1) O documento descreve os princípios da psicologia da Gestalt, incluindo a percepção de totalidades e a independência das partes.
2) Kurt Lewin aplicou esses princípios em sua teoria de campo psicológico, vista como uma abordagem neogestáltica.
3) A terapia gestáltica trabalha com sonhos para integrar partes alienadas da personalidade do cliente.
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Gestalt
1) O documento descreve os princípios da psicologia da Gestalt, incluindo a percepção de totalidades e a independência das partes.
2) Kurt Lewin aplicou esses princípios em sua teoria de campo psicológico, vista como uma abordagem neogestáltica.
3) A terapia gestáltica trabalha com sonhos para integrar partes alienadas da personalidade do cliente.
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Texto 1
O texto trata do surgimento da Psicologia Gestalt e sobre as outras teorias que
existiam na época. A autora vai traçando a distinção entre as teorias, tomando como base o que a Psicologia da Gestalt descobriu e acredita. Optamos por falar apenas sobre os princípios da Gestalt. Max Wertheimer, em 1910, estudando a percepção notou que as explicações usadas na época de como percebemos não faziam jus a forma como os dados psicologicos são imediatamente percebidos. Assim, ele decidiu que iria diferenciar o que estava estudando para que não fosse confudido com as outras teorias, deu o nome de phi a impressão do movimento aparente. Wertheimer acreditava que tanto o processo de percepeção quanto o fisiologico e o psicologico não eram apenas soma de partes. Kurt Kofka e Wolfgang Köhler foram os sujeitos dos estudos de Wertheimer. Os dois, assim como Wertheimer acreditavam que a psicologia de Wundt era inaporpriada para explicar os fenômenos descritos acima. Criaram a Psicologia da Gestalt como oposição a corrente wundtiana. Ao estudarem alguns casos, como, o fato de percebemos uma mesa como retangular apesar de em poucas situações a imagem projetada na retina seja mesmo retangular, notaram a dependência da percepção da totalidade nas condições estimulantes. A Gestalt se opõe a análise feita a partir da separação de um dado, um objeto ou que ele seja visto em partes, pois um objeto não é uma agrupamento de partes, é uma totalidade. Acredita que fora do contexto não podemos analisar, pois, perdemos a singularidade e o caráter global. Para exemplificar isso: Segundo os gestaltistas, os seres humanos veêm no campo visual um determinado numero de coisas. Mas simplesmente verá objetos. Logo, isso tem dois desencadeamentos. Um é que a pessoa vê totaliddes unificadas e não conjuntos de sensações. E o outro é que são totalidades separadas e também separadas de um fundo. Figura e fundo são reversíveis. Quando são trocados apresentam diferentes características. O fundo é simplesmente espaço vazio e a figura parece estra mais sólida, ela é formada. Há em nós a tendência para completarmos uma figura, agruparmos elementos e organizarmos em figura e fundo o campo total. As Gestalten não são encontradas apenas no campo visual. No campo auditivo também podemos encontrar a relação figura-fundo e o agurpamento por exemplo. A transferência do campo visual para o auditivo elucida a transponibilidade e nos mostra a independecia de todos os conjutos especiais de elementos. Köhler demonstrou a partir de estudos com macacos que as Gestalten também ocorrem na resolução de problemas. A Gestalt recebeu inumeras criticas. Os pensadores da Gestalt diziam que apesar da teoria estar incompleta, isso não queria dizer que ela era imprecisa, era uma ciência nova. Também houveram criticas em relação a como a psicologai da Gestalt se posicionava em questão à análise. Mas, Köhler explicou que: “a psicologia gestáltica, pelo seu destaque aos todos, não pretende de modo algum abandonar a análise como método científico. Salienta que os gestaltistas reconhecem bem os todos segregados e que assim empregam um método de análise que trata com partes genuínas, embora possam se recusar terminantemente a ter qualquer coisa a ver com elementos de sensação que não possuem existência como partes separadas da experiência” (p.324). Algumas outras críticas vieram dos behavioristas que consideravam que o que a psicologia da Gestalt tratava estava ultrapassado. Achavam que os psicólogos da gestalt estavam contagiados pela metafísica, por tratar com a mente e os seus fenômenos. Texto do Kurt Lewin
Kurt Lewin é o que se pode chamar de neogestaltista. Ele se apropria da
Psicologia da Gestalt e cria a Teoria de Campo Psicológico. Exemplificaremos o esquema de Lewin:
Lewin, primeiro, faz um esquema em que ele coloca a pessoa
dentro de um circulo ou pode ser qualquer outra figura, para representar tudo o que é pessoa e o que é não-pessoa. Depois, ao redor da pessoa ele faz uma elipse (aqui, fizemos um outro circulo) incluindo o circulo, mas sem nele tocar, esse circulo é o meio psicológico e fora dessa figura (elipse + circulo) fica tudo o que não é meio psicológico. A pessoa junto com o meio psicológico formam o espaço vital. Espaço vital é tudo o que compõe o que a pessoa está se relacionando. O campo geográfico está como potencial, é o que dá apoio, suporte ao campo psicológico. São todas as coisas que a principio existem. A qualquer momento eu posso me conectar com ele. Quando a gente passa a se relacionar se torna campo psicológico. Pode ser uma atitude, um sentimento. Um exemplo disso é quando a pessoa está mordendo o lábio e não se dá conta (campo geográfico) e quando ela passa a fazer contato (campo psicológico). O campo que vivemos é o psicológico. O campo psicológico em si não existe, o que existe é o campo geográfico. Nós não percebemos aleatoriamente, há coisas no campo que nos provocam. Quanto mais dentro de si a pessoa estiver, mais conectada com as suas coisas ela estará. O campo sempre vai falar do sujeito que percebe e do que é percebido. O campo está mudando o tempo inteiro, muda em função das nossas necessidades. O campo em que o terapeuta trabalha é o campo psicológico. O terapeuta faz aproximações do campo do cliente. Lewin faz uma distinção entre fato e acontecimento. Fato geográfico pode ser uma atitude, um sofá. É quando você não tem uma conexão, existem independentes de qualquer coisa. São coisas isoladas porque não estão se relacionando e porque o eu não estou me relacionando. Quando fazemos uma conexão entre dois fatos é um acontecimento. Há uma sensação de locomoção. O mundo não chega à gente diretamente e nem nós a ele. Passa por uma percepção e/ou uma ação. O mundo chega a nós permeado por nossas crenças, motivações, etc. Se estiver acontecendo um monte de coisas internamente e você não tem uma ação, não expressa, não aparece. Quando a fronteira está permeável a pessoa deixa que o meio entre. Dentro do campo das pessoas existem regiões. O nosso mundo começa a ficar estratificado em função de nossas experiências e crescimento. Aqui exemplificaremos esse outro esquema. A pessoa é dividida em duas áreas e depois a área interpessoal é divida em células da seguinte maneira, “as células adjacentes à região percepto-motora são chamadas periféricas (p); as que se situam no centro do círculo são chamadas centrais (c)”.
Entre as regiões que existem dentro de nós (as estratificações) existem as
fronteiras. As fronteiras podem ser rígidas, flexíveis ou aglutinadas. Elas serão influenciadas pelo amadurecimento, desenvolvimento, experiências anteriores e etc. As fronteiras são sempre em relação. Uma determina região pode ter uma fronteira rígida em relação à uma região, mas uma fronteira aglutinada em relação a outra. Quando tem o acumulo de tensão numa região a tendência é que a tensão se dissipe para outras áreas. Mas se não houver uma ação a tensão não some. Lewin organiza o campo em termo de valência positiva e negativa, a partir das minhas necessidades. Isso não está relacionado com algo ser bom ou ruim e também não é absoluto. Uma valência positiva é algo que necessitamos muito e a negativa que necessitamos pouco. Texto 5 Fritz abre esse texto dizendo que “gostaria de chamar a terapia gestáltica de filosofia do óbvio”. Segundo ele, nós gestaltístas cremos no óbvio. Mas, esse óbvio, ao ser examinado, está cercado de preconceitos, crenças entre outros. Cabe ressaltar que um neurótico é aquele que não vê o que é óbvio. A mente funciona de modo homeopático. Nós antecipamos uma ação ao pensarmos, planejarmos ela, fazemos então um ensaio em fantasia e assim economizamos tempo. E para que possamos solucionar nossas questões a Gestalt formada em nossa fantasia tem que corresponder a Gestalt do mundo externo. Ou seja, quando a uma conexão direta nós temos um bom funcionamento. Mas há as pessoas que vivem em expectativas catastróficas ou maravilhosas quando elas não coincidem. Mas, Fritz nos lembra que existe apenas um lugar onde nosso mundo interno não está conectado ao externo e esse lugar é o sonho. Os nossos sonhos falam sobre nós, eles são um modo mais declarado de nosso “enredo” de vida. Cada parte do sonho fala sobre nós. A forma da Gestalt trabalhar com os sonhos é tentar integrar e se reidentificar com cada parte que está alienada de nós e que aparece nos sonhos. Fritz explica o passo a passo do trabalho com os sonhos. O primeiro passo é o cliente contar o sonho; o segundo é que ele conte no presente; o terceiro passo é ser o diretor de cena, arrumando as partes de seu sonho; e o ultimo passo é o cliente ser ator, se tornar as partes. Parte prática Nesse módulo, na parte prática, aprendi sobre fronteiras, figura-fundo, sobre o campo do cliente e o do terapeuta. Aprendi sobre os tipos de fronteira, como identificá-las, tanto na historia do meu cliente quanto na nossa relação. Há as fronteiras rígidas, as flexíveis, as permeáveis. Podemos identificar as fronteiras rígidas quando nosso cliente está muito fechado para uma situação, por exemplo, não quer conhecer um novo parceiro por já ter passado por uma desilusão amorosa ou então quando ele se defende de tudo que o terapeuta fala ou pergunta. Já as fronteiras permeáveis ocorrem quando a pessoa deixa que tudo entre no seu campo, que tudo a afete. E as fronteiras flexíveis são aquela em que a pessoa reage a cada situação de acordo com a própria questão, sem deixar que coisas passadas a afetem, por exemplo, a pessoa é maleável. Na situação terapêutica, a figura e fundo aparece quando o cliente traz a questão que ele quer trabalhar e há algo central (figura) e outras coisas periféricas, o contexto (fundo). Ou ainda quando estamos na sessão ouvindo o nosso cliente e trabalhando com ele e ficamos com algumas informações no fundo. Por exemplo, tenho uma cliente que mentiu para mim, e sempre que ela traz questões sobre querer agradar os outros, a informação da mentira fica no meu fundo. O campo do cliente pode muitas vezes influenciar o campo do terapeuta e vice- versa. Como o que aconteceu na prática supervisionada em que a questão que aminha cliente trouxe era muito próxima de uma questão que eu havia acabado de trabalhar na terapia então em alguns momentos me embolei e fiquei confusa, sem saber por onde ir. Mas como já havia aprendido no outro módulo, a presença é fundamental e apesar de estar perdida estive presente com ela. E segunda ela, isso fez a diferença, foi fundamental. Parte emocional Esse foi um módulo de muito crescimento emocional. Na minha vida pessoal passei por um término de namoro que me possibilitou junto com a estrutura (trabalhos emocionais – workshop, terapia de grupo, etc. – e terapia) da formação um incrível autoconhecimento. É um caminho muitas vezes doloroso, mas que hoje tenho certeza de que é necessário. Quero me curar de algumas feridas, quero agir da melhor forma possível, quero me conhecer ainda mais. Sinto que é um caminho sem volta e no qual eu não quero parar. Percebi a minha dificuldade de andar sozinha, como eu depositava minha vida nas mãos dos outros, principalmente namorados. Eu, muitas vezes, agia de acordo com o que eu achava que eram as expectativas dele para ter aceitação. Apesar de já ter sentido isso, hoje me dei conta de como eu faço para ser assim, de onde vem meu vazio. E estou tentando novas formas de ser, estou cuidando do meu vazio. Além disso, me dei conta sobre como muitas vezes sou desleal com os outros ao atender as minhas necessidades sem pensar nas minhas relações, sem fazer concessões pelas pessoas que eu amo. Simplesmente, fazia o que desejava muitas vezes por não conseguir negociar o melhor para minha relação. Foi muito difícil perceber isso. Achava contraditório, eu que fazia coisas para ser aceitar de um lado e fazia do outro, coisas que poderiam fazer com que as pessoas se afastassem de mim, por impulso, desejo. Isso ainda é muito recente para mim, ainda estou “digerindo”. Mas também sinto que é mais fácil de mudar. Eu não quero perder mais ninguém por ser assim. Eu nunca tinha percebido isso em mim, foi realmente muito difícil perceber isso. Eu achava que eu era desleal comigo, mas percebi que não, eu sempre dou um jeito de realizar a minha necessidade, mesmo que não seja da melhor forma. Nos atendimentos percebi a minha dificuldade de lidar com temas difíceis para os clientes. Não consigo ficar solta. Fico com medo do cliente achar que eu não estou levando a sério a dor dele. E o meu atendimento fica comprometido. Na hora do atendimento eu nem me dava conta que estava fazendo assim, estava tão focada no tema, que não percebia como estava sendo naquele momento. Mas, agora que eu sei como faço e vou mudar.