Pralarvas
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Fabio Rocha
Copyright © 2002 por Fabio Rocha
Endereço eletrônico:
http://www.fabiorocha.com.br
2
Índice
1. Capa
2. Dados
3. Índice
4. Índice (continuação)
5. Dedicatória
6. Pré.......... Fabio – Prefácio de Felipe de Paula
7. GARÇOM!
8. POR ESCRITO
9. EX-TUDO
10. EX-TUDO (continuação)
11. ORNAMENTAL
12. DESPROFISSÃO
13. FALTA DE VIAGEM
14. MODERNA ARTE
15. MARGEM
16. FÉRIAS EM BH
17. E MEIO
18. CRISE “ARGENTINA” NO BRASIL
19. APAGÃO
20. AXÉ
21. NA VIAGEM
22. SONHO É SONHO
23. O MELHOR DA FESTA
24. ASSOMBRA
25. MOVIMENTO
26. DAS DEFINIÇÕES
27. YOGA
28. CLIC
29. AÇÃO!
30. POR UM TRIZ
31. MULHER:
32. COMO SER INFELIZ EM 3 LINHAS
33. LERO
34. ORDEM
35. NONA SINFONIA
36. CREC
37. VIDA
38. CAXARELO
39. ANTIGLOBALIZAÇÃO
40. NICOLAU
41. DAS CONTRADIÇÕES
42. CURSO NOTURNO NO MÉIER
43. AO UMBIGO
44. QUERER
45. FUGA PRO PAPEL
46. DAS IDÉIAS FIXAS
47. A VIDA FICOU UM NEGÓCIO MUITO ESQUISITO
48. FIM
49. DILÚVIO
50. GÊMEA ESTUPIDEZ
51. ODEIO FESTAS
52. LÓGICA 2
53. NÃO MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA
54. ALÉM
55. FLIPER
56. ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS?
57. ASA
58. QUANDO ESTRELA
59. EPISTEMOLOGIA DO INDEFINITIVO IMAGÉTICO
60. EPISTEMOLOGIA DO INDEFINITIVO IMAGÉTICO (continuação)
61. PRECE
62. SONETO A VERA LÚCIA, MINHA MÃE
63. PERDIDOS NO DIA
64. PISCINA
65. 3 NO POEMA
66. GLOSA
67. BIOLOGIA MARINHA
68. INFÂNCIA
69. A PENA E A ESPADA
70. VISITANDO ESQUIMÓS
71. SONETO AO LUAR
72. QUANTOS PITÁGORAS NÃO SABEM LER?
73. AINDA BEM
74. VESTIBULAR 2001 – UMA ODISSÉIA NO NEFASTO
75. FUGA
76. A BEETHOVEN
77. SHINE
78. FELIZ DE QUEM NÃO SABE
79. PRALARVAS
80. REDE
81. SECRET GARDEN
82. DO EMPENHO
83. NANISMO ELEITO
84. DEZEMBRO
85. NUMA LINHA
86. INÍCIO
87. DESUMANO
88. TEMPO
89. BOTÂNICA NA UERJ
90. VERDADES
91. ERRO
92. CASA
93. Biografia
2
Dedicatória
Para Ananda.
Pré.......... Fabio
E por não tê-lo ainda visto, por não ter tido aquilo que se chama de
Felipe de Paula
GARÇOM!
Digito o poema
como
palitando dentes.
(tudo
após extremo uso
é sujo)
Sigo
com o palito
cutucando influências
como
palmito.
Comendo
a fome
aumenta...
E a conta
não satisfaz
jamais.
5/7/01
POR ESCRITO
A inflação aumentou
mas o valor da palavra
caiu.
6/7/01
2
EX-TUDO
Jardim de infância:
ajeite o uniforme
e seja uniforme.
Mensalidades e homenagens aos pais em datas especiais.
Decore o livro
(e pague)
sem contestar:
vestibular.
Que profissão?
Sei lá.
Não aprendi os verbos
escolher ou criticar.
Faculdade pública:
dificuldade privada.
(para entrar ou sair)
Professor faltou.
Professor revoltado.
Professor inumano.
Professor atrasado.
Professor em greve. (com razão! com razão! com razão!)
Professor exceção: um em vinte.
Aluno frustrado.
Nota quatro.
Estude mais.
Nota quatro vírgula quatro.
Estude mais.
Nota quatro vírgula nove.
3
Reprovado: quatro vírgula cinqüenta e cinco não é cinco.
É cínico...
De quatro
se arrasta
o país
governado
por asnos
e gatunos
em regressão aritmética.
6/7/01
4
ORNAMENTAL
Do alto
de meu desejo
antevejo um salto
(fundamental)
no decote.
9/7/01
5
DESPROFISSÃO
Passa o tempo...
O passatempo?
catar o vento
pro papel.
11/7/01
6
FALTA DE VIAGEM
Um guardanapo
em Guarapari
jaz lá,
não aqui.
Porém sinto
o frio
os brilhos
as poças
as moças
as saias
as praias
as praças
as férias.
11/7/01
7
MODERNA ARTE
Há filhotes
de chacretes
por toda parte.
15/7/01
8
MARGEM
Quantas vezes
correndo atrás
da minha inspiração
vi a mesma
à margem do caminho
sorrindo
e fumando charutos finlandeses?
20/7/01
9
FÉRIAS EM BH
Inicialmente,
nadando na conversa rasa,
induzida pela prolongada separação.
Posteriormente,
mergulhando,
dividindo as similitudes e vicissitudes
vividas e sentidas
nas esquinas, estradas e saídas da vida.
Aceleradamente,
o tempo vai ganhando
a velocidade
dos carros dos golpes dos videogames...
10
E MEIO
Para Drummond
É admirável
o mundo novo.
Sua tecnologia...
Os avanços da medicina
nos farão durar mais.
Pra quê?
11
CRISE “ARGENTINA” NO BRASIL
O governo ajusta
mas não ajuda.
O governo corta
mas não importa.
O governo mente
descaradamente.
O porta-voz do FMI
sorri.
12
APAGÃO
13
AXÉ
14
NA VIAGEM
Cultivo saudades
de casa
talvez por causa
da durabilidade da volta.
15
SONHO É SONHO
Tornar um sonho
realidade
é matá-lo.
16
O MELHOR DA FESTA
O melhor da festa
é depois da festa.
No aconchego do lar,
fazer as pazes
com o silêncio.
17
ASSOMBRA
- Minha meta
é não chegar.
Assim a sombra me acompanha taciturna.
1o/8/01
18
MOVIMENTO
Há os que preferem
a singeleza
de sussurros, flores e pomares.
7/8/01
19
DAS DEFINIÇÕES
Solidão:
Multidão
de subjetividades uniformizadas,
normalidades forçadas,
complexidades enganadas.
Globalização:
Evolução
de antimísseis reluzentes,
antiéticos presidentes,
anti-sépticos reticentes.
7/8/01
20
YOGA
Saúdo a lua,
contudo a tua
ausência atua.
7/8/01
21
CLIC
A tecnologia
é filha
da guerra.
Quantos morreram
(morrem e morrerão)
para você ficar gordo
apertando botão?
10/8/01
22
AÇÃO!
- A leveza de Cecília,
a tristeza de Bandeira,
a ironia de Quintana,
a incerteza de Manoel
e a plenitude de Drummond.
11/8/01
23
POR UM TRIZ
O ser humano,
por ser humano,
se engana.
11/8/01
24
MULHER:
Borboleta
que se liberta.
Há séculos
sem asas abertas,
voa no agora
deixando um rastro
de sussurros
e vontade.
Não é preciso fazer guerra
pra conquistar os ares.
11/8/01
25
COMO SER INFELIZ EM 3 LINHAS
O que
vejo,
desejo.
16/8/01
26
LERO
O belo é simpático.
O distante é belo.
16/8/01
27
ORDEM
Brasil:
ame-o
e mude-o.
16/8/01
28
NONA SINFONIA
É sexta-feira.
Ouço Beethoven.
Faz sol.
Bem, e daí?
É sexta-feira.
Ouço Beethoven.
Faz sol.
17/8/01
29
CREC
Todo
tolo
lobo
bota
pata
na armadilha.
20/8/01
30
VIDA
Viver
não é deixar
a vida se esvair
cada vez mais rápida
pela rotina.
Viver
é criar
futuras recordações.
21/8/01
31
CAXARELO
Para Drummond
Talvez haja
(ou não)
caxarelo amarelo.
(depende do seu dicionário)
Há, sim
nesse mundo vasto e meio frio,
bondes cheios de pernas
e pais de mais uma boca.
Pena.
22/8/01
32
ANTIGLOBALIZAÇÃO
Um babaca
(rico)
dos Estados Unidos
cai de balão
no Brasil.
E pedem autógrafos,
sai nos jornais,
vira cidadão honorário,
arrisca falar Portchukêish...
E se um babaca nacional
(rico ou pobre)
cai lá
do que quer que seja?
23/8/01
33
NICOLAU
28/8/01
34
DAS CONTRADIÇÕES
Assisti casmurro
a reportagem de uma hora
sobre os efeitos terapêuticos
do riso.
31/8/01
35
CURSO NOTURNO NO MÉIER
Para Luciana
Da net?
Virtuais?
Não quero mais.
Ah, e, preferencialmente,
sem namorados policiais.
3/9/01
36
AO UMBIGO
Para Luciana
No meio do caminho
havia um PM.
Havia um PM.
E o pelo preto
e a pele branca...
No meio do caminho
havia um PM.
6/9/01
37
QUERER
Quero papo
e sexo.
Quero sexo
e papo:
Empaco
no nexo.
6/9/01
38
FUGA PRO PAPEL
Vendo palavras
de graça.
7/9/01
39
DAS IDÉIAS FIXAS
Eu tenho espasmos
de querer (agora!)
o impossível (tão difícil de rimar...).
7/9/01
40
A VIDA FICOU UM NEGÓCIO MUITO ESQUISITO
Para Luciana
Me dispo da calma,
imaginando beijos.
Mergulho sem ar
nesse mar
de animal desejo.
Se vou afundar,
não importa.
Abri a porta
para o inferno
e quero queimar
o mais rápido possível.
7/9/01
41
FIM
Para Luciana
7/9/01
42
DILÚVIO
Vestígios
diversos
de versos
bóiam
na folha.
Afundo.
No fundo
das cidades
inundadas
brilha
uma vontade
(de ser amado).
No meio
da lentidão azul
o silêncio reina impassível,
comemorando a vitória
da natureza.
Apesar do mar,
apesar do frio,
apesar dos milênios de sofrimento,
a vontade ainda pulsa, ainda teima, ainda resta.
E assim,
finalmente,
vence.
Com isso,
com água nos olhos e alma pequena,
me pergunto se vale a pena.
43
GÊMEA ESTUPIDEZ
15/9/01
44
ODEIO FESTAS
Eu e você.
Nós estamos.
Nós.
Se achar um sentido,
crie uma igreja.
Caso contrário,
vá ao cinema.
16/9/01
45
LÓGICA 2
As pessoas felizes
dançam nas festas e falam de futebol.
Não sou feliz.
16/9/01
46
NÃO MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA
Quando não se vê
briga na TV,
se briga.
Falta dinheiro,
entra dinheiro,
some dinheiro...
Quando não se vê
briga na TV,
se briga.
Quando não se vê
briga na TV,
se briga.
Minha casa
não é casa.
Já foi casa.
Hoje é brasa
do inferno.
16/9/01
47
ALÉM
21/9/01
48
FLIPER
21/9/01
49
ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS?
Cansei de procurá-lo
em evidências incontestáveis
que nunca provam.
Cansei de esperá-lo
no contato final
que nunca chega.
Minha ascensão
é pela palavra.
25/9/01
50
ASA
A casa
de que gozo:
o acaso.
30/9/01
51
QUANDO ESTRELA
Quando eu estrela...
Elevadas levezas...
Circunstâncias incertas,
aéreos brilhos azuis...
Hoje,
pó.
3/10/01
52
EPISTEMOLOGIA DO INDEFINITIVO IMAGÉTICO
Intuição.
Soçobrava
e só sobrava
a velocidade
de premissas gelatinosas
superadas.
Se o saber é reto,
apenas antenas estagnadas
sabem.
O paradigma desequilibrou-se,
caiu,
quebrou-se
nas curvas de equilíbrio.
Sou caonauta.
Navego no caos
do uni-verso
turbocapitalista
criminógeno.
(sem hierarquização do conhecimento)
Descarte
Descartes!
Nossa dimensão
efervesce
na indeterminação
da pluralidade
mafiosa
inconvergente.
53
Nossa força
é polimorficamente manifesta,
descontínua,
antiestética,
desconexa.
Nosso enigma:
como não deixar
a flexibilidade do século
quebrar a ética atemporal.
5/10/01
54
PRECE
Bin Laden,
olhai por nós.
O presidente
sociólogo
acadêmico
acabou com o ensino.
Bin Laden,
olhai por nós.
Faculdades em greve
há mil meses
vão cancelar o vestibular.
Bin Laden,
olhai por nós...
Deixa metade
de tua vontade
e loucura
para os alunos
sorrindo de tudo
na praia.
Bin Laden,
sopra a tua ira
para esse povo que dorme,
embalado pela mídia,
ensinado pela ditadura,
sonhando contos de fada americanos.
9/10/01
55
SONETO A VERA LÚCIA, MINHA MÃE
De uma vida
só vivida
para outras.
10/10/01
56
PERDIDOS NO DIA
Quando à noite
saio pela porta
azul de ferro
vou olhar
o céu.
Olhando
me vejo
procurando.
Me encho de desvontades
e da plenitude da quietude.
Nuvens rosadas
e estrelas azuis
refletem elos perdidos
no dia.
11/10/01
57
PISCINA
Fazia sol.
Observando o sabor
e saboreando a visão
da carne,
resfriou-me uma constatação de vento:
14/10/01
58
3 NO POEMA
14/10/01
59
GLOSA
O amor é
uma caixinha
em formato de esfera
que espera
uma riminha
de um chato
para uma bela.
E a fera?
Rosna que é
uma agudez
cheia de obtusecências.
19/10/01
60
BIOLOGIA MARINHA
20/10/01
61
INFÂNCIA
No vento,
Pedrinho perdeu
sua sombra.
- Cadê tua sombra, menino?
Gritou a mãe.
- Só não perde a cabeça porque está presa no pescoço.
Disse a vó.
Pedrinho ria a danar.
Depois foi estudar
enquanto a sombra brincava
de ser noite.
20/10/01
62
A PENA E A ESPADA
Revolução!
Sangue na calçada.
Império desce, império sobe...
do botão ao avião
da espada à tijolada.
22/10/01
63
VISITANDO ESQUIMÓS
Vivemos presos
pela segunda lei
da termodinâmica.
Cães,
correndo atrás da própria
eficiência.
Por sorte,
o novo
quebra o ovo.
(com avião
ou não.)
26/10/01
64
SONETO AO LUAR
É noite de lua.
Quero acreditar
que em algum lugar,
27/10/01
65
QUANTOS PITÁGORAS NÃO SABEM LER?
28/10/01
66
AINDA BEM
Até a vida
é exceção
à regra.
29/10/01
67
VESTIBULAR 2001 – UMA ODISSÉIA NO NEFASTO
30/10/01
68
FUGA
Dá as mãos ao antes,
e é verde melancolia.
Procuro-a
em Buda
em parte
em astros
no hoje
(cheio de mosquitos).
Se pudesse voar...
3/11/01
69
A BEETHOVEN
Às vezes,
ouvindo a última parte
da nona,
chego a pensar em ter filhos...
Mas, em segundos,
vejo no som invisível
os Estados Unidos
inventando novos modos
de matar e poluir...
E africanos morrendo
e teorias brotando
e religiões brigando
e preços (sem inflação) subindo
e o tempo passando...
E, mudo
e imundo
só de não ver o mundo,
mudo de idéia.
8/11/01
70
SHINE
Toca no ar
uma música clássica.
Um piano
vazio, de luto,
chama.
O homem olha
pela vidraça.
E a arte sorri
por janelas invisíveis.
11/11/01
71
FELIZ DE QUEM NÃO SABE
Os nacionais
bons homens
das multitransnacionais
comem produzindo fome.
Pregam a liberdade
de mercado
e aumentam a desigualdade
com seu trabalho, mascarados.
12/11/01
72
PRALARVAS
O que fica
da vida
vivida
pro amanhã?
Trabalho
pra larvas.
12/11/01
73
REDE
Deitei na rede
sem sono,
esperando entardecer.
13/11/01
74
SECRET GARDEN
E sentiremos o vento...
e celebraremos o silêncio...
até que o sorriso final
se desfaça em noite
restando apenas
o aceno das árvores.
17/11/01
75
DO EMPENHO
Mas não...
A direita, respeito,
mas sou de esquerda extrema.
(Não a tema!)
E em 50
não há mais trema?
23/11/01
76
NANISMO ELEITO
Agora,
querem tirar a Literatura...
esses anões do orçamento
e do pensamento.
77
DEZEMBRO
Apago as luzes
pra sentir melhor
o espetáculo celeste.
Meu cachorro
me olha
sem entender nada.
Ah, Deus...
Em breve, estarei dentro dum terno,
vendendo certezas risonhas,
sem tempo de me ver nos céus?
3/12/01
78
NUMA LINHA
79
INÍCIO
80
DESUMANO
81
TEMPO
82
BOTÂNICA NA UERJ
Olhava eu as plantas,
as folhas procurando o sol,
os marimbondos de difícil rima,
as flores abertas como sorrisos...
83
VERDADES
84
ERRO
85
CASA
Superada apenas
pela de que não venham.
86
Biografia
Retirado do PD-Suplementos / Sábado com você de 24/11/2001, com atualizações
FABIO José Alfredo Santos da ROCHA vive no Rio de Janeiro, onde nasceu, em 04 de junho de 1976.
Cursou Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (mas não concluiu o curso) e se
formou em Administração de Empresas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. FABIO é FABIO
mesmo — como MARIO, o Quintana, é MARIO — sem acento, o que ele explica em versos:
ESCOLHA
A Drummond
"Quanto a falar de mim, é a parte mais difícil (sorri, disfarçando). Acho que comecei a escrever por
dois motivos: sempre gostei demais de ler e admirava os escritores (de prosa ou verso) que
conseguem transmitir pros leitores algo que inspire, emocione ou faça pensar. O outro motivo é que
falo pouco (sorri, certo de que está justificado). Então, alguns anos depois de começar a escrever
poemas, comecei a fuçar na Internet e aprendi a fazer páginas. E como não tinha nada melhor para
colocar na homepage, pus uns poemas. Eu não esperava, mas deu certo. Hoje já são mais de 350
mil visitantes e o site ganhou vários prêmios. Foi isso que me estimulou a escrever mais e participar
de concursos. Também tive várias surpresas boas e conheci pessoas maravilhosas e cheias de
talento, graças a ele. Pessoas que, infelizmente, a mídia em geral não mostra, mas que estão a
apenas um clique de distância".
Deu certo mesmo. Ao longo de um tempo historicamente curto — ele começou a escrever em 1994,
aos 18 anos de idade — FABIO ROCHA publicou vários livros e juntou um monte de premiações
em concursos. Seus poemas estão nos seus livros (de papel e eletrônicos), em vários sites de língua
portuguesa, são notícia de jornal e até andam de ônibus. Como foi o caso do seu poema "A Magia da
Poesia" que circulou no Busdoor colocado na traseira dos veículos de Blumenau, no período de
outubro a dezembro de 2000. Foi este poema que deu nome ao seu primeiro livro, publicado em
janeiro de 2001. Depois, vieram mais vários, eletrônicos, todos disponíveis para leitura no seu site
pessoal. É lá que o leitor vai conhecer o máximo que o poeta fala de si:
http://www.fabiorocha.com.br
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