Conc Verbal
Conc Verbal
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SUMÁRIO
SUMÁRIO ....................................................................................................................................... 2
CONCORDÂNCIA VERBAL .............................................................................................................. 3
CONCORDÂNCIA COM SUJEITO SIMPLES .................................................................................. 3
CONCORDÂNCIA COM SUJEITO COMPOSTO ............................................................................ 5
CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER ........................................................................................ 7
CONCORDÂNCIA DO INFINITIVO ............................................................................................. 10
CONCORDÂNCIA COM SUJEITO ORACIONAL .......................................................................... 11
CONCORDÂNCIA COM O VERBO PARECER ............................................................................. 12
QUADRO RESUMITIVO ............................................................................................................ 14
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CONCORDÂNCIA VERBAL
A concordância se refere à relação entre um termo nuclear e seus periféricos. Na
concordância verbal, o nuclear é o verbo; o periférico, geralmente o sujeito. Na nominal,
os nucleares é o substantivo ou o pronome substantivo; os periféricos, adjetivos, artigos,
numerais e pronomes adjetivos.
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5.º Quando o sujeito é o pronome indefinido “quem”, o verbo fica na 3.ª pessoa do
singular.
Foram eles quem resolveu o problema.
Quem esteve aqui fomos nós.
(a) Alguns gramáticos aceitam a concordância com o pronome reto antece-
dente, se houver, para dar ênfase.
Fomos nós quem estreamos a peça.
6.º Se o sujeito é formado por pronome interrogativo/indefinido/demonstra-
tivo+nós/vós, o verbo pode concordar com o pronome no plural ou com o nós/vós.
Quais de nós vão ao passeio?
Quais de nós vamos ao passeio?
Alguns de vós estão loucos.
Alguns de vós estais loucos.
(a) Se, porém, o pronome está no singular, o verbo concorda com o pronome,
e não com nós ou vós.
Quem de nós vai ao passeio?
7.º Se o sujeito for introduzido pelas locuções prepositivas mais de, cerca de, perto
de etc., o verbo concorda com o substantivo, ou seja, com o núcleo, normalmente.
Mais de um aluno foi à aula.
Mais de dois alunos foram à aula.
Cerca de 15 pessoas estavam na sala.
(a) Se houver, porém, ideia de reciprocidade, o verbo deve passar ao plural,
obrigatoriamente, mesmo que o núcleo esteja no singular.
Mais de um empresário se abraçaram após a reunião.
A ideia de reciprocidade vem com o pronome se (ou nos, ou vos). Ação recíproca é
aquela em que o sujeito realiza a ação e a recebe, e o objeto também recebe a ação e a
realiza. Portanto, se você tem uma paixão, não a ame. A relação não deve ser assim.
Você e a sua paixão devem se amar. Isso é reciprocidade.
8.º Se o sujeito for formado por numeral fracionário, o verbo pode concordar com o
numerador da fração ou com o especificador, se houver.
1/3 das pessoas já está fora da sala.
1/3 das pessoas já estão fora da sala.
2/3 da população foram às ruas.
2/3 da população foi às ruas.
1/3 estava nas ruas.
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Note que o zero, em Português, é uma forma do singular. Então, não existem zero graus
de temperatura, e sim zero grau de temperatura. Que frio! Assim, zero pessoa foi à
rua, zero escola abriu hoje e houve zero chuva neste mês. Beleza?
10.º Se o sujeito for um pronome de tratamento, o verbo sempre fica na 3.ª pessoa.
Vossa Alteza precisa de algo mais?
Suas senhorias estão satisfeitas?
11.º Quando o sujeito designar obra artística e estiver antecedido de artigo, o verbo
pode ficar no singular ou no plural.
“Os Lusíadas” foi obra-prima de Camões.
“Os Lusíadas” foram obra-prima de Camões.
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Uma exceção: Quando o sujeito é formado por tu+3.ª pessoa, a concordância na 3.ª
pessoa é permitida.
2.º Quando os núcleos do sujeito são ligados pela preposição com, o verbo passa ao
plural.
A escola com a empresa farão um novo projeto.
O aluno com seu colega apresentaram um ótimo trabalho.
(a) Porém, se a expressão iniciada por com estiver entre vírgulas, ela passará
a ser analisada como adjunto adverbial de companhia e, por isso, não par-
ticipará mais da concordância, de modo que o verbo concorde somente
com o elemento que vem antes da preposição com.
A escola, com a empresa, fará um novo projeto.
O aluno, com seu colega, apresentou um ótimo trabalho.
3.º Quando os núcleos do sujeito são sinônimos e estão no singular, o verbo fica no
singular, preferencialmente. Mas a concordância no plural é possível.
O amor e a paixão o fará uma pessoa mais feliz.
O amor e a paixão o farão uma pessoa mais feliz.
4.º Quando os núcleos do sujeito estão em gradação, o verbo fica preferencialmente
no singular. Mas a concordância no plural é possível.
A embriaguez, a velocidade, a batida afetou toda a família.
A embriaguez, a velocidade, a batida afetaram toda a família.
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5.º Quando os núcleos do sujeito são resumidos por um aposto resumitivo (tudo,
nada...) no singular, o verbo concorda com o aposto.
As frutas, as verduras, os legumes, tudo isso já foi comprado.
6.º Quando o sujeito é formado por um e outro ou nem um nem outro, o verbo pode
ficar no singular ou no plural.
Um e outro foi à festa.
Um e outro foram à festa.
Nem um nem outra estava em casa.
Nem um nem outro estavam em casa.
(a) Porém, se houver ideia de reciprocidade, o plural é obrigatório.
Um e outro se abraçaram na reunião.
7.º Quando o sujeito é formado por um ou outro, o verbo fica no singular.
Um ou outro reclama desses problemas.
8.º Sujeitos ligados pela conjunção ou:
(a) Quando a conjunção ou carrega sentido de exclusão, o verbo deve concor-
dar com o núcleo mais próximo, independentemente da posição.
Meu amigo ou eu vencerei a competição.
Eu ou meu amigo vencerá a competição.
A natureza ou as empresas vencerão a guerra.
As empresas ou a natureza vencerá a guerra.
(b) Quando a conjunção ou carrega sentido aditivo (equivale a e), usa-se a
regra geral de concordância com sujeito composto.
O seu projeto ou o meu têm grandes chances de ficarem entre os melhores
colocados.
Têm grandes chances de ficarem entre os melhores colocados o seu projeto
ou o meu.
Tem grandes chances de ficarem entre os melhores colocados o seu projeto
ou o meu.
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9.º Como verbo de ligação, ele pode ter sujeito, mas sempre terá predicativo do su-
jeito. Esse predicativo do sujeito pode ter núcleo substantivo ou núcleo adjetivo.
Ele é bonito. [núcleo adjetivo]
Ele é um homem alto. [núcleo substantivo]
(a) Se o núcleo for um adjetivo, a regra é simples: o verbo concordará com o
sujeito em número e em pessoa.
Eu sou alto.
Tu és alto.
Nós somos altos.
Eles são altos.
(b) Se o núcleo do predicativo for um substantivo, o verbo pode concordar
com o sujeito ou com o predicativo do sujeito, a depender do contexto.
Meu professor é vários dicionários.
Meus desejos é ele.
É sobre esse último casos que falaremos neste capítulo. O que acontece é que o
verbo ser trabalha muito com preferências, ou seja, por vezes, ele preferirá concordar
com o sujeito ou com o predicativo. Isso dependerá das características de cada um. Vere-
mos as ocasiões para isso.
10.º O verbo ser adora pronomes pessoais do caso reto. Se um desses ocupar posição
de sujeito, o verbo concordará com ele.
Ele é os meus desejos.
Os bons alunos somos nós.
Eu sou o Betinho.
(a) Se ambas as posições de sujeito e de predicativo forem ocupadas por pro-
nomes pessoais do caso reto, o verbo ser concordará com o que vier pri-
meiro.
Eu sou ele.
Ele é eu.
Tu és nós.
Nós somos tu.
11.º Mas o que acontece se não houver um pronome pessoal do caso reto? Bem, o
verbo ser também adora pessoas! Se, em uma das posições nominais, houver pes-
soa (e não houver pronome pessoal do caso reto), o verbo ser concordará com a
pessoa.
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CONCORDÂNCIA DO INFINITIVO
O infinitivo pode aparecer, numa oração, flexionado ou não. Então, em alguns
casos, a flexão não é necessária, porque já é óbvio o elemento a que esse infinitivo se
refere. Veremos os casos em que se flexiona e em que não se flexiona o infinitivo.
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Nesse caso, não se permite o pronome se associado ao infinitivo, que já carrega valor
passivo. Por isso, as frases abaixo estão ER-RA-DAS!
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Essa frase está ERRADA. ER-RA-DA. Está errada porque o sujeito do verbo parecer
não é “Os candidatos”, e sim a oração “que (os candidatos) estão preparados”. Se o
sujeito é oracional, o verbo deve ficar no singular. A correção é esta:
22.º Por fim, existe, ainda, a possibilidade de essa oração ser reduzida, de modo a ficar
assim:
Os candidatos parece estarem preparados.
As moças parece estarem contentes.
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Porém, as análises são totalmente diferentes. Na primeira, “parecem estar” é uma locu-
ção verbal, portanto há apenas uma oração no período. Na segunda, “parece” e “esta-
rem” pertencem a orações diferentes, assim há um período composto.
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QUADRO RESUMITIVO
Regra geral Verbo concorda com núcleo do sujeito em número e pessoa
Pronome relativo que Verbo concorda com antecedente
Verbo fica na 3.ª pessoa do singular
Pronome quem
Concordância com pronome reto antecedente é possível
um dos que Verbo no plural (preferencialmente) ou no plural
Sujeito simples
Indefinido/demonstrativo/interroga-
Verbo concorda com o primeiro pronome ou com o segundo
tivo+nós/vós
O verbo concorda com o núcleo
Mais de, cerca de, perto de...
Se for recíproco com mais de um, verbo passa ao plural
Expressão partitiva+especificador Verbo pode concordar com o núcleo ou com o especificador
Pronome de tratamento Verbo na 3.ª pessoa
Verbo pode concordar com o numerador da fração/com a parte inteira do nú-
Número fracionário/
mero ou com o especificador
percentual+especificador
Se houver artigo, a concordância é obrigatoriamente feita com o número
Nome de obra artística com artigo e no plural Verbo pode ficar no plural ou no singular
Verbo concorda em número e pessoa com todos os núcleos do sujeito
Regra geral
Se o sujeito estiver posposto, é permitida a concordância com o núcleo mais próximo
Núcleos ligados Verbo passa ao plural
Sujeito composto
por com Se a expressão iniciada por com vier entre vírgulas, o verbo concorda com o que vem antes
Núcleos sinônimos Verbo preferencialmente no singular
Núcleos em gradação Verbo preferencialmente no singular
Núcleos resumidos por aposto resumitivo Verbo concorda com o aposto
“um e outro” ou “nem um nem outro” Verbo no singular ou no plural
“um ou outro” Verbo no singular
Núcleos ligados Se a conjunção tiver valor de exclusão, o verbo concorda com o núcleo mais próximo
por “ou” Se a conjunção carregar valor aditivo, segue-se normalmente a regra geral
Preferências (1) Pronomes pessoais do caso reto; (2) Pessoas; (3) Coisas; (4) tudo, nada, isto, isso, aquilo
Verbo ser
dos de pronome, quando se quer indeterminar o sujeito, quando está em locução verbal
Não se Quando o sujeito é acusativo e é um pronome oblíquo átono ou um substantivo no singular,
flexiona quando o infinitivo não se refere a nenhuma entidade, tem valor genérico, quando o infinitivo
tem valor de imperativo
Quando o sujeito é oracional, o verbo fica no singular, mesmo que haja mais de uma oração
oracional
Sujeito
Nesse último caso, o sujeito da oração subordinada pode ser deslocado para o início do período
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Quebrando a Gramática com Betinho Português com Betinho!
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