Resumos - Perguntas e Respostas
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Desde o séc.I que alguns juristas, tais como o Ulpiano e Paulo, passaram a ter o privilégio do
direito público responder, isto é, a faculdade de que todas as respostas que davam tinham a
autoridade de uma resposta directa ao imperador.
Com a publicação da Lei das Citações ou o Tribunal dos Mortos, o imperador estabeleceu que
só eram válidas as decisões de Ulpiano, Paulo, Gaio, Papiniano e Modestino.
3- A codificação em Roma.
R: A lei é uma declaração elaborada pelo “Populus Romanus” com valor normativo, onde este
reunido nos “Comitia” aprova e confirma a proposta que o presidente ou magistrado
apresenta ao senado.
O acordo denominado por “Publica Pactio” ou “Communis Rei Publicae Sponsio” é feito entre
os 3órgãos constitucionais da república, que são:
. “Populos” que vota
. “Omagistratus” que propõe
. “Senatus Consultum” que dá a sua “Auctoritas Patrum”
Por sua vez, a lei pode ser proposta pelo magistrado ou presidente à assembleia comicial a que
preside, que depois de aprovada, deve ser referendada pelo senado que lhe dá a “Autoritas
Patrum”, ou seja, segundo estes critérios trata-se de uma lei rogada.
A data é fornecida por um magistrado ou presidente, que é delegada pelos “Comitia” e que
contém normas de carácter administrativo, estabelecendo o regime municipal.
As leis públicas mais importantes são as “Lex Rogata” e o seu processo formativo:
. “Promulgatio”: o projecto de lei é fixado num local público para que possa ser conhecido
. “Conciones”: são as reuniões elaboradas na praça pública para discussão do projecto de lei
. “Rogatio”: é o pedido que o magistrado ou presidente faz à assembleia
. “Comicial”: é quem aprova o projecto de lei
. Votação: no início faz-se oralmente, de seguida é feito por escrito para que seja secreto
. Aprovação: é feita pelo Senado, que referenda com a “Autoritas Patrum”
. Afixação: é feita no fórum em tábuas de madeira ou de bronze
. “Praescripto”: é o prefácio que contém o nome do magistrado, o lugar, a data da votação, o
nome da cúria, “centúria” que abriu a votação e o do 1º cidadão que votou
. “Minus Quam Perfectae”: são aquele que impõem pena aos transgressores, embora não
invalidem os actos contrários
. “Imperfectae”: são aqueles que não estabelecem nenhuma sanção, pois ignoram os
motivos que terão determinado estas leis e os meios que antes da criação do pretor as
protegeram
Para além da lei pública também existia a lei privada, que consistia na convenção que
acompanha e que se propõe a disciplinar um acordo entre particulares.
Por outro lado, esta distinção quanto ao processo formativo das leis públicas começou a decair
devido a não haver uma diferença entre as leis que declaram nulos os actos contrários (“Lex
Perfectae”) e as leis que o pretor protege (“Lex Imperfectae”).
As leis públicas perderam a sua importância desde o ano 438 quando Teodósio elaborou como
sanção a nulidade de qualquer acto em contradição com a lei.
O estado não se preocupou com as relações entre os particulares que eram disciplinadas pelo
costume. Como tal, originou a distinção nos finais da república entre “Ius” (direito que regula
relações entre particulares) e “Lex” (direito que disciplina as relações do “populus”).
“Lex” consiste em compreender as “Lex Rogata”, os “Senatus Consultum”, o “Edictum Pretor”
e as “Constitutiones Imperium”.
A “Constitutiones Imperium” é uma lei onde se manifesta a vontade do imperador, teve início
no Principado (27 a.C. até 284 d.C. – Época Clássica Central e Tardia) e terminou no Dominado
(284 d.C. até 565 d.C. – Época Pós-Clássica) sendo a única fonte de Direito.
A época do imperador Justiniano caracteriza-se:
. Como sendo a época onde se procurou recuperar os padrões normativos do Direito Romano
da Época Clássica, pois foi nesta época que se elaborou o Código Justiniano (compilação de leis
que no séc.XII deram origem à formação do Direito Europeu e no séc.XVI serviu de base para a
criação do “Corpus Juris Civilis”), embora não tenha deixado de ser uma época de decadência
na medida em que só se fizeram compilações de leis e códigos
. Por ter uma grande influência helenista onde se generalizou, compilou e sistematizou o
Direito Romano. Todo o trabalho de compilação e sistematização dos ordenamentos foi
elaborado por juristas formados em três escolas (Escola de Constantinopla, Escola de Beirute e
Escola de Damasco).
Justiniano tornou-se o imperador Romano do Oriente, porque era sobrinho de Justino tendo
sido o seu sucessor como imperador do Império Romano do Oriente até ao ano 565 d.C. da era
cristã.
Enquanto a parte ocidental do Império desaparecia pelas invasões dos povos estrangeiros,
Justiniano fortaleceu o Império Romano do Oriente, na cidade Constantinopla, iniciando a obra
militar/legislativa e estruturou o seu governo, enfrentando os invasores e como isto elaborou a
codificação do Direito Romano (“Corpus Juris Civilis”).
Em 451 a.C. foi elaborada a “Lei das Doze Tábuas”, tendo sido a principal consequência da
divulgação do Direito.
Cada tábua corresponde a diferentes códigos utilizados nos dias de hoje, por exemplo:
- Código Civil
- Código Penal
Esta codificação do Direito Romano teve como fundamento as “Leis de Sólon”, Sólon foi um
legislador e jurista grego, que tentaram tornar Patrícios e Plebeus iguais.
Com esta lei, deu-se assim, a laicização do Direito Romano, isto é, definiram-se as matérias que
consistiam no Direito Canónico e no Poder Político.
Pois nesta época o Pretor tornou-se numa figura ainda mais importante porque definia se
havia Direito de acção e, em caso afirmativo, qual o Direito que se devia aplicar.
O Direito tornou-se acessível a todos aqueles que soubessem ler ou que o quisessem
conhecer.
Iniciou-se então assim o ensino público do Direito sendo os estudantes da ordem considerados
“iurisprudentes” (jurisprudentes).
Durante a Época Clássica a Jurisprudência, que consistia na opinião e argumentação daqueles
que estudam o Direito, procurava a ideia de justiça levando à construção de um sistema
jurídico rigoroso e científico.
Em conclusão, sendo o direito acessível a todos, iniciou-se o ensino público do direito. Sendo os
estudantes desta ordem considerados “Iurisprudentes”. Durante a época clássica a
Jurisprudência – opinião e argumentação daqueles que estudam direito – procurava a ideia de
Justiça levando à construção de um sistema jurídico rigoroso e científico.
Com a morte de Ulpiano, o ultimo grande jurista da época clássica, inicia-se a época Pós-
Clássica terminando assim com o trabalho dos “iurisprudentes” durante a época de 230 a 530
d.C.
A República surge depois da Monarquia, entre 510 a.C. a 27 a.C. quanto à períodificação
política do Direito Romano.
Desde o 510 a.C. que o poder político deixou de ser regido pelo rei, passando a estar centrado
em dois cônsules (tinham períodos de governação de um ano) eleitos pelo povo.
Por isso, o poder político da República passou a reger-se pelas figuras da magistratura, do
senado e do povo.
Na República o Senado continuou a ser bastante importante, em que chegou a ser um órgão
de prestígio na esfera externa e interna, onde passaram as suas decisões a serem tomadas
pelos Senados Consultum.
Na Magistratura Ordinária, considerada a carreira das honras, possuía uma hierarquia tal
como:
- Cônsules: tinham o poder político e administrativo
- Pretores: definiam se havia Direito de acção e, em caso afirmativo, qual o Direito que se
devia aplicar
- Censores: ocupavam os cargos militares
- Edis Curis: tinham o trabalho de colocar ordem nas cidades, de limpar e de cobrar impostos
- Questores: impostos e supervisionavam o tesouro e a contabilidade do Estado.
Assim o processo de formação de lei até entrar em vigor envolvia a “Autoritas Patrum”, o
“Imperium” através do populus.
Após a degradação dos comícios da “Lex Rogata” degrada-se e a “Autoritas Patrum” passa a
ser o início e não o fim do processo de criação da lei.
Ainda no período Republicano, o Senado, órgão que até 312 a. C. só poderia ser composto por
Patrícios, passa também a ser constituído por plebeus que com a “Lex Ovinia” passam a poder
assumir este cargo de grande importância na sociedade romana. Os senadores eram
escolhidos pelos cônsules e tribunos militares e mais tarde através dos censores. Assim, o
“Senatus Populus Que Romanus” passa a ser um órgão ainda mais prestigiado e respeitado
por todos, pois tanto Plebeus e Patrícios são representados neste conselho de homens sábios.
Apesar de no aspecto jurídico os “Senatus Consultos” terem forma de conselho, na prática
funcionavam quase como ordens. Quando os “Senatus Consultos” davam um conselho em
relação a um “Lex” ou em relação a outro assunto, geralmente esse conselho era levado como
uma ordem no sentido em que esse conselho era quase sempre seguido.
Em 339 a.C., com a “Lex Publilia Philonis”, o Senado vê a sua posição de meramente consultiva
ganhar importância e transformar se numa verdadeira deliberação, visto que sua “Autoritas
Patrum” passa a ser dada antes da proposta de lei ser votada pelos comícios. O Senado, na
altura do Principado, serviu, como instrumento principal, para legitimar e ajudar na
concentração de poderes no “Prínceps”, por isso podemos dizer que o Senado teve o seu
exponencial máximo de poder no início do principado mas também foi nesta época que os
seus poderes foram maioritariamente perdidos.
Octávio garantiu a manipulação do Senado e o seu controlo através da redução do número dos
senadores, da escolha feita por ele dos senadores onde escolheu aqueles em quem mais
confiava deixando em menor numero aqueles que se o punham a ele e através do facto que só
ele podia convocar o Senado. Assim o Senado passou a ser o local onde o “Princeps” anunciava
as suas decisões, saudadas pelos senadores, fazendo com que os “Senatus Consultos” fossem
substituídos pela “Oratio Principis”. Que posteriormente viriam a desaparecer e o prínceps
passaria a receber os senadores no seu palácio, fazendo assim com que o Senado perdesse
todo o poder que tinha recebido na Republica e também um pouco da sua importância social.
Concluindo que o Senado é uma das instituições mais antigas do Imperio Romano e que
através dele houve mudanças na política romana incluindo na forma como essa política estava
organizada.