somente o meio
pelo qual ele diz a Deus que está confiando em Jesus Cristo como seu Salvador.
Oração: “Querido Deus, eu venho a ti agora. Eu sei que sou pecador. Nada que eu sou
ou faça me faz merecedor do céu. Creio que Jesus Cristo morreu por mim e ressuscitou
da sepultura. Neste momento, confio somente em Jesus Cristo como meu Salvador. (Se
apropriado, acrescente: Não estou confiando em minha boa vida ... meus melhores
esforços ... meu batismo ... minha membresia na igreja para me levar para o céu. Estou
confiando somente em Cristo para me salvar.) Obrigado pelo perdão e pela vida eterna
que tenho agora. Em nome de Jesus, amém.”
Segurança:
Imediatamente cubra a segurança de salvação com ele como explicado na aula 12 sobre
acompanhamento.
O salário do pecado é a
Má Notícia Nº 2 Romanos 6.23 Salário
morte
REVISÃO
30
E quanto ao arrependimento?
Portanto, quando um indivíduo admite que ele é um pecador, entende que Cristo morreu
e ressuscitou, e coloca sua confiança em Cristo para salvá-lo, tanto o arrependimento
quanto a fé ocorreram.
31
Aula 2: Como apresentar o evangelho
Já foi dito e citado frequentemente: “Os métodos são muitos, os princípios são
poucos. Os métodos sempre mudam, os princípios nunca.” A maioria está incerta sobre
quem disse isso pela primeira vez, mas a realidade é verdadeira e se aplica a muitas
situações. Não é diferente em relação ao evangelismo - compartilhar o evangelho de
Jesus Cristo. Para que o evangelismo aconteça, a mensagem central do evangelho deve
ser comunicada - o homem pecou, Jesus Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou para
que o homem pudesse ter perdão e ser restaurado em seu relacionamento com Deus
através da fé em Jesus. Esta mensagem não pode, não deve ser alterada. Mas o modo
como a mensagem é comunicada pode e deve mudar. Em um determinado contexto, um
ou mais dos métodos abaixo podem ser apropriados e mais úteis que os outros. Aqui
está uma amostra de alguns métodos populares de compartilhar Jesus Cristo.
1. Criação
“No princípio criou Deus os céus e a terra”. Gênesis 1.1
“Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de
eternidade a eternidade, tu és Deus”. Salmo 90.2
Esta primeira cena da história é sobre Deus, que sempre existiu e criou
tudo bom, cuja obra-prima era homem e mulher. Por seu desígnio tudo
estava em harmonia e funcionava como era pretendido. Mas algo deu
errado…
2. Queda
“Não há justo, nem um sequer”. Romanos 3.10
“O mundo inteiro é culpado diante de Deus”. (NLT)
A segunda cena explica o que deu errado - o homem pecou; ele
desobedeceu a Deus. Adão e Eva comeram a fruta e decidiram que eles,
não Deus, determinariam o certo e o errado. Essa ação trouxe as
consequências do pecado, do mal, do sofrimento, da dor e da morte.
Também criou uma necessidade porque a morte que foi causada não era
apenas física, mas espiritual - separação eterna de Deus. Mas este não é
o fim da história…
30
De http://viewthestory.com/ http://viewthestory.com/ Para mais detalhes para descobrir como fazer download de
apps ou aprender sobre treinamento aprofundado nesse método, visite: http://whythestory.com/
32
3. Resgate
Jesus disse que ele veio “Buscar e salvar o perdido.” Lucas 19.10
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos
injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no
espírito”. 1 Pedro 3.18
Qual é a sua parte na história? É o resgate somente pela fé - simples confiança em Jesus
Cristo para salvá-lo. Efésios 2.8-9 diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Ao
invés de acreditar que você pode se salvar do pecado, você deve transferir sua confiança
para o resgate de Jesus.
Como você deve responder? Deus está convidando você para fazer parte da história que
ele está escrevendo e ele está oferecendo a salvação para você hoje. Você pode abraçar
o resgate de Deus simplesmente por:
33
Aula 2: Como apresentar o evangelho
Caminho de Romanos31
O Caminho de Romanos é um modo de explicar as boas novas da salvação usando
versos do livro de Romanos. É um simples, ainda assim poderoso método de explicar
porque necessitamos de salvação, como Deus providencia salvação, como podemos
receber salvação e quais os resultados da salvação.
1. Romanos 3.23
2. Romanos 6.23
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A punição que nós merecemos por nossos pecados
é a morte. Não apenas física, mas também morte eterna!
porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A punição que nós merecemos por nossos
pecados é a morte. Não apenas física, mas também morte eterna”.
Perguntas introdutórias:
31
Dave Early e David Wheeler. Evangelism Is [Evangelismo É] (Nashville: B&H Academic, 2010) 331-332.
32
William Fay. Share Jesus Without Fear [Compartilhe de Jesus Sem Medo] (Nashville: B&H Publishers, 1999).
34
Compartilhe as Escrituras:
Uma boa ideia sugerida por Bill Fay é levar consigo uma Bíblia do tamanho de
bolso e escrever nas margens de cada verso o próximo verso da lista. Por exemplo,
ao lado de Romanos 3.23, você escreverá Romanos 6.23 e, ao lado de Romanos
6.23, escreverá João 3.3, etc. Isso ajudará você a lembrar aonde ir em seguida, caso
esteja nervoso ao falar com alguém sobre Cristo, que é frequentemente o caso.
Perguntas de comprometimento:
1. Você é um pecador?
2. Você quer perdão de pecados?
3. Você acredita que Jesus morreu na cruz por você e ressuscitou?
4. Você está disposto a entregar sua vida a Jesus Cristo?
5. Você está pronto para convidar Jesus em sua vida e seu coração?
35
Aula 2: Como apresentar o evangelho
O Caminho do Mestre33
Esse método de evangelização coloca forte ênfase nos dez mandamentos
e em uma série de perguntas para ajudar a revelar a necessidade de salvação.
Quatro Pedras Fundamentais são representados pelas letras: WDJD, que se
remetem à pergunta What Would Jesus Do? [O que faria Jesus?].
33
Kirk Cameron e Ray Comfort. The Way of the Master [O Caminho do Mestre] (Wheaton, IL: Tyndale, 2002). Para
mais detalhes, visite www.thewayofthemaster.com
36
J [Jesus]: No dia do Julgamento, se Deus julgar você pelos Dez
Mandamentos, você será inocente ou culpado?
FAITH [FÉ]34
Esse método de evangelismo utiliza o acrônimo FAITH [letras que formam a
palavra fé, em inglês] para mais facilmente lembrar o que comunicar a um
descrente. O que é FAITH [fé]? [N.T.: O acróstico exige que as palavras sejam
mantidas em inglês.]
F é Forgiveness (perdão), pois
Todos pecaram e necessitam do perdão de Deus.
Romanos 3.23 “pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus”. Perdão de Deus está em Jesus somente.
Efésios 1.7 “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão
dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.
A é Available (disponível)
O perdão de Deus está disponível para todos.
João 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna”.
Perdão de Deus está disponível, mas não é automático.
Mateus 7.21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino
dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos
céus”.
I é Impossible (impossível)
De acordo com a Bíblia, é impossível ir para o céu por nós mesmos.
Efésios 2.8-9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não
34
http://stevegrose.tripod.com/id12.html
37
Aula 2: Como apresentar o evangelho
O ABC da Salvação35
Quando alguém está claramente pronto para entregar sua vida a Cristo, os ABCs
são uma maneira simples de ajudá-los a entender o que é necessário para que eles
cruzem a linha da fé. [N.T.: O acróstico exige que as palavras sejam mantidas em inglês.]
Tenha em mente que qualquer método que você use no evangelismo deve conter
a mensagem central do evangelho. Neste artigo, pretendi simplesmente delinear vários
35
Dave Early e David Wheeler, Evangelism Is… [Evangelismo É...] (Nashville: B&H Academic, 2010), 334.
38
métodos diferentes conforme eles aparecem. Você pode querer modificar certos
elementos desses métodos se achar que a terminologia é confusa. Por exemplo, o
método Compartilhar Jesus sem Medo lhe diz para perguntar a uma pessoa se ela está
pronta para “convidar Jesus ao coração”. Você pode mudar isso para perguntar se ela
está pronta para confiar somente em Cristo para o perdão dos pecados, porque a Bíblia
nunca usa a frase “convidar Jesus para o seu coração” em relação à salvação.36 É mais
simples e menos confuso manter a terminologia da Bíblia. Além disso, evite adotar certas
frases nesses métodos que são teologicamente incorretas. Frases como “volte do seu
pecado” ou “entregue sua vida a Cristo” anexam um componente das obras à salvação.
Sim, uma pessoa que confia somente em Cristo deve e vai entregar sua vida a Cristo;
mas isso vem depois da conversão, não antes. Afastar-se do pecado também não é algo
que a Bíblia torna condicional à salvação; é, antes, o fruto da salvação.37 O
arrependimento significa mudar de ideia e estar disposto a admitir seu pecado aos olhos
de Deus;38 não se trata de parar fisicamente seu pecado para ser salvo. Há certamente
alguns recursos nos métodos descritos anteriormente que você desejará evitar. No
entanto, cada um deles possui algumas qualidades muito boas que você pode querer
considerar usar com pessoas diferentes ao tentar compartilhar Cristo. Certifique-se de
“não jogar o bebê fora junto com a água suja” como diz o velho ditado.
36R. Larry Moyer, 21 Things God Never Said [21 Coisas que Jesus Nunca Disse] (Grand Rapids: MI, Kregel
Publications, 2004) 41.
37 Ibid. 97.
38 Ibid. 101.
39
Aula 2: Como apresentar o evangelho
“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze”. 1 Coríntios 15.3-5
Quando se trata da mensagem mais importante, o Evangelho, não deve haver confusão.
Paulo declara: “Eu entreguei a você… o que também recebi.” Em Gálatas 1.12, Paulo
explica que ele não recebeu a mensagem de outras pessoas, mas de Deus. Essa
mensagem gira em torno de quatro coisas que dizem respeito a Cristo. (1) Cristo morreu
por nossos pecados de acordo com as Escrituras; (2) Cristo foi sepultado; (3) Cristo
ressuscitou no terceiro dia de acordo com as Escrituras; e (4) Cristo foi visto.
Seu enterro foi prova de que ele morreu. O fato de que ele foi visto é a prova de que ele
ressuscitou. Ele é o Evangelho: Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos
mortos.
Por que muitas vezes tornamos a mensagem mais difícil? Será que começamos a
compartilhar mais sobre a Bíblia e menos sobre o Evangelho? Começamos a conversar
com pessoas perdidas sobre como viver a vida cristã antes de explicar como entrar nela.
Será que muitas vezes esquecemos a mensagem real? Uma pessoa perdida no pecado
precisa ouvir a Boa Nova de Cristo: Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou dos
mortos.
A Bíblia contém sessenta e seis livros, mas o evangelho contém apenas nove palavras:
Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou dos mortos.
À medida que você tem a oportunidade de apresentar as Boas Novas, peça a Deus para
ajudá-lo a apresentá-la como o apóstolo Paulo - clara e simplesmente
39 Esse artigo foi extraído de R. Larry Moyer 31 Days With the Master Fisherman: A Daily Devotional on Bringing
Christ to Others [31 Dias com o Mestre dos pescadores: Um devocional diário sobre levar Cristo aos outros] (Grand
Rapids: Kregel Publications, 1997), 13-14. Usado com permissão.
40
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
Perguntas a considerar
• O que escutar tem a ver com evangelismo? Evangelismo não é somente sobre
falar às pessoas e compartilhar o evangelho?
• Qual exemplo de escutar pode ser encontrado no ministério de Jesus?
• Qual a diferença entre ouvir e escutar?
• Há diferentes níveis de escuta e como entender isso ajuda em evangelismo?
• Quais são algumas dicas de escutar para entender?
“Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a
mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher
samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus:
Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe
pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a
tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que
Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim,
seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter
sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo
contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”.
41
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
• Ele obviamente se importava mais com a alma da mulher do que com suas
________________ religiosas.
Nota: Jesus praticou a escuta “ativa” como uma ferramenta para alcançar
pessoas.
1. Ignorar as Pessoas
2. Escuta Destrutiva
3. Escuta Seletiva
4. Escuta Atenta
5. Escuta Empática
42
Cinco principais erros de escuta
1. Fingir Ouvir
2. Escuta Superior
5. Escuta de iPod
43
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
• Jesus a escuta.
• Jesus pediu que ela submetesse sua vida e “adorasse o Pai em Espírito e em
verdade.” (4.23-24)
Como resultado: A mulher deixa cair seu pote de água e imediatamente se junta a
Cristo em missão. Então ela conta a toda a cidade sobre Jesus!
44
CONSIDERE AS AÇÕES DOS DISCÍPULOS . . .
• E les não queriam ver quão grande a colheita poderia ser. (O Poder de Um
Multiplicado)
45
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
– João 4.39-42
46
Artigo 6: Apolgética encarnacional 40
por Dr. David Wheeler
Definição:
47
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
importantes. Se alguém afirma acreditar que a Bíblia é inerrante, mas exemplifica isso
nas expressões de sua vida como um código contraditório de ética e comportamento, o
que o mundo não-cristão deve concluir sobre essa mesma fé que supostamente veio
da Bíblia? Não que alguém seja perfeito, mas uma Bíblia inerrante que é adotada como
a autoridade final para a fé cristã resulta em algo próximo a um estilo de vida inerrante
de seus proponentes?
48
combinação holística de um cristão que foi bem preparado “informativamente” para
defender sua fé, combinado com aquele que realmente viveu suas crenças “de forma
encarnacional” como uma expressão transformadora de Cristo não poderia ser negado.
No final, o muçulmano recebeu a Cristo como Salvador pessoal!
Ainda assim, a questão pede para ser feita: Deveria essa abordagem “encarnacional”
ser considerada a outra metade da genuína apologética? Certamente parece ser um
aspecto importante da plena comunicação da verdade bíblica. O triste fato é que muitas
pessoas nunca compreenderão a realidade dos ideais bíblicos, como perdão, amor
incondicional ou até mesmo salvação, porque não podem ir além das maneiras
inconsistentes pelas quais os cristãos comunicam sua fé através da vida diária. Isso
deve parar! De acordo com as Escrituras, o único obstáculo para os incrédulos deve
ser a cruz, e não as ações anti-bíblicas daqueles que alegam ter sido redimidos através
dessa mesma cruz!
49
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
Francamente, não faz sentido defender as poderosas verdades de Cristo, se elas não
são dinâmicas o suficiente para impactar as maneiras pelas quais nós o manifestamos
ao mundo. De certo modo, é isso que Jesus disse em Mateus 9.17: “Nem se põe vinho
novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os
odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam”.
Embora esta passagem esteja se referindo à antiga e à nova aliança, ela ainda é
relevante para a discussão. Considere que um dos milagres da salvação é que alguém
recebe “vinho novo” através do poder da mensagem do evangelho. Infelizmente, sem
novos “odres”, todo o lote de vinho é pervertido e sua finalidade nunca é concretizada.
O mesmo acontece com muitos cristãos que não entendem a conexão entre crenças e
comportamento.
Em seu livro Safely Home, Randy Alcorn conta a história de um fervoroso cristão
chamado Quan. Ele foi injustamente jogado na cadeia por proclamar publicamente sua
fé na China.
Quan sussurrou na escuridão palavras escondidas em seu coração: “Eu sei que
meu Redentor vive e que no final ele se levantará na terra. E depois que minha
pele for destruída, ainda em minha carne verei a Deus. Eu mesmo o verei com
meus próprios olhos - eu e não outro. Como meu coração anseia dentro de mim!”
50
O guarda espiou pela cela de Quan através da pequena janela gradeada,
que tinha dois palmos de largura. Há muito acostumado com a escuridão,
Quan podia ver o desprezo em seus olhos.
“Sim, você está!”, gritou o guarda. Ele sacudiu a porta, mas seguiu para a
próxima cela.
“A menos que você possa me pagar, não me importo com seus pedidos.”
Quan viu nos olhos do carcereiro uma surpresa misturada com desprezo.
“Esta prisão é tão imunda”, disse Quan. “Há desperdício em todos os lugares. Os
ratos e as baratas se alimentam disso. Você não é um prisioneiro, mas deve se
sentir como se fosse. Su Gan tem que respirar esse ar sujo, andar com cuidado
por causa do que escapa das celas. Li Quan pode ajudá-lo. Deixe-me entrar nas
celas uma por uma e limpar esse lugar imundo. Dê-me água e uma escova e
sabão, e eu vou te mostrar o que posso fazer! Meu pai, Li Tong, era varredor de
rua, um grande limpador do solo. O melhor da China. E eu sou o filho de meu pai!
“(Em Safely Home, de Randy Alcorn, Tyndale House, 2001, 273-274)
Ben observou o homem, que por algum motivo estava andando na direção
dele. Ele sentiu seu coração congelar. “Quan?” Ele tentou disfarçar seu
horror. Eles tocaram o dedo indicador direito através da cerca. “Você está
com cheiro de ... sabão.”
51
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
“O quê?”
“Deus abriu a porta. Eu vou para os outros homens. A maioria nunca teve
mais ninguém entrando em sua cela exceto para espancá-los. Eu ajudo e
sirvo-os enquanto limpo suas celas. Eu trago-lhes o amor de Yesu. Doze
homens que visitei. Quando saí de suas celas, seis deles não estavam mais
sozinhos.
“Quando saí, Yesu estava com eles. Três já eram crentes, um deles pastor.
Ele conheceu meu pai, Li Tong! Mais três curvaram os joelhos para Yesu,
que promete nunca deixar ou abandoná-los. Quando eu ando pelas suas
celas em “direção para limpar outras, eu canto para eles,” o céu é a minha
pátria. “Quando eu termino de limpar todas as celas, eu começo de novo.
Então eu posso ensinar Shengjing para cada um deles. Eu ensino enquanto
lavo.
52
“informativo” da verdade bíblica muitas vezes leva à heresia.
É tipo a maneira como Jesus tratou a mulher no poço em João 4. Ele não a
envergonhou ou condenou. Pelo contrário, ele fez o impensável para um judeu, ele
realmente falou com ela, reconhecendo assim seu valor básico como uma alma
humana. Ao fazê-lo, ele ganhou sua confiança e atingiu sua curiosidade. Em última
análise, a mulher foi atraída para a água espiritual onde, de acordo com Cristo, ela
“nunca mais teria sede”.
Com isto em mente, vale a pena notar que Cristo sempre foi uma mistura perfeita de
ambos os tipos de apologética. A verdade simples é que a vida “encarnacional” é
meramente viver como Jesus viveu equilibrando crenças com comportamento. No final,
os cristãos devem entender que um mundo incrédulo não acreditará no que dizemos
sobre Cristo e nossa fé, até que eles primeiro vejam a verdade manifestada através de
nós. Em suma, isso é apologética “encarnacional” no seu melhor!
53
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
Seja intencional - Tome a iniciativa. Olhe tudo o que você está fazendo.
Então pergunte: “Isso poderia ser feito com um não-cristão?”
Seja sensível - Pessoas que param para ouvir são raras em nossa cultura
acelerada. Aproveite o tempo para dar a alguém sua atenção total. Deixar que
eles saibam que você se importa pode fornecer uma oportunidade para falar
sobre Cristo.
54
reconhecê-las e dê coragem para compartilhar o evangelho. Esteja preparado. Mude o
assunto para a apresentação do evangelho quando Deus lhe der a oportunidade. Se
você não sabe o que dizer, o EvanTell oferece treinamento gratuito de evangelismo on-
line. Seja treinado para que, quando Deus lhe der a oportunidade, você esteja pronto.
55
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
56
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
Perguntas a considerar:
1. Comece _______________________________________________
“Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os
que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para
ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos
sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus,
mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.
Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo
para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço
por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”.
(1Co 9.20-23)
57
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
3. Não __________________________________
58
4. Use ___________________________________
2) Ilustração: Você está usando algo de que eles estão conscientes para
chegar ao assunto da verdade espiritual ou para ilustrar a verdade.
5. Use ________________________________
“Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz:
Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar! Paulo, porém,
respondeu: Não estou louco, ó excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo
palavras de verdade e de bom senso. Porque tudo isto é do conhecimento do
rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma
destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou em algum lugar
escondido. Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas.
Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer
cristão. Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito,
não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se tornassem tais
qual eu sou, exceto estas cadeias”.
59
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
(At 26.24-29)
60
Artigo 8: Qual papel a sabedoria tem no evangelismo?42
por Dr. R. Larry Moyer
42
R. Larry Moyer, Free and Clear [Livre e Claro] (Grand Rapids: Kregel, 1997), 213-220.
61
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
Um crente uma vez me disse: “Eu não consigo superar o fato de haver tantas
pessoas machucadas.” Ele está certo. As pessoas estão sofrendo. Quando você
começa a falar com elas na área da família, do trabalho e do seu pano de fundo, e
demonstra um coração sincero e carinhoso, muitas vezes essas mágoas são
reveladas. O casamento deles está em apuros, um bom amigo tem uma doença
terminal, seu trabalho não está funcionando tão bem quanto eles esperavam, seus
pais estão separados ou tiveram problemas com um bom amigo ou com a lei.
Qualquer que seja a dor, eu encontrei muito poucas pessoas com as quais eu não
consegui entrar com tato nas coisas espirituais e falar daquele que oferece tudo o
que elas precisam - paz, perdão, felicidade, um amigo, esperança - o que quer que
seja. Toda vez explico que a primeira e mais importante necessidade de uma
pessoa é a garantia da vida eterna. Até que a questão de seu destino eterno seja
resolvida, uma pessoa não pode conhecer os muitos outros benefícios que Cristo
tem para dar.
62
trinta e oito anos e eu não aguento.” Nesse momento, ela começou a chorar. Isso
me deu a oportunidade de explicar que sendo casado por muitos anos, eu pude
simpatizar um pouco com ela. Enquanto conversávamos, ela desdobrou os
detalhes de um marido que aparentemente estava passando por uma crise de
meia-idade. Eu pude perguntar a ela calorosamente: “Posso fazer uma pergunta
pessoal? Eu não sei como você se sente sobre as coisas espirituais, mas estou
convencido de que Deus se importa com você e quer ajudá-la. Você já pensou
sobre isso?” Ela confessou que essa experiência a estava fazendo pensar mais
sobre as coisas espirituais do que ela já pensou antes. Uma hora depois, tive o
privilégio de conduzi-la ao Senhor. Eu então obtive o endereço dela para enviar-lhe
algumas informações que a ajudariam a crescer.
Deixe sua mente fazer o que Deus criou para fazer - pense livremente. Ao usar o
bom senso, você ficará surpreso com as muitas maneiras pelas quais você pode
mover uma conversa do geral para o específico, e do secular para o espiritual. De
fato, quanto mais pessoas falarem com você, mais abundantes serão as maneiras
de transformar conversas em coisas espirituais.
Os cristãos podem se tornar muito mentes fechadas. Eles veem o que as Escrituras
estão dizendo, mas muitas vezes não conseguem ver como os eventos da vida
podem ser usados para tornar as Escrituras relevantes para uma pessoa perdida. A
sabedoria nos diz que as pessoas perdidas geralmente entendem a vida. Eles
veem isso acontecendo na frente deles todos os dias. O que eles não entendem é
a Bíblia e como ela se relaciona com a vida. Aquele que é sábio no evangelismo
reconhece quão útil é amarrar os eventos da vida às Escrituras e vice-versa. O
senso comum combinado com uma pureza desarmante mostra como fazer essas
correlações.
Um jornal de Dallas disse uma vez sobre um guarda de trânsito da escola que foi
morto quando ele empurrou uma criança para fora do caminho de um carro que se
aproximava. Ao fazê-lo, o guarda morreu, mas a criança viveu. Uma ilustração
como essa pode servir para enfatizar na mente de uma pessoa perdida a natureza
63
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
substitutiva da morte de Cristo e do amor que estava por trás dela. Quando um
músico popular era assassinado, seu filho, que sempre lhe dizia que podia fazer o
que quisesse e que qualquer coisa estava ao seu alcance, comentou com sua mãe:
“Há uma coisa que não podemos fazer. Nós não podemos trazer o papai de volta.”
Esse comentário estava no rádio em Dallas naquele momento. Isso me deu a
oportunidade de dizer a muitas pessoas perdidas: “Aquele menino entendeu uma
simples verdade das Escrituras. Você não pode trazer o papai de volta. Seja qual
for o acordo que você deseja com Deus, tem que ser feito agora.” Ao ler o jornal e
ouvir as notícias no rádio e na TV, peguei vários comentários e ilustrações sobre a
vida, a morte, a solidão, a felicidade, o tédio, céu, inferno, Cristo, Deus, religião,
amigos e inúmeros outros assuntos. Muitos foram extremamente úteis para mim.
Mesmo quando escrevi este livro, li sobre um treinador profissional que falou sobre
seu filho e seu bom caráter e vida. Ele então comentou: “Ele tem uma passagem só de
ida para o céu.” Um comentário como esse me ajuda a conversar com pessoas
perdidas que erroneamente sentem o mesmo - que a bondade levará alguém para o
céu. O senso comum nos diz que precisamos conhecer nossa Bíblia, mas também
precisamos ter nossos olhos e ouvidos abertos aos eventos atuais. Como Cristo
demonstrou, os eventos atuais podem ser efetivamente usados para transmitir a
verdade espiritual aos perdidos. Vimos que a sabedoria unidirecional é demonstrada
nas Escrituras com o uso de evidências. Ajuda-nos a perceber que assuntos como a
tumba vazia e a profecia cumprida não eram meras questões de coincidência. Portanto,
eles se tornam mais pesados ao conversar com os perdidos. Josh McDowell em More
than a Carpenter [Mais que um Carpinteiro] menciona uma análise feita por Peter W.
Stoner que mostra a credibilidade de algo como uma profecia cumprida. Suponha que
havia apenas oito profecias cumpridas por Cristo, em vez do número real de mais de
trezentos. Usando a ciência da probabilidade em referência a oito profecias,
aprendemos que a chance de que qualquer homem tenha vivido até o tempo presente
e cumprido todas as oito profecias é de 1 em 1017. Isso seria 1 em
100.000.000.000.000.000. Stoner ilustra essa estatística impressionante e suas
ramificações por imaginar que 1017 dólares de prata foram colocados na face do
Texas. Todo o estado seria coberto a uma profundidade de dois pés. Ele então imagina
que um desses dólares de prata foi marcado e toda a massa se agitou. Se um homem
fosse então vendado e mandado viajar como quisesse, mas que ele deveria escolher o
dólar de prata marcado - sua chance de encontrar o caminho certo seria o mesmo que
os profetas de escrever oito profecias e fazer com que todas elas se realizem em uma
pessoa, se eles escrevessem apenas com sua sabedoria.43
Alguém às vezes pergunta: “E quanto à evidência de vidas mudadas? Isso não pode
ser usado sabiamente no evangelismo?” Definitivamente. Mais de uma pessoa
testificou de como Cristo pegou sua vida e fez um milagre do que era uma bagunça.
Além disso, aqueles discípulos que foram martirizados pelo que acreditavam atestaram
quem ele era. Homens inteligentes não morrem pelo que sabem ser mentira. Ajuda
43 Josh McDowell, More Than a Carpenter [Mais Que um Carpinteiro] (Wheaton, Ill.: Tyndale House publishers, Inc.,
1977), 108.
64
amarrar estas evidências, entretanto, com os fatos objetivos da ressurreição de Cristo e
da profecia cumprida. Aqueles que argumentam contra a validade de vidas mudadas
ou as experiências dos discípulos acham muito difícil, se forem honestos, refutar os
fatos históricos concernentes a Cristo.
Um livro que usei repetidamente é Evidências que Exigem um Veredito, por Josh
McDowell. McDowell compilou a prova secular, histórica e profética de que Jesus Cristo
era Aquele que afirmava ser. McDowell argumenta que Cristo poderia ter sido apenas
Senhor, mentiroso ou lunático e mostra a evidência de que, sendo Senhor, ele é
absolutamente irresistível. É um excelente livro para dar a um cético. Outro que eu usei
é Who Moved the Stone? [Quem Moveu a Pedra?] por Frank Morison. Como
observado em um capítulo anterior, Morison era um jornalista inglês que tentou provar
que a história da ressurreição de Cristo não passava de um mito. Ele descreve como
suas sondagens e estudos o levaram a uma completa convicção de que a ressurreição
de Cristo e os eventos que o cercam se baseiam em uma base histórica.
Particularmente valioso em seu exame das seis explicações alternativas para o túmulo
vazio, as quais faltam lógica e apoio. Enquanto o livro de McDowell é mais acadêmico,
o livro de Morison é voltado para um público popular. As circunstâncias da pessoa com
quem estou falando determinam qual livro eu uso e recomendo.
Juntamente com outros itens que eu tenho discutido, os elogios também são livres à
medida que procuramos ser sábios no evangelismo. Muitas vezes, quando falamos
com os perdidos, notamos que eles estão ameaçados pelo que estamos dizendo. Essa
é, sem dúvida, uma razão pela qual a maioria vem a Cristo antes dos trinta anos em
vez de depois. Quanto mais velha a pessoa fica, mais difícil é admitir na área mais
importante da vida - a espiritual - que ela perdeu algo extremamente importante. Como
observamos, podemos ser acusados de abrigar uma atitude superior. O não-cristão
pode até ser ameaçado pela nossa “audácia” de acreditar que sabemos, sem sombra
de dúvida, que estamos indo para o céu quando morrermos.
Os elogios muitas vezes nos ajudam a superar essas defesas. Eu usei elogios antes de
apresentar o Evangelho, através de uma apresentação do evangelho, e no final. Eu
elogiei tudo, desde os interesses de uma pessoa até sua inteligência, histórico,
ocupação, família, aparência, companheira, filhos, metas, perguntas, comentários e
65
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
muitas outras coisas. Eu nunca conheci uma pessoa que não pudesse lidar com um
elogio. Quem não gosta de ouvir algo bom sobre si mesmo? Will Rogers teria dito: “Eu
sempre gosto de ouvir um homem falar de si mesmo. Eu geralmente não ouço nada
além de bom.” Para honrar a Deus, os elogios devem ser sinceros, mas não há razão
para que eles não sejam.
Eu gosto de levar homens não cristãos para almoçar. Descobri que os homens se
abrirão comigo sobre coisas espirituais em um restaurante, quando não o farão na
frente de sua própria esposa e família. Quando começo a discutir coisas espirituais
com ele, às vezes sinto que ele se sente ameaçado. Um elogio muitas vezes
desarmará a situação.
Aqui está um exemplo do que quero dizer. Em uma ocasião, um diretor de escola
não-cristão assistiu à nossa divulgação e depois pediu para falar comigo em seu
escritório no dia seguinte. Neste caso em particular, estávamos em uma mesa de
almoço na privacidade de seu escritório. Eu sabia que ele estava lutando com
coisas espirituais e, porque ele e eu viemos do mesmo contexto religioso, eu sabia
o que ele estava passando. Fui criado para não falar abertamente de coisas
espirituais. Quando fui vê-lo novamente no dia seguinte, senti que a luta só havia se
intensificado. Além disso, ele parecia preocupado em reconhecer a estatura que ele
tinha em sua comunidade e como isso tornava difícil ser vocal por Cristo. Eu até me
lembro de dizer: “Na minha posição, tenho que ter cuidado com o quão longe eu
vou”. Eu o elogiava não apenas pela sua posição, mas também pelo bom trabalho
que eu tinha ouvido dizer que ele estava fazendo. Isso tinha um jeito de nos colocar
no mesmo nível e ele reconhecia que, independente do que ele fizesse com Cristo,
eu não pensava menos dele. Isso ajudou a situação! Agora eu poderia dizer a ele:
“Eu não estou preocupado, neste momento, com o quão vocal você é por Cristo;
minha preocupação é que você confie somente em Cristo para salvá-lo”. Algumas
noites depois, ele respondeu no final de um culto evangelístico para me dizer que
desejava confiar em Cristo. Ele então se tornou ativo em uma igreja que crê na
Bíblia na área.
Os elogios podem ser particularmente úteis para alcançar parentes. Às vezes, os mais
difíceis de alcançar são os da própria família. Ao interagir com muitas pessoas sobre
suas situações todos os anos, descobri que a situação mais difícil é tentar alcançar os
pais. Sem dúvida, a razão é que, não importa quão carinhosamente apresentemos o
Evangelho, estamos, no entanto, dizendo: “Na área mais importante da vida, você
estragou tudo.” Isso é difícil para um pai consciente aguentar. Com isso em mente,
muitas vezes sugeri que, seja por meio de conversas ou cartas verbais, as crianças
devem aplaudir os pais por tudo o que fizeram certo. Apenas o fato de você ter
chegado à idade adulta diz alguma coisa. Esses elogios ajudam a dizer aos pais que o
seu respeito por eles não mudou. Você está simplesmente preocupado que a família
esteja unida no céu. Até usei elogios que as crianças me deram sobre seus pais para
levar os pais a Cristo. Eu tive pais que vieram me ouvir falar apenas para satisfazer
seus filhos a quem eles amavam. Quando consigo falar a sós com eles, às vezes tenho
sido capaz de dizer (por causa dos elogios que os filhos lhes deram): “Espero que um
dia meu filho fale tanto de mim quanto seus filhos a respeito de você.” Numerosas
vezes eu vi Deus usar isso para quebrar a barreira e trazê-los para Cristo.
66
Como notamos que a sabedoria é senso comum com pureza desarmante, não nos
atrevemos a esquecer que, inerentes a essa definição bíblica, estão os elementos de
honestidade, sinceridade e pureza de motivos. Por essa razão, alguns perguntam: “É
apropriado ir de porta em porta em um bairro, explicar que estamos realizando uma
pesquisa religiosa e usar isso como uma abertura para apresentar o Evangelho?”
Minha resposta é sim, se é que de fato uma pesquisa está sendo feita. Eu até sugeriria
que você se oferecesse para enviá-los os resultados da pesquisa. Caso contrário, não.
Tenha em mente que visitar um total de vinte casas dificilmente representa uma
pesquisa. Em vez disso, use uma abordagem que tenha integridade. Se uma pesquisa
não está sendo feita, uma honesta abordagem tal qual “Somos de (nome da igreja) e
estamos tentando conhecer algumas das pessoas de nossa comunidade. Você teria
algum tempo para conversar?”, honraria mais a Deus.
Quando Deus nos salva, ele não tira nosso bom senso. Se alguma coisa, ele nos dá
mais do mesmo. Como indivíduos dirigidos pelo seu Espírito, podemos usar o bom
senso e perspicácia ao nos aproximarmos dos perdidos e interagirmos com eles. Ao
agir com sinceridade e integridade, demonstramos uma sabedoria que Deus usou no
Novo Testamento e está usando hoje para apelar aos perdidos em favor de seu Filho.
67
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
Alguns assuntos nunca devem ser discutidos no púlpito. O inferno pode ser um
deles - mas permita-me explicar o que quero dizer com “nunca”.
Muitos observaram que, embora houvesse um dia em que todos pareciam ouvir
sermões de “fogo e enxofre”, agora chegamos ao extremo oposto. Há muita
pregação sobre amor, graça e perdão, mas pouco ou nada é dito sobre o inferno.
Se o inferno é real (e é), precisa ser mencionado. Um capelão que não
acreditava no inferno foi demitido uma vez. Os responsáveis por sua demissão
explicaram: “Se não há inferno, não precisamos de você. Se houver um inferno,
não queremos mais que você nos engane.”
1. Quando você não mostra nenhum remorso por aqueles que estão indo
para lá
D.L. Moody supostamente disse: “Eu não devo pregar o inferno a menos que eu
pregue com lágrimas”. Alguém poderia questionar se deve haver lágrimas reais,
mas seria difícil discordar do ponto que ele estava, sem dúvida, fazendo. O inferno
é um lugar horrível, e o remorso deve ser sentido por quem vai lá. O Inferno
certamente não é um assunto leve e não deve ser tomado como tal por aquele que
fala.
Às vezes a razão pela qual o remorso não existe é que o inferno é pregado com a
atitude: “Isso é o que você merece, então é isso que você recebe, e o inferno é
para onde você vai.” Verdade, todo mundo no inferno está lá por suas próprias
escolhas. Cristo não os rejeitou, mas eles O rejeitaram. Mas se não conseguimos
encontrar remorso por aqueles que estão indo para lá, é melhor perguntar por que
estamos falando sobre o assunto.
Um pregador foi perguntado por que ele não pregou sobre fogo do inferno. Logo
depois, o pregador tentou, e a mensagem não foi boa. Um bom ouvinte
aconselhou-o que, se quisesse pregar sobre o inferno, deveria pregar com amor,
44
Encontrado online em http://www.sermoncentral.com/pastors-preaching-articles/r-larry-moyer-four-dangerous-
ways-to-preach-about-hell-1757.asp . Usado com permissão.
68
não com ódio. Ele advertiu o pregador a não pregar sobre o inferno como se fosse
para onde ele queria que seus ouvintes fossem, mas sim como se fosse um lugar
do qual ele queria salvá-los.
Eu falei pessoalmente sobre inferno, mas posso sinceramente dizer que nunca foi
sem remorso. Eu não estou aplaudindo a mim mesmo. A razão pela qual eu não
posso fazer isso sem remorso é muito pessoal.
Eu decidi estudar a Bíblia. No começo eu pensei que era o livro mais chato e
confuso que eu já li. Mas eu continuei lendo, até que uma noite eu me ajoelhei
ao lado da minha cama na fazenda de gado leiteiro e disse: “Deus, o melhor que
eu sei, estou confiando em Cristo para me salvar.” Minha vida explodiu. Ao
crescer como cristão, percebi o que Deus havia feito. Ele me levou da criação ao
Criador, a Cristo. (Essa é uma das razões pelas quais eu gosto de falar nas
Festas de Jogos Selvagens. Depois de mostrar mais de 90 slides de caça em
uma apresentação do PowerPoint, dou meu testemunho. Como essas reuniões
têm 80% de pessoas perdidas, você pode imaginar quão animado eu fico como
evangelista!).
Enquanto eu estava fazendo tudo isso procurando por Deus, algo muito
dramático aconteceu uma noite. Eu tive um sonho. Foi tão real quanto este artigo
que estou escrevendo. Eu fiquei na beira do inferno prestes a ser lançado por -
adivinha quem? Jesus Cristo mesmo. Foi aterrorizante.
Eu não acredito em interpretar tudo o que acontece na vida por nossos sonhos -
Deus me livre - mas esse sonho desempenhou um papel real em me trazer a
Jesus. Agradeço a Deus por esse sonho, porque a realidade de ir para o inferno
era tão grave que eu não posso nem falar sobre o inferno sem um sentimento de
remorso. Eu oro a Deus que nunca mude.
Quando vejo Jesus falando do inferno nas Escrituras, não consigo encontrar um
lugar onde ele fez isso com uma sensação de satisfação e alegria. Em vez disso,
foi com remorso, como se o inferno fosse o último lugar que ele queria enviar
alguém. Nós devemos sentir o mesmo remorso, e se nós não estamos sentindo,
falar sobre o inferno seria melhor deixar para outros pregadores.
69
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
Não são aqueles que cometem um pecado em particular que merecem ir para o
inferno; são aqueles que pecaram - ponto - e rejeitaram o pagamento do Filho
por causa do pecado.
O inferno não é apenas uma má notícia; é a pior notícia que há para ouvir. D.L.
Moody supostamente compartilhou Cristo com um jovem. O homem tinha
dificuldade em entender sua necessidade de Cristo. Em um ponto, ele disse a D.L.
Moody, “Se eu pudesse ver o céu por cinco minutos, eu acreditaria.” D.L. A
resposta de Moody foi: “Se você pudesse ver o inferno por cinco segundos, você
acreditaria.”
O inferno é mais do que ruim; é horrível. Mas o inferno ser tão horrível é uma coisa
que faz o céu tão brilhante. Jesus não quer que ninguém vá para o inferno. Então,
o que ele fez? Ele morreu como um substituto por todos. Porque um homem
perfeito tomou nosso castigo e se levantou vitoriosamente no terceiro dia, o que
Deus nos pede para fazer? Venha como um pecador, reconhece que Cristo morreu
por nós e ressuscitou e depositou nossa confiança somente em Cristo para nos
salvar. Imagine isso: não somos salvos confiando em Cristo, mais nossa frequência
à igreja, ou Cristo, mais nossa boa vida, ou Cristo, mais nosso batismo, ou Cristo,
mais os sacramentos. Somos salvos confiando somente em Cristo para nos salvar!
No momento em que confiamos em Cristo, Deus nos dá o céu completamente
gratuito.
Você já ouviu algo melhor? Eu não, e estou convencido de que nunca vou ouvir.
Isso é o que eu amo em ser um evangelista. Eu sou o portador das melhores
notícias que as pessoas já ouviram! É também por isso que não importa se é um na
70
audiência ou mil; eu fico animado em compartilhar isso.
É também por isso que, se eu pregar sobre o inferno, eu não posso sair do púlpito
sem ter explicado as boas novas tanto quanto ou mais do que as más. Eu não
quero que o público saia apenas sabendo que, aparte de Cristo, eles estão indo
para o inferno. Eu quero que eles saiam sabendo e compreendendo que, por pior
que seja a má notícia, há boas notícias igualmente difíceis de entender: um Deus
que tanto ama os pecadores do inferno que ele está projetando um lugar para
aqueles que escolhem não ir para o inferno. Sua promessa me empolga. “Pois vou
preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei
para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.2–3).
Como meu mentor e amigo Haddon Robinson diz: “Quando você diz ‘assim
diz o Senhor’, é melhor você estar certo. Essa é uma afirmação
impressionante.” Infelizmente, porém, há aqueles que leem a palavra
“inferno” nas Escrituras e, em seguida, partem para falar, nunca examinando
o contexto. Ao fazer isso, eles frequentemente pregam suas palavras, não a
Palavra.
Marcos 9.43–48 é uma passagem muito eficaz para falar sobre o inferno.
Infelizmente, existem aqueles que a usam para pregar um falso evangelho.
Três versos desse parágrafo dizem: “E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a;
pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires
para o inferno, para o fogo inextinguível...E, se teu pé te faz tropeçar, corta-
o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres
lançado no inferno...E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é
melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo
os dois seres lançado no inferno” (Marcos 9.43,45,47). Alguns usaram esta
passagem para explicar que, a menos que você entregue sua vida a Cristo,
você não poderá ser salvo e um inferno eterno estará à sua espera. Em
outras palavras, Deus quer suas mãos, seus pés, seus olhos, seu tudo.
71
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo
veem nos impedem de vir a Cristo, seríamos pessoas muito inteligentes para
cortar a mão, cortar o pé ou arrancar o olho. Nós estaríamos melhor com um
de cada do que estar separados de Deus com dois. Que palavra poderosa!
Um artista do passado foi questionado: “Quando você começou, disse que
queria ser rico, queria ser famoso e queria ser feliz. Você é rico e você é
famoso - você está feliz?” O artista imediatamente confessou que ele era
mais solitário do que já havia sido. Depois que ele morreu, sua madrasta,
que deveria conhecê-lo como qualquer outra pessoa, teria feito o
comentário: “Ele nunca encontrou a única coisa que realmente queria:
Deus.”
O inferno precisa ser pregado, mas nunca de uma maneira que tire as
Escrituras fora do contexto. Se nós pregamos sobre o inferno, tem que ser
da mesma forma que pregamos sobre todo o resto - não pregar nossas
palavras, mas a Sua Palavra.
Conclusão
Há momentos para pregar sobre inferno, mas também há momentos de não se pregar
sobre o inferno. Vamos nos certificar de que estamos pregando sobre o inferno da
maneira certa e nos momentos certos. Temos uma responsabilidade diante de Deus de
explicar às pessoas quão terrível é esse lugar de tormento. Vamos nos certificar de que
- enquanto nossos ouvintes veem nossas expressões, ouçam nossas vozes, observem
nossos comportamentos e tudo mais a nosso respeito -, eles veem um Deus que nos
pede com o maior amor que ele pode oferecer: “Venha a Jesus.”
72
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza
Perguntas a considerar:
• Qual é o significado entre aprender a falar aos incrédulos sobre Deus e aprender
como falar com Deus sobre os incrédulos?
• O que especificamente você deve orar ao procurar evangelizar?
• Quais referências do Novo Testamento fala sobre orar e compartilhar o
evangelho?
• Onde o Novo Testamento coloca a ênfase na oração: o incrédulo ou o crente
que está compartilhando com o incrédulo?
• Qual é a correlação entre o elemento humano na evangelização e o elemento
Divino?
Notas de aula: Como orar enquanto se evangeliza por Dr. R. Larry Moyer
Você tem que dar especial atenção em como você se comunica com Deus, sobre os
não-cristãos que você quer alcançar.
73
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza
Colossenses 4.3 “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus
nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual
também estou algemado”.
Atos 4.29, 31 “agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus
servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra… Tendo eles orado,
tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e,
com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus...”.
• Diga a Deus que você está com medo e peça a Deus por ajuda. Ore para
que se torne tão natural falar com outros sobre Deus quanto é falar sobre
a previsão do tempo.
2 Tessalonicenses 3.1 “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do
Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre
vós.”
74
5. Ore por ____________________________
2Tessalonicenses 3.2 “e para que sejamos livres dos homens perversos e maus;
porque a fé não é de todos”.
1Timóteo 2.1-4 “Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo
Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso
mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.
Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum
soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é
satisfazer àquele que o arregimentou”.
• O que está acima de tudo na mente de Deus, deve ser o mais importante
para você - A salvação deles.
75
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza
O desejo de Deus não é que você o explique, mas que você o obedeça.
76
Artigo 10: Três maneiras de recuperar um coração pelos incrédulos45
Por Dr. R. Larry Moyer
Aproxime-se de Jesus
Podemos falar com Deus sobre nossa falta de preocupação com os perdidos,
enquanto falamos sobre nossas tentações, dificuldades financeiras, problemas de
emprego ou dificuldades conjugais. Podemos ir até ele e dizer: “Deus, é fácil conversar
contigo, mas o que eu quero dizer a você não é fácil de falar. Você me ajudaria a
desenvolver o mesmo tipo de coração que você tem - um que cuida daqueles que não
te conhecem? 1 João 5.14–15 assegura: “e esta é a confiança que temos para com ele:
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos
que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os
pedidos que lhe temos feito.” Não há dúvida de que tal oração é de acordo com sua
vontade, então quando oramos por um coração como o dele, podemos esperar uma
resposta.
77
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza
Comece a pensar em não-cristãos que você conhece. Seja realista. Em vez de tirar
coisas da sua agenda, considere maneiras de trabalhar as pessoas em sua agenda.
Um jogo de sexta-feira à noite em uma escola local poderia ser facilmente desfrutado
com a companhia de um incrédulo. Uma dona de casa não cristã pode apreciar um
passeio no shopping. Tenha em mente que até mesmo uma hora juntos agora pode
levar a uma tarde juntos mais tarde - e uma excelente oportunidade para explicar a
graça de Deus provada na cruz.
Você vai recuperar sua preocupação com a perda da noite para o dia?
Provavelmente não. Mas em uma questão de tempo, você vai descobrir que está mais
adiantado do que estava. Não é apenas onde você está, mas também a direção em
que você está indo, isso é importante. Se daqui a seis meses você puder dizer: “Eu
tenho uma preocupação muito maior com pessoas perdidas agora do que há seis
meses, e aqui está a prova...” Você saberá que está no caminho certo.
78
Artigo 11: Como vencer o medo no evangelismo — passos iniciais46
por Dr. R. Larry Moyer
O medo faz mais para impedir nosso testemunho do que qualquer outro item
isolado. Como superar um problema tão devastador? Para começar a superar o medo,
duas coisas devem ser mantidas em mente.
Paulo não está sozinho. Pedro e João tinham igual razão para ter medo. Em Atos 4,
temos a primeira perseguição registrada pela igreja primitiva. Ordenado a não falar ou
ensinar em nome de Jesus (v. 18), o que Pedro e João fazem - pairam em um canto,
oram pelo arrebatamento ou imploram a Deus que envie fulano? Nem por um minuto!
Em vez disso, somos ensinados que eles colocaram seus medos diante de Deus.
“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem
com toda intrepidez a tua palavra” (At 4.29).
Se as pessoas com esse tipo de compromisso com o Salvador estão com medo, por
que não estaríamos? Afinal, o medo no evangelismo não tem nada a ver com a
presença ou falta de espiritualidade. Tem tudo a ver com ser humano. Não ousemos
assumir que, porque temos medo, há algo errado em nossa caminhada com o Senhor.
Como lidamos com nosso medo pode ser afetado por nossa caminhada com o Senhor,
mas a presença do medo em si nunca é atribuída nas Escrituras a uma falta de
profundidade espiritual.
Com isso em mente, uma segunda coisa a lembrar é que a questão é superar o
medo, não remover o medo. Este lado do céu sempre terá momentos de medo. O
apóstolo Paulo pediu oração para que “seja-me permitido falar, para que eu possa abrir
a minha boca ousadamente para tornar conhecido o mistério do evangelho” (Ef 6:19).
Quando Paulo escreveu estas palavras, ele as estava escrevendo como prisioneiro em
Roma. Quando ele estava na prisão, ele teve tempo de pensar em suas experiências
evangelísticas. Paulo passou três anos em Éfeso e Deus o usou poderosamente. Ele
não apenas estabeleceu uma igreja cristã forte em Éfeso, com
o também enviou mensageiros pelos quais toda a província da Ásia foi evangelizada.
Igrejas foram estabelecidas em cada um dos seus principais centros populacionais.
Você quer dizer que o apóstolo Paulo está realmente pedindo orações por ousadia
no evangelismo depois de sua extensa experiência? Certamente. Ele sabia muito bem
79
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza
que, uma vez que o medo levanta sua cabeça feia e é tratado, ele não se vai para
sempre - nunca tendo que ser tratado novamente. Em vez de pensar em termos de
nunca ter medo, Paulo teve que pensar em termos de superar o medo cada vez que se
tornasse um grande obstáculo para compartilhar o Evangelho.
Momentos de medo sempre estarão lá. Qualquer um que diga que nunca tem medo
de compartilhar de Cristo provavelmente não será honesto com você. O medo no
evangelismo é normal e natural. Neste lado do céu ocorrerá e voltará a ocorrer. Dizer:
“Eu não testemunho porque tenho medo” é uma explicação. Que isto não se torne uma
desculpa. A questão é o que fazemos com o nosso medo.
80
Aula 6: Mudando uma conversa para questões
espirituais
Perguntas a considerar:
• Como você sabe quando é o momento certo de mudar uma conversa para o
tópico de assuntos espirituais?
• Que áreas específicas de interesse o ajudarão a construir um terreno comum
com alguém que você acabou de conhecer pela primeira vez?
• Quão útil é aprender como fazer boas perguntas para manter uma conversa?
• Que tipos de perguntas são mais benéficas?
• Qual é a responsabilidade de Deus e qual é nossa responsabilidade ao
conversarmos com as pessoas sobre as Boas Novas de Jesus Cristo?
Para muitos crentes, esse pode ser o aspecto mais assustador do evangelismo! Antes
de abordamos esse assunto, é importante que você perceba no que essa aula está
baseada e construída:
tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de
falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; 4para que eu
o manifeste, como devo fazer”.
81
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais
Com isso em mente, como mudar uma conversa para questões espirituais?
• Faça com que eles sintam que encontraram um amigo para que você possa
contar a eles sobre o seu Amigo.
• Você não começa com a retórica da Bíblia! Seu primeiro objetivo não é fazê-la
falar sobre coisas espirituais. É fazê-las falar!
Fale sobre três áreas nas quais eles têm conhecimento e dê à sua mente a
liberdade de pensar.
Pergunte sobre sua:
1) Família – quantos, interesses familiares, vocação
2) Trabalho – o que ele faz, quanto tempo está lá, o que ele gosta ou não gosta
3) Background – de onde ele é, educação, interesses especiais
Nota: Se eles estão ___________________ para você como pessoa, suponha que
seja uma oportunidade de falar sobre coisas espirituais.
82
4. Faça ______________ que lhe permita___________ no evangelho. Pode ser
extremamente útil perguntar (nesta ordem):
5. Apresente o __________________.
Lembre-se: O evangelho pelo qual somos salvos é que Cristo morreu por nossos
pecados e ressuscitou dos mortos.
À medida que você transforma conversas em coisas espirituais, há três lições que são
aprendidas através da experiência prática e confirmadas pelos princípios das
Escrituras, que permitirão reduzir seu medo ao abordar os não-cristãos:
Alguns estudos mostraram que 92% do que você e eu nos preocupamos nunca
acontece. Às vezes, nosso problema é que, antes mesmo de começarmos a
compartilhar Cristo com alguém, já determinamos qual será a resposta. Não leva mais
tempo para pensar em coisas positivas (em fé) do que pensar negativamente. Com
base em João 4.35 e 1 Timóteo 2.4, temos todos os motivos para sermos otimistas.
João 4.35, “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos
digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa!”.
83
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais
João 4.35-38 “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos
digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. O ceifeiro
recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte,
se alegram tanto o semeador como o ceifeiro. Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um
é o semeador, e outro é o ceifeiro. Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes;
outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho”.
João 6.44 Ninguém pode vir a mim a menos que o Pai que me enviou o trouxer. E eu o
ressuscitarei no último dia.
Nota: Você não aprende a _______________ aprendendo como mudar uma conversa
para questões espirituais. Você aprende como mudar uma conversa para questões
espirituais _________________!
84
Artigo 12: Aprendendo através das oportunidades perdidas
por Matt Smith
Era uma tarde de sexta-feira em novembro de 2013, quando minha esposa, nossos
dois meninos pequenos e eu estávamos indo para Myrtle Beach para o casamento de
uma amiga. Estávamos dirigindo pela estrada em nossa minivan e tínhamos acabado
de sair da rodovia interestadual para uma estrada menor em uma parte extremamente
rural da Carolina do Sul, quando um dos pneus estourou. Assim que aconteceu, eu
puxei a van para uma estrada lateral com nada além de árvores em ambos os lados.
Saí da van, dei a volta e olhei para o pneu; estava completamente vazio. Eu também
olhei para mim mesmo, eu estava vestindo calças cáqui e uma camisa pólo. Ficar sujo
não era a maior preocupação, mas isto aumentou a frustração um pouco.
Assim que comecei a fazer um bom progresso ao levantar a van do chão, minha
esposa disse: “O livro aqui diz algo sobre afrouxar as porcas antes de você levantar.”
“Oh, isso não é grande coisa. Eu posso fazer isso depois que eu levantar”, eu respondi.
Bem, como se sabe, é importante soltar as porcas primeiro! É sempre melhor aprender
com os erros de outra pessoa do que com o seu. Eu não devo ter tido o privilégio de
85
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais
estar perto de pessoas que cometeram muitos erros. De qualquer forma, depois de
mais alguns minutos de trabalho para afrouxar as porcas e lutar contra os mosquitos,
tirei o pneu velho e coloquei “o donut”. Sentindo uma sensação de alívio, eu torci o
cabo de macaco várias vezes e abaixei a van de volta ao chão apenas para descobrir
que o pneu sobressalente estava meio murcho. Se eu estivesse vivendo uma
caricatura do Ursinho Pooh, este seria sem dúvida o lugar onde Ursinho Pooh
exclamaria seu famoso “Oh boo-o-o-outro!”
No entanto, teria que nos levar até um posto para que eu pudesse encher até o
ponto certo e esperançosamente nos levar ao nosso destino. Coloquei tudo de volta na
van, entrei no banco do motorista e naveguei pelo GPS procurando um posto mais
perto. Por causa do ambiente rural, eu tinha grandes dúvidas sobre encontrar um.
Enquanto movia o cursor pela tela, lá estava - uma pequena bandeira indicando algum
tipo de posto de gasolina algumas milhas à frente. À medida que nos encaminhávamos
nessa direção, parecia que, de acordo com a paisagem, estávamos nos afastando da
civilização, não nos aproximando dela. No entanto, quando chegamos a um quarto de
milha vimos um pequeno posto de gasolina, mas tinha uma pequena loja ligada a ele.
Quando entramos no estacionamento, a placa acima da oficina de reparos dizia: “Em
Deus Confiamos Consertos de Automóveis”. Quase não conseguimos acreditar em
nossos olhos! Eu sei que olhei para o céu e depois para a minha esposa e disse: “Sim,
nós conseguimos. Ha!”
86
deve ser fácil de se envolver em uma conversa. A oportunidade parecia certa, então
me mudei na sua direção e inicei uma conversa perguntando se o carro no caminhão
de reboque era dele e o que havia acontecido. Ele me contou tudo sobre os problemas
de seu carro e como ele esperava que ainda valesse a pena consertar e eu contei a ele
sobre nossa infelicidade com o pneu estourado.
Apenas um minuto ou dois depois e alguém me pediu para sair e mover minha van
porque estava no caminho. Enquanto eu saía, pensei comigo mesmo: “Assim que eu
voltar para lá, vou encontrar um jeito de falar com esse homem sobre o evangelho -
não importa o que aconteça”. Eu entrei na van e fiz o mudei para uma área aberta.
Assim que eu me virei e estacionei, o homem com quem eu estava conversando estava
em outro carro na minha frente; ele acenou quando passou e senti um nó no meu peito.
Era o pedaço de uma oportunidade clara e perdida. Uma imagem vívida desse homem
ainda aparece em minha mente com bastante frequência, lembrando-me do meu
fracasso.
47 Este é um livreto bem escrito, esteticamente agradável que explica o evangelho através de quatro cenas na
história de como tudo começou e nunca terminará: criação, queda, resgate, restauração. Esse recurso revela que
tudo foi bom no começo porque Deus criou dessa maneira. O homem pecou, no entanto, e isso trouxe as
conseqüências que vemos ao nosso redor, como a desobediência e a morte. Esse pecado também causou uma
grande necessidade de a humanidade ser restaurada de volta a um relacionamento correto com Deus. Jesus então
veio em nosso socorro dando Sua vida pelos nossos pecados, o que leva a uma vida de tudo sendo feito novo e
eternidade com Deus para aqueles que confiam somente em Jesus. O livreto História também pede ao leitor que
responda admitindo sua necessidade e confiando somente em Jesus para resgatá-lo. Estes podem ser
encomendados em massa em www.spreadtruth.com. Há também uma versão online que pode compartilhada
através de mídia social em www.viewthestory.com.
87
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais
Deixe-me descrever aqui três lições que aprendi naquele dia; e talvez você possa
aprender com a minha experiência e não com a sua. Primeiro, familiarize-se com o
manual antes de iniciar a tarefa que tem a fazer. Quando troquei o pneu da van,
poderia ter me poupado tempo e dor de cabeça se só tirasse alguns minutos para
examinar primeiro o manual no porta-luvas. Este parece ser um princípio óbvio para as
tarefas cotidianas, mas também se aplica ao evangelismo. A Bíblia é o nosso manual
sobre compartilhar o evangelho de Cristo, e os cristãos fariam bem em mergulhar nela
antes de começar a testemunhar. 2 Coríntios 5.20 declara: “De sorte que somos
embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em
nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”. A mensagem da Bíblia
é toda sobre Deus reconciliando a humanidade pecadora a si mesmo através da morte,
sepultamento e ressurreição de Jesus. O apóstolo Paulo diz que devemos ser
embaixadores de Cristo nesta obra de reconciliação. Eu não sei quanto a você, mas há
muitos dias em que eu não me sinto como um embaixador nesse sentido. Você sabe o
que ajuda? Lendo o livro de Atos e vendo como os primeiros cristãos foram para todos
os lugares espalhando as boas novas. Lendo as cartas de Paulo e vendo quantas
vezes ele falou do evangelho de Cristo. A Escritura não apenas nos motiva em nosso
evangelismo, mas também nos dá conselhos práticos. Ela nos encoraja a orar por
oportunidades (Cl 4.3), orar por ousadia (Ef 6.19), conhecer pessoas onde elas estão e
ouvi-las (Jo 4) e viver vidas transformadas que atraiam as pessoas para o evangelho
(At 16.25-34). A Bíblia também nos ensina a usar todo e qualquer caminho possível
que não seja pecaminoso para obter as boas novas. Por exemplo, Jesus e seus
discípulos usaram “falar ao ar livre no templo” (Jo 10.22-39), falar à beira-mar (Lc 5.1-
3), falar em lares (Mc 2.1- 2), apresentar o evangelho um a um (At 8. 26-39), visita
domiciliar (At 5.42), literatura (o livro inteiro de João - cf. João 20. 30-31, e falar na
sinagoga (At 17.1-4).”48
48
R. Larry Moyer. Free and Clear: Understanding & Communicating God’s Offer of Eternal Life [Livre e Claro:
Entendendo e Comunicando a Oferta de Deus de Vida Eterna] (Grand Rapids: Kregel Publications, 1997), 169
88
Em segundo lugar, aproveite a oportunidade de fazer a transição para as coisas
espirituais enquanto estiver lá. Em outras palavras, não espere por uma segunda,
terceira ou quarta abertura para perguntar a alguém sobre sua condição espiritual.
Quando a primeira oportunidade ocorrer, pegue-a; você não tem garantido outra. O
apóstolo Paulo encoraja os crentes em Colossenses 4.5 a “andar em sabedoria para
com os que estão de fora, fazendo o melhor uso do tempo.” Nossos dias são limitados,
nosso tempo é curto, geralmente temos pequenas janelas de oportunidade para
compartilhar o evangelho com alguém; aproveite o tempo quando você conseguir.
Enquanto conversava com o homem na oficina e ele começou a me contar sobre a
morte inesperada de seu amigo, essa foi a minha chance de levar a conversa para as
coisas espirituais. Eu sabia; ficou claro para mim no momento, mas deixei passar e não
tive outra chance com ele.
Terceiro, confie no poder do Espírito Santo ao evangelizar. Muitas vezes
cometemos erros no evangelismo porque tememos não ter sucesso. A verdade é que o
Espírito Santo faz o trabalho de conversão no coração de um incrédulo, mas também
transmite sabedoria a um crente ao compartilhar fielmente o evangelho. Atos 4.31 diz:
“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”. O Espírito lhe dará
ousadia e irá ajudá-lo a saber o que dizer quando falar com alguém sobre Cristo. Dave
Early - um plantador de igrejas, pastor e professor de evangelismo diz que muitas
vezes ele pergunta aos cristãos a seguinte pergunta: “Quantos de vocês já
compartilharam o evangelho com uma pessoa perdida e se viram dizendo coisas mais
claras e inteligentes do que você imaginou que poderia?” Toda vez que todos eles
acenam com a cabeça e respondem: “Sim”. Isto é porque o Espírito Santo se associa
com os cristãos enquanto eles compartilham o evangelho.49
49 Dave Early e David Wheeler. Evangelism Is… How to Share Jesus with Passion and Confidence. [Evangelismo é
... Como Compartilhar Jesus com Paixão e Confiança] (Nashville: B&H Academic, 2010), 142.
89
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais
90
Aula 7: Evangelismo servidor
Perguntas a considerar:
Os cristãos hoje cada vez mais se encontram à margem de nossa cultura... a maioria
das pessoas no ocidente não tem intenção de frequentar a igreja. A maioria só
pronuncia o nome de Jesus, ou de Cristo como um juramento.
91
Aula 7: Evangelismo servidor
• Atos de bondade abrem a porta para o maior ato de bondade que um cristão
pode dar: o ________________.
• Dizer às pessoas o que eles querem ouvir para que se sintam bem a respeito de
si mesmas.
Verdade:
• A maioria das pessoas não se importa com o quanto você sabe sobre Deus até
que saiba que você se importa com elas.
92
IMPORTANTÍSSMO PARA LEMBRAR:
• Estar entre os perdidos e interagir mais com pessoas que não conhecem a
Cristo pode nos motivar a amar a Deus e amar mais as pessoas.
A solução:
93
Aula 7: Evangelismo servidor
“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um
os outros superiores a si mesmo”.
Ele adiante declara: “Tende em vós a mesma atitude que houve também em Cristo
Jesus”, que voluntariamente “se esvaziou tomando a forma de servo...”
O mundo incrédulo não ouvirá a verdade de nossos lábios até que eles primeiro vejam
a verdade de Cristo em nossas vidas.
A Bíblia deixa claro que não devemos ignorar as necessidades das pessoas ao nosso
redor.
94
• Os participantes devem genuinamente se importar com as necessidades das
pessoas.
3) É evangelismo de baixo risco. Por isso, fornece uma maneira inicial de envolver
sua congregação no trabalho.
95
Aula 7: Evangelismo servidor
A menos que se torne primeiro um estilo de vida que é praticado pelos indivíduos em
sua igreja, certamente não se estabelecerá no ambiente institucional.
96
2. ____________ onde as necessidades estão
3. Inicie um ______________
• Desenvolva uma vida que é caracterizada por evangelismo.
97
Aula 7: Evangelismo servidor
• Eles precisam saber que eles não são apenas números, e que nós não estamos
simplesmente destacando o evangelismo em nossa lista pessoal de coisas a
fazer.
• Atos 4.23-31
98
3. A ________________
• Isso não é realmente de nossa conta.
• 1 Coríntios 3.6, embora outros possam plantar e regar, é Deus, e somente ele
quem “dá o crescimento”.
• Nosso chamado como crentes é sermos fiéis em arar e plantar, sempre prontos
para compartilhar quando o Pai sacar a rede para a colheita.
• I: Identifique as pessoas
99
Aula 7: Evangelismo servidor
O exemplo bíblico...
Quando Jesus encontrou seus primeiros discípulos ao longo das margens do Mar da
Galileia, ele os chamou para fazer mais do que simplesmente deixar suas redes para
trás. Seu chamado foi um convite para estar envolvido tanto no evangelismo quanto no
discipulado. Em última análise, esse mesmo chamado se tornaria um pedido para viver
uma nova vida radical. Esta vida exigiu total compromisso com o exemplo de servo de
Cristo.
Assim, o renascimento espiritual dos discípulos foi tão profundo e alegre que eles não
poderiam mantê-lo para si mesmos. Como novas criações, sua fé transbordou em
todos os aspectos de suas vidas. Tanto o relacionamento deles com o Pai Celestial
como o modo como viam os não redimidos em torno deles, foram transformados para
sempre.
Por meio de seu testemunho, Jesus demonstrou que todas as dimensões da vida
estavam incluídas na preocupação redentora do Pai. Enquanto ele estava preocupado
principalmente com a salvação das almas espirituais eternas, ele nos proibiu de ignorar
as necessidades físicas e emocionais.
50
Escrito por Dr. David Wheeler, professor de Evangelismo no Seminário Teológico Batista Liberty e Liberty
University; documento nas mãos de Matt Smith, 3 de Abril de 2014, e incluído com permissão.
100
Provavelmente, sua maior expressão verbal desse conceito é encontrada em Marcos
10. 42-45. Em resposta à mentalidade de direito de Tiago e João, que desejavam se
sentar à “direita” e à “esquerda” de Jesus quando ele entrasse em sua glória, ele
respondeu: “Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos
sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós
não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que
vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos.
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos”.
O conceito é tão antigo quanto o Novo Testamento. Como muitas verdades profundas,
esta é tão simples que é facilmente perdida: Consiga um grupo de crentes, por
exemplo, numa igreja local, e comece a praticar simples atos de bondade com um
objetivo intencional de evangelismo. Em muitos casos, tais atos de bondade abrem as
portas para o maior ato de bondade que um cristão pode dar: o Evangelho.
Entenda o que significa bondade. Não significa dizer às pessoas o que elas querem
ouvir, para que elas se sintam bem consigo mesmas. Evangelismo Servidor envolve
mais do que meros atos de bondade. Existem ministérios valiosos, como levar um pão
para os recém-chegados e outros, que são úteis, mas não são explicitamente
evangelísticos. O evangelismo servidor é intencionalmente evangelístico, embora de
forma alguma procure coagir em um sentido negativo. Ao fazer um ato de bondade, a
101
Aula 7: Evangelismo servidor
testemunha diz: “Estou fazendo isso para mostrar o amor de Jesus de uma maneira
prática.” Então, quando o Espírito Santo abre a porta, geralmente através da resposta
do indivíduo: “por que você está fazendo isso ou isso”, aquele que realiza o ato de
servir tem um público cativo e passa a compartilhar seu testemunho de conversão junto
com a apresentação do evangelho. Se a outra pessoa não está aberta para discussão,
a testemunha não vai mais longe, exceto por oferecer um folheto do evangelho,
literatura ou oração. No entanto, a experiência revela que o evangelismo servidor
resulta em conversas do evangelho duas vezes mais do que simplesmente apresentar
Cristo a um estranho.
102
Adotar Escolas Públicas Locais. Leve donuts frescos para a sala dos professores a
cada semana. Seja voluntário assumindo ingressos para eventos esportivos ou
alimente os professores gratuitamente em dias de serviço. Você também pode fornecer
aulas gratuitas, materiais escolares, roupas e sapatos para alunos carentes.
Além disso, forneça donuts e café para os motoristas de ônibus no início da manhã.
Um plantador de igrejas locais escolheu fazer isso apenas para que eles soubessem o
quanto seus serviços eram apreciados. Na verdade, causou uma grande agitação de
boa vontade entre os motoristas que o jornal local escolheu destacar o espírito e
coração de servo do plantador de igrejas para as pessoas. O resultado foi o
nascimento de uma nova congregação!
Adote seu Vizinho. Comece orando pelos seus vizinhos sem igreja pelo nome. Dê
seguimento preparando refeições “livres”, cortar a grama, remover folhas, remover
neve, entrega de baterias de 9 volts para detectores de fumaça, etc.
Use Cartões de Conexão Intencionais. Os cartões de conexão podem dizer algo muito
simples como: “Nós só queríamos que você soubesse que nos importamos”. Na parte
de trás há um pequeno mapa para a igreja e qualquer informação pertinente. Os
cartões são bons para qualquer atividade de ES [Evangelismo Servidor], no entanto,
quando utilizados por cristãos em casos como pagar anonimamente a conta de alguém
em um restaurante, ou entrar na fila do drive through (atendimento sem sair do carro)
em um restaurante de fast food (comida preparada em poucos minutos) e pagar a
conta do carro de trás, é uma maneira eficaz de plantar sementes. Isso também
funciona no Starbucks, no Sonic (cadeia de restaurante americana) ou em qualquer
outra oportunidade.
103
Aula 7: Evangelismo servidor
Aqui estão algumas das grandes ideias para sua igreja começar o evangelismo
servidor.
104
4. Brinde de refrigerante para os transeuntes. Todo mundo vai
“Oi, você gostaria de normal ou diet?” levar um rolo desses doces. Considere
Esta é a nossa abertura padrão para imprimir a mensagem do cartão de
abençoar as pessoas com um pequeno conexão em etiquetas de
ato de bondade em um dia quente. E endereçamento e colá-las na parte
funciona! Nós nos instalamos em superior do invólucro do LifeSavers.
entradas de mercearias com grandes
coolers cheios de gelo e bebidas. 7. Pirulitos
Compre bebidas de marca em vez do Estes são ótimos itens para parques,
material mais barato e coloque um cartão festivais e faculdades. Compre em uma
de conexão sob o abridor. Uma nota de loja de depósito por cerca de seis
cortesia: Às vezes, um local entra em centavos cada, e dobre uma etiqueta de
conflito com vendedores que vendem o endereçamento com informações de
que você está dando. Alguns dos críticos conexão em torno do palito.
mais irados que enfrentamos foram
vendedores que concluem que estamos 8. Pipoca
tentando colocá-los fora do negócio. A Você pode fazer sacos de pipoca antes
resposta: Fique em um local longe dos de chegar ao seu campo de trabalho, ou
fornecedores. Em casos extremos, considerar alugar/comprar sua própria
considere perguntar ao vendedor quanto máquina de pipoca estilo carnavalesco e
dinheiro ele espera perder com a nossa fazê-lo no local. Você vai atrair mais de
presença e, em seguida, forneça a uma multidão com a máquina na mão.
quantia.
9. Óculos de sol (baratos!)
5. Brinde garrafa de água Você já saiu de casa para um evento
Muitas pessoas preferem a água aos esportivo e esqueceu seus óculos de
refrigerantes. Congele embaixo garrafas sol? Muitos participantes de eventos
de água em grandes coolers como uma esportivos experimentam isso todo final
alternativa para uma oferta de de semana. Compramos grandes
refrigerantes. Use os mesmos cartões de quantidades de óculos de sol por apenas
conexão. Nós não recomendamos um quarto, o par.
combinar isso com uma oferta de 10. Cupons de sorvete
refrigerante, porque oferece muitas Aproxime-se de uma sorveteria local e
opções e fica complicado. explique seu desejo de doar milhares de
cupons de sorvete. As chances de o
6. LifeSavers (Marca americana de um proprietário / gerente estar disposto a
doce duro em forma de anel) dar-lhe um bom negócio em cupons de
Se você estiver procurando por um ponto sorvete são grandes. Anexe um cartão
de entrada acessível para muitas de conexão para cada cupom, e você
pessoas, considere este. Nós terá um projeto que irá provocar uma
compramos doce em uma loja de resposta de quase todos na cidade.
depósito por cerca de cinco centavos por
rolo. Anexamos um cartão de conexão e
distribuímos centenas desses doces SERVIÇOS
105
Aula 7: Evangelismo servidor
106
limparemos quando você precisar. outras pessoas, não bebem refrigerante.
Estamos apenas tentando mostrar a Fique ao longo de uma trilha de bicicleta,
você o amor de Deus de uma maneira campo de atletismo ou trilha de
prática.” caminhada e ofereça Gatorade ou água
engarrafada para os praticantes de
AO REDOR DA CIDADE exercícios.
17. Negócios de explosão
Surpreenda funcionários de empresas 21. Pague multas da biblioteca
locais com um pequeno presente, como Deixe $ 20.00 na recepção da biblioteca
uma cesta de doces. Traga um pacote local e instrua o funcionário a usá-lo para
para ser compartilhado pelos a próxima pessoa que tenha multas.
funcionários da loja e deixe um cartão de Deixe um cartão de conexão em um
conexão com a seguinte frase: envelope para a pessoa, para que eles
“Apreciamos como você serve a possam ver por que a multa foi paga.
comunidade com sua empresa e
queremos compartilhar o amor de Deus
de uma maneira prática.” Certifique-se
que você só está dando itens para os 22. Cera de surfe
funcionários, para que eles não pensem Quem diz que os não-surfistas não
que você está “solicitando” seus clientes. podem se relacionar com os surfistas?
Compre a atual marca popular de cera e
18. Brinde de refrigerante para dê um rolê na praia, cara! É um abridor
funcionários de portas, ou melhor, de pranchas.
O que você pode fazer quando negado
permissão para distribuir refrigerantes 23. Pictionary (um jogo de
em frente a um local de varejo de adivinhação no qual os jogadores
primeira linha? Ofereça-se para dar identificar palavras a partir de
refrigerantes aos funcionários. Como de desenhos feitos por outros membros
costume, coloque a placa de conexão no de sua equipe)
topo. Este foi um jogo popular no final dos
anos 80, semelhante ao Charades
19. Selos na frente dos correios (charadas). Prepare-se em um parque
Uma igreja realiza um grande trabalho de local e jogue o jogo usando um quadro
selos em 15 de abril para atrasos fiscais. branco para desenhar dicas. Completos
Não só distribuem selos, mas também estranhos começarão a participar,
oferecem café e donuts (roscas) - especialmente se seu grupo for amigável
alimentos para recuperação do estresse. e animado. Quando os espectadores
Voluntários aguardam as caixas de adivinharem corretamente a resposta,
correio com uma mesa de cartas cheia permita que eles joguem a próxima
de comida e selos. rodada. Após 15-20 minutos, faça uma
pausa, sirva refrigerantes e converse
20. Gatorade em trilhas de bike com os visitantes um a um.
Algumas pessoas conscientes quanto a
saúde, como corredores, ciclistas e
107
Aula 7: Evangelismo servidor
108
32. Fotos instantâneas para casais está vindo, para que eles possam deixar
Um casal vai se agarrar a uma foto o grill esquentando. Os bombeiros são
decente de si mesmo por anos. Prepare um ótimo grupo para servir - eles
um passeio de carruagem local ou outro realmente apreciam e falam muito na
local comum para casais e tire fotos comunidade.
instantâneas deles. Se você quiser que
fique mais chique, ofereça um porta- VIZINHANÇA
retratos feito sob medida para o 37. Ajuntamento de folhas
tamanho. Anexe um adesivo do logotipo “Nós viemos, nós vimos, nós juntamos!”
e número de telefone da sua igreja Várias pessoas em um pequeno grupo
na parte de trás. podem invadir uma vizinhança inteira em
uma única manhã de sábado. Talvez
33. Toalhetes para limpeza de mãos você não goste de limpar seu próprio
Praticamente tudo nas áreas de compras quintal, mas quando você está com um
do centro é um pouco sujo, mas não há grupo de amigos servindo em nome de
realmente nenhum lugar para lavar. Dê Cristo, uma tarefa se torna uma alegria.
às pessoas esses lenços rotulados com Muitos jardins levam apenas quinze
a mensagem da sua organização. a vinte minutos para limpar. Nota: Se
possível, vá para os bairros onde os
34. Fichas para carrinhos de compra aspiradores da cidade saem do meio-fio
Alguns supermercados em áreas (alguns o fazem). Se você os ensacar,
urbanas exigem uma ficha para obter um certifique-se de remover os sacos e
carrinho de compras. Forneça as fichas descartá-los você mesmo em vez de
aos compradores conforme eles entram. deixá-los para os proprietários.
109
Aula 7: Evangelismo servidor
110
suficientes. Isso também funciona bem cães vendido em lojas de animais. Dois
de porta em porta. garotos de dez anos de idade tocaram o
bairro inteiro cobrindo todas as casas
53. Brindes de jornal de domingo pela com um panfleto caseiro explicando seu
manhã e café projeto. Mais tarde, eles relataram a
Compre um número de jornais de lavagem de dezesseis cães e um gato
domingo, prepare um excelente café e relutante. Eles também forneceram um
visite seus vizinhos. Procure as casas colar de pulgas para cada animal de
que não têm jornal na calçada, mas não estimação limpo.
bata na porta muito cedo!
EVENTOS
111
Aula 7: Evangelismo servidor
112
67. Recuperando carros presos na 70. Cuidar de crianças durante as
neve compras de natal
Em dias de neve pesada, envie equipes Existem alguns problemas de
com caminhões de tração nas quatro responsabilidade a serem levados em
rodas. Usando correntes e outros consideração, mas isso pode ser um
equipamentos de segurança, puxe os projeto muito útil durante as férias.
carros para fora. Leve copos de café e Obviamente, você precisará de alguma
chocolate quente para aquecer aqueles ajuda com profissionais de cuidado
que você ajuda. Um telefone celular é útil infantil para fazer isso corretamente e
se você precisar de reforços. com sabedoria.
113
Aula 7: Evangelismo servidor
114
tardes de domingo por volta das duas e, 85. Folheto de testes e folhas de
assim, você vai pegar todo mundo resposta
acordando de suas noites de sábado Muitos professores exigem que os
com ressaca e uma tonelada de lixo. exames sejam feitos em materiais de
teste específicos que os alunos devem
81. Conserto de bicicleta adquirir por si mesmos. Eles podem
Muitos estudantes andam de bicicleta incluir folhetos de teste, folhas de
para a aula. Eles geralmente precisam respostas compatíveis com
de ajustes, incluindo o aperto dos freios, digitalizações e lápis nº2. Eles não são
o alinhamento de engrenagens e a caros, mas são necessários
lubrificação de rolamentos de esferas. A (particularmente em época de provas no
criação de uma loja pode economizar meio do semestre e finais) e
dinheiro e proporcionar uma prontamente disponíveis nas livrarias do
oportunidade para conhecê-los. campus. Compre-os em grandes
quantidades com desconto e distribua-os
82. Cartões postais e selos com um cartão de conexão anexado.
Os estudantes universitários realmente
escrevem para casa de vez em quando. 86. Café e chá durante as sessões de
Forneça cartões postais completos com estudo no fim da noite
postagem com um adesivo que diz: “É Um pouco de amor e carinho vai longe.
bom escrever para sua mãe!” Inclua seu Construa um carrinho que pode ser
cartão de conexão. transportado de dormitórios para
bibliotecas para áreas de estudo. Este
83. Fotocópias terá que ser dirigido por não-estudantes.
Compre cupons de fotocópia a uma taxa
reduzida em um centro de cópias local 87. Pizza no dia de mudança nos
próximo ao campus da faculdade. O dormitórios
preço não deve ser superior a cinco Se você quiser chamar a atenção de um
centavos por cópia. Entregue esses dormitório inteiro, dê uma pizza. Você
cartões no campus. Coloque o logotipo dificilmente precisará de sinais - o aroma
da igreja e o número do telefone no fará todo o marketing de que você
cartão. precisa. Negocie um desconto com a
pizzaria para grandes volumes, ou o
84. Café da manhã pop-tarts (biscoito vendedor pode estar disposto a lhe dar a
pré-cozido recheado) pizza em troca de um endosso.
Eles podem não ser tão saudáveis
assim, mas são populares entre os 88. Pacotes de cuidados
estudantes. Eles são bons quentes ou Prepare e ofereça pacotes de cuidados
frios. Os alunos os levarão para comer para um dormitório inteiro. Inclua itens
mais tarde, mesmo que já tenham como pacotes de chocolate quente,
tomado café da manhã. pipoca de micro-ondas, biscoitos, balas
e chicletes. O custo total será muito
menor que um dólar cada. Estes podem
ser distribuídos através de caixas de
115
Aula 7: Evangelismo servidor
116
explicando o próprio evangelho. para os
clientes, mesmo que ele fosse um
participante de igreja desapontado! Vai
saber!
117
Aula 8: Alcançando a próxima geração
Perguntas a considerar:
• Por que a geração mais jovem é a geração com mais pessoas sem igreja
na história?
• O que significa compartilhar a verdade imutável do evangelho de maneira
mutável?
• Por que um método diferente é tão importante para alcançar a próxima
geração?
• O que há de errado com uma visão do cristianismo que é amplamente
moralista e terapêutica?
• Como seria o mundo se a igreja tivesse mais cautela para ajudar a
geração mais jovem a pensar e viver nesta cultura como missionários?
Nós vivemos em um mundo que está rapidamente mudando; está mais jovem & mais
urbano.
Contexto:
• Em 1900, a Europa e a América do Norte tinham 82% da população cristã,
• Agora, em 2014, é de 39%.
• Até 2050, 71% serão africanos, asiáticos, latinos.
• O que isso significa?
o 30 a 40 anos atrás o cristão típico era um homem branco
o Mas hoje, um cristão típico no mundo é um jovem africano ou jovem
adulto da América Latina
1) ___________________
119
Aula 8: Alcançando a próxima geração
2) ____________________
3) _____________________
4) _______________________
b. O grupo religioso que cresce mais rápido agora é “os nenhuns” (Não
o maior grupo).
“Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus
Cristo, graça e paz a vós outros. Damos, sempre, graças a Deus por todos vós,
mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso
Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da
vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de
Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em
palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como
sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. Com efeito, vos
tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio
de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo
para todos os crentes na Macedônia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra do
Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa
120
fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma;
pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso
no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o
Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou
dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura”.
-1Tessalonicenses 1.1-10
o ____________________
o _____________________
121
Aula 8: Alcançando a próxima geração
o ______________________
“Se você tirasse o Espírito Santo do livro de Atos, 95% do que eles
fizeram falhará. Mas se você tirar o Espírito Santo da maioria das igrejas
hoje, 95% do que fizemos, nós apenas continuaremos fazendo” - A.W.
Tozer
Pense sobre o movimento dos Direitos Civis. Dr. King não disse: “Eu tenho
um plano”, ele disse: “Eu tenho um sonho!”
122
4) Enfoque menos nas _____________________ e mais na ____________________.
• Você precisa ser muito claro sobre o que são convicções bíblicas imutáveis
e quais são suas preferências pessoais.
Resumo:
A vida é uma viagem missionária. Viva por algo maior. Viva por Jesus!
123
Aula 8: Alcançando a próxima geração
Em seu livro, The Shape of World Cristianity [A Forma do Cristianismo Mundial], Mark
Noll observa que, em 1900, cerca de 82% dos cristãos viviam na Europa e na América
do Norte. Hoje, apenas 39%. Um cristão mundial típico, 50 anos atrás, provavelmente
teria sido um homem ocidental e anglo-saxão. Agora essa pessoa provavelmente seria
um jovem latino-americano ou africano.
Se vamos alcançar uma geração mais jovem, faremos isso mostrando como, em uma
cultura gritando com mil ideias por minuto, o evangelho continua a ser a melhor ideia que
alguém poderia conhecer. Nós devemos substituir um cristianismo de cheklist por uma
vida radicalmente renunciada. Lembre-se que Martin Luther King Jr, disse: “Eu tenho um
sonho”, e não “eu tenho um plano”.
124
vida emocional e assim por diante. Temos que mostrar aos jovens que a verdade de
Jesus se relaciona com toda a vida e é a chave para entender tudo desde dinheiro (2Co
8), tentação sexual (1Co 6.20), casamento (Ef 5.25). e como nós tratamos uns aos outros
(Ef 4.32). Em Atos 2, Pedro citou o Antigo Testamento ao compartilhar Cristo em uma
audiência judaica. Em Atos 17, Paulo não fez isso enquanto falava com os gentios. Em
vez disso, ele começou com a Criação, que é onde Gênesis, João e Romanos começam.
Já moramos em Jerusalém, agora vivemos em Atenas. Vamos alcançar uma geração de
atenienses com uma verdade ousada do evangelho. Em seguida: precisamos nos
concentrar menos na modificação do comportamento e mais na maravilha.
“Eu não fumo, bebo, xingo ou masco chiclete, nem corro com aqueles que o fazem.”
Esta declaração, uma das frases mais populares que resumem a vida cristã em meus
primeiros anos, demonstra uma disposição para o cristianismo que se concentra nos
efeitos exteriores da salvação em detrimento das mudanças no coração. Ambos
importam, mas muitas vezes a igreja, especialmente no que diz respeito aos mais jovens,
fala mais de comportamento exterior do que de transformação interior.
Ser mudado pelo evangelho certamente mudará seu comportamento. Spurgeon disse
que quando ele veio para Cristo ele perdeu 90% do seu vocabulário. A Escritura fala
inequivocamente sobre os efeitos do evangelho no comportamento de alguém. Jesus
falou muito sobre como devemos agir (ver, por exemplo, o bom samaritano). Mas não
devemos confundir o efeito do evangelho (mudança de comportamento) com a essência
do evangelho (a maravilha da salvação em Cristo).
No livro de Atos, vemos uma igreja formada por pessoas transformadas pelo
evangelho. Ao longo do livro você lê sobre admiração: observe com que frequência os
termos “admiração”, “espanto”, “maravilha” e “maravilhados” são usados. Perdemos um
sentimento de admiração em muitas de nossas igrejas. A transformação do evangelho
leva à modificação do comportamento, e não o contrário. A transformação do evangelho
125
Aula 8: Alcançando a próxima geração
leva a mais, pois muda nossas mentes (Rm 12. 1-2), nossas vontades, nossas emoções,
tudo de nós.
A disposição dos primeiros crentes de serem ameaçados (At 4), espancados (At 5),
mortos (At 7), espalhar o evangelho em face da perseguição (At 8, 11), ser ousado,
compartilhar posses, na verdade dar suas vidas para viajar por todo o Império Romano
- esse tipo de comportamento não pode ser criado ou sustentado apenas por um padrão
externo de prática. Vem de uma compulsão interna que o poder do evangelho realmente
tem transformado, e que a propagação do evangelho causa mudanças no
comportamento com o propósito de glorificar a Jesus, não para impressionar outros
crentes.
Veja mais algumas ideias sobre como alcançar/manter a próxima geração: concentre-
se menos em nossas instituições e mais em movimentos, e em nossos relacionamentos
com pessoas mais jovens, vamos nos concentrar mais em nosso relacionamento com
elas do que as regras que estabelecemos para elas.
A geração do milênio não seguirá a Jesus com uma paixão simplesmente porque eles
“devem”. A maior parte da minha geração Baby Boomer também não. Eles não adoram
nossas instituições. Eles viram um extremista islâmico chamado Osama Bin Laden
mudar o mundo inteiro liderando um movimento de terrorismo global. Suas vidas são
movidas por movimentos e muitas vezes nem sabem: movimentos na moda, nas artes,
na música e na cultura.
O mundo tem sido moldado mais por movimentos do que por ditadores ou exércitos.
O Movimento dos Direitos Civis, a abolição do movimento da escravidão e outros
moldaram a história. Nenhum movimento mudou o mundo como o movimento que
começou com um pequeno grupo de crentes no lado oriental do Império Romano no
primeiro século d.C. Na verdade, você está lendo este artigo por causa desse
movimento.
Jesus Cristo não veio para estabelecer instituições, ele veio para lançar um
movimento. Agora, as instituições são importantes. Deus nos deu o lar, a Igreja e o
Estado. Mas quando mudamos nosso foco na manutenção de nossas instituições sobre
o avanço de um movimento, perdemos o ímpeto e perdemos a próxima geração. Dou
aulas em uma instituição, mas uma que se concentra muito mais no avanço do evangelho
para nossa nação e as nações do que para manutenção. E pela graça de Deus, tivemos
cinco anos consecutivos de crescimento na inscrição da próxima geração.
Hoje, os jovens, aos milhares, mantêm-se em longas filas, pagam preços muito
inflacionados e se esforçam para encontrar amigos na Starbucks. Por quê? Porque a
Starbucks criou o que os sociólogos chamam de Terceiro Lugar (casa, escola, terceiro
lugar). A Starbucks cresceu globalmente em um curto período porque rapidamente teve
126
a sensação de um movimento. O movimento é empolgante, eles são importantes. A
geração do milênio quer uma causa e não há causa maior que o evangelho.
Além disso, esta geração é em grande parte um órfão de pai. Eles precisam de
mentores mais velhos que fazem mais do que estabelecer regras. Eles anseiam por
mentores que irão investir neles. No ano passado, em várias ocasiões, depois de um
acampamento de jovens, eu tinha alunos que me escreviam e se referiam a mim como
um pai, alguns que eu nunca conheci. Precisamos de uma revolução do tipo Tito 2 em
nossas igrejas, onde crentes mais velhos se dedicam a orientar e amar pessoas mais
jovens, mesmo quando sua música e suas preferências diferem das nossas. Minha
geração sacrifica o crescimento espiritual da próxima geração no altar de nossas
preferências. Vamos nos firmar na Palavra, ensinar e viver o evangelho e amar
genuinamente os mais jovens que a nós.
127
Aula 8: Alcançando a próxima geração
“Se você quer fazer inimigos, tente mudar alguma coisa.” -Woodrow Wilson
Mudança. Essa palavra assusta a muitos. Algumas coisas não mudam. Um acorde “C
maior” soa igual em qualquer lugar do globo. A água ferve a 100 graus Celsius ao nível
do mar em Hong Kong ou Wake Forest. Se você, não importa o seu nível de habilidade
atlética, pular de um avião a 20.000 pés sem paraquedas, você vai morrer. E o mais
importante, o evangelho que muda vidas eternamente tem sido, é e será o único
caminho para conhecer a Deus e viver para Ele. Não há outro Deus, nem ninguém ou
coisa digna de adoração. Devemos constantemente nos lembrar da realidade de que
nossa esperança está em Cristo e não temos esperança em nenhum outro. Além disso,
alguma mudança é ruim, muito ruim, particularmente a mudança que nos afasta de
Deus e sua verdade.
Dito isto, algumas coisas de fato mudam. Algumas coisas devem mudar. Eu não vejo
pastores no Ocidente pregando com uma toga como no primeiro século. Não
precisamos adorar a Jesus nas catacumbas da cidade, embora a igreja primitiva
fizesse isso em Roma. Nem precisamos cantar cantos gregorianos no culto
congregacional. O Novo Testamento dedica vários livros e qualificações para aqueles
que lideram a igreja; existe um padrão imutável lá. Mas o Novo Testamento é
notavelmente silencioso sobre o estilo de adoração, e ainda assim discutimos sobre
isso com muita frequência, mantendo o padrão para os pastores com menos
tenacidade.
Da mesma forma, vemos o evangelho sendo proclamado sem exceção quando lemos a
narrativa de Atos. Mas vemos uma variedade de métodos usados para exibir o
evangelho: milagres, proclamação ousada, comunidade evangélica, o evangelho
compartilhado desde o ponto inicial do Antigo Testamento para os judeus e da criação
para os gentios (veja Atos 17 para o último), o evangelho compartilhado na sinagoga e
em salas de aula, no mercado e perante governantes. Mesma mensagem, abordagens
variadas.
Devemos ser cuidadosos em qualquer cultura enquanto igreja contextualizando o
evangelho para os perdidos e para a igreja sem comprometer a mensagem. E devemos
confrontar consistentemente os ídolos do nosso tempo. Às vezes esses dois
convergem. O materialismo pode ser o maior ídolo da igreja ocidental. Se não formos
cuidadosos, nosso amor por edifícios elaborados (supostamente para dar o melhor de
53
Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=1502. Usado com permissão.
128
nós a Deus) pode, de fato, ser mais um reflexo de nosso materialismo. Se construirmos
edifícios mais austeros, poderemos ter mais dinheiro para a missão. Se fizéssemos
mais em residências, talvez precisássemos de menos espaço na sala de aula e,
portanto, menos edifícios. Apenas um pensamento.
Algumas coisas estão mudando. E essas mudanças são boas. Devemos nos guardar
constantemente dos extremos de abraçar a cultura de um lado (a falácia do liberalismo)
e confundir nossas preferências em questões que podem mudar a mensagem imutável
do outro (a falácia do legalismo).
Aqui estão alguns exemplos de mudanças que eu acredito serem boas, e são
orientadas pelo evangelho:
129
Aula 8: Alcançando a próxima geração
• De local para global para glocal (com características local e global). Se você quer
ser visto como totalmente irrelevante para uma geração mais jovem de ministros
(e uma enorme quantidade de ministros mais velhos engajados na Grande
Comissão), gaste todo o seu tempo, esforço e dinheiro na proximidade imediata
de seu ministério. Isso é problemático em vários níveis. Jesus ensinou uma nova
maneira de pensar, que para viver é preciso morrer, que ganhar é perder, que
para liderar é preciso seguir e ter liberdade é preciso se render. Uma obsessão
com o que fazemos (e os números que temos) localmente só funciona contra essa
mentalidade do Reino. Eu diria que uma igreja ou ministério dado a todo o Atos
1.8 (local e global) fará um ministério mais efetivo localmente do que se obcecado
com suas próprias fronteiras e com o ministério que acontece dentro. A palavra
“glocal” significa global e local. A separação entre eles está diminuindo. Vivemos
em um mundo plano onde tecnologia e viagens rápidas tornam quase todos os
lugares acessíveis. Cidades na América são internacionais. O mundo está aqui e
o mundo está lá. E nós devemos alcançar tudo isso. Cada vez mais líderes e
igrejas reconhecem que quanto mais doamos para alcançar as partes mais
remotas do mundo, mais vitalidade nós temos localmente em nossos ministérios
também.
130
refletir o evangelho em todos os momentos está ajudando a moldar uma
compreensão mais missionária do cristianismo.
131
Aula 8: Alcançando a próxima geração
54 O artigo completo pode ser encontrado no volume 1, número 11 do Global Missiology Journal [Revista de
Missiologia Global] online em http://ojs.globalmissiology.org/index.php/english/article/view/1245. Usado com
permissão.
55 Leia a descrição do artigo de Alan Kirby “The Death of Postmodernism and Beyond.” [A Morte do Pós-
paradigma cultural pós-moderno foram publicadas nos últimos dez anos (a era pós-pós-modernidade), enquanto
apenas duas fontes puderam ser facilmente encontradas lidando com ministério em um paradigma cultural pós-
moderno.
132
O pós-modernismo se introduziu por volta dos anos 1950 e dominou as culturas
ocidentais, incluindo os Estados Unidos, em níveis filosóficos, antropológicos, políticos e
até teológicos. A Igreja no Ocidente procurou contextualizar a mensagem do evangelho
e a definição da comunidade cristã para reagir e responder a uma cosmovisão pós-
moderna, mas muitas vezes se viu desesperadamente tentando vários meios de alcançar
o pós-moderno, mas produzindo poucos resultados. A Igreja luta para comunicar de
maneira relevante a verdade absoluta do evangelho em uma cultura pós-moderna, já
que o pós-modernismo busca redefinir o significado de um texto e a intenção do autor,
criando um significado subjetivo em vez de objetivo. A ideia pós-moderna de verdade
subjetiva redefine radicalmente como as pessoas aprendem e se comunicam, uma vez
que “significado” é determinado pela comunidade em discussão, e não pela intenção do
autor original. Essa visão pluralista de comunicação e significado levou a Igreja a
formular respostas para envolver os pós-modernos com uma mensagem subjetiva do
evangelho. O surgimento da igreja emergente mostra que partes da Igreja tentaram
permanecer culturalmente relevantes com os pós-modernos, mas muitas vezes
sacrificaram a doutrina no altar da conversa aberta, deixando as verdades essenciais da
mensagem do evangelho abertas à interpretação de qualquer um.58
A última década viu inúmeros livros e artigos sobre o ministério em uma cultura
pós-moderna que tinham como objetivo capacitar pastores, líderes, professores e leigos
cristãos para que pudessem apropriadamente se engajar em uma cosmovisão pós-
moderna. Esses recursos são extremamente benéficos e relevantes para aqueles que
estão fazendo ministério em um ambiente pós-moderno, mas a pós-modernidade é um
produto dos anos 1950-1990, não dos anos 2000 ou 2010. A Igreja não deve se contentar
em apenas reagir a uma mudança na cultura, mas deve aprender a liderar a cultura em
evolução através de suas mudanças. Para evitar cair atrás das mudanças culturais que
acontecem na América, a igreja ocidental deve aprender a contextualizar fielmente a
mensagem do evangelho para um público pós-pós-moderno. Como o evangelho é
contextualmente proclamado com clareza e poder, as sociedades serão permeadas por
seguidores de Jesus que se ocuparão missionalmente de sua cultura para multiplicar
adoradores de Deus. Manter-se bem informado sobre os estilos de aprendizado e os
métodos de comunicação em evolução em uma cultura pós-pós-moderna prepara a
igreja para proclamar efetivamente a mensagem do evangelho de uma maneira
culturalmente apropriada.
58 Muitos na igreja emergente são criticados por questionar doutrinas principais tais quais a expiação, a realidade do
inferno e o nascimento virginal.
133
Aula 8: Alcançando a próxima geração
em pergaminho ou pele de animal para que Israel pudesse cantar juntos da misericórdia
e bondade do Deus de Israel. Jesus usou o método de ensino relevante de parábolas
para desafiar a compreensão que os escribas e fariseus faziam dos manuscritos do
Antigo Testamento que lhes diziam sobre sua vinda. Paulo debateu com os estudiosos
usando métodos retóricos de comunicação para iluminar as mentes da academia do
Império Romano.
59
Charles H. Kraft, Communication Theory for Christian Witness [Teoria da Comunicação para o Testemunho
Cristão] (Maryknoll: Orbis Books, 1991), 60.
60 Ibid.
134
da conversa” para convidar os participantes a um diálogo sobre teologia, onde a
autoridade está no que é discutido e levado a cabo por cada indivíduo.
Embora Kraft esteja correto em sua análise da comunicação como a “coordenação entre
o objetivo do comunicador, o conteúdo da mensagem, os fatores contextuais e o tipo e
uso dos métodos empregados”, a Igreja deve aprender a contextualizar a mensagem do
evangelho para uma sociedade que pode interagir com um texto de uma maneira não
pensada no início dos anos 90.61 Já que a forma como a comunicação acontece dentro
de um cenário cultural pós-moderno é digital, interativa e multifacetada, a Igreja pós-pós-
moderna deve começar a repensar a forma como o evangelho é proclamado a um público
pós-pós-moderno. Tim Challies, em seu livro The Next Story [A Próxima História],
examina como a comunicação mudou em uma cultura saturada digitalmente e mostra
que a comunicação ainda é o elo que une todos - mesmo com a infinidade de dispositivos
usados agora para se comunicar.62 Contextualizar a comunicação do evangelho tem sido
necessário para todo o tempo e especialmente em nosso atual paradigma cultural.
Qualquer um pode pesquisar no Google a origem ou o conteúdo da mensagem, criticá-
la em um blog, “retuitar” para que muitos mais interajam ou postar um vídeo viral da
mensagem que possa comunicar melhor a mensagem do que o autor original.
61 Ibid., 61.
62 Tim Challies, The Next Story: Life and Faith after the Digital Explosion [A Próxima História: Vida e Fé depois da
Explosão Digital] (Grand Rapids: Zondervan, 2011), 69.
63 Bruce Riley Ashford, Theology and Practice of Mission: God, the Church, and the Nations [Teologia e Prática da
Missão: Deus, a Igreja e as Nações] (Nashville, TN: B & H Academic, 2011), 306.
135
Aula 8: Alcançando a próxima geração
“A Web 2.0, como é usada hoje, refere-se a uma segunda geração de serviços baseados
na Internet (informações e aplicações) abertos para colaboração e altos níveis de
interatividade sem exigir habilidades de programação de computadores”, diz Jim
Macnamara, professor de comunicação pública da University of Technology, Sydney,
Austrália.65 Com a Web 2.0, páginas da web tornaram-se formas interativas de texto que
encorajam a participação do usuário para além de simplesmente receber informação.
“As formas da Web 2.0 são o desenvolvimento cultural globalmente mais importante do
século XXI até agora, e estão no coração do digimodernismo como a conhecemos
atualmente”, afirma Kirby.66 As salas de bate-papo criam pseudo-identidades para as
pessoas. Blogs são periódicos abertos para qualquer pessoa interagir, e a longevidade
das postagens de um blog depende da interação contínua dos leitores. A Wikipédia
fornece uma enciclopédia interativa que convida os destinatários a serem receptores e
produtores (pós-modernistas) de uma verdade absoluta (modernista). O YouTube elevou
a pessoa comum com algum tipo de dispositivo de gravação de vídeo para a
proeminência, e o vídeo produzido está pronto para interação e discussão por meio de
comentários e compartilhamento de mídia social. O Facebook busca imitar a amizade
criando comunidades de pessoas (redes sociais) que se comunicam e interagem
somente através de formas digitais de texto.67 Essa ascensão das mídias sociais através
das formas da Web 2.0 aumentou a demanda por interatividade entre as pessoas,
levando ao crescente desejo de personalização. Tim Challies explica essa necessidade
de personalização dizendo: “A experiência do usuário teve que ser personalizada para
que pudéssemos construir uma presença que refletisse nossos interesses e nossas
paixões - isso de alguma forma se tornaria parte de nossa própria identidade.”68 Essa
forma de comunicação molda a identidade pós-pós-moderna, à medida que ela antecipa
a interação daqueles dentro de sua rede social, através do detalhamento momentâneo
de seu dia, através de atualizações de status do Facebook ou postagens no Twitter.
64
Kirby, Digimodernism [Digimodernismo], 50.
65 Jim Macnamara, The 21st Century Media (r)evolution: Emergent Communication Practices [A (R)evolução da
Mídia do Século 21: Práticas de Comunicação Emergentes] (New York: Peter Lang, 2010), 33.
66 Alan Kirby, Digimodernism [Digimodernismo], 101.
67 Ibid., 105-123.
68 Challies, The next Story: Life and Faith after the Digital Explosion [A Próxima História: Vida e Fé depois da
136
Se a ideia do texto e a interação do destinatário mudaram tanto, como uma pessoa pós-
pós-moderna poderia interagir com um texto estático, como a Bíblia? Para os cristãos
contextualizarem a história do evangelho escrita em um texto estático, eles devem
primeiro interagir com o próprio texto das Escrituras. Um relacionamento com Jesus não
pode ser desenvolvido pelo mero conhecimento intelectual de Jesus e da história do
evangelho. Todos os relacionamentos envolvem interação entre duas partes, e um
relacionamento com Jesus cresce da interação com as Escrituras escritas. O primeiro
capítulo do Evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra eterna que se encarnou
para que a humanidade pudesse interagir com ele relacionalmente. O pós-pós-moderno
deve vir a ver Jesus como a Palavra intertextual que envolve um relacionamento com o
texto muito mais profundo do que comentários e discussões em comum. A interação com
a Palavra envolve a pessoa no texto da história do evangelho.
Uma vez que uma pessoa interage com a Palavra sempre viva que promove um
relacionamento profundo com Jesus, essa pessoa pode então transferir a Palavra
relacional e viva da Escritura para os textos digitais com os quais interagem. Isso deve
envolver uma interação textual “digimoderna” mais profunda, além de postar um
versículo bíblico de vez em quando na plataforma de mídia social de alguém. O cristão
pós-pós-moderno pode agora compartilhar, discutir, proclamar e envolver uma rede
social diversificada de pessoas nas profundezas da história do evangelho através das
várias formas da Web 2.0. Embora o texto e a interpretação reais das Escrituras não
possam ser mudados por ninguém, o receptor interage digital, mental e fisicamente com
a mensagem da Escritura ao submeter sua vida às implicações encontradas no texto.
Nesse ponto de obediência, o cristão pós-pós-moderno torna-se coautor não do texto da
Escritura (a história da missão de Deus para redimir sua criação), mas do texto de sua
vida (sua história pessoal dentro da missão de Deus) sob a autoria hierárquica do “Autor
e consumador” da nossa fé. Deus convida a humanidade a fazer parte do texto final
(metanarrativa da história do evangelho) restaurando os destinatários à sua posição
original dentro do texto final. Se Tim Challies está correto quando diz que “as mídias
sociais e a mobilidade se complementam perfeitamente, dando-nos o desejo e a
capacidade de nos comunicar em todos os momentos, em todos os contextos”, então o
cristão deve integrar sua atividade na história de Deus com aqueles em suas redes
sociais através de mídias sociais e textos digitais.69
69
Challies, 2011, 73.
137
Aula 8: Alcançando a próxima geração
incluem não apenas o vizinho da casa ao lado, mas também alguém a milhares de
quilômetros de distância em outro país. Essa ideia do indivíduo que vive em tensão entre
a interação de suas conexões locais e globais caracteriza o que o pastor Bob Roberts Jr.
descreve como glocalização. Ele diz: “Glocal está no tecido da vida cotidiana em todas
as dimensões e domínios. Nós não estamos sozinhos e nem eles estão. E ‘eles’ não
estão tão longe quanto pensávamos anteriormente.”70 A globalização expandiu a ideia
de uma rede social para qualquer pessoa que tenha conectividade on-line. Por causa
dessa redefinição das redes sociais, todos os três métodos de comunicação do Kraft são
empregados ao mesmo tempo pelo pós-pós-moderno na transmissão de verdade e
ideias. Um monólogo é agora um diálogo aberto que qualquer pessoa no mundo pode
participar, e a interação que se segue é percebida como envolvimento da vida.
138
extensão e expansão de oportunidades de aprendizagem.”73 Anya Kamenetz sugere que
os alunos aproveitem como a Internet evoluiu nosso conceito e prática de interação e
forme comunidades de ensino superior através de plataformas de mídia social.74 O
aprendizado interativo varia de aulas Faça-Você-Mesmo para Universidades híbridas /
on-line para comunidades de aprendizagem estabelecidas por meio das formas da Web
2.0.
Como então os cristãos podem aproveitar esta oportunidade para novas formas de
aprender e interagir com uma sociedade que está constantemente buscando a verdade
nesta “multiplicidade de significados”? Uma maneira seria repensar como a mensagem
do evangelho é entendida por indivíduos que interagem digitalmente. Proclamar e
ensinar o evangelho deve sempre ter o objetivo final de que a outra pessoa aprenda a
fim de compreender. Tradicionalmente, a maior parte da aprendizagem teológica dentro
da Igreja vem do sermão. Aqui, o texto estático da Escritura é explicado em forma de
monólogo, de modo que os destinatários aprendam o significado do texto e interajam
com ele aplicando alguns princípios aprendidos. Dentro de uma cultura pós-pós-
moderna, apresentar o significado do texto em um monólogo unidirecional e exortar os
congregantes a aplicar o(s) ponto(s) do sermão aumenta ou diminui a probabilidade de
que o aprendizado tenha ocorrido?
73 Brandon, Bill. “Digimodernism and Learning.” [Digimodernismo e Aprendizado] Por Bill Brandon: Learning
Solutions Magazine [Revista de Soluções de Aprendizado] (15 de agosto, 2011)
http://www.learningsolutionsmag.com/articles/729/digimodernism-and-learning (acessado 03 Setembro, 2012).
74 Anya Kamenetz, DIY U: Edupunks, Edupreneurs, and the Coming Transformation of Higher Education [Edupunks,
Empreendedores e a Transformação Vindoura do Ensino Superior] (White River Junction, VT: Chelsea Green Pub.,
2010), 113-119.
75
Tony Merida, entrevista com o autor, Wake Forest, NC 19 de Setembro, 2012.
139
Aula 8: Alcançando a próxima geração
sermão neste caso) que pode ser interagido por um longo período por qualquer um no
mundo com acesso a uma forma da Web 2.0 pode aumentar a capacidade de
aprendizado do indivíduo pós-pós-moderno em rede, e interagir fisicamente com o texto
do sermão dentro de suas redes sociais físicas e digitais.
140
Aula 9: Reavivamento e evangelismo
Perguntas a considerar:
Introdução
141
Aula 9: Reavivamento e evangelismo
Reavivamento é uma intervenção divina em uma igreja que traz uma séria reflexão
sobre o pecado pessoal e a ________________ sem embaraçamento do pecado.
1) Movimentos de Deus
• Há algo que está acontecendo que somente pode ser descrito como
“Deus fez isto”.
2) A __________________
• Estude os grandes despertamentos—eles pregavam o evangelho.
3) ____________________
• Oo zelo da juventude é algo especial
142
4) Pequenos grupos
6) Inovativo
Aqui está uma realidade da História … Você pode estar no meio da atividade de Deus
e completamente sentir sua falta.
1) Pregação evangelística
2) Visitação zelosa
3) Disciplina da igreja
4) Pregadores leigos
143
Aula 9: Reavivamento e evangelismo
144
Artigo 18: Reavivamentos estudantis76
por Dr. Alvin Reid
O reavivamento não é uma reunião de quatro dias, nem é focado principalmente nos
perdidos. O reavivamento acontece quando o povo de Deus tem uma afeição renovada
por Deus e seu evangelho, um espírito quebrantado e arrependido e disposição para
fazer qualquer coisa e ir a qualquer lugar para a glória de Deus e amor do evangelho.
Há tanta retórica sobre o reavivamento hoje que receio que erra o objetivo. O
reavivamento não é para levar as pessoas aos cultos da igreja ou mudar sua ética.
Esses são subprodutos de um movimento de Deus. E o reavivamento não é uma
esperança para que Deus afirme nossas estruturas. Em meu estudo da história dos
movimentos de Deus, estruturas tendem a ser mais demolidas do que perpetuadas. Em
todo grande despertamento:
76
Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=1876. Usado com permissão.
145
Aula 9: Reavivamento e evangelismo
• A música nos cultos de adoração é alterada, dos hinos evangélicos dos Wesleys
para os hinos subjetivos dos pietistas, das canções evangélicas do final do
século XIX até a música de adoração influenciada pelo rock proveniente do
Movimento de Jesus.
Uma vez fui perguntado por um aluno sobre algo muito perspicaz: “Dr. Reid, a
maioria dos movimentos de reavivamento começou dentro dos prédios da igreja ou fora
de suas paredes?” Grande pergunta. Eu coloquei isso para Richard Owen Roberts,
com quem falei recentemente em uma conferência de oração. Ele observou que é difícil
146
dizer de forma decisiva, mas podemos dar amplos exemplos de ambos: alguns
movimentos começaram nos cultos da igreja, mas muitos ou mais avivamentos
começaram na comunidade fora de um prédio.
Deus não precisa de um edifício, nem precisa de um pregador. Mas ele usará servos
de Deus dispostos a serem radicais, a fazer o que quer que seja, a ir a qualquer lugar e
gastar mais tempo promovendo um movimento evangélico do que preservando as
preferências.
Arthur Wallis disse bem: “Vamos dizer, vamos dizer de joelhos: o reavivamento
custa caro!”
Que estejamos dispostos a buscar o movimento de Deus e que possamos estar
dispostos a pagar qualquer preço. Então, quando eu prego na capela de uma
universidade, estou orando para que Deus acenda apenas alguns com essa paixão.
E talvez ele faça isso amanhã.
147
Aula 9: Reavivamento e evangelismo
148
Aula 10: Questões no evangelismo
Perguntas a considerar:
• O que devo fazer quando encontro uma pessoa que faz perguntas que não
posso responder?
• Como você mantém a conversa centrada em Jesus, na cruz e no perdão dos
pecados quando a pessoa com quem você está falando continua mencionando
os cristãos hipócritas que eles conhecem?
• O que você faz quando uma Testemunha de Jeová ou um Mórmon bate à sua
porta?
• Como você fala com um membro da família sobre Cristo?
• O que você deve dizer quando fala com as crianças sobre Cristo?
Há quatro áreas que criam desafios únicos para nós quando fazemos evangelismo.
Essas áreas são:
• Alcançando parentes
E quanto a meus parentes não-cristãos?
• Evangelizando crianças
Como posso compartilhar Cristo com meus filhos?
1. Tome a _________________________________________.
149
Aula 10: Questões no evangelismo
2. Concentre-se na _________________________________________.
150
4. Lembre-se, não é pecado dizer __________________________________.
• Quem é Cristo?
• O céu é de graça?
151
Aula 10: Questões no evangelismo
• 2 João 10-11 “Se alguém chega a vocês e não trouxer esse ensino, não o
recebam em casa nem o saúdem. Pois quem o saúda torna-se
participante das suas obras malignas”.
• João 6.44 “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não
o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia”.
152
b. Verdade, não emoção, deve ser sua autoridade.
Lembre-se disso! Quando Deus traz um membro de seita em sua porta, Deus não o
traz para ELE falar com você. Deus o traz para VOCÊ falar com ele.
Alcançando parentes
153
Aula 10: Questões no evangelismo
a. __________________________
b. __________________________
c. __________________________
d. __________________________
Lembre-se disso! Seu testemunho verbal não é a única maneira de alcançar os seus
parentes.
Evangelizando crianças
João 3.16 diz: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito,
para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
154
4. Não baseie a ________________________ delas no ___________________
delas.
155
Aula 10: Questões no evangelismo
Ai! Você estava esperando que seus amigos não-cristãos não mencionassem isso.
Afinal, eles têm visto você, não é?
O que você faz e como você responde? Manter quatro coisas em mente poderia
transformar uma objeção em uma oportunidade.
1. Não fique na defensiva. Não adianta muito dizer: “Isso nem sempre é verdade.”
Primeiro, a percepção é muitas vezes tão importante quanto a realidade. Mesmo
que nem sempre seja verdade, a percepção deles ainda tem que ser resolvida.
Em segundo lugar, argumentar que alguns que afirmam ser cristãos podem
nunca ter vindo a Cristo faz pouco bem. Além disso, há aqueles que
genuinamente vêm a Cristo que não vivem para ele.
“Os cristãos são hipócritas” não é necessariamente uma porta fechada. Pode ser a
oportunidade pela qual você orou para conduzir um amigo não cristão, não para um
cristão perfeito (porque não há nenhum), mas para um Cristo perfeito!
77 Tirado do boletim Evantell’s Toolbox [Caixa de Ferramentas da Evantell]. Outono de 2011. Usado com permissão.
156
Artigo 20: Alcançando os sem igreja78
por Dr. Alvin Reid
Em um determinado domingo, logo após sua conversão, Bill decidiu comparecer a uma
congregação local para ter comunhão e nutrir-se além de seu estudo bíblico
universitário. Do outro lado da rua do campus ficava a igreja da faculdade, lotada
semanalmente com membros bem vestidos e conservadores. A igreja desejava
ardentemente desenvolver um ministério para os estudantes, mas até agora não
conseguiu iniciar tal ministério por causa da incerteza sobre como fazê-lo. Um dia, Bill
decidiu ir para lá.
Imagine a cena quando Bill entra. Ele não tem sapatos. Ele está vestido com seus
jeans, camiseta e aquele cabelo selvagem. O culto já começou, então Bill começa a
procurar um lugar. A igreja cresceu muito seu centro de adoração; então ele continua
andando. Até agora, as pessoas parecem um pouco desconfortáveis; mas ninguém diz
nada. Bill continua pelo corredor, procurando um lugar, mas encontrando apenas
olhares perplexos. Quando ele percebe que não há assentos, ele simplesmente se
agacha no tapete. Afinal, na fraternidade universitária, esse é um comportamento
perfeitamente aceitável. O problema é que ninguém nunca fez isso nessa igreja!
Por enquanto, as pessoas estão cada vez mais nervosas; e a tensão no ar é espessa.
Nesse momento, o pastor percebe um diácono se levantar de seu assento e,
lentamente, segue em direção a Bill. Este diácono em particular tem oitenta anos, tem
cabelos grisalhos prateados, um terno de três peças e um relógio de bolso. Conhecido
como um homem piedoso, elegante, digno e cortês, seu andar é acompanhado pela
batida de sua bengala. Enquanto ele caminha em direção a esse garoto, todo mundo
está pensando, você não pode culpá-lo pelo que ele vai fazer. Como você pode
esperar que um homem da sua idade e do seu passado entenda alguma criança da
faculdade no chão?
Leva muito tempo para o homem alcançar o menino. O silêncio reina, exceto pelo
clique da bengala do homem. Todos os olhos se concentram nele. Você não ouve
ninguém respirando. As pessoas estão pensando, O ministro não pode nem mesmo
pregar o sermão até que o diácono faça o que ele tem que fazer.
De repente, o homem idoso deixa cair a bengala no chão. Com grande dificuldade, ele
abaixa-se e senta-se ao lado de Bill para adorar com ele, para que ele não fique
sozinho. Todo mundo engasga com emoção. Quando o pastor ganha o controle, ele
78 Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=71. Usado com permissão.
157
Aula 10: Questões no evangelismo
diz: “O que estou prestes a pregar, você pode nunca se lembrar. O que você acabou de
ver, nunca vai esquecer”.
Infelizmente, em 90% das igrejas, o relato acima não é como a maioria dos diáconos
ou das igrejas teria respondido ao jovem Bill. Perdemos um sentimento de compaixão
pelos radicalmente sem igreja na América; e é por isso que tão poucas pessoas
perdidas, ou até mesmo novos crentes como Bill, podem ser encontrados na maioria de
nossas igrejas. Para expressá-lo de modo simples, a maioria dos cristãos na América
vê a igreja como um hotel para os santos, em vez de um hospital para os pecadores.
Qual seria a necessidade mais premente para a igreja no que se refere ao evangelismo
no alvorecer do terceiro milênio DC?
Eu diria que a resposta tem menos a ver com influência política ou poder econômico,
menos com números e mais sobre influência. E certamente tem menos a ver com um
programa que compartimenta o evangelismo e mais sobre uma paixão que cria uma
cultura missionária. Alguma outra entidade tem tanta visibilidade com uma
correspondente falta de influência na cultura hoje quanto a igreja? Será que muitas
igrejas locais poderiam desaparecer de sua comunidade hoje e poucas pessoas fora de
sua associação sentiriam sua falta?
Eu diria que a igreja precisa de uma nova paixão para alcançar o radicalmente sem
igreja.
O que quero dizer com radicalmente sem igreja? Eu os defino como pessoas que
moram nos Estados Unidos e que não têm uma compreensão pessoal clara da
mensagem do evangelho e que tiveram pouco ou nenhum contato com uma igreja que
ensina a Bíblia e honra a Cristo. Uma analogia pode descrevê-los melhor. No primeiro
século, o apóstolo Paulo foi chamado por Deus como missionário para os gentios. Os
judeus eram o povo de Paulo. Eles tinham uma herança de fé, uma base bíblica e um
fundo cultural comum. No entanto, os gentios no primeiro século foram aqueles que na
maior parte não sabiam nada da mensagem do evangelho até que alguém como Paulo
lhes disse. Eles não tinham herança das Escrituras como os judeus. Alguns eram
religiosos, outros não. Eles são análogos em nossos dias a milhões de pessoas em
nosso país que quase não têm conhecimento real do cristianismo. Ah, eles sabem o
que é um colar clerical e reconhecem um prédio de igreja; mas eles não têm
conhecimento funcional do evangelho.
Enquanto os judeus de nossos dias poderiam ser descritos nessa analogia como
nominalmente religiosos, os gentios podem ser chamados de radicalmente sem igreja.
Eles podem ser devotadamente religiosos, assim como alguns gentios do primeiro
século; eles podem ser irreligiosos. Eles podem ser muçulmanos ou hindus ou Nova
Era ou Mórmon; ou eles podem ser agnósticos. A diferença entre eles e os cristãos
nominais, os “judeus” para usar a analogia, é que qualquer ideia que eles tenham do
cristianismo é obscura ou totalmente falha. Alguns deles reconhecem os arcos
158
dourados do McDonald's muito mais rapidamente do que uma cruz como um símbolo
com significado. Parece-me que a igreja tem sido justa em alcançar os judeus, mas
infelizmente ineficaz em alcançar os gentios.
Hoje almocei com um grupo de plantadores de igrejas na Vintage21, uma nova fábrica
de igrejas em Raleigh, ligada à Rede Acts29. O pastor, Tyler Jones, compartilhou a
história do nascimento e crescimento da igreja em apenas alguns anos, de alguns
pouco para agora, mais de 400 em três cultos. Ao contrário de muitas igrejas modernas
e pós-modernas que encontrei, esta realmente encontrou uma maneira de alcançar
muitas pessoas sem igreja, sem mencionar que cerca de 30% dos participantes
atualmente vêm desse grupo demográfico. O que me impressionou em relação a Tyler,
no meio de um cenário de ministério contextualizado, obviamente contemporâneo, foi
seu lembrete constante de que tudo o que fazemos deve ser bíblico. Agora há um
pensamento inovador: considerar que a melhor maneira de alcançar uma cultura sem
igreja hoje em dia está diretamente relacionada à nossa capacidade de entender como
a igreja primitiva alcançava uma cultura sem igreja.
Aqui está como Michael Green em Evangelism in the Early Church [Evangelismo na
Igreja Primitiva] argumenta que os primeiros crentes espalharam o evangelho em um
mundo sem igreja (p. 173): Mas já em Atos 8 descobrimos que não são os apóstolos,
mas os missionários amadores, os homens expulsos de Jerusalém, como resultado da
perseguição que se seguiu ao martírio de Estêvão, que levou o evangelho com eles
para onde quer que fossem. Foram eles que viajaram ao longo da planície costeira
para a Fenícia, sobre o mar para Chipre, ou foram ao norte para Antioquia. Eles eram
evangelistas, tanto quanto qualquer apóstolo. De fato, foram eles que tomaram os dois
passos revolucionários de pregar para o grego que não tinham conexão com o
judaísmo, e depois com o lançamento da missão gentia a partir de Antioquia. Foi um
esforço inconsciente. Eles foram dispersos de sua base em Jerusalém e foram para
todos os lugares espalhando as boas novas que trazia alegria, libertação e uma nova
vida a si mesmos. Isso muitas vezes não era uma pregação formal, mas conversas
informais com amigos e encontros casuais em lares..., em passeios e em torno de
bancas de mercado. Eles iam a todo lugar comentando o evangelho; eles fizeram isso
de forma natural, entusiasta e com a convicção daqueles que não são pagos para dizer
esse tipo de coisa. Consequentemente, eles foram levados a sério e o movimento se
espalhou.
Que Deus nos ajude a ter esta mesma paixão para ver o mesmo impacto em uma
cultura sem igreja hoje.79
79 Esse artigo é adaptado do livro Radically Unchurched: Who They Are and How to Reach Them [Radicalmente
Sem
Igrejas: Quem Eles São e Como Alcançá-los]. Kregel Books.
159
Aula 10: Questões no evangelismo
160
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em
vez de uma dor de cabeça
Perguntas a considerar:
• É normal ficar com medo quando falar com alguém sobre Cristo?
• Por que é importante que o evangelismo se torne natural e normal em vez de
raro e em ocasiões planejadas?
• Que papel o desenvolvimento de relacionamentos com os não-crentes
desempenha no evangelismo eficaz e consistente?
• Quais são algumas maneiras práticas de desenvolver relacionamentos com não-
crentes?
Notas de aula: Como fazer do evangelismo um hábito e não uma dor de cabeça
Por Dr. R. Larry Moyer
Se você vai fazer do evangelismo uma parte regular de sua vida, você terá que lidar
com obstáculos recorrentes. Proeminente entre eles é o problema do medo.
É esse medo e outros fatores que faz do evangelismo uma dor de cabeça para muitos
crentes. No entanto, é possível que o evangelismo seja parte regular da sua vida, em
vez de uma raridade. É possível ver o evangelismo como um hábito em sua vida, em
vez de uma dor de cabeça! Mas se você vai fazer do evangelismo uma parte da sua
vida, depois que este seminário terminar, há várias coisas que você deve aprender com
o apóstolo Paulo.
161
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça
O contexto (vv.1-2a)
De acordo com Atos 16.12-24, Paulo e Silas foram 1”
Porque vós, irmãos, sabeis,
acusados de ensinar uma religião ilegal. Como ambos pessoalmente, que a nossa estada entre
eram judeus e sua pregação visava a idolatria de vós não se tornou infrutífera; 2 mas, apesar
Roma, tal pregação era traição. Paulo sabia que um de maltratados e ultrajados em Filipos,
julgamento com a execução resultante era iminente. como é do vosso conhecimento, tivemos
As pessoas não esperaram - elas atacaram Paulo e ousada confiança em nosso Deus, para vos
Silas, rasgaram suas roupas, os açoitaram e os anunciar o evangelho de Deus, em meio a
muita luta. 3 Pois a nossa exortação não
entregaram ao carcereiro, que prendeu os seus pés no
procede de engano, nem de impureza, nem
madeiro. se baseia em dolo;
162
3. Desenvolva _________________________pelas pessoas (vv. 5-9)
163
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça
• Alugue um filme e convide uma família, amigos ou vizinho para assisti-lo com
você.
• Ajude aqueles que estão doentes ou sofrendo. Auxiliar com as crianças, dar
recados ou oferecer uma refeição pode abrir a porta para mais ministério.
• Use feriados como oportunidades especiais para ter convidados em sua
casa.
• Ajude a organizar uma festa em bloco para o seu bairro.
• Empreste um livro ou revista sobre questões espirituais e peça sugestões
quando estiverem prontos.
• Selecione um cabeleireiro ou mecânico que não seja cristão e os conheça.
• Se você estiver indo ao mercado ou shopping, convide um vizinho para
acompanhá-lo.
• Junte-se ao YMCA ou clube de serviço para estabelecer e construir contatos
com não-cristãos.
164
Artigo 21: A Mentalidade missional
por Matt Smith
Uma nova palavra de ordem tem crescido proeminente entre os líderes da Igreja na
América do Norte durante a última década e continua aumentando em ocorrência - é a
palavra missional. Para ser claro, missional é simplesmente a forma adjetiva da palavra
missionário. Um cristão missional seria então um cristão que se considera um
missionário. Uma igreja missional seria uma igreja que se visse como uma igreja
missionária. Missional é para missionário o que bíblico para a Bíblia. Em vez de dizer:
“evangelismo está de acordo com a Bíblia”, simplesmente diz: “evangelismo é bíblico”.
E assim, chamar uma igreja ou grupo de cristãos missional em oposição a missionários
parece ser mais natural. O que, especificamente, significa ser missional hoje? Por que
essa palavra cresceu rapidamente em popularidade com um foco maior na América do
Norte? E como é que uma igreja adota uma mentalidade missional? As respostas a
essas perguntas são encontradas explorando três componentes do conceito missional -
definição, destino e distintivos.
Missional definido
80
W. Rodman Macllvaine III. What is the Missional Church Movement? (Bibliotheca Sacra Jan. 2010) 92.
165
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça
estabelecem um estudo bíblico em sua casa para os vizinhos que não têm igreja. Eles
encontram oportunidades para compartilhar Cristo com os colegas de trabalho. As
férias em família de um casal são viagens missionárias, não apenas para compartilhar
experiências de evangelismo, mas também para ensinar a seus filhos o valor de
compartilhar Cristo como um estilo de vida contínuo. Uma congregação em missão
pode ser uma que patrocine eventos para trazer para a igreja aquelas pessoas que
geralmente evitam a igreja, achando que é irrelevante...
Uma igreja... que é missional está focada na missão de Deus (mission Dei), estando
ciente do que Deus está fazendo na cultura e unindo-se a ele em sua obra. Uma igreja
missional está disposta e ansiosa para envolver a cultura com as verdades do
evangelho”.81
Os termos “missional” e “igreja missional” foram usados pela primeira vez por um grupo
de missiologistas e profissionais norte-americanos chamado Gospel and Our Culture
Network [O Evangelho e Nossa Rede Cultural] (GOCN). Esses líderes se reuniram para
buscar maneiras de aplicar no contexto norte-americano as implicações obtidas do
pensador missionário Lesslie Newbigin. Depois de voltar de décadas como missionário
na Índia, Newbigin percebeu quão secularizada e pagã a civilização ocidental havia se
tornado. Ele argumentou que nós, no Ocidente, devemos ver nosso mundo como um
campo missionário, e que a igreja deve adotar a postura de um missionário quando nos
relacionamos com a cultura. Essa abordagem tem demorado a ser aceita na igreja
ocidental como um todo. Mas essa realidade está mudando à medida que uma geração
de líderes mais jovens da igreja entende e abraça essa ideia.
81
Ed Stetzer. Planting Missional Churches: Planting a Church That’s Biblically Sound and Reaching People in
Culture Community [Quebrando o Código Missional: Sua Igreja Pode Ser Missionária em Sua Comunidade]
(Nashville, TN: B&H Academic, 2006), 19-20.
166
vivendo as implicações de um estilo de vida que segue Cristo em todos os níveis, e
criando filhos para fazer o mesmo. Lembro-me de um tempo na minha tradição quando
o foco era ajudar cada membro a descobrir que ele ou ela é um ministro. Os autores
escreviam livros sobre o tema “Todo Membro, um Ministro”. Acredito que o melhor foco
seria “Todo Membro, um Missionário.”82
Definir missional é difícil (para dizer o mínimo) mas defini-lo em uma frase ou duas é
um desafio ainda maior. No entanto, Scott Thomas fez exatamente isso concluindo que
“uma igreja missional é uma comunidade unida de crentes, teologicamente formada,
centrada no Evangelho, capacitada pelo Espírito, que procura encarnar fielmente os
propósitos de Cristo para a glória de Deus. A missão da igreja é encontrada na missão
de Deus que está chamando a igreja a participar apaixonadamente da missão
redentora de Deus no mundo (Mt 28. 18-20; At 1. 8).”84
Destino missional
1. A típica igreja norte-americana perdeu de vista sua missão. Jesus deu a missão à
igreja antes de subir de volta ao céu. Essa missão - registrada em Mateus 28.18-20 -
era “fazer discípulos”. O propósito da igreja é dar glória a Deus; mas isso não pode
82
Reid. Evangelism Handbook [Manual de Evangelismo] (Nashville: B&H Academic, 2009), 6-7.
83 Alan Hirsh, “Defining Missional,” [Definindo Missional] ChristianityToday.com, Outono de 2008,
http://www.christianitytoday.com/le/2008/fall/17.20.html?start=2 (acessado em 17 de Março, 2014).
84 Scott Thomas, “What is Missional?” [O Que é Missional?] Acts 29 Blog, 15 de Junho 15, 2010,
167
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça
nem começar a ser realizado até que a igreja se envolva em sua missão de fazer
discípulos. No entanto, a triste realidade é que a maioria das igrejas nem conhece sua
missão nem está trabalhando para isso. Por exemplo, uma igreja que encontrei não
tinha ideia de que sua missão era alcançar pessoas com o evangelho de Cristo. De
fato, quando o pastor finalmente se deu conta disso e começou a pregar sobre a
necessidade de compartilhar a fé e trazer outros a Jesus, a igreja não gostou porque
isso os deixou desconfortáveis, de modo que eles votaram pela saída dele. Ficou claro
que outra igreja que visitei também não sabia sua missão. Esta igreja tinha um slogan
impresso em seu boletim, um slogan diferente em sua brochura, uma terceira frase
impressa em seu logotipo, e quando perguntei ao pastor qual era a missão da igreja,
ele deu uma descrição totalmente diferente das três primeiras. Nenhuma dessas
descrições teve muito a ver com fazer discípulos de Jesus Cristo. Esta é a típica igreja
norte-americana.
85
http://www.pewresearch.org/2013/05/03/the-state-of-race-in-america/
86 Ibid.
168
Distintivos missionais
Delinear algumas das características de uma igreja missionária ajuda a criar uma
imagem mental do que significa ser missional. Dependendo da inclinação teológica de
um autor, isso determina muito o quanto eles irão descrever uma igreja missional e que
tipos de características incluirão. A lista mais simples, porém abrangente, de
características missionais vem da caneta de Ed Stetzer e Mike Dodson. Em Comeback
Churches [Volte Igrejas], eles listam três características de uma igreja missional:87
87
Ed Stetzer and Mike Dodson, Comeback Churches: How 300 Churches Turned Around and Yours Can Too
[Igrejas que Retornaram: Como 300 Igrejas Deram a Volta por Cima e Como a Sua Também Pode] (Nashville: TN,
B&H Publishing, 2007) 5-7.
88 Ibid. 6.
169
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça
Precisamos fazer exegese ... da cultura da mesma maneira que os missionários têm
sido tão bons em fazer com diversas culturas tribais de povos não alcançados
anteriormente. Precisamos fazer exegese… dos temas dos Rolling Stones…, Dennis
Rodman, Madonna, (e) David Letterman… Precisamos compreender que o Espírito do
Deus Vivo está atuando nessas expressões culturais, preparando os corações de
homens e mulheres para receber o evangelho de Jesus Cristo. Temos que encontrar,
no bom modo missionário, os motivos e temas que se conectam com as verdades do
evangelho. Precisamos aprender a proclamar: “Aquilo que você adora como
desconhecido, eu agora proclamo a você”. Essa é a visão missionária no seu
melhor.90
89Ibid. 7.
90Craig Van Gelder, ed. Confident Witness—Changing World [Testemunho Confiante – Mudando o Mundo] (Grand
Rapids: Eerdmans, 1999) 14-15.
170
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?
Perguntas a considerar:
• O que você deve fazer para acompanhar uma pessoa que você leva a Cristo?
• Por que tantas pessoas fazem profissões de fé em Cristo, mas não prosseguem
e continuam com Cristo?
• O que é exigido do acompanhamento efetivo?
• Qual é o objetivo de acompanhar um novo crente?
• Como você comunica garantia de salvação a um novo crente? Quando você
deve comunicar isso? Por que isso é tão importante?
Notas de aula: Como ajudar um novo convertido por Dr. R. Larry Moyer
Depois de fazer o contato e levar uma pessoa a Cristo, seu trabalho só começou.
Iniciando onde eles estão, você deve fazer a sua parte para acompanhar, e encorajá-lo
a crescer na graça e conhecimento de Cristo. (2Pe 3.18) Entender como melhor ajudar
os novos crentes requer conhecimento de certos princípios e uma consciência do que
fazer com base nesses princípios.
1Tessalonicenses 2.7, 11-12a – “nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama
que acaricia os próprios filhos (...) e sabeis, ainda, de que maneira, como pai a
seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos.”
171
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?
Alguns professam a Cristo, mas não prosseguem com o Senhor. Existem três
razões pelas quais isso acontece:
• Alguns não
são__________________________________________________.
172
1. Fale sobre __________________________.
173
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?
c. Isso ajudará a começar a fazer o que ele deve fazer o resto de sua vida -
falar aos outros.
Explique que uma vez que um indivíduo confia em Cristo, tudo o que ele faz a
partir desse ponto é um agradecimento pelo que Cristo fez por ele (Rm 12.1-2).
Uma ilustração útil: Vamos supor que você esteja em um hospital morrendo de uma
doença rara. Eu era o único médico que sabia como curá-lo, e eu sempre te curei
dessa doença. Eu acredito que eu poderia pedir a você para fazer qualquer coisa por
mim, e você faria isso em apreciação, você concorda? (pausa) Agora, suponha que
cinco anos depois eu lhe diga: “Preciso de ajuda para consertar minha casa, você
poderia me dar alguma ajuda?” Você responde: “Não, consiga outra pessoa.” Sua vida
ainda é salva? (pausa) Claro! Mas esta é uma maneira terrível de dizer obrigado. De
modo semelhante, quando alguém confiou em Cristo essa pessoa é para sempre salvo.
Tudo que alguém faz a partir desse ponto é um agradecimento. Se um crente não vive
para Cristo, isso não muda a sua salvação, mas uma vez que a maneira como ele vive
desonra a Deus, é uma maneira pobre de agradecer.
174
a. “Agora que você confiou em Cristo, você o encontrou, mas Deus quer que
você venha a conhecê-lo melhor.”
c. você faz isso deixando Deus falar com você através da Bíblia, e depois fala
com Deus através da oração. Quanto mais você se comunica com Deus,
mais próximo você se torna (2Tm 3.16-17; Fl 4.6-7).
a. No Novo Testamento, aqueles que creram foram batizados (At 2.41; 8.12;
16.14-15, 30-33; 18.8).
175
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?
Fale sobre a importância da comunhão com os outros na igreja local. Ele precisa
de outros crentes e outros crentes precisam dele.
a. Hebreus 10.24-25 “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos,
como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais
quanto vedes que o Dia se aproxima”.
b. Convide-o a orar por uma pessoa que ele gostaria de ver confiar em
Cristo.
Escreva isso:
Conclusão: O acompanhamento não é feito por algo, é feito por alguém. Alguém que
entende uma abordagem bíblica para o acompanhamento.
176
Artigo 22: Como ajudar novos convertidos a crescerem em graça e
conhecimento91
por Dr. R. Larry Moyer
Quando uma pessoa chega a Cristo, nosso trabalho só começou. Nós devemos fazer o
nosso melhor para vê-los como 2Pedro 3.18 diz, “mas cresça na graça e conhecimento
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Mas como você faz isso?
Antes de tudo, é importante perceber que é a sua presença acima de tudo que faz a
diferença. Dawson Trotman disse uma vez: “O acompanhamento não é feito por algo, é
feito por alguém.” Eu não poderia concordar mais. Sugerimos que quando alguém vem
a Cristo, você se encontra com eles uma vez por semana durante oito semanas. Apenas
estar lá faz toda a diferença no mundo. Às vezes é ideal que a pessoa que levou o
indivíduo a Cristo faça o acompanhamento. Ao mesmo tempo, porém, isso nem sempre
é ideal. Por exemplo, se é um parente, às vezes alguém fora da família é melhor no
acompanhamento do que alguém de dentro. Tem que ser tratado caso a caso.
177
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?
Também é importante abordar como crescer. Nós crescemos pela comunicação. Ele tem
que falar conosco, e nós temos que conversar com ele. Portanto, incentive-os a passar
um tempo com o Senhor em oração todos os dias e a estudar a Palavra. Eu sempre
recomendo que eles comecem em Filipenses porque é o livro mais fácil do Novo
Testamento. Sugiro que leiam um capítulo por dia e permaneçam nesse livro por um
mês. Na terceira vez, eles verão coisas que não viram na segunda vez, etc.
Ter algo para passar com um novo convertido é sempre uma ajuda. Temos livretos como
Welcome to the Family [Bem-vindo à Família] e Growing in the Family [Crescer na
Família], mas não posso enfatizar o suficiente que sua presença é o que faz a diferença.
Às vezes, as pessoas são boas em pescar, mas nem sempre são tão boas no
acompanhamento. Eles tendem a “deixar cair” a pessoa no momento em que ela vem a
Cristo. Entre e faça tudo que puder para ajudá-los a crescer, e você ficará empolgado ao
ver uma pessoa que não apenas veio a Cristo, mas agora está crescendo rapidamente.
Afinal, é por isso que Deus nos tem na terra: para impactar as pessoas para si mesmo.
178
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www.dare2share.org
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www.indigitous.org
www.servantevangelism.com
www.viewthestory.com
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