Matérias Primas Cosméticas Resumo
Matérias Primas Cosméticas Resumo
Matérias Primas Cosméticas Resumo
• Origem:
- Naturais;
- Sintéticas;
- Semi-sintéticas.
• Natureza química:
- Orgânica;
- Inorgânica.
Matérias-Primas Cosméticas: Classificação
• Ação:
- Tensoativo;
- Emoliente;
- Umectante;
- Espessante ou gelificante;
- Conservante;
- Antioxidante;
- Acidulante ou Alcalinizante;
- Sequestrante ou Quelante;
- Edulcorante;
- Corante;
- Fragrância;
- Solvente.
•culturas.
O INCI foi desenvolvido graças à participação de vários países e
É uma nomenclatura baseada em listas internacionais de
ingredientes conhecidos e utilizados por pesquisadores e cientistas de
todo o mundo.
Matérias-Primas Cosméticas: Nomenclatura
EMOLIENTES
Características
• São insolúveis em água;
• Atenuam o ressecamento da
pele e cabelos:
- Conferem lubrificação e
maciez, restaurando a
oleosidade perdida;
- Hidratam pela formação de um
barreira que protege contra a
perda de água.
• Conferem consistência e
espalhabilidade às formulações.
EMOLIENTES
Hidrocarbonetos saturados
Ex.: Parafina sólida, Vaselina sólida e Vaselina líquida (óleo mineral ou
parafina líquida)
Propriedades:
- Não sofrem oxidação nem saponificação;
- Não são absorvidos pela epiderme, sendo empregados em produtos
de superfície;
- Podem provocar irritação da pele por obstrução dos poros, impedindo
a secreção sudorípara;
- Se usados em altas concentrações podem causar sensação de
engorduramento e pegajosidade indesejáveis;
- São de difícil remoção.
EMOLIENTES
Ácidos Graxos
Ácidos Graxos – Nomenclatura
Nome Comum Abreviatura Nome Sistemático Láurico 12:0
Palmítico 16:0 Hexadecanóico Mirístico 14:0
EMOLIENTES
Ácidos Graxos
Ácido graxo presente na superfície cutânea %
Ácido palmítico 25,3
Ácido cis-hexadecano-6-enóico 21,7
Ácido cis-octadecano-8-enóico 8,8
Ácido mirístico 6,9
Ácido cis-metilpentadecano-6-enóico 4,0
Ácido pentadecanóico 4,0
Ácido esteárico 2,9
Ácido cis-octadecano-6-enóico 1,9
Ácido oléico 1,9
EMOLIENTES
Álcoois Graxos
H3C – (CH2)n – CH2 – OH 12 – 18 C
• Álcool laurílico (C12/14 70/30)
• Álcool mirístico (C14)
• Álcool cetílico ou palmítico (C16)
• Álcool cetoestearílico (C16/18 30/70 ou 50/50)
• Álcool estearílico (C18)
EMOLIENTES
Éteres
R – O – R´
• Palmitato de cetila
• Oleato de decila Álcoois graxos
• Isonanoato de cetoestearila
• Miristato e palmitato de isopropila
Álcoois de cadeia curta
• Adipato de butila
• Monoestearato de glicerila Álcoois polivalentes
• Monoestearato de etilenoglicol (Tensoativos não-iônicos)
EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Álcoois Graxos
Oleato de decila
Isonanoato de cetoestearila
EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Álcoois de cadeia curta
Miristato e palmitato
de isopropila
EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Álcoois polivalentes
Monoestearato de
glicerila
EMOLIENTES
Ésteres Naturais
Triglicerídeos Ceras
• Óleos: jojoba, amêndoa, • Cera de abelha (C16-36);
abacate; • Cera de carnaúba (C16-36);
• Gorduras: manteigas de • Cera de candelilla (C22-34);
karité, cacau, cupuaçú; • Espermacete;
• Triglicerídeos do ácido • Lanolina;
cáprico (8:0)/caprílico • Ozoquerita / Ceresina.
(10:0).
EMOLIENTES
Fosfolipídeos
O
R1 C O CH2 onde, R1 e R2 são cadeias alquílicas longas
R2 C O CH O
O H 2C O P O R 3
- +
O NH3 +
- HO CH2CH2 NH3
O R3 HO CH2 C COO Etanolamina
álcool ligado H
ao fósforo Serina
OH OH
CH3 H OH
+ H H
HO CH2CH2 N CH3 CH2 CH CH2 OH H
HO H
CH3 HO OH OH
H OH
Colina Glicerol Inositol
EMOLIENTES:
SILICONES
Origem
Propriedades
Tipos de Silicones
Físico-química
ORIGEM
SiO2
PROPRIEDADES GERAIS
• Neutros;
• Incolores;
• Insípidos;
• Inodoros;
• Resistentes ao calor com ligeira variação de viscosidade;
• Inertes quimicamente;
• Resistentes a alterações microbianas e à oxidação;
• Muito hidrófobos.
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS
PELE
• Inócuos e bem tolerados;
• Formam película protetora (uniforme, oclusiva ou
não-oclusiva) creme para as mãos (proteção
contra soluções aquosas diversas e produtos
agressivos);
• Hidrorrepelente;
CABELO
• Sedosidade;
• Evita o desengorduramento exagerado;
• Brilho;
• Não é pegajoso; • Controle do volume;
• Suavidade e toque sedoso. • Penteabilidade.
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS
FORMULAÇÃO
• Melhora a espalhabilidade, deslizamento desodorantes
roll-nos e maquiagem;
• Doador de brilho maquiagem e formulações para o
cabelo (shampoo, condicionador, shampoo 2 em 1);
• Hidrorrepelente maquiagem;
• Ação antiespumante emulsões;
• Veículo.
ESTRUTURA
• São moléculas de cadeias poliméricas que possuem em sua
estrutura ligações silício-oxigênio (Si-O-Si). São produzidos pela
polimerização de siloxanos conhecidas como polisiloxanos.
R R R
R – Si – O – (Si-O)n – Si – R
R R R
À cadeia básica pode-se adicionar diversos grupos funcionais
(poliacrilatos, cadeias carbônicas, cadeias de óxido de propeno
e eteno...) que conferem propriedades específicas.
Tipos de Silicone para Uso Cosmético
Dimeticone
Ciclometicone
Dimeticone copoliol
Feniltrimeticone
Estearil dimeticone
UMECTANTES
• Definição: São substâncias higroscópicas, ou seja, absorvem água do
ambiente e promovem sua retenção através de ligações de hidrogênio;
• Ação:
- Pele – Por ser um órgão vivo, a pele requer um certo nível de
hidratação para permanecer saudável. Nesse contexto, os umectantes
se tornam muito importantes para o cuidado da pele;
- Cabelo – Por ser constituído de células mortas, não requer hidratação
para “sobreviver”. Nesse caso, os umectantes não são vitais, mas
ajudam no controle das propriedades físicas, evitando a quebra do
cabelo. Podem funcionar como um agente condicionante;
- Formulação – Reduzem a perda de umidade do próprio produto,
prevenindo o seu ressecamento Ajudam a melhorar a consistência e
a estética de cremes, loções, sabonetes, dentifrícios.
UMECTANTES
• Desvantagens:
- Em excesso podem causar ao cabelo e à pele a sensação de
pegajosidade;
- No caso de perda de umidade no ambiente, cuidados devem ser
tomados para que os umectantes não retirem umidade da pele e
liberem-na para a atmosfera;
- Não são substantivos para o cabelo e pele, de modo que saem
facilmente com o enxágue, já que são solúveis em água. Assim, são
mais eficientes como agentes hidratantes para a pele e cabelos se
usados em formulações sem enxágue (leave on).
UMECTANTES
• Estrutura:
- A maioria dos umectantes contém múltiplos grupos hidroxila que
atraem e anexam a água através de ligação de hidrogênio.
Ex.: Propilenoglicol, Glicerina ou Glicerol, Etilenoglicol, Polietilenoglicóis
(PEG), Sorbitol.
PEG - n
Sorbitol
Tensoativos ou Surfactantes
Tensão superficial / interfacial: É o resultado de forças
de atração intermoleculares desbalanceadas presentes na
interface de 2 fases imiscíveis (líquido-líquido ou líquido-
gás). Este desequilíbrio faz com que as moléculas do
líquido sejam puxadas para o interior do líquido, fazendo
com que o líquido se contraia espontaneamente nesta
direção (gotículas esféricas).
Tensoativos ou Surfactantes
APOLAR POLAR
Parte hidrófoba Parte hidrófila
Tensoativos ou Surfactantes
APOLAR POLAR
Parte hidrófila
Parte hidrófoba
Grupos polares
Radical alquil com grupo CH3 terminal diversos carregados
(10 a 18 carbonos) ou não
CH3-(CH2)n
Tensoativos ou Surfactantes
CMC
Concentração Micelar Crítica
Tensoativos ou Surfactantes
Contra-íons: Os surfactantes iônicos se dissociam, em solução
aquosa, resultando em duas espécies hidratadas: um ânion e um cátion, ou
seja, o surfactante propriamente dito e seu respectivo contra-íon. Os
contra-íons são importantes para neutralizar a repulsão eletrostática entre
os grupos polares na micela.
Leva em
consideração seus • Aniônicos
GRUPOS
• Catiônicos
POLARES
• Anfóteros
• Não-iônicos
• Anfóteros
Estabilização da
espuma
Tensoativos: Classificação X Propriedades
Detergência
• Aniônicos
H 2O H2O
H2O + H 2O +
• Não-iônicos +-- -
+
- + +-- -
+
- +
- -
+ +
+- - +- -
+ -- -- óleo + -- --
óleo
- - - -
+ + + +
H 2O - -H H 2O - -H
Solubilização + - - - -- +
O
H + - - - -- +
O
H
+ H + H
Emulsificação H O H O
Espessamento (Dietanolamida)
Condicionamento
- Maciez, suavidade e
penteabilidade ao
• Catiônicos cabelo e à pele.
Ação Bactericida
Tensoativos: Classificação
Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL)
Hidrophilic-Lipophilic Balance (HLB)
Tensoativos: Classificação
Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL)
Hidrophilic-Lipophilic Balance (HLB)
Escala de GRIFFIN
Tensoativos: Classificação
Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL)
Hidrophilic-Lipophilic Balance (HLB)
Tensoativos Aniônicos
Parte polar da molécula é ANIÔNICA Em solução aquosa
sofrem dissociação liberando um cátion.
Cátions que rodeiam carga aniônica Íons inorgânicos (Na+,
Ca2+) ou N+.
Tensoativos Aniônicos
Sabão – Síntese: Reação de Saponificação
O
CH3(CH2)16–C–O–CH2 3 Na+ -OOC(CH2)16CH3
3 Sabão
Sabão(Estearato
(Estearatodedesódio)
sódio)
+
O OH CH2
CH3(CH2)16–C–O–CH + 3 NaOH
OH CH2
O OH CH2
CH3(CH2)16–C–O–CH2
Glicerol
Triacilglicerol
Tensoativos Aniônicos
Sabão – Solubilidade
Precipitação em água dura (íons Ca+2 e Mg+2)
Reação de dupla troca
Tensoativos Aniônicos
Alquil éter sulfato
ESTRUTURA GENÉRICA
Tensoativos Aniônicos
Irritabilidade X Detergência
Alquil sulfato
Alquil éter sulfato
Alquil sulfossuccinato
Alquil éter sulfossuccinato
Tensoativos Aniônicos
Tensoativos Catiônicos
Parte polar da molécula é CATIÔNICA Em solução aquosa
sofrem dissociação liberando um ânion.
Ânions que rodeiam carga catiônica halogênios (Cl -, Br -).
CH3
CH3 – (CH2)n – CH2 – N+ - CH3 X -
CH3
SAIS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO
Tensoativos Catiônicos
Sais de amônio quarternário
Tensoativos Catiônicos
Sais de amônio quaternário – Efeito da estrutura
Sais de amônio quaternário
CADEIA GRAXA FUNÇÕES
Láurica - Mirística Melhor efeito bactericida
Cetílica Emoliência e condicionamento
Estearílica Amaciamento e lubrificação
RADICAL FUNÇÃO
Metila Menor oleosidade
Etila Aumenta o efeito bactericida
Benzila Maior oleosidade, efeito
bactericida
Tensoativos Catiônicos
Polímeros ou Resinas Catiônicas
Tensoativos Catiônicos
Polímeros Catiônicos
POLIQUATERNIUM 2
POLIQUATERNIUM 6
POLIQUATERNIUM 7
Tensoativos Anfóteros
Contém 2 diferentes grupos funcionais: um com caráter
aniônico (carboxilato) e outro com caráter catiônico (N
quaternário).
Formulação
R3N+CH2COO-
R2NCH2COO - R3N+CH2COOH
Tensoativos Anfóteros
Derivados de Imidazolina
Exemplos:
• Cocoanfoacetato de sódio (cocoanfoglicinato de sódio)
• Cocoanfopropionato de sódio
• Cocoanfocarboxiglicinato disódico (cocoanfodiacetato disódico)
Tensoativos Anfóteros
Betaínas (anfóteros betaínicos)
TRIMETILGLICINA = BETAÍNA
GLICINA
Tensoativos Anfóteros
Betaínas (anfóteros betaínicos)
Exemplos:
• Cocobetaína
• Cocoamidoetil betaína
• Cocoamidopropil betaína
Tensoativos Não-Iônicos
Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem cargas.
CH3(CH2)nCH2O(CH2CH2O)nH
Pontes de hidrogênio
H H
O
H H
O
Tensoativos Não-Iônicos
Álcoois Graxos Etoxilados
Dietanolamida de ácido
graxo de coco 80 ou 90
Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Ésteres de Sorbitan
Polissorbato 85 = Tween 85 =
Trioleato de sorbitan etoxilado
Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Ésteres de Glicerila
Monoestearato de glicerila
Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Alquilpoliglicosídeos
Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Ésteres de Sacarose
Espessantes ou Gelificantes
Derivados da celulose
• Carbômero (Carbopol):
Polímero de ácido acrílico
entrecruzado com alil éteres
de pentaeritritol e alil éteres
de sacarose.
Espessantes ou Gelificantes
Polissacarídeos
Espessantes ou Gelificantes
Polissacarídeos
• Goma Guar: Polímero ramificado = Cadeia linear de D-manose unidas entre si
por ligações glicosídicas do tipo β (14) + Ramificações de D-galactose unidas à
cadeia principal por ligações α (16).
Conservantes
• Todo cosmético tem a probabilidade de ser exposto a alguma
contaminação microbiana:
- Durante a fabricação, pelo próprio equipamento de processamento ou
pelas matérias-primas;
- Após a fabricação através do contato com tubulações, tanques de
armazenamento e/ou embalagens contaminadas;
- Durante o uso pelo consumidor.
Conservantes
• Daí surge a necessidade de biocidas químicos, conhecidos como conservantes ou
preservantes que inibem o desenvolvimento de microorganismos, garantindo que as
características organolépticas do produto sejam mantidas e que o produto seja inócuo
para o consumidor;
102 UFC/ g ou ml
103 UFC/ g ou ml
RESOLUÇÃO Nº 481
Conservantes
Conservantes
Parabenos
Quanto maior seu PM, maior sua ação antimicrobiana e menor a sua
solubilidade em água:
- Metilparabeno (Nipagin) = Formulações hidrossolúveis;
- Propilparabeno (Nipazol) = Formulações lipossolúveis.
Conservantes
Derivados fenólicos
Clorocresol
Fenol
Triclosan
Timol
Conservantes
Compostos quaternários
• Estrutura: São moléculas com pelo menos um grupo de nitrogênio
quaternário, apresentando-se sob a forma de sais de brometo ou cloreto.
• Exemplos: Cloreto de amônio, Cloreto de benzalcônio (cloreto de alquil
benzil dimetilamônio), Cloreto de benzetônio.
Cloreto de benzalcônio
Conservantes
Álcoois
Conservantes
Compostos orgânicos
Metilisotiazolinona
Conservantes
Derivados da piridina
Piritionato
Piridina de sódio
Piritionato
de zinco
Antioxidantes
• São usados para prevenir a oxidação de matérias-primas e ativos
(ácidos graxos insaturados, óleos vegetais, fosfolipídeos, vitamina C)
presentes nas formulações cosméticas, evitando que ocorram alterações
das características organolépticas e da eficácia do produto.
Antioxidantes
• Fatores que influenciam a oxidação de lipídeos:
- Número e natureza das insaturações presentes;
- Tipo de interface entre os lipídeos e o oxigênio (fase lipídica contínua,
dispersa ou emulsionada);
- Exposição à luz e/ou calor;
- Presença de pró-oxidantes (íons metálicos de transição);
- Presença de antioxidantes.
Antioxidantes
• Exemplos: BHT (terc-butilhidroxitolueno), BHA (terc-butilhidroxianisol),
Palmitato de ascorbila, Alfa-tocoferol (vitamina E), Ácido ascórbico
(vitamina C), Bissulfito de sódio (NaHSO3) , Ácido hipofosfórico (H3PO2)
Antioxidantes
• Exemplos: BHT (ter-butilhidroxitoluenoi), BHA (ter-butilhidroxianisol),
Palmitato de ascorbila, Alfa-tocoferol (vitamina E), Ácido ascórbico
(vitamina C), Bissulfito de sódio (NaHSO3) , Ácido hipofosfórico (H3PO2)
Ácido ascórbico
Acidulantes / Alcalinizantes
• São adicionados a formulações cosméticas com o intuito de ajustar o pH
da formulação. Este ajuste pode ter diferentes objetivos:
- Manter a estabilidade do produto;
- Catalisar uma reação (saponificação – NaOH);
- Atingir um valor de pH determinado para aquele tipo de produto
(shampoo – Ácido cítrico);
- Fazer com que a formulação adquira a forma de gel (carbopol –
Trietanolamina, AMP-95 [aminometilpropanol]).
Sequestrantes ou Quelantes
• São compostos que tem a propriedade de complexar íons metálicos
polivalentes (cálcio, ferro, magnésio), removendo estes íons da solução
em que se encontram. O resultado é a formação de um complexo
altamente estável e hidrossolúvel (quelato);
• Importância dos quelantes em cosméticos: Remover íons que
contribuem para a instabilidade da formulação:
- Formulações de shampoos para evitar que o íon cálcio interfira na
produção de espuma;
- Formulações de produtos de higiene pessoal que contenham moléculas
de sabão e sejam usados em regiões onde há água dura para evitar a
precipitação de sabões de cálcio;
- Formulações susceptíveis à oxidação para quelar íons metálicos pró-
oxidantes.
Sequestrantes ou Quelantes
• Exemplos: EDTA (ácido etilenodiamino tetracético), Ácido etidrônico
Edulcorantes
• Usados para dar sabor doce a uma formulação;
• Na área cosmética a aplicação deste tipo de matéria-prima é restrita
visto que a grande maioria das formulações são para uso tópico;
• Seu uso restringe-se às formulações de dentifrícios e enxaguatórios
bucais;
• Diferente de flavorizante (sabor de ...);
• Exemplos: sacarina, sorbitol.
Corantes
Definições
Corantes
Mecanismo de Ação
RESOLUÇÃO RDC 44
RESOLUÇÃO RDC 44
Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Corantes Hidrossolúveis: Solúveis em água ou formulações aquosas. São
moléculas geralmente sob a forma de sais, podendo ser sintéticas ou vegetais
Loções, shampoos, emulsões O/A.
• Corantes Lipossolúveis: Solúveis em óleo ou formulações oleosas.
Sobretudo de origem sintética Sabonetes, óleos, perfumes, fotoprotetores,
batons, emulsões A/O.
• Pigmentos: Insolúveis em óleo e em água. Podem ser de origem sintética ou
mineral Maquiagem.
• Lacas: Insolúveis em óleo e em água. Obtidas por fixação de corantes
solúveis em um suporte (pó branco absorvente, ex.: hidróxidos de alumínio,
bário ou estrôncio) Batons, colorir levemente determinadas emulsões.
Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Nacarante ou Perolizante:
- Adicionado juntamente com o corante para dar brilho, cintilância e/ou efeito
perolizado à formulação.
- São insolúveis em água e óleo.
- Apresentam-se sob a forma de pó, em dispersões oleosas ou em nitrocelulose.
- Mecanismo de ação: A nacaragem é um fenômeno físico de adsorção, difração
e reflexão diferencial da luz que toca partículas sólidas cristalinas.
- O primeiro nacarante utilizado era de origem natural suspensão de escamas
de pequenos peixes utilizada para a fabricação de pérolas artificiais.
Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Nacarantes:
- Classificação:
* Naturais
Ex.: Essência do Oriente – Suspensão de guanina em vaselina líquida ou óleo de
rícino (lipossolúvel) Muito cara Reservada aos produtos de maquiagem
superiores e Esmaltes de unha de marca.
* Minerais
Ex.: Micatitanas (partículas de mica recobertas por uma camada mais ou menos
espessa de óxido de titânio) e Oxicloreto de Bismuto Pós insolúveis
Possuem densidade maior que a essência do oriente Têm a tendência de
sedimentar em meios líquidos (esmaltes de unha). Estão geralmente associados
a pigmentos coloridos ou podem eles mesmos ser coloridos Maquiagem
(sombras, batons) e esmaltes de unha.
Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Nacarantes:
- Classificação:
* Sintéticos
Ex.: Estearatos de glicóis (ex.: dietilenoglicol), Estearato de sódio + Estearato de
potássio São moléculas anfifílicas que se incorporam facilmente à fase oleosa
das emulsões e aos shampoos Shampoos, banhos de espuma, cremes de
barbear.
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Orgânicos Sintéticos:
- Os corantes sintéticos estão disponíveis em várias tonalidades como
vermelho, azul, verde, amarelo, laranja, violeta;
• Orgânicos Sintéticos:
- Os corantes orgânicos são moléculas complexas com nomes químicos
complexos, por exemplo: sal dissódico de etil[4-p[etil(m-sulfobenzil)amino]-a-
(o-sulfo-fenil)benzilideno]-2,5-ciclo-hexadieno-1-ilideno](m-sulfobenzil)hidróxido
de amônia;
- Para facilidade de referência, países adotaram sistemas de
nomenclatura especiais para nomear estes corantes:
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Orgânicos Sintéticos:
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Orgânicos Sintéticos:
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Orgânicos Sintéticos:
• Orgânicos Sintéticos:
-Grupo Trifenilmetano:
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Orgânicos Sintéticos:
• Orgânicos Sintéticos:
- Grupo Antraquinona:
Corantes
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Orgânicos Naturais:
- Estão divididos em animais e vegetais;
- Pode ou não usar a nomenclatura do CI.
* Animais:
- O único ainda utilizado atualmente é o carmim, proveniente da
pulverização de insetos fêmeas do gênero coccus cacti Retira-se deles
o ácido carmínico (solúvel) que é apresentado sob a forma de laca, o
carmim, de cor vermelha Maquiagem (batons).
Corantes
Classificação Química dos Corantes
* Vegetais:
- São extraídos das folhas, frutos, madeira ou sementes de diversos
vegetais.
Ex.: - Carotenóides Corantes lipossolúveis cuja coloração varia do
amarelo ao vermelho, passando pelo laranja Obtenção: Cenoura,
tomate, óleos vegetais.
- Clorofilas Corantes hidrossolúveis verdes Obtenção: espinafre,
alfafa, urtiga.
- Antocianinas Corantes hidrossolúveis vermelhos em meio ácido e
azuis em meio alcalino Obtenção: Bagos de cassis, sabugueiro, casca
de uva roxa.
Corantes
Classificação Química dos Corantes
Corantes
Classificação Química dos Corantes
* Vegetais:
* Vegetais:
Corantes
Classificação Química dos Corantes
• Inorgânicos:
- Não são suspeitos de apresentarem os mesmos riscos à saúde, como
aqueles associados aos corantes orgânicos;
- Para o formulador, infelizmente, os corantes inorgânicos não são
hidrossolúveis, por isso, suas aplicações estão drasticamente limitadas;
- Não estão disponíveis na mesma variada e extensa gama de cores como
ocorre com os orgânicos;
- O sistema de Color Index (CI) da UE também se aplica a este tipo de
corante.
Corantes
Classificação Química dos Corantes
Corantes
Color Index X Estrutura
Química do Corante
Fragrâncias
Objetivo do Uso
• Mascarar Odores: Muitas matérias-primas têm um odor característico
desagradável que pode ser detectado nos produtos acabados. A
fragrância compensa ou sutilmente balanceia este odor desagradável,
tornando os produtos mais aceitáveis. O produto resultante poderá ter
um odor agradável ou ser inodoro.
- Tioglicolato de amônio (romper pontes dissulfeto) – Alisantes ou
onduladores de cabelo;
- Compostos de nitrogênio quaternário (tensoativos catiônicos) –
condicionadores;
- Hidrolisado de proteínas – shampoos, condicionadores, cremes;
- Gorduras e ceras (emolientes) – produtos para o cuidado da pele e cabelos;
- Altas concentrações de etanol – sprays de cabelo.
Fragrâncias
Objetivo do Uso
• Provocar um efeito psicológico no consumidor:
- As reações do consumidor para com um produto não estão baseadas
apenas nas suas performances técnicas, mas em fatores subjetivos como
a aparência e odor do produto;
- Os consumidores costumam associar fragrâncias específicas a uma
melhor performance, embora isso, comprovadamente, não ocorra;
Ex.: fragrância cítrica = maior poder de limpeza
- O odor pode sinalizar algo sobre a funcionalidade do produto;
Ex.: shampoo anticaspa = fragrância medicinal
shampoo de bebê = fragrância suave
- A fragrância pode reforçar a presença de ingredientes específicos.
Ex.: shampoo de maçã = fragrância que lembre suco de maçã
Fragrâncias
Objetivo do Uso
• Ter uma funcionalidade real:
- Certos óleos essenciais usados como fragrância têm propriedades
antimicrobianas que podem ser úteis em produtos bactericidas
(desodorantes) ou em outros produtos por complementar os
conservantes já existentes;
- Algumas fragrâncias têm propriedades repelentes de insetos;
- Outras fragrâncias podem afetar diretamente o comportamento
humano, promovendo relaxamento ou reduzindo o estresse
(aromaterapia).
Fragrâncias
Definição
• Quimicamente falando, uma fragrância é uma mistura
complexa de ingredientes sistematicamente combinados para
produzir aromas específicos.
Tais ingredientes podem ser divididos, de acordo com sua estrutura, em:
- Terpenóides
- Alifáticos
- Benzenóides
Fragrâncias
Definição
Fragrâncias
Definição
Acetato de benzila
Solventes
Água
Quanto à destinação de uso, as águas podem ser classificadas nas seguintes categorias:
Água potável - Água destinada ao consumo humano. É normalmente fornecida por sistemas
públicos de tratamento. A água potável deve atender a padrões microbiológicos, físicos,
químicos e radioativos e não oferecer riscos para a saúde.
Água purificada - Água destinada a aplicações especiais, notadamente nas áreas industriais
e da saúde, cujas características são estabelecidas pela farmacopéia americana (USP XXV).
São preparadas a partir de água potável, não contêm aditivos, são obtidas por processo
adequado. Têm condutividade inferior a 1,3 m Siemens/cm (dependendo do método de
medição) e concentração de carbono orgânico total (TOC) menor que 500 ppb. Quanto à
contagem microbiológica, podem conter até 100 UFC/ml.
Solventes
Água
Solventes
Etanol
Legislação
• A Resolução RDC 03 de 18 de janeiro de 2012 traz uma Lista de
Substâncias que os cosméticos não devem conter exceto nas condições e
com as restrições estabelecidas (Lista Restritiva);
RESOLUÇÃO RDC 83