Biossegurança e Genetica
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Biossegurança e Genetica
Biossegurança e genética
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biológicos, microbiológicos, químicos, entre outros, não se limita a prevenção de riscos
derivados da sua atividade específica.
Além disso, o meio ambiente circundante e a comunidade onde está localizada
a instituição devem ser considerados espaços importantes a serem protegidos de
ameaças e riscos.
Mecanismo de contenção
Na biossegurança existem basicamente três mecanismos de contenção de ameaças e
riscos:
Equipamentos de segurança
“Design” do laboratório
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Exposição ao risco
O Laboratório
Disciplina;
Respeito às normas e legislações pertinentes;
Trabalhar no contexto da qualidade e da Biossegurança;
Consciência ética.
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O perigo é uma possibilidade de causar danos; risco é a probabilidade de
concretização desse perigo e acidente é a concretização desse risco.
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laboratorial e com o nível de biossegurança recomendado para os agentes
manipulados no local.
Para os laboratórios de Nível de Biossegurança 1(NB-1), onde são
manipulados agentes biológicos da classe de risco 1 são recomendados os seguintes
critérios para área física:
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As atividades dos profissionais da área de saúde têm que ser realizadas em
ambiente seguro. A grande parte dos acidentes que envolvem profissionais da área de
saúde se deve a não observância e desobediência às normas de segurança. Em
virtude da exposição direta a agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e leveduras)
e substâncias químicas, esses profissionais são alvo de infecções ocupacionais e
intoxicações graves. Contudo o emprego de práticas seguras e o uso de
equipamentos de proteção adequados reduzem significativamente o risco de acidente
ocupacional.
As doenças ocupacionais, na área de saúde, resultam da exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos, presentes no ambiente de trabalho. As principais
categorias de doenças ocupacionais são causadas por exposição a poeiras e pós,
produtos químicos e agentes microbiológicos. Entre os riscos biológicos, é comum a
exposição a doenças infecciosas, como a hepatite B, nãos ambientes hospitalares e
laboratoriais.
Os principais agentes físicos presentes em laboratórios da área de saúde são o
calor e as radiações ionizantes e não ionizantes. O calor é usado na limpeza,
desinfecção e esterilização de materiais e instrumentos. É também usado em
laboratórios de análises para a esterilização de soluções, reagentes, meios de cultura
e materiais. No ambiente hospitalar o calor é usado em incubadoras e tratamentos
cirúrgicos.
As radiações ionizantes são usadas para fins diagnósticos e terapêuticos. No
ambiente hospitalar, os riscos da radiação ionizante localizam-se nas áreas de
radiodiagnóstico e radioterapia, incluindo os centros cirúrgicos e as unidades de
terapia intensiva. No ambiente laboratorial é necessário seguir normas de segurança
para manipulação e descarte de material radioativo. Dentre os tipos de radiação
ionizantes, as mais usadas são a radiação ultravioleta (UV) e a infravermelha (laser),
que causam queimaduras graves na pele e nos olhos.
No caso dos agentes químicos, que oferecem riscos no ambiente de saúde,
temos os produtos químicos utilizados na limpeza, desinfecção e esterilização e os
quimioterápicos. No ambiente laboratorial, são os agentes químicos utilizados na
esterilização, que podem causar irritação nos olhos, pele e mucosas.
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Glutaraldeído e formaldeído – em solução aquosa são usados na esterilização de
materiais específicos e sensíveis ao calor.
Liberadores de cloro ativo – desinfetantes potentes, usados em recipientes para
descarte de materiais, desinfecção de superfícies.
Cloroamina, iodo e derivados, peróxido de hidrogênio, álcool e derivados, fenol e
derivados.
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O trabalhador e a saúde
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ação contínua, um programa de gerenciamento. A implementação do PPRA é
obrigatória para todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados. Não importando o grau de risco ou a quantidade de empregados.
Por exemplo, uma padaria, uma loja ou uma planta industrial, todos estão obrigados a
ter um PPRA, cada um com sua característica e complexidade diferentes. Esse
programa está estabelecido em uma das Normas Regulamentadoras (NR-9) da CLT-
Consolidação das Leis Trabalhistas, sendo a sua redação inicial dada pela Portaria nº
25, de 29 de dezembro de 1994, da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, do
Ministério do Trabalho.
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de trabalhadores e com a assessoria do Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Facilitando a Biossegurança
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ÉTICA - É o conjunto de valores que orientam o comportamento humano em
sociedade. O que a caracteriza é a reflexão sobre a ação humana.
BIOÉTICA - É uma área do conhecimento interdisciplinar (integração entre as
disciplinas), cuja finalidade é compreender e resolver questões éticas relacionadas aos
avanços tecnológicos da Biologia e da Medicina e questões que de alguma forma
influenciam as nossas vidas.
Autonomia;
Não maleficência;
Beneficência;
Justiça.
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social e ambiental. Esta declaração foi aprovada por aclamação em outubro de 2005,
na 33ª sessão da Conferência Geral da Unesco.
O importante dessa declaração é que a Bioética não fica restrita às ciências da
saúde, mas a tudo aquilo que de alguma forma tenha implicação sobre as nossas
vidas. Portanto, entre as questões discutidas na Bioética, temos: aborto, eutanásia,
clonagem pesquisas com/em humanos, alimentos transgênicos, fertilização in vitro,
uso de células-tronco embrionárias, testes com novos medicamentos, aquecimento
global, tratamento e disposição de resíduos, entre outros.
Diceologia - deriva do grego diceo, direitos e logos, estudo. Portanto, podemos defini-
la como um tratado sobre os direitos profissionais de uma determinada classe, à luz do
seu código de ética.
Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) com Seres Humanos - são espaços acadêmicos
que avaliam a adequação ética dos projetos de pesquisas que envolvam seres
humanos.
Comitês de Ética no Uso de Animais (CEUA) - esses comitês são chamados assim
quando a pesquisa envolve animais,
No caso dos CEPs, esta avaliação é realizada à luz da resolução nº 196 do
Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 10 de outubro de1996, e no caso dos animais,
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à luz da Lei de Procedimentos para o Uso Científico de Animais, nº 11.794, de 8 de
outubro de 2008.
Todos os CEPs devem ser credenciados junto à Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa (Conep). É uma comissão do CNS, criada através da resolução n.
196/96 e com constituição designada pela resolução nº 246/97, com a função de
implementar as normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos, aprovadas pelo conselho. Tem função consultiva, deliberativa, normativa e
educativa, atuando conjuntamente com uma rede de CEPs, organizados nas
instituições onde as pesquisas se realizam. A Conep e os CEPs têm composição
multidisciplinar com participação de pesquisadores, estudiosos de Bioética, juristas,
profissionais da saúde, das ciências sociais, humanas e exatas e representantes de
usuários.
Um instrumento obrigatório nos projetos de pesquisa que envolvem seres
humanos é o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A pesquisa só
pode ser iniciada se todos os indivíduos participantes tiverem acesso aos objetivos da
pesquisa, seus benefícios e possíveis riscos, mecanismos de proteção, endereço dos
pesquisadores, e declararem (ou seus representantes legais) formalmente o aceite
para a participação no estudo ou em terapias específicas. É uma decisão voluntária.
Art. 1°. Esta lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre
a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a
importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o
consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de organismos geneticamente
modificados. OGMs e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço
científico na área de biossegurança e biotecnologia a proteção à vida e à saúde
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humana, animal e vegetal e a observância do princípio da precaução para a proteção
do meio ambiente.
Legislação Federal
Lei nº 2.063, de 6.10.83 – Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações e
regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou
produtos perigosos e dá outras providências.
Decreto nº 26.465, de 10.7.34 – Dispõe que são tutelados ao Estado todos os animais
existentes no País e determina sanções àquele que em lugar público ou privado,
aplicar ou fazer aplicar maus tratos aos animais.
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embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.
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Portaria, com disposições sobre os procedimentos de instalações de Unidades de
Esterilização por óxido de etileno e de suas misturas e seu uso, bem como, de acordo
com suas competências, estabelece as ações sob as responsabilidades do Ministério
da Saúde e Ministério do Trabalho e Emprego.
Resolução da Diretoria Colegiada nº 33/Agência Nacional de Vigilância Sanitária/
Ministério da Saúde, de 19.4.00 – Aprova o Regime Técnico sobre Boas Práticas de
Manipulação de Medicamentos em Farmácias e Anexos. 16
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e sugestões relativas à proposta de Regulamento Técnico sobre diretrizes gerais para
procedimentos de manejo de resíduos de serviços de saúde.
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Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho
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integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, do reconhecimento, da
avaliação e do consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou
que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do
meio ambiente e dos recursos naturais.
NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade (110.000-9) – Determina as
condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que
trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto,
execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segurança de
usuários e terceiros.
NR 12 – Máquinas e Equipamentos (112.000-0) – Fixa normas quanto a instalações
e áreas de trabalho, pisos onde se instalam máquinas, áreas de circulação, entre
outras, visando à segurança do trabalhador no local de trabalho.
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres (115.000-6) – Normaliza as atividades
ou operações insalubres que possam desenvolver-se acima do “Limite de Tolerância”,
no que se refere a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral assegurando ao trabalhador a percepção de
adicional, incidente sobre o salário mínimo da região.
NR 17 – Ergonomia (117.000-7) - Estabelece parâmetros que permitam a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As
condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, ao transporte
e à descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais
do posto de trabalho, e à própria organização do trabalho.
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis (120.000-3) - Estabelece
procedimentos seguros quanto ao manuseio e ao armazenamento de líquidos
combustíveis e inflamáveis, visando à segurança e à saúde do trabalhador.
NR 23 – Proteção contra Incêndios (123.000-0) – Dispõe sobre a obrigatoriedade
das empresas e instituições em manter suas instalações providas de proteções contra
incêndio, saídas para rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio,
equipamento suficiente para combater o fogo em seu início e treinamento de pessoas
no uso correto desses equipamentos, de modo que os que se encontrem nesses
locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho (124.000-5)
– Fixa normas referentes as áreas destinadas aos sanitários quanto a atendimento às
dimensões essenciais, higienização, durante toda a jornada de trabalho e outras
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deliberações pertinentes para atender ao mínimo de conforto exigível no local de
trabalho.
NR 26 – Sinalização de Segurança (126.000-6) – Fixa as cores que devem ser
usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, indicando os
equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações
empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra
os riscos.
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destinam-se à proteção contra partículas suspensas no ar, os com filtros químicos
protegem contra gases e vapores orgânicos. As máscaras, que podem ser semifaciais
e de proteção total, são necessárias no caso de uso de gases irritantes como o cloreto
de hidrogênio.
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Devem ser de mangas compridas, cobrindo os braços, o dorso, as costas e a parte
superior das pernas. O jaleco protege a roupa e a pele do profissional do laboratório
clínico, da contaminação por sangue, fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de
material infectados, que pode ocorrer desde coleta, transporte, manipulação e
descarte de amostras clínicas.
É importante que o jaleco seja colocado assim que o profissional entre no
laboratório, e permaneça com ele o tempo todo, porém ao ir a cantinas, refeitórios,
bancos, bibliotecas, auditórios, outros, ele deve ser retirado, pois são áreas não
contaminadas e o jaleco pode levar agentes biológicos para estes locais. O jaleco
deve ser confeccionado em tecido resistente à penetração de líquidos, com
comprimento abaixo do joelho e mangas longas, pode ser descartável ou não. Caso
não seja, deve ser resistente à descontaminação e autoclavação. Jamais se deve
arregaçar as mangas do jaleco e expor a pele ao contato com microrganismos
depositados no local de trabalho. A limpeza do jaleco deve ser feita na própria
lavanderia do hospital, caso esse serviço não esteja disponível para o profissional da
saúde, o ideal é que primeiramente o jaleco seja autoclavado e depois levado para
casa, esse procedimento não gera riscos de contaminação.
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contaminações. Existem três tipos de cabines de segurança biológico: classe I, o ar
que sai passa através de um filtro especial denominado de HEPA (High Efficiency
Particulate Air – alta eficiência para partículas de ar) e é eliminado no ambiente livre
das partículas contaminadas, esse tipo de cabine protege o manipulador e o ambiente,
porém não evita a contaminação do material que está sendo manipulado; classe II, o
ar é filtrado em filtros HEPA, antes de entrar e antes de sair da cabine, protegendo o
manipulador, o ambiente e o material; essas duas cabines possuem abertura frontal,
classe III o ar é estéril, essa cabine é completamente fechada, o que impede a troca
de ar com o ambiente e funciona com pressão negativa, ela oferece total segurança ao
manipulador, ambiente e material, os recipientes e o material a serem manipulados
entram e saem por meio de câmaras de desinfecção.
A CSB II é ideal para laboratórios clínicos, principalmente para procedimentos
microbiológicos, laboratórios de saúde pública e unidades hemoterápicas. Todos os
procedimentos envolvendo amostras biológicas devem ser feitos em CSB, porém se a
quantidade de CSB disponíveis no laboratório não for suficiente, os procedimentos
priorizados são: separação de soro, manipulação de amostras de secreções e de
outros fluidos corporais.
É importante que a cabine esteja funcionando no mínimo 30 minutos antes do
inicio do trabalho e permaneça ligada mais 30 minutos após a conclusão do trabalho, e
ser submetida a processo de limpeza, descontaminação e desinfecção, nas paredes
laterais e internas e superfície de trabalho antes do inicio das atividades, e na
ocorrência de acidentes e derramamentos de respingos.
A cada seis meses as CSBs devem ser testadas, calibradas e certificadas, a
luz ultravioleta deve manter registro de contagem de tempo de uso, pois sua vida útil
de 7500 horas e os filtros HEPA deve ser testada e certificados de acordo com a
especificação do fabricante ou no mínimo uma vez por ano.
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ser forte e acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos, para possibilitar a
remoção imediata da substância reduzindo os danos para o indivíduo.
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destas ações está direcionada a cuidados específicos com materiais perfurocortantes,
à prevenção da contaminação ambiental por materiais biológicos e à subsequente
exposição dos patógenos de transmissão sanguínea.
A seguir, são descritos exemplos de normas, técnicas e procedimentos que
proporcionam segurança nas atividades diárias dos trabalhadores, facilitando a rotina
de trabalho. Cabe ressaltar que cada laboratório ou ambiente de trabalho deve
desenvolver seu próprio roteiro de boas práticas, acrescentando novas técnicas na
medida em que se modificam as condições de trabalho ou quando a equipe julgar
necessário.
Normas Gerais
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13. Dê preferências a alças de transferência descartáveis; assim, você evita a
flambagem e, consequentemente, o aerossol.
14. Como segurança quanto ao risco de contaminação dos dispositivos de pipetagem,
mantenha todas as pipetas de vidro com rolha de algodão hidrófobo.
15. Nunca sopre uma pipeta para eliminar o resto de líquido existente. Aprenda a
utilizar corretamente o dispositivo de pipetagem.
16. Jamais utilize recipientes de trabalho para uso comum, como Becker, para beber
água, café, sucos etc.
17. Procure se atualizar quanto às normas e práticas de biossegurança.
18. Nunca trabalhe sozinho dentro de câmaras frias.
19. Quando estiver trabalhando na bancada, mantenha no fundo desta um recipiente
para descarte, contendo algodão embebido em álcool a 70%.
Higiene
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12. Quando estiver manipulando material contaminado, procure manter, próximo à
sua atividade, papel absorvente embebido em desinfetante, a fim de evitar a
dispersão de derramamento ou respingo acidental.
13. Não deixe material de trabalho sujo por muito tempo na bancada ou na pia.
Imediatamente após o uso, mantenha-os submersos no desinfetante, seguindo o
tempo exigido pelo fabricante.
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Prevenção de acidentes
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Cuidados com a ergonomia
Eletricidade
Saúde
Segurança
1. Evite trabalhar sozinho. Caso necessário, mantenha alguém avisado e peça que
entre em contato a cada hora.
2. Obedeça à sinalização de segurança existente nos diferentes ambientes de
trabalho.
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3. Ao transportar material para outra sala, mantenha-o em recipiente fechado e a
prova de vazamentos.
4. Ao calçar as luvas certifique-se de que não apresentam dano quanto à integridade
física.
5. Quando estiver visitando algum laboratório de pesquisa ou saúde, evite tocar ou
encostar-se às bancadas e equipamentos de trabalho. Em um ambiente
desconhecido, você não sabe como ocorre o processo de limpeza, por isso não 30
vacile.
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3. Descontamine o interior da CSB com gaze estéril embebida em álcool 70% antes
do e após o uso.
4. Procure fazer movimentos leves dentro da cabine. Movimentos bruscos ocasionam
a ruptura do fluxo laminar de ar, comprometendo a segurança do seu trabalho.
5. Conduza as manipulações no centro da área do trabalho.
6. Mantenha um frasco contendo algodão embebido em álcool 70%, para o descarte
de ponteiras e demais materiais utilizados durante a sua atividade, no fundo da 31
CSB.
7. Evite manter qualquer tipo de chama acesa no interior da cabine por mais do que
alguns minutos. Prefira o uso de microqueimadores automáticos, que possuem
controle de chama.
8. Não armazene objetos no interior da CSB. Toda superfície interna deve estar
desobstruída para limpeza antes do e após o uso.
9. Não introduza cadernos, lápis, caneta ou borracha no interior da CSB. Estes
materiais possuem elevado grau de sujidade.
10. Não obstrua a grade frontal (fluxo de ar) com objetos de trabalho.
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10. Antes de colocar materiais dentro da autoclave, certifique-se de que a água está
no nível adequado.
Infecção Hospitalar
Desinfecção
Baixo Nível: são destruídas as bactérias em forma vegetativa, alguns vírus e alguns
fungos. O Mycobacterium tuberculosis, os esporos bacterianos, o vírus da Hepatite B
(HBV) e os vírus lentos sobrevivem.
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Médio Nível: além dos microorganismos destruídos na desinfecção de baixo nível são
atingidos o Mycobacterium tuberculosis, a maioria dos vírus (inclusive o HBV) e a
maioria dos fungos. Ainda sobrevivem os Mycobacterium intracelulare, os esporos
bacterianos e os vírus lentos.
Alto Nível: resistem apenas alguns tipos de esporos bacterianos mais resistentes e os
vírus lentos.
Antissepsia
Assepsia
Degermação
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e sabão. Por exemplo, a degermação das mãos é uma conduta de baixo custo e
extremamente relevante no contexto da prevenção da infecção hospitalar.
Agente etiológico
Limpeza
Descontaminação de Artigos
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formaldeído, hipoclorito de sódio e outros, no processo de descontaminação, prática
largamente utilizada, não tem fundamentação. O agente químico é impedido de
penetrar nos microorganismos, pois há tendência das soluções químicas ligarem-se
com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não ficando livres para
ligarem-se aos microorganismos nas proporções necessárias dando uma “falsa
segurança” no manuseio do material como descontaminado. Além disso, o uso desses
agentes na prática da descontaminação causa uma aderência de precipitado de
matéria orgânica no artigo, prejudicando sobremaneira a posterior limpeza.
Desinfecção
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Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na
instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos),
diminuindo o risco do paciente adquirir infecção.
Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à
prevenção e controle das infecções hospitalares.
Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam
utilizados de maneira descontrolada no hospital.
Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando se
trata de pacientes hospitalizados.
Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de
materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das
unidades de saúde.
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Os patógenos hospitalares mais relevantes são: Staphylococcus aureus,
Staphylococcus epidermidis, Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella
spp., Enterobacter spp. e leveduras do gênero Candida. As infecções relacionadas à
assistência à saúde geralmente são causadas por diversos microrganismos
resistentes aos antimicrobianos, tais como S. aureus e S. epidermidis, resistentes a
oxacilina/meticilina; Enterococcus spp; resistentes a vancomicina; Enterobacteriaceae,
resistentes a cefalosporinas de 3ª geração e Pseudomonas aeruginosa, resistentes a
carbapenêmicos.
As taxas de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são
maiores em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido a vários fatores: maior
volume de trabalho, presença de pacientes graves, tempo de internação prolongado,
maior quantidade de procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos.
higienização simples
higienização antiséptica
fricção antisséptica
antissepsia cirúrgica das mãos
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No Brasil, a portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214, de 8 de junho de 1978,
classifica os riscos gerais e outros específicos a cada área de atividade ligada ao
trabalho nas instituições de saúde.
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• Classe de risco 2: integrada por microrganismos capazes de provocar enfermidades
no homem e em animais. Podem constituir risco para os trabalhadores de saúde, caso
sua manipulação não seja realizada de acordos com as boas práticas laboratoriais,
nem seguidas as precauções universais de Biossegurança. Sua propagação na
comunidade, entre os seres vivos e o meio ambiente, é considerada de menor risco.
Geralmente, para os microrganismos desta classe de risco, existe profilaxia e
tratamento. Considera-se que o risco individual é moderado e o risco para a
comunidade é limitado.
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supervisionados por um profissional treinado em Biossegurança e com conhecimentos
específicos da área.
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infecciosos extremamente perigosos e deverá ser capaz de entender as funções da
contenção primária e secundária, das práticas padrões específicas, do equipamento
de contenção e das características do planejamento do laboratório. É necessário a
elaboração de um manual de trabalho bem detalhado; este deve ser testado
previamente através de exercícios de treinamento.
(B) Laboratório onde a equipe usa uma roupa de proteção depressão positiva.
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deve ser feito através de sistema de leitor de íris, leitor de digital, cartão magnético ou
outro sistema automático.
8. Pias com acionamento automático ou que sejam acionadas sem uso das mãos,
deverão ser construídas próximas à porta da sala da cabine e perto dos vestiários
internos e externos.
9. Se existir um sistema central de vácuo, este não deve servir as áreas fora da sala
das cabines. Filtros HEPA em série devem ser colocados da forma mais prática
possível em cada ponto onde será utilizado ou próximo da válvula de serviço. Os filtros
devem ser instalados de forma a permitir a descontaminação e a substituição local dos
mesmos. Outras linhas utilitárias, como a de gás e líquidos, que convergem para a
sala das cabines devem ser protegidas por dispositivos que evitem o retorno do fluxo.
11. A cabine de segurança biológica Classe III deve possuir autoclave de porta dupla
para a descontaminação de todos os materiais utilizados. As portas da autoclave que
abre para fora da barreira de contenção devem ser seladas às paredes. Estas portas
devem ser controladas automaticamente de forma que a porta externa da autoclave
somente possa ser aberta depois que o ciclo de "esterilização" da autoclave tenha sido
concluído.
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12. Os efluentes líquidos, incluindo a água dos vasos sanitários, dos chuveiros de
desinfecção química, das pias e de outras fontes devem ser descontaminados através
de um método de descontaminação comprovado, de preferência através de um
tratamento por calor - antes de serem jogados no esgoto sanitário. O processo usado
para a descontaminação de dejetos líquidos deve ser validado fisicamente e
biologicamente.
14. O ar de exaustão dos laboratórios e das cabines deve passar por um sistema de
dupla filtragem com filtros absolutos tipo HEPA em série. Este ar deve ser liberado
longe dos espaços ocupados e das entradas de ar. Os filtros devem estar localizados
de maneira mais próxima possível da fonte a fim de minimizar a quantidade de canos
potencialmente contaminados. Todos os filtros HEPA devem ser testados e
certificados anualmente. A instalação dos filtros HEPA deve ser projetada de tal forma
que permita uma descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido, ou antes,
da remoção do filtro em um recipiente selado e de contenção de gás para
subsequente descontaminação e destruição através da incineração. O projeto do
abrigo do filtro HEPA deve facilitar a validação da instalação do filtro. O uso de filtros
HEPA pré-certificado pode ser vantajoso. A vida média de filtros HEPA de exaustão
pode ser prolongada através de uma pré-filtração adequada do ar insuflado.
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1. A instalação deste laboratório deve ser em um edifício separado ou de uma área
claramente demarcada e isolada dentro do edifício. As salas devem ser construídas de
forma que assegurem a passagem através dos vestiários e da área de
descontaminação antes da entrada na(s) sala(s) onde há a manipulação dos agentes
de risco biológico da classe de risco 4.
8. Uma autoclave de portas duplas deve ser instalada na barreira de contenção para
descontaminação dos dejetos a serem removidos da área do laboratório. A porta da
autoclave, que se abre para a área externa da sala escafandro, deve ser
automaticamente controlada de forma que a porta exterior só possa ser aberta depois
que o ciclo de "esterilização" esteja concluído.
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11. As bancadas devem possuir superfícies seladas e sem emendas que deverão ser
impermeáveis e resistentes ao calor moderado e aos solventes orgânicos, ácidos,
álcalis e solventes químicos utilizados na descontaminação das superfícies de trabalho
e nos equipamentos.
13. Os móveis do laboratório devem ter uma construção simples e devem suportar
cargas e usos previstos. As cadeiras e outros móveis do laboratório devem ser
cobertos por um material que não seja tecido e que possa ser facilmente
descontaminado.
14. Pias com funcionamento automático ou que sejam acionadas sem o uso das
mãos, devem ser construídas próximas à área em conjunto com a roupa de proteção.
15. Todos os serviços de gás e líquidos devem ser protegidos por dispositivos que
evitem o retorno do fluxo.
17. Efluentes líquidos provenientes das pias, dos canos de esgoto do piso (se
utilizado), das câmaras da autoclave e de outras fontes dentro da barreira de
contenção devem ser descontaminados através de um método de descontaminação
comprovado, de preferência através de um tratamento com calor - antes de serem
jogados no esgoto sanitário. Os efluentes vindos de chuveiros e vasos sanitários
limpos devem ser jogados no esgoto sem antes passar por um tratamento. O processo
usado para a descontaminação de dejetos líquidos deverá ser validado fisicamente e
biologicamente.
19. O ar de exaustão deve passar por dois filtros absolutos tipo HEPA em série antes
de ser jogado para fora. O ar deve ser lançado distante dos espaços ocupados e das
entradas de ar. Os filtros HEPA devem estar localizados de maneira mais próxima
possível da fonte a fim de minimizar a extensão dos canos potencialmente
contaminados. Todos os filtros HEPA devem ser testados e certificados anualmente. O
local da instalação dos filtros HEPA deve ser projetado de maneira que permita uma
descontaminação in situ do filtro antes deste ser removido. Este local deve facilitar a
validação da instalação do filtro. O uso de filtros HEPA pré-certificados pode ser
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vantajoso. A vida média de filtros HEPA exaustores pode ser prolongada através de
uma pré-filtração adequada do ar fornecido.
20. O posicionamento dos pontos de entrada e saída de ar deve ser de tal forma que
os espaços de ar estáticos dentro do laboratório sejam minimizados.
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processo envolvido no controle da infecção hospitalar é a limpeza, que consiste em
remoção de materiais estranhos aos objetos (como sangue, fragmentos de tecidos
orgânicos, sujeira, etc.) com água, podendo-se utilizar também algum tipo de
detergente. A limpeza deve, obrigatoriamente, preceder a desinfecção e a
esterilização. A descontaminação é o processo pelo qual um objeto tem removidos os
microorganismos patológicos, tornando se seguro para ser manuseado pelos
profissionais competentes.
Artigos críticos:
Artigos semicríticos:
Os artigos semicríticos são os objetos que entram em contato com pele lesada
e/ou mucosas, devendo estar livres de todos os microorganismos, com exceção dos
esporos bacterianos. Pertencem a este grupo o equipamento de anestesia e de terapia
respiratória, endoscópios gastrintestinais e termômetros. Necessitam de desinfecção
de alto nível, com pasteurização úmida ou germicidas químicos, como glutaraldeído,
peróxido de hidrogênio estabilizado, álcool etílico e compostos biclorados. Após a
utilização de qualquer um desses métodos, o objeto deve ser lavado com composto
clorado e seco com um método que não o recontamine, como ar quente filtrado, sendo
depois devidamente embalado.
Os artigos não críticos são os que entram em contato apenas com a pele
íntegra. Seriam os lençóis, os manguitos dos esfigmomanômetros, muletas, alguns
utensílios de alimentação, mesas de cabeceira e móveis. Estes podem ser
devidamente limpos com desinfetantes de baixo nível, como álcool etílico ou
isopropílico, hipoclorito de sódio, solução detergente germicida fenólica ou iodofólica
ou solução detergente germicida amônica quaternária.
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realização de desinfecção de alto nível para materiais que deveriam ser esterilizados,
em geral, materiais médico-hospitalares semicríticos que foram contaminados com
vírus da SIDA (AIDS) ou da hepatite B ou por bacilos da tuberculose; estes devem
receber tratamento visando esterilização, e não desinfecção, obrigatoriamente. Outro
ponto a ser considerado são os fatores que afetam diretamente a eficácia dos
germicidas. Observa-se que o número dos microorganismos no material a ser
desinfetado acaba sendo proporcional ao tempo que o germicida leva para destruí-los.
DESINFECÇÃO
Álcool
Compostos biclorados
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concentração, presença de luz e pH. Acredita-se que estes produtos agem por inibição
de algumas reações enzimáticas-chaves dentro das células, por desnaturação de
proteína e por inativação do ácido nucléico. São ativos contra bacilo da tuberculose,
vírus e fungos. São geralmente usados para desinfecção de materiais não críticos.
Formaldeído
Peróxido de hidrogênio
Compostos iodados
Glutaraldeídos
Fenóis
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Compostos quaternários de amônia
São bons agentes de limpeza, porém são inativados por material orgânico
(como gaze, algodão e outros), não sendo mais usados como desinfetantes ou
antissépticos. Cada um dos diferentes compostos quaternários de amônia tem sua
própria ação antimicrobiana, atribuída à inativação de enzimas produtoras de energia,
desnaturando proteínas essenciais das células e rompendo a membrana celular. São
recomendados para sanitarização do meio hospitalar, como superfícies não críticas,
chão, móveis e paredes.
Radiação UV
Pasteurização
ESTERILIZAÇÃO
Óxido de etileno
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metais e dos instrumentos cortantes, sendo, porém, método que exige tempo de
exposição para alcançar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares.
Radiação ionizante
Químicos líquidos
Filtração
Ondas curtas
A esterilização deve ser monitorada para que se garanta que seu objetivo foi
atingido. Pode-se lançar mão de indicadores locados preferencialmente dentro da
embalagem do material, e não fora da mesma, como é prática corrente. Dessa forma,
pode-se garantir que qualquer que tenha sido o método utilizado para a esterilização,
o mesmo atingiu o objeto dentro de seu invólucro. O funcionamento do equipamento
de esterilização pode ser monitorado por fatores biológicos, como esporos
bacterianos. Os artigos que levantarem suspeita quanto ao processo de esterilização
ao qual foram submetidos devem obrigatoriamente ser considerados não estéreis,
como por exemplo, presença de umidade dentro de uma caixa de material cirúrgico
submetida a esterilização por vapor úmido.
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utilizados como invólucro. Quanto à adequação dos mesmos aos processos de
esterilização de uso corrente:
Embalagem Processos
10) Uso único de esterilizante, evitando ser esta uma fonte de contaminação cruzada;
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12. MANUSEIO, CONTROLE E DESCARTE DE PRODUTOS BIOLÓGICOS
Caracterização
A1
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Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais
suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a
estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica. Devem ser submetidos
a tratamento antes da disposição final.
A3
A4
A5
Segregação
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volume total ou da toxicidade do resíduo gerado, antes de submetê-lo a tratamento ou
descartá-lo. Este termo inclui a redução da quantidade de resíduos gerados no
estabelecimento através da adoção de micrométodos; substituição de produtos
utilizados por outros de menor toxicidade; recuperação, reutilização ou reciclagem
deles e pré-tratamento para a redução ou eliminação da periculosidade. A efetiva
segregação e consequente minimização dos resíduos gerados são fatores de
segurança importantes para o pessoal que os manipula, para os indivíduos que
operam as instalações de tratamento e disposição, bem como para o público em geral.
Acondicionamento de resíduos
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Com o objetivo de reduzir os riscos e facilitar a sua disposição final, os
resíduos podem ser submetidos a processos, técnicas ou métodos de tratamento que
alteram seu caráter ou sua composição, considerando a manipulação e custo. Esses
procedimentos podem ocorrer no próprio local de geração ou externamente, sendo
aplicáveis tanto aos resíduos químicos como aos infectantes.
Armazenamento
O abrigo deve ser de alvenaria, fechado com aberturas teladas que permitam a
ventilação, ser revestido com material liso, lavável e impermeável, ter ralo sifonado,
ponto de esgoto sanitário, iluminação artificial externa e interna, bem como ser de fácil
acesso para as operações de coleta interna e externa. Deve ser projetado e construído
levando em consideração o sistema de coleta de resíduo de serviços de saúde
adotado no município, prevendo a separação as áreas, devidamente sinalizadas, para
os resíduos infectantes e especiais, bem como para os resíduos comuns.
Transporte
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recipientes deve ser realizado sem esforço físico excessivo ou risco de acidente para o
funcionário, e exige a utilização de equipamento de proteção individual.
Disposição final
A disposição final dos resíduos envolve seu envio para aterros sanitários,
seguindo as exigências técnicas legais, quanto ao correto acondicionamento e
tratamento, lançamento na rede de esgoto ou liberação para a atmosfera
Muito embora não haja uma legislação específica que trate do destino final de
resíduos químicos oriundos das atividades de ensino e de pesquisa, isto não deve ser
usado como um pretexto para a falta de gerenciamento destes rejeitos. Neste caso,
adota-se a legislação existente para as indústrias, sob a premissa de que a legislação
é válida tendo como base a natureza da atividade, e não as quantidades de resíduos
que a mesma gera. Finalmente, não se pode deixar de apontar para o fato de que
nenhuma unidade geradora de resíduos pode ser insalubre, o que quer dizer que a
atmosfera interna deve ser controlada de modo a preservar a saúde do trabalhador,
conforme padrões estabelecidos pelo Ministério do Trabalho sobre a exposição
ocupacional.
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A implementação e manutenção exitosa de um PGRQ demanda a adoção de
três conceitos importantes, os quais nortearão as atividades a serem desenvolvidas no
desenrolar do programa. O primeiro conceito importante é o de que gerenciar resíduos
não é sinônimo de “geração zero de resíduo”. Ou seja, o gerenciamento de resíduos
busca não só minimizar a quantidade gerada, mas também impõe um valor máximo na
concentração de substâncias notadamente tóxicas no efluente final da unidade
geradora, tendo como guia a Resolução CONAMA Nº 20. O segundo conceito diz que
só se pode gerenciar aquilo que se conhece, e assim sendo, um inventário de todo o
58
resíduo produzido na rotina da unidade geradora é indispensável O terceiro conceito
importante é o da responsabilidade objetiva na geração do resíduo, ou seja, o gerador
do resíduo é o responsável pelo mesmo, cabendo a ele sua destinação final.
Inventário do passivo:
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c-) Misturas complexas incluindo mais de uma fase (sólido/líquido)
a-) Inflamabilidade
b-) Corrosividade
c-) Reatividade
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Reatividade com água: Adicionar uma gota de água e observar se há a formação de
chama, geração de gás, ou qualquer outra reação violenta.
Resíduo oxidante: A oxidação de um sal de Mn(II), de cor rosa claro para uma
coloração escura indica resíduo oxidante
Assim sendo, numa segunda etapa, estes resíduos poderiam ser novamente
caracterizados, gerando as seguintes correntes segregadas:
a) Ácidos
b) Bases
c) Orgânicos
d) Inorgânicos
e) Sólidos
f) Líquidos
g) Gasosos
h) Oxidantes
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Tanto o reaproveitamento do resíduo, quer seja dentro ou fora da Unidade,
bem como a destinação final do mesmo são atividades que requerem uma pesquisa
criteriosa, pois as opções são muitas e os custos podem ser elevados, principalmente
quanto se trata da disposição final de resíduos considerados Classe I (resíduos
perigosos) e Classe II (não inertes). Sabendo disto, a prioridade deve ser dada a
quaisquer atividades que minimizem o passivo, quer seja por reaproveitamento, reuso,
troca num banco de resíduos, recuperação, entre outros.
Inventário do ativo:
Reuso
Reciclagem
a-) solventes
c-) óleos
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f-) catalisadores
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As demais correntes líquidas podem ser enviadas para incineração, ou mesmo
para alguma estação de tratamento de efluentes de indústrias de grande porte, uma
vez que estas foram concebidas para tratar cargas orgânicas altas e normalmente
tóxicas.
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Contaminação com bactérias
Bacillus anthracis
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moderada como de uma gripe comum. Após dois a quatro dias, o segundo estágio
ocorre com toxicidade causando dispneia, cianose e sudorese profunda. A morte pode
ocorrer 24 horas após os sintomas terem aparecido mesmo com uma terapia.
Leptospira spp
Staphylococcus spp
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manipuladores de laboratórios e profissionais que atuam na área de assistência à
saúde. O estafilococo piogênico está presente na pele normal ou em tecidos lesados.
S. saprophyticos pode produzir infecção do trato urinário. Os Staphylococcus spp pode
causar lesões bastante sérias como a osteomielite e a endocardite em casos de
bacteremias. Os S. aureus produzem toxinas, incluindo as coagulações associadas à
sua patogenia. Os estafilococos sobrevivem às condições ambientais de forma
resistente, podendo causar intoxicações alimentares. Estas bactérias podem ser
carreadas por contato manual, secreções de pessoas contaminadas ou portadores
nasais.
Streptococcus spp
Estreptococos são bactérias que podem ser facilmente carreadas pelas mãos e
pela boca, e ser transmitidas por aerossóis e pela alimentação contaminada. Cerca de
20% das crianças em idade escolar carreiam esta bactéria em suas faringes sem ter
nenhuma manifestação clínica. Os estreptococos do grupo A se ligam à pele e podem
causar infecções ao epitélio por uma adesina denominada ácido lipoteicóico. Os
estafilococos podem causar síndrome de choque tóxico, a qual envolve a septicemia e
a pneumonia em 1/3 das vítimas.
Streptococcus pneumoniae
Mycobacterium tuberculosis
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Profissionais que atuam em locais de colheita de material clínico (escarro) em
serviços comunitários, o clínico que atende diretamente o paciente, o pessoal da
enfermagem e de apoio são suscetíveis à contaminação por M. tuberculosis, se não
tomarem os devidos cuidados e não se protegerem com EPIs adequados.
Malária
Doença caracterizada pela infecção por Plasmodium que pode ser adquirida da
mesma maneira que a leishmaniose, a saber, por acidente com agulhas
contaminadas, exposição de ferimentos a material contaminado e ao vetor. A fase
infectante é a intra-eritrocitária sob a forma de esporozoíta. Os sintomas clínicos são
febre, fadiga, anemia e calafrios. O diagnóstico pode ser feito pela pesquisa em
extensão de sangue periférico em pico febril, cultura, inoculação em animais de
laboratório. A prevenção do contágio é a mesma citada para os acidentes com
material que contém o parasita vivo.
Recomenda-se trabalhar com EPIs, máscaras, óculos, luvas e aventais e em
condições de laboratório com segurança classe 2.
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Toxoplasmose
Doença de Chagas
Protozoários intestinais
Criptosporidium spp
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protoparasitológico de fezes, utilizando as técnicas de concentração de cistos. A
pesquisa positiva indica contaminação.
Helmintos intestinais
De qualquer forma, historicamente a hepatite viral tem sido relatada como uma
das infecções mais comuns adquiridas nos laboratórios da área de saúde pública.
Entre as hepatites virais cinco são as mais comumente adquiridas no laboratório, a
saber: hepatite A, B, C, D e E.
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precaução deve ser tomada em relação às hepatites B, C e E, pois levam à doença
crônica e muitas vezes à cirrose e até ao câncer.
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causar infecções graves e letais, e incorrer em acidentes com um grande número de
células, aconselha-se trabalhar com laboratório de nível de segurança classe 3.
Regras Básicas
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