Prática Tributária - Impugnação
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Prática Tributária - Impugnação
Rebouças Grill Churrascaria LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n°..., com
sede n rua..., n°..., bairro..., São Paulo/SP, CEP n°..., endereço eletrônico..., vem respeitosamente, por
meio de seu advogado abaixo assinado (procuração em anexo) com endereço profissional para
recebimento de intimações na rua..., n°..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, apresentar, com fulcro no art. 56 do Decreto 7.574/2011, a presente
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA
I - Dos Fatos
O Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM), acusou o Recorrente de deixar de recolher ICMS
"apurado por meio de levantamento fiscal". O recorrente deixou de pagar a quantia de RS
371.659,99 (trezentos e setenta e um mil seiscentos e cinquenta e nove reais e noventa e nove
centavos) do ICMS relativos ao exercício financeiro de 2009. O lançamento do crédito tributário foi
“apurado por meio de levantamento fiscal” e "com base nas informações fornecidas pelas empresas
administradoras de cartões de crédito e/ou débito", atribuindo, por meio de cálculo, a alíquota de
18% (dezoito por cento) referente ao ICMS.
II - Do cabimento e da Tempestividade
III - Do Direito
Uma vez praticado o lançamento do crédito tributário, ele se torna irrevisível administrativamente,
salvo na hipótese de impugnação, disposta no art. 145, I do CTN. Através da revisibilidade, é dado ao
contribuinte o direito de submeter às autoridades hierarquicamente superiores a revisão de decisões
administrativas. Ademais, o devido processo legal garante que ninguém será privado de sua
liberdade ou de seus bens sem que haja um processo regulado por normas legais previamente
estabelecidas, que garantam a igualdade das partes envolvidas no conflito, previsto no artigo 5º,
inciso LIV da Constituição Federal.
Destarte, o artigo 16, § 4º do Decreto 70.235/1972 estabelece que a prova documental deve ser
apresentada durante o processo de impugnação. Este direito se expurgue ao ser realizado em
qualquer outro momento do processo (a não ser que haja comprovação de impossibilidade de
apresentação oportuna por motivo de força maior), se refira a fato ou direito superveniente ou
destine-se a contrapor fatos ou razões trazidas posteriormente aos autos - o que não foi o caso,
desafiando a verdade material, princípio disposto no art. 148 do CTN.
Desta forma, se faz necessária a realização de perícia contábil, a fim de que se possa comprovar, em
acordo com o Art.16, § 4º do Decreto 70.235/1972, que a Secretaria da Fazenda realizou o seu
trabalho com equívocos e de forma inadequada, cruzando informações do contribuinte obtidas por
empresas de cartões de crédito e de débito, e através de GIAs, tendo sido realizada de forma
presumida e com falta de prova pericial-contábil. O lançamento a título de ICMS foi elaborado
unilateralmente e inviabilizou o exercício da ampla defesa e do contraditório, garantidos no art. 5º,
inciso LV da CF.
Portanto, conclui-se que a anulação do auto de infração deve-se ser imposta, pois o mesmo não
respeitou os princípios da verdade material e da ampla defesa. A comprovação da exigência indevida
se fará, portanto, por meio da perícia contábil, assim como definido pelo art. 156 do NCPC.
V- Dos Pedidos
Local, data
Advogado
OAB n°