Dissertacao Rafael Sarkis Onofre

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 92

2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS


Programa de Pós-Graduação em Odontologia

Dissertação

Restauração de dentes tratados endodonticamente:


Dissertação
ensaio clínico randomizado e revisão sistemática com
metanálise

Rafael Sarkis Onofre

Pelotas, 2012
2

RAFAEL SARKIS ONOFRE

Restauração de dentes tratados endodonticamente: ensaio clínico


randomizado e revisão sistemática com metanálise

Dissertação apresentada ao Programa de


Pós-Graduação em Odontologia da
Universidade Federal de Pelotas, como
requisito parcial à obtenção do título de
Mestre em Odontologia (área do
conhecimento: dentística).

Orientadora: Prof. Dra. Tatiana Pereira Cenci

Co-orientador: Prof. Dr. Maximiliano Sérgio Cenci

Pelotas, 2012
3

Banca examinadora:

Profa. Dra. Tatiana Pereira Cenci


Prof. Dr. Luiz Felipe Valandro
Prof. Dr. Flavio Fernando Demarco
Prof. Dr. Marcos Britto Correa (Suplente)
4

Agradecimentos
Á Deus que sempre meu deu forças para seguir adiante e sempre iluminou meu
caminho.
Aos meus pais e a minha irmã que sempre me incentivaram na busca dos meus
sonhos e me apoiaram nas minhas escolhas.
A toda minha família pelo incentivo constante e pelo apoio de sempre.
A todos os meus amigos que me apoiaram e incentivaram em todos os
momentos.
Ao Programa de Pós Graduação em Odontologia da UFPel em especial ao Prof.
Flávio Demarco pelo exemplo profissional, incentivo constante e por nunca medir
esforços para ajudar a todos.
A todos os Professores do Programa de Pós Graduação que direta ou
indiretamente fazem parte do meu crescimento profissional.
Ao Prof. Rogério de Castilho Jacinto pela ajuda de sempre e por desde o tempo
de graduação acreditar no meu trabalho.
À Prof. Noéli Boscato pela amizade, pelo carinho de sempre, pela ajuda na
execução deste trabalho e por fazer parte da minha formação.
Ao Prof. Rafael Ratto de Moraes pela amizade, pelo incentivo constante e pelas
nossas longas reflexões sobre pesquisa em odontologia.
Ao Prof. José Damé pela amizade, atenção de sempre e pelo suporte nos
procedimentos periodontais do projeto.
Aos alunos da graduação Kassiane Orlandi e Eduardo Bresolin pela amizade e
pela disponibilidade em realizar os procedimentos periodontais dos pacientes do
ProDente.
Á todos os alunos que participaram do Projeto de Extensão ProDente que
sempre se dedicaram na execução dos procedimentos.
Aos alunos da graduação e grandes amigos Murilo Luz e José Porto que tanto
ajudaram na execução desse projeto e de outras atividades.
Á todos os pacientes que participaram do projeto e permitiram que essa
pesquisa fosse executada.
Á todos meus colegas de Pós Graduação pela amizade e o companheirismo de
sempre nos momentos mais difíceis.
Á 4 grandes amigos: Fernanda Valentini pelo carinho e amizade de sempre.
Mauro Mesko pela amizade, incentivo e claro pelas reflexões diárias que fizeram
5

parte do meu crescimento profissional. Aline Moraes pela amizade, carinho,


companheirismo de todas as horas e pelo exemplo de profissional a ser seguido.
Jovito Skupien, pela contribuição na execução desse projeto mesmo longe, pela
amizade verdadeira de todas as horas, pela ajuda de sempre e com certeza pelos
momentos de reflexão acerca da vida e da odontologia que ajudaram no meu
crescimento profissional.

À minha orientadora Professora Tatiana (Tati):


Desde o tempo de graduação foste fundamental para a minha formação e de
toda a minha turma e por isso foste nossa paraninfa. Acima de tudo tu acabaste te
tornando uma grande amiga. A maneira como me orientastes permitiu que eu
pudesse trilhar meu próprio caminho e desenvolver meu senso crítico das coisas,
apenas me mostrando a direção correta a seguir. Agradeço também pelo incentivo
constante, pelas oportunidades, pela atenção de sempre e por não medir esforços
para a evolução dos teus orientados. Teus ensinamentos foram fundamentais para o
meu crescimento profissional e pessoal. És um exemplo de educadora/pesquisadora
e agora mãe.
Ao meu co-orientador Professor Maximiliano Cenci (Max):
Agradeço pelas oportunidades, pela confiança em mim e no meu trabalho e
acima de tudo pela grande amizade de todos os momentos. A maneira simples e
calma como encaras os desafios e o dia-dia são exemplos a serem seguidos.
Com certeza vocês dois são minhas referências como
educadores/pesquisadores.
À agência de fomento CAPES pela bolsa de estudos durante o desenvolvimento
desse projeto.
A todas as pessoas que entraram na minha vida e de qualquer forma fizeram
parte do meu crescimento como pessoa e como profissional.
6

“Eu sei o preço do sucesso: dedicação, trabalho duro, e uma


incessante devoção às coisas que você quer ver acontecer.”

Frank Lloyd Wright


7

NOTAS PRELIMINARES

A presente dissertação foi redigida segundo o Manual de Normas para Dissertações,


Teses e Trabalhos Científicos da Universidade Federal de Pelotas de 2006,
adotando o Nível de Descrição 4 – estruturas em Artigos, que consta no Apêndice D
do referido manual. Disponível no endereço eletrônico:

(http://www.ufpel.tche.br/prg/sisbi/documentos/Manual_normas_UFPel_2006.pdf).

O projeto de pesquisa contido nesta dissertação é apresentado em sua forma final


após qualificação realizado em maio de 2011 e aprovado pela Banca Examinadora
composta pelos Professores Doutores Tatiana Pereira Cenci, Fabio Garcia Lima,
Rafael Ratto de Moraes e Adriana Fernandes da Silva.
8

Resumo

ONOFRE, Rafael Sarkis. Restauração de dentes tratados endodonticamente:


ensaio clínico randomizado e revisão sistemática com metánalise. 2012. 92f.
Dissertação (Mestrado). Programa de Pós Graduação em Odontologia. Universidade
Federal de Pelotas, Pelotas.

A melhor maneira de se restaurar dentes tratados endodonticamente vem sendo


muito discutida na literatura principalmente porque alguns fatores como a escolha do
pino a ser utilizado pode influenciar o resultado final da restauração. Dois dos
retentores intra-radiculares mais utilizados atualmente são os núcleos metálicos
fundidos e os pinos de fibra de vidro. Além disso, existe uma grande variabilidade
de estudos in vitro que avaliam tanto a utilização de diferentes cimentos resinosos
como alterações das técnicas e a influência na resistência de união de pinos de fibra
de vidro. O objetivo deste trabalho foi avaliar as taxas de sucesso clínico de dentes
tratados endodonticamente sem remanescente coronário e restaurados com de pino
de fibra de vidro ou núcleo metálico fundido através de um ensaio clínico
randomizado. Além disso, realizar uma revisão sistemática da literatura de ensaios in
vitro que comparassem a resistência de união de pinos de fibra de vidro cimentados
com cimento resinoso regular e cimento resinoso autoadesivo. Para a revisão
sistemática, estudos in vitro que avaliaram a resistência de união de pinos de fibra
de vidro cimentados com cimento autoadesivo e cimento regular foram
selecionados. As seguintes metánalises foram realizadas: comparação global entre
cimento autoadesivo x cimento regular e análises de subgrupo cimento autoadesivo
x cimento regular (adesivo etch-and-rinse) e cimento autoadesivo x cimento regular
(adesivo self-etch). As três análises mostraram resultados estatisticamente
significantes e favorecendo o uso de cimento autoadesivo. No ensaio clínico, os
dentes selecionados foram randomizados e alocados em 2 grupos dependendo do
pino utilizado. Após 3 anos, 54 pacientes (72 dentes: 35 núcleos metálicos fundidos
e 37 pinos de fibra de vidro) foram avaliados. As taxas de sobrevivência foram
97,1% e 91,9% para núcleos metálicos fundidos e pinos de fibra de vidro
respectivamente. Quatro falhas foram observadas: duas descimentações de pinos
de fibra de vidro (pré-molar e dente anterior), uma descimentação de pino de fibra de
vidro associada a fratura radicular (pré-molar) e uma fratura radicular associada ao
uso de núcleo metálico fundido (molar). Conclui-se que a literatura sugere que o uso
de cimento resinoso autoadesivo poderia ajudar a conseguir maior resistência de
pinos de fibra vidro ao canal radicular e que após 3 anos, ambos os pinos
apresentaram performance semelhante.

Palavras-chave: Ensaio Clínico Controlado Aleatório, Cimentos de Resina, Pino de


Fibra de Vidro, Núcleo Metálico Fundido.
9

Abstract

ONOFRE, Rafael Sarkis. Restauração de dentes tratados endodonticamente:


ensaio clínico randomizado e revisão sistemática com metánalise. 2012. 92f.
Dissertação (Mestrado). Programa de Pós Graduação em Odontologia. Universidade
Federal de Pelotas, Pelotas.

The best way to restore endodontically treated teeth has been discussed in the
literature because some factors can influence the post selection and the final
restoration. Two of the most used intra-radicular posts are cast metal posts and glass
fiber posts. Moreover, there is a large variability of in vitro studies that evaluate the
use of different resin cement and the alterations of technique and the influence in the
bond strength of glass fiber posts. The aims of the study were to compare the
survival of two types of dental posts used to restore endodontically treated teeth with
great damage of coronal walls and verify through a systematic review if there is
difference on bond strength of glass fiber posts to dentin between self-adhesive and
regular resin cements. Systematic review: In vitro studies that investigated the bond
strength of glass fiber post luted with self-adhesive (RC) and regular (RC) were
selected. Global comparison between self-adhesive (RC) and regular resin cement
was performed. Two subgroup analyses were performed: self-adhesive resin cement
x regular resin cement (etch-and-rinse adhesive), self-adhesive resin cement x
regular resin cement (self-etch adhesive). The three analyses performed showed
favorable results to self-adhesive resin cement. Clinical trial: The teeth were
randomly allocated into two groups depending on the post used: glass fiber or cast
metal post. Fifty-four (45 women) patients and 72 teeth were evaluated up to 3 years
and the survival probabilities were 97.1% and 91.9% to cast metal posts and glass
fiber posts. Four failures were observed, 2 glass fiber posts debonding (premolar and
anterior tooth), 1 glass fiber post debonding associate with root fracture and 1 root
fracture with a cast metal post. We can conclude that in vitro literature seems to
suggest that the use of self-adhesive cement could help to achieve higher bond
strength of GFPs to the root canal and after 3 years of follow up, both posts
presented the same clinical performance and

Key Words

Randomized Controlled Trial, Resin Cements, Fiber-reinforced Post, Dowel and


Core, Bond Strength; Cementation; Dental Cements; Fiber Post; Review; Meta-
Analysis
10

Lista de Figuras

Figura 1 Fluxograma de acompanhamento da amostra.................................. 19

Figura 2 Processo de randomização dos procedimentos restauradores......... 21


11

Lista de Tabelas

Tabela 1: Materiais utilizados nos procedimentos clínicos...........................22


12

Lista de Abreviaturas e Siglas

mm: milímetros

NMF: núcleo metálico fundido

NaOCl: Hipoclorito de Sódio

s: segundos

UFPel: Universidade Federal de Pelotas


13

Sumário
1 Projeto de Pesquisa ....................................................................................................................14
1.1 Introdução e Revisão de Literatura ....................................................................................14
1.2 Justificativa ...........................................................................................................................17
1.3 Objetivo Geral ......................................................................................................................17
1.3.1 Objetivos Específicos ...................................................................................................17
1.4 Materiais e Métodos ............................................................................................................18
1.4.1 Desenho experimental..................................................................................................18
1.4.2 Amostra..........................................................................................................................18
1.4.3 Procedimentos clínicos.................................................................................................20
1.4.4 Métodos de avaliação ...................................................................................................22
1.4.5 Análise dos Dados ........................................................................................................23
1.4.6 Considerações Éticas ...................................................................................................23
1.4.7 Referências Bibliográficas ............................................................................................24
3 Artigo 1 .........................................................................................................................................29
4 Artigo 2 ................................................................................................................ 43_Toc341648299
5 Conclusão Geral .........................................................................................................................63
6 Referências Bibliográficas ..........................................................................................................64
Apêndices .......................................................................................................................................75
14

1 Projeto de Pesquisa

1.1 Introdução e Revisão de Literatura


Dentes tratados endodonticamente muitas vezes apresentam destruição da sua
porção coronária por cárie, trauma e até procedimentos endodônticos agressivos
(AKSORNMUANG et al., 2004; NAUMANN; BLANKENSTEIN; DIETRICH, 2005).
Essas destruições, quando muito severas, fazem com que seja necessária a
utilização de métodos adicionais de retenção do material restaurador coronário a
parte radicular do dente. Uma das alternativas para aumentar essa retenção e
fornecer estabilidade para a restauração final é a colocação de um pino intra-
radicular (ASSIF; GORFIL, 1994; MORGANO; BRACKETT, 1999).

Dentre as possibilidades clínicas nesses casos está o uso de núcleo metálico


fundido (NMF), indicado principalmente nos casos de destruição total da parte
coronária e em casos de próteses fixas extensas que necessitem de retenção intra-
radicular (MANNOCCI; FERRARI; WATSON, 1999; ZARONE et al., 2006). Os
núcleos metálicos fundidos têm demonstrado um desempenho satisfatório em
estudos clínicos a longo prazo, além de adaptação à configuração e angulação das
paredes do canal radicular e conexão ideal entre núcleo e pino impossibilitando,
assim, a separação entre ambos (STEWARDSON, 2001). No entanto, além de
requererem maior tempo de confecção e maior custo em relação aos pinos de fibra
de vidro e também não apresentarem propriedades estéticas (WALTON, 2003;
WEINE; WAX; WENCKUS, 1991), alguns autores afirmam que o uso de núcleo
metálico fundido pode influenciar a resistência mecânica dos dentes, aumentando o
risco de dano a estrutura residual remanescente (MANNOCCI; FERRARI; WATSON,
1999; ZARONE et al., 2006). Outras limitações desse tipo de dispositivo intra-
radicular seria a possibilidade apresentar corrosão e gerar pigmentação tanto
gengival como dentária, podendo representar risco para o desenvolvimento de
reações alérgicas (STEWARDSON, 2001).

Por essas razões, com o passar do tempo e com o aumento da demanda


estética, os núcleos metálicos fundidos começaram a perder espaço para outros
15

tipos de retentores intra-radiculares. Na década de 90, surgiram os pinos de fibra de


carbono que, no entanto, apresentavam limitações como o fato de serem
radiolúcidos, da dificuldade de mascarar o seu uso com restaurações cerâmicas e
com resina composta e o fato de possuírem rigidez semelhante aos pinos metálicos
(ASMUSSEN; PEUTZFELDT; HEITMANN, 1999; VICHI; FERRARI; DAVIDSON,
2000). Em seguida, a partir de 2000, surgiram os pinos de fibra de vidro com o
objetivo principal de oferecer melhores resultados estéticos (GIACHETTI et al.,
2009), e que hoje se sabe geram uma distribuição mais homogênea da tensão na
interface adesiva comparado com os núcleos metálicos fundidos, reduzindo assim o
risco de fraturas radiculares (SILVA et al., 2009). Além disso, os dentes restaurados
com pinos pré-fabricados reforçados com fibra de vidro, quando comparados com
NMF’s e cimentados de maneira semelhante, apresentam um sistema
mecanicamente mais homogêneo (SOARES et al., 2010). No entanto, umas das
principais falhas quando do uso desse tipo de pino é a sua descimentação,
principalmente pelo fato da adesão a dentina intra-radicular ainda ser um desafio
clínico, resultado de uma técnica de cimentação adesiva complexa e com alto grau
de sensibilidade (FERRARI et al., 2000; QUALTROUGH; MANNOCCI, 2003).

O papel desempenhado pelo cimento no aumento da força de retenção e da


resistência à fratura de pinos tem sido relatado como crucial tanto em estudos in
vitro como em estudos de acompanhamento clínico (AYAD; ROSENSTIEL;
SALAMA, 1997; BOLHUIS et al., 2004; DIETSCHI et al., 2008; HAGGE; WONG;
LINDEMUTH, 2002; NAUMANN et al., 2008). No caso dos núcleos fundidos, a
interação entre o conjunto pino/cimento/dentina radicular pode acarretar em
problemas biomecânicos devido à diferença nas propriedades dos componentes
(ESKITASCIOGLU; BELLI; KALKAN, 2002). Tanto o cimento de ionômero de vidro
como o cimento de fosfato de zinco são amplamente utilizados para a cimentação
dessa modalidade de retenção devido à simplicidade e eficácia comprovada. No
entanto, a cimentação com cimento resinoso tem se mostrado efetiva e apresentado
tanto uma melhoria nas taxas de sucesso a longo prazo, quando consideramos os
núcleos fundidos, principalmente porque apresentam propriedades físicas
16

semelhantes à dentina (BALBOSH; LUDWIG; KERN, 2005; DIETSCHI et al., 2008;


NAUMANN et al., 2008) como altos valores de resistência à fratura quando
comparados com cimento de fosfato de zinco(SOARES et al., 2010). Além disso,
tanto o cimento de fosfato de zinco como o cimento de ionômero de vidro produzem
altos níveis de concentração de tensão na interface cimento/dentina (SOARES et al.,
2010), o que poderia resultar em uma possível fratura radicular.

No caso dos pinos pré-fabricados de fibra de vidro, o uso de cimento resinoso


como modalidade de cimentação tem mostrado altos valores de resistência de união
(KECECI; UREYEN KAYA; ADANIR, 2008) e aumento da resistência à fratura em
comparação a cimentos não-resionosos (COHEN et al., 1998; DUNCAN;
PAMEIJER, 1998; MENDOZA et al., 1997; ROSIN et al., 2000).

Existem hoje no mercado odontológico cimentos resinosos que se diferem no


sistema adesivo usado para tratamento de superfície pré-cimentação: o que usa o
sistema adesivo do tipo etch-and-rinse (RADOVIC et al., 2008) e o que usa para
tratamento de superfície os primers self-etch (BITTER et al., 2006). Recentemente,
foi introduzido no mercado, os cimentos resinosos auto-adesivos que dispensam
qualquer tipo de tratamento de superfície (GUARDA et al., 2010; KECECI; UREYEN
KAYA; ADANIR, 2008; RADOVIC et al., 2008) e que segundo estudo baseado em
prática clínica, tem se mostrado um produto de fácil uso (BURKE; CRISP; RICHTER,
2006) quando comparado aos cimentos convencionais.

Os cimentos resinosos auto-adesivos, segundo informações do fabricante,


possuem sua capacidade de adesão baseada na presença de monômeros ácidos
que desmineralizam e infiltram o substrato dentário e criam uma retenção
micromecânica e adesão química à hidroxiapatita. Essa adesão química, juntamente
com a capacidade de liberação de íons flúor, pode desempenhar papel importante
na durabilidade e na propriedade cariostática desse material (RADOVIC et al.,
2008). Bitter et al., (2009) mostraram que com a utilização desse tipo de cimento
dificilmente se tem a hibridização da dentina. Além disso, o estudo mostrou que
apenas em alguns espécimes houve a penetração do cimento nos túbulos
dentinários concluindo que não há dissolução da camada de smear layer na
interface dentina/cimento. Alguns estudos (BITTER et al., 2006; BITTER et al., 2009)
têm mostrado valores de resistência de união à dentina radicular maiores para os
17

cimentos auto-adesivos em comparação com outros tipos de cimentos resinosos.


Este fato poderia ser explicado em parte por uma maior tolerância dessa modalidade
de cimento à umidade, o que favoreceria a adesão à dentina radicular (BITTER et
al., 2006).

Contudo, não existem ainda estudos clínicos comparando a taxa de


sobrevivência de pinos de fibra de vidro comparados a núcleos metálicos fundidos
cimentados com cimento auto-adesivo. Além disso, estudos clínicos bem
delineados, seguindo princípios básicos de pesquisa clínica que permitam
inferências com menor probabilidade de vieses são raros dentro dessa linha de
pesquisa.

1.2 Justificativa
Esse trabalho se justifica pelo fato de existirem poucos ensaios clínicos
randomizados nessa área de pesquisa e pelo fato de que os pinos de fibra de vidro e
os núcleos metálicos fundidos são as duas modalidades de retenção intra-radicular
mais usadas atualmente. Além disso, o uso de cimentos auto-adesivos já é uma
realidade dentro da clínica odontológica sendo importante a avaliação clínica do seu
desempenho e o estabelecimento de protocolos clínicos confiáveis para seu uso.

1.3 Objetivo Geral


Avaliar a taxa de sobrevivência de núcleos metálicos fundidos e pinos pré-
fabricados reforçados por fibra de vidro, em um período de até 36 meses.

1.3.1 Objetivos Específicos

Comparar em períodos de 1 a 3 anos, a taxa de sobrevivência


de pinos pré-fabricados reforçados por fibra de vidro e núcleos
metálicos fundidos cimentados com cimento resinoso auto-
adesivo;
Comparar as diferenças de sobrevivência destes pinos entre
dentes posteriores e anteriores;
Comparar as diferenças de sobrevivência destes pinos entre
maxila e mandíbula.
18

Comparar a taxa de sobrevivência de coroas metalocerâmicas


cimentadas sobre núcleos metálicos fundidos e núcleos de
resina composta.

A hipótese nula a ser testada é a de que não haverá diferença entre os tipos
de pinos, tipo de dente ou localização do dente na arcada.

1.4 Materiais e Métodos

1.4.1 Desenho experimental

Este estudo será um ensaio clínico controlado e randomizado, de grupos


paralelos e duplo-cego (paciente e avaliador), desenhado seguindo as
recomendações do CONSORT, onde será avaliada a taxa de sobrevivência de dois
tipos de retentores intra-radiculares (núcleo metálico fundido e pino de fibra de vidro)
cimentados com cimento auto-adesivo. Para tal, serão selecionados indivíduos que
possuam dente tratado endodonticamente e que necessitem de retenção
intracoronária para confecção de núcleo (utilizando núcleo metálico fundido ou pino
de fibra de vidro com núcleo coronário em resina composta) e posterior confecção
de prótese fixa unitária, também cimentada com cimento auto-adesivo. Após um
período de 1 a 3 anos, os dentes serão reavaliados clinica e radiograficamente e as
falhas anotadas e avaliadas em forma de curva de sobrevivência. Todos operadores
envolvidos no procedimentos clínicos passaram por treinamento prévio que incluía
aulas teóricas sobre o tema.

1.4.2 Amostra

Serão selecionados os pacientes atendidos no Projeto de Extensão de


reabilitação de dentes tratados endodonticamente - ProDente, da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Pelotas. O cálculo de amostra será
realizado utilizando software disponível na rede mundial de computadores para
estabelecer o número total de dentes a serem restaurados.
Os pacientes, previamente selecionados pelo serviço de triagem da Faculdade
de Odontologia da UFPel, passarão por análise e todos que se enquadrarem nos
19

critérios de inclusão e aceitarem participar do estudo entrarão no processo de


randomização. Após, os pacientes serão alocados em uma das intervenções, núcleo
metálico fundido ou pino de fibra de vidro ambos cimentados com U100, no entanto,
só serão acompanhados e farão parte da análise os pacientes que receberem a
intervenção e que não forem excluídos da amostra, por algum motivo, durante o
acompanhamento (Figura 1).

Figura 1: Fluxograma de acompanhamento da amostra.

Os critérios de inclusão serão indivíduos com boa saúde geral e bucal, que
possuam dentes anteriores ou posteriores tratados endodonticamente e que
necessitem de retentor intra-radicular para serem restaurados. Além disso, os
pacientes deverão ter contatos oclusais posteriores simultâneos bilaterais,
atendendo ao critério de oclusão mutuamente protegida. Os critérios de exclusão,
20

excluirão indivíduos com dentes que apresentem mobilidade maior que grau 1,
dentes tratados endodonticamente que apresentem canais radiculares amplos,
pacientes com doença periodontal não tratada, pacientes com alguma doença
sistêmica que interfira na qualidade óssea, dentes com presença de lesão periapical
e que não possa ser eliminada com tratamento endodôntico adequado, presença de
problemas oclusais não tratados, utilização de próteses totais ou parciais removíveis
extensas antagonistas ao dente a ser restaurado

1.4.3 Procedimentos clínicos


Os pacientes elegíveis passarão por uma anamnse e receberão inicialmente
exame clínico dentário, periodontal e avaliação de oclusão. Necessidades de
tratamento odontológico serão realizadas previamente aos procedimentos
experimentais. Após o restabelecimento de condições clínicas de saúde na cavidade
bucal, se for o caso, os pacientes estarão aptos a receberem os procedimentos
restauradores.
Todos os pacientes selecionados já estarão com o tratamento endodôntico
finalizado através de técnicas de rotina que incluem o uso de dique de borracha,
instrumentação químico-mecânica com NaOCl 2 % e limas endodônticas, obturação
com guta percha e cimento endodôntico (Endofill - Dentsply Ind. Com. Ltda,
Petrópolis, RJ, Brasil) e condensação pela técnica lateral.
Inicialmente será preenchida uma ficha onde será anotado desde anamnese até
os dados do dente a ser restaurado, como número de contatos proximais, presença
de contato com dentes antagonistas, grau de mobilidade, profundidade de
sondagem, entre outros (Apêndice A). Os procedimentos experimentais
restauradores serão definidos pelo processo de randomização conforme a figura 2.
21

Figura 2: Processo de randomização dos procedimentos restauradores.

A randomização dos procedimentos experimentais será realizada através de


uma tabela de números aleatórios gerados por computador, sendo que para
assegurar a ocultação da randomização serão utilizados envelopes opacos
numerados consecutivamente, como sorteio 1. O sorteio 1 será para decidir o tipo de
retentor será utilizado (NMF ou pino de fibra de vidro) e a partir daí, será realizado o
tratamento conforme descrito abaixo e, seguido da confecção de coroa
metalocerâmica. Todos os procedimentos clínicos seguirão protocolos pré-
estabelecidos (Apêndice B) e todos os materiais usados estão especificados na
tabela 1.
22

Material Nome Comercial/Empresa


Cimento Resinoso Auto Adesivo RelyX U100; 3M, ESPE, St Paul, MN, EUA
Pino de Fibra de Vidro White Post DC; FGM, Joinville, SC, Brasil
Resina Acrílica Auto Polimerizável Duralay II Lab Pattern Resin; Polidental, Cotia, SP, Brasil
Poliéter Impregum; 3M, ESPE, St Paul, MN, EUA
Agente de União Silano ProSil; FGM, Joinville, SC, Brasil
Resina Composta Z250; 3M, ESPE, St Paul, MN, EUA
Adesivo Dentinário ScotchBond Multi Purpuse; 3M, ESPE, St Paul, MN, EUA
Cimento Endodôntico Endofill; Dentsply Ind. Com. Ltda, Petrópolis, RJ, Brasil

Tabela 1: Materiais utilizados nos procedimentos clínicos.

1.4.4 Métodos de avaliação


Após a cimentação dos pinos e confecção dos núcleos de preenchimento, esse
momento será considerado o baseline para a cimentação do pino. As avaliações
clínicas subsequentes serão realizadas após um período aproximado de 1 a 3 anos
e consistirão de diversas avaliações, como a radiográfica e da ausência de
complicações protéticas após a cimentação dos pinos. O desfecho primário a ser
avaliado será a ausência de perda da união adesiva dos pinos intra-radiculares com
as paredes do conduto radicular e fratura do pino. Nos casos em que ocorrer a
descimentação da coroa protética e esta for passível de recimentação será
considerado como reparo da restauração, sem prejuízo ao conjunto
pino/cimento/dentina.
Além disso, serão consideradas como falhas as situações em que após
avaliações clínicas e radiográficas dos dentes haja a presença de alguma alteração
endodôntica patológica impossível de ser tratada, fratura radicular, fratura do núcleo,
evidência clínica e/ou radiográfica de que existe fenda marginal entre a restauração
e dente, exodontia, cárie secundária ou defeitos marginais e o relato de
sensibilidade pós-operatória do paciente. Todos os critérios avaliados serão
preenchidos numa ficha de avaliação (Apêndice C).
23

1.4.5 Análise dos Dados


Dois avaliadores previamente calibrados farão a avaliação clínica e radiográfica
independentemente e deverão ter uma taxa de concordância de 80% ou mais para
ser estatisticamente aceitável. Será feita uma estatística descritiva para a descrição
dos critérios acima mencionados. Diferenças entre o baseline e a avaliação de 1 a 3
anos será avaliada através do teste de McNemar (α = 0,05). Ainda, as diferenças
entre pinos em cada período de avaliação serão analisadas através do teste qui-
quadrado (α = 0,05).
Para cada pino cimentado será anotado a tempo em meses em que a falha
ocorreu e, se não ocorrer falha, será anotado o tempo de sobrevivência. A
sobrevivência dos pinos cimentados em função das variáveis (tipo de pino e
localização do dente - anterior ou posterior / maxila ou mandíbula) será avaliada
através das curvas de sobrevivência de Kaplan-Meier, se houver número suficiente
de falhas para permitir o uso do método.

1.4.6 Considerações Éticas


Esse projeto foi submetido ao comitê de ética e pesquisa da Faculdade de
Odontologia da UFPel e aprovado sob parecer no 122/2009 (Apêndice D). Todos os
pacientes elegíveis serão informados dos objetivos do estudo, riscos e benefícios
associados aos procedimentos experimentais e os que aceitarem participar
assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice E).
24

1.4.7 Referências Bibliográficas

AKSORNMUANG, J., FOXTON, R. M., NAKAJIMA, M., TAGAMI, J. Microtensile


bond strength of a dual-cure resin core material to glass and quartz fibre posts.
Journal of Dentistry, v.32, n.6, p.443-450, 2004.

ASMUSSEN, E., PEUTZFELDT, A., HEITMANN, T. Stiffness, elastic limit, and


strength of newer types of endodontic posts. Journal of Dentistry, v.27, n.4, p.275-
278, 1999.

ASSIF, D., GORFIL, C. Biomechanical considerations in restoring endodontically


treated teeth. Journal of Prosthetic Dentistry, v.71, n.6, p.565-567, 1994.

AYAD, M. F., ROSENSTIEL, S. F., SALAMA, M. Influence of tooth surface


roughness and type of cement on retention of complete cast crowns. Journal of
Prosthetic Dentistry, v.77, n.2, p.116-121, 1997.

BACHICHA, W. S., DIFIORE, P. M., MILLER, D. A., LAUTENSCHLAGER, E. P.,


PASHLEY, D. H. Microleakage of endodontically treated teeth restored with posts.
Journal of Endodontics, v.24, n.11, p.703-708, 1998.

BALBOSH, A., LUDWIG, K., KERN, M. Comparison of titanium dowel retention using
four different luting agents. Journal of Prosthetic Dentistry, v.94, n.3, p.227-233,
2005.

BITTER, K., MEYER-LUECKEL, H., PRIEHN, K., KANJUPARAMBIL, J. P.,


NEUMANN, K., KIELBASSA, A. M. Effects of luting agent and thermocycling on bond
strengths to root canal dentine. International Endodontics Journal, v.39, n.10,
p.809-818, 2006.

BITTER, K., PARIS, S., PFUERTNER, C., NEUMANN, K., KIELBASSA, A. M.


Morphological and bond strength evaluation of different resin cements to root dentin.
European Journal of Oral Sciences, v.117, n.3, p.326-333, 2009.

BOLHUIS, H. P., DE GEE, A. J., PALLAV, P., FEILZER, A. J. Influence of fatigue


loading on the performance of adhesive and nonadhesive luting cements for cast
post-and-core buildups in maxillary premolars. International Journal of
Prosthodontics, v.17, n.5, p.571-576, 2004.

BURKE, F. J., CRISP, R. J., RICHTER, B. A practice-based evaluation of the


handling of a new self-adhesive universal resin luting material. International Dental
Journal, v.56, n.3, p.142-146, 2006.

DIETSCHI, D., DUC, O., KREJCI, I., SADAN, A. Biomechanical considerations for
the restoration of endodontically treated teeth: a systematic review of the literature,
Part II (Evaluation of fatigue behavior, interfaces, and in vivo studies). Quintessence
International, v.39, n.2, p.117-129, 2008.
25

ESKITASCIOGLU, G., BELLI, S., KALKAN, M. Evaluation of two post core systems
using two different methods (fracture strength test and a finite elemental stress
analysis). Journal of Endodontics, v.28, n.9, p.629-633, 2002.

FERRARI, M., VICHI, A., MANNOCCI, F., MASON, P. N. Retrospective study of the
clinical performance of fiber posts. American Journal of Dentistry, v.13, n.Spec No,
p.9B-13B, 2000.

GIACHETTI, L., GRANDINI, S., CALAMAI, P., FANTINI, G., SCAMINACI RUSSO, D.
Translucent fiber post cementation using light- and dual-curing adhesive techniques
and a self-adhesive material: push-out test. Journal of Dentistry, v.37, n.8, p.638-
642, 2009.

GUARDA, G. B., GONCALVES, L. S., CORRER, A. B., MORAES, R. R.,


SINHORETI, M. A., CORRER-SOBRINHO, L. Luting glass ceramic restorations
using a self-adhesive resin cement under different dentin conditions. Journal
Applied of Oral Science v.18, n.3, p.244-248, 2010.

HAGGE, M. S., WONG, R. D., LINDEMUTH, J. S. Retention strengths of five luting


cements on prefabricated dowels after root canal obturation with a zinc
oxide/eugenol sealer: 1. Dowel space preparation/cementation at one week after
obturation. Journal of Prosthodontics, v.11, n.3, p.168-175, 2002.

KECECI, A. D., UREYEN KAYA, B., ADANIR, N. Micro push-out bond strengths of
four fiber-reinforced composite post systems and 2 luting materials. Oral Surgery
Oral Medicine Oral Pathology Oral Radiology & Endodontics, v.105, n.1, p.121-
128, 2008.

MANNOCCI, F., FERRARI, M., WATSON, T. F. Intermittent loading of teeth restored


using quartz fiber, carbon-quartz fiber, and zirconium dioxide ceramic root canal
posts. Journal of Adhesive Dentistry, v.1, n.2, p.153-158, 1999.

MENDOZA, D. B., EAKLE, W. S., KAHL, E. A., HO, R. Root reinforcement with a
resin-bonded preformed post. Journal of Prosthetic Dentistry, v.78, n.1, p.10-14,
1997.

MORGANO, S. M., BRACKETT, S. E. Foundation restorations in fixed


prosthodontics: current knowledge and future needs. Journal of Prosthetic
Dentistry, v.82, n.6, p.643-657, 1999.

NAUMANN, M., BLANKENSTEIN, F., DIETRICH, T. Survival of glass fibre reinforced


composite post restorations after 2 years-an observational clinical study. Journal of
Dentistry, v.33, n.4, p.305-312, 2005.

NAUMANN, M., STERZENBACH, G., ROSENTRITT, M., BEUER, F.,


FRANKENBERGER, R. Is adhesive cementation of endodontic posts necessary?
Journal of Endodontics, v.34, n.8, p.1006-1010, 2008.
26

QUALTROUGH, A. J., MANNOCCI, F. Tooth-colored post systems: a review.


Operative Dentistry, v.28, n.1, p.86-91, 2003.

RADOVIC, I., MAZZITELLI, C., CHIEFFI, N., FERRARI, M. Evaluation of the


adhesion of fiber posts cemented using different adhesive approaches. European
Journal of Oral Sciences, v.116, n.6, p.557-563, 2008.

RADOVIC, I., MONTICELLI, F., GORACCI, C., VULICEVIC, Z. R., FERRARI, M.


Self-adhesive resin cements: a literature review. Journal of Adhesive Dentistry,
v.10, n.4, p.251-258, 2008.

SILVA, N. R., CASTRO, C. G., SANTOS-FILHO, P. C., SILVA, G. R., CAMPOS, R.


E., SOARES, P. V., SOARES, C. J. Influence of different post design and
composition on stress distribution in maxillary central incisor: Finite element analysis.
Indian Journal of Dental Research, v.20, n.2, p.153-158, 2009.

SOARES, C. J., RAPOSO, L. H., SOARES, P. V., SANTOS-FILHO, P. C.,


MENEZES, M. S., SOARES, P. B., MAGALHAES, D. Effect of different cements on
the biomechanical behavior of teeth restored with cast dowel-and-cores-in vitro and
FEA analysis. Journal of Prosthodontics, v.19, n.2, p.130-137, 2010.

STEWARDSON, D. A. Non-metal post systems. Dental Update, v.28, n.7, p.326-


332, 334, 336, 2001.

VICHI, A., FERRARI, M., DAVIDSON, C. L. Influence of ceramic and cement


thickness on the masking of various types of opaque posts. Journal of Prosthetic
Dentistry, v.83, n.4, p.412-417, 2000.

WALTON, T. R. An up to 15-year longitudinal study of 515 metal-ceramic FPDs: Part


2. Modes of failure and influence of various clinical characteristics. International
Journal of Prosthodontics, v.16, n.2, p.177-182, 2003.

WEINE, F. S., WAX, A. H., WENCKUS, C. S. Retrospective study of tapered, smooth


post systems in place for 10 years or more. Journal of Endodontics, v.17, n.6,
p.293-297, 1991.

ZARONE, F., SORRENTINO, R., APICELLA, D., VALENTINO, B., FERRARI, M.,
AVERSA, R., APICELLA, A. Evaluation of the biomechanical behavior of maxillary
central incisors restored by means of endocrowns compared to a natural tooth: a 3D
static linear finite elements analysis. Dental Materials, v.22, n.11, p.1035-1044,
2006.
27

2 Relatório de Trabalho de Campo

O projeto referente a este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (FO-UFPel/ RS)
sob parecer nº122/2009 (Apêndice D). Todos os pacientes convidados a participar
do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, a fim de
autorizar sua participação no estudo (Apêndice E).

Os procedimentos clínicos realizados fazem parte do Projeto de Extensão da


Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas (ProDente) para
reabilitação de dentes tratados endodonticamente e foram realizados por alunos de
graduação (8º, 9º e 10º semestres) e por alunos de pós graduação sob orientação
de professores com experiência no assunto.

Os procedimentos clínicos realizados são considerados de pequena/média


complexidade, no entanto, requeriam mais de uma consulta clínica fazendo com que
para conseguirmos um n amostral estimado os procedimentos eram realizados no
horário normal do Projeto assim como em horários extras.

A logística do projeto de extensão contava com alunos de graduação


responsáveis apenas pela organização das fichas e materiais, alunos responsáveis
apenas pelos procedimentos de endodontia e alunos responsáveis pelos
procedimentos de dentística e prótese. Os pacientes triados foram encaminhados
pelos próprios alunos participantes do projeto, por professores da faculdade e até
por dentistas da cidade de Pelotas. Os pacientes que necessitavam de
procedimentos clínicos prévios a reabilitação dos dentes (ex: RAP, aumento de
coroa clínica) foram encaminhados para as disciplinas responsáveis ou Projetos de
Extensão.

Inicialmente foram realizadas aulas teóricas para calibração dos alunos


participantes do projeto, além disso, foram elaborados protocolos de atendimento os
28

quais os alunos tinham acesso na hora da realização dos procedimentos. Todos os


pacientes ao fim do tratamento receberam como presente um fio dental em formato
de cartão, que continha o contato dos pesquisadores responsáveis para que os
pacientes entrassem em contato caso precisassem de algo ou trocassem de
telefone. As grandes dificuldades para execução desse projeto de pesquisa são
relacionadas à logística de funcionamento do projeto e por isso contava-se com uma
equipe trabalhando junto. Todos os passos de execução do projeto foram realizados
pelos pesquisadores responsáveis que iam desde a triagem dos pacientes,
passando pela verificação e compra de materiais. A parte de reavaliação dos
pacientes também foi difícil visto que não se contava com serviço de uma pessoa
para entrar em contato com os pacientes e marcar as consultas de reavaliação, por
isso, esses contatos foram realizados pelos próprios pesquisadores.

Alguns pacientes mesmo sabendo que faziam parte de uma pesquisa


tiveram que ser convencidos da importância de consultas de reavaliação, além
disso, alguns pacientes haviam trocado de telefone. Nesses casos foram contatados
todos os telefones que estavam na ficha, inclusive de familiares, para conseguirem-
se os novos telefones dos pacientes. Nos casos que não se conseguiu, foram
enviadas cartas via correio explicando a situação e que assim que possível eles
entrassem em contato com um dos pesquisadores responsáveis. Os horários das
reavaliações eram adaptados aos horários dos pacientes visto que alguns não
residiam na cidade de Pelotas e necessitavam de deslocamento.

Durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa e de um aprofundamento


a cerca do assunto os pesquisadores questionaram-se sobre uma variabilidade de
dados e estudos in vitro que comparavam a utilização de diferentes cimentos
resinosos e alterações das técnicas na resistência de união de pinos de fibra de
vidro. A partir disso, surgiu à ideia de realizar uma revisão sistemática sobre o
assunto e esse artigo (1) é parte constituinte dessa dissertação de mestrado.
29

3 Artigo 1
The role of resin cement on bond strength of glass-fiber posts luted into root
canals: a systematic review and meta-analysis §

Rafael Sarkis-Onofre, DDSa

Jovito Adiel Skupien, MScb

Maximiliano Sérgio Cenci, PhDc

Rafael Ratto de Moraes, PhDc

Tatiana Pereira-Cenci, PhDc

Graduate Program in Dentistry, Federal University of Pelotas, Pelotas, Brazil

a: MSc Student - Graduate Program in Dentistry, Federal University of Pelotas,


Pelotas, Brazil

b: PhD Student - Graduate Program in Dentistry, Federal University of Pelotas,


Pelotas, Brazil

c: Professor, Graduate Program in Dentistry, Federal University of Pelotas, Pelotas,


Brazil

Corresponding author:
Tatiana Pereira-Cenci
R. Gonçalves Chaves 457
Pelotas, RS, Brazil 96015-560
30

e-mail: [email protected]

Tel/Fax: 32256741 ext. 134


§ Artigo formatado segundo as normas do periódico Journal of Endodontics.
31

The role of resin cement on bond strength of glass fiber posts luted into root canals:
a systematic review and meta-analysis
Abstract

Introduction: Due to the several possibilities on cementation of glass fiber posts


(GFPs), there is no consensus about the best strategy to achieve high values of bond
strength.
Purpose: A systematic review was conducted to verify if there is difference on bond
strength to dentin between self-adhesive and conventional resin cements (RC) and
verify the influence of several variables on the bond strength of GFPs
Material and Methods: This report followed the PRISMA statement. In vitro studies
that investigated the bond strength of glass fiber post luted with self-adhesive and
regular RCs were selected. Searches were carried out in PubMed and Scopus
databases from 1950 to October 2012. There was no language restriction. Global
comparison between self-adhesive and regular resin cements was performed. Two
subgroup analyses were performed: self-adhesive resin cement x regular resin
cement (etch-and-rinse adhesive), self-adhesive resin cement x regular resin cement
(self-etch adhesive). The analyses were carried out using fixed-effect and random-
effect models.
Results: When the fixed-effect was used the results showed heterogeneity in all
comparisons and higher bond strength to dentin was identified under self-adhesive
RC use than under regular RC use; self-adhesive RC presented higher dentin bond
strength than regular RC (etch and rinse) and than regular RC (self-etch adhesive).
To random-effects model the data remained with high heterogeneity and the results
showed no difference between comparisons.
Conclusion: In vitro literature seems to suggest that the use of self-adhesive cement
could help to achieve higher bond strengths of GFPs to the root canal.
Key words: Bond Strength; Cementation; Dental Cements; Fiber Post; Review;
Meta-Analysis
32

INTRODUCTION

The use of glass-fiber posts (GFPs) has increased in the last years compared
with other types of posts (1). In addition to their aesthetics (2), GFPs have similar
elastic modulus to dentin, providing a more homogeneous dissipation of loading
stresses to the tooth/cement/post structure compared with rigid posts (3). However,
the main reason for failures of GFPs is still debonding (4), which occurs mainly
because of the difficulties in achieving proper adhesion to intraradicular dentin. The
cementation of GFPs into root canals is a clinical challenge due to the complex
cementation techniques with high level of technique sensitivity (1)

Resin-based cements are commonly used for bonding GFPs to intraradicular


dentin. Combination of etch-and-rinse adhesive system and resin cement is the most
common approach used in dental practice (1, 5, 6). In the past decade, self-adhesive
resin cements were introduced resulting in easier clinical application compared to
regular resin cements (7). Despite some clinical studies testing different types of
posts reported in the literature (5, 6, 8, 9), most of the knowledge on the retention of
GFPs cemented with resin cements is available from in vitro studies, which tested
several cementation strategies and performed different bond strength tests (10, 11).

Even with the advances in materials and techniques to make the cementation
procedures easier, it is important to understand all factors involved in post
cementation, not only concerning the type of resin cement used but also related to
the use of several approaches attempting to improve the bond strength. Thus, it is
still difficult for the clinician to choose the best and most efficient strategy for the
luting of glass-fiber posts. Additionally, there is little evidence available from clinical
studies on the performance of GFPs to base clinical decisions, which might lead the
clinicians to rely on in vitro data for the selection of the best cementation strategy to
be used or in their own clinical experience. Therefore, pooled in vitro data could draw
more solid conclusions on which strategy to use.

The aim of this study was to systematically review the literature for in vitro studies
comparing the bond strength of GFPs cemented with regular and self-adhesive resin
cements and to verify the influence of cementation strategies among studies on the
retention of GFPs to intraradicular dentin.
33

MATERIAL AND METHODS


Search strategy

This systematic review was performed according to the PRISMA statement


(12). Two electronic databases (Medline and Scopus) were searched to identify
manuscripts that could meet the following inclusion criteria: in vitro studies that
evaluated and compared the retention (bond strength values, in MPa) of GFPs
cemented into root canals of human or bovine teeth using both regular resin cement
and self-adhesive resin cement.

The following strategy was used for the searches: (glass fiber post) AND (resin
cement) AND (bond strength); (glass fiber post) AND (push out); (self* resin cement)
AND (glass fiber post) AND (bond strength); (glass-fiber OR glass fiber), and (post)
AND (bond* OR adhes*). The same strategy was performed changing the term post
for dowel.

Screening and selection

No publication year or language limit was used, and the last search was made
in October 2012. Reference lists of included studies were hand searched for
additional manuscripts. In vivo and in situ studies, other types of posts that non
glass-fiber reinforced, cementation performed in substrates other than teeth, or
studies that did not compare the bond strength between the two types of resin
cements were excluded.

Two independent reviewers (R.S.O. and J.A.S.) first screened the titles
identified in the searches. If the title indicated possible inclusion, the abstract was
then evaluated. After the abstracts were carefully appraised, manuscripts considered
eligible for the review or in case of doubt, the paper was selected for full-text reading.
In case of disagreement, a third reviewer (R.R.M.) decided if the paper should be
included or not (Figure 1).
34

Figure 1 – Selection procedures according to the PRISMA statement.

Data collection

Two reviewers extracted all data simultaneously using a standardized outline.


To make the identification of variables found in the papers easier, the authors
categorized similar information into two or three groups (e.g., cement application
mode). In case of measurement of bond strength values for different root thirds
(push-out test, for instance), the arithmetic average of the values of the thirds was
used. In studies where bond strength test was performed including other types of
cement or post, only the data of interest was extracted.

Statistical analysis

Initially, each possible comparison of the bond strength of regular resin


cement and self-adhesive resin cement in each study was carried out, e.g. a study
using 2 regular resin cements and 4 self-adhesive cements resulted in 8 possible
comparisons. Pooled-effect estimates were obtained by comparing the means of
each resin cement and were expressed as the weighted mean difference between
groups. A p-value ≤0.05 was considered statistically significant.
Statistical heterogeneity of the treatment effect among studies was assessed
using the Cochran’s Q test, with a threshold p-value of 0.1 considered statistically
35

significant, and the inconsistency I2 test, in which values greater than 50% were
considered indicative of high heterogeneity (13)
The global analysis was carried out using fixed-effect model, and two
subgroups analyses were carried out to explore heterogeneity between studies:
regular resin cement (etch-and-rinse adhesive) vs. self-adhesive resin cement, and
regular resin cement (self-etch adhesive) vs. self-adhesive resin cement. All analyses
were conducted using Review Manager Software version 5.1 (Copenhagen: The
Nordic Cochrane Centre, The Cochrane Collaboration). The influence of cementation
strategies among studies on the bond strength of luted GFPs was analyzed using
descriptive statistics.
RESULTS
Meta-analysis

Meta-analysis was performed considering 23 datasets, although 22 studies


were included (11, 14-34), because one study (22) presented 2 distinct datasets to
be included (1 from microtensile test, 1 from push-out test). Characteristics of the 22
studies (23 datasets) are summarized in Table 1. In the global analysis, 148
comparisons were included.

The first analysis using fixed-effect model (Figure 2) showed results favoring
self-adhesive resin cement (1.25 MPa; p ≤ 0.01). The values of the Cochran’s Q and
I2 tests were p ≤ 0.01 and 98%. The subgroups analysis between self-adhesive resin
cement vs. regular resin cement with etch-and-rinse adhesive showed results
favoring the self-adhesive resin cement (0.9 MPa; p ≤ 0.01). The values of the
Cochran`s Q and I2 tests were p ≤ 0.01 and 98%. The subgroups analysis between
self-adhesive resin cement vs. regular resin cement with self-etch adhesive showed
results again favoring the self-adhesive resin cement (1.88 MPa; p ≤ 0.01). The
values of the Cochran`s Q and I2 tests were p ≤ 0.01 and 96%.
36

Figure 2: Results for analysis using fixed-effect model.

Descriptive analyses

Several attempts to verify the influence of pretreatment of the post on the bond
strength results were used: cleaning with ethanol(18, 19, 26, 33), silane
application(16-19, 21, 23, 25-28, 30-33, 35-37), use of acids(11), or even no
pretreatment of the post (14). Although no statistical analysis was performed, the
retention of GPFs that had been pretreated with silane seems to be higher compared
with posts that were not pretreated or that were pretreated with other products.

Application of the resin cement was performed using 3 different approaches:


inserting the cement into the root canal, around the post, or into the root canal and
around the post. The studies that used mixed techniques showed lower bond
strength values (17, 26, 30). Two studies did not perform endodontic treatment
before luting (23, 25); the bond strength results were similar or higher than studies
that performed endodontic treatment.

Each study used its own protocol for aging and storage of the samples,
including storage for one week in water (18, 22, 26, 33, 38) , storage in a light-proof
container with 100% humidity at 37 o C for 9 months (23), or storage in water at 37oC
+ 3000 thermalcycles (between 5 and 55 oC) for 60 s each water bath with a 6 s dwell
time (29). The overall results did not seem to be influenced by the aging protocol.
37

DISCUSSION

This systematic review and meta-analysis is the first to verify the pooled effect
of data from in vitro studies that tested the retention of GFPs using resin cements.
Several cementation strategies and different bond strength tests have been used;
more consistent results could be obtained if data were analyzed together, giving
support for the clinician on evidence-based decision-making.

Our global analysis used fixed-effect model considering that the studies
evaluated a real effect common (same) (13). The global result (regular vs. self-
adhesive resin cement) favored the use of self-adhesive resin cement; thus the
hypothesis tested was reject. This result could be explained by the characteristics of
the resin cements. The mostly used self-adhesive resin cement is RelyX Unicem (3M
ESPE, St. Paul, MN, USA) (7), which has adhesive properties based upon acid
monomers that demineralize and infiltrate the tooth substrate, creating
micromechanical retention and chemical bonding to hydroxyapatite (7). The water
resulting from the acid-base interactions may improve the tooth-cement interaction
and the cement moisture tolerance (39). The use of water and ionization of residual
acidic methacrilates culminates in transformation to a hydrophobic matrix, with
neutral pH values (7). In addition, the lower polymerization stress reported for self-
adhesive resin cements compared with regular resin cements (40) might also explain
the higher bond strengths, as the high C-factor and conical shape of the root canal
are critical for the polymerization stress state into the confines of the canal,
interfering with the bond to the walls.

Our analysis also demonstrated high heterogeneity (98%); thus the subgroup
analysis was carried out to verify the influence of the adhesive used (etch-and-rinse
or self-etch) with regular resin cements in the heterogeneity. The two subgroups
analyses favored again the use of self-adhesive resin cement. Regular resin cements
require multiple bonding steps compared with self-adhesive materials. Etch-and-rinse
adhesives require an accurate technique mainly concerning the control of dentin
moisture and proper infiltration of the adhesive solution into the root canal, a
procedure that might be considered critical and affect the post retention. The etch-
and-rinse approach has been also reported to leave a non-escapsulated collagen
zone beneath the hybrid layer, which could interfere with the longevity of the bonds.
38

This could have somewhat influenced the results, because some studies analyzed
used aging process in their methodologies (14, 19, 23).
The rationale of using self-etch adhesives and self-adhesive cements is based
on the same principle of dental demineralization and simultaneous infiltration by
methacrylate monomers. The bonding mechanism of these adhesive techniques has
been linked to an additional chemical bond to tooth structures; the self-etch and self-
adhesive strategies, however, have the same possible problem of poorer surface
conditioning. Interestingly, the two subgroups analyses favored the use of self-
adhesive resin cement; a possible explanation for this results is two-fold. On one
hand, application of self-etch solutions into root canals is more complex than self-
adhesive cements, particularly regarding proper solvent evaporation, adhesive
excess removal, and photopolymerization in the apical areas. On the other hand,
some studies use strong self-etch adhesives, which might lead to deposition of
calcium phosphates on dentin that are not rinsed and are very unstable in an
aqueous environment, interfering with the interfacial integrity and bonding ability (7,
41). Compared to the use of regular resin cements associated with conventional or
self-etch adhesives, the self-adherence potential and dual-cure mechanism of self-
adhesive resin cements seems to improve the bonding of GFPs into the confines of
the root canal.
Nevertheless, the subgroup analyses showed high heterogeneity because
there are great differences among studies. The papers included in this review
demonstrated differences particularly in aspects such as aging or storage of
samples, cement application mode, and approaches used to pretreat the posts. The
variability related to multiple steps in the bonding process could increase the
retention of GFPs to intraradicular dentin in some cases; in other cases, the multiple
steps might just make the procedures harder and more time-consuming. The
included studies also generally had a small number of samples and consequently
high standard deviation, favoring the heterogeneity. This finding made it hard to
identify the reasons and variables that influenced the high heterogeneity.
Furthermore, no validated scale to evaluate the quality of in vitro studies (risk of bias)
or publication bias assessment is currently available, and this is a limitation of this
systematic review.
39

Post debonding has been descrtibed as the most common mode of failure in
vitro (4); this type of failure can be more related to inappropriate bonding techniques
than to problems inherent to the materials themselves. The bonding techniques using
either regular or self-adhesive resin cements can still be regarded as good options
for the luting of GFPs into root canals. The use of self-adhesive resin cements,
however, appears as a suitable and perhaps less technique-sensitive option than
luting strategies that involve pretreating the canals with adhesive solutions.

To date the literature has no clinical studies comparing different cementation


strategies for GFPs, and clinical studies with self-adhesive resin cements are still
scarce. The few clinicals studies available (42, 43) using regular or self adhesive
resin cements to lute GFPs show high survival rates in the short term. The
differences between resin cements shown by in vitro studies could be clinically
irrelevant, but longer clinical follow-ups are not available. The results of the present
review should be interpreted with caution because laboratory studies have intrinsic
limitations when trying to simulate in vivo conditions. Well-designed randomized
controlled with long follow-up periods are needed to provide the ultimate answer as
to whether self-adhesive resin cement will result in improved clinical success rates as
compared with regular resin cements.

CONCLUSION

The in vitro literature seems to suggest that the use of self-adhesive resin
cement could improve the retention of glass-fiber posts into root canals.

ACKNOWLEDGMENTS

We have no financial or involvement with any commercial organization with


direct financial interest in the subject or materials discussed in this manuscript, nor
have any such arrangements existed in the past three years. Any other potential
conflict of interest is disclosed.
40

REFERENCES

1. Naumann M, Koelpin M, Beuer F, Meyer-Lueckel H. 10-year survival


evaluation for glass-fiber-supported postendodontic restoration: a prospective
observational clinical study. J Endod 2012;38:432-5.
2. Giachetti L, Grandini S, Calamai P, Fantini G, Scaminaci Russo D.
Translucent fiber post cementation using light- and dual-curing adhesive techniques
and a self-adhesive material: push-out test. J Dent 2009;37:638-42.
3. Silva NR, Castro CG, Santos-Filho PC, Silva GR, Campos RE, Soares PV, et
al. Influence of different post design and composition on stress distribution in
maxillary central incisor: Finite element analysis. Indian J Dent Res 2009;20:153-8.
4. Rasimick BJ, Wan J, Musikant BL, Deutsch AS. A review of failure modes in
teeth restored with adhesively luted endodontic dowels. J Prosthodont 2010;19:639-
46.
5. Ferrari M, Vichi A, Fadda GM, Cagidiaco MC, Tay FR, Breschi L, et al. A
Randomized Controlled Trial of Endodontically Treated and Restored Premolars. J
Dent Res 2012;9:72-8.
6. Signore A, Benedicenti S, Kaitsas V, Barone M, Angiero F, Ravera G. Long-
term survival of endodontically treated, maxillary anterior teeth restored with either
tapered or parallel-sided glass-fiber posts and full-ceramic crown coverage. J Dent
2009;37:115-21.
7. Ferracane JL, Stansbury JW, Burke FJ. Self-adhesive resin cements -
chemistry, properties and clinical considerations. J Oral Rehabil 2011;38:295-314.
8. Piovesan EM, Demarco FF, Cenci MS, Pereira-Cenci T. Survival rates of
endodontically treated teeth restored with fiber-reinforced custom posts and cores: a
97-month study. Int J Prosthodont 2007;20:633-9.
9. Naumann M, Blankenstein F, Dietrich T. Survival of glass fibre reinforced
composite post restorations after 2 years-an observational clinical study. J Dent
2005;33:305-12.
10. Salas MM, Bocangel JS, Henn S, Pereira-Cenci T, Cenci MS, Piva E, et al.
Can viscosity of acid etchant influence the adhesion of fibre posts to root canal
dentine? Int Endod J 2011;44:1034-40.
11. Bitter K, Paris S, Pfuertner C, Neumann K, Kielbassa AM. Morphological and
bond strength evaluation of different resin cements to root dentin. Eur J Oral Sci
2009;117:326-33.
12. Liberati A, Altman DG, Tetzlaff J, Mulrow C, Gotzsche PC, Ioannidis JP, et al.
The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of
studies that evaluate healthcare interventions: explanation and elaboration. BMJ
2009;339:b2700.
13. Higgins JPT, Green S. Cochrane handbook for systematic reviews of
interventions Available from: http://www.cochrane-handbook.org2009. 2009.
14. Bitter K, Perdigao J, Exner M, Neumann K, Kielbassa A, Sterzenbach G.
Reliability of fiber post bonding to root canal dentin after simulated clinical function in
vitro. Oper Dent 2012;37:397-405.
15. Calixto LR, Bandéca MC, Silva FB, Rastelli ANS, Porto-Neto ST, Andrade AM.
Effect of light curing units on push out fiber post bond strength in root canal dentin.
Laser Physics 2009;19:1867–71.
16. Farina AP, Cecchin D, Garcia Lda F, Naves LZ, Sobrinho LC, Pires-de-Souza
Fde C. Bond strength of fiber posts in different root thirds using resin cement. J
Adhes Dent 2011;13:179-86.
41

17. Farina AP, Cecchin D, Garcia Lda F, Naves LZ, Pires-de-Souza Fde C. Bond
strength of fibre glass and carbon fibre posts to the root canal walls using different
resin cements. Aust Endod J 2011;37:44-50.
18. Erdemir U, Sar-Sancakli H, Yildiz E, Ozel S, Batur B. An in vitro comparison of
different adhesive strategies on the micro push-out bond strength of a glass fiber
post. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2011;16:e626-34.
19. Erdemir U, Mumcu E, Topcu FT, Yildiz E, Yamanel K, Akyol M. Micro push-out
bond strengths of 2 fiber post types luted using different adhesive strategies. Oral
Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2010;110:534-44.
20. de Durao Mauricio PJ, Gonzalez-Lopez S, Aguilar-Mendoza JA, Felix S,
Gonzalez-Rodriguez MP. Comparison of regional bond strength in root thirds among
fiber-reinforced posts luted with different cements. J Biomed Mater Res B Appl
Biomater 2007;83:364-72.
21. Goracci C, Sadek FT, Fabianelli A, Tay FR, Ferrari M. Evaluation of the
adhesion of fiber posts to intraradicular dentin. Oper Dent 2005;30:627-35.
22. Goracci C, Tavares AU, Fabianelli A, Monticelli F, Raffaelli O, Cardoso PC, et
al. The adhesion between fiber posts and root canal walls: comparison between
microtensile and push-out bond strength measurements. Eur J Oral Sci
2004;112:353-61.
23. Leme AA, Coutinho M, Insaurralde AF, Scaffa PM, da Silva LM. The influence
of time and cement type on push-out bond strength of fiber posts to root dentin. Oper
Dent 2011;36:643-48.
24. Lindblad RM, Lassila LV, Salo V, Vallittu PK, Tjaderhane L. Effect of
chlorhexidine on initial adhesion of fiber-reinforced post to root canal. J Dent
2010;38:796-801.
25. Kececi AD, Ureyen Kaya B, Adanir N. Micro push-out bond strengths of four
fiber-reinforced composite post systems and 2 luting materials. Oral Surg Oral Med
Oral Pathol Oral Radiol Endod 2008;105:121-28.
26. Mumcu E, Erdemir U, Topcu FT. Comparison of micro push-out bond
strengths of two fiber posts luted using simplified adhesive approaches. Dent Mater J
2010;29:286-96.
27. Rathke A, Haj-Omer D, Muche R, Haller B. Effectiveness of bonding fiber
posts to root canals and composite core build-ups. Eur J Oral Sci 2009;117:604-10.
28. Radovic I, Mazzitelli C, Chieffi N, Ferrari M. Evaluation of the adhesion of fiber
posts cemented using different adhesive approaches. Eur J Oral Sci 2008;116:557-
63.
29. Roperto RC, El-Mowafy O, Porto-Neto ST, Marchesan MA. Microtensile bond
strength of radicular dentin to non-metallic posts bonded with self-adhesive cements.
Int J Clin Dent 2010;3:73-80.
30. Soares CJ, Pereira JC, Valdivia ADCM, Novais VR, Meneses MS. Influence of
resin cement and post configuration on bond strength to root dentine. Int Endod J
2012;45:136-45.
31. Zaitter S, Sousa-Neto MD, Roperto RC, Silva-Sousa YT, El-Mowafy O.
Microtensile bond strength of glass fiber posts cemented with self-adhesive and self-
etching resin cements. J Adhes Dent 2011;13:55-9.
32. Xü N, Hu SH, Yang Y, Ren X, Zuo EJ. Effect of different resin cements and
silane coupling agents on bond strength of glass fiber post to root dentin. J of Dalian
Med Univ 2011;33:321-24+29.
33. Zicari F, Couthino E, De Munck J, Poitevin A, Scotti R, Naert I, et al. Bonding
effectiveness and sealing ability of fiber-post bonding. Dent Mater 2008;24:967-77.
42

34. Sadek FT, Goracci C, Monticelli F, Grandini S, Cury ÁH, Tay F, et al.
Immediate and 24-Hour Evaluation of the Interfacial Strengths of Fiber Posts. J
Endod 2006;32:1174-77.
35. Calixto LR, Bandéca MC, Silva FB, Rastelli ANS, Porto-Neto ST, Andrade
MF. Effect of light-curing units on push-out fiber post bond strength in root canal
dentin. Laser Physics 2009;19:1867-71.
36. De Durão Mauricio PJBT, González-López S, Aguilar-Mendoza JA, Félix S,
Gonzalez-Rodriguez MP. Comparison of regional bond strength in root thirds among
fiber-reinforced posts luted with different cements. J Biomed Mater Res B Appl
Biomater. 2007;83:364-72.
37. Sadek FT, Goracci C, Monticelli F, Grandini S, Cury AH, Tay F, et al.
Immediate and 24-hour evaluation of the interfacial strengths of fiber posts. J Endod
2006;32:1174-77.
38. Forberger N, Gohring TN. Influence of the type of post and core on in vitro
marginal continuity, fracture resistance, and fracture mode of lithia disilicate-based
all-ceramic crowns. J Prosthet Dent 2008;100:264-73.
39. Bitter K, Meyer-Lueckel H, Priehn K, Kanjuparambil JP, Neumann K,
Kielbassa AM. Effects of luting agent and thermocycling on bond strengths to root
canal dentine. Int Endod J 2006;39:809-18.
40. Frassetto A, Navarra CO, Marchesi G, Turco G, Di Lenarda R, Breschi L, et al.
Kinetics of polymerization and contraction stress development in self-adhesive resin
cements. Dent Mater 2012;28:1032-39.
41. Van Meerbeek B, Yoshihara K, Yoshida Y, Mine A, De Munck J, Van Landuyt
KL. State of the art of self-etch adhesives. Dent Mater 2011;27:17-28.
42. Sterzenbach G, Franke A, Naumann M. Rigid versus flexible dentine-like
endodontic posts-clinical testing of a biomechanical concept: seven-year results of a
randomized controlled clinical pilot trial on endodontically treated abutment teeth with
severe hard tissue loss. J Endod 2012;38:1557-63.
43. Zicari F, Van Meerbeek B, Debels E, Lesaffre E, Naert I. An up to 3-year
controlled clinical trial comparing the outcome of glass fiber posts and composite
cores with gold alloy-based posts and cores for the restoration of endodontically
treated teeth. Int J Prosthodont 2011;24:363-72.
43

4 Artigo 2
Cast metal posts vs. glass fiber posts: 3-year randomized controlled trial §

Rafael Sarkis-Onofrea, Rogério de Castilho Jacintoa, Noéli Boscatoa, Maximiliano


Sérgio Cencia, Tatiana Pereira-Cencia

a
Graduate Program in Dentistry – School of Dentistry - Federal University of Pelotas

Corresponding author:

Tatiana Pereira-Cenci

R Gonçalves Chaves 457

Pelotas, RS, Brazil, 96015-560

e-mail: [email protected]

[email protected]

Abstract word count: 153


Total word count (Abstract to Acknowledgments): 2689
Total number of tables/figures: 3
Number of references:26

§ Artigo formatado segundo as normas do periódico Journal of Dental Research


44

Abstract

This randomized controlled trial compared the survival of two types of dental posts
used to restore endodontically treated teeth with great damage of coronal walls.
Sixty-four patients and 83 teeth were included in a randomization. The teeth were
randomly allocated into two groups depending on the post used: glass fiber or cast
metal post. All teeth were covered with a crown. Survival probabilities were analyzed
with Kaplan-Meier statistics (p≤0.05). The recall rate after 3 years was 92.3% (54
patients and 72 teeth) and the survival probabilities were 97.1% and 91.9% to cast
metal posts and glass fiber posts, respectively, with similar survival rates p=0.682.
Four failures were observed, 2 glass fiber posts debonding (premolar and anterior
tooth), 1 glass fiber post debonding associated with a root fracture (premolar) and 1
root fracture with a cast metal post (molar). After 3 years follow-up, both posts
presented the same clinical performance in teeth without remaining coronal walls.

Key-words: Randomized Controlled Trial, Fiber-reinforced Post, Dowel and Core,


Dental Restoration, Follow-up Studies, Cementation
45

Introduction

Endodontically treated teeth may have a large coronal destruction in some


situations (Naumann et al., 2005) and the amount of residual coronal dentin could
influence the clinical survival of post and restoration. Moreover, the preservation of at
least one coronal wall is one of the most critical factors for the success of restored
endodontically treated teeth. Thus, the absence of residual coronal walls is the worst-
case scenario to restore these teeth, with the use of intraradicular post as the main
method for retaining coronal restorative material (Fernandes et al., 2003; Goracci
and Ferrari, 2011; Ferrari et al., 2012).

Cast metal posts were traditionally used for intraradicular retention with high
survival rates after 10 years follow-up (Gomez-Polo et al., 2010). However, metal
posts have shown high elastic modulus in comparison to dentin, increasing the risk of
root fracture and catastrophic failure (Zarone et al., 2006). Glass fiber posts were
introduced as an alternative to metal posts showing mechanical properties similar to
that of dentin and therefore the failures related to its use are usually post debonding
(Rasimick et al., 2010), decreasing the risk of catastrophic failure (Fernandes et al.,
2003). The failures of intraradicular posts apart from the post itself can also be
related to the position of teeth, since failures in post-retained crowns generally occur
in the maxillary anterior region because the incidence of horizontal forces are greater
in this area (Torbjorner and Fransson, 2004). However, few studies have compared
glass fiber with cast metal posts to restore endodontically treated teeth with severely
destroyed coronal structure.

Thus, there is a lack of clinical evidence on which is the best post to restore
teeth without remaining coronal walls. Therefore, the aim of this study was to
evaluate the survival of two different dental posts in teeth with great damage of
coronal portion. The hypothesis tested was that there is no difference in the survival
of endodontically treated teeth due to the type of post used.
46

Materials & Methods

Experimental Design

This prospective study had a double blind (patient and evaluator), parallel
group RCT design and was registered at ClinicaTrials.gov (NCT01461239). The
study was approved by the Local Research and Ethics Committee (Protocol
122/2009) and followed the CONSORT recommendations. The oral health of the
patients was assessed and all participants signed written informed consent before
being accepted into the study. Inclusion criteria included those patients with good
oral health (no caries lesion, no periodontal disease) that had anterior or posterior
endodontically treated teeth without coronal walls or 1 wall in enamel that needed
intraradicular retention (with glass fiber or cast metal post, according to the
randomization) and a single crown. The patients should have bilateral occlusal
posterior contacts. Exclusion criteria were as follows: endodontically treated teeth
with periodontal or occlusal problems and large prostheses antagonist to the tooth to
be restored. The patients were recalled after 6, 12, 24 and 36 months for clinical and
radiographic examination. The main outcome was post debonding.

Sample Size Calculation

Considering that some studies do not show difference between posts


(Naumann et al., 2005; Naumann et al., 2007; Zicari et al., 2011; Sterzenbach et al.,
2012) the sample size calculation was performed based in equivalence of treatments.
If there is truly no difference between the standard and experimental treatment then
64 patients were required to be 90% sure that the limits of a two-sided 90%
confidence interval would exclude a difference between the standard and
experimental group of more than 18%.

Randomization Procedures

The randomization sequence was generated with a computerized random


number generator. The randomized treatment (type of post) was written in a blank
paper and inserted into plain brown envelopes by a person without involvement with
the study. The first randomization was to post selection (glass fiber or cast metal
post); when glass fiber post was selected a second randomization was made to
which resin cement to be used (regular or self-adhesive resin cement)(Fig.1).
47

Clinical Procedures

Between July 2009 and May 2012, 159 patients with an endodontically treated
tooth and needing a crown were screened by the Department of Operative Dentistry,
Federal University of Pelotas, Brazil. Ninety-five patients were excluded because
they did not meet the inclusion criteria or declined to participate.

All procedures were performed under rubber dam isolation and all materials
were used according to manufacturers’ instructions. Initially, all teeth included in the
study received endodontic treatment, using the crown down technique, irrigated with
2.5% NaOCl solution and filled by lateral condensation technique using Grossman
Cement (Endo-fill, Dentsply/Maillefer, Petrópolis, Brazil) and gutta-percha cones
(Dentsply/Maillefer, Petrópolis, Brazil). After, 2/3 of the filling was removed from the
root canal with Gates Glidden Burs (Dentsply/Maillefer, Petrópolis, Brazil). Glass fiber
posts (White Post DC, FGM, Joinville, Brazil) were cleaned with ethanol and
pretreated with silane (ProSil, FGM, Joinville, SC, Brazil). Cast metal posts (CoCr)
were previously done in acrylic resin (Duralay II Lab Pattern Resin, Polidental, Cotia,
Brazil).

Post cementation steps

Glass Fiber Post with regular resin cement (RelyX ARC, 3M, ESPE, St Paul,
USA): post space was acid-etched using 37% phosphoric acid (Condac, FGM,
Joinville, SC, Brazil) and adhesive was applied (Single Bond – adhesive or
ScotchBond Multi Purpose – activator, primer and catalyst). The resin cement was
applied into root canal using Centrix syringe (DFL Indústria e Comércio S.A., Rio de
Janeiro, Brazil) and the post was seated. Digital pressure was performed for 5
minutes, excess were removed and light-cured for 40 s/surface. For the glass fiber
post with self-adhesive resin cement (RelyX U100, 3M, ESPE, St. Paul, USA), all
steps were as previously described except that there was no adhesive procedure.
For both resin cements, the core was made using adhesive and composite resin
(ScotchBond Multi Purpose – primer and adhesive and Z250, 3M, ESPE St. Paul,
USA). Cast metal posts were luted with the self-adhesive resin cement following the
48

same steps as the glass fiber posts. After post cementation, radiographs were taken
to check the success of the procedure.

For all teeth, final restoration was porcelain fused to metal crown. The
procedures were performed by undergraduate and graduate students with previous
lectures and training on the subject.

Evaluation Parameters

Baseline was considered the post cementation time. Patients were recalled
after 6, 12, 24 and 36 months for clinical and radiographic examination. Periapical

radiographs were taken with use of film packet holder. The evaluation was

performed according to the FDI criteria by two calibrated independent examiners that
participated in previous clinical studies (da Rosa Rodolpho et al., 2006; Piovesan et
al., 2007; Cenci et al., 2010; da Rosa Rodolpho et al., 2011; Demarco et al., 2011).
Periodontal status, pain occurrence, antagonist status and occlusion pattern were
evaluated. The occurrence of the following events was recorded: radiographic
alteration, post and crown debonding, restoration, core, post or root fracture. All
failures recorded were considered as complete failures. If the patient returned to the
exam with a tooth without the post, the time of failure was based on patients self-
report of when the post debonded.

Statistical Analysis

Statistical analysis was carried out using SigmaStat 3.5 software (Systat,
Richmond, CA, USA). Descriptive analyses were used to describe the patients
(teeth) included in the study and the reasons for failure. Survival curves were created
by the Kaplan–Meier method and log-rank test was applied to find differences
between groups: glass fiber post vs. cast metal post, glass fiber post luted with
regular resin cement x self-adhesive and anterior teeth vs. posterior teeth (p<0.05).

Results

Patients
49

From the 64 patients that were included in a randomization 3 did not receive
the intervention because declined to participate and 1 because the tooth was already
fractured. In total 78 posts were cemented. Six patients were lost during follow-up.
Five withdrew the study and one was allergic to metal (Fig. 1). Thus, 54 patients (45
women) were included in this study (mean age 42.7 ±11.2 years). In total, 72 posts
(37 glass fiber posts and 35 cast metal posts) were evaluated. Considering anterior
and posterior teeth, 40 posts were luted in anterior teeth and 32 posts in posterior
teeth. The recall rate after 3 years was 92.3% (Fig 2).

None of the teeth evaluated showed periodontal problems during the


evaluation or self-related pain due to endodontic reasons. Considering the antagonist
teeth, only 3 had resin composite restorations, with all others presenting sound
natural teeth. During the crown evaluation, only one crown showed inappropriate
occlusal contacts while three crowns showed absence of contacts. These occlusal
contacts were corrected during the examinations.

Failures

In total, 4 failures were observed: one glass fiber post luted in superior anterior
tooth with regular resin cement (RelyX ARC + Single bond) debonded after 8 months;
one root fracture of a premolar with glass fiber post luted with self-adhesive resin
cement (RelyX U100) after 15 months; one root fracture of a molar with cast metal
post after 20 months; and one glass fiber post luted in a premolar with regular resin
cement (RelyX ARC + Single bond) debonded after 26 months. The glass fiber posts
that debonded were replaced with new glass fiber posts and the two fractured teeth
were extracted.

The survival probabilities of cast metal posts was 97.1% and of glass fiber
posts was 91.9% after 3 years. Considering anterior and posterior teeth, the survival
probabilities were 97.5% and 90.6% respectively. The log rank test (Fig. 3) did not
show difference between posts (p=0.682), cements to luted glass fiber posts
(p=0.691) and anterior vs. posterior teeth (p=0.217).

Discussion

Our clinical trial has shown that after 3 years of clinical service, severely
destroyed teeth restored with either glass fiber post or cast metal post will perform
50

similarly, with similar survival rates. These results are important considering the
scenario where two systematic reviews (Bolla et al., 2007; Fedorowicz et al., 2012)
showed that there is no evidence on the best way to restore endodontically treated
teeth. Moreover, several treatment options considering posts and other materials are
available to restore the coronal portion of teeth with extensive and distinct degrees of
coronary destruction in different degrees, which shows the need for controlled
comparative studies for providing the best clinical evidence.
A systematic review (Heydecke and Peters, 2002), compared clinical and in
vitro performance of cast metal posts and pre-fabricated posts and verified that there
were no evidence favoring any of the posts. Few studies were well designed to
evaluate survival of different posts mainly because RCTs requires methodologies
that involve a great amount of work and high budgetary costs (Pihlstrom and Barnett,
2010). Our study compared the survival rates of cast metal posts and glass fiber
posts and the results are according to previous literature. Another randomized
controlled trial (Naumann et al., 2007) compared two posts with different elastic
modulus luted with self-adhesive resin cement and reported high survival rates for
both posts after to 3 years. Piovesan et al. (2007) evaluated the survival of fiber-
reinforced custom posts and reported a survival rate of 90.2% after 97 months.
Gomez-Polo et al. (2010) reported a survival rate of 82.6% after 10 year for cast
metal posts. The clinical performance of cast metal posts and glass fiber posts were
also compared in a RCT (Zicari et al., 2011), which showed success probability over
all groups together at 3 years amounted 91.7%. Furthermore, another RCT (Ferrari et
al., 2012) and a prospective observational study (Naumann et al., 2012) reported
good clinical performance of glass fiber posts.
Some studies have shown that the presence of substantial remaining coronal
tooth structure reduces failure risk (Fokkinga et al., 2007; Ferrari et al., 2012). Our
study evaluated the survival of 2 dental posts luted in teeth without remaining coronal
walls. Although cast metal posts and glass fiber posts showed similar survival
probabilities, which corroborates previous retrospective and prospective studies
(Piovesan et al., 2007; Gomez-Polo et al., 2010; Zicari et al., 2011; Naumann et al.,
2012), it is important to highlight that 4 failures occurred after 3 years, probably
because of the difficulties in restoring teeth with very little amount of remaining
coronal structure.
51

In the present study, 3 failures occurred in posterior teeth and only one in
anterior teeth without difference between groups and contrary to previous reports. In
the anterior and posterior teeth the force directions are different and the maxillary
region is considered to be a high risk area for technical failures because the
horizontal forces are greater (Torbjorner and Fransson, 2004) and therefore failures
in post-retained crowns usually occur in the maxillary anterior region (Torbjorner et
al., 1995). A possible reason why this has not happened in our sample could be due
to the fact that no remaining coronal walls were left and maybe in this situation, the
posterior teeth will respond similarly to anterior teeth.
Despite not having differences between groups, 3 of the 4 failures of the study
were due to glass fiber posts debonding and one associated with root fracture.
Adhesive failure mode was reported as the most common mode of failure in teeth
restored with adhesively luted endodontic posts (Rasimick et al., 2010), and this
finding can be more related to inappropriate technique than to problems inherent to
materials. The only failure related to use of cast metal post was a root fracture and as
a catastrophic failure mode, which is a major problem when considering the use of
posts with high elastic modulus in comparison to dentin. In contrast, failures occurred
with glass fiber posts were reparable and the root fracture could be related to
problems of tooth structure.

The posts used in this study were luted with 2 different resin cements (regular
and self-adhesive resin cements). Their use has been shown to increase the survival
of posts, mainly in cast metal posts, and this could be explained by the physical
properties of these cements, which are similar to that of dentin (Goracci and Ferrari,
2011). The self-adhesive resin cement was used in both posts and has been widely
used because it is considered to have easy handling, good moisture tolerance
(Guarda et al., 2010) and no need for acid etching and adhesive steps (Burke et al.,
2006). The analysis between resin cements used with glass fiber posts showed no
difference between groups, reason why they were grouped in the analysis.
The final restoration in all teeth was a single metal-ceramic crown, with high
survival rates reported after 10 years follow-up (Walton, 1999). Moreover, it is
important that all teeth received the same final restoration allowing to assess the real
influence of the post in the survival of the tooth-restoration complex.
52

The comparisons among studies should be interpreted with caution because


the studies show different designs (retrospective vs prospective), different
comparisons with different posts, cements, teeth with different coronal destruction
and different final restorations. Thus, future researches based in well designed and
conducted RCT’s based in Consort Statement are strongly recommended
In conclusion, after 3 years follow-up, both posts presented good and similar
clinical performance regardless of tooth location. However, longer follow-up periods
are needed to detect possible differences between post systems through time.

Acknowledgments

The authors declare no potential conflicts of interest with respect to the


authorship and/or publication of this article.
53

References
Bolla M, Muller-Bolla M, Borg C, Lupi-Pegurier L, Laplanche O, Leforestier E (2007). Root
canal posts for the restoration of root filled teeth. Cochrane Database Syst Rev 1:CD004623.

Burke FJ, Crisp RJ, Richter B (2006). A practice-based evaluation of the handling of a new
self-adhesive universal resin luting material. Int Dent J 56:142-146.

Cenci MS, Rodolpho PA, Pereira-Cenci T, Del Bel Cury AA, Demarco FF (2010). Fixed
partial dentures in an up to 8-year follow-up. J Appl Oral Sci 18:364-371.

da Rosa Rodolpho PA, Cenci MS, Donassollo TA, Loguercio AD, Demarco FF (2006). A
clinical evaluation of posterior composite restorations: 17-year findings. J Dent 34:427-435.

da Rosa Rodolpho PA, Donassollo TA, Cenci MS, Loguercio AD, Moraes RR, Bronkhorst
EM et al. (2011). 22-Year clinical evaluation of the performance of two posterior composites
with different filler characteristics. Dent Mater 27:955-963.

Demarco FF, Pereira-Cenci T, de Almeida Andre D, de Sousa Barbosa RP, Piva E, Cenci
MS (2011). Effects of metallic or translucent matrices for Class II composite restorations: 4-
year clinical follow-up findings. Clin oral investig 15:39-47.

Fedorowicz Z, Carter B, de Souza RF, de Andrade Lima Chaves C, Nasser M, Sequeira-


Byron P (2012). Single crowns versus conventional fillings for the restoration of root filled
teeth. Cochrane Database Syst Rev 5:CD009109.

Fernandes AS, Shetty S, Coutinho I (2003). Factors determining post selection: a literature
review. J Prosthet Dent 90:556-562.

Ferrari M, Vichi A, Fadda GM, Cagidiaco MC, Tay FR, Breschi L et al. (2012). A Randomized
Controlled Trial of Endodontically Treated and Restored Premolars. J Dent Res 91(7
suppl):S72-S78.

Fokkinga WA, Kreulen CM, Bronkhorst EM, Creugers NH (2007). Up to 17-year controlled
clinical study on post-and-cores and covering crowns. J Dent 35:778-786.

Gomez-Polo M, Llido B, Rivero A, Del Rio J, Celemin A (2010). A 10-year retrospective study
of the survival rate of teeth restored with metal prefabricated posts versus cast metal posts
and cores. J Dent 38:916-920.

Goracci C, Ferrari M (2011). Current perspectives on post systems: a literature review. Aust
Dent J 56 (Suppl 1):77-83.
54

Guarda GB, Goncalves LS, Correr AB, Moraes RR, Sinhoreti MA, Correr-Sobrinho L (2010).
Luting glass ceramic restorations using a self-adhesive resin cement under different dentin
conditions. J Appl Oral Sci 18:244-248.

Heydecke G, Peters MC (2002). The restoration of endodontically treated, single-rooted


teeth with cast or direct posts and cores: a systematic review. J Prosthet Dent 87:380-386.

Naumann M, Blankenstein F, Dietrich T (2005). Survival of glass fibre reinforced composite


post restorations after 2 years-an observational clinical study. J Dent 33:305-312.

Naumann M, Sterzenbac G, Alexandra F, Dietrich T (2007). Randomized controlled clinical


pilot trial of titanium vs. glass fiber prefabricated posts: preliminary results after up to 3 years.
Int J Prosthodont 20:499-503.

Naumann M, Koelpin M, Beuer F, Meyer-Lueckel H (2012). 10-year survival evaluation for


glass-fiber-supported postendodontic restoration: a prospective observational clinical study. J
Endod 38:432-435.

Pihlstrom BL, Barnett ML (2010). Design, operation, and interpretation of clinical trials. J
Dent Res 89:759-772.

Piovesan EM, Demarco FF, Cenci MS, Pereira-Cenci T (2007). Survival rates of
endodontically treated teeth restored with fiber-reinforced custom posts and cores: a 97-
month study. Int J Prosthodont 20:633-639.

Rasimick BJ, Wan J, Musikant BL, Deutsch AS (2010). A review of failure modes in teeth
restored with adhesively luted endodontic dowels. J Prosthodont 19:639-646.

Sterzenbach G, Franke A, Naumann M (2012). Rigid versus flexible dentine-like endodontic


posts-clinical testing of a biomechanical concept: seven-year results of a randomized
controlled clinical pilot trial on endodontically treated abutment teeth with severe hard tissue
loss. J Endod 38:1557-1563.

Torbjorner A, Karlsson S, Odman PA (1995). Survival rate and failure characteristics for two
post designs. J Prosthet Dent 73:439-444.

Torbjorner A, Fransson B (2004). Biomechanical aspects of prosthetic treatment of


structurally compromised teeth. Int J Prosthodont 17:135-141.

Walton TR (1999). A 10-year longitudinal study of fixed prosthodontics: clinical


characteristics and outcome of single-unit metal-ceramic crowns. Int J Prosthodont 12:519-
526.

Zarone F, Sorrentino R, Apicella D, Valentino B, Ferrari M, Aversa R et al. (2006). Evaluation


of the biomechanical behavior of maxillary central incisors restored by means of endocrowns
55

compared to a natural tooth: a 3D static linear finite elements analysis. Dent Mater 22:1035-
1044.

Zicari F, Van Meerbeek B, Debels E, Lesaffre E, Naert I (2011). An up to 3-year controlled


clinical trial comparing the outcome of glass fiber posts and composite cores with gold alloy-
based posts and cores for the restoration of endodontically treated teeth. Int J Prosthodont
24:363-372.
56

Figures

Figure 1

Randomization Procedures
57

Figure 2

Flowchart of the trial phases


58

Figure 3

Kaplan-Meier survival graph for success of different posts (A) and position of tooth in mouth
(B).
59

CONSORT 2010 checklist of information to include when reporting a randomised trial *

Item Reported
Section/Topic No Checklist item on page No
Title and abstract
1a Identification as a randomised trial in the title 43

1b Structured summary of trial design, methods, results, and conclusions (for specific guidance see CONSORT for abstracts) 44

Introduction
Background and 2a Scientific background and explanation of rationale 45
objectives
2b Specific objectives or hypotheses 45

Methods
Trial design 3a Description of trial design (such as parallel, factorial) including allocation ratio 46

3b Important changes to methods after trial commencement (such as eligibility criteria), with reasons 46

Participants 4a Eligibility criteria for participants 46

4b Settings and locations where the data were collected 47

Interventions 5 The interventions for each group with sufficient details to allow replication, including how and when they were 47-48
actually administered
60

Outcomes 6a Completely defined pre-specified primary and secondary outcome measures, including how and when they 46
were assessed

6b Any changes to trial outcomes after the trial commenced, with reasons NA

Sample size 7a How sample size was determined 46

7b When applicable, explanation of any interim analyses and stopping guidelines NA

Randomisation:

Sequence 8a Method used to generate the random allocation sequence 46


generation
8b Type of randomisation; details of any restriction (such as blocking and block size) 46

Allocation 9 Mechanism used to implement the random allocation sequence (such as sequentially numbered containers), 46
concealment describing any steps taken to conceal the sequence until interventions were assigned
mechanism

Implementation 10 Who generated the random allocation sequence, who enrolled participants, and who assigned participants to 46-48
interventions

Blinding 11a If done, who was blinded after assignment to interventions (for example, participants, care providers, those 46
assessing outcomes) and how

11b If relevant, description of the similarity of interventions NA

Statistical methods 12a Statistical methods used to compare groups for primary and secondary outcomes 48

12b Methods for additional analyses, such as subgroup analyses and adjusted analyses NA

Results
Participant flow (a 13a For each group, the numbers of participants who were randomly assigned, received intended treatment, and 49
61

diagram is strongly were analysed for the primary outcome


recommended)
13b For each group, losses and exclusions after randomisation, together with reasons 50

Recruitment 14a Dates defining the periods of recruitment and follow-up 47

14b Why the trial ended or was stopped NA

Baseline data 15 A table showing baseline demographic and clinical characteristics for each group NA

Numbers analysed 16 For each group, number of participants (denominator) included in each analysis and whether the analysis was 49
by original assigned groups

Outcomes and 17a For each primary and secondary outcome, results for each group, and the estimated effect size and its 49
estimation precision (such as 95% confidence interval)

17b For binary outcomes, presentation of both absolute and relative effect sizes is recommended NA

Ancillary analyses 18 Results of any other analyses performed, including subgroup analyses and adjusted analyses, distinguishing NA
pre-specified from exploratory

Harms 19 All important harms or unintended effects in each group (for specific guidance see CONSORT for harms) 49

Discussion
Limitations 20 Trial limitations, addressing sources of potential bias, imprecision, and, if relevant, multiplicity of analyses 50-51-52

Generalisability 21 Generalisability (external validity, applicability) of the trial findings 50-51-52

Interpretation 22 Interpretation consistent with results, balancing benefits and harms, and considering other relevant evidence 50-51-52

Other information
Registration 23 Registration number and name of trial registry
62

Clinical Comparison of Endodontically Treated Teeth Restored With Fiber Posts or Cast Metal Post NCT01461239

Protocol 24 Where the full trial protocol can be accessed, if available

www.clinicaltrials.gov

Funding 25 Sources of funding and other support (such as supply of drugs), role of funders NA

*We strongly recommend reading this statement in conjunction with the CONSORT 2010 Explanation and Elaboration for important clarifications on all the items. If
relevant, we also recommend reading CONSORT extensions for cluster randomised trials, non-inferiority and equivalence trials, non-pharmacological treatments, herbal
interventions, and pragmatic trials. Additional extensions are forthcoming: for those and for up to date references relevant to this checklist, see www.consort-statement.org.
63

5 Conclusão Geral
A literatura sugere que o uso de cimento resinoso autoadesivo promove maior
resistência de pinos de fibra vidro ao canal radicular. Além disso, após 3 anos, tanto
os pinos de fibra viro como os núcleos metálicos fundidos apresentaram
performance semelhante.
64

6 Referências Bibliográficas

AKSORNMUANG, J., FOXTON, R. M., NAKAJIMA, M., TAGAMI, J. Microtensile


bond strength of a dual-cure resin core material to glass and quartz fibre posts.
Journal of Dentistry, v.32, n.6, p.443-450, 2004.

ASMUSSEN, E., PEUTZFELDT, A., HEITMANN, T. Stiffness, elastic limit, and


strength of newer types of endodontic posts. Journal of Dentistry, v.27, n.4, p.275-
278, 1999.

ASSIF, D., GORFIL, C. Biomechanical considerations in restoring endodontically


treated teeth. Journal of Prosthetic Dentistry, v.71, n.6, p.565-567, 1994.

AYAD, M. F., ROSENSTIEL, S. F., SALAMA, M. Influence of tooth surface


roughness and type of cement on retention of complete cast crowns. Journal of
Prosthetic Dentistry, v.77, n.2, p.116-121, 1997.

BACHICHA, W. S., DIFIORE, P. M., MILLER, D. A., LAUTENSCHLAGER, E. P.,


PASHLEY, D. H. Microleakage of endodontically treated teeth restored with posts.
Journal of Endodontics, v.24, n.11, p.703-708, 1998.

BALBOSH, A., LUDWIG, K., KERN, M. Comparison of titanium dowel retention using
four different luting agents. Journal of Prosthetic Dentistry, v.94, n.3, p.227-233,
2005.

BITTER, K., MEYER-LUECKEL, H., PRIEHN, K., KANJUPARAMBIL, J. P.,


NEUMANN, K., KIELBASSA, A. M. Effects of luting agent and thermocycling on bond
strengths to root canal dentine. International Endodontic Journal, v.39, n.10,
p.809-818, 2006.
65

BITTER, K., MEYER-LUECKEL, H., PRIEHN, K., KANJUPARAMBIL, J. P.,


NEUMANN, K., KIELBASSA, A. M. Effects of luting agent and thermocycling on bond
strengths to root canal dentine. International Endodontic Journal, v.39, n.10,
p.809-818, 2006.

BITTER, K., PARIS, S., PFUERTNER, C., NEUMANN, K., KIELBASSA, A. M.


Morphological and bond strength evaluation of different resin cements to root dentin.
European Journal of Oral Sciences, v.117, n.3, p.326-333, 2009.

BITTER, K., PERDIGAO, J., EXNER, M., NEUMANN, K., KIELBASSA, A.,
STERZENBACH, G. Reliability of fiber post bonding to root canal dentin after
simulated clinical function in vitro. Operative Dentistry, v.37, n.4, p.397-405, 2012.

BOLHUIS, H. P., DE GEE, A. J., PALLAV, P., FEILZER, A. J. Influence of fatigue


loading on the performance of adhesive and nonadhesive luting cements for cast
post-and-core buildups in maxillary premolars. International Journal of
Prosthodontics, v.17, n.5, p.571-576, 2004.

BURKE, F. J., CRISP, R. J., RICHTER, B. A practice-based evaluation of the


handling of a new self-adhesive universal resin luting material. International Dental
Journal, v.56, n.3, p.142-146, 2006.

CALIXTO, L. R., BANDéCA, M. C., SILVA, F. B., RASTELLI, A. N. S., PORTO-


NETO, S. T., ANDRADE, M. F. Effect of light-curing units on push-out fiber post bond
strength in root canal dentin. Laser Physics, v.19, n.8, p.1867-1871, 2009.

CENCI, M. S., RODOLPHO, P. A., PEREIRA-CENCI, T., DEL BEL CURY, A. A.,
DEMARCO, F. F. Fixed partial dentures in an up to 8-year follow-up. Journal
Applied of Oral Science, v.18, n.4, p.364-371, 2010.
66

DA ROSA RODOLPHO, P. A., CENCI, M. S., DONASSOLLO, T. A., LOGUERCIO,


A. D., DEMARCO, F. F. A clinical evaluation of posterior composite restorations: 17-
year findings. Journal of Dentistry, v.34, n.7, p.427-435, 2006.

DA ROSA RODOLPHO, P. A., DONASSOLLO, T. A., CENCI, M. S., LOGUERCIO,


A. D., MORAES, R. R., BRONKHORST, E. M., OPDAM, N. J., DEMARCO, F. F. 22-
Year clinical evaluation of the performance of two posterior composites with different
filler characteristics. Dental Materials, v.27, n.10, p.955-963, 2011.

DE DURAO MAURICIO, P. J., GONZALEZ-LOPEZ, S., AGUILAR-MENDOZA, J. A.,


FELIX, S., GONZALEZ-RODRIGUEZ, M. P. Comparison of regional bond strength in
root thirds among fiber-reinforced posts luted with different cements. Journal of
Biomedical Materials Research Part B: Applied Biomaterials, v.83, n.2, p.364-
372, 2007.

DEMARCO, F. F., PEREIRA-CENCI, T., DE ALMEIDA ANDRE, D., DE SOUSA


BARBOSA, R. P., PIVA, E., CENCI, M. S. Effects of metallic or translucent matrices
for Class II composite restorations: 4-year clinical follow-up findings. Clinical Oral
Investigation, v.15, n.1, p.39-47, 2011.

DIETSCHI, D., DUC, O., KREJCI, I., SADAN, A. Biomechanical considerations for
the restoration of endodontically treated teeth: a systematic review of the literature,
Part II (Evaluation of fatigue behavior, interfaces, and in vivo studies). Quintessence
International, v.39, n.2, p.117-129, 2008.

ERDEMIR, U., MUMCU, E., TOPCU, F. T., YILDIZ, E., YAMANEL, K., AKYOL, M.
Micro push-out bond strengths of 2 fiber post types luted using different adhesive
strategies. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology and
Endodontology, v.110, n.4, p.534-544, 2010.
67

ERDEMIR, U., SAR-SANCAKLI, H., YILDIZ, E., OZEL, S., BATUR, B. An in vitro
comparison of different adhesive strategies on the micro push-out bond strength of a
glass fiber post. Medicina Oral Patologia Oral y Cirugia Bucal, v.16, n.4, p.e626-
634, 2011.

ESKITASCIOGLU, G., BELLI, S., KALKAN, M. Evaluation of two post core systems
using two different methods (fracture strength test and a finite elemental stress
analysis). Journal of Endodontics, v.28, n.9, p.629-633, 2002.

FARINA, A. P., CECCHIN, D., GARCIA LDA, F., NAVES, L. Z., PIRES-DE-SOUZA
FDE, C. Bond strength of fibre glass and carbon fibre posts to the root canal walls
using different resin cements. Australian Endodontic Journal, v.37, n.2, p.44-50,
2011.

FARINA, A. P., CECCHIN, D., GARCIA LDA, F., NAVES, L. Z., SOBRINHO, L. C.,
PIRES-DE-SOUZA FDE, C. Bond strength of fiber posts in different root thirds using
resin cement. Journal of Adhesive Dentistry, v.13, n.2, p.179-186, 2011.

FEDOROWICZ, Z., CARTER, B., DE SOUZA, R. F., DE ANDRADE LIMA CHAVES,


C., NASSER, M., SEQUEIRA-BYRON, P. Single crowns versus conventional fillings
for the restoration of root filled teeth. Cochrane Database of Systematic Reviews,
v.5, p.CD009109, 2012.

FERNANDES, A. S., SHETTY, S., COUTINHO, I. Factors determining post selection:


a literature review. Journal of Prosthetic Dentistry, v.90, n.6, p.556-562, 2003.

FERRARI, M., VICHI, A., FADDA, G. M., CAGIDIACO, M. C., TAY, F. R., BRESCHI,
L., POLIMENI, A., GORACCI, C. A Randomized Controlled Trial of Endodontically
Treated and Restored Premolars. Journal of Dental Research, v.91, n.7 suppl
p.S72-S78, 2012.
68

FERRARI, M., VICHI, A., MANNOCCI, F., MASON, P. N. Retrospective study of the
clinical performance of fiber posts. American Journal of Dentistry v.13, n.Spec No,
p.9B-13B, 2000.

FOKKINGA, W. A., KREULEN, C. M., BRONKHORST, E. M., CREUGERS, N. H. Up


to 17-year controlled clinical study on post-and-cores and covering crowns. Journal
of Dentistry, v.35, n.10, p.778-786, 2007.

GIACHETTI, L., GRANDINI, S., CALAMAI, P., FANTINI, G., SCAMINACI RUSSO, D.
Translucent fiber post cementation using light- and dual-curing adhesive techniques
and a self-adhesive material: push-out test. Journal of Dentistry, v.37, n.8, p.638-
642, 2009.

GOMEZ-POLO, M., LLIDO, B., RIVERO, A., DEL RIO, J., CELEMIN, A. A 10-year
retrospective study of the survival rate of teeth restored with metal prefabricated
posts versus cast metal posts and cores. Journal of Dentistry, v.38, n.11, p.916-
920, 2010.

GORACCI, C., FERRARI, M. Current perspectives on post systems: a literature


review. Australian Dental Journal, v.56 Suppl 1, p.77-83, 2011.

GORACCI, C., SADEK, F. T., FABIANELLI, A., TAY, F. R., FERRARI, M. Evaluation
of the adhesion of fiber posts to intraradicular dentinp. Operative Dentistry, v.30,
n.5, p.627-635, 2005.

GORACCI, C., TAVARES, A. U., FABIANELLI, A., MONTICELLI, F., RAFFAELLI, O.,
CARDOSO, P. C., TAY, F., FERRARI, M. The adhesion between fiber posts and root
canal walls: comparison between microtensile and push-out bond strength
measurements. European Journal of Oral Sciences, v.112, n.4, p.353-361, 2004.
69

GUARDA, G. B., GONCALVES, L. S., CORRER, A. B., MORAES, R. R.,


SINHORETI, M. A., CORRER-SOBRINHO, L. Luting glass ceramic restorations
using a self-adhesive resin cement under different dentin conditions. Journal
Applied of Oral Science, v.18, n.3, p.244-248, 2010.

HAGGE, M. S., WONG, R. D., LINDEMUTH, J. S. Retention strengths of five luting


cements on prefabricated dowels after root canal obturation with a zinc
oxide/eugenol sealer: 1. Dowel space preparation/cementation at one week after
obturation. Journal of Prosthodontics, v.11, n.3, p.168-175, 2002.

HEYDECKE, G., PETERS, M. C. The restoration of endodontically treated, single-


rooted teeth with cast or direct posts and cores: a systematic review. Journal of
Prosthetic Dentistry, v.87, n.4, p.380-386, 2002.

HIGGINS, J. P. T., GREEN, S. Cochrane handbook for systematic reviews of


interventions Available from: http://www.cochrane-handbook.org2009. 2009.

KECECI, A. D., UREYEN KAYA, B., ADANIR, N. Micro push-out bond strengths of
four fiber-reinforced composite post systems and 2 luting materials. Oral Surgery,
Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology and Endodontology, v.105, n.1,
p.121-128, 2008.

LEME, A. A., COUTINHO, M., INSAURRALDE, A. F., SCAFFA, P. M., DA SILVA, L.


M. The influence of time and cement type on push-out bond strength of fiber posts to
root dentin. Operative Dentistry, v.36, n.6, p.643-648, 2011.

LINDBLAD, R. M., LASSILA, L. V., SALO, V., VALLITTU, P. K., TJADERHANE, L.


Effect of chlorhexidine on initial adhesion of fiber-reinforced post to root canal.
Journal of Dentistry, v.38, n.10, p.796-801, 2010.
70

MANNOCCI, F., FERRARI, M., WATSON, T. F. Intermittent loading of teeth restored


using quartz fiber, carbon-quartz fiber, and zirconium dioxide ceramic root canal
posts. Journal of Adhesive Dentistry, v.1, n.2, p.153-158, 1999.

MENDOZA, D. B., EAKLE, W. S., KAHL, E. A., HO, R. Root reinforcement with a
resin-bonded preformed post. Journal of Prosthetic Dentistry, v.78, n.1, p.10-14,
1997.

MORGANO, S. M., BRACKETT, S. E. Foundation restorations in fixed


prosthodontics: current knowledge and future needs. Journal of Prosthetic
Dentistry, v.82, n.6, p.643-657, 1999.

MUMCU, E., ERDEMIR, U., TOPCU, F. T. Comparison of micro push-out bond


strengths of two fiber posts luted using simplified adhesive approaches. Dental
Materials Journal, v.29, n.3, p.286-296, 2010.

NAUMANN, M., BLANKENSTEIN, F., DIETRICH, T. Survival of glass fibre reinforced


composite post restorations after 2 years-an observational clinical study. Journal of
Dentistry, v.33, n.4, p.305-312, 2005.

NAUMANN, M., KOELPIN, M., BEUER, F., MEYER-LUECKEL, H. 10-year survival


evaluation for glass-fiber-supported postendodontic restoration: a prospective
observational clinical study. Journal of Endodontics, v.38, n.4, p.432-435, 2012.

NAUMANN, M., STERZENBAC, G., ALEXANDRA, F., DIETRICH, T. Randomized


controlled clinical pilot trial of titanium vs. glass fiber prefabricated posts: preliminary
results after up to 3 years. International Journal of Prosthodontics, v.20, n.5,
p.499-503, 2007.
71

NAUMANN, M., STERZENBACH, G., ROSENTRITT, M., BEUER, F.,


FRANKENBERGER, R. Is adhesive cementation of endodontic posts necessary?
Journal of Endodontics, v.34, n.8, p.1006-1010, 2008.

PIHLSTROM, B. L., BARNETT, M. L. Design, operation, and interpretation of clinical


trials. Journal of Dental Research, v.89, n.8, p.759-772, 2010.

PIOVESAN, E. M., DEMARCO, F. F., CENCI, M. S., PEREIRA-CENCI, T. Survival


rates of endodontically treated teeth restored with fiber-reinforced custom posts and
cores: a 97-month study. International Journal of Prosthodontics, v.20, n.6, p.633-
639, 2007.

QUALTROUGH, A. J., MANNOCCI, F. Tooth-colored post systems: a review.


Operative Dentistry, v.28, n.1, p.86-91, 2003.

RADOVIC, I., MAZZITELLI, C., CHIEFFI, N., FERRARI, M. Evaluation of the


adhesion of fiber posts cemented using different adhesive approaches. European
Journal of Oral Sciences, v.116, n.6, p.557-563, 2008.

RADOVIC, I., MONTICELLI, F., GORACCI, C., VULICEVIC, Z. R., FERRARI, M.


Self-adhesive resin cements: a literature review. Journal of Adhesive Dentistry,
v.10, n.4, p.251-258, 2008.

RASIMICK, B. J., WAN, J., MUSIKANT, B. L., DEUTSCH, A. S. A review of failure


modes in teeth restored with adhesively luted endodontic dowels. Journal of
Prosthodontics, v.19, n.8, p.639-646, 2010.

RATHKE, A., HAJ-OMER, D., MUCHE, R., HALLER, B. Effectiveness of bonding


fiber posts to root canals and composite core build-ups. European Journal of Oral
Sciences, v.117, n.5, p.604-610, 2009.
72

ROPERTO, R. C., EL-MOWAFY, O., PORTO-NETO, S. T., MARCHESAN, M. A.


Microtensile bond strength of radicular dentin to non-metallic posts bonded with self-
adhesive cements. International Journal of Clinical Dentistry, v.3, n.2, p.73-80,
2010.

SADEK, F. T., GORACCI, C., MONTICELLI, F., GRANDINI, S., CURY, A. H., TAY,
F., FERRARI, M. Immediate and 24-hour evaluation of the interfacial strengths of
fiber posts. Journal of Endodontics, v.32, n.12, p.1174-1177, 2006.

SALAS, M. M., BOCANGEL, J. S., HENN, S., PEREIRA-CENCI, T., CENCI, M. S.,
PIVA, E., DEMARCO, F. F. Can viscosity of acid etchant influence the adhesion of
fibre posts to root canal dentine? International Endodontic Journal, v.44, n.11,
p.1034-1040, 2011.

SIGNORE, A., BENEDICENTI, S., KAITSAS, V., BARONE, M., ANGIERO, F.,
RAVERA, G. Long-term survival of endodontically treated, maxillary anterior teeth
restored with either tapered or parallel-sided glass-fiber posts and full-ceramic crown
coverage. Journal of Dentistry, v.37, n.2, p.115-121, 2009.

SILVA, N. R., CASTRO, C. G., SANTOS-FILHO, P. C., SILVA, G. R., CAMPOS, R.


E., SOARES, P. V., SOARES, C. J. Influence of different post design and
composition on stress distribution in maxillary central incisor: Finite element analysis.
Indian Journal of Dental Research, v.20, n.2, p.153-158, 2009.

SOARES, C. J., PEREIRA, J. C., VALDIVIA, A. D. C. M., NOVAIS, V. R., MENESES,


M. S. Influence of resin cement and post configuration on bond strength to root
dentine. International Endodontic Journal, v.45, n.2, p.136-145, 2012.

SOARES, C. J., RAPOSO, L. H., SOARES, P. V., SANTOS-FILHO, P. C.,


MENEZES, M. S., SOARES, P. B., MAGALHAES, D. Effect of different cements on
73

the biomechanical behavior of teeth restored with cast dowel-and-cores-in vitro and
FEA analysis. Journal of Prosthodontics, v.19, n.2, p.130-137, 2010.

STEWARDSON, D. A. Non-metal post systems. Dental Update, v.28, n.7, p.326-


332, 334, 336, 2001.

TORBJORNER, A., FRANSSON, B. Biomechanical aspects of prosthetic treatment


of structurally compromised teeth. International Journal of Prosthodontics, v.17,
n.2, p.135-141, 2004.

TORBJORNER, A., KARLSSON, S., ODMAN, P. A. Survival rate and failure


characteristics for two post designs. Journal of Prosthetic Dentistry, v.73, n.5,
p.439-444, 1995.

VAN MEERBEEK, B., YOSHIHARA, K., YOSHIDA, Y., MINE, A., DE MUNCK, J.,
VAN LANDUYT, K. L. State of the art of self-etch adhesives. Dental Materials, v.27,
n.1, p.17-28, 2011.

VICHI, A., FERRARI, M., DAVIDSON, C. L. Influence of ceramic and cement


thickness on the masking of various types of opaque posts. Journal of Prosthetic
Dentistry, v.83, n.4, p.412-417, 2000.

WALTON, T. R. A 10-year longitudinal study of fixed prosthodontics: clinical


characteristics and outcome of single-unit metal-ceramic crowns. International
Journal of Prosthodontics, v.12, n.6, p.519-526, 1999.

WALTON, T. R. An up to 15-year longitudinal study of 515 metal-ceramic FPDs: Part


2. Modes of failure and influence of various clinical characteristics. International
Journal of Prosthodontics, v.16, n.2, p.177-182, 2003.
74

WEINE, F. S., WAX, A. H., WENCKUS, C. S. Retrospective study of tapered, smooth


post systems in place for 10 years or more. Journal of Endodontics, v.17, n.6,
p.293-297, 1991.

XÜ, N., HU, S. H., YANG, Y., REN, X., ZUO, E. J. Effect of different resin cements
and silane coupling agents on bond strength of glass fiber post to root dentin.
Journal of Dalian Medical University, v.33, n.4, p.321-324+329, 2011.

ZAITTER, S., SOUSA-NETO, M. D., ROPERTO, R. C., SILVA-SOUSA, Y. T., EL-


MOWAFY, O. Microtensile bond strength of glass fiber posts cemented with self-
adhesive and self-etching resin cements. Journal of Adhesive Dentistry, v.13, n.1,
p.55-59, 2011.

ZARONE, F., SORRENTINO, R., APICELLA, D., VALENTINO, B., FERRARI, M.,
AVERSA, R., APICELLA, A. Evaluation of the biomechanical behavior of maxillary
central incisors restored by means of endocrowns compared to a natural tooth: a 3D
static linear finite elements analysis. Dental Materials, v.22, n.11, p.1035-1044,
2006.

ZICARI, F., COUTHINO, E., DE MUNCK, J., POITEVIN, A., SCOTTI, R., NAERT, I.,
VAN MEERBEEK, B. Bonding effectiveness and sealing ability of fiber-post bonding.
Dental Materials, v.24, n.7, p.967-977, 2008.

ZICARI, F., VAN MEERBEEK, B., DEBELS, E., LESAFFRE, E., NAERT, I. An up to
3-Year Controlled Clinical Trial Comparing the Outcome of Glass Fiber Posts and
Composite Cores with Gold Alloy-Based Posts and Cores for the Restoration of
Endodontically Treated Teeth. International Journal of Prosthodontics, v.24, n.4,
p.363-372, 2011.
75

Apêndices
76

APÊNDICE A - Ficha do Paciente

Faculdade de Odontologia - UFPel

Projeto de Extensão

1. Paciente: _________________________________________________________________

2. Data Nascimento:___/____/________ 3. Sexo: ______

4. Endereço:__________________________________________________________
______________________________________________________________________

5. Telefones: Residencial:______________Celular:________________
Trabalho:______________ Parente próximo:_______________

Aluno atendente : __________________________________________________________

Questionário de saúde
Sofre de alguma doença: ( ) Sim ( ) Não - Qual(is)______________________
Está em tratamento médico atualmente? ( ) Sim ( ) Não.
Gravidez: Sim ( ) Não ( ) Usa anticoncepcional? ( ) Sim ( ) Não

Faz reposição hormonal? ( ) Sim ( ) Não

Fumante?: Sim ( ) Não ( )


Está fazendo uso de alguma Medicação? ( ) Sim ( ) Não
Qual(is)? _____________________________________________________________
Nome do Médico Assistente/telefone: _________________________________
Teve alergia? ( ) Sim ( ) Não -Qual(is) __________________________________
Já foi operado? ( ) Sim ( ) Não -Qual(is) ________________________________
Teve problemas com a cicatrização? Sim ( ) Não ( )
Teve problemas com a anestesia? Sim ( ) Não ( )
Teve problemas de Hemorragia? Sim ( ) Não ( )
Sofre de alguma das seguintes doenças ?
Febre Reumática: Sim ( ) Não ( ); Problemas Cardíacos: Sim ( ) Não ( )
Problemas Renais: Sim ( ) Não ( ); Problemas Gástricos: Sim ( ) Não ( )
Problemas Respiratórios: Sim ( ) Não ( ); Diabetes: Sim ( ) Não ( ) Problemas Alérgicos:
Sim ( ) Não ( ) Hipertensão Arterial: Sim ( ) Não ( );
Problemas Articulares ou Reumatismo: Sim ( ) Não ( );
77

Hábitos: __________________________________
Antecedentes Familiares: _____________________________________________
HIGIENE BUCAL (utiliza):
( ) fio / fita dental ( ) interdental ( ) escova macia / média / dura
( ) unitufo / bitufo ( ) palito ( ) creme dental: ________________________
- CARACTERÍSTICAS DOS DENTES A SEREM TRATADOS NO PROJETO ProDENTE

Dentes tratados (número)

N faces restantes

N contatos proximais

Contato com antagonista


(sim ou não)

Suporte periodontal
(anotar a inserção óssea em mm / desvios
normalidade)

Perda de Inserção MV MV
6 sítios V V
(mm) DV DV
ML ML
L L
DL DL
Profund. MV MV
de sondagem V V
6 sítios DV DV
(mm) ML ML
L L
DL DL
Presença de mobilidade
(0 ou 1)

Comprimento do remanescente radicular


(mm)

Sangramento à sondagem (sim ou não)

Uso de pino
(sim ou não)
Tipo de pino
(Fibra, NMF)
Tipo de Cimento
(RelyX U100)

Comprimento cimentado (mm)

Comprimento coronário do pino (mm)

Diâmetro do pino
(0.5; 1.)
78

Tipo de restauração final


(metalo-cerâmica)

Tipo de Cimento para coroa


(RelyX U100)

- TRATAMENTO ENDODÔNTICO
Realizado no ProDente? ( ) sim ( ) não
OBS: Se o tratamento for realizado no ProDente, preencher ficha específica.

Desenhe o remanescente dentário: Desenhe o remanescente dentário:

Procedimentos (DATAR; descrever DETALHADAMENTE os procedimentos)

Data Procedimento Material (is) utilizado (s) Visto

Prof.
79

APÊNDICE B - Protocolos De Procedimentos Clínicos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

PROJETO DE EXTENSÃO PRODENTE

PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO

Os procedimentos iniciais para todos os dentes,


independentemente do sorteio, serão:

- A tomada de exame radiográfico do dente a receber o pino e planejamento


referente ao comprimento da cimentação, permanecendo de 3-5 mm de
obturação e avaliação quanto ao diâmetro do pino de fibra de vidro utilizado
(#0,5 ou 1).

- Isolamento absoluto do campo operatório e preparo do conduto radicular com


broca específica do sistema de PINO DE FIBRA DE VIDRO escolhido ou broca
Largo para preparo do conduto a receber NÚCLEO METÁLICO FUNDIDO, a
seguir será realizada a limpeza e secagem do conduto radicular preparado.
80

CIMENTAÇÃO DE PINO DE FIBRA DE VIDRO COM U100

- Teste da adaptação do pino ao canal radicular;

- Determinação do comprimento coronário de 2-3 mm e remoção do


comprimento excedente com ponta diamantada antes da cimentação do
mesmo;

- Limpeza do pino com álcool 70° - ATENÇÃO: não é permitido tocar no pino
após limpeza, o mesmo deverá ser manipulado com pinça ou similar;

- Aplicação do Silano com microbrush no pino e espera-se 1 min para secar;

- Manipulação das pastas do cimento em placa de vidro ou bloco específico


para este fim com espátula número 24 ou 36;

- Inserção do cimento no conduto radicular com o com o auxílio de uma seringa


Centrix;

- Inserção do pino no conduto radicular;

- Remoção dos excessos do cimento com pressão digital sobre o pino por 5
min;

- Fotoativação por 40s por face;

- Realização de um novo exame radiográfico para visualização do sucesso do


procedimento.
81

CIMENTAÇÃO DE NÚCLEO METÁLICO FUNDIDO COM U100

- Confecção de um padrão em resina acrílica autopolimerizável (DURALAY) o


qual será enviado para fundição em liga de cobalto-cromo,

- Teste da adaptação do pino ao canal radicular e repreparo, se necessário;

- Limpeza do núcleo metálico fundido com álcool 70º;

- Manipulação das pastas do cimento em placa de vidro ou bloco específico


para este fim com espátula número 24 ou 36;

- Inserção do cimento no conduto radicular com o com o auxílio de uma seringa


Centrix;

- Remoção dos excessos do cimento com pressão digital sobre o pino por 5
min;

- Fotoativação por 40s;

- Realização de um novo exame radiográfico para visualização do sucesso do


procedimento.
82

CONFECÇÃO DE NÚCLEO COM RESINA COMPOSTA DIRETA Filtek Z250

- Condicionamento da estrutura remanescente com Ácido fosfórico 37% por 30


segundos em esmalte e 15 segundos em dentina;
- Lavagem do remanescente com spray de água por 15s;

- Secagem LEVE da estrutura com jatos de ar e algodão estéril papel filtro de


café;
- Aplicação do primer do sistema adesivo Scotchbond Multipurpose, na
estrutura remanescente, com microbrush por 10 segundos e leve secagem
com jatos de ar;
- Aplicação do adesivo Scotchbond Multipurpose, na estrutura remanescente,
com microbrush e fotopolimerização por 20s;
- Confecção de núcleo com resina composta direta Filtek Z250, pela técnica
incremental.
83

CONFECÇÃO DE PRÓTESE UNITÁRIA FIXA METALOCERÃMICA

Após cimentação do núcleo metálico fundido ou do pino de fibra de vidro com


núcleo de resina composta a confecção da Prótese Unitária Fixa segue o
protocolo abaixo:

- Repreparo;

- Confecção do casquete e reembasamento com duralay;

- Passar uma camada do adesivo do Poliéter (IMPREGUM);

- Misturar as duas pastas em igual comprimento para carregar o casquete e


levá-lo ao dente a ser moldado, com pressão digital;

- Moldagem com alginato;

- Confecção de troquel para fundição de coping metálico;


84

- Prova e ajuste do coping metálico; verificar espaço para a cerâmica; colocar


duralay no coping para o registro oclusal seguida de moldagem com alginato;

- Confecção de modelo de remonte para aplicação de cerâmica;

- Escolha de cor;

- Prova e ajustes da prótese unitária e envio ao laboratório para aplicação do


glaze;

- Cimentação da Prótese Unitária Fixa com Rely X U100.


85

APÊNDICE C - Ficha de Avaliação

Ficha de Avaliação – PRODENTE

Paciente: _____________________________________________ Data: ___/___/___

Avaliador: __________________________ Dente:___ Obs.:____________________

Perda do dente

( ) Não ( ) Sim Motivo: __________________

Parâmetros Periodontais

1. Presença de mobilidade: ( ) S ( ) N Grau de mobilidade ( ) I ( ) II ( ) III

2. IPV (Índice de Placa visível)


( ) 0 = ausência de PV

( ) 1 = presença de PV

( ) 9 = ignorado

3. ISG (Índice de Sangramento Gengival)


( ) 0 = ausência de SM

( ) 1 = presença de SM

( ) 9 = ignorado

4. Profundidade de sondagem (em mm)


M ___ D ___ V___ P/L___

5. Nível de inserção óssea (Rx) ____mm


86

Avaliação das Restaurações

1 2 3 4 5

Propriedades Estéticas

Lisura e Brilho Superficial

Manchamento – Superfície

Manchamento – Margem

Estabilidade de Cor/Translucidez

Forma Anatômica

Propriedades Funcionais

Fratura do Material e Retenção

Adaptação Marginal

Contorno Oclusal e Desgaste - Qualitativamente

Contorno Oclusal e Desgaste - Quantitativamente

Forma Anatômica Proximal – Ponto de Contato

Forma Anatômica Proximal - Contorno

Exame Radiográfico

Ponto de Vista do Paciente

Propriedades Biológicas

Sensibilidade Pós-operatória e vitalidade dental

Recorrência de Cárie, Erosão, Abfração

Integridade Dental (Tricas/Fraturas)

Resposta Periodontal
87

Mucosa Adjacente

Saúde Oral e Geral

Avaliações Adicionais

1. Sensibilidade durante aplicação de jato de ar: ( ) S ( ) N

2. Dor ( ) Sim ( ) Não

Se sim, especifique:

( ) dor à percussão

( ) dor com gelado

( ) dor com quente

( ) dor em função

( ) dor espontânea

3. Número de Contatos Oclusais (Verificar com papel articular): ___


( ) adequado ( ) inadequado ( ) ausência de contatos oclusais

Se inadequado, foi corrigido?

( ) sim, com ajuste oclusal ( ) não Porquê? ________________________

4. Descreva o antagonista:
( ) Dente ( ) MC ( ) RC ( ) RA

Avaliação radiográfica

( ) sem alterações

( ) presença de alteração periapical não presente no baseline

( ) presença de alteração periapical presente no baseline: ( ) maior ( ) menor


88

Desfechos

1. Descimentação da Coroa Protética


( ) não ( ) sim – ( ) Passível de recimentação ( ) Impossibilidade de recimentação

OU

Fratura da restauração

( ) não ( ) sim – ( ) Passível de reparo ( ) Impossibilidade de Reparo

2. Cárie Secundária
( ) presente ( ) ausente

3. Descimentação do Pino
( ) não ( ) sim – tempo em meses _______

( ) Passível de recimentação ( ) Impossibilidade de recimentação

4. Fratura do Núcleo
( ) não ( ) sim

5. Fratura do Pino
( ) não ( ) sim

6. Fratura Radicular
( ) não ( ) sim
89

APÊNDICE D - Parecer do Comitê de Ética


90

APÊNDICE E - Termo de Consentimento Livre E Esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS


FACULDADE DE ODONTOLOGIA

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Por meio deste termo o(a) senhor(a) está sendo convidado a participar
do projeto de pesquisa intitulado “Comparação do sucesso de duas estratégias
de cimentação de pinos reforçados por fibra de vidro: ensaio clínico
randomizado multicêntrico”. Este trabalho tem por objetivo comparar duas
técnicas de cimentação de pinos dentro do canal e avaliar ao longo do tempo,
se uma é melhor que a outra.

Justificativa do projeto: Para que o cirurgião-dentista possa fazer


próteses de qualidade, muitas vezes é necessário cimentar um pino no canal
do dente para que o pino possa sustentar a prótese. Para que esse pino fique
no canal por bastante tempo, utilizam-se cimentos para colar esse pino. Como
esse procedimento é muito comum na Odontologia é importante obtermos
informações sobre qual técnica de colagem é melhor, e com esse estudo
pretendemos ter essa resposta.

Informações do projeto: Após seis meses, um ano, três anos e cinco


anos da realização da cimentação (colagem) do pino, você será chamado para
acompanhamento de suas condições de saúde bucal.

Procedimentos: Para a cimentação do pino no conduto radicular


(canal), você será submetido aos seguintes procedimentos: (1) isolamento
absoluto: consiste na colocação de uma borracha ao redor do dente, para
evitar que entre saliva na região; (2) preparo do canal: com um broca
específica será removida a obturação existente dentro do canal radicular, para
que o pino possa ser cimentado (colado); (3) cimentação: será levado para
dentro do canal o cimento (colagem) e em seguida colocado o pino; (4)
polimerização: o pino e o cimento serão iluminados por uma luz específica
durante 40 s, para o endurecimento do cimento.
91

Os custos para a colagem do pino são de nossa responsabilidade; os


custos da prótese, de sua responsabilidade, conforme tabela vigente do
Laboratório de Prótese.

Riscos do paciente: para a cimentação do pino no canal, você estará


sujeito aos seguintes riscos: (1) perfuração da raiz do dente, o que pode ser
contornado ou pode levar a perda do dente (extração); (2) algum tipo de reação
alérgica aos utilizados.

Benefícios: (1) Você receberá acompanhamento odontológico de


qualidade antes e durante a pesquisa; (2) a cimentação destes pinos para
segurar a prótese é uma técnica que gera vantagens para o sucesso da
prótese ao longo do tempo.

Ao aceitar participar do estudo o senhor (a) autoriza a execução dos


procedimentos por parte dos alunos do programa, autoriza o uso dos dados
sobre suas características e condições orais e o uso de imagens (Rx e
fotografias), quando necessárias. Os pesquisadores se comprometem em
manter sigilo e anonimato sobre os seus dados, ficando esses dados
confidenciais apenas acessíveis para os pesquisadores e para você. O
material com seus dados e imagens ficará sob os cuidados da Profa. Tatiana
Pereira Cenci, armazenados no 2º andar do prédio da Faculdade. Após dez
anos da primeira consulta o material contendo seus dados e imagens será
incinerado.

Lembramos que o senhor (a) tem total autonomia em decidir participar


ou não da pesquisa, podendo, inclusive, desistir do estudo em qualquer
momento.

Por esse termo, eu


_______________________________________________________________
____, RG no __________________________ aceito participar do projeto
descrito nesse termo e autorizo a realização dos procedimentos descritos
acima e a utilização de dados e imagens referentes a minha pessoa pelos
pesquisadores envolvidos no estudo.

Pelotas, ____/____/______

________________________________________
Assinatura do paciente

_____________________________
____________________________________
92

Nome do professor Assinatura do professor

Qualquer dúvida, o(a) senhor(a) pode entrar em contato com a pesquisadora


responsável: Tatiana Pereira Cenci (8111-4509); ou entrar em contato com o
comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Pelotas:
http://www.foufpel.com.br ou 3222-6690.

Você também pode gostar