Aula 1 - Anexo I PDF
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Cada kit contém documentos, entre eles imagens e textos, esses materiais
apresentam ao estudante um cenário, um ou mais agentes que estiveram presentes
no momento histórico apresentado e o contexto do evento.
O(A) professor(a) deve disponibilizar um dos kit de investigação e orientar os
estudantes a analisarem o material a fim de identificarem os elementos
apresentados (personagem, cenário e contexto) e perceberem a importância de
cada um deles para o momento histórico em questão para conseguirem responder
às seguintes perguntas: “Qual era o papel da imprensa nesse momento?”; "Quais os
personagens que participaram desse evento?”; “Onde ocorreu? (cenário)”; “Quais as
motivações e objetivos para que cada evento ocorresse?”; “Quais os elementos que
caracterizam a imprensa neste momento?”.
Os eventos ocorreram em períodos históricos distintos e seguem uma ordem
cronológica. Incentive os grupos a construir um “quebra cabeça da imprensa”, uma
linha do tempo colocando os acontecimentos na ordem que eles acreditam que
aconteceram.
Kit 1 - Surgimento da Imprensa
Disponível em:
<http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/52-o-rio-de-janeiro-com
o-a-capital-do-reino/2483-a-imprensa-regia> Acesso em 10 nov. 2020.
Kit 2 - Expansão da Imprensa
Texto: Período Regencial, autores Brenda Lima, Rebeca Oliveira, Mariana Ribeiro.
Disponível em
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Angelo_Agostini_-_Capa_da_Revista_Illustrada,_1889.jpg>.
Acesso em 01 de jul de 2021.
A coroação de Pedro II
aos 15 anos de idade em
18 de julho de 1841 por
François-René Moreaux,
no Museu Imperial.
Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Coronation_of_dom_pedro_II.jpg?uselang=pt-br> Acesso em
01 de jul de 2021.
D. Pedro I vivia em guerra com os jornais que criticavam o seu governo. Das
12 ocasiões em que discursou no Parlamento, em duas o imperador cobrou dos
senadores e deputados uma lei que reduzisse a liberdade de imprensa e lhe
permitisse punir e calar as “folhas” oposicionistas.
— O abuso da liberdade de imprensa, que infelizmente se tem propagado com
notório escândalo por todo o Império, reclama a mais séria atenção da Assembleia.
É urgente reprimir um mal que não pode deixar em breve de trazer após de si
resultados fatais — afirmou D. Pedro I em 1829.
O imperador pedia a aprovação de um projeto de lei restritivo que havia sido
apresentado em 1827, mas vinha sendo levado em banho-maria pelo Parlamento.
Diante da cobrança imperial, os parlamentares se viram obrigados a desengavetar
essa proposta de Lei de Imprensa.
Documentos históricos hoje guardados no Arquivo do Senado, em Brasília,
mostram que o projeto rachou os senadores. Para os governistas, a liberdade
desfrutada pelos jornais estava mais para libertinagem e punha em risco a
existência do Império recém-fundado (independente em 1822) e ainda não
consolidado. Para os senadores oposicionistas, ao contrário, a imprensa livre era um
dos requisitos para a sobrevivência da nação.
No fim, a oposição conseguiu barrar o ímpeto autoritário de D. Pedro I. A Lei
de Imprensa de 1830 — a primeira do tipo aprovada pelo Parlamento brasileiro —
concedeu aos jornais muito mais autonomia do que desejava o monarca. (...)
As tendências despóticas de D. Pedro I já eram explícitas. A sua medida mais
rumorosa foi o fechamento arbitrário da Assembleia Constituinte em 1823. O
imperador ficou irritado com os termos da Constituição em elaboração, que lhe dava
menos poderes do que ele desejava. No ano seguinte, impôs uma Constituição ao
seu gosto.
Mesmo com a Constituição de 1824 em pleno vigor, D. Pedro I adiou a
convocação do Senado e da Câmara o máximo que pôde. As duas Casas do
Parlamento só começariam a funcionar em 1826. Nesse interregno de dois anos, ele
pôde comandar o país livremente, sem precisar dividir o governo com o Poder
Legislativo.
No vácuo parlamentar, D. Pedro I assinou com Portugal o tratado de
reconhecimento da Independência, que previa uma pesada indenização a ser paga
pelos brasileiros. Ele também entrou na malfadada Guerra da Cisplatina, ao fim da
qual o atual Uruguai conseguiu se libertar do Brasil. Ambos os episódios abalaram
profundamente as finanças públicas, o custo de vida, o orgulho nacional e a
confiança da população no soberano.
Mesmo quando o Parlamento se formou, o imperador relutou em repartir o
poder. Ao escolher os ministros, por exemplo, ele recorria a pessoas do seu círculo
de relações, e não a deputados da maioria parlamentar. As elites reagiram
escrevendo na imprensa e votando na Câmara contra o monarca.
No início, o Senado não foi palco dessa reação pelo fato de ser naturalmente
governista. Enquanto os deputados eram eleitos no voto, os senadores vitalícios
eram escolhidos pelo próprio D. Pedro I a partir de uma lista tríplice. Ele, claro, só
selecionava gente de sua confiança.
Sem assinar os textos, deputados recorriam aos jornais para disseminar as
críticas ao monarca que não ousavam pronunciar da tribuna da Câmara. As leis da
época permitiam o anonimato na imprensa.
Como a Constituição estabelecia que a pessoa do imperador era “inviolável e
sagrada”, os ataques por texto se davam de forma camuflada. O expediente mais
comum era chamá-lo de “tirano”, “déspota” e “absolutista” sem citar o seu nome. Por
vezes, a referência direta era a reis de outras nações e outros tempos, como o
francês Luís XIV. O contexto, porém, deixava claro que o alvo era D. Pedro I. Os
jornais mais atrevidos recorriam à palavra “Poder” — anagrama de “Pedro”.
A imprensa oposicionista também alertava para o risco de o monarca tentar
reunificar o Brasil a Portugal e rebaixar o novo Império à velha condição subalterna
de Colônia. A hipótese não era de todo fantasiosa. Diante da morte de D. João VI em
Lisboa em 1826, D. Pedro I havia despachado sua filha mais velha, D. Maria da
Glória, para assumir o trono português, o que deixava os interesses das duas Coroas
perigosamente embaralhados.
Disponível em
<https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/parlamento-derrubou-planos-de-d
-pedro-i-de-restringir-a-liberdade-de-imprensa> Acesso em 15 de jul de 2021.
Kit 4 - Censura / Ditadura civil-militar no Brasil
Brasil, o texto cita algumas localidades como Minas Gerais, São Paulo e
províncias do nordeste. Período Regencial (1831 a 1840).
Seu objetivo era tomar posição, tendo em vista a mobilização dos leitores
para diferentes causas. A imprensa era considerada um dos principais instrumentos
da luta política e funcionava mesmo como uma tribuna ampliada. Os jornalistas
eram, antes de tudo, publicistas e, algumas vezes, verdadeiros agitadores.
O personagem de maior destaque neste momento foi Dom Pedro II, pois
durante todo seu reinado a imprensa gozou de prosperidade e liberdade nunca antes
vistas.
Coroação de Dom Pedro II, pois ele que permitiu uma liberdade maior a
imprensa e permaneceu com essa posição durante todo seu reinado. Os objetivos
eram a constituição de valores como liberdade individual, autonomia e
representatividade.
A imprensa que não era censurada tinha o papel de defesa e exaltação dos
militares. A mídia alternativa objetivava a denúncia aos crimes cometidos no
período.