Defesa Art 162 CNH Vencida
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Defesa Art 162 CNH Vencida
CNPJ: 43.744.781/0001-31
Empresa especializada na Assessoria de Trânsito de Condutores
Defesa Prévia
PRELIMINARMENTE
DOS FATOS
De início cabe esclarecer que, para imposição de multa à pessoa física ou jurídica
que apenas promove a competição/evento/demonstração (conforme expresso no § 1º),
sem a utilização de veículo automotor, há a necessidade que o órgão de trânsito atenda à
regulamentação dada pela Resolução do Conselho Nacional de Trânsito n. 390/11.
É crível que nós e o Poder Público Municipal, exija que o agente de trânsito,
responsável pela aplicação de multas, faça-o com legalidade e moralidade, preceitos que
precipuamente devem pautar toda a conduta da administração pública.
Imperioso, que o agente de trânsito relate mesmo que minimamente a sua decisão
de autuar, narrado em sua essência o ocorrido, visto que o administrado se defende de
fatos a ele imputados pela administração, o que não é possível no estado em que se
encontra.
Deste modo, ausente a análise de que houvesse esse cotejo no julgamento do auto
de infração, resta anêmico e capenga o ato administrativo, inquinado a erros e fragilidade,
eivados de vícios insanáveis, não servindo para imputar qualquer responsabilidade ao
recorrente, sendo o caso de ser declarado inconsistente e irregular, o que fica desde logo
requerido.
Tenho observado que nos julgamentos, os julgadores não dão a mínima acerca da
notificação, ignoram totalmente o Código de trânsito e a própria Constituição Federal!!
Não são capazes nem de discorrer sobre o assunto, não há uma sequer
fundamentação sobre a maioria das teses defensivas que são aviadas, o que me parece é
que quem faz o julgamentos dos AIts desconhece o contraditório e a ampla defesa,
porque é impossível que mesmo após todas as nulidades apontadas a defesa ou o recurso
sejam indeferidos.
■ Art. 5º [...].
■
■ LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal;
■
■ LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Todo procedimento assim como qualquer ato administrativo deve ser conduzido
com estrita observância aos princípios constitucionais, sob pena de nulidade. Nesse
sentido, extrai-se CTB o rito a ser seguido pelo órgão autuador:
Ainda:
SBM ASSESSORIA DE TRÂNSITO
CNPJ: 43.744.781/0001-31
Empresa especializada na Assessoria de Trânsito de Condutores
AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE
SEGURANÇA. LIMINAR INDEFERIDA. PROCESSO
ADMINISTRATIVO VISANDO A APLICAÇÃO DA PENA DE
SUSPENSÃO DO DIREITO DE CONDUZIR VEÍCULO
AUTOMOTOR. ALEGADA NULIDADE DA NOTIFICAÇÃO
POR EDITAL, EM VIRTUDE DO NÃO ESGOTAMENTO
DOS MEIOS PARA SUA LOCALIZAÇÃO.
PLAUSIBILIDADE. NOTIFICAÇÃO ENVIADA AO
ENDEREÇO DO RECORRENTE/IMPETRANTE. AVISO DE
RECEBIMENTO DEVOLVIDO COM A INFORMAÇÃO
"ENDEREÇO INSUFICIENTE". PRESENÇA, ADEMAIS, DE
OUTROS MEIOS DISPONÍVEIS PARA CIENTIFICÁ-LO.
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA LIMINAR
EVIDENCIADOS. DECISÃO REFORMADA. RECURSO
PROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 5025809-
92.2022.8.24.0000, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, rel.
Cid Goulart, Segunda Câmara de Direito Público, j. 19-07-2022)
Inobservadas as regras legais para a aplicação da punição, deve esta ser reputada
inválida, ainda que tenha sido paga.
Cabe ressaltar que, o Código de Trânsito Brasileiro (lei nº 9.503 /97) prevê a
necessidade de notificação do cometimento da infração, de forma a resguardar no âmbito
administrativo os princípios do contraditório e da ampla defesa.
Pois,se esta fosse absoluta, não comportaria o presente recurso, sendo que assim
estaria ferindo os mais caros preceitos constitucionais: Ampla defesa e contraditório.
Além disso, qualquer pessoa, até mesmo aqueles que detém de fé pública, em
algum momento podem se equivocar, afinal, também são seres humanos. Por tais razões,
necessário far-se-á exercer o Direito legítimo de Defesa.
DOS PEDIDOS
Por fim, pugna-se que todos os argumentos sejam motivadamente cotejados, sob
pena de serem reivindicados nas próximas fases recursais, a aplicação analógica do
princípio de que todo argumento que não for contestado, deverá ser considerado como
verdadeiro, o que o faz com fulcro no Art.15 e 489 do CPC, por ser medida da mais
LÍDIMA JUSTIÇA!
Nestes termos.
Pede deferimento.
Imbituba, 04 de Setembro de 2023