Defesa Art 162 CNH Vencida

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SBM ASSESSORIA DE TRÂNSITO

CNPJ: 43.744.781/0001-31
Empresa especializada na Assessoria de Trânsito de Condutores

ILUSTRÍSSIMA SENHOR DIRETOR DO DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE


TRÂNSITO- DETRAN, DO MUNICÍPIO DE ITAJAI/SC.

MM. SENHOR DIRETOR(A)


Notificação de Autuação Nº: GMI4959

MAYCKON FARIAS GOMES, brasileiro, solteiro, com número de inscrição no


Cadastro de Pessoas Físicas CPF/SC sob o nº 009.317.289-32, residente e
domiciliado na Rua Adolfo Cugnier nº 35 – Itajaí\SC, com endereço
eletrônico:[email protected], proprietário do automóvel, de
placas MJO7H57, marca/modelo HYNDAI/TUCSON GLSB, conforme
garfado na notificação inclusa, vem, respeitosamente à presença de Vossa
Senhoria, apresentar:

Defesa Prévia

Requerendo o cancelamento da autuação, do auto face o auto de infração nº GMI4959,


ora então encartado. O que o faz com fundamento na Lei nº 9.503/97, c/c o Art. 1º e SS,
da resolução nº 244, de 04 de dezembro de 2008, alterada pelas resoluções
732/17,779/19, todas do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, face a
notificação de instauração de processo administrativo para suspensão do direito de dirigir,
(anexa) pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:

PRELIMINARMENTE

Autorizo O DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE TRÂNSITO DO


MUNICÍPIO DE ITAJAI, a seu critério, enviar para o correio eletrônico (e-mail),
acima informado, as notificações de autuação ou penalidade, as cópias de autos de
infração, os resultados de defesas/recursos de multa e outras petições referentes apenas a
está suposta infrações.

DOS FATOS

Segundo consta na cópia do auto de infração de instauração de processo


administrativo, o condutor supostamente teria conduzido seu veículo com sua CNH
vencida, sem quaisquer outras informações que possibilitem a ampla defesa do
Recorrente.
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A infração trazida à baila, pela sua própria dinâmica intrínseca, carece do mínimo
de informação do fato verdadeiramente ocorrido.

Ante o acima arguido, não resta alternativa senão o arquivamento do presente


feito, pois eivados de vício que são insanáveis no procedimento administrativo, no pé em
que se encontra, pelos fundamentos jurídicos abaixo delineados.

DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

De início cabe esclarecer que, para imposição de multa à pessoa física ou jurídica
que apenas promove a competição/evento/demonstração (conforme expresso no § 1º),
sem a utilização de veículo automotor, há a necessidade que o órgão de trânsito atenda à
regulamentação dada pela Resolução do Conselho Nacional de Trânsito n. 390/11.

Senhor Diretor, a presente infração é insubsistente, portanto, não pode subsistir


devendo ser julgada inconsistente e arquivada, pois eivadas de vícios que são
insanáveis no procedimento Administrativo.

Cabia ao agente da autoridade de trânsito, preencher obrigatoriamente a conduta


infracional descrevendo-a de forma clara, não houve por parte do agente da autoridade de
trânsito “DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COM CLAREZA E OBJETIVIDADE”
- campo para descrever de forma clara a infração de cometida.

Campo obrigatório conforme preceitua a Portaria nº 59 de 25 de outubro de 2007,


do Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN.

Outrossim, a participação pressupõe a existência, destarte, de outros veículos e/ou


de espectadores, o que consta, aliás, da ficha de enquadramento artigo ora em comento,
no Volume I do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (Resolução do Conselho
Nacional de Trânsito n. 371/10), o que de todo não fora verificado pelo agente de
trânsito, o que dá azo a fragilidade a presunção de veracidade a que goza o agente
público.

A Administração Pública deve pautar-se pelo princípio da estrita legalidade. O


mero inconformismo do agente público, por mais que se presumem os seus atos serem
revestidos de veracidade, no caso em tela desmonta-se frágil pelos incontroversos fatos
acima alegados.

É crível que nós e o Poder Público Municipal, exija que o agente de trânsito,
responsável pela aplicação de multas, faça-o com legalidade e moralidade, preceitos que
precipuamente devem pautar toda a conduta da administração pública.

Ora senhor Diretor, não existe materialidade para a tipificação de infração de


trânsito que tenha como base legal o enquadramento do ora Requerente.
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Oportuno relembrar que, dado a gravidade da infração imputada requer-se seja
ouvido o agente público que lavrou o Auto de infração para que possa esclarecer, com
maior precisão o ocorrido, pois, simples indicação do dispositivo legal, prejudica o
direito de defesa da Recorrente.

Imperioso, que o agente de trânsito relate mesmo que minimamente a sua decisão
de autuar, narrado em sua essência o ocorrido, visto que o administrado se defende de
fatos a ele imputados pela administração, o que não é possível no estado em que se
encontra.

É crível o que acima se pleiteia, a fim de assegurar o devido processo legal,


instituto esculpido no inciso LIV, do artigo 5º, CF, e, via de consequência, aos princípios
constitucionais do contraditório e da ampla defesa (inc. LV, art. 5º, CF).

Igualmente, para que lhe possibilite sustentar suas argumentações em um futuro


RECURSO ADMINISTRATIVAS, REQUER-SE com supedâneo na Constituição
Federal, inciso LV, art. 5º, a qual assegura que aos litigantes, em processo judicial
ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.

DA INCONSISTÊNCIA DO AUTO DA INFRAÇÃO

O Auto de infração é inconsistente, não atende o minimo do comando legal e


viola a Lei Federal do Código de Trânsito.

Assim, a autoridade de trânsito no cotejo do Auto de infração identificar que


houve inconsistência e irregularidade, como determina a legislação de trânsito, senão
vejamos:

● Art 281: A autoridade de trânsito, na esfera da competência


estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a
consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.

● Parágrafo único: O auto de infração será arquivado e seu
registro julgado insubsistente:

● I - se considerado inconsistente ou irregular;

● II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a
notificação da autuação.

● (Redação do inciso II dada pela Lei n. 9.602/98)
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Ora senhor Diretor, deveria o agente de trânsito ao menos tecer comentários
que justificasse sua conduta, não o fazendo tornar o AI irregular.

Deste modo, ausente a análise de que houvesse esse cotejo no julgamento do auto
de infração, resta anêmico e capenga o ato administrativo, inquinado a erros e fragilidade,
eivados de vícios insanáveis, não servindo para imputar qualquer responsabilidade ao
recorrente, sendo o caso de ser declarado inconsistente e irregular, o que fica desde logo
requerido.

DA AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA

O acima arguido,nos mostra claramente violações elementos essenciais, tais


como:(a) direito ao processo (garantia de acesso ao Poder Judiciário); (b)direito à
citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação; (c)direito ao contraditório e à
plenitude de defesa(direito à autodefesa e à defesa técnica); (d) direito à igualdade
entre as partes;(e)direito à prova.

Tenho observado que nos julgamentos, os julgadores não dão a mínima acerca da
notificação, ignoram totalmente o Código de trânsito e a própria Constituição Federal!!

Não são capazes nem de discorrer sobre o assunto, não há uma sequer
fundamentação sobre a maioria das teses defensivas que são aviadas, o que me parece é
que quem faz o julgamentos dos AIts desconhece o contraditório e a ampla defesa,
porque é impossível que mesmo após todas as nulidades apontadas a defesa ou o recurso
sejam indeferidos.

PASME SENHOR JULGADOR, um único fundamento apenas era já o


suficiente para anular oprocesso administrativo em discussão, no entanto o próprio órgão
infelizmente não segue a estrita legalidade.

Estar-se diante de verdadeira afronta aos princípios constitucionais,quando não


demonstrado inequívoca notificação do infrator, possibilitando-lhe, assim, a garantia
constitucional de ampla defesa

Não obstante todas as nulidades no presente procedimento, a lavratura do auto de


infração, não obedeceu o'que prevê o Art.280, 281 do CTB, sendo o direito
constitucional do Requerente, do contraditório e da ampla defesa violados, pois não
teve oportunidade de apresentar defesa prévia pois não foi devidamente notificado, uma
vez que não recebeu nenhuma notificação em seu endereço para que possa arguir teses
defensivas ou pagar com desconto conforme prevê a legislação.

Mesmo que tenha apresentado defesa de autuação, não foi devidamente


notificado, caracterizando assim o cerceamento de defesa e violação do principio
constitucional do contraditório e da ampla defesa.
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É cediço que os atos administrativos possuem certa presunção de legalidade, a
qual, porém, não é plena nem absoluta, devendo ser respeitados o devido processo legal,
o contraditório e a ampla defesa, sob pena de nulidade dos atos administrativos. Isso
porque, a Constituição Federal de 1988 consagra em seu artigo 5º, incisos LIV e LV, o
princípio do devido processo legal, in verbis:

■ Art. 5º [...].

■ LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal;

■ LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Todo procedimento assim como qualquer ato administrativo deve ser conduzido
com estrita observância aos princípios constitucionais, sob pena de nulidade. Nesse
sentido, extrai-se CTB o rito a ser seguido pelo órgão autuador:

● Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-


á auto de infração, do qual constará: [...]

● VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como
notificação do cometimento da infração. [...]

● 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito
relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os
dados a respeito do veículo, além dos constantes nos incisos I, II e III,
para o procedimento previsto no artigo seguinte.

● Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida
neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do
auto de infração e aplicará a penalidade cabível.

● Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro
julgado insubsistente: [...]

● II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da
autuação.

● Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao
proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal ou por
qualquer outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da
imposição da penalidade.

E ainda, têm-se que é regra sumulada pelo STJ:


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Súmula 312: No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são
necessárias as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.

Já a Resolução n. 619/2016 do CONTRAN, que normatiza o procedimento para


aplicação das multas por infrações, prevê a expedição da notificação de autuação e,
posteriormente, a notificação da imposição de penalidade, o que não restou cumprido no
caso dos autos.

In casu, o requerente deveria ter sido notificado pessoalmente acerca da


instauração do presente procedimento.

Portanto, a aplicação de multa sem a oportunização à prévia defesa, configura


nítida quebra do contraditório e da ampla defesa, razão pela qual, requer a imediata
suspensão da pena aplicada, por manifesta ilegalidade.
SABEMOS QUE A MUDANÇA DE POSICIONAMENTO DA
AUTORIDADE DE TRÂNSITO É MEDIDA QUE SE IMPÕE, NO SENTIDO DE
ARQUIVAR O PRESENTE FEITO.

Não bastasse isto!

O ato administrativo não deve ser considerado para fins de imposição de


penalidade, pois houve desrespeito às formalidades legais.

Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina já decidiu em caso


semelhante, se não vejamos:

REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇÃO. INFRAÇÃO DE


TRÂNSITO. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. AUSÊNCIA DE
NOTIFICAÇÃO ACERCA DA DERRADEIRA DECISÃO
EM UM DOS PROCESSOS. NULIDADE. INOBSERVÂNCIA
AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA.
CONFIRMAÇÃO DA SENTENÇA NO PONTO.
NECESSIDADE DE MODIFICAÇÃO, PORÉM, QUANTO AO
OUTRO PROCEDIMENTO. EXPEDIÇÃO DE
CORRESPONDÊNCIA AO ENDEREÇO DO INFRATOR.
DEVOLUÇÃO COM ANOTAÇÃO DE "NÃO PROCURADO".
AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO DE OUTROS MEIOS.
PUBLICAÇÃO DE EDITAL QUE NÃO SATISFAZ OS
PRESSUPOSTOS DO ART. 10, §§ 1º E 2º, DA RESOLUÇÃO
182/2005 DO CONTRAN. REFORMA DA SENTENÇA.
RECONHECIMENTO DA NULIDADE DAS NOTIFICAÇÕES
EXPEDIDAS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJSC,
Apelação Cível n. 0301464- 19.2017.8.24.0075, de Tubarão, rel.
Ricardo Roesler, Terceira Câmara de Direito Público, j. 23- 07-
2019)

Ainda:
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE
SEGURANÇA. LIMINAR INDEFERIDA. PROCESSO
ADMINISTRATIVO VISANDO A APLICAÇÃO DA PENA DE
SUSPENSÃO DO DIREITO DE CONDUZIR VEÍCULO
AUTOMOTOR. ALEGADA NULIDADE DA NOTIFICAÇÃO
POR EDITAL, EM VIRTUDE DO NÃO ESGOTAMENTO
DOS MEIOS PARA SUA LOCALIZAÇÃO.
PLAUSIBILIDADE. NOTIFICAÇÃO ENVIADA AO
ENDEREÇO DO RECORRENTE/IMPETRANTE. AVISO DE
RECEBIMENTO DEVOLVIDO COM A INFORMAÇÃO
"ENDEREÇO INSUFICIENTE". PRESENÇA, ADEMAIS, DE
OUTROS MEIOS DISPONÍVEIS PARA CIENTIFICÁ-LO.
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA LIMINAR
EVIDENCIADOS. DECISÃO REFORMADA. RECURSO
PROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 5025809-
92.2022.8.24.0000, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel.
Cid Goulart, Segunda Câmara de Direito Público, j. 19-07-2022)

É notório a obrigatoriedade da dupla notificação com informações claras e


inequívocas com aquelas informações constantes nos artigos 280, VI, e 281 do Código
de Trânsito Brasileiro, bem como em resoluções e portarias estabelecidas pelos órgãos
superiores de trânsito, sob pena de invalidade da multa aplicada.

Inobservadas as regras legais para a aplicação da punição, deve esta ser reputada
inválida, ainda que tenha sido paga.

Assim, ausente a informação do prazo de defesa e a notificação da aplicação da


pena decorrente da infração (primeira notificação), deve ser arquivado o presente feito,
por afrontar aos princípios do contraditório e da ampla defesa, conforme determina o
enunciado da Súmula 312 do STJ.

Cabe ressaltar que, o Código de Trânsito Brasileiro (lei nº 9.503 /97) prevê a
necessidade de notificação do cometimento da infração, de forma a resguardar no âmbito
administrativo os princípios do contraditório e da ampla defesa.

Destarte, referido procedimento advém da interpretação do Código de Trânsito


Brasileiro, independentemente da previsão contida na Resolução nº 697/2017 do
CONTRAN, a qual uniformizou no âmbito administrativo a necessidade de expedição de
ambas as notificações e normatiza os procedimentos para a aplicação das multas por
infrações.

Em arremate, o Código de Trânsito Brasileiro, em se tratando de imputação de


infrações e respectivas sanções, prevê duas notificações: a PRIMEIRA, que tem a ver
com o cometimento da infração e a comunicação ao infrator, e uma SEGUNDA, que diz
com a aplicação da penalidade correspondente, após o julgamento da consistência do auto
de infração, nos termos dos artigos 280 e 281 em combinação com a Súmula 312 do
STJ.
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Nessa linha, cabe ressaltar que, quanto aos aspectos formais do auto de infração,
sobreleva notar que, ao lavrá-lo, o agente da autoridade de trânsito apura os fatos e
realiza a capitulação legal, propondo a aplicação de penalidade, que poderá ser
ACOLHIDA ou NÃO pela autoridade de trânsito.

Já a notificação da autuação concretiza o conhecimento formal dessa, assegurando


ao administrado a possibilidade de defesa antes da imposição da penalidade, quando
oportunizado o recurso administrativo no prazo da lei, antes, inclusive, da efetiva
exigência da pena pecuniária.

A par disto, resta anêmico e capenga o ato administrativo, quinado a erros e


fragilidade, não servindo para imputar qualquer responsabilidade ao recorrente, sendo o
caso de ser declarado inconsistente e irregular, o que fica desde logo REQUERIDO.

DA PRESUNÇÃO RELATIVA DO ATO PRATICADO PELO AGENTE

Embora os atos administrativos gozem de presunção de legitimidade e veracidade,


porém, há que se falar em uma presunção relativa juris tantum.

Pois,se esta fosse absoluta, não comportaria o presente recurso, sendo que assim
estaria ferindo os mais caros preceitos constitucionais: Ampla defesa e contraditório.

Além disso, qualquer pessoa, até mesmo aqueles que detém de fé pública, em
algum momento podem se equivocar, afinal, também são seres humanos. Por tais razões,
necessário far-se-á exercer o Direito legítimo de Defesa.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto REQUER-SE digne-se Vossa Senhoria em determinar:

a) O Arquivamento do processo administrativo no pé em que se encontra, pela


inconsistência da autuação;

b) Requer-se o EFEITO SUSPENSIVO do presente feito, nos termos


do Art. 285, § 3º, do CTB;

c) A oitiva do agente autuador a fim de que se assegure a ampla defesa e o


contraditório (inciso LV, art. 5º, da CRFB);

Requer-se a conversão em advertência conforme estabelece o Art 267 do CTB.


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d) Caso esse não seja o entendimento de Vossa Senhoria, o que o faz apenas por
hipótese, REQUER-SE seja a negativa, fundamentada, e entregue por escrito
diretamente ao Requerente nos endereços supracitados, no prazo de 05 dias, com a devida
identificação do julgador sob pena de nulidade, a fim de instruir a medida judicial
cabível.

Por fim, pugna-se que todos os argumentos sejam motivadamente cotejados, sob
pena de serem reivindicados nas próximas fases recursais, a aplicação analógica do
princípio de que todo argumento que não for contestado, deverá ser considerado como
verdadeiro, o que o faz com fulcro no Art.15 e 489 do CPC, por ser medida da mais
LÍDIMA JUSTIÇA!

Nestes termos.
Pede deferimento.
Imbituba, 04 de Setembro de 2023

SBM ASSESSORIA DE TRÂNSITO


SAMUEL PASSOS DE MATTOS.
SÓCIO ADMINISTRADOR

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