Matérias Primas Cosméticas Resumo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 71

Matérias-primas Cosméticas

Matérias-Primas Cosméticas: Classificação

São classificadas quanto:

• Origem:
- Naturais;
- Sintéticas;
- Semi-sintéticas.

• Natureza química:
- Orgânica;
- Inorgânica.
Matérias-Primas Cosméticas: Classificação
• Ação:
- Tensoativo;
- Emoliente;
- Umectante;
- Espessante ou gelificante;
- Conservante;
- Antioxidante;
- Acidulante ou Alcalinizante;
- Sequestrante ou Quelante;
- Edulcorante;
- Corante;
- Fragrância;
- Solvente.

Matérias-Primas Cosméticas: Nomenclatura

•umINCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient é


sistema internacional de codificação da nomenclatura de
ingredientes cosméticos, reconhecido e adotado mundialmente, criado
com a finalidade de padronizar os ingredientes na rotulagem dos
produtos cosméticos.

•culturas.
O INCI foi desenvolvido graças à participação de vários países e
É uma nomenclatura baseada em listas internacionais de
ingredientes conhecidos e utilizados por pesquisadores e cientistas de
todo o mundo.
Matérias-Primas Cosméticas: Nomenclatura

INCI X Legislação Brasileira:

Resolução RDC nº 07, de 10 de fevereiro de 2015


ANEXO V
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ROTULAGEM OBRIGATÓRIA GERAL PARA
PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES

Ingredientes/Composição: Descrição qualitativa dos componentes da fórmula através de


sua designação genérica, utilizando a codificação de substâncias estabelecida pela
Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI).

Matérias-Primas Cosméticas: Nomenclatura

Recomendações para encontrar o INCI correto:


- Não acredite na nomenclatura INCI informada na literatura do fornecedor
de matéria-prima;
- Para encontrar a nomenclatura INCI de derivado de plantas, procure
primeiro saber o gênero, a espécie e o tipo de extrato (extract, oil);
- Se você não encontrar a INCI em nenhum dos 3 documentos, procure
saber do fornecedor se ele já propôs ao CTFA uma nomenclatura e se
esta já está disponível on line, no site da CTFA. Provavelmente esta será
a nomenclatura citada na próxima edição do referido dicionário;
- Se quiser usar um derivado vegetal e não acha o nome INCI em nenhum
dos 4 locais supracitados, procure o nome científico da espécie e
proponha uma nomenclatura INCI. Nesse caso, deve-se anexar
bibliografia sobre a espécie e literatura pertinentes, inclusive com relação
à eficácia e segurança.
Matérias-Primas Cosméticas: Nomenclatura

Principais erros encontrados no uso da INCI:

EMOLIENTES
Características
• São insolúveis em água;
• Atenuam o ressecamento da
pele e cabelos:
- Conferem lubrificação e
maciez, restaurando a
oleosidade perdida;
- Hidratam pela formação de um
barreira que protege contra a
perda de água.
• Conferem consistência e
espalhabilidade às formulações.
EMOLIENTES
Hidrocarbonetos saturados
Ex.: Parafina sólida, Vaselina sólida e Vaselina líquida (óleo mineral ou
parafina líquida)

Propriedades:
- Não sofrem oxidação nem saponificação;
- Não são absorvidos pela epiderme, sendo empregados em produtos
de superfície;
- Podem provocar irritação da pele por obstrução dos poros, impedindo
a secreção sudorípara;
- Se usados em altas concentrações podem causar sensação de
engorduramento e pegajosidade indesejáveis;
- São de difícil remoção.

EMOLIENTES
Ácidos Graxos
Ácidos Graxos – Nomenclatura
Nome Comum Abreviatura Nome Sistemático Láurico 12:0
Palmítico 16:0 Hexadecanóico Mirístico 14:0

Esteárico 18:0 Octadecanóico

Araquídico 20:0 Eicosanóico

Palmitoléico 16:1(9) Hexadecenóico Ômega-7


Oléico 18:1(9) Octadecenóico Ômega-9
Linoléico 18:2(9,12) Octadecedienóico Ômega-6
Linolênico 18:3(9,12,15) Octadecetrienóico Ômega-3
Araquidônico 20:4(5,811,14) Eicosatetraenóico Ômega-6

EMOLIENTES
Ácidos Graxos
Ácido graxo presente na superfície cutânea %
Ácido palmítico 25,3
Ácido cis-hexadecano-6-enóico 21,7
Ácido cis-octadecano-8-enóico 8,8
Ácido mirístico 6,9
Ácido cis-metilpentadecano-6-enóico 4,0
Ácido pentadecanóico 4,0
Ácido esteárico 2,9
Ácido cis-octadecano-6-enóico 1,9
Ácido oléico 1,9
EMOLIENTES
Álcoois Graxos
H3C – (CH2)n – CH2 – OH 12 – 18 C
• Álcool laurílico (C12/14 70/30)
• Álcool mirístico (C14)
• Álcool cetílico ou palmítico (C16)
• Álcool cetoestearílico (C16/18 30/70 ou 50/50)
• Álcool estearílico (C18)

EMOLIENTES
Éteres
R – O – R´

• PPG-15 estearil éter (polipropilenoglicol-15 estearil


éter ou álcool estearílico propoxilado)
• Éter dicaprílico
• Monococoato de glicerila 7 OE (PEG-7 gliceril
cocoato ou ácido graxo de côco)
• Perfluoropolimetil isopropil éter
EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Estruturas possíveis
R – COO – R´

• Palmitato de cetila
• Oleato de decila Álcoois graxos

• Isonanoato de cetoestearila
• Miristato e palmitato de isopropila
Álcoois de cadeia curta
• Adipato de butila
• Monoestearato de glicerila Álcoois polivalentes
• Monoestearato de etilenoglicol (Tensoativos não-iônicos)

EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Álcoois Graxos

Oleato de decila

Isonanoato de cetoestearila
EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Álcoois de cadeia curta

Miristato e palmitato
de isopropila

EMOLIENTES
Ésteres Sintéticos – Álcoois polivalentes

Monoestearato de
glicerila
EMOLIENTES
Ésteres Naturais
Triglicerídeos Ceras
• Óleos: jojoba, amêndoa, • Cera de abelha (C16-36);
abacate; • Cera de carnaúba (C16-36);
• Gorduras: manteigas de • Cera de candelilla (C22-34);
karité, cacau, cupuaçú; • Espermacete;
• Triglicerídeos do ácido • Lanolina;
cáprico (8:0)/caprílico • Ozoquerita / Ceresina.
(10:0).

EMOLIENTES
Fosfolipídeos
O
R1 C O CH2 onde, R1 e R2 são cadeias alquílicas longas
R2 C O CH O
O H 2C O P O R 3
- +
O NH3 +
- HO CH2CH2 NH3
O R3 HO CH2 C COO Etanolamina
álcool ligado H
ao fósforo Serina
OH OH
CH3 H OH
+ H H
HO CH2CH2 N CH3 CH2 CH CH2 OH H
HO H
CH3 HO OH OH
H OH
Colina Glicerol Inositol
EMOLIENTES:

SILICONES
Origem
Propriedades
Tipos de Silicones
Físico-química

ORIGEM

• Provém do QUARTZO (26% da


crosta terrestre);
• Do QUARTZO retira-se a
SÍLICA, que sofre moderno
processo industrial;
• A partir da SÍLICA obtém-se o
SILICONE.

SiO2
PROPRIEDADES GERAIS

• Neutros;
• Incolores;
• Insípidos;
• Inodoros;
• Resistentes ao calor com ligeira variação de viscosidade;
• Inertes quimicamente;
• Resistentes a alterações microbianas e à oxidação;
• Muito hidrófobos.

PROPRIEDADES ESPECÍFICAS
PELE
• Inócuos e bem tolerados;
• Formam película protetora (uniforme, oclusiva ou
não-oclusiva)  creme para as mãos (proteção
contra soluções aquosas diversas e produtos
agressivos);
• Hidrorrepelente;
CABELO
• Sedosidade;
• Evita o desengorduramento exagerado;
• Brilho;
• Não é pegajoso; • Controle do volume;
• Suavidade e toque sedoso. • Penteabilidade.
PROPRIEDADES ESPECÍFICAS
FORMULAÇÃO
• Melhora a espalhabilidade, deslizamento  desodorantes
roll-nos e maquiagem;
• Doador de brilho  maquiagem e formulações para o
cabelo (shampoo, condicionador, shampoo 2 em 1);
• Hidrorrepelente  maquiagem;
• Ação antiespumante  emulsões;
• Veículo.

ESTRUTURA
• São moléculas de cadeias poliméricas que possuem em sua
estrutura ligações silício-oxigênio (Si-O-Si). São produzidos pela
polimerização de siloxanos conhecidas como polisiloxanos.

R R R

R – Si – O – (Si-O)n – Si – R

R R R
À cadeia básica pode-se adicionar diversos grupos funcionais
(poliacrilatos, cadeias carbônicas, cadeias de óxido de propeno
e eteno...) que conferem propriedades específicas.
Tipos de Silicone para Uso Cosmético

Dimeticone

Ciclometicone

Dimeticone copoliol

Tipos de Silicone para Uso Cosmético

Feniltrimeticone

Estearil dimeticone
UMECTANTES
• Definição: São substâncias higroscópicas, ou seja, absorvem água do
ambiente e promovem sua retenção através de ligações de hidrogênio;
• Ação:
- Pele – Por ser um órgão vivo, a pele requer um certo nível de
hidratação para permanecer saudável. Nesse contexto, os umectantes
se tornam muito importantes para o cuidado da pele;
- Cabelo – Por ser constituído de células mortas, não requer hidratação
para “sobreviver”. Nesse caso, os umectantes não são vitais, mas
ajudam no controle das propriedades físicas, evitando a quebra do
cabelo. Podem funcionar como um agente condicionante;
- Formulação – Reduzem a perda de umidade do próprio produto,
prevenindo o seu ressecamento  Ajudam a melhorar a consistência e
a estética de cremes, loções, sabonetes, dentifrícios.

UMECTANTES
• Desvantagens:
- Em excesso podem causar ao cabelo e à pele a sensação de
pegajosidade;
- No caso de perda de umidade no ambiente, cuidados devem ser
tomados para que os umectantes não retirem umidade da pele e
liberem-na para a atmosfera;
- Não são substantivos para o cabelo e pele, de modo que saem
facilmente com o enxágue, já que são solúveis em água. Assim, são
mais eficientes como agentes hidratantes para a pele e cabelos se
usados em formulações sem enxágue (leave on).
UMECTANTES
• Estrutura:
- A maioria dos umectantes contém múltiplos grupos hidroxila que
atraem e anexam a água através de ligação de hidrogênio.
Ex.: Propilenoglicol, Glicerina ou Glicerol, Etilenoglicol, Polietilenoglicóis
(PEG), Sorbitol.

PEG - n
Sorbitol

Tensoativos ou Surfactantes
Tensão superficial / interfacial: É o resultado de forças
de atração intermoleculares desbalanceadas presentes na
interface de 2 fases imiscíveis (líquido-líquido ou líquido-
gás). Este desequilíbrio faz com que as moléculas do
líquido sejam puxadas para o interior do líquido, fazendo
com que o líquido se contraia espontaneamente nesta
direção (gotículas esféricas).
Tensoativos ou Surfactantes

Definição: São substâncias que diminuem a tensão


superficial entre um líquido e um gás e/ou a tensão
interfacial entre 2 líquidos imiscíveis.

Estrutura: Possuem um grupo POLAR ligado à uma


cadeia carbônica.

APOLAR POLAR
Parte hidrófoba Parte hidrófila

Tensoativos ou Surfactantes

APOLAR POLAR

Parte hidrófila
Parte hidrófoba
Grupos polares
Radical alquil com grupo CH3 terminal diversos carregados
(10 a 18 carbonos) ou não
CH3-(CH2)n

Cadeias de hidrocarbonetos alifáticos:


- lineares
- ramificados
Cadeias de hidrocarbonetos aromáticos
Tensoativos ou Surfactantes
Nomenclatura de Número de Carbonos Denominação
Ácidos Graxos:
6 Capróico
8 Cáprico
10 Caprílico
Radicais Alquil 12 Láurico
14 Mirístico
16 Palmítico
18 Esteárico
18:1 Oléico
18:2 Linoléico
18:3 Linolênico
20 Araquídico

Tensoativos ou Surfactantes

As moléculas de tensoativos formam agregados em


solução  Micelas

Nesta figura as regiões hidrofóbicas


formam um núcleo apolar e são
mantidas afastadas das moléculas de
água, que interagem somente com a
camada externa da micela, formada
pelos grupos hidrofílicos do
surfactante.
Tensoativos ou Surfactantes

A formação de micelas ocorre quando a


[tensoativos] > CMC

CMC
Concentração Micelar Crítica

Tensoativos ou Surfactantes
Contra-íons: Os surfactantes iônicos se dissociam, em solução
aquosa, resultando em duas espécies hidratadas: um ânion e um cátion, ou
seja, o surfactante propriamente dito e seu respectivo contra-íon. Os
contra-íons são importantes para neutralizar a repulsão eletrostática entre
os grupos polares na micela.

Lauril sulfato de sódio


Tensoativos: Classificação

Leva em
consideração seus • Aniônicos
GRUPOS
• Catiônicos
POLARES
• Anfóteros
• Não-iônicos

Tensoativos: Classificação X Propriedades

• Aniônicos Poder Espumante

• Anfóteros

Estabilização da
espuma
Tensoativos: Classificação X Propriedades

Detergência
• Aniônicos
H 2O H2O
H2O + H 2O +
• Não-iônicos +-- -
+
- + +-- -
+
- +
- -
+ +
+- - +- -
+ -- -- óleo + -- --
óleo
- - - -
+ + + +
H 2O - -H H 2O - -H
Solubilização + - - - -- +
O
H + - - - -- +
O
H
+ H + H
Emulsificação H O H O

Espessamento (Dietanolamida)

Tensoativos: Classificação X Propriedades

Condicionamento

- Maciez, suavidade e
penteabilidade ao
• Catiônicos cabelo e à pele.

Ação Bactericida
Tensoativos: Classificação
Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL)
Hidrophilic-Lipophilic Balance (HLB)

- Os tensoativos podem ser classificados, de acordo


com sua maior hidrofilia ou lipofilia, através de um valor
de EHL;

- Em 1950, Griffin criou uma escala de valores de HLB


(escala de Griffin) que vai de 0 a 50 (interesse
cosmético = 0 - 20);

Tensoativos: Classificação
Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL)
Hidrophilic-Lipophilic Balance (HLB)

Escala de GRIFFIN
Tensoativos: Classificação
Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL)
Hidrophilic-Lipophilic Balance (HLB)

- O valor do HLB está diretamente relacionado com a


importância da parte hidrofílica da molécula:
↑ HLB > ↑ Hidrofilicidade do tensoativo
↓ HLB > ↑ Lipofilicidade do tensoativo
- O HLB pode ser calculado através de equações ou
experimentalmente, ou ainda pode ser obtido através de
tabelas.

Tensoativos Aniônicos
Parte polar da molécula é ANIÔNICA  Em solução aquosa
sofrem dissociação liberando um cátion.
Cátions que rodeiam carga aniônica  Íons inorgânicos (Na+,
Ca2+) ou N+.
Tensoativos Aniônicos
Sabão – Síntese: Reação de Saponificação

O
CH3(CH2)16–C–O–CH2 3 Na+ -OOC(CH2)16CH3
3 Sabão
Sabão(Estearato
(Estearatodedesódio)
sódio)
+
O OH CH2
CH3(CH2)16–C–O–CH + 3 NaOH 
OH CH2
O OH CH2
CH3(CH2)16–C–O–CH2
Glicerol
Triacilglicerol

Tensoativos Aniônicos
Sabão – Solubilidade
Precipitação em água dura (íons Ca+2 e Mg+2)
Reação de dupla troca

2 CH3(CH2)16COO- Na+ + CaCO3 


Estearato de sódio

 (CH3(CH2)16COO-)2 Ca2+ + Na2CO3


Estearato de cálcio

Pouco solúvel em água = ppt


Tensoativos Aniônicos
Álcool Alquil
Graxosulfato
Sulfatado

Lauril sulfato de sódio Lauril sulfato de amônio

Lauril sulfato de monoetanolamina (MEA)

Cetil-estearil sulfato de sódio

Lauril sulfato de trietanolamina (TEA)

Tensoativos Aniônicos
Alquil éter sulfato

Lauril éter sulfato de sódio

Lauril éter sulfato de amônio

Lauril éter sulfato de TEA


Tensoativos Aniônicos
Alquil e Alquil éter sulfossuccinatos

ESTRUTURA GENÉRICA

LAURIL ÉTER SULFOSSUCCINATO DISÓDICO

Tensoativos Aniônicos

Alquil sulfato X éter sulfato X éter sulfossuccinato

Irritabilidade X Detergência
Alquil sulfato
Alquil éter sulfato
Alquil sulfossuccinato
Alquil éter sulfossuccinato
Tensoativos Aniônicos

Isetionatos (Ex.: Cocoil isetinato de sódio)

Tensoativos Catiônicos
Parte polar da molécula é CATIÔNICA Em solução aquosa
sofrem dissociação liberando um ânion.
Ânions que rodeiam carga catiônica  halogênios (Cl -, Br -).

CH3
CH3 – (CH2)n – CH2 – N+ - CH3 X -
CH3
SAIS DE AMÔNIO QUATERNÁRIO
Tensoativos Catiônicos
Sais de amônio quarternário

Cloreto de alquil benzil dimetil amônio

Tensoativos Catiônicos
Sais de amônio quaternário – Efeito da estrutura
Sais de amônio quaternário
CADEIA GRAXA FUNÇÕES
Láurica - Mirística Melhor efeito bactericida
Cetílica Emoliência e condicionamento
Estearílica Amaciamento e lubrificação
RADICAL FUNÇÃO
Metila Menor oleosidade
Etila Aumenta o efeito bactericida
Benzila Maior oleosidade, efeito
bactericida
Tensoativos Catiônicos
Polímeros ou Resinas Catiônicas

Características: Não são tensoativos. São polímeros ou


copolímeros de alto peso molecular, carregados positivamente.

Vantagens frente aos tensoativos catiônicos: São


compatíveis com tensoativos aniônicos e não são irritantes.

Propriedades: Condicionamento (maciez, brilho e facilidade de


pentear) à pele e cabelo.

Tensoativos Catiônicos
Polímeros Catiônicos

POLIQUATERNIUM 2
POLIQUATERNIUM 6

POLIQUATERNIUM 7
Tensoativos Anfóteros
Contém 2 diferentes grupos funcionais: um com caráter
aniônico (carboxilato) e outro com caráter catiônico (N
quaternário).
Formulação

pH básico pH neutro pH ácido


São desprotonados Zwitterions São protonados
Comportam-se como Carga zero Comportam-se como
aniônicos catiônicos

R3N+CH2COO-
R2NCH2COO - R3N+CH2COOH

Tensoativos Anfóteros
Derivados de Imidazolina

Exemplos:
• Cocoanfoacetato de sódio (cocoanfoglicinato de sódio)
• Cocoanfopropionato de sódio
• Cocoanfocarboxiglicinato disódico (cocoanfodiacetato disódico)
Tensoativos Anfóteros
Betaínas (anfóteros betaínicos)

TRIMETILGLICINA = BETAÍNA

GLICINA

Tensoativos Anfóteros
Betaínas (anfóteros betaínicos)

Exemplos:
• Cocobetaína
• Cocoamidoetil betaína
• Cocoamidopropil betaína
Tensoativos Não-Iônicos
Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem cargas.

• Solubilidade em água é devida à hidratação dos grupos


hidrófilos (hidroxi, éter, amina, amida), via pontes de hidrogênio:

CH3(CH2)nCH2O(CH2CH2O)nH

Pontes de hidrogênio
H H
O
H H
O

Tensoativos Não-Iônicos
Álcoois Graxos Etoxilados

Álcoois graxos utilizados: Álcool laurílico etoxilado 2 OE

• Álcool laurílico (C12/C14 70/30) n = 11 ou 13

• Álcool mirístico (C14)


• Álcool cetílico (C16)
n = 17

• Álcool estearílico (C18) Álcool estearílico etoxilado 12 OE

• Álcool cetoestearílico (C16/C18 30/70)


Óxidos utilizados:
• Óxido de eteno
Álcool graxo propoxilado • Óxido de propeno
Tensoativos Não-Iônicos
Alcanolamidas de Ácido Graxo

Dietanolamida de ácido
graxo de coco 80 ou 90

Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Ésteres de Sorbitan

Span 60 = Monoestearato de sorbitan


Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Ésteres de Sorbitan

Polissorbato 85 = Tween 85 =
Trioleato de sorbitan etoxilado

Polissorbato 80 = Tween 80 = Oleato de sorbitan etoxilado

Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis
Ésteres de Glicerila

Monoestearato de glicerila
Tensoativos Não-Iônicos
Derivados de Polióis

Alquilpoliglicosídeos

Tensoativos Não-Iônicos

Derivados de Polióis

Ésteres de Sacarose

Laurato e Dilaurato de sacarose


Espessantes ou Gelificantes
• São usados para aumentar a viscosidade ou consistência da
formulação ou para dar à formulação a forma de gel.
• De acordo com sua estrutura química podem ser classificados em:
- Inorgânicos – Silicatos coloidais (bentonita), Estearato de alumínio;
- Derivados da celulose – CMC (carboximetilcelulose), HEC
(hidroxietilcelulose);
- Polímeros acrílicos ou acrilatos (derivados do ácido acrílico):
Carbômero (Carbopol).
- Polissacarídeos: Amido.

Espessantes ou Gelificantes
Derivados da celulose

• Carboximetilcelulose (CMC): • Hidroxietilcelulose (HEC):


Espessantes ou Gelificantes
Polímeros derivados do ácido acrílico

• Carbômero (Carbopol):
Polímero de ácido acrílico
entrecruzado com alil éteres
de pentaeritritol e alil éteres
de sacarose.

Polímero do ácido acrílico

Espessantes ou Gelificantes
Polissacarídeos

• Amido de milho: Polissacarídeo = n glicoses


Espessantes ou Gelificantes
Polissacarídeos
• Goma Xantana: Polissacarídeo ramificado = Cadeia linear de D-glicose unidas
entre si por ligações β (14) + Ramificações de D-manose e Ácido D-glicurônico
na proporção molar de 2:1.

Espessantes ou Gelificantes
Polissacarídeos
• Goma Guar: Polímero ramificado = Cadeia linear de D-manose unidas entre si
por ligações glicosídicas do tipo β (14) + Ramificações de D-galactose unidas à
cadeia principal por ligações α (16).
Conservantes
• Todo cosmético tem a probabilidade de ser exposto a alguma
contaminação microbiana:
- Durante a fabricação, pelo próprio equipamento de processamento ou
pelas matérias-primas;
- Após a fabricação através do contato com tubulações, tanques de
armazenamento e/ou embalagens contaminadas;
- Durante o uso pelo consumidor.

• Após a exposição, a tendência é que ocorra uma proliferação


microbiana devido às condições favoráveis existentes (pH e temperatura);

• Desse modo é essencial que os cosméticos possuam uma resistência


própria ao crescimento de microorganismos;

Conservantes
• Daí surge a necessidade de biocidas químicos, conhecidos como conservantes ou
preservantes que inibem o desenvolvimento de microorganismos, garantindo que as
características organolépticas do produto sejam mantidas e que o produto seja inócuo
para o consumidor;

• O uso de conservantes no Brasil é regulamentado pela Resolução RDC 29 de 1 de


junho de 2012 da ANVISA que estabelece a Lista de Conservantes permitidos para uso
em cosméticos;

• A Resolução nº 481 de 23 de setembro de 1999 estabelece os parâmetros de controle


microbiológico para cosméticos.
RESOLUÇÃO RDC 29

102 UFC/ g ou ml

103 UFC/ g ou ml

RESOLUÇÃO Nº 481
Conservantes

• Qualidades fundamentais para um bom conservante:

- Não interagir com outros componentes da formulação;


- Ter enérgica ação antimicrobiana;
- Não alterar o gosto, cor e sabor da formulação;
- Não provocar reações de hipersensibilidade;
- Ter ação rápida (caso a formulação seja contaminada deve se
“reesterilizar” em uma hora);
- Ser quimicamente estável;
- Deve ser de fácil solubilização no veículo da formulação;
- Ser de amplo espectro (fungos, bactérias gram + e gram -).

Conservantes
Parabenos
Quanto maior seu PM, maior sua ação antimicrobiana e menor a sua
solubilidade em água:
- Metilparabeno (Nipagin) = Formulações hidrossolúveis;
- Propilparabeno (Nipazol) = Formulações lipossolúveis.

Metilparabeno Etilparabeno Propilparabeno


Conservantes
Formaldeído e Doadores de formaldeído
• Doadores do formaldeído (uso controverso):
-Liberam formaldeído quando colocados em solução aquosa;
- Apresentam muitas vantagens sobre o formaldeído: Menor emanação de
vapores irritantes, menor toxicidade e maior compatibilidade com
matérias-primas;
- São relativamente baratos, embora altamente eficazes contra bactérias
e fungos;
- Exemplos: DMDM Hidantoína (1,3-dimetilol-5,5-dimetilhidantoína),
Quatérnio-15, Glutaraldeído, Diazolidinil uréia, Imidazolidinil uréia.

Conservantes
Derivados fenólicos

• Estrutura: São derivados fenólicos nos quais um ou mais H do anel


benzênico são substituídos por grupos alquila, arila ou por halogênios.
• Exemplos: Cloroxilenol, orto-fenilfenol, orto-fenilfenato.

Clorocresol
Fenol

Triclosan
Timol
Conservantes
Compostos quaternários
• Estrutura: São moléculas com pelo menos um grupo de nitrogênio
quaternário, apresentando-se sob a forma de sais de brometo ou cloreto.
• Exemplos: Cloreto de amônio, Cloreto de benzalcônio (cloreto de alquil
benzil dimetilamônio), Cloreto de benzetônio.

Cloreto de benzalcônio

Conservantes
Álcoois

• Exemplos: Etanol, Álcool benzílico, Clorobutanol, Álcool diclorobenzílico,


Álcool feniletílico, Propilenoglicol.
Conservantes
Compostos orgânicos

Ácidos orgânicos e seus sais


• Exemplos: Ácido benzóico, benzoato de sódio, ácido sórbico, sorbato de
potássio.

Ácido benzóico Benzoato de sódio Ácido sórbico

Conservantes
Compostos orgânicos

Metilisotiazolinona
Conservantes
Derivados da piridina

• Exemplos: Piritionato de zinco e Piritionato de sódio (piritionato =


piritiona).

Piritionato
Piridina de sódio

Piritionato
de zinco

Antioxidantes
• São usados para prevenir a oxidação de matérias-primas e ativos
(ácidos graxos insaturados, óleos vegetais, fosfolipídeos, vitamina C)
presentes nas formulações cosméticas, evitando que ocorram alterações
das características organolépticas e da eficácia do produto.
Antioxidantes
• Fatores que influenciam a oxidação de lipídeos:
- Número e natureza das insaturações presentes;
- Tipo de interface entre os lipídeos e o oxigênio (fase lipídica contínua,
dispersa ou emulsionada);
- Exposição à luz e/ou calor;
- Presença de pró-oxidantes (íons metálicos de transição);
- Presença de antioxidantes.

• Mecanismo de ação dos antioxidantes: Se oxidam preferencialmente em


relação ao material graxo e/ou neutralizam radicais livres gerados pela
oxidação do material graxo.

• Classificação: Hidrofílicos e Lipofílicos  Sua solubilidade determina sua


aplicação em formulações cosméticas.

Antioxidantes
• Exemplos: BHT (terc-butilhidroxitolueno), BHA (terc-butilhidroxianisol),
Palmitato de ascorbila, Alfa-tocoferol (vitamina E), Ácido ascórbico
(vitamina C), Bissulfito de sódio (NaHSO3) , Ácido hipofosfórico (H3PO2)
Antioxidantes
• Exemplos: BHT (ter-butilhidroxitoluenoi), BHA (ter-butilhidroxianisol),
Palmitato de ascorbila, Alfa-tocoferol (vitamina E), Ácido ascórbico
(vitamina C), Bissulfito de sódio (NaHSO3) , Ácido hipofosfórico (H3PO2)

Ácido ascórbico

Acidulantes / Alcalinizantes
• São adicionados a formulações cosméticas com o intuito de ajustar o pH
da formulação. Este ajuste pode ter diferentes objetivos:
- Manter a estabilidade do produto;
- Catalisar uma reação (saponificação – NaOH);
- Atingir um valor de pH determinado para aquele tipo de produto
(shampoo – Ácido cítrico);
- Fazer com que a formulação adquira a forma de gel (carbopol –
Trietanolamina, AMP-95 [aminometilpropanol]).
Sequestrantes ou Quelantes
• São compostos que tem a propriedade de complexar íons metálicos
polivalentes (cálcio, ferro, magnésio), removendo estes íons da solução
em que se encontram. O resultado é a formação de um complexo
altamente estável e hidrossolúvel (quelato);
• Importância dos quelantes em cosméticos: Remover íons que
contribuem para a instabilidade da formulação:
- Formulações de shampoos para evitar que o íon cálcio interfira na
produção de espuma;
- Formulações de produtos de higiene pessoal que contenham moléculas
de sabão e sejam usados em regiões onde há água dura para evitar a
precipitação de sabões de cálcio;
- Formulações susceptíveis à oxidação para quelar íons metálicos pró-
oxidantes.

Sequestrantes ou Quelantes
• Exemplos: EDTA (ácido etilenodiamino tetracético), Ácido etidrônico
Edulcorantes
• Usados para dar sabor doce a uma formulação;
• Na área cosmética a aplicação deste tipo de matéria-prima é restrita
visto que a grande maioria das formulações são para uso tópico;
• Seu uso restringe-se às formulações de dentifrícios e enxaguatórios
bucais;
• Diferente de flavorizante (sabor de ...);
• Exemplos: sacarina, sorbitol.

Corantes
Definições

• Uma substância corante é uma molécula mais ou menos colorida,


porém sobretudo capaz de tingir um suporte qualquer: papel, tecido,
pele, cabelo, pêlo;

• Esta propriedade é devida à presença de grupamentos químicos


particulares chamados cromóforos associados a outros grupamentos
químicos ditos auxocromos (fixadores da coloração, aumentam a
intensidade da cor).
Corantes
Mecanismo de Ação
• Os grupamentos cromóforos absorvem radiação na faixa da luz visível
(comprimento de onda: 400 – 700 nm);
• O espectro da luz visível é formado por 7 cores: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, indigo e violeta, correspondendo cada cor a uma
faixa de comprimento de onda específica:
Ex.: Vermelho: 480 – 530 nm Azul: 600 – 700 nm
• A cor observada (transmitida) é complementar à cor absorvida pelo
cromóforo;
• Corantes pretos absorvem radiação em toda faixa visível, enquanto os
brancos refletem toda a luz visível;
• Quanto mais estreita for a faixa de absorção, mais intensa e brilhante
será a cor apresentada.

Corantes
Mecanismo de Ação

Com apenas 3 pigmentos é possível se formar


todas as cores: todo o colorido do monitor de um
computador vem de combinações entre vermelho,
verde e azul (RGB).
Corantes

• No Brasil, o uso de corantes é regulamentado pela Resolução RDC 44


de 09 de agosto de 2012.

RESOLUÇÃO RDC 44
RESOLUÇÃO RDC 44

Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Corantes Hidrossolúveis: Solúveis em água ou formulações aquosas. São
moléculas geralmente sob a forma de sais, podendo ser sintéticas ou vegetais 
Loções, shampoos, emulsões O/A.
• Corantes Lipossolúveis: Solúveis em óleo ou formulações oleosas.
Sobretudo de origem sintética  Sabonetes, óleos, perfumes, fotoprotetores,
batons, emulsões A/O.
• Pigmentos: Insolúveis em óleo e em água. Podem ser de origem sintética ou
mineral  Maquiagem.
• Lacas: Insolúveis em óleo e em água. Obtidas por fixação de corantes
solúveis em um suporte (pó branco absorvente, ex.: hidróxidos de alumínio,
bário ou estrôncio)  Batons, colorir levemente determinadas emulsões.
Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Nacarante ou Perolizante:
- Adicionado juntamente com o corante para dar brilho, cintilância e/ou efeito
perolizado à formulação.
- São insolúveis em água e óleo.
- Apresentam-se sob a forma de pó, em dispersões oleosas ou em nitrocelulose.
- Mecanismo de ação: A nacaragem é um fenômeno físico de adsorção, difração
e reflexão diferencial da luz que toca partículas sólidas cristalinas.
- O primeiro nacarante utilizado era de origem natural  suspensão de escamas
de pequenos peixes utilizada para a fabricação de pérolas artificiais.

Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Nacarantes:
- Classificação:
* Naturais
Ex.: Essência do Oriente – Suspensão de guanina em vaselina líquida ou óleo de
rícino (lipossolúvel)  Muito cara  Reservada aos produtos de maquiagem
superiores e Esmaltes de unha de marca.
* Minerais
Ex.: Micatitanas (partículas de mica recobertas por uma camada mais ou menos
espessa de óxido de titânio) e Oxicloreto de Bismuto  Pós insolúveis 
Possuem densidade maior que a essência do oriente  Têm a tendência de
sedimentar em meios líquidos (esmaltes de unha). Estão geralmente associados
a pigmentos coloridos ou podem eles mesmos ser coloridos  Maquiagem
(sombras, batons) e esmaltes de unha.
Corantes
Classificação dos Corantes quanto à Solubilidade
• Nacarantes:
- Classificação:
* Sintéticos
Ex.: Estearatos de glicóis (ex.: dietilenoglicol), Estearato de sódio + Estearato de
potássio  São moléculas anfifílicas que se incorporam facilmente à fase oleosa
das emulsões e aos shampoos  Shampoos, banhos de espuma, cremes de
barbear.

Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:
- Os corantes sintéticos estão disponíveis em várias tonalidades como
vermelho, azul, verde, amarelo, laranja, violeta;

- Podem ser encontrados sob a forma de corantes hidro e lipossolúveis,


pigmentos ou lacas.
Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:
- Os corantes orgânicos são moléculas complexas com nomes químicos
complexos, por exemplo: sal dissódico de etil[4-p[etil(m-sulfobenzil)amino]-a-
(o-sulfo-fenil)benzilideno]-2,5-ciclo-hexadieno-1-ilideno](m-sulfobenzil)hidróxido
de amônia;
- Para facilidade de referência, países adotaram sistemas de
nomenclatura especiais para nomear estes corantes:

* EUA: Designaram colorações aprovadas como FD&C, D&C ou Ext. D&C


(Ex.: FD&C Blue Nº 1 ou FD&C Azul Nº1);

* UE: Emprega Colour Index (CI) para identificação (Ex.: CI42090).

Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:

- O Brasil adota os sistema de Color Index (CI) para nomear os corantes.


Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos: Em geral, os corantes orgânicos podem ser


classificados em 6 grupos químicos diferentes:
- Grupo Índigo:

Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:

- Grupo Xanteno (ou Grupo Fluorano):


Corantes
• Orgânicos Sintéticos:

- Grupo Azo: Em comum, eles contém o grupo AZO (-N=N-).

Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:

- Grupo Nitro: Possuem em comum o grupo nitro (– NO2).


Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:

-Grupo Trifenilmetano:

Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:

- Grupo Quinoleína: Possuem em comum o grupo quinoleína:


Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Sintéticos:

- Grupo Antraquinona:

Corantes
Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Orgânicos Naturais:
- Estão divididos em animais e vegetais;
- Pode ou não usar a nomenclatura do CI.

* Animais:
- O único ainda utilizado atualmente é o carmim, proveniente da
pulverização de insetos fêmeas do gênero coccus cacti  Retira-se deles
o ácido carmínico (solúvel) que é apresentado sob a forma de laca, o
carmim, de cor vermelha  Maquiagem (batons).

Corantes
Classificação Química dos Corantes

* Vegetais:
- São extraídos das folhas, frutos, madeira ou sementes de diversos
vegetais.
Ex.: - Carotenóides  Corantes lipossolúveis cuja coloração varia do
amarelo ao vermelho, passando pelo laranja  Obtenção: Cenoura,
tomate, óleos vegetais.
- Clorofilas  Corantes hidrossolúveis verdes  Obtenção: espinafre,
alfafa, urtiga.
- Antocianinas  Corantes hidrossolúveis vermelhos em meio ácido e
azuis em meio alcalino  Obtenção: Bagos de cassis, sabugueiro, casca
de uva roxa.
Corantes
Classificação Química dos Corantes

Corantes
Classificação Química dos Corantes

* Vegetais:

Ex.: - Vermelho de beterraba  Corante hidrossolúvel vermelho


altamente estável  Obtenção: beterraba (betanina).
- Indigo  Corante hidrossolúvel azul  Obtenção: Folhas do indigueiro e
do pastel.
- Henna  Corante hidrossolúvel vermelho alaranjado
 Obtenção: Arbusto da África do norte (lawsona).
Corantes
Classificação Química dos Corantes

* Vegetais:

Ex.: - Marrom tom de noz  Corante hidrossolúvel marrom escuro 


Obtenção: Folhas e cascas verdes da nogueira (juglona).

- Corantes negros  Hidrossolúveis  Obtenção: Madeira de campeche e


pau-de-pernambuco.

- Alizarina  Corante hidrossolúvel vermelho  Obtenção: Raiz de


garança.

Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Inorgânicos:
- Não são suspeitos de apresentarem os mesmos riscos à saúde, como
aqueles associados aos corantes orgânicos;
- Para o formulador, infelizmente, os corantes inorgânicos não são
hidrossolúveis, por isso, suas aplicações estão drasticamente limitadas;
- Não estão disponíveis na mesma variada e extensa gama de cores como
ocorre com os orgânicos;
- O sistema de Color Index (CI) da UE também se aplica a este tipo de
corante.
Corantes
Classificação Química dos Corantes

• Inorgânicos: São óxidos ou sais metálicos insolúveis, podendo ser


coloridos ou brancos  Maquiagem (brancos conferem aspecto fosco,
opaco e diluem as cores)
- Óxidos de Ferro (amarelo, vermelho, marrom);
- Óxido de Cromo verde;
- Ultramarinos (azul e rosa);
- Óxido de zinco (branco);
- Dióxido de titânio (branco);
- Pirofosfato de mangânes (violeta);
- Ferrocianeto férrico (azul).

Corantes
Color Index X Estrutura
Química do Corante
Fragrâncias
Objetivo do Uso
• Mascarar Odores: Muitas matérias-primas têm um odor característico
desagradável que pode ser detectado nos produtos acabados. A
fragrância compensa ou sutilmente balanceia este odor desagradável,
tornando os produtos mais aceitáveis. O produto resultante poderá ter
um odor agradável ou ser inodoro.
- Tioglicolato de amônio (romper pontes dissulfeto) – Alisantes ou
onduladores de cabelo;
- Compostos de nitrogênio quaternário (tensoativos catiônicos) –
condicionadores;
- Hidrolisado de proteínas – shampoos, condicionadores, cremes;
- Gorduras e ceras (emolientes) – produtos para o cuidado da pele e cabelos;
- Altas concentrações de etanol – sprays de cabelo.

Fragrâncias
Objetivo do Uso
• Provocar um efeito psicológico no consumidor:
- As reações do consumidor para com um produto não estão baseadas
apenas nas suas performances técnicas, mas em fatores subjetivos como
a aparência e odor do produto;
- Os consumidores costumam associar fragrâncias específicas a uma
melhor performance, embora isso, comprovadamente, não ocorra;
Ex.: fragrância cítrica = maior poder de limpeza
- O odor pode sinalizar algo sobre a funcionalidade do produto;
Ex.: shampoo anticaspa = fragrância medicinal
shampoo de bebê = fragrância suave
- A fragrância pode reforçar a presença de ingredientes específicos.
Ex.: shampoo de maçã = fragrância que lembre suco de maçã
Fragrâncias
Objetivo do Uso
• Ter uma funcionalidade real:
- Certos óleos essenciais usados como fragrância têm propriedades
antimicrobianas que podem ser úteis em produtos bactericidas
(desodorantes) ou em outros produtos por complementar os
conservantes já existentes;
- Algumas fragrâncias têm propriedades repelentes de insetos;
- Outras fragrâncias podem afetar diretamente o comportamento
humano, promovendo relaxamento ou reduzindo o estresse
(aromaterapia).

Fragrâncias
Definição
• Quimicamente falando, uma fragrância é uma mistura
complexa de ingredientes sistematicamente combinados para
produzir aromas específicos.

Tais ingredientes podem ser divididos, de acordo com sua estrutura, em:
- Terpenóides
- Alifáticos
- Benzenóides
Fragrâncias
Definição

- Terpenóides – São derivados de terpenos, incluindo álcoois, aldeídos e


ésteres. Os terpenos possuem como unidade básica o isopreno.

Fragrâncias
Definição

- Alifáticos – Hidrocarbonetos funcionalizados de cadeia aberta ou


fechada que não contém anel benzênico.
Ex.: Aldeídos (7-12 C), Álcoois (6-12 C), Ésteres, Cetonas, Lactonas
[g-nonalactona (côco)]
Fragrâncias
Definição
- Benzenóides – Moléculas que apresentam um anel benzênico em sua
estrutura.
Ex.: Acetato de benzila (jasmim), Álcool fenil-etílico (rosas), Acetato de
fenil-etila (rosas), Aldeído cinâmico (canela).

Acetato de benzila

Solventes
Água

Quanto à destinação de uso, as águas podem ser classificadas nas seguintes categorias:

Água potável - Água destinada ao consumo humano. É normalmente fornecida por sistemas
públicos de tratamento. A água potável deve atender a padrões microbiológicos, físicos,
químicos e radioativos e não oferecer riscos para a saúde.

Água de processo - É água potável submetida a tratamento adicional para se adequar às


especificações de determinado processo industrial. Pode conter aditivos para o controle
microbiano, compatíveis com o processo a que se destina, não necessita se enquadrar em
requisitos oficiais, sendo, portanto, classificada como “não-farmacopéia”. As especificações
das águas de processo são estabelecidas pelo usuário (veja Água para a Indústria de
Cosméticos).
Solventes
Água

Água purificada - Água destinada a aplicações especiais, notadamente nas áreas industriais
e da saúde, cujas características são estabelecidas pela farmacopéia americana (USP XXV).
São preparadas a partir de água potável, não contêm aditivos, são obtidas por processo
adequado. Têm condutividade inferior a 1,3 m Siemens/cm (dependendo do método de
medição) e concentração de carbono orgânico total (TOC) menor que 500 ppb. Quanto à
contagem microbiológica, podem conter até 100 UFC/ml.

Solventes
Água

- Especificações mínimas de qualidade para as águas utilizadas na indústria cosmética devem


ser definidas em função de cada tipo de aplicação, processo de fabricação e características do
produto;
- Por essa razão, essas especificações devem ser levadas em conta na elaboração no projeto
do sistema de tratamento de água, face aos investimentos iniciais de projeto e instalação e,
aos custos de operação/manutenção durante sua vida útil;
- No mercado estão disponíveis vários sistemas para atender às variadas demandas de vazão
e características finais das águas de processo.
Solventes
Água

Solventes
Etanol

- Miscível com a água em todas as proporções  Solvente hidroalcoólico


(ºGL);

- Também empregado como conservante;

- Fermentação da cana-de-açúcar  Odor pneumático (borracha)  Uso


de Álcool de cereais ou Álcool 96ºGL desodorizado;

- Muito usado em desodorantes e loções adstringentes.


Solventes
Isopropanol

- Possui as mesmas propriedades que o etanol, exceto o odor  Doce e


agradável;

- É mais caro que o etanol;

- Usado em adstringentes, como solventes de filtros solares e em sprays


capilares.

Legislação
• A Resolução RDC 03 de 18 de janeiro de 2012 traz uma Lista de
Substâncias que os cosméticos não devem conter exceto nas condições e
com as restrições estabelecidas (Lista Restritiva);

• A Resolução RDC 83 de 17 de junho de 2016 traz uma Lista de


Substâncias que não podem ser utilizadas em cosméticos (Lista
Proibitiva);

• Estas Resoluções devem ser levadas em conta quando da escolha das


matérias-primas a serem usadas numa formulação.
RESOLUÇÃO RDC 03

RESOLUÇÃO RDC 83

Você também pode gostar