Gestão de Projetos Aplicada
Gestão de Projetos Aplicada
Gestão de Projetos Aplicada
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 3
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
3
2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO PRODUTO OU
SOFTWARE
4
de desenvolver novos produtos e recursos. Recursos disponíveis interna e
externamente. O sucesso dessas empresas também depende de seu grau de
entrada no campo técnico, de sua contribuição para o posicionamento de longo
prazo, permitindo que eles criem novos recursos importantes, reduzam
gradualmente o tempo para desenvolver novos produtos e satisfaçam as
necessidades e especificações do produto. (SCHILLING; HILL, 1998).
Esses autores sugerem que, como as principais funções essenciais no
desenvolvimento de novos produtos, fatores relacionados a quatro dimensões
básicas: estratégia técnica, ambiente organizacional, equipe de projeto e
ferramentas para o processo de melhoria contínua (conforme mostrado na figura
abaixo). Por esse modelo, fica claro que Schilling e Hill (ibid.) recomendam um plano
de desenvolvimento de produto novo na forma de um projeto.
A construção e o uso de equipes para desenvolver novos produtos sempre
foram objeto de muitos estudos, o que mostra que a multifuncionalidade é essencial
para o sucesso de empresas e clientes. Diz-se que a razão para fazer tal hipótese
é que, devido à superação de erros na produção, os produtos desenvolvidos estão
melhor adaptados ao potencial da cadeia de suprimentos, às necessidades dos
compradores e / ou usuários e à "manufaturabilidade" da linha de produção da
empresa.
Nesse sentido, Schilling e Hill (1998) enfatizaram a importância de adaptar
a estrutura da equipe (funcional, leve, pesada ou autônoma) ao tipo de projeto
devido ao nível de coordenação e comunicação entre as equipes do projeto. Pode
ser compatível da mesma maneira, e as habilidades de liderança do gerente de
projeto ou advogado, como a capacidade de gerenciar conflitos e se comunicar com
áreas diferentes, devem ser consistentes com o tipo de projeto.
5
Fonte: ADAPTADO DE SCHILLING; HILL, 1998, p.70
6
Outros requisitos relativos à composição e operação da equipe do projeto
são determinar as tarefas, objetivos e responsabilidades, bem como os detalhes
das atividades a serem realizadas e os resultados a serem alcançados para garantir
uma comunicação clara. Além de ser uma ferramenta para monitorar e avaliar o
desempenho da equipe, esses métodos também podem fornecer um foco claro e
incentivá-los a se comprometerem com o desenvolvimento do produto.
(LAZAREVIC, 2003).
Nos últimos anos, o desenvolvimento de software recebeu crescente
atenção nas organizações. Porter e Millar (1985) e Booch (2001) apontaram que a
tecnologia da informação é uma ferramenta extremamente poderosa que pode
promover a transformação social e econômica. Seu valor e importância podem ser
percebidos como “[...] a tecnologia penetra na cadeia de valores de uma empresa e
extrapola as tecnologias associadas diretamente ao produto” (PORTER, 1989, p.
153). Cada atividade de valor sempre cria ou usa informações e tecnologias da
informação para coordenar e otimizar as conexões entre indivíduos e
departamentos. Porter enfatizou que a eficiência interna, as capacidades
operacionais, a capacidade de fornecer produtos e serviços, a agilidade e a
flexibilidade e outras vantagens competitivas necessárias para a sobrevivência e o
crescimento de uma organização são atualmente fortemente influenciadas pelos
sistemas de informação. (Porter,1989)
Atualmente, a indústria de software é uma das indústrias mais importantes
do mundo. Sua existência direta ou indiretamente possibilita o surgimento de novos
negócios e a melhoria da eficiência comercial tradicional (BOOCH, 2001).
De acordo com Veloso et al (2003), A indústria de software é dominada por
grandes países desenvolvidos, incluindo Estados Unidos, Alemanha e Japão,
representando cerca de 2% do PIB desses países. Em outros países, como Israel
e Irlanda, essa contribuição é ainda maior, representando aproximadamente 3,4%
e 7,4% do PIB do país em 2001, respectivamente.
Impulsionada pela própria tecnologia da informação, a chegada da Internet
e a globalização trouxeram grandes mudanças no mercado de desenvolvimento de
software. Para competir na economia digital, as empresas devem ser capazes de
7
desenvolver software de alta qualidade para clientes, com padrões de alta qualidade
a uma velocidade cada vez maior, e ainda ser capazes de lidar com as mudanças
no ambiente de negócios. (BASKERVILLE et al, 2003; MAURER; MARTEL, 2002;
COCKBURN; HIGHSMITH, 2001).
Laitinen et al (2000) ressaltaram que a Internet permite que pequenas
organizações ocupem seu espaço no controverso mercado de desenvolvimento de
software, fornecendo produtos valiosos. No Brasil, a Internet criou milhares de
empregos (BRASIL, 2001a).
8
(MEREDITH; MANTEL, 2000, vii). Embora a literatura sugira várias definições, uma
análise mais próxima nos fez perceber que quase não há diferença conceitual entre
eles. (LEWIS, 1997, p. 1; VERZUH, 1999, p. 3; GRAY; LARSON, 2003, p. 5;
KERZNER, 2002, p. 17; MEREDITH; MANTEL, 2000, p. 9; MAXIMIANO (2002, p.
26); ISO, 1997; PMI, 2004, p. 5).
Segundo o PMI (2004, p. 5) “Um projeto é um esforço temporário
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo”. Temporário
significa que todos os projetos definiram início e fim. Exclusividade ou singularidade
significa que o produto, serviço ou resultado gerado difere em certa medida de todos
os outros produtos, serviços ou resultados que já existem. Essas entregas
exclusivas podem ser:
9
Também é preciso mencionar que os projetos geralmente são
implementados para permitir a realização do plano estratégico da organização e
geralmente são aprovados de acordo com uma ou mais definições estratégicas
(PMI, 2004, página 7; KERZNER, 2002, página 17)
10
A adaptação das especificações, dos planos e da abordagem às
diferentes preocupações e expectativas das diversas partes
interessadas.
11
gerenciam seus projetos da mesma maneira, portanto, a implementação do
gerenciamento de projetos deve ser baseada na cultura de cada organização.
Forsberg et al. (1996) explicaram a importância de criar um modelo que
sirva como guia ou base para o gerenciamento de projetos. Os autores dizem que
esses modelos ajudam a descrever como as coisas são feitas, são usadas para
explicar o todo, fornecem uma base conceitual única, explicam regras de uma
maneira simples e ajudam a identificar e comunicar relacionamentos e elementos-
chave, também a eliminar conscientemente a confusão dos elementos bem
definidos aplicado ao gerenciamento de projetos garante:
12
O PMI (2004, p. 37-38) acredita “o gerenciamento de projetos é realizado
através de processos, usando conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas
do gerenciamento de projetos que recebem entradas e geram saídas”. O processo
é definido como “um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas realizadas
para obter um conjunto pré-especificado de produtos, resultados ou serviços”.
Basicamente, existem duas categorias principais de processo em um projeto:
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Grupo de processos de planejamento: define e melhora os objetivos
e planeja as medidas necessárias para atingir os objetivos e o
escopo do projeto de design;
Grupo de processos de execução: integra pessoal e outros recursos
para executar o plano de gerenciamento do projeto;
Um conjunto de processos de monitoramento e controle: mede e
monitora periodicamente o andamento do projeto para identificar
mudanças relacionadas ao plano, para que sempre sejam
necessárias ações corretivas quando necessário para atingir as
metas do projeto;
Grupo de processos de checkout: determina formalmente a
aceitação final de produtos, serviços ou resultados e guia o projeto
ou a fase para um fim ordenado.
14
Fonte: PMI, 2004, p. 69
15
documentos trocados entre grupos de processos, que são usados como entrada e
/ ou saída de cada processo do "gerenciamento clássico de projetos".
16
Composto pelos cinco grupos de processos mencionados, há um total de
44 processos de gerenciamento de projetos. Esses processos estão espalhados por
nove áreas de conhecimento, a saber (PMI, 2004, p 70):
17
garantir que a geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destino
final das informações do projeto sejam oportunas e adequadamente garantidas. O
gerenciamento de riscos inclui o processo de identificação, análise, resposta a
sugestões, monitoramento e controle dos riscos do projeto. Finalmente, o
gerenciamento de compras do projeto abrange o processo de compra ou compra
de produtos, serviços ou resultados necessários fora da organização do projeto
(PMI, 2004).
A Tabela abaixo mostra o mapeamento do processo de gerenciamento de
projetos de acordo com o PMI (2004, página 70) e sua associação com grupos de
processos e áreas de conhecimento.
18
Fonte: ADAPTADO DE PMI, 2004, p. 70
19
Portanto, de acordo com o PMI (ibid.), para que um projeto seja bem-
sucedido, o gerente e a equipe do projeto devem:
20
mudanças, gerenciamento de contratos) eram de responsabilidade do arquiteto do
projeto. No entanto, em alguns casos, os aspectos técnicos e a visão de todo o
projeto estão concentrados nas mãos de uma pessoa, levando a conflitos de
interesse. Thomsett (2002) comentou que leva algum tempo para o próprio
gerenciamento de projetos ser considerado uma disciplina, e as funções e
responsabilidades técnicas e de gerenciamento são tratadas separadamente. Nas
últimas décadas, o desenvolvimento de software passou por um processo de
melhoria, e seu foco inicial está nos aspectos técnicos, ou seja, no próprio método
de desenvolvimento. Como muitos processos evolutivos, essa melhoria é baseada
na análise de problemas encontrados em processos e modelos anteriores e na
definição de novas formas de comportamento.
De acordo com Beck (1999), o modelo em cascata é o primeiro modelo que
busca construir software adaptado às necessidades do usuário. É baseado em
documentos detalhando os requisitos e funções de software. Este documento é
obtido através da interação com usuários e clientes e, em uma etapa chamada
"análise", a interação pode durar vários meses. A partir deste documento
abrangente, engenheiros de software, especialistas em bancos de dados e outros
profissionais definem a arquitetura do software em uma fase chamada design. Nas
etapas subsequentes, o programador desenvolverá o código e facilitará o teste e a
entrega de procedimentos completos e completos de implementação e teste de
software.
Beck (1999) apontou que o modelo parece perfeito na teoria, mas na
prática, existem alguns problemas. Primeiro, quase sempre o usuário precisa mudar
após meses ou até anos de pesquisa, especificação e construção de diagramas e
processos, alguns usuários ainda não sabem o que desejam, mas apenas sabem o
que não desejam produzir. A segunda questão envolve a alteração de requisitos
durante o processo de desenvolvimento. Bohem (2002) apontou que, em qualquer
método clássico de desenvolvimento, a primeira dificuldade será encontrada ao
solicitar alterações de código, pois, para atender a esses requisitos, é necessário
reunir programadores, arquitetos de software e analistas de banco de dados.
Análise e alterações de documentos e subsequente implementação de alterações.
21
O modelo em cascata é uma maneira de tentar resolver essa situação, evitando o
congelamento de requisitos de software, ou seja, nenhuma alteração é permitida
durante o projeto. No entanto, verifica-se que isso não é viável na prática (BECK,
ibid.). Da perspectiva do gerenciamento de projetos, o modelo em cascata assume
um congelamento do escopo do produto e do projeto (THOMSETT, 2002).
Para aprimorar esse modelo, surgiram técnicas iterativas e incrementais, a
interrupção do ciclo de desenvolvimento de software e o modelo em cascata foi
repetido ao longo do processo. Este novo método visa reduzir o tempo de
desenvolvimento. Como no modelo em cascata, todos os requisitos de software são
analisados antes do início da codificação, mas são divididos em incrementos de
funções básicas. Pode ser desenvolvido em paralelo com o objetivo de economizar
tempo (Beck, 1999).
Os modelos incrementais se concentram na redução do tempo, enquanto
outros métodos (como desenvolvimento iterativo e modelos em espiral) tentam
responder melhor às necessidades e gerenciar riscos.
De acordo com Cohen et al. (2003, p. 3), esses modelos lidam com fatores
de risco de maneira estruturada e planejada, em vez de tentar mitigar os fatores de
risco apenas quando eles aparecem.
O autor ressalta que o desenvolvimento iterativo apresenta avanços nos
projetos de desenvolvimento de software em iterações de termo variável e, em cada
iteração, é fornecido um conjunto completo de funções com base em documentos
previamente preparados (COHEN et al., 2003, p. 3). Na primeira iteração, funções
básicas serão geradas e essas funções básicas serão adicionadas em outras
iterações. Embora cada iteração passe por todos os estágios do modelo em
cascata: " Análise, Desenho, Implementação e Teste", mas como existe apenas um
conjunto completo de requisitos fixos na iteração, o desenvolvimento iterativo pode
lidar melhor com as alterações. Para outras iterações, as alterações podem ser
feitas antes da fase "análise". O modelo permite absorver mudanças tecnológicas
ou mudanças nos requisitos do cliente até um certo ponto (COHEN et al., Ibid.).
22
Da mesma forma, o modelo em espiral evita a necessidade de especificar
e definir os requisitos finais do software no início do projeto. No entanto, é diferente
do desenvolvimento iterativo, pois prioriza o desenvolvimento e considera os fatores
de risco, e não a função em si. Considerando o gerenciamento de projetos, o modelo
iterativo e espiral significa que o projeto tem um escopo aberto inicial, que é
explicado em detalhes durante cada iteração (THOMSETT, 2002).
O surgimento desses novos modelos de desenvolvimento de software
promoveu progresso no campo da tecnologia, mas nada foi feito no campo do
gerenciamento. Cohen et al. (Ibid.) apontaram que, com o surgimento do SW-CMM
(Software Capability Maturity Model), a maneira como as organizações gerenciam
projetos de desenvolvimento de software passou por grandes mudanças. O SW-
CMM foi criado em 1986 pelo Software Engineering Institute (SEI) da Universidade
Carnegie Mellon, e é um modelo para promover a maturidade das organizações no
processo de desenvolvimento de software. Em anos recentes, o SW-CMM foi
organizado em diferentes países do mundo. Amplamente difundido na China (SEI,
1995; Paulk, 2001).
O SW-CMM contém cinco níveis de maturidade (inicial, reproduzível,
definição, gerenciamento, otimização) e sua estrutura é de 52 objetivos, distribuídos
em 18 áreas principais, descrevendo as melhores práticas de engenharia
(desenvolvimento de software) e gerenciamento, além de apontar maneiras de
melhorar o processo de construção de software na organização (PAULK, 2001, p.
19). Você pode ver essa estrutura na tabela abaixo. Cohen et al. (Ibid.) confirmam
que o principal objetivo do SWCMM é permitir que as organizações obtenham a
melhor consistência, previsibilidade e confiabilidade no processo de
desenvolvimento de software (nível de maturidade 5).
23
Fonte: PAULK, 2001, p. 20.
24
características são o formalismo e a preparação de um grande número de
documentos. Em termos de gerenciamento de projetos, as entradas de
gerenciamento e processo fornecidas pelo SW-CMM (SEI, 1995) tornam o conceito
de gerenciamento de projetos clássico consistente com o do gerenciamento de
projetos tradicional (PMI, 2004).
Finalmente, deve-se ressaltar que, embora o modelo espiral e o modelo
iterativo possam proporcionar maior agilidade ao desenvolvimento de software, eles
ainda são criticados por não promoverem a resposta às mudanças a uma
velocidade adequada para a empresa real. A formalização e manutenção de
documentação detalhada típica desses modelos, juntamente com o foco no
planejamento e controle do gerenciamento de projetos, é considerada uma barreira
à verdadeira agilidade no desenvolvimento de software (COHEN et al., 2003).
25
4.2 VISÃO TRADICIONAL DO SUCESSO DE UM PROJETO
26
custo e ao nível de qualidade definidos pelo cliente. Os fatores secundários são a
aceitação do projeto pelo cliente e se o cliente concorda em divulgar seu nome como
referência. Segundo o autor, somente quando o cliente está tão satisfeito com o
resultado ele pode ver a definição absoluta de sucesso, para que seu nome possa
ser usado como referência. (KERZNER, Ibid.).
Kerzner (ibid.) também apontou que os principais fatores podem ser
alterados de acordo com a organização para aumentar ou diminuir seu escopo, por
exemplo, incluindo conformidade com padrões de segurança, regulamentos
governamentais, regulamentos ambientais, etc. O posicionamento da empresa no
projeto também pode alterar a definição de sucesso.
Ao discutir esse tópico, Verzuh (1999, p. 17) apontou os três elementos do
sucesso do projeto: atingir o prazo esperado, atingir o custo esperado e a alta
qualidade do produto resultante, incluindo os requisitos de funcionalidade e
desempenho. O autor menciona que essas são as três principais variáveis do
projeto e são interdependentes. Qualquer alteração em um deles afetará o outro ou
todos. Verzuh (ibid.) aponta que o maior desafio para os gerentes de projeto é
encontrar o melhor equilíbrio entre "prazo-custo-qualidade", que é a visão comum
de Meredith e Mantel (2000, p. 4). Esses autores se referem a eles como três
objetivos do projeto, como mostra a Figura abaixo.
27
Verzuh (1999) no entanto, acrescentou que apenas atingir as metas de
custo, tempo e qualidade do projeto não é suficiente. É importante que o cliente e o
gerente do projeto compartilhem a visão de um equilíbrio "prazo-custo-qualidade"
para garantir a consistência das expectativas. Reconhecendo que o sucesso do
projeto também está intimamente relacionado às opiniões de outros participantes,
essa é uma grande motivação para buscar consenso em torno de seus objetivos.
Pinto e Kharbanda (1995) também defenderam a ideia de que o sucesso do
projeto não pode ser medido apenas com base nas restrições triplas tradicionais
(prazo, custo e qualidade (desempenho)). Considerando o ambiente de negócios e
a crescente ênfase na satisfação do cliente, o autor destaca que é necessário
estender o conceito de sucesso à quarta variável: satisfação e agregar valor aos
clientes. Pinto e Kharbanda (1995) enfatizaram que todos os esforços realizados no
projeto devem se concentrar em ouvir e entender as preocupações e opiniões dos
clientes, a fim de produzir um produto final que atenda às suas necessidades,
garantindo assim uma transição e aceitação do projeto.
Dinsmore e Neto (2004, p. 15) reforçam que “[...] executar projetos dentro
do prazo e orçamento previstos, atender à qualidade especificada e satisfazer às
expectativas da organização responsável pelo projeto são indicadores de sucesso
na gerência de programas e projetos, independentemente da natureza dos
mesmos”.
Note-se, no entanto, que Meredith e Mantel (2000, p.4) refutaram a ideia de
criar uma quarta variável de sucesso (além das metas de tempo, custo e qualidade),
que representavam as expectativas do cliente e declaravam que os requisitos eram
" Uma parte inerente da especificação do projeto ". O autor enfatiza que separar as
necessidades ou expectativas do cliente das especificações do projeto significa
inserir e estimular conflitos entre o cliente e a equipe do projeto, o que é contrário
às expectativas de um bom gerenciamento de projetos.
Com base na suposição de que, se um projeto atender aos quatro critérios
de tempo, custo, eficácia e satisfação do cliente, o projeto será considerado bem-
sucedido. Pinto e Slevin (1988), depois de estudar os gerentes de projeto,
construíram um modelo de dez fatores considerados críticos. Para o sucesso do
28
projeto. Jiang et al. (1996) chegaram a uma conclusão semelhante ao realizar
pesquisas com profissionais da área de sistemas de informação. A tabela a seguir
lista esses fatores em ordem de importância
29
desempenho dos projetos e os principais fatores de sucesso para esses projetos
(Jiang et al, 1996; GIGA INTERNATIONAL GROUP, 2002; STANDISH GROUP
INTERNATIONAL, 1999, 2001 e 2003). Frequentemente, os resultados dessas
pesquisas apontam situações desagradáveis e descrevem altas taxas de falhas em
projetos de desenvolvimento de software.
Nas várias edições da pesquisa do STANDISH GROUP INTERNATIONAL
(op. cit.), o desempenho dos projetos foi classificado em três modalidades:
30
Essas mudanças indicam que há um certo grau de instabilidade nos resultados do
projeto, e os benefícios não são consistentes ao longo do tempo. No gráfico abaixo,
você pode ver claramente a evolução histórica do desempenho do projeto de
desenvolvimento de software de 1994 a 2002. O gráfico é baseado em dados
categorizados e resultados de pesquisas conduzidas pelo STANDISH GROUP
INTERNATIONAL (1999; 2001; 2003). Obviamente, há uma mudança entre os
casos extremos, ou seja, a taxa de projetos malsucedidos diminui, enquanto a
porcentagem de projetos bem-sucedidos aumenta. No entanto, com exceção de
1996, o índice de projetos classificados como "parcialmente bem-sucedidos"
permaneceu quase inalterado, em cerca de 50%.
31
Fonte: Adaptado De Standish Group International, 2001
32
A análise dessas informações parece indicar que existem algumas
inconsistências ou lacunas entre as práticas clássicas de gerenciamento de projetos
adotadas pela organização e as necessidades de desenvolvimento de software da
organização. Vários estudiosos e profissionais de desenvolvimento de software
sentiram esse desconforto e finalmente encontraram uma maneira alternativa de
resolver o problema.
Como resultado da pesquisa os projetos de desenvolvimento de software
permanecem, invariavelmente, associados ao insucesso, sendo que parcela deste
mau desempenho é justificada pelo emprego incorreto ou pela inadequação das
práticas de gerenciamento de projetos, o que sugere a necessidade de se repensar
a disciplina de gerenciamento de projetos aplicada ao desenvolvimento de software
(STANDISH GROUP INTERNATIONAL, 2001; 2003).
Nesse momento de reflexão sobre a prática, alguns autores, como Thomsett
(2002) e Cohen e Graham (2002), propuseram que os critérios para medir o sucesso
do projeto também fossem alterados, acreditando que as formas tradicionais de
avaliação podem ser um dos fatores que levam ao fracasso.
33
responsabilidade do gerente de projeto não termina mais no final da fase de
desenvolvimento do projeto, mas se estende a toda a fase pós-implementação.
34
desenvolvimento, e o resultado final não foi satisfatório. Embora defenda a visão do
ciclo de vida dos resultados do projeto, Thomsett (2002, p. 69-77) não se limita ao
conceito de valor econômico, mas recomenda-se definir o sucesso como um padrão
que atenda às expectativas do cliente. Isso está totalmente relacionado ao
entendimento do ambiente do cliente. Está relacionado ao entendimento da cultura
do cliente, pressão dos negócios, foco e objetivos. Tom Sett (ibid.) explorou ainda
mais o conceito de expectativas, apontando que as expectativas podem ser
definidas de acordo com os sete indicadores principais a seguir:
35
A adoção desses novos métodos para medir o sucesso do projeto criou um
novo paradigma de gerenciamento de projetos, transformando o conceito de
restrições triplas (MEREDITH; MANTEL, 2000, p. 4) em possibilidades, como
mostrado nas tabelas abaixo, principalmente para promover os fundamentos do
sistema de controle (COHEN; GRAHAM, 2002, p. 6-23; THOMSETT, 2002, p. 69-
77).
36
Fonte: cohen; graham, 2002, p.14.
37
Desde a simples execução do projeto até a implementação de
estratégias organizacionais.
38
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
39
COCKBURN, A.; HIGHSMITH, J. Agile software development: the
business of inovation. IEEE Computer Magazine, [S.l.], p. 131-133, sep 2001a.
40
BECK, K. Embrance Change with Extreme Programming. IEEE
Computer Magazine, [S.l.], Oct 1999, p. 70-77.
BOHEM, Barry. Get ready for agile methods, with care. IEEE Computer
Magazine, [S.l.], Jan. 2002, p. 64-69.
COHEN, David et al. Agile software development: a DACS state of art report.
NY: Data Analysis Center for Software - Fraunhoufer Center for Experimental
Software Engineering Maryland and The University of Maryland, 2003.
Disponível em <http://www.thedacs.com/techs/agile/>. Acesso em abril, 2005.
41