Psicossomatica A Relacao Entre Mente e Corpo Life 1 PDF
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Sumário
1. Compreendendo a Psicossomática .................................................................................... 4
2. Histórico da Psicossomática .............................................................................................. 9
3 A relação entre a Psicossomática e a Psicanálise .................................................................. 12
3.1 As práticas curativas ancestrais ..................................................................................... 13
3.2 Da idade média à idade moderna .................................................................................. 15
3.2 A esfinge ....................................................................................................................... 16
3.3 As duas Psicossomáticas ................................................................................................ 17
3.4 A Banda de Moebius ..................................................................................................... 18
4 A Psicossomática e os Tipos de Neurose ............................................................................... 21
5 Doenças Psicossomáticas Mais Comuns ............................................................................... 28
5.2 Resfriados Frequentes ................................................................................................... 29
5.2 Herpes .......................................................................................................................... 30
5.3 Enxaquecas ................................................................................................................... 30
5.4 Alergia Nervosa ............................................................................................................. 30
5.5 Diarreia ......................................................................................................................... 30
6 Considerações Finais ............................................................................................................ 31
Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 33
Anexo I – Psicossomática: Um Estudo Histórico e Epistemológico ........................................... 35
Resumo............................................................................................................................... 35
Abstract .............................................................................................................................. 35
Introdução .......................................................................................................................... 35
Evolução Histórica do Conceito ........................................................................................... 37
Precursores Contribuições da Psicanálise ............................................................................ 39
Escola Psicossomática Americana ........................................................................................ 40
Escola Psicossomática de Paris ............................................................................................ 44
Escola de Boston e Conceito de Alexitimia........................................................................... 47
A Explicação Biológica e Neurofisiológica em Psicossomática .............................................. 50
Outras Concepções e Modelos em Psicossomática .............................................................. 52
Síntese e Reflexão a Partir dos Diversos Modelos ................................................................ 55
Referências Bibliográficas.................................................................................................... 57
Anexo II – Doenças Psicossomáticas na Adolescência .............................................................. 60
Resumo............................................................................................................................... 60
Teoria Psicossomáticas........................................................................................................ 61
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1. Compreendendo a Psicossomática
Deste modo, tudo que a pessoa sente na mente e em seu coração, acaba
se manifestando fisicamente também e causando muitas dores por todo o corpo.
Isso é o que recebe o nome de somatização.
Além destas causas, existem outras que podem acarretar em uma ou mais
doenças psicossomáticas:
2. Histórico da Psicossomática
nova leitura das relações entre soma e psique. Como afirma Lionço (2008): “o
inconsciente seria uma espécie de lugar de passagem, processo no qual se
tornaria impossível distinguir o corporal do psíquico, que estariam articulados
numa espécie de curto-circuito”
"Uma ideia geral emanava da obra, ideia erudita que logo se tornou
extremamente popular: a ideia da unidade fundamental da natureza, da
solidariedade existente entre todos os fenômenos da natureza, que não se
separam das manifestações sobrenaturais. A ideia de que não havia oposição
entre o natural e o sobrenatural pertencia ao mesmo tempo às crenças populares
herdadas do paganismo, e a uma ciência tanto física quanto teológica. (...) uma
mesma lei rigorosa rege ao mesmo tempo o movimento dos planetas, o ciclo
vegetativo das estações, as relações entre os elementos, o corpo humano e seus
humores, e o destino do homem". (Ariès, 1986/1566, pp 34-35):
3.2 A esfinge
Do que se trata, e quais são suas utilidades para o tema que nos
concerne? Trata-se de uma figura onde se processa uma continuidade completa,
onde não existe interior e exterior, e seu uso em Psicanálise deve-se a Jacques
Lacan (1973). Aqui propomos um uso um tanto diferente do que Lacan propôs,
embora sem dúvida seja dele o essencial dessa apreensão.
Banda é uma folha de papel que não tem frente e verso, possui um único
lado. Esse lado, quando percorrido, conduz ao outro. Em seu conjunto, não se
pode dizer onde é a frente, onde é o alto, onde é o fundo ou o baixo. Não tem
dentro nem fora. Não se orienta no espaço, ou se orienta igualmente, como um
objeto mergulhado em espaço topológico. Se ela é cortada, desfazem-se suas
propriedades, mas se ela for cortada longitudinalmente, em sua "alma" (é o termo
matemático) formam-se duas faixas: uma orientável, com dentro e fora, e outra
Banda de Moebius, não orientável.
E das Psiconeuroses:
Freud alertou para o fato de que haveria duas formas bastante diferentes
de se processar a excitação psíquica: transformando-a diretamente em angústia
- resultariam sintomas predominantemente somáticos ou não simbolizados - ou
então procedendo-se à mediatização simbólica, na qual o resultado seriam
sintomas psíquicos. Desta maneira, o que delimitaria o campo das neuroses
atuais não seria apenas a relação de temporalidade (atualidade no tempo),
seriam também as características somáticas do estudo dos sintomas da
patologia.
Pierre Marty
meu objetivo não é defender uma teoria ou outra neste espaço. O que pretendo
é apresentar alguns pontos discutidos entre profissionais, estudantes, em artigos
e dúvidas próprias.
Nasio, no livro “O Livro da dor e do Amor” cita um caso de uma garota que
sentia certo incômodo inexplicável pela medicina em uma parte de sua perna
(coxa). Observou-se que, quando seu pai estava doente, era ela quem cuidava
dele, sendo que muitas vezes deitava a cabeça dele em sua perna (parte
afetada) para assim cuidar melhor.
Nestes momentos, em que o cabelo do pai tocava sua pele, sentia desejos
incestuosos ao mesmo tempo que sentia vergonha. Tal episódio demonstra o
surgimento de uma pulsão incestuosa reprimida pela vergonha, ou seja,
recalcada. Assim, esta situação conflitante marcara uma associação entre o local
preciso do corpo – coxa – lugar de desejos culposos hoje, lugar de dores físicas
amanhã.
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Este autor acaba trazendo mais de uma hipótese sobre a origem psíquica
que poderia causar uma psicogenia. Uma de suas hipóteses, por exemplo,
considera a conversão histérica como o salto do psíquico para o somático.
Postula que uma pulsão recalcada sairia do campo do inconsciente para o do
corpo e se transformaria em dor física.
Não acredito em uma definição fechada para certas ações, ainda mais se
envolve uma dimensão que é inacessível a todos os indivíduos. Afirmar
categoricamente pode conduzir a uma caída enorme, em que os danos não são
pequenos, não só profissionalmente, mas a própria maneira do sujeito observar
ao seu redor.
5.2 Herpes
O vírus do herpes é transmitido através do contato com uma pessoa
infectada, porém, ele se mantém adormecido até que a baixa imunidade o
desperta. Ter episódios constantes de herpes, em especial a labial, indica que o
indivíduo apresenta alguma desordem no organismo. As feridas podem surgir
em momentos de muito estresse.
5.3 Enxaquecas
A enxaqueca não é uma dor de cabeça convencional, podendo durar
algumas horas ou até dias. Alguns casos são incapacitantes, ou seja, a pessoa
não consegue realizar as suas atividades do dia a dia. Estudos científicos
demonstraram que o principal gatilho para episódio de enxaqueca é o estresse,
por isso ela também é considerada uma doença psicossomática.
5.5 Diarreia
Em algumas pessoas, episódios de diarreia são decorrentes de forte
estresse. Quando a diarreia se mostra constante e não há uma explicação física,
como a Síndrome do Intestino Irritável, é bem possível que se configure como
um caso de doença psicossomática.
Este, por sua vez, ao solicitar os exames, analisá-los e concluir que não
existe causa física comprovada para o mal que está sendo causado ao indivíduo,
pode constatar que se trata de uma doença psicossomática e encaminhar o
paciente a especialistas, como psicólogos e psiquiatras.
• Falta de ar constante;
• Taquicardia;
• Tremores;
• Dores no estômago (enjoo, queimação ou gastrite nervosa);
• Dores de cabeça constantes;
• Manchas espalhadas pelo corpo;
• Sensação de nó no peito e na garganta.
6 Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Referencias
Resumo
Abstract
Introdução
questão da relação corpo espírito”. (Weiss e English, 1952, cit. Cardoso, 1995,
p.7), assunto provavelmente tão antigo quanto à própria humanidade, uma vez
que a relação entre corpo e espírito foi e continua a ser assunto tão controvertido
e fecundo.
psíquica e a somática, uma vez que “todo sintoma histérico requer a participação
de ambos. Não pode ocorrer sem a presença de uma certa complacência
somática fornecida por algum processo normal ou patológico no interior de um
órgão do corpo ou com ele relacionado”. (Freud, 1905, Vol. VII, p. 47-48).
Portanto, para Freud, é esta complacência somática que “proporciona aos
processos psíquicos inconscientes uma saída no corporal” (Freud, 1905, loc.
cit.).
Na América, o interesse pela psicossomática surge por volta dos anos 30,
consolidando-se em meados deste século com Alexander e Dunbar da Escola
de Chicago. Estes autores consideram que os transtornos psicossomáticos
seriam “consequência de estados de tensão crônica, relativa à expressão
inadequada de determinadas vivências, que seriam derivadas para o corpo”.
(Cardoso, 1995, p.10). Defendem ainda a questão da especificidade da doença
psicossomática numa visão psicogenética. De acordo com a hipótese da
especificidade, “as diferentes doenças psicossomáticas corresponderiam
diferentes ‘factores psicológicos’, que para Dunbar seriam os tipos de
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Para este autor, apenas no campo das inervações voluntárias pode haver
a expressão simbólica do conteúdo psicológico, enquanto que é pouco provável
que nos órgãos internos haja expressão simbólica. Para explicar este
funcionamento, Alexander cria a noção de “neurose orgânica”, que abrange
todos os “distúrbios funcionais” dos órgãos vegetativos, causados por impulsos
nervosos, originados por processos emocionais “que ocorrem em algum lugar
nas áreas cortical e subcortical do cérebro” (Alexander, 1989, p.37).
Marty e M’Uzan (1983, cit. Silva e Caldeira, 1992, p.113),. a partir dos
estudos realizados por Fain e David, sobre a vida onírica e aplicados à seus
pacientes, perceberam que estes tinham uma forma peculiar de pensar e de lidar
com suas emoções. A esta forma de pensamento, estes autores denominaram
de “pensamento operatório”. Portanto, o conceito de “pensamento
operatório” surgiu nos últimos anos como consequência do desenvolvimento da
escola francesa e americana, para designar a forma de pensar e de lidar com
emoções de pacientes definidos como psicossomáticos.
Jonhn Nemiah e Peter Sifneos, dois analistas americanos, nos anos 70,
que se propuseram a realizar pesquisas sobre a forma peculiar de se comunicar
dos pacientes psicossomáticos, constataram, por meio do estudo minucioso de
entrevistas psiquiátricas, gravadas com pacientes que apresentavam alguma
doença psicossomática clássica, que dezesseis desses pacientes demonstraram
uma impressionante dificuldade de expressar ou descrever suas emoções
através da palavra, assim como uma acentuada diminuição dos pensamentos
fantasmáticos.
Referências Bibliográficas
Sami-Ali. (1993) Corpo Real. Corpo Imaginário. Artes Médicas. Porto Alegre,
1993. [ Links ]
Resumo
Definiçao de doença psicossomática. Mecanismos emocionais envolvidos
na gênese da doença e na relaçao médico/paciente. Teorias e abordagem
psicossomáticas. Sintomas psicossomáticos mais comuns na adolescência.
Toda doença humana é psicossomática, já que incide num ser que tem
corpo e mente inseparáveis anatômica e funcionalmente. Por isso a
expressao doença psicossomática nao é muito adequada, pois nela está
subentendido que existem outras doenças que nao sao psicossomáticas, ou
seja, com separaçao entre psique e soma. Corpo e mente sao indivisíveis, e
dentro dessa ótica todas as doenças sao psicossomáticas, porque atingem tanto
a psique como o soma. Entretanto, na visao biologicista da medicina atual e na
estrutura curricular da maioria das escolas médicas, observa-se uma
fragmentaçao do ser humano, que é estudado por partes e sistemas, e nao como
um todo. Em consequência, nesse quadro que se desenha, aprende-se a tratar
de doenças, e nao de pessoas doentes, que têm uma existência biológica,
psicológica e social.
Teoria Psicossomáticas
Abordagem Psicossomática
Perguntar ao paciente o que ele acha que tem, qual a possível causa de sua
doença;
Cefaleia
A investigação clínica habitual deve ser feita afastando-se alguma doença
de base, como as de causa neurológica, oftalmológica, otorrinolaringológica, etc.
A cefaleia sem causa orgânica bem definida geralmente é de intensidade leve
ou moderada, não impedindo o adolescente de continuar exercendo as
atividades normais do seu dia-a-dia. Frequentemente é difusa, crônica,
intermitente e acontece no decorrer ou final do dia. Raramente o paciente acorda
com dor pela manhã ou no meio da noite. É comum o adolescente relacionar a
dor a cansaço, estresse ou preocupação. Na investigação diagnóstica, o
profissional de saúde deve averiguar a presença de algo que esteja provocando
estresse nos ambientes em que o adolescente vive: lar, escola, trabalho. Outro
dado comum é a presença de cefaleia em membros da família.
Dor no Peito
Comum em pacientes ansiosos e deprimidos, geralmente não tem relação
com esforço físico nem com outros sintomas cardíacos ou respiratórios
associados. O exame físico é normal. Deve ser observada com atenção a dor
acompanhada de palpitações, que podem indicar a presença de uma arritmia
cardíaca. Quando não se encontram outros fatores orgânicos que justifiquem a
dor, devem-se aprofundar as questões relacionadas a determinados tipos de
estresse que não são regularmente relatados, como abuso sexual, medo de
gravidez, etc.
Dor Abdominal
É uma dor geralmente mal definida, de localização imprecisa, sem relação
com a ingestão de alimentos ou com o funcionamento intestinal. É crônica, de
pequena ou moderada intensidade, às vezes acompanhada de palidez e dor de
cabeça. A dor costuma melhorar com repouso adequado, alimentação saudável,
orientação sobre a abolição do uso do fumo e controle do uso de chicletes,
refrigerantes e bebidas alcoólicas.
Fadiga Crônica
Os pais se queixam muito do cansaço e da sonolência excessiva dos
filhos adolescentes. Nesses casos deve ser investigada a associação com
problemas infecciosos, imunológicos e alérgicos crônicos. A etiologia, porém,
permanece mal definida, e alguns autores atribuem tal cansaço crônico a um
quadro depressivo latente. A melhora dos sintomas se dá com orientação sobre
mudança de hábitos de vida, retomada de atividades físicas prazerosas e o uso
de antidepressivos em situações mais incapacitantes.
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Considerações Finais
A abordagem psicossomática privilegia o doente, e não a doença, e tenta
compreender seu significado. Relacionar um sintoma físico a um problema
emocional requer cuidado, paciência e raramente se consegue numa primeira
consulta. Para isso é necessário recolher uma história minuciosa, focalizando a
investigação no paciente, e não em seus sintomas, e dar-lhe chance de expor
seus sentimentos. A doença muitas vezes é uma escapatória de uma situação
de conflito ou aparece pela necessidade de atenção e carinho, necessidade de
ser cuidado.
Referências
1. Balint M. O médico, seu paciente e a doença. Rio de Janeiro: Atheneu, 1988.
Brasileiro, 1978.
12. Spitz RA. O primeiro ano de vida. Sao Paulo: Martins Fontes, 1988.
13. Strasburger VC, Brown RT. Psychosomatic disorders. In: Strasburger VC,
Brown RT. Adolescent medicine: a practical guide. Little Brown and Company:
Boston/Toronto/London, 1991. p.447-67.