Educação Infantil e Anos Iniciais 1
Educação Infantil e Anos Iniciais 1
Educação Infantil e Anos Iniciais 1
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
1
NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO
A educação infantil como política pública, no Brasil, é bastante recente, pois foi
somente a partir da promulgação na constituição Federal de 1988 que a educação da
criança de 0 a 5 anos de idade passou a ser considerada como um direito não só da
criança, mais também de sua família.
É neste contexto que se fundamenta este estudo que tem como objetivo
analisar a importância de um espaço bem organizado e apropriado para o atendimento
escolar, o currículo, identidade, autonomia e outros.
3
1 – ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por outro lado, a criança branca, aos 6 anos, era iniciada nos primeiros estudos
de língua, gramática, matemática e boas maneiras.
4
conhecimentos; promover congressos; concorrer para a aplicação das leis de amparo
à criança; e uniformizar as estatísticas brasileiras sobre mortalidade infantil.
Em 1971, a extensão desse nível foi ampliada para oito anos. Ainda naquele
ano, a lei 5692/71 regulamentou o princípio de municipalização do ensino
fundamental. Contudo, na prática, muitos municípios carentes começaram esse
processo sem ajuda do Estado e da União.
5
E a pré-escola tinha o objetivo de suprir essas carências. Contudo, as pré-
escolas não possuíam caráter formal; não havia contratação de professores
qualificados nem remuneração digna para a implantação e o desenvolvimento do
trabalho pedagógico.
Os grupos de trabalho eram, por isso, formados, na maioria das vezes, por
voluntários, que rapidamente desistiam da tarefa.
Figura 1: creche
6
Essa perspectiva pedagógica considera a criança como um ser social, histórico
e pertencente a uma determinada classe social e cultural.
Assim, é possível que, por exemplo, em uma mesma cidade, existem diferentes
maneiras de se considerar as crianças pequenas, dependendo da classe social a qual
pertencem, ou do grupo étnico do qual fazem parte.
Por muito tempo, a criança era vista como um adulto em miniatura, não
considerando suas características particulares, por esse motivo não se tinha nenhuma
preocupação com sua constituição física, sendo submetida a diversas formas de
experiências. A criança passa a ter outro destaque na sociedade e para ela direciona-
se outro olhar, ou seja, surge um novo sentimento de infância. Para o autor, o
sentimento de infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças, mas a
7
consciência da particularidade correspondente à infância e que distingue, na essência,
a criança do adulto.
O mesmo autor também destaca que, até o século XVII, a sociedade pouco se
importava com as crianças pequenas, tanto que os índices de mortalidade infantil
eram alarmantes em função das condições sanitárias.
O filósofo Jean Jaques Rousseau foi o precursor da ideia contrária que até
então se tinha, ou seja, argumentou que as crianças possuíam um modo peculiar de
pensar e agir, e não é apenas o tamanho que as diferenciam dos adultos.
8
A família passa a ser entendida como um importante grupo social, responsável
pela formação moral, e à escola caberia agora assumir o processo de aprendizagem
para, posteriormente, dedicarem-se à vida adulta.
Sob influência e tutela da igreja, a criança passa a ser entendida como sujeito
em formação, a quem deveria ser dedicado um processo de formação moral, a fim de
colocá-la no bom caminho.
9
Figura 2: Crianças sendo obrigadas ao trabalho
Se a partir do século XVIII a educação passa a ser ministrada nas escolas, para
a criança pequena esse atendimento também se desenvolve em espaços específicos.
Tendo em vista a concepção de infância, as instituições que se dedicavam à educação
dos pequenos se caracterizaram, principalmente, pelo assistencialismo.
Em 1899, ocorreram dois fatos que podemos considerar como marco inicial da
criação de instituições pré-escolares no Brasil: primeiramente, fundou-se o Instituto
de Proteção e Assistência à Infância, no Rio de Janeiro, inaugurando, posteriormente,
filiais por todo o território nacional; secundariamente, foi o ano de inauguração da
10
creche da Companhia de Fiação e Tecidos Corcovado (RJ), a primeira creche
brasileira para os filhos de operários.
É evidente que se faz necessário definir o que se deve ser ensinado, para que
se deve ser ensinado e como deve ser ensinado. Esse tripé dá a devida sustentação
ao currículo e, consequentemente, à proposta pedagógica, ou ao seu Projeto Político
Pedagógico.
11
necessidade de garantia na apropriação do saber, já não nos basta definir o “ o quê”,
o “ por quê” e “o como”, ou seja, a discussão do currículo supera, atualmente, a
definição apenas do conteúdo, dos objetivos da metodologia e das atividades.
Uma vez que a criança percebe o mundo que a rodeia com atenção,
consequentemente, desenvolve sua memória de longa duração, tornando-se passível
na aquisição de novas aprendizagens.
SAIBA MAIS
O currículo de educação infantil deve procurar vincular as experiências e os
conhecimentos das crianças com os saberes que fazem parte do patrimônio cultural,
científico e tecnológico, por meio de técnicas projetadas e avaliadas
permanentemente, de modo a organizar a rotina das instituições.
12
se trabalhar com as crianças pequenas (até́ cinco anos) o valor formativo e o sentido
destes dias a serem comemorados.
Princípios do RCNEI:
13
b) direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão;
14
Segundo o RCNEI, os objetivos gerais da educação infantil são:
15
O Parecer CNE/CEB n. 20/09 e a Resolução CNE/CEB n. 05/09, que definem
as DCNEIs, fazem, antes de tudo, uma clara explicação da identidade das escolas de
educação infantil (creches e pré́ -escolas) como qualidade imperativa para que se
estabeleçam propostas curriculares em relação a vários aspectos envolvidos em uma
proposta pedagógica. Estes aspectos devem oferecer:
O Parecer CNE/CEB n.20/09 definiu ainda que nem toda política para a
infância, que demanda esforços multissetoriais associados, é uma política de
educação infantil.
16
b) Calendário de eventos: organização curricular definida pelo calendário religioso,
civil e/ou comercial. São as datas especiais que preencherão as propostas de
atividades a serem comemoradas.
SAIBA MAIS
“Artigo 4º - As propostas pedagógicas da educação infantil deverão considerar
que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos
que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua
identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende,
observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentido sobre a natureza e a
sociedade, produzindo cultura. ” (BRASIL, Resolução n. 05, de 17 de dezembro
de 2009).
17
• Combater o racismo e as discriminações de gênero, socioeconômicas, étnico-raciais
e religiosas.
18
criança em cada momento como uma pessoa inteira, na qual os aspectos motores,
afetivos, cognitivos e linguísticos integram-se, embora em permanente mudança.
2 – ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
Nas estruturas sociais que consideram tal noção, um dos artefatos utilizados para
medir o tempo é o relógio, um organizador da vida em sociedade e também da vida
da criança nas escolas.
Porém, para que esse artefato tenha utilidade, é necessária habilidade para
interpretá-lo e consciência crítica para não o utilizar de forma rígida, mecânica e
absoluta.
19
educação infantil devem prever condições para o trabalho coletivo e a organização
de materiais, espaços e tempos. Nesse mesmo sentido, a Base Nacional Comum
Curricular para a Educação Infantil (BNCC) esclarece que:
O cotidiano das instituições na educação infantil é repleto de atividades que lidam com
o tempo e o espaço.
20
O fato de a criança antecipar ou prever tais atividades permite a ela agir com
mais confiança e segurança.
21
Para que o professor tenha condições plenas de exercício profissional, há um
padrão mínimo em termos de estrutura, tempo e espaço adequado ao atendimento
das crianças.
Porém, você deve tomar cuidado para que a organização não se transforme
em obrigação, perdendo o próprio significado de ato de construção, reflexão e
aprendizagem.
22
A rigidez de um tempo estanque e formatado desconsidera as particularidades
dos sujeitos, ampliando a quantidade e desconsiderando a qualidade.
23
Como é um ambiente vivo, ele deve ser socialmente construído, necessita refletir as
concepções de ensino, de aprendizagem, de educação e de criança.
24
possibilidades e desafios. São exemplos de elementos para crianças um pouco mais
velhas: mesas adequadas, diferentes tipos de tintas, pincéis, colas, tesouras, papéis
(texturas e tamanhos), livros de histórias, baús com roupas e fantasias.
EXEMPLO
Barbosa (2008) apresenta algumas sugestões para o trabalho com os
espaços/cantos alternativos, que podem variar de acordo com o interesse das
crianças e os temas trabalhados.
Veja a seguir.
●Canto do cabeleireiro: com espelho, maquiagens, rolos, escovas, grampos,
secador de cabelos, bancada, cadeira, bacia para lavar o cabelo, embalagem
de xampu, cremes.
●Canto do museu: com objetos colecionados pelas crianças em passeios e
viagens.
●Canto da luz e da sombra: com projetor de slides, lanternas, retroprojetor,
filmes feitos pelas crianças, lençóis.
25
Figura 7 – Professora em sala
26
desenvolver integralmente, em outras palavras, sem um fazer pedagógico
extremamente direcionado a contribuir para com seu desenvolvimento.
27
e, consequentemente, se impossibilita a garantia do desenvolvimento pleno das
crianças ou qualquer possibilidade de alcance dos objetivos almejados.
SAIBA MAIS
Para Hoffmann, há dois princípios inerentes à avaliação mediada, a saber:
a) o princípio da individualização: observar e cuidar por mais tempo da
criança que estiver precisando de maior apoio em determinado
momento, preservando a liberdade e a espontaneidade de cada um e
refletindo acerca de ações educativas pertinentes aos interesses de
todas.
b) o princípio da mediação: a intenção de desenvolver estratégias
pedagógicas desafiadoras de modo que as crianças evoluam em todas
as áreas do conhecimento, seguras e com iniciativa para inventar,
descobrir e experimentar (HOFFMANN, 2012a, p. 19).
28
complexas) já garante o envolvimento da criança com seu próprio processo de
aprendizagem/desenvolvimento, ou seja, ela passa a ser conhecedora de sua atual
condição, como sujeito que aprende.
A Coroa também limitava a frequência às aulas régias, de forma que nem todos
poderiam ter acesso a todas as aulas, cabendo a alguns apenas os estudos de ler,
escrever e contas; a outros, apenas o estudo da língua latina, e assim
29
sucessivamente. É fácil compreender que a formação completa não foi de acesso à
maioria, por isso caracteriza-se como uma educação extremamente elitizada.
Ao longo dos anos, foram criados vários grupos escolares, os quais foram
responsáveis pela educação por décadas.
A estrutura dos anos iniciais ensino fundamental foi alterada apenas em 2006,
quando passou a compor esta fase por cinco anos de escolarização, e não mais
quatro.
30
art. 208, da Constituição Federal; o art. IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente;
e o art. 32, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 1996.
31
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos
na rede regular de ensino (BRASIL, 1990).
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
32
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos
currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011).
33
Ensino Fundamental público, gratuito e de qualidade, sem requisito de seleção”
(BRASIL, 2010).
SAIBA MAIS
A educação escolar, comprometida com a igualdade do acesso de todos ao
conhecimento e especialmente empenhada em garantir esse acesso aos
grupos da população em desvantagens na sociedade, será uma educação com
qualidade social e contribuirá para dirimir as desigualdades historicamente
produzidas, assegurando, assim , o ingresso, a permanência e o sucesso na
escola, com a consequente redução da evasão, da retenção e das distorções
de idade/ano/série( parecer CNE/CEB n° 7/2010 e Resolução CNE/CEB n°
4/2010, que define as diretrizes Curriculares Nacional Gerais para a Educação
Básica).
Nesta concepção, o cidadão é entendido como aquele que é livre por possuir o
saber.
34
As classes eram organizadas tendo um professor responsável e direcionador
de todo o processo, desde o planejamento da aula, a explicação do conteúdo (a qual
os alunos deveriam ouvir atentamente, sem interferências) e a aplicação das
atividades (as quais os alunos deveriam realizar individualmente e de forma
disciplinada).
Para Saviani (2008, p. 6), está escola (...) sucedeu progressivamente uma
decrescente decepção. A referida escola, além de não conseguir realizar seu
desiderato de universalização (nem todos nela ingressavam e mesmo os que
ingressavam nem sempre eram bem sucedidos) ainda teve de curvar-se ante o fato
que nem todos os bem- sucedidos se ajustavam ao tipo de sociedade que se queria
consolidar.
35
A educação, de modo geral, passa por um processo de biopsicologização da
sociedade, da educação e da escola.
Do aluno deixa-se de exigir esforço, mas respeita-se seu interesse, uma vez
que o processo passa a se caracterizar como não diretivo, assim como não mais
reverenciando a ciência, mas a experiência.
Pelo seu alto custo, não foi possível implantar a organização da Pedagogia da
Escola Nova na escola pública brasileira, ficando restrita a alguns grupos de elite, no
entanto seu ideário atingiu a forma de conceber o processo de ensino-aprendizagem
na prática pedagógica dos professores de modo geral, o que podemos apontar como
36
algo negativo, uma vez que a qualidade da educação pública sofreu um rebaixamento,
pois o afrouxamento da disciplina e a despreocupação com a transmissão dos
conteúdos das diversas áreas do conhecimento deixaram de ser valorizados no
âmbito pedagógico.
Dessa forma, a classe popular, que tem na escola, muitas vezes, o único
recurso de apropriação da cultura, sofreu as consequências do rebaixamento do nível
de ensino.
37
SAIBA MAIS
O objetivo da educação nesta concepção é formar o indivíduo eficiente e
produtivo, preparados para contribuírem com a produção na sociedade em
diferentes necessárias funções ao equilíbrio da sociedade.
O papel da educação é permitir que o ser humano se torne cada vez mais
humano em todas as suas dimensões, por este motivo não podemos admitir o discurso
de que há quem seja bom em uma disciplina escolar em detrimento de outra.
38
Assim, a proposta da pedagogia histórico-crítica desvela outra possibilidade de
reorganização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do ensino fundamental e, para
tanto, deverá ter seu currículo balizado por seus princípios e suas concepções de
homem, mundo, sociedade e educação.
O ecletismo adotado nos documentos oficiais não nos auxilia para adotamos
uma perspectiva unitária na formação da identidade e autonomia de nossas crianças,
e o resultado é o que temos acompanhado: na escola, vale qualquer coisa! Vale tudo
mesmo, desde decorar conteúdo sem compreendê-lo até aguardar o famoso insight,
o qual, aos olhos de muitos profissionais, surgirá como uma mágica, sem nenhuma
intervenção. Infelizmente, percebemos que muitos professores permanecem como
“Alices”, procurando o caminho, mas sem se preocupar onde, de fato, querem chegar.
A importância do currículo bem estruturado e com claros objetivos reside exatamente
39
neste ponto: definir onde queremos chegar deve ser o fio condutor de um objetivo que
deveria ser comum em termos de constituição de uma nação.
40
Os conhecimentos não sistematizados que as crianças se apropriam antes de
seu ingresso na escola sofrem transformações, pois não são estáticos e subsidiam a
apropriação dos conhecimentos científicos trabalhados na escola.
EXEMPLO
Os conceitos científicos se relacionam com a experiência pessoal de maneira
diferente de como fazem os conceitos espontâneos. Os últimos surgem e se
formam durante o processo de experiência pessoal da criança.
Diferentemente, os motivos internos que impulsionam a formação de conceitos
científicos são completamente diferentes daqueles que orientam seu
pensamento a formar conceitos espontâneos. As tarefas mobilizadas pelo
pensamento da criança são distintas quando assimila conceitos na escola e
quando esse pensamento está entregue a si mesmo. Resumindo, poderíamos
dizer que os conceitos científicos que se formam no processo de instrução se
diferenciam dos espontâneos por uma relação distinta com a experiência da
criança, por uma relação distinta com seu objeto e pelos diferentes caminhos
que percorrem desde o momento que nascem até que se formem
definitivamente. ” (VYGOTSKY, 2001, p. 196)
41
4 - PLANEJAMENTO, AVALIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
É importante ainda para que a instituição busque sua identidade para que esta
seja construída e reconstruída pela comunidade. Nesse sentido, o planejamento
passa a ter uma organização para um determinado fim, ou seja, torna-se político em
sua essência. Na medida em que os sujeitos passam a ser corresponsáveis de forma
consciente das decisões, buscam mudanças estruturais de forma a atingir os objetivos
definidos também pela coletividade.
42
O ato de planejar é uma ação reflexiva que deve se conduzir ao olhar da escola,
ou seja, tendo em vista sua realidade física, cultural, pedagógica, social e política, e
sendo um ato político, é inevitável sua compreensão em seu contexto, pois das
reflexões emergem as práticas pedagógicas que se concretizam no dia a dia,
fundamentada em um compromisso social específico.
43
No entanto, o trabalho do professor e sua mediação para que os desafios sejam
estabelecidos de forma coerente a cada faixa etária é imprescindível, pois a ele caberá
a organização das condições objetivas para que o processo obtenha sucesso.
A estrutura física das escolas públicas brasileiras possui uma história a cada
contexto e sempre voltada às políticas públicas. Dessa forma, ao observamos ao
entorno de nossos municípios, é possível percebermos diferentes arquiteturas dos
prédios escolares, caracterizados por cada política pública de cada época.
44
SAIBA MAIS
A organização do espaço escolar está diretamente relacionada às formas de
trabalho pedagógico, ou seja, concepções metodológicas adotadas. Planejar a
sala de aula ou suas relações com o processo de ensino-aprendizagem
diferenciadas exige organizar o espaço de maneira distinta, por exemplo: a
concepção dos alunos como importantes atores no processo educativo reflete a
necessidade de oferecer espaços para que eles participem ativamente da aula,
observando, questionando, exemplificando situações.
Pensar o espaço e o tempo nas instituições que oferecem a formação nos anos
iniciais do ensino fundamental é conceber as necessidades da atualidade,
compreender os anseios e necessidades dos alunos no atual contexto, explorando
suas experiências, a fim de que se apropriem do saber até então mais elaborado.
45
Além da necessidade de condições propícias à prática pedagógica coerente
com o projeto educacional em curso, seja no âmbito das políticas ou local, a qualidade
do ambiente escolar influencia diretamente na qualidade da convivência entre os
sujeitos que compõem o dia a dia da escola.
Uma estrutura que atenda às necessidades dos usuários e aos ambientes bem
organizados possibilita a qualidade de vida, tanto no aspecto físico, quanto no
psicológico. Para a criança que passa no mínimo quatro horas diária na escola (com
a instituição da escola de tempo integral, esse período aumenta para oito horas
diárias), pensar este espaço de forma a suprir suas necessidades é uma obrigação
da gestão pública.
46
REFERÊNCIAS
BARBOSA, M. C. S. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
VYGOTSTKY, Lev Semionovich. Obras escolhidas. Tomo II. Madrid: Visor, 2001.
47
48