2569-Texto Do Artigo-8336-1-10-20190723
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Nicômaco de Aristóteles
1
Loivo José Mallmann
1. Apresentação
1
Mestre em Teologia Moral pela Universidad Pontificia Comillas (Madri).
Professor de Filosofia e Ética da Unibrasil (Curitiba-PR) e do Colégio Nossa
Senhora Medianeira (Curitiba-PR).
A justiça na obra Ética a Nicômaco de Aristóteles
A vida de Aristóteles
Aristóteles nasceu em meados do ano 384 a.C. em Estagira,
pequena cidade a oeste da península Calcídica, ao norte do mar
Egeu. Seu pai, chamado Nicômaco, era médico e amigo do rei
Amintas III da Macedônia. A mãe de Aristótoles, chamada
Phaestis, nasceu em Cálcis, onde continuaram a viver seus
parentes.
Ainda jovem Aristóteles tornou-se órfão e Proxenos, casado
com sua irmã mais velha, passou a ser o seu tutor. Com 17 anos foi
levado pelo tutor para Atenas para continuar seus estudos.
Neste período Atenas concentrava os mais afamados
sofistas, cientistas e filósofos do mundo helênico. Os mestres
ministravam suas aulas em jardins e ginásios públicos da cidade.
Duas escolas tinham maior reputação e disputavam os melhores
alunos: uma era a escolha do grande orador Isócrates e a outra era a
Academia de Platão. Durante um tempo Aristóteles freqüentou as
duas escolas para depois incorporar-se na academia de Platão, onde
permaneceu por 20 anos2.
Durante o período em que permaneceu na Academia de
Platão sua atividade intelectual está vinculada aos principais temas
desenvolvidos pelo mestre: o tema do bem, as idéias-números, o
tema do uno e da infinitude3. O pensamento de Aristóteles vai,
contudo, separando-se pouco a pouco da influência do mestre e
tomando seus próprios contornos. Distintamente de Platão, o
Estagirita separa a reflexão ética sobre as virtudes dos problemas
lógicos e ontológicos criando assim a filosofia prática como
disciplina independente. Aristóteles também expõe suas objeções à
teoria platônica das idéias.
Em 347 a.C. parte, junto com Xenócrates, para a Ásia
Menor. São acolhidos por Hermías, governante de Atarneo, que
2
Cf. REALE, G. & ANTISERI, D. História da Filosofia – Vol. 1. São Paulo:
Paulus, 2003, p. 173.
3
Cf. GUARIGLIA, O. Ética y política según Aristóteles, Buenos Aires: Centro
Editor de América Latina, 1992, p. 11-19.
A obra de Aristóteles
A vasta produção científica de Aristóteles pode ser
classificada em três seções 6.
1) Obras destinadas a um público relativamente extenso;
2) Coleção de materiais compilados por seus discípulos;
3) Obras filosóficas e científicas redigidas por ele mesmo.
4
Cf. GUARIGLIA, O. Op. Cit. p. 11-19.
5
Cf. REALE, G. Op. Cit, p. 174.
6
Cf. FERRATER MORA, J. Vocablo Aristóteles, En: Diccionario de Filosofía
- Vol. I. 3 ed. Madrid: Alianza, 1981, p. 205-213.
7
. Cf. LIMA VAZ, Henrique. Escritos de Filosofía IV – Introduçao à Ética
Filosófica 1, Sao Paulo: Loyola, 1999, p. 205.
8
. Cf. idem, p. 109-126.
9
. Cf. ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2003.
10
. Cf. ARISTÓTELES, Op. Cit, I, 1: 1094 a 5.
11
. Cf. Idem, I, 4: 1095 b 15.
12
. Idem, I, 9: 1100 a 15.
13
. Idem, II, 6: 1107 a.
14
. ARISTÓTELES, Op. Cit., II, 6: 1107 a.
15
. Idem, II, 4: 1105 b 10.
16
. Idem, III, 9 – V.
17
. Cf. FRAILLE, G. Historia de la Filosofía - Vol. I - Grecia y Roma, Madrid:
BAC, 1956, pp. 493-514.
18
.Cf. ARANGUREN, J. L. Ética. 3 ed. Madrid: Revista Occidente, 1965, pp.
331-339.
19
.ARISTÓTELES, Op. Cit. V, 1129 b 31-32.
20
.GRACIA, D. Fundamentos de Bioética. Madrid: Eudema, 1989, pp. 199-216.
Justiça
particular: Justiça comutativa: relações
livremente consentidas
21
ARISTÓTELES, Op. Cit. V, 4: 1132 a 25
22
Cf. SAINT-ARNAUD, J. Les définitions Aristotéliciennes de la justice: leurs
rapports à la notion d´égalité, En: Philosophiques, Vol. XI, nº 1, avril 1994,
pp. 157-173.
23
Cf. GARZÓN DIAZ, F. A. Bioética – Manual Interativo en CD. Bogotá: 3R
Editores, 2000.
24
ABBAGNAMO, N. Historia de la Filosofía – Vol. I. Barcelona: Hora, 1999,
p. 150.
25
Cf. ARANGUREN, J. L. Op. cit., pp. 331-339.
Referências