Livro Plantas de Portugal 1882
Livro Plantas de Portugal 1882
Livro Plantas de Portugal 1882
DAS
PLANTAS MEDICINAL S
OUE HABITAM O CONTINENTE PORTUGUEZ
POR
COIMBRA
Imprensa da Universidade
1882
*
*\
t
-
\
CATALOGO
PLANTAS MEDICINAES
I
QUE HABITAM 0 CONTINENTE PORTUGUEZ
\
\
i*
t
/
00OJATAO
8An '
b:*‘ V 15 1. fuTO
-
%
CATALOGO
PLANTAS MEDICINAES
QUE HABITAM O CONTINENTE PORTUGUEZ
POR
%
C)
CD r
co a
911
O
X
A
; ; /
COIMBRA
IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
1878
- '
/
J ATAÍJ \x
■aÁo
or
Ui L 1 JXV
• \
t*
flo‘l
' 1 ^
90«
•v
1
• •
A/lflMlOO
1 aaAuiaaaviííu a a kvawiki
<
■■•V .. 7 8T8I
ínaHniJ ootfoq bH 9«n ioljroél aolfèiípa àicfos oqfog oiiainnq o 'i«í>
aátaA oqmot nnjyl/s eup otdútso o ik^tiftopae ob aoaiarooii jabi7
RoJnouiHBiioq ro ^Boínsdlnd ríboi èaòifei pí\ nrrto[ rA&iíl o bvhv*dnta
PLANTAS MEDICINAES
ni •bfii.tlíuí aoRíi^ia 0
h «1)459
*
7
(
%
0* / m i
8
« ■■■ ■■■
9
\
W .\\*V'A .0Vktt*'
THALLOPHYTA.
. J .aoutoaj avjU
Protopliyta. .ibhi oh ar.vO
/
.amiJi i/tm atf?oo íjaaon r. .doH
Algae.
,9h«v: of) . j/o"f >jií ;v mo oíncriílno o ojnxno^nloi oííioo .qrn3
Nostochinae. Agardh.
' , . .jpL.ÀKiaaiTAJ avjÚ
NOSTOC COMMUNE. Vauch. 1 í • ív)- ífA
(N. Paracelsi. Goeffr; Tremella terrestris. Dilliw; T. Nostoc. L.)
Flor da terra; Saliva das estrellas. .i b : ! .jj .*1
Hab. nos terrenos húmidos era quasi todo o reino, durante o
outomno e inverno. , ,J j.yr/j r avjU
P. u. toda a planta. ( -o>£ j,r.;:U i . r>o^i!'d)
Emp. Applicava-se outr’ora nas queimaduras e na sarna.
Pouco usado. A . * ;T '•
Confervaceae. Endl. i : » • ci nT
CONFERVA RIVULARIS. L. [
(Rhizoclonium rivulare. Kg.)
Limos. .ví .>:[J '! T' M) . /'.M A: >0
Hab. nas aguas estagnadas e nos rfcmansos dos rios e ribeiros,
em todas as estações. ‘ , * .n .c;
P. u. toda a planta. .r ! < rrr o o .qniH
. Plinio aconselhou-a nas contusões: Murray na tysica e asthma.
Em algumas localidades de Hespanha, o povo emprega os limos
contra as queimaduras. Pouco usado. i >•> j /
'CONFERVA CORALLINA. L. H .CiotiodoodlfriffllôH rnuibialA)
WotfMffltMft corallina.-Ag,),, ;?)T .êoJiooodínitnleH suou'? ; .dJ
Hab. no Tejo. (/iDomaJ .no)
P. u. toda a planta. .* ob og^nlí
Na China e Japão, usam-se#umas pastilhas, confeccionadas com
o infuso concentrado d’esta planta, que se empregam como anale-
pticas e refrigerantes. Pouco usado.0<w. - : - -ovi/ t *
10
I
Ulvaceae. Agardh.
.ATYíHOJJAHT
Ulva lactuca. L.
Ovas do mar. CÍ^OÍC i.
Hab. a nossa costa marítima.
P. u. toda a planta.
Emp. como refrigerante e calmante em vários povos do norte.
Pouco usado.
Ulva latíssima. Kg.
Alface marinha. nnmV
\
fíQ Lf
(•‘•Hab. nos mesmos sitio3 que a especie antecedente. JL • * I
tfTW I
P. u. toda a planta.
o Emp. unicamente para se lhe extrahir o iodo.
Ulva linza. L. * >
(Phycoseris Linza. Kg.) e
Ulva umbilicalis. L.
(Porphyra laciniata. Ag.)
Tudo o que diz respeito á especie antecedente.
12
14
Gasteromycetes. Fries.
^ .alfóbanii .onbiao ogBU.cn (Bobj>uuu,b p.eno 00b ovcUiM
SCLEEOTIUM CLAVUS. D. O.
(Claviceps purpurea. Tub.; Spermoedia clavus. Fries.)
Cravagem de centeio, esporão de centeio, carvão de centeio.
Hab. no paiz, desenvolvendo-se entre as valvulas e no logar
da semente do centeio1. Este cogumello passa por tres metar-
morphoses: l.a spacelia; 2.a esporão; 3.a claviceps. É no segundo
d’estes estados que elle é aproveitado na Medicina.
P. u. toda a planta.
Emp. para despertar as contracções uterinas, no caso de inércia
do utero, e sustar as hemorrhagias d’este orgão.
Bovistá gigantea. Nees.
(Lycoperdon Bovista. Buli.)
Fungam, buffa de lobo, licoperdo bovino.
Hab. em quasi todo 0 paiz, e particularmente na nossa pro¬
víncia da Extremadura. í'Ot
P. u. os esporos. . : w - ‘ 1 ; <
Emp. como ligeiro adstringente nas hemorrhagias dos pequenos
vasos. Na medicina homeopática usam d’esta planta para obter a
tintura mãe.
Hymenomycetes. Fries.
.áéáioffoq soí bvi art& f:Jir kj 1 > '(too aur&ròiq oí »i pi A ■*!» 1 - i j Vr/;-
\
I
/
15
Hepaticae.
Marchantiaceae. Endl.
Marchantia polymorpha. L.
/j .ar.o^orjiaaií/pã
Hepatica das fontes ou dos charcos, marchanda.
Hab. na parte septemptrional do paiz, rara nas proximidades
-IJ r r
de Coimbça. *, 3 . j /A yl3dae u \cnuiea
P. u. toda a planta. ✓ » ^ . r
Emp. na veterinária para accelerar a cicatrisação daB ulceras.
*. ( !;a , jíl '‘nT»i§IÍJ *
Pouco usado.. s r . , ■ v ... r
1ÍV
1 Humedecendo este cogumello numa solução de perchlorureto de ferro
a 30° cent. obtem-se a isca hemostatica, e impregnando-o de nitrato de
D
potassa serve para accenaer togo.
* Poderíamos mencionar algumas outras especies de cogumellos, a que se
lhe tem attribuido uso medico, mas como são muito pouco empregados, pa-
receu-nos não os dever referir aqui.
I
16
Marchantia cónica. L. : • - ^ ÍJ
(Fqgatella officinalis. Raddi.) í .qsiS
Hepatica fontana, lichen estrellado. .0; /; u
Hab. nas proximidades de Coimbra, na Ribeira de Coselhas,
na fonte do Gato, assim como na Beira Alta e em muitos outros
pontos do paiz. Igiinio áof}
Tudo 0 que diz respeito á especie antecedente l. iL.
.obaan uouoT .oiflobooòiflii obo jso a onp oan oaiaom O
Musci. buoihaoA
Lv l> ' ' siíh olbmngoO
.onuioíno oít <suuj Bryaceae. Endl. ;y.d«lí
ob obfibitnarfp ebnaTg *ioJ ioq aioiítfomila cíaJ q O moo .<jtn&
POLYTRICHUM COMMUNE. L. AàS U)HR iUÚ LOtPAÍl
A»
_ . . .J .AHaapJtTJOí /.nv.Aifoii/.M
Equisetaceae. D. C.
.abnadoiAm ^ooiaib aob no eoinol j»b aoijaqoll
80 hAbiuiixoia bau atai *>, ; I ob lAflonJuaioJuoa oJTAq.juí,.rIiJI .
Segundo Brotero encontram-se no paiz quatro especies de Equi-
setum, a saber: E. fluviatile. L.: E. limosum, L.; E. arvense.
T . T .AlflAlq A fíboJ .n .4
E.; E. palustre L.
«. Àu Bfib aJionAnhiob a .-unolo , . n n- Y
vulgarmente sao conhecidos pelos nomes de Cavallmha, rabo
de cavallo, de mulla, de ovelha e equisetto.
As virtudes medicas destas plantas são tidas em pouca consi-
riIT .1
deraçao. Outr ora empregavam-se como estimulantes, astnngentes,
al> 0líii:. . o-oí . *0 .tu.
diuréticas e emenagogas; também se usaram contra as hemor-
rhagias e corrimentos de diversa natureza. imiiobo*! *
-" ■ 1 —-- oJ‘jj !i Oj>;‘ <■ ■: ) .11 . »DÍ1‘ » u oiôi oril
1 Nas Antilhas empregam as hepaticas contra as doenças de figado. 1
\
/
17
Filieis.
Polypodiaceae. R. Br.
_
18
Flor. no estio.
P. u. os rhizomas.
Emp. como anthelmintico, podendo-se usar na falta do feto
macho. Pouco usado.
Asplenium ruta-muraria. L.
Ruta muraria, paronychia de Mathiola, avença branca, arruda
dos muros.
Hab. na Beira meridional juncto do Tejo, no Minho eTrás-os-
Montes.
Flor. desde abril a outubro.
P. u. as frondes.
Emp. como emenagoga e peitoral. Pouco usado.
JStplenium trichomanoides. Cav.
(A. Trichomanes. L.)
Avencão, Polytricho das boticas.
Hab. nas proximidades de Coimbra, assim como na parte se-
ptemptrional do paiz.
Flor. desde abril a setembro.
P. u. as frondes.
Emp. como emenagoga e peitoral 4. Pouco usado.
Asplenium adianthum nigrum. L.
Avença negra.
Hab. nas proximidades de Coimbra e em toda a Beira.
Flor. desde maio a setembro.
P. u. as frondes.
Emp. como peitoral e diurético 2. Pouco usado.
AtHYRIUM FIL1X FOEMINA. Rth.
(Polypodium Filix foemina. L.)
Feto femea dos Italianos.
/ •
1 Texidor y Cos diz que este feto é empregado com frequência na medi¬
cina e particularmente nos hospitaes, em Heepanha.
2 Em Hespanha usam das frondes d’este feto em logar da avença e no
commercio vende-se repetidas vezes, como se fora avença do Canada. Adian-
tum pedatum. L. (Texidor y Cos).
19
P. u. os rhizomas.
Emp. como anthelmintico. Pouco usado.
POLYSTICHUM SPINULOSUM. D. C.
(Aspidium spinulosum. Sw.; Nephrodium spinulosum. Desv.;
Polypodium cristatum. Vill. non L.)
Hab. em alguns pontos do nosso paiz (Welw.)
Flor. desde junho a setembro.
P. u. os rhizomas.
Emp. como anthelmintico. Pouco usado.
Osmundaceae. Mart.
Selagines.
Lycopodiaceae. D. C.
Lycopodium clavatum. L.
Lycopodio, pé de lobo.
Hab. em alguns pontos do paiz nos montes elevados (Vand.)
Flor. em agosto e setembro.
P. u. os esporos.
Emp. para polvilhar as excoriaçoes e erythemas em adultos
e crianças, assim como para involver as pilulas.
21 i
Acrolbrya hysteropliyta.
Amphibrya .
Glumaceae.
Gramineae. Juss.
Oryza sativa. L.
Arroz.
Planta originaria da China e índia oriental e cultivada no
nosso paiz.
Flor. no estio.
P. u. as sementes.
Emp. internamente na diarrhea catharral: externamente em
cataplasmas, que substituem com vantagem as de linhaça por
nao se alterarem facilmente com o calor das superfícies do corpo
a que se applicam. Usa-se ainda em pó para polvilhar as regiões
affectadas de erysipela.
Zea mays. L.
Milho. * " * 1 ' ? '
Planta indigena do Paraguay e cultivada em Portugal.
Flor. no estio.
P. u. as sementes e os estyletes 4.
Emp. as sementes como emollientes e alimenticias 2. O povo
attribue aos estyletes propriedades diuréticas.
Arundo donax. L.
Canna.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Aveia.
Cultiva-se no paiz e com especialidade nas províncias septera-
ptrionaes 2.
Flor. no principio do verão.
P. u. as sementes.
Emp. como emolliente s.
Lolium temulentum. L.
Joio.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, assim como em todo o paiz.
Flor. desde maio a julho.
P. u. as sementes.
Emp. nos ataques violentos de rheumatismo das meningues 4.
É planta toxica para o homem, e ainda é desconhecido o antí¬
doto especial deste veneno. Pouco usado.
Triticum vulgare. Vill.
(T. aestivum et T. hibernum. L.)
Trigo.
Flor. na primavera.
P. u. as sementes.
Emp. l.° a farinha: para polvilhar as partes erysipeladas e
para fazer caldos analepticos.
2. ° farello ou semeas: em cosimentos para clysteres e banhos.
3. ° glúten: para fabricação do pão para os doentes que soffrem
de diabetes.
4. ° amido: nas erysipelas e em varias moléstias de pelle, assim
como em caldos, geleas, cataplasmas e clysteres.
5. ° dextrina: como emolliente e mucilaginosa e para embeber
as ligaduras no chamado apparelho amidonado.
Agropyrum kepens. P. B.
(Triticum repens. L.)
Gramma das boticas de França.
Hab. naBeira septemptrional, no Minho, Douro eTrás-os-Montes.
Flor. em junho e julho.
P. u. os rhizomas.
Emp. o mesmo que o da graraina já mencionada. (Cynodon
Dactylon. Pers.)
Secale cereale. L.
Centeio.
i
24
Cyperaceae. D. C.
Carex arenaria. L.
Salsa parilha de Allemanha.
Hab. no littoral do Minho e no littoral proximo da cidade do
Porto.
Flor. na primavera.
P. u. os rhizomas.
Emp. como depurativo. Pouco usado.
SCIRPUS HOLOSCHOENUS. L.
(Isolepis holoschoenus. R. S.)
\
y
25
SciRPUS LACUSTRIS. L. ^
Bunho.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e na parte austral do paiz.
Flor. desde maio a julho.
P. u. os rhizomas.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usado.
Cyperus longus. L.
Junça de cheiro ou albafor.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. nos fins da primavera e no estio.
P. u. os rhizomas.
Emp. como excitante, estomachico e emanogogo. Pouco usado.
Helobiae.
Alismaceae. R. Br.
Alisma plantago. L.
Tanchagem d agua.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera e verão.
P. u. os rhizomas e folhas.
Emp. os rhizomas como remedio contra a hydrophobia e a
epilepsia, e as folhas como diuréticas e rubefacientes. Pouco
usado.
2G
Coronariae.
Juncaceae. Agardh.
JtJNCUS CONGLOMERATUS. L.
Junco glomerado.
Hab. a parte septemptrional do paiz.
Flor. em junho e julho.
P. u. os rhizomas. é
Melanthaceae. R. Br.
Vebatrum album. L. 4.
Hellebro branco.
Hab. no valle da Espera, juncto da villa do Sabugueiro e em
outros pontos da Serra da Estrella, assim como no Gerez.
Flor. em junho e julho.
P. u. os rhizomas.
Emp. externamente obra como cáustico e internamente como
drástico e emetho catarthico. A pomada tem-se empregado como
antipsorica. Extrahe-se dos seus rhizomas a veratrina 2. Pouco
usado.
CoLCfllCUM AUTUMNALE. L.
Colchico, lyrio verde.
Não nos consta que esta planta nasça espontaneamente no
nosso paiz, sendo necessário cultival-a para os usos pharma-
ceuticos.
Flor. em setembro e outubro.
P. u. os bolbos e sementes.
Emp. como sedante e diurético na gota e rheumatismo articular,
em alta dóse é um veneno irritante 4.
Liliaceae. Lindl.
Lilium martagon. L.
Martagão.
Hab. nas serras do Gerez, Estrella, Rebordão e em outros
pontos na parte septemptrional do j.aiz.
Flor. no principio do verão.
P. u. os bolbos.
Emp. como emolliente e diurético. Pouco usado.
Lilium candidum. L.
Açucena branca, Cebola cecem.
Cultiva-se nos jardins 2.
Flor. em maio e junho.
P. u. os bolbos e flores.
Emp. as antheras como anodinas e emenagogas, as pétalas
como calmantes e antispamodicas, os bolbos como emollientes 3.
Pouco usado.
/
28
Allium porrum. L.
Porros hortenses.
Planta que habita a Italia, Oriente, Aegypto e cultivada no
nosso paiz.
Flor. no verão.
P. u. os bolbos.
Emp. como expectorante emolliente e ligeiramente diurética.
Pouco usado.
Allium scorodoprasum. L.
Alhos grossos ou Alhos de Hespanha.
Planta indígena da Europa septemptrional e central, e que se
cultiva no nosso paiz, principalmente no Alemtejo.
Flor. no estio.
P. u. os bolbos.
Emp. o mesmo que o da Cebola das cosinhas. Pouco usado.
Allium sativum. L.
Alho ordinário ou das cosinhas.
Planta originaria do Oriente e que se cultiva muito no nosso
paiz.
Flor. no estio.
P. u. os bolbos.
Emp. internamente como vermífugo: externamente como rube-
faciente.
Asphodelus ramosus. L.
Gamoens, Abrotea dos hervolarios. Abrotea da primavera.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. na primavera.
P. u. as raizes.
Emp. contra a sarna, queimaduras, e por meio da fermentação
das suas raizes póde obter-se álcool 4. Pouco usado.
Smilaceae. R. Br.
\
31 \
Sello de Salomão.
Hab. nas proximidades de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. os rhizomas.
Emp. como adstringente 4. Pouco usado.
CoNVALLARIA MAJALIS. L.
(Polygonatum majale. All.)
Lyrio convalle.
Planta originaria da Europa septemptrional e central, Italia,
Córsega e Oriente, e cultivada no nosso paiz 2.
Flor. na primavera.
P. u. os rhizomas, folhas e bagas.
Emp. como purgante, emetico, esternutatorio e febrífugo.
Pouco usado.
Smilax aspera. L.
Legação, Salsa parrilha do reino.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em todo o paiz.
Flor. em agosto e setembro.
P. u. a raiz.
Emp. como sudorífico e depurativo na sarna e moléstias chro-
nicas de pelle.
RUSCUS ACULEÀTUS. L.
Gilbarbeira.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e nas nossas províncias da
Beira e Extremadura.
Flor. em março e abril.
P. u. os rhizomas.
Emp. como diurético e é uma das cinco raizes aperientes.
Artorhizae •
Dioscoreae. E. Br.
Tamus communis. L.
Norça preta.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. desde março a junho.
P. u. as raizes.
Emp. como purgativa e hydragoga; também se tem recomrnen-
dado como diurética e emanagoga {. Pouco usado.
Ensatae.
Irideae. R. Br.
Ikis foetidissima. L.
Lirio fétido.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. em maio e junho.
P. u. os rhizomas e sementes.
Emp. no tractamento das escrophulas e hydropisia, e conce-
de-se-lhe acçào estimulante, hydragoga, diurética e purgativa.
Pouco usado.
Ikis pseudo-acorus. L.
(I. palustris. Mnch.; I. lutea. Lam.)
Acoro bastardo. Lirio dos charcos.
Hab. nos campos do Mondego e do Tejo, e -cm outros pontos
do paiz.
1 O povo reputa resolutiva a raiz d’esta planta, e por isso faz d’ella cata¬
plasmas para collocar sobre as contusòes e ecchymoses (Mat. Med. do dr.
Beirão.)
✓
33 «
1 Esta planta pode usar-se na falta do Lirio florentino. (íris florgntina. L.)
2 O dr. J. J. de Figueiredo diz que o íris subiflora. Brot. (Lirio roxo) e
o íris sambucina. L. (Lirio cardano) também são empregados em medicina.
3 Em Portugal habitam o Crocus autumnalis. Brot. (C. serotinus Salisb.)
Açafrão bravo, e o Crocus vernus. All. (C. sativus 0 vernus. L.) Açafrão da
primavera. O primeiro floresce no outomno e o segundo na primavera. O
Crocus autumnalis. Brot. encontra-se nas vizinhanças de Coimbra em diversos
pontos da freguezia de S. Paulo de Frades.
O dr. Beirão no seu compendio de Matéria Medica, quando tracta do C.
sativus. L., diz numa nota o seguinte: «Na nossa Flora temos o Crocus au-
tumnalis multifidus. Brot.—Phytoyr., tomo n, pag. 40 (Crocus autumnalis.
Brot.—Flor. lusit., tomo i, pag. 40). Açafrão bravo, que diflere muito do ver¬
dadeiro açafrão, e é um erro dizerem os nossos historiadores que o verda¬
deiro açafrão é frequente em Portugal (dr. Figueiredo, Flora pharm. e ali-
ment.y pag. 564).»
A r/iannaco^jca Foriuyuezo.1876, cita só o açafrão bravo, e quando d’ello
3
34
Flor. no outomno.
P. u. os estigmas
Erap. como estimulante, emenagogo e antispasmodico. Em alta
dóse produz a embriaguez e a congestão cerebral.
Amaryllideae. R. Br.
Pancratium maritimum. L.
Açucena do mar.
Hab. nos terrenos arenosos de quasi toda a nossa costa ma¬
rítima.
Flor. de maio a agosto.
P. u. os bolbos.
Emp. Dioscórides e Plinio, quando tractam do bolbo do Pan-
cratium, descrevem-no como amargo e emético, recommendam-no
contra a hydropisia, e dizem que algumas vezes se tem usado
como succedaneo da Cebolla albarrã (Urginea Scilla. Sthl.) Pouco
usado.
Narcissus. Pseudo-narcissus. L.
(N. major. Lois. nom Curt.; N. festalis. Salisb.; Ajax. Pseudo-
Narcissus. Haw.)
Narcisso trombetta.
Hab. em alguns pontos da Serra da Estrella e cultiva-se nos
Jardins.
Flor. de março a junho.
P. u. os bolbos e flores.
Emp. os bolbos como eméticos e succedaneos da Ipecacuanha
(Clusius e Deslongchamps)2 como antispasmodicos (Dufresnoy):
/
35
AG AVE AMERICANA. L.
Piteira. *
Gynandrae.
Orchideae. R. Br.
36 *
Herva borboleta.
Hab. na Serra da Arrabida, em Eivas, juncto do Forte da
Graça, e era outros pontos da nossa província do Alemtejo.
Flor. na primavera.
Orchis morio. L. 1
Hab. proximo a Cabeceiras de Basto, e em outros pontos do
Minho, Trás-os-Montes, Douro, e na Extremadura ao sul do Tejo.
Flor. de março a junho.
Orchis coriophora. L. 2
(O. coriophora-symphypetala. Brot.)
Herva por sobeja.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, em Cintra e na Serra de
Monsanto.
Flor. em maio.
Orchis tridentata. Scop.
(O. acuminata. Desf.; O. lactea. Poir.; O. globosa. Brot. non
L.; O. Hanrii. Jord.)
Hab. nas vizinhanças de Bellas, Cintra, e em muitos outros
pontos da Extremadura.
Flor. na primavera e principios do estio.
Orchis simia. Lam.
(O. militaris g. L.; O. tephrosanthos. Vill.; O. italica. Poir.)
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e em muitos pontos da
Beira.
Flor. de fevereiro a abril.
Orchis militaris. L.
(O. Rivini. Gou.; O. galeata. Lam.; O. tephrosanthos p. Lois.;
O. cinerea. Schrk.)
1 Variedades a. Vulgaris,
p. Picta. Rchb. fil. (O. picta. Lois.) Esta planta habita a Serra de Mon-
chicjue. Ha tres a tinos foi encontrado na primavera um exemplar d’esta or-
chidea nos montes de Sancta Clara pelos estudantes de botanica, Augusto
Arthur Teixeira d’Almeida e Antonio Manuel da Costa Lereno, numa das
suas excursões botanicas.
2 Variedades p. Polliniana. Rchb. fil., f Carpetanci. Wk.
\
37
1 Variedade p. longebracteata.
I
38
39
/
r 40
•»
1 Esta planta foi, ha poucos annos, encontrada pela primeira vez em Por¬
tugal pelo sr. dr. Julio Augusto Henriques na matta do Bussaco.
2 As raizes d’esta orchidea abreviam a cicatrisação das feridas, e, segundo
Lémery, são também resolutivas.
3 Variedades a. micropliyllít. ltchb. íil., p. rubiginosa. Crtz. i
4
42
Fluviales.
Najadeae. A. Rich.
(Lemnaceae. Endl.)
Lemna ninor. L.
< Lentilhas da agua menores.
Hab. nas aguas estagnadas das proximidades de Coimbra, e
em muitos outros pontos do paiz.
Flor. no estio.
P. u. toda a planta.
Emp. Dioscórides elogia a acção tópica d’esta planta na cura
das hérnias das crianças, e concede-lhe o poder de apressar a
suppuração nos tumores phlegmnosos. Também se emprega contra
as queimaduras. Pouco usado.
Lemna trisulca. L.
Hab. nos remansos dos rios, juncto do Porto, e nas nossas pro¬
víncias septemtrionaes.
Flor. no estio.
43
P. u. toda a planta.
Emp. O povo emprega-a em cataplasma contra as queimaduras.
Pouco usado. • /
Telmatophace gibba. Schleid.
(Lemna gibba. L.)
Lentilhas da agua maiores.
Hab. nas aguas estagnadas dos suburbios de Coimbra, e em
muitos outros pontos do paiz.
Flor. no estio. i
P. u. toda a planta.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usado l.
xina O: l£< nrl>rT'! í t suf
- frio /io!4
Spadiciflorae. wlíol JJ SI
Flor. na primavera.
Typhaceae. D. C.
Principes.
.>''■ y't aw*n
on nbavitlno o J/monhieJqoe
Palmae. Lin. ) i
robi a .r /I
Chamaerops humilis. L. • :nnío e rvifí-,iio>\í .qrnjl
(Phoenix humilis. Cav.) I ■
Palmeira das vassoiras. >( o*í>v a/íi:u r«3 agniqras oiileaiAfr
Hab. no Algarve. kdi^jnrrr 7/^no! riq jnnq
Flor. na primavera. ,çr' v 9 -e/wíno^s 9 ír;
P. u. os fructos. «nnaaoYx mmnnil
Emp. como peitoral. .«rreoseflftt .1#)
Phoenix dactylifera. L.
:(Ph. excelsior. Cav.)
70 ri
Tamareira ou palmeira das egrejas.
Planta oriunda da África septentrional e cultivada no nosso
paiz.
Flor. na primavera. v; , }
P. u. os fructos 4. .> ‘ 1 tiliJ » ,UJ -JilIv
|> j. ,•
n/ javínr.j-n 7
i
46
AcrampMbrya.
JUNIPERUS SABINA. L. 1
Sabina.
Arbusto indígena da Europa meridional, da Asia e America
septentrional, e cultivada no nosso paiz.
Flor. em abril.
P. u. as summidades 2.
Emp. Excitante e emmenagogo; sua acção sobre o utero é
muito pronunciada. A acção local da sabina é irritante. Exter¬
namente emprega-se muitas vezes debaixo da fórma de pommada
para prolongar a suppuraçao das superfícies vesicadas, e avivar
ulceras atonicas e fungosas.
JUNIPERUS OXYCEDRUS. L.
(J. rufescens. Lk. et Endl.)
Zimbro alvar.
Hab. a parte do nosso paiz comprehendida entre o Tejo e o Sado.
Flor. em março e abril.
P. u. os estrobilos 3.
Emp. como estomáchicos e diuréticos. Pouco usado.
JUNIPERUS COMMUNIS. L.
Zimbro, Junipero.
Abietineae. Endl.
nf. V . r.í) t Xy r,; t;* i *1n > 3 oJaoriifioiboín .'uu ozfc) 'ob
PiNUS marítima. Brot. non Lamk.
(P. pinaster. Ait. a. acutisquama. Boiss. P. laricio Sant. non
Poir.) .
Pinheiro bravo.
Hab. em quasi todo o paiz.
Flor. na primavera.
P. u. os turiões ou renovos terminaes 4, o sueco leitoso 5 e a
seiva 6.
Emp. D’esta conífera assim como das suas congeneres, se tiram
diversos productos, entre os quaes alguns têm grande emprego
medico. Da gemma extrahe-se a colofonia, a resina amarella, o
Juliflorae.
Myriceae. L. C. Rich.
\
Myrica gale. L.
Mirto da Brabante.
Hab. nos terrenos paludosos proxiraos a S* Martinho do Porto.
(Brot.)
Flor. na primavera.
P. u. as folhas.
Ernp. tónicas, exitantes e vermífugas. Pouco usado.
Betulaceae. Bartl.
Cupuliferae. Rich.
» J ) <1 1 I - J .4
CORYLUS AVELLANA. L.
Avelleira.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, cm Cintra, e em outros
pontos na parte septentrional do paiz. Encontra-se frequentemente
cultivada em Portugal.
Flor. de janeiro a março.
P. u. os fructos 4.
Emp. para fazer mueilagens. Pouco usada.
Quercus pedunculata. Erhh 2.
(Q. racemosa. Lamk., Q. robur a. L., Q. robur a. pedunculata.
Wbb.)
Carvalho commum.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e nas províncias do Douro,
Minho, Beira, Trás-os-Montes, e em alguns pontos daExtremadura.
Flor. na primavera e fructifica no outomno.
P. u. a casca dos ramos novos e as glandes 3.
Emp. a casca como tónica e adstringente pelo muito tanino
que contém: as glandes como estomachicas, antiscrofulosas e ana-
lepticas.
Quercus sessiliflora. Salisb. 4.
(Q. sessilis. Ehrh., Q. robur p. L., Q. robur p. sessiliflora. Wbb.)
Carvalho roble.
Celtideae. Endl.
Celtis australis. L.
Agreira, lodao bastardo.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e em outros pontos do paiz.
Flor. em abril e maio.
P. u. os fructos e a casca.
Emp. como adstringentes. Pouco usada.
Moreae. Endl.
Morus nigra. L.
Amoreira negra.
Arvore indígena da Pérsia, e cultivada mais ou menos cm
todas as nossas provincias.
Flor. na primavera.
P. u. as soroses a.
Emp. como ligeiramente astringentes, laxativas e antifebris 3.
Morus alba. L.
Amoreira branca.
Arvore originaria da Asia e muito cultivada no paiz.
Flor. na primavera.
P. u. as soroses.
Emp. póde empregar-se na falta da especie antecedente, porém
seus fructos são muito menos activos. Pouco usada. ,
FíCUS CARICA. L.
Figueira ordinaria.
Arvore indígena do Levante e hoje muito frequente em Portugal.
Flor. em maio.
P. u. os sycones 1 seccos ou passados.
Emp. como adoçantes, bechicos e ligeiramente laxantes.
Urticaceae. Endl.
Urtica urens. L.
Urtiga menor.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e era muitos outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera e estio.
P. u. toda a planta.
Emp. como astringente e diurética. As preparações da urtiga
foram aconselhadas interna e externamente contra as moléstias
cutaneas pelo dr. Beirão. 0 xarope da urtiga é recommendado
contra a hemoptysis.
Urtica lusitanica. Brot.
(U. membranacea. Poir., U. caudata. Vahl.)
Urtiga menor caudata.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e em muitos outros pontos
do paiz. Entre as suas congeneres é esta a especie mais commura.
Flor. nos fins do inverno e na primavera.
P. u. toda a planta.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente.
Urtica dioica. L.
Urtiga maior ou Urtigão.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e nas províncias da Beira e
Douro.
Flor. na primavera e estio.
P. u. toda a planta.
Emp. o mesmo que o da Urtiga menor,
X
I Vulgarmeute chamados figos.
*
54
PaRIETARIA 0FFIC1NALIS. L.
Alfavaca de cobra. Parietaria das boticas.
Hab. era quasi todo o paiz.
Flor. na primavera e estio.
P. u. toda a planta.
Erap. como emolliente, refrigerante e diurética.
Parietaria lusitanica. L.
Parietaria lusitana.
Hab. nas províncias do Douro, Minho, Trás os-Montes e na
parte septentrional da Beira. \
Flor. 11a primavera.
P. u. toda a planta.
Emp. 0 mesmo que 0 da especie antecedente.
.ftlaalq A nboi .IJ M
Cannabineae. Endl. t. .r
Cannabis sativa. L. ■
\
55
Choupo negro.
Hab. na parte septentrional do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. os gommos ou botões 3.
Emp. na preparação do unguento chamado populeão, que se
emprega contra as hemorrhoidas.
POPULUS TKEMULA. L.
Choupo tremedor.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra aonde 6 muito frequente, e
em outros pontos do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. os gommos ou botões.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente 4.
ir t
Oleraceae.
Chenopodeae. Vent.
♦
Salicornia herbacea. L.
Salicornia.
Hab. nos terrenos salgados proximos a Lisboa, Setúbal, Fi¬
gueira da Foz e Monte-mór o Velho.
Flor. de junho a setembro.
P. u. toda a planta.
Emp. para se lhe extrahir o carbonato de soda; também se
tem recommendado como antiscorbutica, resolutiva e diurética.
Pouco usada.
Salicornia fruticosa. L.
Salicornia arbustiva.
(Arthrocnemon fruticosum Moqu.)
Hab. com a precedente; é muito frequente ao sul do Tejo
entre o Seixal e a Cova da Piedade.
Flor. de junho a setembro.
P. u. toda a planta.
Emp. para se lhe extrahir o carbonato de soda.
Beta vulgaris. L. 1
Celga ou Acelga.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, e em outros pontos
do paiz.
Flor. no estio.
P. u. as folhas.
Emp. em algumas localidades, attribue-se ás folhas da Celga,
como ás da Couve e da Hera, o favorecer e prolongar a suppu-
I Variedades:
a. cicia (B. cicia. L.) Celga hortense.
p. repacea (B. rapa. Dum). Beterraba ou Celga vermelha.
57
contra a Blennorrhagia.
& Variedades; p. microphyllum. Moqu.
6
58
Polygoneae. Juss.
POLYGONUM AVICULARE. L. 2
%
Nyctagineae. Juss., .
Mibabilis jalapa. L.
Boas noites. Jalapa bastarda menor.
Iíab. as regiões tropicaes dos dois hemispherios, mas está accli-
matada no nosso paiz e cultiva-se muito nos jardins.
Flor. no estio.
P. u. a raiz.
Emp. como drastica *. Pouco usada.
Mikabilis dichtoma. L.
Boas noites. Jalapa bastarda maior.
Iíab. no México, Guyanâ e Ilhas de S. Thomaz, mas está aceli-
matada no nosso paiz e cultiva-se nos jardins.
Flor. no estio.
P. u. a raiz.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usada.
Thynieleae.
Laurineae. Endl.
:r>\ /.V jí mii.iu íur 1
Laurus nobilis. L.
Loureiro.
Iíab. nas vizinhanças de Coimbra, Leiria, e em vários pontos
do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. as folhas e as drupas recentes 2.
Emp. as folhas como estimulantes, narcóticas e aroraaticas. As
drupas, de que se extrahe o oleo de loureiro, entram na compo¬
sição do alcoolato de Fioraventi 3.
Daphnoideae. Vent.
fi • I * •
Dáphne gnidium. L.
Trovisco ordinário ou trovisco femea.
Hab. nos arredores de Coimbra, Lisboa e em outras partes do
paiz.
Flor, no estio.
P. u. a casca e folhas.
Emp. a casca como estimulante e diaphoretica no tractamento
dos dartros e da syphilis constitucional, e cumpre ter a maior
cautela na dóse applicada, em virtude da sua grande actividade.
Externamente serve como rubefaciente e vesicante. Entra na
composição das pomadas próprias para entreter a suppuração dos
vesicatórios. As folhas como levemente purgativas e antipsoricas.
Daphne laureola. L. 1
Laureola macha, Espirradeira laurina.
Hab. na Europa e nos Açores; em Portugal cultiva-se nos jar¬
dins, e encontra-se como especie semi-indigena juncto de Cintra,
Collares, e outros pontos do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. a casca.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente 2.
*
{ 0-)
Serpentariae.
Aristolochieae. Endl,
Aristolochia longa. L.
• • * • T ’*^
Herva bicha dos hervolarios, Estrellamim.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
do paiz.
Gamopetalae.
Plumbagines.
íifl" :A «'■ í iv:
Plantagineae. Vent.
Plantago psyllium. L. 2
(P. agrestis. Salzm., P. parviflora. Desf., P. afra. L. et Desf.,
P. stricta. Hb. Bout. non Schousb.)
Zaragatoa.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera e no estio.
P. u. as sementes.
Emp. como emolliente nas ophtalmias, bronchites, enterites,
e inflammaçoes do apparelho genito-urinario (Texidor y Cos).
Plantago lanceolata. L. 3
Tanchagem menor, ou ordinaria das boticas.
*
63
Plumbagineae. Vent.
Plumbago europaea. L. • •
64
Statice limonicm. L. 1
Limonio.
Hab. na nossa costa marítima proximo á Figueira da Foz e
Buarcos, assim como na margem esquerda do Tejo entre o Al-
feite e Seixal.
Flor. no estio.
P. u. a raiz.
Emp. como adstringente e recommendada por Plinio contra as
hemorrhagias, dysenterias, etc., e o cozimento em gargarejos nas
anginas pútridas, aphtas e ulceras gangrenosas da bocca (Texidor
y Cos). Pouco usado.
Aggregatae.
#
Valerianeae. D. C.
ValERIANà OFFlCINALIS. L. 2
Valeriana silvestre.
Hab. planta originaria de toda a Europa. (Willk. et Lang.) 3
Flor. no verão.
P. u. a raiz. » *
Emp. como anti-epileptica, excitante, anti-hysterica, febrífuga e
emmenagoga. Trousseau considerou-a como estomachica4.
Dipsaceae. Juss.
•ailia
Emp. como antipsorica.
Trichera arvensis. Schrad. 4
(Scabiosa arvensis. L., Knautia arvensis. Coult.)
ínJu» :4«,*iitfn.i i;|yj íi t. Ui Biriíao^iftq
Ií V lli
I •
P. u. toda a planta.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente 4.
Eupatorium cannabinum. L .2
Flor. no estio.
f , .V ' V ■ ' ' ií 5 Ji'i■ íi.. ;
P. u. as raizes.
Emp. como purgativo e diurético. Pouco usado.
Nardosmia fragrans. Rchbch.
(Petasites fragrans. Prsl.; Tussilago fragrans. Vill).
Nardosmia.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Condeixa, Ourentam, etc.
Flor. no inverno.
P. u. as raizes, folhas e flores.
Emp. a raiz, na fórma de decocto, póde utilisar se com vanta¬
gem para modificar o máo aspecto das ulceras e favorecer a sua
cicatrisação: as folhas, na fórma de cataplasmas, podem auxiliar
1
68
%
69
Bardana espinhosa.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, e em outros pontos
do paiz.
Flor. em julho e agosto.
P. u. toda a planta.
Emp. como diurético, e contra a congestão do figado. Pouco
usada. . , ti <
Xanthium strumarium. L.
(X. vulgare. Lamk.)
Bardana menor.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e em alguns pontos da
Beiia e Extremadura, assim como na Gollega e Vallada proximo
ao Tejo. ' . !
Flor. em julho e agosto.
P. u. toda a planta.
Emp. como antiscrophulosa. Pouco usada.
t
70 •
ÀNTHEMIS COTULA. L. 1
(A. foetida. Lamk.; Maruta Cotula. D. C.; M. foetida* Cass.;
M. vulgaris. Bl. Fingh.; Chamaemelum Cotula. All.)
Macella fétida, ou fedegosa.
Hab. nos arredores de Coimbra, Lisboa, e em outros pontos
do paiz.
Flor. no estio.
P. u. os capítulos 2.
Emp. como febrifuga, carminativa, antihysterica e antispas-
modica. Pouco usada.
Anthemis fuscata. Brot.
(A. praecox. Lk.; Perideraea fuscata. Wbb.; Maruta fuscata.
D. C.; Chamomilla fuscata. Gr. et Godr.)
Macella fusca, Margaça do inverno.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, e em differentes
pontos da Beira e Extremadura.
Flor. de dezembro até maio.
P. u. os capitulos.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usada.
Anacyclus aubeus. Brot.
(Anthemis odora. Hffgg. et Lk.)
Macella gallega, Macellão, Falsa camomilla.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e em muitos pontos do paiz.
Flor. de maio a julho.
P. u. os capitulos, vulgarmente cabeças de macella.
Emp. como estimulante, tónica e estomachica 3.
1 Pode substituir-se-lhe:
1. ° 0 Anacyclus aureus. L. non. Brot. (Anthemis aurea. D. C.) indigena
dos Açores.
2. ° Camomilla dobrada ou Camomilla dos Francezes (Anthemis nobilis. L.
Achillea ageratum. L.
(A. viscosa. Lamk.)
Macella do S. João, Agerato, Eupatorio de Mesué, Herva de
S. João.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, e em quasi todo o
reino. \ **
Flor. de maio a julho. • ^
P. u. as folhas. ul: ; :
Emp. como vermífuga e esternutatoria. Pouco usada.
Diotis marítima. Coss.
(D. candidissima. Desf.; Santolina tomentosa. Lamk.; S. ma¬
rítima. Sm.; Athanasia marítima. L ; Otanthus maritiumus. Hffgg.
et Lk.)
Santolina ou cordeirinhos das praias.
Hab. proximo á Figueira da Foz, Buarcos, Aveiro, Vianna do
Castello, e em muitos outros pontos da nossa costa maritiraa.
Flor. em agosto e setembro.
P. u. toda a planta.
Emp. O dr. Brotero communicou ácerca dos effeitos médicos
desta planta ao dr. J. J. de Figueiredo o seguinte: aOs caules,
folhas, e flores desta planta, sendo pisados mostram ser aromá¬
ticos e amargos; e sua infusão é usada em Lisboa, e no Levante,
com feliz successo, para fazer expellir as arêas dos rins e be¬
xiga, e mitigar as dores que delias procedem.» Pouco usada.
Santolina chamaecyparissus. L.1
(Abrotanum femina vulgare. Clus.)
Abrotano femea, Guarda-roupa. -
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e cultiva-se muito nos
quintaes.
Flor. em junho e julho.
P. u. as summidades floridas.
Emp. como estomachico, antispasmodico, e segundo Texidor
y Cos é um anthelmintico efficaz. Pouco usado.
Tanacetum vulgare. L.
Tanaceto, Athanasia das boticas.
Hab. na serra do Mar&o, juncto das povoações em Traz-os-
Montes.
Flor. de julho a setembro.
P. u. as folhas, summidades floridas e sementes.
Emp. como anthelmintico, tonico e excitante.
Helichrysun stoechas. D. C. 1
(Gnaphalium Stoechas. L.; G. citrinum. Lamk.)
Perpetuas das arêas.
Hab. nos areaes do Tejo e da Figueira da Foz; nas colinas
aridas e saibrosas próximas a Coimbra, e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. em junho e julho.
P. u. os capítulos.
Emp. como peitoraes e febrífugas. Pouco usada.
Arnica montana. L.2
Arnica.
Hab. em Antanhol e Zombaria, nas proximidades de Coimbra;
assim como nas vizinhanças de Guimarães, S. Martinho do Porto,
e era outros pontos da Extremadura, Beira e Minho.
Flor. de junho a agosto.
P. u. os rhizomas e capítulos 3.
Emp. internamente como tónica em pequena dóse e alguns lhe
Calendula officinalis.
Maravilhas.
Hab. na parte oriental da Europa e entre nós é uma das plantas
que rnais se cultiva nos jardins.
Flor. na primavera e estio.
P. u. as folhas e flores.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usada.
Centaureà calcitrapa. L.
(Calcitrapa stellata. Lamk.)
Calcitrapa, Cardo estrellado.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outras partes.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como tónica, e Texidor y Cos diz que alguns auctores
modernos a têm considerado como um dos melhores febrífugos
indigenas. Pouco usado 4.
Cnicus benedictus. L. et Gártn.
(Centaurea benedicta. L.; Carduus benedictus. Camer).
Cardo sancto.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, nos montes d’Arregaça.
(Brot.)
Flor. em junho e julho.
P. u. a planta florida.
Emp. como tónica adstringente, e febrífuga; alguns médicos
lhe attribuem effeitos vermífugos 2.
Cartiiamus tinctorius. L.
Açafroa.
Planta originaria da índia oriental, Egypto, Mauritania e Ma¬
deira.
siderou esta planta como o melhor antídoto dos venenos e como bom meio
prophylactico das epidemias.» (Texidor y Cos — Flor. pharm.).
78
1 «Falta esta especie em muitos livros de Mat. Med.: não deve faltar na
Portugueza pela sua virtude contra os cancros, confirmada por muitas e
graves auctoridades, resistindo-lhe com tudo os das mammas» (dr. J. J. de
Figueiredo — Flor. pliarm.)
2 Variedade. p. sativa Moris (C. Scolymus. L.); Alcachofra hortense.
79
Flor. no estio.
P. u. a raiz e folhas.
Erap. como depurativo e refrescante.
Tragopogon pratensis. L.
Barba de bode dos prados.
Hab. nos arredores de Bragança, e em outros pontos de Trás-
os-Montes.
Flor. em junho e julho.
P. u. a raiz.
Emp. como emolliente e aperitiva. Pouco usada.
Tkagopogon porrifolics. L.
Barba de bode hortense, Salsifi dos Francezes.
Planta originaria de quasi toda a Europa, entre nós cultiva-se
nas hortas.
Flor. na primavera e estio.
P. u. a raiz.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usada.
ScORZONERA HISPANICA. L. 1
Escorcioneira ordinaria, ou maior.
Hab. nas proximidades de Miranda do Douro, e em outros
pontos de Trás-os-Montes; assim como na parte septemtrional da
Beira.
Flor. em maio e junho.
P. u. a raiz.
Emp. como emolliente, peitoral, sudorifica, tónica e depurativa.
Pouco usada.
SONCHUS OLERACEUS 2.
Serralha.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, e em quasi todo o paiz.
Flor. na primavera e verão.
P. u. a planta.
Wallr.
/
81
1 «Esta planta tem sido usada como litkontriptica com grande vantagem
pelo nosso, hoje defuncto, e nunca assaz chorado mestre, o dr. Caetano José
Pinto, e é actualmente pelo outro nosso mestre, e lente jubilado, o sr. Bento
Joaquim de Lemos, eminente practico em Coimbra» (dr. J. J. de Figueiredo
—Flor. Pharm.).
2 Vulgarmente chamada Alface espigada. Rejeitam-se as folhas externas.
3 «Não se lhe substitua, sem indicação especial, a Alface brava menor, La¬
ctuca Scariola. L. (L. sylvestris. Lamk.)»—{Pharmacopêa portugueza, 1876).
O sueco concreto obtido, por incisões transversaes, na epocha da flores¬
cência no caule das Alfaces hortense e virosa, recebe o nome de Laciuario,
preparado obtido por Aubergier, pharmaceutico em Clermont (França). O
Lactuario tem propriedades analogas ás do opio sem ter os inconvenientes
d’este ultimo medicamento.
Depois dos trabalhos de Aubergier, presididos por Chevallier e appro-
vados pela Academia, é da Lactuca altíssima, Bieb. que se extrahe o melhor
lactuario: esta especie de alface é indígena do Caucaso, mas encoutra-se
já cultivada e introduzida noutros paizes.
Do caule das Alfaces, mas com especialidade do da especie hortense,
obtem-se um outro preparado conhecido debaixo do nome de Thridacio.
Alguns pharmaceuticos preparam a Agua de Alface com a Alface hortense
quando a nossa Pharmacopêa recommenda para este fim a especie virosa.
9
82
Campanulinae.
Lobeliaceae. Juss.
Lobelia urens. L.
(Rapunculus galeatus. Moris).
Lobelia urente, queima lingua.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em outros pontos do paiz.
Flor. em maio e junho.
P. u. a raiz.
Emp. como antisyphilitica e vulneraria 4. Pouco usada.
Campanulaceae. Juss.
Campanula rapunculus. L. 2
(C. elatior. Hffgg. et Lk.)
Rapuncio ou Raponcio.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em outros pontos do paiz.
Flor. em maio e junho.
P. u. a raiz.
Emp. como adstringente e vulneraria. Pouco usado.
Caprifoliaceae.
Lonicereae. Juss.
Lonicera periclymenum. L.
Madresylva das boticas.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e quasi em todo o reino.
Flor. em junho e julho.
P. u. toda a planta.
*
84
P. u. as folhas e fructos.
Emp. a infusão como febrífugo l. Pouco usado.
Sambucus ebulus. L.
Engos.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Torres Vedras, Cintra, serra
da Estrella e em outros sitios na Beira e Extremadura.
Flor. em junho e julho.
P. u. toda a planta.
Emp. como purgativa, diurética e resolutiva 2. Pouco usado.
Sambucus nigra. L. 3
Sabugueiro ordinário.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz, umas
vezes espontâneo, outras cultivado.
Flor. na primavera.
P. u. as cymeiras 4 e bagas.
Emp. as cymeiras como emollientes, resolutivas e diaphoreticas,
é um dos sudoríficos mais populares entre nós; as bagas como
diaphoreticas e aperitivas 5.
Contortae.
Oleaceae. Lindl.
Olea europaea. L. 6
Oliveira.
Syringa vulgaris. L.
Lilaz.
Planta originaria do Oriente e muito cultivada no nosso paiz
nos jardins e hortas.
Flor. de fevereiro a abril.
P. u. as folhas, casca e fructos.
Emp. as folhas e casca como tónicas, os fructos como febrífugos4.
Pouco usado.
Apocynaceae. Lindl.
Asclepiadeae. Jacq.
sueco, que, inspissado pela cocção, se torna uma substancia mais pesada
e mais negra que a Escamonea do Convolvulus scamonea. L., mas d’uma
virtude purgante mais debil; e por isso talvez mais digna do uso therapeu-
tico (dr. J. J. de Figueiredo—Flor. phárm.)
3 Antigamente era considerada esta planta como antídoto dos venenos
Gentiana lute a. L.
Genciana maior, ou das boticas, Argençana dos pastores.
Hab. no Cantaro gordo, Cantaro delgado e Cimadouro dos
cães, na Serra da Estrella (Hffgg. et Lk.)
Flor. em junho e julho.
P. u. a raiz.
Emp. como tónica, estomachica, anthelmintica e febrífuga.
Erythraea centaurium. Pers. 2
(Gentiana Centaurium. L.; Chironia Centaurium. D. C.)
Fel da terra, Centaurea menor.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em muitos outros
pontos do paiz.
Flor. de junho a agosto.
P. u. o caule e as summidades floridas.
Emp. com tonico e febrífugo; também se póde empregar como
vermifuga e estomachica 3.
Nuculiferae.
Labiatae. Juss.
Lavandula stoechas. L.
(Stoechas purpurea. Tourn., St. officinarum. Mill.)
Rosmaninho.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
P. u. as summidades floridas 2.
Emp. como antispasmodicas e bechicas 3. Pouco usado.
Lavandula pedunculata. Cav. 4
(Stoechas longioribus ligulis. Clus.)
Rosmaninho pedunculado.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. as summidades floridas.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usado*
Lavandula latifolia. Vill. . <
(L. Spica. p. L., L. vulgaris. p. Lamk., L. Spica. D. C.)
Alfazema ordinaria.
Planta originaria da região mediterrânea e muito cultivada em
Portugal nas hortas e quintaes.
Flor. no estio.
P. u. as flores 1 e folhas. .
Emp. como excitantes, mas também se lhe tem attribuido vir-
tudes tónicas e estomachicas.
Lavandula vera. D. C. *
(L. Spica. a. L., L. Spica. Gr. Godr., L. vulgaris. «. Lamk.,
L. officinalis. Chaix., L. pyrenaica. D. C.)
Alfazema.
Tudo o que diz respeito á especie antecedente.
Mentha sativa. L. p. gentilis. Rchb.
(M. gentilis. L., M. rubra. Huds., M. sativa. Coss.)
Vergamota.
Hab. como planta subspontanea, perto das hortas, quintaes e
jardins, onde é muito cultivada.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. esta planta tem cheiro fragrante e agradavel: as folhas são
balsamicas, fragrantes, e têm sabor cálido e aromatico. Pouco usada.
Mentha aquatica. L.3
(M. sativa. Sm. non L.)
Hortelã d’agua.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Buarcos e em muitos outroa
pontos do paiz.
Flor. no estio.
1 Depois de ripadas.
2 Variedade, p. pyrenaica. Benth.
3 Variedades: a. nemorosa. Fr., p. hirsuta. W., 7. crispa. Benth., sub
spicata. Benth., e. glabrata. Benth.
*
92
P. u. a planta florida.
Emp. como estomachica e vermifuga. Pouco usada.
Mentha piperita. L.
(M. silvestris. L. var. piperita. Rchb., M. glabrata. Vahl.)
Hortelã pimenta.
Planta originaria da Europa central, e no paiz cultiva-se nas
hortas e quintaes.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como aromatica, carminativa, estomachica e estimu¬
lante.
Mentha vntrois. L. . i: . r"
(M. silvestris var. glabra. Rchb.)
Hortelã das cozinhas.
Planta indígena da Europa, e entre nós muito cultivada nas
hortas.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como aromatica, carminativa, estimulante, tónica e ver¬
mífuga.
Mentha rotundifolía. L.
Mentrasto ou Menthastro.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. muito se tem ponderado sobre os effeitos d’esta planta
como anti-cholerica, applicada em cataplasmas sobre o epigastrio
ou usada internamente debaixo da forma de essencia em vehiculo
appropriado. Nas vizinhanças de Lisboa o povo emprega o Eleoleo
do mentrasto contra as queimaduras, golpes, etc.
Mentha rotundifolía. L. var. glabra. Brot.
Hortelã hortense.
Cultiva-se nas hortas.
Flor. no estio.
•iiiu •'! • • »■ um .'•! L ;
P. u. a planta florida.
Emp. o mesmo que o da Mentha viridis. L. ..
93
Serpão ou Serpol.
Hab. nos sitios abrigados pelo norte do reino (padre Christovam
dos Reis). Monte-Junto. (Hffgg. et Lk.)
Flor. na primavera.
P. u. as summidades floridas.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente {.
Satureja hortensis. L.
Segurelha.
Hab. a Europa mediterrânea e? no nosso paiz, cultiva-se fre¬
quentemente nas hortas.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como aromatica e carminativa 2. Pouco usada.
Hyssopus officinalis. L. i
Hyssopo.
Planta indígena da Europa meridional e muito cultiva no paiz.
Flor. no estio e princípios do outomno.
P. u. as summidades floridas.
Emp. como estimulante e espectorante.
Melissa officinalis. L.
(M. altíssima. Sibth.; M. hirsuta. Hornem., Balb.; M. officinalis.
p. villosa. Bss.)
Herva cidreira. Melissa.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em outros pontos do paiz.
Flor. na primavera e principios do estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como antispasmodica 3.
Glechoma hederacea. L.
(Nepeta glechoma. Bth.)
Hera terrestre.
Hab. nas vizinhanças de Bragança, Manteigas e alguns pontos
da Beira, Extremadura, etc.
Flor. na primavera.
P. u. toda a planta.
Emp. como bechica, expectorante e tónica.
Lamium maculatum. L.
(L. stoloniferum. Lap.; L. grandiflorum. Pourr.; L. album (3.
Poli.)
Urtiga morta.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. de março a outubro.
P. u. as summidades floridas.
Emp. como adstringente contra a leucorrhéa e hemorrhagias f.
Pouco usado.
Marrubium vulgare. L. *
Marroio branco.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. no estio.
P. u. as folhas 3.
Emp. como tonico, estimulante e emmenagogo.
Ballota nigra. L.
(Marrubium nigrum. Crtz.)
Marroio negro.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Evora e em outros pontos
da Beira e Alemtejo.
Flor. no estio.
P. u. as folhas.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente 4. Pouco usado.
Phlomis lychnitis. L.
Orelha de lebre.
Hab. nas vizinhanças de Lisboa e em outros pontos do paiz.
Flor. no estio.
P. u. as folhas.
Emp. como adstringentes. Pouco usada.
Teucrium scorodonia. L.
(T. silvestre. Lamk.)
Salva dos bosques, Falso escordio.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como tónica, antisyphlitica, diurética e antiscorbutica.
Pouco usada.
Teucrium SCORDIUm. Brot.
(T. lanuginosum. Hoffm et Lk.)
Escordio.
Hab. entre Coimbra e Buareos, na Costa da Trafaria e em
outros sitios.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como tónica e antiseptica. Pouco usada.
Teucrium polium. L.2
(T. Pseudo Hyssopus. Schreb.; Polium montanum album. Barr.)
Polio montano.
Verbenaceae. Juss.
Verbena offiCínalis. L. 3
(Jrgebão, Gervão, Verbena das boticas.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em outros pontos do paiz.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida 4.
Emp. internamente como estimulante e tonico; externamente
usa-se na medicina popular, sob a forma de cataplasma, nas
obstrucçoes do figado 5.
Vitex. Agnus-castus. L. 4
Agno-Casto, Arvore da castidade, Pimenteiro sylvestre.
Hab. em alguns pontos da nossa província de Trás-os-Montes,
em sitios paludosos. Cultiva-se muito nas hortas, quintas e jardins.
Flor. na primavera.
P. u. os fructos 2.
Emp. internamente como poderoso aphrodisiaco, externamente
contra a cólica 3. Pouco usado.
Asperifoliae. Linn.
Echium pustulatum. Sibth.
(E. tuberculatum. Hffgg. et Lk.; E. vulgare Brot. non Lin.;
E. vulgare var. grandiflorum. Bertol.)
Viperina.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em muitos outros
pontos do paiz.
Flor. na primavera e estio.
P. u. as flores e folhas.
Emp. como emolliente e diurético. Noutro tempo empregou-se
muito contra a mordedura das viboras. Pouco usado.
PULMONARIA LONGIFOLIA. Bast. 4
(P. angustifolia. Hffgg. et Lk. non Lin.)
Pulmonaria.
cólicas.
4 A pulmonaria que habita o nosso paiz é designada em todos os livros
que tractam da nossa Flora, com o nome de P. angustifolia. L., ultimamente
porém o dr. Kerner, na obra que publicou em 1878, intitulada Monographia
Fulmonariarum, pag. 13 descreve-a como sendo a Pulmonaria logifolia.
Bast., especie muito distincta da P. angustifolia. L.
101
Buglossa ondeada.
Tudo o que diz respeito á especie antecedente.
SyMPHYTUM OFFICINALE. L.
Consolda maior.
Hab. na nossa província de Entre Douro e Minho. (Padre Chris-
tovam dos Reis).
Flor. de abril a junho.
P. u. a raiz e folhas.
Emp. como emolliente, e pode usar-se nas hemorrhagias em
consequência dJuma pequena quantidade de tanino que contém.
Pouco usada.
BORRAGO OFFICINALIS. L.
Borragem.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. nos fins do inverno e na primavera.
P. u. as folhas e flores.
Emp. como sudorífica.
CrNOGLOSSUM CLANDEST1NUM. Desf.
(C. officinale. Brot. non. L.)
Cynoglossa, ou lingua de cão.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. parte cortical da raiz.
Emp. como narcótica. A casca sêcca da raiz entra na com¬
posição das pilulas de cynoglossa 4.
Cynoglossum pictum. Ait.
(C. appeninum. Cou. non L.; C. amplexicaule. Lamk.; C. offi¬
cinale. Desf. non L.; C. officinale. Cav.; C. creticum. u Clus.)
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
da Beira, Extremadura e Algarve.
Flor. na primavera.
P. u. a raiz.
Emp. o mesmo que o cia especie antecedente.
Tubifiorae.
Convolvulaceae. Vent.
/■ •
Solanaceae. Bartl.
Nicotiana tabacum. L.
Herva sancta, Nicociana, Tabaco.
Planta originaria da America meridional, muito cultivada no
paiz, e encontrando-se bastantes vezes como sub-espontanea.
Flor. no estio.
P. u. as folhas.
Emp. como narcótica. Em quantidade elevada esta planta é
um veneno nacotico-acre; e o seu alcaloide — a nicotina — é um
veneno tão violento que, ainda em muito pequena dóse, póde matar
em pouco tempo. Tem sido aconselhada nas nevroses como asthma,
coqueluche, epilepsia, etc., mas hoje o seu emprego é muito
limitado, e quasi que não se usa senão em clysteres, com a ma*
xima cautella, nas hérnias estranguladas.
Datura stramonium. L. 1
Estramonio, Figueira do inferno.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, nos campos de Vallada e
em outros pontos do paiz.
Flor. no estio.
P. u. toda a planta 2 e as sementes.
Emp. os effeitos d’esta planta são muito analogos aos de Bel-
ladona. Applicado em dóse elevada é um veneno forte e em pe¬
quena dóse é narcótica. Tem-se usado internamente nas nevroses,
mas actualmente o seu uso está limitado á asthma debaixo da
fórma de cigarros, que o doente fuma durante o ataque.
Hyoscyamus niger. L.
Meimendro negro.
Hab. nas nossas províncias septemtrionaes, ao sul do paiz é
raro.
Flor. no estio.
gueza) 1876).
105
Batateira.
Planta originaria do Chili e Peru e veio pela primeira vez para
a Europa no século xvi. Hoje é uma planta bem conhecida de
todos nós pelo seu uso alimentar.
Flor. no verão.
P. u. os tubérculos i.
Emp. a fécula ou amido extrahidos dos tubérculos das batatas
emprega-se como emolliente e analeptica 2.
SOLANUM DULCAMARA. L. 3
Dulcamara, Doceamarga, Uva de Cão.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em outros pontos das nossas
províncias do Douro, Minho, Beira e Extremadura.
Flor. na primavera e estio.
P. u. os caules desfolhados 4.
Emp. como excitante, diaphoretica e depurantiva. Usa-se muito
no tractamento das moléstias cutanias e na syphilis constitucional.
Em alta dose é narcotico-acre. *
SOLANUM NIGRUM. L. •
Herva moira.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. no estio.
P. u. a planta florida.
Emp. como calmante, emolliente, e o decocto d'esta planta
usa-se frequentemente para lavar regiões do corpo inflammadas
e mesmo ulceradas e doridas.
Atropa belladona. L.
Belladona.
Planta da Europa, é muito cultivada entre nós para os usos
pharmaceuticos.
Flor. no estio.
P. u. toda a planta, mas sobre tudo as folhas e a raiz.
Emp. como anodyna nas nevralgias; afrouxa a contracção mus¬
cular, e em virtude d’esta propriedade usa-se frequentemente em
todos os casos d’esta ordem, como rigidez do collo do utero, es¬
pasmo do collo da bexiga, anginas, etc. Hoje esta planta é fre¬
quentemente usada como hyposthenisante nas pneumonias e alguns
a julgam mais efficaz do que o tartaro emetico; esta planta deve
a sua acção á atropina, alcali eminentemente energico e que só
pode ser empregado internamente em pequeníssima dóse.
Personatae.
Scrophularineae. Endl.
Verbascum thapsus. L. 1
(V. Schraderi. Mey.; V. alatum. Lam.; V. neglectum. Guss.)
Verbasco ordinário.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em outros pontos ao norte
do paiz.
Flor. na primavera e estio.
P. u. as folhas e summidades floridas.
Emp. como emolliente e peitoral nas affecçóes pulmonares 2.
S CROPHUL ARI A AQUATICA. L. 3
(S. auriculata. L. 2. minor. Lge.)
Herva das escaldadellas.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
das nossas províncias da Beira e Extremadura.
Flor. no estio.
P. u. as folhas.
Acanthaceae. R. Br.
Acanthus mollis. L.
Acantho, Branca ursina dos italianos, Herva gigante.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
do paiz.
Flor. na primavera.
P. u. as folhas.
Emp. como emolliente. Pouco usado.
Petalanthae.
Primulaceae. Vent.
Bicornes.
Ericaceae. Lindley.
Dialypetalae.
Dlscantliae.
Umbelliferae. Juss.
SANICULA 1 EUROPAEA. L.
Sanicula vulgar.
Hab. nas serras do Gerez, Bussaco, da Estrella, da Louzã;
nos montes de Castello-Viegas, proximo a Coimbra e em outros
pontos ao norte do paiz.
Flor. em junho.
P. u. toda a planta.
Emp. como detersiva e ligeiramente adstringente. Faz parte
das especies vulnerarias.
Eryngium campestre. L.
Cardo corredor ordinário.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em differentes
pontos das nossas províncias da Beira e Extremadura.
Flor. em maio e junho.
P. u. a raiz.
Emp. como diurético e tonico. Também se tem empregado coma
aphrodisiaco. Pouco usado.
Eryngium maritimum. L.
Cardo corredor marítimo.
Hab. na Figueira da Foz, Buarcos e em muitos outros pontos
da nossa costa.
Flor. de maio a julho.
P. u. a raiz.
i Esta planta era uma das que os antigos mais consideravam pelos seu»
effeitos trapeuticos; e por isso Tournefourt lhe poz o nome generico de Sa¬
nicula que é derivado de sano curar; allusão ás suas propriedades inedi-
cmaes.
113
Ammi majus. L.
Ammio maior ou vulgar.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
das nossas províncias da Extremadura e Beira.
Flor. no estio.
P. u. os mericarpos ou akenios.
Emp. como estomachicos e carminativos. Pouco usado 4.
PlMPINELLA ANISUM. L.
Herva doce.
Planta originaria do Oriente e muito cultivada ao sul do
paiz.
Flor. no estio.
P. u. os mericarpos ou akenios.
Emp. como estimulante e carminativo.
Oenanthe phellandrium. Lam.
(Phellandrium aquaticum. L.)
Funcho d’agua, Cicutaria dos paúes.
Hab. na margem esquerda do Tejo e nas nossas províncias do
Douro e Minho (Brot.)
Flor. em julho e agosto.
P. u. os mericarpos ou akenios.
Emp. como narcóticos e diuréticos. A infusão e o xarope das
sementes d’esta planta usa-se muito nas affecções broncho-pulmo-
nares.
Oenanthe apifolia. Brot. *
(O. crocata. L.)
Embude.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, Setúbal, Cintra e
em outros pontos das nossas províncias da Beira e Extremadura.
Flor. de março a junho.
P. u. a raiz.
Emp. como diurético e litontriptico. Pouco usado.
Oenanthe fistulosa. L.
Hab. nas vizinhanças de Lisboa, Coimbra, Aveiro e em outros
pontos do paiz.
Flor. em junho e julho.
P. u. a raiz.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente.
Foeniculum officinale. All.
(F. vulgare. Gaertn., Anethum Foeniculum. L.)
Funcho ordinário. > *
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo 0 reino.
Flor. no estio.
P. u. a raiz, os mericarpos ou akenios, e as folhas.
Emp. a raiz é uma das cinco raizes aperientes; os akenios são
estimulantes, carminativos e usados em todos os casos de flatu¬
lência; e as folhas são empregadas como condimento 4.
Seseli tortuosum. L.
(Athamanta Turbith. Brot., A. ramosissima. Hffg. et Lk.)
Cominhos de Candia ou de Marselha.
Hab. nas vizinhanças de Cintra (Brot.)
Flor. em junho e julho. M
P. u. os mericarpos ou akenios.
Emp. como carminativo. Pouco usado 2.
Angélica silvestris. L. 3 M
Angélica silvestre.
Hab. nas vizinhanças de Cintra e em outros pontos da Extre-
• '2 l ' (
madura.
Flor. em julho e agosto.
L., S. pusillum. Brot.) Seseli pequeno. Planta que habita nas vizinhanças
de Coimbra, Lisboa e em outros pontos das nossas provincias da Beira e
Extremadura.
3 Variedades: p. villosa (A. villosa. Lag.); 7. elatior. Wahlenb. (A. moa-
tana. Gaud.) o
116
P. u. a raiz.
Emp. como estimulante, antispasmodica e carminativa. Pouco
usada1. ,,j
Peucedanum officinale. L. 2.
Brinça, Funcho de porco.
Hab. proximo á Regoa e em outros pontos das nossas pro¬
víncias do Douro, Minho e Trás-os-Montes.
Flor. em junho e julho. // , . j
P. u. os mericarpos ou akenios e a raiz.
Emp, como carminativa. Pouco usada.
Peucedanum lancifolium. Leg. ., , .. ...
(Siler lancifolium. HfFg. et Lk. (non Moench.) Selinum peuce-
danoides. Brot. phyt. Lusit. (non Desf.) Laserpitium peuceda-
noides. Brot. fl. lusit. (non L.)
Pyretro da Beira, Bruco do Alemtejo.
Hab. na serra da Louzã e em outros pontos da Beira; assim
como em differentes sitios das nossas províncias da Extremadura
e Alemtejo.
Flor. no estio e outomno.
P. u. a raiz e folhas. , ,,»• j
Emp. a raiz como revulsiva debaixo da forma de emplasto,
as folhas como diuréticas. O povo usa do pó do Pyretro para
sustar as hemorrhagias abundantes consecutivas á applicação das
sanguesugas 3. Pouco usado.
Anethum graveolens. L.
Endro ordinário ou maior.
Flor. no estio. • rí * h i f
tní, • or»rv>
P. u. a raiz.
tmm 'Ui /> lithj Ui. 1 . I í fn ) íí‘)h Oif tllM
/ , . ■ r. * • , r . ’ ., '
I ...
■ i ;'
• , •' •I *i r . ! . ' . • . > , t \ • r
r >!,*■•
1 Póde substituir-se-lhe o Endro Menor—Ridolfia segetum Moris (Ane-
thum segetum. L.), planta que habita em diversos pontos da Extremadura
especialmente, segundo Brotero, nos campos de Vallada.
2 Variedades: a. edulis. D.C. (P. sativa. Mill.); p. silvestris. D.C. (P. sil-
vestris. Mill.)
3 Variedade hispanicum (C. hispanicum. Mer.)
4 Em Allemanha deitam as sementes dos Cominhos no pão e na Hollanda
no queijo.
5 Variedades: «. dissecta. Boiss.; p. latifolia. Boiss.
118
CORIANDRUM SATIVUM. L.
Coentro.
Planta originaria da Europa austro-oriental e da Asia tempe¬
rada. Entre nós é muito cultivada nas hortas.
Flor. na primavera e estio.
P. u. os mericarpos ou akenios.
Emp. como estimulante e carminativo.
# • '•/ • • *> * • 4
Araliaceae. Jtiss.
Hedera helix. L.
Hera ordinaria.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
j .. S\ , ■<
do paiz.
Flor. no outomno.
P. u. as folhas verdes.
Emp. para collocar sobre os fonticulos, e também se tem usado
como antipsorica e sudorífica â.
; í •: <■ i *. ) , ■, ' S f * ‘1 * ■■■ i: '■ •;! >17 < fS; *
Ampelideae. Kunth.
VlTIS VINIFERA. L.
Videira.
Planta originaria da Asia austral e, com pequenas excepções,
cultiva-se em todo o paiz um grande numero de variedades.
Flor. na primavera.
P. u. as bagas a.
Emp. Poucas plantas fornecem á pharmaoia um tão grânde
numero de medicamentos como a videira. Empregam-se as bagas
seccas (passas de uva) em decoctos peitoraes; das uvas fabrica-se
o vinho; d’este o álcool, o vinagre, o cremor de tartaro, etc.
. 1 . irr/rr/g v :!<r,u;to 1
Corneae. D.C. .« )
\yv)t iá J ah o ÍííJ H'i'J *■ . ’ i*. j«>'( Hwí *.;> li|fíl‘Ul 'fO 1J i
•w i AJJ.ÍG íU
Corniculatae. .nh . .íiifrio íyi •! í
•q "Oiji(o ’ olurin mo o imbuioU /h r\ ^ 1:íl .dj;li
Crassulaceae. D.C. i.»í»
.oíifícotuo oíi .*ioid
Umbillicus pendulinus. D.C. . v >; íldl ' •!
(Cotyledon umbillicus. Li)
Conchelos, Sombreirinhos dos telhados, Oreli de monge.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. em abril e maio. 7\ ■
P. u. as folhas recentes.
Emp. como emollientes e refrigerantes. O sueco e o extracto
d esta planta têm sido preconisados por alguns médicos inglezes
contra a epilepsia 2.
Sedum telepiiium. L.
Telophio, Favaria vulgar, Herva dos callos.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e Lisboa. -
Flor. em junho e julho.
P. u. as folhas recentes. »i
Emp. como adstringente. Pouco usado.
_•*> ■' -1 *’í«. f i»: • '»]) -lOm'»'! » »• :‘*p .1117 »» iOíV 1|.í «» o)
.1 j> * •. ? • IiV (>
de populeâo.
Hetet achou no Umbillicus pendulinus. D.C. a propylamina.
121
Sedum acre. L.
Vermicularia, Uva de cão menor.
Hab. nas proximidades do Porto e em outros pontos das nossas
províncias do Minho e Trás-os-Montes.
Flor. em junho e julho.
P. u. as folhas recentes e o sueco.
Emp. as folhas em cataplasmas para resolver tumores do peito;
e o sueco como vesicante, emetico e purgativo. Também tem sido
aconselhada como febrífuga, diurética e antiscorbutica. Pouco
usada.
Sempervivum arboreum. L.
Saião.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
do paiz.
Flor. em novembro e dezembro.
P. u. as folhas e o sueco.
Emp. as folhas como adstringentes e o sueco tem sido indicado
como efficaz nas febres biliosas, na dyssenteria, angina e chorea 4.
.ovijrif/ o«i AM
Saxifragaceae. D.C.
. JÍlHcl V '« fl.
Saxifraga granulata. L.
(S. cernua. Lap.)
Saxifragia granulada ou branca.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em diversos pontos das
nossas províncias da Extremadura, Beira, Douro, Minho e Trás-
os-Montes.
Flor. na primavera.
P. u. a raiz. r. .
Emp. como litontriptica. Pouco usada.
I .«.! i
122
Ribesiaceae. EncU.
: ' * ‘ > l‘>í,|í! jI ;i fri • .rr;;l *
Ribes rubrum. L.
Groselhas vermelhas.
Hab. em diversos paizes da Europa e, entre nós, cultiva-se nas
hortas e jardins.
Flor. em maio.
P. u. os fructos recentes.
Emp. para preparar um xarope, que se usa como temperante
e laxante. . ■
Polyoarpicae.
.siT;q oh
Ranunculaceae. Juss.
• i it ;t - . /!
124
Nigella arvensis. L.
Alipivre dos campos.
Hab. em Trás-os-Montes.
Flor. no estio.
P. u. as sementes.
Emp. como carminativas, sialagogas e emenagogas. Pouco
usado.
Nigella damascena. L. 1 1
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em muitos outros
pontos das nossas províncias da Extremadura e Beira.
Flor. na primavera.
P. u. as sementes.
Emp. tudo o que diz respeito á especie antecedente. Pouco
usado a.
Aquilegia vulgaris. L. 3
Herva pombinha ou Luvas de Nossa Senhora.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, proximo a Eiras, Buarcos,
nas serras da Louzã e da Estrella, Porto e em muitos outros
pontos das nossas províncias septentrionaes.
Flor. na primavera e estio.
P. u. as sementes. ,
Emp. Segundo Texidor y Cos esta planta favorece a sahida
das pustulas variolosas e augmentam a secreção do leite. Pouco
usada 4.
A infusão das folhas do Helleborus foetidus. L., dizem ser um bom re¬
médio, em clysteres, contra as ascarides lombricoides. Em veterinária em¬
prega-se o Helleboro para entreter os sedenhos. ?
1 Variedade p. minor. Bss.
dá uma côr azul elegante, a qual se torna rubra pelos ácidos, e verde pelos
alcalis: póde formar-se com ella um xarope superior ao das violas, como
reagente, para mostrar a presença dos ácidos e dos alcalis. (Dr. J. J. de
Figueiredo — Flora Pharm
126
Delphinium consolida. L.
Consolda real, Esporas.
Hab. nas nossas provindas do Alemtejo e Algarve.
Flor. no estio.
P. u. as flores e sementes.
Emp. as flores como diuréticas, emenagogas e vermífugas. As
sementes obram como emeticas e purgativas. Pouco usada.
Delphinium staphysagria. L.
Parrapaz ou Herva piolheira. ' i
Hab. na serra da Arrabida, proximo ao convento, e Brotero,
diz encontrar-se espontânea nos arredores de Coimbra.
P. u. as sementes.
Emp. como emeticas, drasticas e purgativas. É preciso ter a
maxima cautela na sua applicação porque irritam a mucosa gas-
tro-intestinal, e determinam a afonia, convulsões e a morte 4.
Paeonia broteri. Bss. et Reut. 2
(P. officinalis. Brot. non L. nec. Retz.)
Rosa albardeira.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Mafra e em outros pontos
da Extremadura e Beira.
Flor. de abril a junho.
P. u. as pétalas e raizes.
Emp. as pétalas como emenagogas e antispasmodicas e são
também aconselhadas contra a epilepsia e hysterismo. As raizes
constituem a base do xarope de Paeonia. Pouco usada.
v
127
Rhoeades.
Papaveraceae. Juss.
oh *-'I!f *! i : •! OÍttO * > . >i t•• Q 00U
Chelidonium MAJUS. L.
Celidonia maior, Herva andorinha legitima.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Porto e em differentes
pontos da Beira e Douro.
Flor. de fevereiro a junho.
P. u. a planta florida e a raiz.
Emp. como emetica, drastica, diurética e espectorante. Con-
stitue a base do decoctum ad ictéricos da Pharmacopêa de Edim¬
burgo. 0 seu sueco de cor amarella, que é acre e mesmo cáus¬
tico, usa-se para a destruição das impigens, verrugas e callos dos
pés. As fricções com a planta verde foram aconselhadas contra as
moléstias de pelle; também se póde usar do sueco misturado com
glycerina. A infusão da raiz d esta planta em vinagre quente
dizem ser um bom remedio para acalmar as dores de dentes.
Papa ver rhoeas. L. 4
Papoila ordinaria ou Papoila vermelha.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, Porto e em todo o
paiz.
Flor. na primavera e principio do verão.
P. u. as pétalas.
Emp. como peitoral, sudorífica e narcótica 2.
Papaver somniferum. L. 3 ;;
Dormideira.
1 O dr. Brotero na sua Flora lusit. diz o seguinte: «Habita quasi espon¬
tânea nos montes vizinhos do grande aqueducto das Aguas livres de Lisboa,
nos sitios arenosos, nos arredores de Setúbal, e noutras partes juncto das
povoações.»
2 As capsulas devem ser colhidas em plena maturação e antes de come¬
çarem a amarellecer: a colheita das folhas deverá ser feita no começo da
floração.
3 As sementes não gozam das propriedades narcóticas das capsulas, pelo
que são desprezadas nas preparações pharmaceuticas; mas dão pela ex¬
pressão um oleo graxo que dizem ser comestível.
4 Variedades: P. scandens. Hamm.; 7. minor. Hamm.; <L floribunda. Hamm.
5 Variedades: ÉJ. albiflora. Hamm. (F. pallidiflora. Jord.); 7. speciosa.
(Jord.) Hamm.
A Fumaria officinalis que Brotero indica na Flora lusit. é segundo a opi¬
nião do sr. Carlos Machado a Fumaria Bastardi. Bor. (F. media. Lois. a.
Gussonei. Hamm.; F. Gussonei. Boiss.) e não a especie linneana. Esta planta
é muito vulgar em alguns pontos do paiz, por exemplo, na serra de Mon¬
santo, e póde substituir as especies que acima mencionamos assim como
a F. spicata. L. (Platycapnos spicatus. Bernh.) e a F. pariflora. Lamk.
que habitam nas proximidades de Lisboa.
129
Cheiranthus CHEIRI. L. . • Í :
Goivo amarello.
Planta briginaria da Europa austral, Occidental e meridional.
Entre nós cultiva-sê muito nos quintaes e jardins, e nas províncias
do sul encontra-se em alguns sítios quasi espontânea juncto das
povoações:1 “ • •
Flor. na primavera e estio.
PJu. as flores. ii ; .
Emp. como expectorantes, antispasmodicas e emmenagogas.
O sueco das summidades dizem ser um bom diurético.
Nasturtium officinale 4. R. Br.
(Sisymbrium Nasturtium. L.; Cardamine fontana. Lam.)
Agrião. '* . i - i
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, do Porto e em quasi todo
o paiz. • • . >■ j
Flor. em abril e maio.
P. u. a planta recente.
Emp. como estimulante. O uso da salada de agriões é aconse¬
lhado nas affecções scorbuticas, e moléstias de pelle; o xarope
nas affecções pulmonares.
Barbarea vulgaris. R. Br.
(Erysimum Barbarea. L.; Sisymbrium Barbarea. Crtz.)
Herva de Sancta Barbara.
COCHLEARIA ARMORACIA. L.
(Roripa rusticana. Gr. et Godr.)
f Rábão rústico.
Planta originaria da Europa e muito cultivada no nosso paia.
Flor. em maio e junho.
P. u. a raiz recente *.
Emp. como estimulante e antiscorbutica a.
Cakile marítima. Scop.
(Bunias Cakile. L.; Cakile Serapionis. Lob.)
Rábão marítimo.
Hab. em quasi toda a nossa costa. E muito abundante nas
proximidades da Figueira da Foz, Buarcos e entre a Foz e
Leça.
Flor. no estio.
P. u. as folhas e raiz recente.
Emp. o mesmo que o da especie anterior e segundo Lemery
é também diurética e litonptritica. Pouco usado.
SlSYMBRIUM OFFICINALE. Scop;
(Erysimum officinale. L.)
Rinchão, Erysimo das boticas.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em muitos outros
pontos do paiz.
Flor. no estio.
P. u. as folhas.
Emp. como bechico e antiscorbutico.
Não nos consta que habite no nosso paiz. A C. Danica. L. que se encontra
era Lavadores, Boa Nova e Castello do Queijo nas proximidades do Porto
e o Jonopsidium acaule. Rchbch. (C. Olisiponensis. Brot.) que habita na
Serra do Monsanto, proximo a Lisboa podem substituir a C. officinalis. L.,
porém as suas propriedades pharmaceuticas são menos activas. Ambas flo¬
rescem no inverno.
1 Em Portugal alguns pharmaceuticos empregam as folhas em logar da
raiz, que é a unica parte d’esta planta que se deve empregar.
2 No norte da Europa por exemplo em Allemanha a raiz do Rábão rús¬
P. u. a planta recente.
Emp. como diurética, espectorante e antiscorbutica. Cazin,
Ray e outros, têm recommendado muito o sueco d’esta planta para
lavar as ulceras gangrenosas. Pouco usada. ! , ; ■
Capsella bursa pastoris. Mnchl. . r ; ; ...
(Thlaspi Bursa pastoris. L.) . ofi
Bolsa de pastor. :. ( . j r
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.*;
Flor. de março a setembro. . ; . T : -
P. u. toda a planta.
Emp. como levemente adstringente.
Lepidium sativum. L.
Mastruço ordinário.
Planta originaria da Pérsia e Egypto e cultivada em alguns
pontos do paiz para os usos pharmaceuticos.
Flor. no estio.
P. u. as folhas recentes.
kl , *
«•
iJO« stKri .no .1 t Tífíorf . íI
134
Resedaceae. D.C.
Reseda odorata. L.
Minonete ou Minoneta.
Planta de patria desconhecida e muito cultivada nos jardins.
Em Lisboa encontra-se ás vezes quasi espontânea nos muros ou
proximo a elles.
Flor. na primavera.
P. u. a planta florida.
Emp. como antispasmodica e sudorífica. Pouco usada.
Reseda luteola. L.4
(Luteola tinctoria. Wbb. et Berth.)
Lirio dos tintureiros.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em outros pontos
da Extremadura e Beira.
Flor. em maio e junho.
P. u. a planta florida.
Emp. como diaphoretica e febrífuga. Constitue a base do re-
medio de Darbon contra a tenia. Pouco usado.
, r Nelumbia.
Nymphaeaceae. Salisbi
Nymphea alba. L.
Golfâo branco.
Hab. nas valias, poços e paúes dos campos do Tejo, Mondego,
Vouga e em outros pontos do paiz.
Flor. no estio.
P. u. as flores e a raiz recente.
Emp. as flores são muito mucilaginosas e emollientes; Alibert
considera-as ligeiramente narcóticas. A, raiz é muito feculenta e
Parietalis.
/
Cistineae. D.C.
ClSTUS LADANIFERUS. L. 1
Esteva.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Barreiro e nas nossas pro¬
víncias do Alemtejo, Extremadura e Beira.
Flor. na primavera.
P. u. a resina cirosa obtida, pela decocção na agua, das sum-
midades floridas.
Emp. entra na composição de alguns emplastos resolutivos e
de algumas preparações odoríferas *.
Droseraceae. D.C.
DROSERA ROTUNDIFOLIA. L.
Rosella, Orvalhinha ordinaria.
Hab. na serra do Gerez e em outros pontos ao norte do
paiz.
Flor. no estio.
P. u. toda a planta.
Emp. como peitoral. Aconselha-se também nas opthalmias.
Pouco usado.
Dbosera longifolia. L.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, na matta de Antanhol, e
em outros pontos do paiz.
Flor. no estio. • ■;.) . , , .
P. u. toda a planta.
Emp. o mesmo que o da especie antecedente. Pouco usado.
Violarieae. D.C.
• i ilXi3o í *Ij . i.
Viola tricolor. L. var. arvensis. D.C. 4
Amor perfeito, Herva seraphica ou da Trindade.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz. ; : | i
Flor. na primavera.
P. u. a planta florida.
Emp. Tem sido preconisada contra a crosta leitosa, e em algumas
moléstias cutaneas pouco intensas, como depurativo.
Viola odorata. L.2 o ,
Viola ou Violeta de cheiro.
Ilab. nas vizinhanças de Coimbra, Porto, serras de Cintra e
Monchique e em muitos outros pontos do paiz.
Flor. de fevereiro a abril.
P. u. as folhas e flores. ■
Peponiferae.
H»‘>K '!» O At!>rtQl9I # iVifitOO Ojfrjm un v\ • -É/f +
Cucurbitaceae. Juss.
Ajuriu A(HAkrjP»uM*i8
Cacteae. D.C.
► i/nbnilT? >» 1 '*
O aIíi
Opuntia vulgaris. Mill. ttn.fr/ «ri&mnA
(Cactus opuntia. L.) ítisiv p-Jin .dfill
Figueira da índia. .\inq ob p.otf.oq
.Oflí MM vjwrn 0J) 'íoW ■
.t.
1 0 povo emprega o chá da casca do pepino para combater as dores de
i;?3. ■ i <10* J <ií.'í
cólica.
2 Variedades: a. reticulatus. Ser.; p. Cantalupo. Ser.; f. deliciosus (C. deli-
ciosus. Roth.)
3 Vulgarmente chamadas pevides. As pevides deverão ser privadas do
episperma só na occasião do emprego.
4 Vulgarmente chamadas pevides. As pevides deverão ser privadas do
episperma só na occasião do emprego.
5 Podem substituir a Cucurbita Pepo. L. a C. maxima. Duch. (Abobora
Caryophyllinae.
•oJuuui oojjoU .c'.!-í7Í1;»>:j;I o ‘ vrrbn vuiruo
Portulaceae. Juss(
• PORTCLACA OLERACEA. L. 2
Beldroega.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Porto, Lisboa e em muitos
outros ponfòs do paiz.
Flor. no estio.
P. u. as folhas e sementes.
Emp. as folhas como antiscorbuticas, febrífugas, litontripticas
e diuréticas; as sementes como vermifugas. Pouco usada 3.
Spergularia rubra. Pers. 4
(Arenaria rubra a. campestris. L.; Lepigonum rubrum. Wahlbg.;
Spergula rubra. Godr.)
Arenaria vermelha.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, Porto e em outros
pontos do paiz. !
Flor. de março a junho.
P. u. a planta florida,.^ f
Emp. contra as areias e cálculos urinários.
Columniferae. l.mt
.«V_
i-/jy iiif» iiodaiJ <0)10*1. ;iwhido'J >f) *ÍTft [íTtXÍV «1UÍ f: 11
144
Malva rotundifolia. L.
Malva.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Porto, Lisboa e em quasi
todo o paiz. w
Flor. de maio a agosto.
P. u. a raiz, folhas e flores. . ti; /. í
Emp. o mesmo que o da especie antecedente *.
(.vi / .ailol orioboií .M j.duY/ .mot
ii ■ i : . Tiliaceae. Jiiss.
..NÍi«q ob sohíOq òrrftuu
Tília platyphylla. Scop. . <
(T. grandiflora. Ehrh.; T. pauciflora. Hayne.; T. mollis. Spach.;
T. Europaea. L.)
Tilia. i / aj; ,
Arvore originaria do norte da Europa e cultivada entre nós
nas províncias septentrionass.
Flor. em junho. , . • v
P. u. as bracteas floriferas 2.
Emp. como antispasmodicas e diaphoreticas.
£1
Tamarix gallica. L.
.Qfc&i-ii. .felilAOiilí / f-sJlt í iO
(T. canariensis. W.)
(.diiQ .ídbnujgiíl .•->)
Tamargueira.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, na matta do Choupal, Fi¬
gueira da Foz, Buarcos e em muitos outros pontos do paiz.
Flor. no estio.
r/
P. u. o lenho.
ciyjflno
Emp. como depurativa e diaphoretica. Alguns auctores dizem
<01111 V i. I■ ){<•
Flor. na primavera.
Meliaceae. Juss.
.1 ./.M<r!IT5tYR AlilAiíIOv)
I (J ilÍÍíJ Ll Otlll' \ *) il!!l • >ÍIIÍV/ qí ,rU:n!([ i )r í
Melia azederach. L.
J •; i
Sycomoro bastardo.
Planta originaria da Syria e da índia oriental, e muito culti-
vi;níi*;íj im /ío(p,í
vada entre nós como arvore de alinhamento.
.&£ilÍol 86 .II .4
Flor. em maio.
*4 " T * ! . >iP : c -u -yil írnuj .qiíui
P. u. a casca e a raiz.
Emp. como anthelmintico. É preciso ter cautela na sua appli-
j;n
cação porque é venenosa. Pouco usado.
n * r.
!T. .'iititibíi
1 Vulgarmente chamado Casca de laranja ou Âmarello de casça de laranja,
l O dr. Beirão no seu compendio de matéria medica quando tracta das
propriedades do gencro Citrus, diz o seguinte; «Na medicina poitugueza
faz-se bastante uso d’estas cascas, como carminativas, estomachicas e to-
nicas; egualmente são reputadas antiscorbuticas, antifebrís e vermífugas.»
A casca dos fructos da laranjèira de folhas de murta (Citrus aurantium.
Risso. var. myrtifolia), que a maxima parte dos auctores consideram como
uma variedade, embora alguns botânicos a acceitem como boa especie, é
um poderoso e excellente estomachico. Prepara-se do modo seguinte; ponha
em maceração a casca de nove laranjas em um litro de boa aguardente de
vinho que marque entre 18° a 22° Cart. (45° a 60° cent.), durante trinta dias
e depois filtre. Toma-se um calix, dos que servem para o licor, d’esta bebida
depois da comida. o < •
Entre nós cultivam-se muitas outras especies e variedades do genero
Citrus que podem na sua falta substituir as especies acima mencionadas.
As mais importantes são as seguintes; Citrus Bergamia. Risso, Bergamota;
C. Lumia. Risso, Limoeiro doce; C. Limetta. Risso, Limeira; C. decumanus.
Risso, Toranja; C. Medica. Risso, Cidreia; C. nobilis. Lour., Tangerineira.
*
*48
CORIARIA MYRTIFOLIA. L.
Esta planta, segundo Willkomm é Lange, habita em Portugal,
mas não sabemos, nem os auctores citados dizem, o logar onde
ella ■ se encontra.
i j -•»»’*"- < t. ' >*J i) l'. < ií;C5?"lO 2; tfT
Flor. na primavera. ;
P. u. as folhas.
Emp. para falsificar o Sene (Cassia elongata. Lemaire, C. aouti-
folia. Dejile, C. obovata. Calladon.), pois as suas folhas são muito
similhantes. A Coriaria é altamente venenosa, e portanto fal¬
sificação do Sene, com esta planta tem causado já por muitas vezes
accidentes gravissimos. As folhas de Coriaria distinguem-se das
do Sene por serem trinerves. *-u>\ ív\» 0ÍW5íii8íÍ9 9ííi9flmrç»[jjY f
oi m >!’ <n o!» od>i?9(|nio9 aoê cm oUttofl .*ií> O *
éswgntíoq fi-! cjUí o r.ií) fv.v» \v/N fn'iiJDp o i> h/.- rp.tmiqoiq
-oj ‘i ;■ ,‘)JíÍ'jís;í >«• U Polygalinae. n ,
* •Bii.JWi Itinw í: vlihui Bubíjíaqoi oSs ôt<i9mLu»ra9 ;eaohi
,íníJÍÍJL8*íir« cííj
Polygaleae. Juss. ,. j.
OlilO:) flsiJTohiw: 1 *1 J. rtO ) j i*»'J »•.11U!2i(f j> 9J.rp ^(íilíokí*!V ITI .*1 í.^
POLYGALA VULGARIS. L. 1 1 1
. Polygala ordinaria, Herva leiteira.
Ilab. nas vizinhanças de Coimbra, Porto e em muitos outros
pontos das nossas provincias septentrionaes.
Flor. em maio e junho.
P. u. a planta florida.
Emp. como espectorante e sudorífica, em dóse elevada provoca
ás vezes evacuações alvinas 2.
!*t'í
mo í71 í
1 .obíli Euphorbiaceae. R. Br.
• 1*1 l ti
Euphorbia lathyris. L. ■
Tartago, Catapucia menor.
Cultiva-se em alguns jardins pharmaceuticos, e na Extremadura
encontra-se quasi espontânea proximo das povoaçoes. (Brot.)
Flor. em maio e junho.
P. a casca da raiz e as sementes.
Emp. a casca da raiz reduzida a pó como rubefacien.e e vesi-
cante, outr ora também se usou como purgante drástico. O eleoleo
das sementes póde substituir o oleo de croton.
Euphorbia peplus. L. >
Esula redonda.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em quasi todo o paiz.
Flor. de março a outubro.
P. u. toda a planta.
Emp. como purgativa. Pouco usada.
Mercurialis annua, L. 1 ■' . ,f • * .
Mercurial. Ortiga morta.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra e em muitos outros pontos
do paiz.
Flor. desde a primavéfa até ãà fim do outomno.
P. u. toda a planta *.
Emp. como purgativa. .R • * ■ < )
Mercurialis pérennis. L. 8
Hab. nas vizinhanças de Coimbra proximo á calçada do Gatto.
Flor. de março a maio. ■
P. u. toda a planta. > iru,
Emp. como um emetico poderoso, mas é preciso ter a maxima
cautela com a sua applicação, pois é muito venenosa. Pouco usado.
!L,í í
1 Variedades: «. genuina. J. Miill.; p. ambígua. J. Miill. (M. ambigua. L.
fil.)
2 Faça a colheita antes de começada a floração.
(Pharmaeopêa Portugueza, 1876).
3 Variedade p. brachyphylla. Wk.
153
Ricinus communis. L.
Ricino, Mammorna, Carrapateiro.
Planta originaria da índia, Conchinchina, America tropical e
de Cabo Verde, muito cultivada e quasi espontânea em alguns
pontos do paiz. • 7 0) J
Flor. desde a primavera até ao outomno.
P. u. as folhas e sementes. : ,
Emp. as folhas como emollientes; das sementes extrahe-se o
oleo de ricino, que é um dos purgantes mais usados e que goza
também de propriedades vermífugas.
BUXUS SEMPERVIRENS. L.
Buxo ordinário.
Hab. pelos ribeiros entre Figueiró dos Vinhos e Thomar (Brot.),
e cultiva-se èm quasi todo o paiz.
Flor. de janeiro a março.
P. u. a casca da raiz, a raiz, o lenho e as folhas. A primeira
doestas substancias é a que mais se emprega em pharmacia.
Emp. no rheumatismo, na syphilis constitucional e na febre
• i• r t•#*
intermittente 4. :rri
>u iriu Í1JO .70
o
(P. Chia. Desfont.) obtém-se uma. resina que se chama Mastica ou Almecega
da Índia. Esta planta é originaria do archipelago grego. Do nosso lentisco
também se póde extrahir a mastica mas é de qualidade muito mais inferior,
Amelhor epocha para fazer as incisões éqos mezes de agosto e setembro.
Vi
15 M
Flor. em abril e maio.
P. u. as folhas.
Emp. como adstringente.
.0 A\ .ôBoorrnfi790
Rutaceae. Bartling.
.ih;d! .rutajio;oy r: n
RuTA GRAVEOLENS. L. UI urj.tií -Oí:’
(R. divaricata. Ten., R. crithmifolia. Moric. sec. Boiss.)
' Arruda ou Ruda. .::•!*ín:«•-'> *■;» i ; • .
Hab. nas vizinhanças de> Coimbra,: .Lisboa e em outros pontos
do paiz. .r/ioví-.mnq bíi /íoí’1
Flor. na primavera e estio. .aím !••■ jsbot .*
P. u. a planta florida 4. •; U . • • u
Emp. como estimulante, anthelmintica e aburtiva.
Ruta montana. Clus. . ■
(R. graveolonâ' 3. montana. L., R/legitima. Jequ., R, tenui-
folia. Desf.) ..\i ;q «:
Arrudão. ,oiU> o jrrov-nmn«: : .v •
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e çm outros pontos
do paiz. *
Flor. no estio.
P. u. a planta florida. . . .oboíiíJ
Emp. o mesmo que o da especie antecedente.
_ , „
Zygophylleae. R. Br.
u> " 1 í"v: y , U
.01.:.:.
Gruinales. *!
Oíí 00 .fjlíljí
Geraniaceae. D.C.
Lineae. D.C. h : • . ,
O * Jlr> Offí,v»ííi O .11 mH
Linum usitatissimum. L.
Linho.
Planta originaria de alguns paizes da Europa: e muito culti¬
vada no nosso paiz. ' . ,
Flor. na primavera. !.
P. u. as sementes 2 e os fios 3.
Emp. as sementes como emollientes. o o 1 íí
- ... í_ !i íiLot .j;
1 $. rubricaule. Horn.; 7. parviflorum. Viv. (G. purpureiun. Vilj., G. mo-
destum et miimtiflorum. Jord., G. mediterraneum. Lge).
2 Vulgarmeute chamada linhaça.
3 Chamam-se fios ás fibras tecidas e puidas pelo uso.
15?
Oxalideae. D.C.
.0iise oíi nr
Balsamineae. A. Eich. r.
.rTnon íi.tin,lq n r . L
.jabfian oojk/I - ' | o ■ .<
Impatiens balsamina. L.
(Balsamina hortensis. Desp.)
A.U X\
Melindres, Papagayos.
Planta originaria da.índia oriental o muito cultivada entre nós
nos jardins e hortas.
Flor. no estio. '! • .1 .njT.uroJO wm i/ )u3
P. u. as folhas. .olqvlaojjri
Emp. debaixo1 da fórma dia> cataplasma e wpplicadas sobre o
ventre obram como diuréticas. (Bulliard.) Pouco usado.
- .omov/rl on .iol í
> p. minor. Lge. ■» "
2 Esta planta contem urna grande quantidade de bioxalato de potassa.
.^ebídoSo^q oirgsicjífíM
458
Trbj)àeoleáè. Juss.
Myrtiflorae. ' .
. tovj;';:«■•»'{;•/í .«ínbnilolí
-'»♦ *».)íi• > i I viilij o i Myrtaceae. R.' Mi.rb ’
.Rittioií o fí i í>'í>jj pnn
Eucalyptus globulus. Labill. .< ': ou . :o! ;
Eucalypto. «í 1 */i .ir /I
o Arvore originaria da Nova Hollandaie; hoje muito cultivada
no nosso paiz. < •••': f•*>i;iíf1 • . ; ;i •: ■
Flor. no inverno.
P. u. as folhas 3 e casca. /»pi.l .'l Iliíll .P, *
:,r ifliíiiip •>! I
1 Esta planta veio para a Europa pela primeira vez em 1G84.
2 Variedades: a. gcnuinum. Gren et Godr.; p. gracila. D.C.
3 Empregue só as pecioladas.
m
Myrtus communis. L. 2.
Murta. .e^iofiiaoJI
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Porto e em muitos outros
pontos do paiz. .\W\A osoosu o I
Flor. na primavera.
P. u. as folhas e bagas (murtinhos^. << J/
Emp. como adstringentes. (,J j
Púnica gkanatum. L. '.oiialouraM
Romeira. . , ,:(K; .1: <1 ií.i,<4r-;<u;.:.ii.\ÍY lír.ll
Hahj nas vizinhanças,4,e, Coimbra e em o^j;ps poptpSido^aiz
como planta sub-espontanea. E originaria da África septentrional.
Flor. em maio e junho. .irumufinq r.h ohjioímq o , .*ioF:L
P. u. as flores em estivação ^..epic^rpp jseccp 4 ,e a ça§ca ,da
• g
raiZ * i Fio; O >Hft ; 10 011 00 goj >8 8 A .qflí3
-- .*) .J .auwiAM vrAiH.
0 Eucalyptol é o princio immediato obtido da essencia i do Eucajypto.
1
Rosiflorae.
eo*íiiro aoiima niq o <. /to*! ^idmioO oh ajsjxijjílííisiv *.m-. dei!
Pomaceae. Lindl, *x 1 í ! *a(;* í
.jnovjunhq /ia .íoM
Cydonia vulgaris. Pers.
(Pyrus cydonia. L.) .«‘Jíaaguril.-!»; cm ,-j .cjiiíM
Marmeleiro. •MUrAKAilí) L')v'-)<1
• /i
Sorveira.
Planta originaria de alguns paizes da Europa e cultivada no
no nosso paiz.
Flor. em abril e maio.
P. u. os fructos 4. v‘ ' } 1 k
Emp. como adstringentes. Pouco usada.
SORBUS AUCUPARIA. L.
(Pyrus aucuparia. Gaertn.)
Cornogodinho, Tramazeira.
Hab. nas serras da Estrella, Gerez, Marào, Rebordão e Mon¬
tesinho. : ’
5 ■
Rosaceae. Juss.
Rosa canina. L. 3
rica. Gren.); -y. dumalis (R. dumalis. Auct ); globularis (R. globularis.
Franchet.); ». andegavensis (R. andegavensis. Bast.); ç. scabrata (R. sca-
brata. Crép.)*, n. urbica (R. urbica. Lein.); j;. dumetorum (R. duinetorum.
Tuilh.); n. íusiformis (R. fusiformis. Crép.)
18
162
v
165
Flor. no estio.
P. u. a raiz.
Emp. como diurética. Pouco usada.
Amygdaleae. Juss.
Amygdalus communis. L. 4
Amendoeira.
Planta originaria da Barbaria e muito cultivada cm alguns
pontos do paiz.
Flor. de janeiro a março.
P. u. as amêndoas (fructos) doces e amargas 2.
Emp. as preparações feitas com as amêndoas amargas usam-se
f
dade; em grande dóse podem occasionar a morte. Orfila matou um cão, fa¬
zendo-lhe ingerir vinte amêndoas amargas. (Chernoviz).
As amêndoas amargas contem um principio chamado amygdalina.
166
107
i
168
Leguminosae.
Papilionaceae. L.
Anagyris foetida. L.
Anagyris fedegosa.
Hab. nas vizinhanças de Tavira e Loulé.
Flor. em abril.
. P. u. as folhas e sementes.
Emp. as folhas como emeto-catharticas e as sementes como
emeticas. Pouco usada.
Lupinus albus. L.
Tremoceiro ordinário.
Planta originaria do Oriente e muito cultivada no nosso paiz,
principalmente nas províncias do norte. Encontra-se ás vezes
quasi espontânea.
Flor. na primavera.
P. u. a farinha (sementes em pó).
Emp. como vermífugo, purgativo e resolutivo. Pouco usado.
ONONIS PROCURRENS. Wallr. 1
(O. mimiana. Plan.)
Restaboi, Rilhaboi, Unhagata.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa, Porto e em outros
pontos do paiz.
Flor. em junho e julho.
P. u. a raiz.
Emp. como diurética. Pouco usado.
í!»• 1 ?
‘I uf
!i *mii y!jr*
>!ll cl 1
. 1: • • an
I ‘"Tf
/ I IU *in
. í f»i ■ •»
ADDITAMENTO j/h1
Menyanthes trifoliata. L.
Hab. no Lagoacho das Favas na Serra da Estrella.
Thapsia garganica. L. ‘ '<
Hab. no Alemtejo proximo a Monte-mór-o-Novo, Beja, Mertola
e na Serra d’Ossa, assim como no Algarve em Albufeira.
Levisticum officinale. Koch.
(Legusticum levisticum. L.)
Hab. na Serra da Estrella, proximo ao Cantaro magro, Pomar
de Judas, etc.
RlJTA 13RACTEOSA. D.C.
(R. Clialepensis. L. p. bracteosa).
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, Lisboa e em muitos outros
pontos do paiz.
Sarothamnus scoparius. Koch.
(Spartium scoparium. L.; Genista scoparia. Lam.; Sarothamnus
vulgaris. Wimm.
Hab. nas vizinhanças de Coimbra, em Villa Franca, Gerez e
em outros pontos do paiz.
< * f.ihoG t‘* .frn» 1 . -•»!*. .íi*fi; jíií .í *:*í*•«j-r, .K
fM .oioiríí o'1'iíii' •*•*» ! ! i
l/: ’
.M • . ■1 < l íilij m * ) i;hm. ' <HÍ i: i <},J[
FIM.
I
. .M •’ I i ) '
U I Ail
i i • li tl: vl
.-M .'1 i I
4< - t
i 3. * H .1
• * i i. i
.I . '
; . •:■.níílrio') íi ili t l\
^ i .* í • í tf IH- >
:i: i. Vlí i
m
s iei ÍNDICE .V ;• i
•td! 4
> I ttV iH
Ml orinV *
—
V. .MJjl/T • ) ,1> í í
13 Citrus, 146.
Clematis, 122.
Ballota, 97. Cnicus, 77.
Barbarea, 129. Cochlearia, 130.
Bellis, 67. Colchicum, 27, 173.
Beta, 56. Colocasia, 44.
Bétula, 49. Conferva, 9.
Borrago, 102. Conium, 118.
Bovista, 14. Convallaria, 31.
Brassica, 133. Convolvulus, 103.
Bryonia, 137. Coralina, 10.
Buxus, 153. Coremà, 151.
Coriandrum, 119.
O Coriaria, 148.
Cornus, 120.
Cakile, 131. Corylus, 50.
Calendula, 77. Crocus, 33.
Calluna, 110. Cucumis, 138.
Calystegia, 103. Cuminura, 117.
Campanula, 83. Cupressus, 47.
Cannabis, 54. Curcubita, 139.
Capsella, 132. Cydonia, 160.
Capsicum, 105. Cynanchum, 88.
Cardamine, 130. Cynara, 78.
Carex, 24. Cynodon, 22.
Carthamus, 77. Cynoglossum, 102.
Castanea, 51. Cyperus, 25.
Ceitis, 52. 1 ,1 h f.; l YV. • /.
,l !•>(*,- 1 . ft
Cenomyce, 12.
Centaurea, 77. j;
Cephalanthera, 42.
Ceterach, 17.
.M . .!f ' A
Cetraria, 173. Daphne, 61.
Chamaerops, 45. Datura, 104.
Cheiranthus, 129. Daucus, 118.
Chelidonium, 127. Delphinium, 126. ‘I . i
E Hordeum, 24.
< • f itl i M .l) J
Humulus, 54.
■ •1 ifíllti- 1• !
Ecbalium, 137. Hyoscyamus, 104.
J/A .ífffí!1 O. I
Echium, 100. Hypericum, 144.
• » ! ,0* . 1
Ephedra, 48. Hyssopus, 96.
-if#li*« * Hki
Epipactis, 41.
M . ,nqo-7.1
Equisetum, 16.
.01» »:i.l 'i;*»*: /■ I
Erodium, 156.
ty" f .níircdl r.!
Eryngium, 112. Ilex, 149.
Erythraea, 89. Impatiens, 157.
Eucalyptus, 158. Inula, 68.
11'»' 1/
Eupatorium, 66. íris, 32.
Euphorbia, 152.
• i í ,i. /Iftlf
Evernia, 13. -F
Evonymus, 149.
Juglans, 153.
•! tfi ui‘hri ■ K
F Juncus, 26.
•7 {r -d \r
Juniperus, 46.
Ficaria, 124.
o? ti* !■;,!
Ficus, 53.
Foeniculum, 115.
Fragaria, 163. Lactuca, 81.
Fraxinus, 86. Lagenaria, 138.
Laminaria, 11.
iii í í »j
Fucus, 11.
Fumaria, 128. Lamium, 97.
A\<
Lappa, 79.
O Laurus, 60.
Lavandula, 90.
•'I
Genista, 169. Lavatera, 143.
Gentiana, 89. Lecanora, 12.
Geranium, 156. Lemna, 42.
Geum, 164. Lens, 171.
Glechoma, 97. Lepidium, 132.
M xu‘y->: .t .H*. 'yir.A
Glycyrrhiza, 170. Lepidopborum, 71.
rr rBibniqí
Gratiola, 108. Leucanthemum. 73.
.7* ,i>.n I .fifiiituil- j;/T
Levisticum, 174.
Ligustrum, 86.
. t l .tilMmJ/.
II
.7^* jui;lio/.
Lilium, 27.
mm ,CíTBÍ |0*)J /
Hedera, 119. Limnanthemum, 90.
. /1 x r f í í
Limodorum, 41.
stlWyiY.
Helichryson, 75. ! t I tv
Helleborus, 124. Linum, 156.
'•.OCI ,'í.ní iri/
Hieracium, 82. Lithospermum, 101.
20
178
Lobelia, 83.
!•-.
o
Lobularia, 130.
Lolium, 23. Oenanthe, 114.
Lonicera, 83, 173. Olea, 85.
Lupinus, 168. Onopordon, 78.
Lycopus, 93. Ononis, 168.
Lysimaehia, 110. Ophrys, 39.
Lythrum, 158, Opuntia, 139.
Orchis, 35.
Origanum, 94.
IVI Ormenis, 71.
Ornithogalum, 28.
Malva, 143. Oryza, 21.
Marchantia, 15. Osmunda, 20.
Margotia, 118. Oxalis, 157.
Marrubium, 97.
Matricaria, 73. P
Melia, 147.
Melilotus, 170. Paeonia, 126.
Melissa, 96. Pancratium, 34.
Mentha, 91. Papaver, 127.
Menyanthes, 174. Parietaria, 54.
.i■
Mercurialis, 152.
í i ■ Parmelia,
, 12.
^
Mespilus, 161. Pastinaca, 117.
Mirabilis, 60. Peltigera, 13.
Morus, 52. Pérsica, 166.
Muscari, 28. Petroselium, 113.
Myrica, 49. Peucedanum, 116.
Myrtus, 159. Phillyrea, 86.
:I
Phoenix, 45.
IST >! Phragmites, 22.
Physalis, 105.
Narcissus, 34. Phytolacca, 142.
'* i‘l'j<•! .
T Urginea, 28.
Urtica, 53.
Tamarix, 145.
Tamus, 32. V
Tanacetum, 75.
Taraxacum, 82. Vaccinium, 111.
Taxus, 48. Valeriana, 64.
Telmatophace, 43. Veratrum, 26.
Teucrium, 98, 173. Verbascum, 107.
Thalictrum, 122. Verbena, 99.
Thapsia, 117, 174. Verónica, 109.
Thymus, 95. Viburnum, 84.
Tilia, 144. Vicia, 172.
Tragopogon, 80. Vinca, 87, 173.
Tribulus, 155. Vincetoxicum, 88.
Trichera, 65. Viola, 136.
Trifolium, 170. Vitex, 100.
Trigonella, 170. Vitis, 119.
Triticum, 23.
Tropaeolum, 158. X
Tussilago, 67.
Typha, 45. Xanthium, 69.
U Z