PP12 e 13 - Movimento Retilíneo de Queda Livre
PP12 e 13 - Movimento Retilíneo de Queda Livre
PP12 e 13 - Movimento Retilíneo de Queda Livre
Ԧ = g = 10 m s–2);
― a aceleração é constante e igual a 𝑔Ԧ (|𝑔|
Corpo lançado
Corpo deixado cair
verticalmente para baixo
(v0y = 0)
(v0y ≠ 0)
Movimento retilíneo de queda livre
A figura mostra os gráficos velocidade-tempo se o corpo for lançado
verticalmente para cima.
Corpo lançado verticalmente para
cima (v0y ≠ 0)
Movimento retilíneo de queda livre
∆𝑣𝑦
𝑎𝑦 =
∆𝑡
ATIVIDADE
Selecione a opção correta.
Dois corpos de massas e formas diferentes são largados no mesmo
instante e à mesma altura do solo. Se a resistência do ar for
desprezável…
(A) os corpos cairão com acelerações iguais, tendo diferentes velocidades
no mesmo instante.
Resolução:
D.
Todos os corpos estão sujeitos à mesma aceleração, a aceleração
gravítica, se a única força a atuar for a força gravítica. Por terem a
mesma aceleração, caírem da mesma altura e no mesmo instante,
chegam ao solo no mesmo instante.
Movimento retilíneo uniformemente variado
QUEDA LIVRE
Movimento vertical de um corpo sujeito apenas à ação da força gravítica
uma vez que a resistência do ar é desprezável.
TABELA I – DADOS RELATIVOS ÀS COMPONENTES ESCALARES DA POSIÇÃO
E VELOCIDADE DO MOVIMENTO DE QUEDA LIVRE DE UMA ESFERA
t/s y/m v / m s−1 t/s y/m v / m s−1
0,000 1,695 0300 1,275 − 2,90
0,025 1,690 − 0,22 0,325 1,197 − 3,20
0,050 1,682 − 0,50 0,350 1,118 − 3,40
0,075 1,666 − 0,70 0,375 1,032 − 3,70
0,100 1,646 − 0,98 0,400 0,949 − 3,92
0,125 1,620 − 1,20 0,425 0,844 − 4,20
0,150 1,585 − 1,44 0,450 0,732 − 4,40
0,175 1,550 − 1,70 0,475 0,622 − 4,62
0,200 1,500 − 1,90 0,500 0,500 − 4,87
0,225 1,458 − 2,14 0,525 0,350 − 5,10
0,250 1,400 − 2,40 0,550 0,350 − 5,40
0,275 1,334 − 2,65 0,575 0,120 − 5,60
y = −4,91 t2 + 0,08 t +
1,69 v = −9,82 t + 0,03
Gráfico posição-tempo (A) e velocidade-tempo (B) para o movimento de queda livre da esfera.
As equações de ajuste são obtidas por regressão quadrática e regressão linear, respetivamente.
A equação das velocidades deduzida para a queda livre é válida para todos os
movimentos uniformemente variados, escrevendo-se na forma simplificada:
Equações do movimento:
são estabelecidas a partir:
― da componente escalar da aceleração, a, que depende da
resultante das forças (Segunda Lei de Newton);
II I
I III
II
III
Gráfico posição-tempo (A) e velocidade-tempo (B) para o movimento de uma esfera lançada
verticalmente para cima, com efeito da resistência do ar desprezável.
II I
I III
II
III
v = −9,80 t + 6,27
As equações indicam que o gráfico x(t) é uma parábola e que o gráfico v(t)
é uma reta, cujas características dependem de x0, v0 e a.
1
Astronautas da NASA em treino numa queda livre de um avião:
a aceleração dos astronautas é a mesma, independentemente
da sua massa.
Movimento retilíneo uniformemente variado
A aceleração gravítica é
independente destas variáveis,
pelo que corpos com diferente
massa e forma, mas com as
mesmas condições iniciais
(mesmos y0 e v0 ), têm o mesmo
tempo de queda.
Resolução:
C.
x(t) = x0 + v0 t + ½ a t2
Como a v0 é nula, no fim do movimento o x(t) = 100 m e x0 = 0 m, fica:
100 = 0 + 0 x 9,58 + ½ x a x (9,58)2 a = 2,18 m s–2
Movimento retilíneo
Gráfico 𝑥 = f (t) Gráfico v = f (t)
uniformemente variado
M.R.U.A. Parábola com concavidade Reta com declive positivo se
• O módulo de v aumenta; para cima se a aceleração é a aceleração é positiva ou…
• a e v têm a mesma positiva ou…
direção e o mesmo sentido;
• Depois de um máximo ou
de um mínimo num gráfico
𝑥 = f(t) ou quando a reta se
afasta do eixo O𝑥 num
gráfico v = f(t).
M.R.U.R.
• O módulo de v diminui; … para baixo se a … negativo se a aceleração é
• a e v têm a mesma aceleração é negativa. negativa.
direção mas sentido
opostos;
• Antes de um máximo ou
de um mínimo num gráfico
𝑥 = f(t) ou quando a reta se
aproxima do eixo O𝑥 num
Exercício resolvido
Uma bola é lançada, verticalmente para cima, a partir do solo, com uma
velocidade inicial de módulo 20 m s−1. Considere um referencial de eixo
vertical, com origem no solo, e sentido positivo para cima e ainda que o
objeto pode ser representado pelo seu centro de massa (modelo da
partícula material).
Despreze a ação da resistência do ar.
1. Escreva as equações que traduzem o movimento, y(t) e v(t).
2. Calcule a altura máxima que a bola atinge, a partir do ponto de
lançamento.
3. Calcule o instante em que a bola atinge novamente a posição de
lançamento e relacione-o com o tempo de subida.
4. Determine a componente escalar da velocidade com que a bola atinge o
solo.
Proposta de resolução
1. y = y0 + v0 t + ½ a t2 ⇒ y = 20 t + ½ (−10) t2 ⇔ y = 20 t − 5 t2 (SI)
v = v0 + a t ⇒ v = 20 − 10 t (SI)
2. A bola atinge a altura máxima, no instante t, em que v = 0 m s−1:
v = 20 − 10 t ⇔ 0 = 20 − 10 t ⇔ t = 2 s
Substituindo t na lei das posições, obtém-se a altura máxima atingida
pela bola:
y = 20 t − 5 t2 ⇔ y = 20 2 − 5 22 ⇔ y = 20 m
3. A bola atinge o chão (isto é, y = 0) no instante t, tal que,
0 = 20 t − 5 t2 ⇔ 0 = t (20 − 5 t) ⇔ t = 0 s t = 4 s
O tempo que a bola demora a atingir novamente a posição de
lançamento é o dobro do tempo necessário para atingir a altura
máxima, uma vez que corresponde ao dobro da distância percorrida,
admitindo que não há dissipação de energia.
Proposta de resolução
4. Como a bola está sujeita apenas à ação da força gravítica, não há
dissipação de energia mecânica e, deste modo, a bola atinge o ponto
de partida com igual energia cinética. Ou seja, regressa ao ponto de
partida com velocidade de igual módulo mas com sentido oposto
(vf = − 20 m s−1).
Ou, como a bola atinge o solo ao fim de 4 s:
v = 20 − 10 t ⇔ v = 20 − 10 4 ⇔ v = − 20 m s−1
Manual, páginas 88 +
108 a 111