Relatório 1 - Peneiramento
Relatório 1 - Peneiramento
Relatório 1 - Peneiramento
PENEIRAMENTO E TAMANHO
DE PARTÍCULA DA FARINHA DE MILHO
Patos de Minas – MG
2021
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ............................................................................................................. 4
3. Metodologia ............................................................................................................. 10
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 22
1. OBJETIVO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Sistemas Particulados
Os sistemas particulados nas indústrias de processos são baseados no conhecimento das
características de uma partícula ou um conjunto de partículas, ou seja, é um material composto
de sólidos de tamanho reduzido. O sólido (particulado) pode ser integrante do material de
processo, produto ou subproduto gerado no processo ou resíduo para descarte (CREMASCO,
2014; GOMIDE, 1983).
2.3 Peneiramento
O peneiramento é uma das operações mecânicas de separação mais simples e mais
econômicas. Assim, sendo conhecido também como um método clássico de se realizar uma
análise granulométrica. A necessidade de separar sólidos prende-se com a finalidade de separar
materiais de tamanhos diferentes, padronizar e homogeneizar, classificar produtos e controlar
e ter eficiência de próximas etapas de processamento, sendo raro atingir todos os objetivos
simultaneamente (GOMIDE, 1983).
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Figura 2 – Frações obtidas em um peneiramento (classificação granulométrica).
Em que:
6
tamanho da abertura das malhas das peneiras. Dessa forma, as peneiras série Tyler é um dos
padrões mais utilizados em ambientes industriais e acadêmicos. A escala granulométrica
utilizada para esse padrão é (PERRY, 2008). Na Tabela 1, mostra o padrão Série Tyler de
peneiras com aberturas em malhas com valores correspondentes em mm, μm e polegada.
Tabela 1 - Padrão Série Tyler de peneiras com aberturas em malhas com valores
correspondentes em mm, μm e polegada.
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1
𝑑𝑝𝑠 = ∑𝑋𝑖 (2)
𝐷𝑖
Sendo
𝐷
ln(𝐷 𝑖 ) (3)
50
𝑍𝑖 =
√2(𝑙𝑛𝜎)
𝑧
2
erf (𝑍) = ∫ exp(−𝑦 2 )𝑑𝑦 (4)
√𝜋 0
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3. Metodologia
3.1 Materiais Utilizados
Para que seja possível realizar uma caracterização granulométrica da farinha de milho,
uma amostra foi preparada a partir de um pacote de farinha obtido no mercado local. Uma
fração de 100 gramas foi depositada em um sistema de peneiras sobrepostas e submetidas à
agitação até a obtenção de uma massa constante do material retido em cada peneira.
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Figura 4- Conjunto de peneiras redondas.
Fonte: Didática.
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Figura 6 - Peneiras de diferentes meshs.
Apesar dos dois estudos utilizarem quantidade de peneiras e números de meshs distintos,
ambos conseguiram fazer análises concretas e objetivas das amostras utilizadas. Como
resultado, o estudo de Oliveira, 2013 mostrou que nos ensaios de granulometria foi verificado
que todas as farinhas atenderam a Instrução Normativa número 8 de 02 de junho de 2005 do
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.
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3.3.3 Processo de peneiramento
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4.2 Uso do peneiramento na indústria de alimentos
Durante a etapa de processamento de um alimento, o mesmo pode passar por diversas
operações unitárias para que se atinja a qualidade e padrão desejado. Sendo assim, a etapa de
peneiramento para muitos processamentos alimentícios é imprescindível, uma vez que tal etapa
possui como finalidade separar materiais que possuam tamanhos distintos, a fim de garantir
padronização e homogeneidade nas partículas que compõe um determinado produto (GOMIDE,
1983).
O peneiramento na indústria de alimentos pode ser conduzido para a preparação de uma
matéria prima para venda ou para uma posterior etapa de processamento, sendo considerado
um método de análise física para garantir o controle e eficiência das etapas subsequentes. Além
disso, o peneiramento também pode determinar o valor agregado e a importância do produto
(REZENDE, 2011).
Dessa forma, a utilização de peneiras na indústria alimentícia tornou-se essencial,
principalmente quando se diz respeito ao beneficiamento de grãos, uma vez que esta prática
auxilia na padronização e aprimoramento da qualidade do produto final oferecidos aos
compradores e consumidores (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).
Com isso, pode-se citar alguns exemplos práticos do uso e importância das peneiras
dentro da indústria alimentícia:
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4.4 Aplicação do peneiramento na obtenção de açúcar mascavo.
A cana de açúcar apresenta grande potencial no mercado, uma vez que a partir dela é
possível realizar a obtenção de produtos de valores agregados como a rapadura, melado,
cachaça e o açúcar mascavo (JERONIMO et al., 2020).
Os hábitos alimentares da população brasileira modificaram-se ao longo dos anos, além
disso evidenciou-se o aumento do consumo e busca por alimentos mais saudáveis e naturais
(ARAÚJO et al., 2011). Sendo assim, por não passar pelas etapas de refinamento, o açúcar
mascavo vem ganhando espaço e maior procura no mercado atual (DURÁN et al., 2012;
MINGUETTI, 2012).
Dessa forma, para a obtenção do açúcar mascavo, faz-se necessário uma sequência de
etapas, sendo o peneiramento uma delas. Após a obtenção do caldo de cana, o mesmo é
submetido ao peneiramento a fim de reter e eliminar todas as impurezas e sujidades ali contidas,
como terra, areia ou outro material não conforme. (LIMA & MARCONDES, 2002).
Em seguida, esse caldo já peneirado é submetido a outro peneiramento efetuado por
uma peneira giratória de bagacilho, que tem como função realizar a retenção e retirada do
bagacilho do caldo, proporcionando a diminuição de sujidades e aumentando a eficiência das
posteriores etapas. Após algumas etapas obtém-se a massa e esta deve ser submetida a um
peneiramento utilizando-se peneiras giratórias, para que assim possa ser feito a separação dos
torrões e grânulos (CHAVES, et al., 2003). Em seguida, o açúcar mascavo é resfriado, e
submetido a peneiramento novamente para que os grânulos mais finos sejam selecionados
(JESUS, 2007).
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Além disso, o peneiramento encontra-se presente durante a classificação dos grãos de
cafés, um dos critérios de elevada importância quanto a sua qualidade, onde os grãos são
qualificados de acordo com as dimensões dos crivos das peneiras que os retém (SILVA, et al.,
2015).
A etapa de peneiramento é de suma importância já que possibilita uniformização aos
grãos tornando-se um fator essencial para uma torra uniforme e desejada, uma vez que grãos
irregulares podem gerar uma torrefação irregular ocasionando em defeitos como o sabor
queimado. (ABIC, 1998).
As peneiras podem ser formadas por telas metálicas, revestidas de seda ou plástico,
sendo este PVC, polietileno, polipropileno, orlon, dacron ou teflon, além disso pode ser
constituída de barras metálicas chamadas de grelhas, ou pratos metálicos perfurados, também
conhecidos como crivos. Diversos tipos de metais são usados para sua construção, todavia, os
mais empregados são aço e aço inox (GOMIDE, 1983).
As peneiras podem possuir formatos variados como quadrados, retangulares, circulares
ou tubulares, possuindo uma variação de 4 in a 400 mesh, sendo que sua escolha ideal irá
depender do tipo e características do produto que está sendo operado, custos de manutenção e
tamanho (GOMIDE, 1983).
As peneiras, de forma geral, são classificadas como estacionárias, ou seja, onde a única
força atuante é a força de gravidade e o que justifica a superfície inclinada destes equipamentos,
e em e móveis, onde há aplicação de forças externas, mecânica ou elétrica (GOMIDE, 1983).
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5.1.1 Grelhas fixas
As grelhas fixas caracterizam-se por apresentar um conjunto de barras paralelas
espaçadas e inclinadas na direção do fluxo entre 35°a 45° (figura 7). Todavia, este tipo de
peneira tem sua aplicação restrita em tratamento de minérios. Estas grelhas são empregadas em
atividades de mineração (GOMIDE, 1983).
Figura 7 - Grelha fixa.
Fonte: https://www.lippel.com.br/peneiras
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5.2 Peneiras móveis
Dentro desta classificação, tem-se como exemplo peneira rotativas, peneiras agitadas e
peneiras vibratórias.
Fonte: http://www.fabrimak.com.br/produtos/peneira-rotativa/
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peneiramento quando a matéria se apresenta como pó fino. Seu uso na indústria alimentícia é
amplo, principalmente na classificação de grãos (GOMIDE, 1983).
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Figura 11 - Peneira vibratória
Fonte: https://www.directindustry.com/pt/prod/aviteq-vibrationstechnik-gmbh/product-15626-
1948354.html
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6. REFERÊNCIAS
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Produção artesanal de derivados de cana-de-açúcar: Açúcar mascavo – melado –
rapadura. Campinas, CDRS, 2020.
JESUS, S. Produção de açúcar mascavo. Instituto Politécnico de Coimbra Escola
Superior Agrária de Coimbra, 2007/2008.
KELLY, E.G. e SPOTSWOOD, D.J. Introduction to Mineral Processing. New York,
Wiley, 1982.
LIMA, L.R.; MARCONDES, A.A. Tratamentos preliminares da cana-de-açúcar
para produção de açúcar e álcool. In: MARCONDES, A. de A.; LIMA, L. da R. Álcool
carburante: uma estratégia brasileira. Curitiba: UFPR, 2002. Cap. 3. p. 63-77.
LINS,G.A. Impactos ambientais em estações de tratamento de esgotos (ETEs).Rio
de Janeiro, UFRJ, 2010, 285p.
MARINHO, I. Q. Tratamento de efluentes da indústria alimentícia. 2017. 34 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Química) – Universidade Federal
de Uberlândia, Uberlândia, 2017.
MINGUETTI, F. F. Influência dos sistemas de produção, convencional e orgânico,
na qualidade da cana-de-açúcar (Saccharum spp) e do açúcar mascavo. 2012. 76f.
Dissertação (Mestrado em Agroecologia e Desenvolvimento Rural) – Universidade Federal de
São Carlos, Araras, 2012.
NUNES F. E. S. Influência da umidade no dimensionamento e seleção de peneiras
vibratórias em instalações de britagem. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo,
2017.
OLIVEIRA, Andressa Jacqueline de. Avaliação da qualidade industrial da farinha
de trigo. Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina. Relatório de Estágio Supervisionado
em Tecnologia em Biotecnologia. Palotina, Paraná. Agosto, 2013.
PAPINI, C. J. Estudo comparativo de métodos de determinação do tamanho de
partícula. Dissertação (Mestrado em Ciências), Programa de Pós-Graduação em Ciências,
Universidade São Paulo, São Paulo-SP, 2003.
REZENDE, T. M. Tipos de Peneiras: Caracteristicas e Utilização.Miraí, MG, 2011.
SANÁGUA – Análises Químicas e Ambientais. Resíduos Químicos e seu impacto no
meio ambiente, 2014.
SILVA, B. B. Desenvolvimento de uma máquina de limpeza a ar e roletes para
frutos de café derriçados. 2017.
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