Teste1-Leit. Ed - Lit
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1. Assinala com X, nos itens 1.1. a 1.3., a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.
(C) iniciar uma conversa sobre livros com pais de jovens leitores.
1.2. Na expressão “a todos os outros” (linha 3), a palavra “outros” deve ser entendida como
1.3. Com base nas informações dos três últimos parágrafos, pode afirmar-se que a rapariga referida
no título do livro
(B) não gosta de ser uma menina nem da turma a que pertence; ela queria ser apenas uma
(C) é uma jovem estudante e desportista, que escreve diariamente histórias num caderno,
(D) é uma adolescente apaixonada, cujo nome não é revelado, praticante de desporto e que
2. Copia do segundo parágrafo do texto uma expressão sinónima de “jovens leitores” (linha 5 e 6).
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Grupo III – Educação Literária
Lê o texto.
O relâmpago da vida
O senhor Mateus, que dirige uma pequena pizzaria no centro comercial Via Catarina, no centro da
cidade, anda há uma semana para escrever um postal à irmã, que vive na Régua, e não arranja tempo.
[...]
O telefone tocou e ele deixou-o tocar, mas logo a seguir apitou o alarme do forno e ele correu para
lá, a resmungar.
– Ei! Rui! Rui! Estás mouco?
– Já vai – respondeu o rapaz que estava a jogar flippers na zona das mesas. [...] – Já não posso
ver pizzas à minha frente…
– Então leva-as no banco de trás da mota. E não te demores, é tudo aqui perto… [...]
Que fardo! Não eram as pizzas que lhe pesavam, mas a monotonia quotidiana. Aulas de manhã,
entrega de pizzas à tarde e à noite os trabalhos da escola enquanto adiantava o jantar dele e da mãe.
Depois adormecia, cansado, a ver um filme ou a ler um livro e às vezes a fazer as duas coisas ao
mesmo tempo, quando também não estava a ouvir música.
Histórias! Já tinha lido ou ouvido milhares de histórias, e algumas dessas histórias eram boas
histórias, mas não passavam disso, de relatos de acontecimentos de vidas alheias. E a vida dele?
Não era uma história? E não estava por escrever, por acontecer? Ia fazer dezasseis anos dentro de
dias e até agora todas as linhas e todos os parágrafos eram iguais. Meia dúzia de palavras chegavam
para descrever a história dele.
Onde estavam as experiências, as aventuras, os riscos, os desafios? Porque não lhe abria o mundo
a porta dos seus mistérios?
Porque não o atingia o relâmpago da vida? Nem que o fulminasse!
Bateu à porta do elevador com a ponta do sapato, como se batesse à porta da vida e perguntasse:
– Ei, da vida! Ninguém responde?
Ninguém respondeu, mas o elevador lá acabou por chegar. O Rui entrou, pousou as caixas no chão
e reparou na borboleta branca que entrou logo a seguir.
– Visitas – disse ele com o nariz no ar. Era isso que a mãe dizia sempre que uma borboleta daquelas
entrava em casa.
E ainda ele não tinha acabado o pensamento quando apareceu uma rapariga ruiva a correr. Travou
as portas com a força das mãos, pôs-se de lado e conseguiu enfiar-se no último momento, quando ia
ser agarrada pelo homem que a perseguia.
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– Há problema? – perguntou o Rui.
A rapariga sacudiu o cabelo para trás e libertou o rosto, e ele reparou como ela era bonita. Mais
que bonita, diferente, especial.
Álvaro Magalhães, A Ilha do Chifre de Ouro, Ed. ASA, 2016 (págs. 9-10, com supressões)
3. Associa cada fala (coluna A) ao responsável pela sua enunciação (coluna B).
Coluna A Coluna B
e. “Mais que bonita, diferente, especial.” (linha 35) 5. Perseguidor da rapariga ruiva _______