Producao Integrada Tomate Tutorado
Producao Integrada Tomate Tutorado
Producao Integrada Tomate Tutorado
1. Introdução
O manejo da fertilidade do solo e a nutrição do tomateiro são áreas importantes para o bom
desempenho do cultivo no Sistema de Produção Integrada do Tomate Tutorado de Mesa (Sispit). A
tomada de decisão sobre a correção do solo, a adubação no plantio e a fertirrigação é fundamenta-
da principalmente na análise química do solo. Para isso, utiliza-se como auxílio a análise do tecido
vegetal e a curva de acúmulo de nutrientes e matéria seca das plantas. Como o tomateiro é culti-
vado em diferentes regiões do país, o uso destas ferramentas é fundamental para aumentarmos as
probabilidades de respostas às adubações que terão reflexos diretos nos ganhos de produtividade.
Embora localizadas nas faixas tropical e subtropical do globo, nas quais os processos de in-
temperismo dos solos são mais acentuados, levando ao seu empobrecimento químico, as áreas
tradicionalmente produtoras de tomate já apresentam seus solos com fertilidade construída. Ao
longo de vários anos de cultivo e a partir do uso de doses altas e continuadas de adubos, os teo-
res de nutrientes disponíveis no solo ficam próximos do valor de nível crítico, às vezes, atingindo
valores bem acima.
Assim, as recomendações de adubação devem ser aperfeiçoadas, levando-se em consideração,
além dos teores de nutrientes disponíveis no solo, outras variáveis importantes para o manejo
mais assertivo, mais equilibrado da nutrição, como, por exemplo, a taxa de extração e exportação
de nutrientes pelo tomateiro.
O papel da matéria orgânica do solo (MOS) na qualidade química, física e biológica do solo deve
ser destacada e, por isso, as práticas de manejo que visam à sua preservação ou complementação
são fundamentais. Para isso, as técnicas de plantio direto ou o cultivo com o mínimo de revolvimen-
to do solo são essenciais para a manutenção da MOS e as características químicas e físicas dele.
A forma de restituição dos nutrientes ao solo com vistas a promover uma correta
nutrição do tomateiro deve estar sempre atrelada a práticas de manejo que visem
aumentar a eficiência da adubação, minimizando as perdas que podem ocorrer pelas
interações do nutriente com os minerais do solo, pela volatilização ou pela lixiviação.
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Nesse sentido, o parcelamento da adubação em cobertura por meio da fertirrigação é uma
prática a ser implantada por técnicos e produtores. Tanto o tomate em cultivo a campo quanto
em ambiente protegido pode ser fertirrigado, tendo em vista o aumento da eficiência no uso dos
nutrientes pelas plantas e o menor risco de poluição ambiental.
2. Manejo do solo
O solo para o cultivo do tomateiro deve ser preparado de forma a permitir o crescimento das
plantas, por meio do bom desenvolvimento radicular. Devido ao trânsito de implementos agrí-
colas nas áreas de produção, a perda da qualidade física é verificada ao longo do tempo. A com-
pactação do solo é a variável física que merece destaque, uma vez que pode limitar o desenvolvi-
mento radicular, favorecer o acúmulo superficial de água e limitar o fluxo difusivo de nutrientes
ao longo do perfil do solo.
Para preservar a qualidade física, na estratégia de manejo do solo deve-se optar por métodos
conservacionistas, caracterizados por preparos com mínimo ou nulo revolvimento. No primeiro
caso, por exemplo, são utilizados implementos sobre os resíduos da cultura anterior, com o revol-
vimento mínimo necessário para o cultivo seguinte.
Por isso, antes de iniciar o cultivo e decidir qual o preparo a ser adotado, recomenda-se fazer
uma avaliação das condições físicas do solo, para verificar se há camadas de solo compactadas,
principalmente nas profundidades superiores a 30 cm. Constatada a presença de camadas com-
pactadas, deve-se lançar mão de escarificadores ou subsoladores (Figura 1).
Solos compactados têm o movimento de água reduzido ao longo do perfil, devido à dimi-
nuição da porosidade. Essa alteração no fluxo difusivo afeta sobremaneira a mobilidade de nu-
trientes. Por isso, é importante o monitoramento periódico da área cultivada, por exemplo, com
avaliações a cada 3 ou 4 ciclos de preparo.
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As recomendações anteriores são importantes mesmo que na área seja adotado o sistema de
plantio com elevação de canteiros, com ou sem cobertura com mulch de plástico.
3. Preparo do solo
O preparo tem por objetivo melhorar as condições físicas e químicas do solo, bem como faci-
litar o plantio. Isso significa realizar a incorporação dos corretivos da acidez em quantidades e na
profundidade adequadas e melhorar as condições físicas do solo. O preparo do solo deve ser feito,
no mínimo, com 90 dias de antecedência ao plantio.
As etapas no preparo do solo, para uma boa lavoura de tomate, em geral, compreendem:
• a aplicação da metade da dose total de calcário;
• subsolagem do terreno até a profundidade de 40 cm;
• limpeza do terreno, retirando raízes, tocos e pedras;
• primeira aração na profundidade de correção pretendida de 20 cm, seguida de gradagem;
• aplicação do restante do calcário;
• segunda aração e gradagem;
• semeadura da cobertura vegetal;
• e, por fim, uma gradagem leve para incorporação das sementes da cobertura vegetal.
É importante destacar que o sistema de plantio do tomate sobre cobertura vegetal é uma técnica
de grande utilidade para a preservação do solo. Isto porque está associada ao uso racional e eficiente da
irrigação por gotejamento e fertirrigação, à utilização de tratos culturais baseados em critérios técnicos
definidos e ao adequado manejo pela mínima mobilização mecânica da superfície do solo, procurando
mantê-lo coberto por cultivos sucessivos durante todo o ano através de uma rotação de cultura racional.
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No Sul do Brasil, a cobertura vegetal com aveia é a melhor indicação para o cultivo do tomate
na safra de verão (Figura 2). Sementes de aveia estão facilmente disponíveis a baixo custo; a cul-
tura é de rápido desenvolvimento no inverno e de longa persistência no tomate, pela alta relação
carbono/nitrogênio do resíduo. Nessa cobertura, o tomate é implantado com abertura de sulcos,
necessitando de uma máquina com disco de corte da palhada e um sulcador. Alternativamente,
quando o solo já está com a fertilidade e a acidez corrigidas, todo o fertilizante da hortaliça pode
ser aplicado na implantação da planta de cobertura, em área total ou em sulcos que receberão as
plantas de tomate (Figura 3). Nesse caso, há muito pouco ou nenhum revolvimento do solo.
Figura 2. Máquina tracionada por trator para corte da palhada e demarcação das linhas de plantio de
tomate em plantio direto
Fotos: Leandro Hahn
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superiores no plantio direto de tomate em comparação ao plantio convencional (Tabela 1). As
plantas de cobertura de solo de inverno, aveia, nabo, aveia + nabo ou o pousio, não interferiram
nos parâmetros de produção. Nesse caso, sugere-se o uso da aveia por permitir uma cobertura
mais prolongada do solo.
Figura 4. Área com cobertura do solo com milheto, antes de ser dessecada para plantio direto (A);
Milheto tombado para transplante das mudas de tomate em plantio direto (B)
Fotos: Leandro Hahn
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4. Correção do solo
O tomateiro está entre as espécies cultivadas que apresenta as maiores demandas por nutrien-
tes por área produzida. O fornecimento de nutrientes nas quantidades adequadas é fundamental
para se atingir o máximo potencial produtivo do tomateiro e deve ser realizado de maneira equi-
librada, visando atender à demanda da planta. Devem-se evitar os excessos, já que esses insumos
podem representar, em alguns casos, até 50% do custo de produção.
A adição ou a restituição ao solo de nutrientes exportados pela cultura pode se dar por meio
de técnicas agrícolas convencionais, como calagem e uso de fertilizantes, ou a partir de soluções
nutritivas balanceadas, no caso da produção por sistemas sem solo.
Para o cultivo do tomateiro direto no solo, a análise química é uma ferramenta-chave para
avaliar a disponibilidade de nutrientes, auxiliar na tomada de decisão referente às quantidades
de corretivos e nutrientes a serem adicionadas, bem como corrigir os possíveis desequilíbrios nu-
tricionais causados pelo uso excessivo de um ou mais fertilizantes - muito comum em áreas de
cultivo de hortaliças.
O manejo mais assertivo da fertilidade do solo passa por uma boa amostragem; ou
seja, a quantidade de amostras simples a ser coletada deve ser suficiente para re-
presentar a fertilidade média da área amostrada. Para isso, considerando as variabi-
lidades que podem ocorrer a longas e a médias distâncias, deve-se dividir a proprie-
dade em subáreas de produção (unidade de amostragem, talhão, gleba, etc.).
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4.1. calagem
A prática da calagem visa ajustar o pH do solo para uma faixa de valores na qual os nutrientes,
presentes na solução do solo, possam estar prontamente passíveis de absorção pela planta e redu-
zir a atividade do alumínio trocável (Al3+), que é prejudicial ao tomateiro. Além disso, a maioria dos
corretivos de acidez são as fontes mais baratas para o suprimento de cálcio (Ca) e magnésio (Mg).
Utilizado na maioria dos estados brasileiros, em especial em Minas Gerais, neste método, a
NC é calculada a partir de duas equações que se somam e o resultado, depois de ajustado consi-
derando o poder relativo de neutralização total (PRNT) do corretivo, equivale a quantidade a ser
adicionada ao solo.
O resultado negativo nos colchetes deve ser substituído por zero para dar continuidade ao cálculo.
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Considerando que o tomateiro é sensível ao Al3+ presente na solução do solo e que apresenta alta
demanda por Ca e Mg, pode-se adotar o valor mt = 0 e X = 3. Adicionalmente, dividindo o valor da NC
pela fração do PRNT do corretivo, podemos calcular a quantidade de calcário (QC) da seguinte maneira:
Uso mais difundido no estado de São Paulo, esta recomendação é baseada na relação existente
entre o pH e a saturação por bases. Assim, procura-se elevar a saturação por bases (V) do solo para
o valor recomendado para o tomateiro, no caso de 70% da capacidade de troca de cátions (CTC
pH 7,0 ou T).
• Método SMP
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TABELA 3. Recomendações de calagem (calcário com PRNT 100%) com base no índice SMP, para a
correção elevar o pH em água do solo a 6,0 (camada de 0 a 20 cm) nos estados do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina (Continuação)
ÍNDICE SMP CALCÁRIO (t ha-1) ÍNDICE SMP CALCÁRIO (t ha-1)
21,0 5,8 4,2
4,5 17,3 5,9 3,7
4,6 15,1 6,0 3,2
4,7 13,3 6,1 2,7
4,8 11,9 6,2 2,2
4,9 10,7 6,3 1,8
5,0 9,9 6,4 1,4
5,1 9,1 6,5 1,1
5,2 8,3 6,6 0,8
5,3 7,5 6,7 0,5
5,4 6,8 6,8 0,3
5,5 6,1 6,9 0,2
5,6 5,4 0,0
5,7 4,8
Fonte: CQFS-RS/SC (2016).
Devido às diferentes fontes e composição química dos corretivos, deve-se ter atenção quan-
to aos teores de MgO deles e fazer uso de corretivos com teores mais elevados desse nutriente,
como os calcários dolomíticos. É recomendado sempre ajustar os teores de Mg2+ para acima de 1,0
cmolc dm-3. Em situações favoráveis ao uso do calcário calcítico ou de óxidos - CaO ou hidróxidos
– Ca(OH)2 de Ca, o Mg deverá ser adicionado via outras fontes, como sulfatos, carbonatos e óxidos.
Solos com teores de Mg baixo (Mg2+ < 0,8 cmolc dm-3) recomenda-se aplicar de 100 a 120 kg ha-1
de sulfato de Mg, no sulco, junto dos outros fertilizantes.
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Ao lançar mão do uso de CaO ou Ca(OH)2 em detrimento do calcário, é importante que a apli-
cação seja feita com bastante antecedência, pois são corretivos muito reativos e sua dissolução
gera calor que pode afetar o desenvolvimento da planta, caso a aplicação seja muito próxima da
data de cultivo.
O calcário pode ser aplicado a lanço, porém com boa antecedência do plantio, para permitir
que as reações de solubilização se processem e o propósito da calagem seja atingido. Depois
de aplicado, ele deve ser incorporado por meio de aração, considerando sistema de cultivo con-
servacionista. Para melhor efeito da calagem, o solo deve estar com umidade superior a 80% da
capacidade de campo.
• ou
A aplicação de gesso deve ser feita em área total e não há necessidade de sua incorporação.
No entanto, devido ao seu efeito residual prolongado, novas aplicações devem ser feitas sempre
fundamentadas na análise química do solo em subsuperfície.
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As diferentes práticas de cultivo conservacionistas, principalmente o plantio
direto, são eficientes para manutenção e incremento da MOS. Fazem parte
desta estratégia para aumentar o estoque de carbono nos solos a manuten-
ção da palhada, o revolvimento mínimo do solo, a rotação de culturas utili-
zando espécies fixadoras de nitrogênio (N) e outras cuja palhada é rica em
carbono (gramíneas, por exemplo).
Em áreas com baixo teor de MOS (< 2,0 dag kg-1), recomenda-se complementar a adubação
aplicando na área total 20 a 30 t ha-1 de esterco de curral, previamente curtido ou composto orgâ-
nico, ou a décima parte dessa dose (2 a 3 t ha-1) na forma de esterco de aves. Recomenda-se anali-
sar quimicamente o adubo orgânico para verificar a sua composição e quantificar a contribuição
dos nutrientes incorporados com a dose que está sendo utilizada.
O adubo orgânico pode ser utilizado também a lanço em toda a área antes do plantio da co-
bertura verde, principalmente em regiões com baixa fertilidade natural do solo. Adicionalmente, o
cultivo de plantas de cobertura do solo anteriores ao tomate tem um impacto positivo no aumen-
to da MOS. Esta técnica deve ser preconizada quando se busca a melhoria de propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo.
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O posicionamento do fertilizante é fundamental para manter os níveis de
nutrientes disponíveis em zonas mais próximas ao sistema radicular para favorecer
a absorção pela cultura e minimizar a sua interação com os coloides do solo. Deve-
-se ter cuidado com os riscos de efeito salino dos fertilizantes, os quais, em muitos
casos, têm sido responsáveis pela redução da população de plantas na lavoura,
devido ao aumento abrupto da condutividade elétrica (CE) da solução do solo.
5. Adubação de plantio
a adubação de plantio é realizada a partir do uso de formulações, contendo diferentes pro-
porções de N, P2O5 e K2O, ou uso de fertilizantes simples com apenas um nutriente. Em geral, na
escolha da fonte de fertilizantes formulada, é considerada a concentração de P2O5 da formulação,
uma vez que o fósforo (P) é o nutriente mais limitante nos solos tropicais, sob o ponto de vista
de produção. No solo, o P está presente nas formas H2PO4- e HPO42- que são as espécies químicas
absorvidas pelas plantas. Essas moléculas são muito reativas e a disponibilidades delas para as
plantas reduz com o tempo, seja por precipitação, devido à interação com outros íons, como o Ca,
seja por adsorção aos coloides do solo.
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TABELA 5. Interpretação do teor de potássio, conforme as classes de CTC do solo a pH 7,0
CTCpH 7,0 DO SOLO (1)
INTERPRETAÇÃO 7,6 – 15,0 15,1 – 30,0 > 30,0
-3
------------------------------- mg dm de K -----------------------------
Muito baixo
Baixo 21 – 40 31 - 60 41 - 80 46 – 90
Médio 41 - 60 61 - 90 81 – 120 91 – 135
Alto 61 - 120 91 - 180 121 -240 136 – 270
Muito alto >120 >180 >240 > 270
! " # $ %
80
TABELA 8. Recomendações de adubação fosfatada e potássica, de acordo com o potencial máximo
de produção a partir da interpretação da análise de solo para o Sistema de Produção Integrada de
Tomate de Mesa (Sispit) para o Sul do Brasil
FÓSFORO POTÁSSIO
TEOR NO SOLO
kg ha-1 de P2O5 kg ha-1 de K2O
Muito baixo 1000 1100
Baixo 800 900
Médio 600 700
Alto 400 500
Muito alto 300 400
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Considerando que a demanda inicial do tomateiro por N e K é baixa, as quantida-
des a serem aplicadas no plantio variam de 40% a 60% do total calculado. Algu-
mas áreas produtivas, em que os solos já apresentam fertilidade construída e os
teores disponíveis de K estão acima de 100 mg dm-3, não adicionam esse nutrien-
te na adubação de base, optando por parcelar toda a quantidade recomendada
na adubação de cobertura.
A restituição do enxofre (S) exportado pela cultura é outro ponto crucial para o alcance de
altas produtividades. Sintomas de deficiência de S têm sido frequentes nas lavouras de toma-
te, por causa do uso continuado de formulações concentradas de NPK, como a 04:30:10 ou a
04:30:16. De maneira geral, o teor de S menor que 5,0 mg dm-3 é considerado baixo e, portanto,
sua correção se faz necessária.
A adubação com S pode ser feita via aplicação de gesso agrícola ou outras fontes que conte-
nham o nutriente, como o sulfato de magnésio. Uma alternativa que tem sido utilizada nas lavou-
ras é aplicar proporções diferenciadas de fontes menos e mais concentradas em P, como a adição
de uma parte do P como 04:14:08 e a outra como 04:30:10. A primeira formulação contém S pro-
venientes do sulfato de amônio e do superfosfato simples utilizados na mistura.
Outra opção interessante é aplicar parte da adubação fosfatada na forma de termofosfato
magnesiano, no sulco de plantio. Essa prática fornece quantidades significativas de Ca, Mg, silí-
cio (Si) e micronutrientes.
O uso de fontes simples ou individuais de fertilizantes (ureia, cloreto de potássio, superfosfato
triplo, dentre outros) é menos comum e a decisão dessa forma de adubação deve considerar os
custos dos fertilizantes e das operações de aplicações dos insumos.
6. Adubação de cobertura
As adubações de cobertura visam complementar as quantidades de nutrientes requeridas pela
cultura ao longo do seu ciclo vegetativo e que não foram aplicadas no momento do plantio, para
evitar perdas ou alteração da CE do solo.
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dadas são mais altas. O processo de injeção do adubo na linha de gotejamento pode ser feito por
válvulas de sucção (scruguel) ou por injeção sobre pressão de bombas hidráulicas.
Deve-se observar que a mangueira gotejadora tenha uma uniformidade de pressão, e que o adu-
bo tenha uma uniformidade de distribuição na sua aplicação. Em áreas de desníveis, é necessário
subdividir em setores para a uniformidade de pressão e precisão da distribuição do adubo com ho-
mogeneidade ou usar mangueira gotejadora autopropelido. Outro aspecto importante na fertirri-
gação são os sistemas de filtros para que não haja entupimento da mangueira de gotejamento.
83
Com a distribuição dos fertilizantes de acordo com a demanda das plantas, assegura-se o seu
crescimento equilibrado, com distribuição adequada entre a estrutura vegetativa e reprodutiva
(Figura 5), formação de um bom número de frutos de maior calibre por penca, além de uma distri-
buição uniforme dos frutos na planta. Por fim, garantem-se frutos de maior calibre no terço final
da planta, denominado de ponteiro (Figura 6).
Figura 5. Plantas de tomate com adequado fornecimento de nutrientes via adubação de plantio e
fertirrigação mostrando adequado crescimento vegetativo e bom estado nutricional
Foto: Leandro Hahn
Figura 6. Plantas de tomate com adequado estado nutricional, garantindo frutos de maior calibre no
terço final (ponteiro)
Foto: Leandro Hahn
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As fontes de adubos usadas em fertirrigação são geralmente o nitrato de amônio, nitrato de
cálcio, ureia, nitrato de potássio ou cloreto de K branco. Podem-se usar adubos formulados de
maior solubilidade, embora em experimentos conduzidos na Estação Experimental de Caçador
não tenham apresentado diferenças para as fontes tradicionais, desde que a concentração do
nutriente seja a mesma. Portanto, a escolha da fonte de adubo deve levar em consideração as
características de maior facilidade no preparo da calda (solubilidade, limpeza, etc.) e o custo do
adubo por unidade de nutriente.
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Para fertirrigação via gotejamento, sugere-se aplicar de 10% a 20% da recomendação total de
N e K em pré-plantio, para suprir uma reserva de nutrientes no solo e favorecer o desenvolvimento
inicial do cultivo. O restante é fornecido via fertirrigação à medida que as plantas se desenvolvem.
Se os teores de K estiverem muito elevados, a adubação poderá ser realizada apenas por cobertura.
TABELA 10. Variação da necessidade de N e K do tomateiro (C.V. Santa Clara) em função da idade da planta
NUTRIENTE
IDADE DA PLANTA (DIAS
N K
APÓS O TRANSPLANTIO)
%
12 4,1 2,0
24 9,0 5,5
36 16,6 13,3
48 22,9 23,9
60 21,4 26,3
72 13,9 17,1
84 7,0 7,7
95 3,1 2,9
105 1,3 1,0
120 0,5 0,3
Fonte: Fayad et al. (2002)
Deve-se utilizar fertilizantes específicos para a fertirrigação, pois são de alta solubilidade e pu-
reza. Os principais fertilizantes utilizados são: cloreto de cálcio, cloreto de potássio, monofosfato
de potássio, nitrato de cálcio, nitrato de potássio, sulfato de amônio, sulfato de potássio e ureia,
além dos micronutrientes em formulação ou individualmente - a maioria à base de sulfatos. O cál-
cio não deve ser aplicado em água contendo bicarbonato quando os valores estão acima de 400
mg L-1 ou ser injetado simultaneamente com fertilizantes à base de sulfatos ou fosfatos, sob o risco
de precipitar e causar entupimento de tubulações e emissores.
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Para a adubação nitrogenada, é importante conhecer as particularidades das fontes utilizadas.
A ureia é o adubo mais utilizado, em especial nas adubações de cobertura, porém o seu manejo
requer cuidados para minimizar a perda de N, devido à volatilização da amônia (NH3). Ao aplicá-la,
deve-se realizar a sua incorporação ao solo, mantendo-o úmido. Valor elevado de pH do solo pode
contribuir para perda de N, portanto, muita atenção deve ser dada a calagem.
As fontes nítricas de N são mais estáveis que a as amoniacais, ou seja, menos passíveis de vo-
latilização, porém, em solos arenosos, poderá ocorrer a lixiviação do nitrato. O parcelamento da
adubação é a principal forma de minimizar essa forma de perda.
As fontes solúveis de P, como o superfosfato simples (SSP) ou triplo (ST), MAP e DAP, ao se
solubilizarem, devido ao contato com a umidade do solo, liberam o ânion fosfato que interagem
prontamente com os minerais do solo ou outros íons, podendo ficar imóveis por processo de ad-
sorção e/ou precipitação, respectivamente. Por isso, é importante a localização do adubo na linha
de plantio, mais próximo do sistema radicular.
A maneira mais eficiente de aplicação de P é de forma localizada, no sulco de plantio do toma-
te. Aplicações parceladas de P via fertirrigação devem ser realizadas em solos com baixa capacida-
de de retenção de P, como solos arenosos. Neste caso, recomendam-se fontes solúveis de P, como
MAP purificado e ácido fosfórico, e aplicações até 80 dias após o transplante, quando praticamen-
te toda planta de tomate é formada estruturalmente.
Os adubos fontes de K comportam-se de maneira similar às fontes nítricas do ponto de vista de
perdas por lixiviação. Porém, a depender da fonte, os fertilizantes potássicos podem aumentar a
CE do solo, tornando-o salino. Para evitar a salinização do solo, é muito importante avaliar o índice
salino do fertilizante ou evitar a adição de quantidades muito elevadas numa única vez.
Tecnologias para aumentar a eficiência dos adubos têm sido buscadas, com relativo sucesso.
Algumas estratégias têm sido utilizadas para minimizar a perda de nutrientes, como o revestimento
dos grãos com polímeros para controlar a solubilidade, inibidores da urease, etc. Contudo, a relação
entre a eficiência da adubação e o custo dessa fonte deverá ser considerada frente a outras opções.
• Fertilizantes organominerais
São produzidos por tecnologia que combina fontes orgânicas e minerais no mesmo produto;
ou seja, não se trata da aplicação de uma fonte orgânica e uma mineral no plantio.
Os fertilizantes organominerais (FOM) estão na categoria dos fertilizantes de eficiência aumen-
tada e o uso deles tem crescido anualmente devido às repostas agronômicas favoráveis. A maioria
dos FOM são fontes de P, embora sejam oferecidas também fontes com os demais nutrientes,
inclusive com micronutrientes.
O custo do FOM também deve ser considerado na tomada de decisão de qual fonte utilizar.
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• Biofertilizantes
O uso desses insumos tem crescido anualmente, principalmente na complementação da adu-
bação. São misturas simples ou complexas de diferentes materiais – ácidos orgânicos, extratos ve-
getais, aminoácidos, dentro outros – ou produzidos por meio de processos nanotecnológicos e, em
ambos os casos, apresentam um ou mais nutrientes. Esses materiais apresentam bioatividade e os
principais benefícios observados são: desenvolvimento radicular, aumento da área foliar, aumento
na absorção de nutrientes e regulação de enzimas importantes para o metabolismo vegetal.
A utilização de biofertilizantes no tomateiro se justifica se auferir em ganhos de produtividade
ou para minimizar a sua perda quando a cultura experimentar condições de estresse abiótico,
como restrição hídrica, excessos de sais, extremos de temperatura, dentre outros.
7. Nutrição do tomateiro
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Figura 7. Fluxograma diagnóstico para auxiliar a identificação de deficiências comuns de nutrientes
• Nitrogênio
É elemento estrutural e componente de vitaminas e aminoácidos formadores de proteínas,
enzimas e sistemas energéticos da planta. O fornecimento adequado de N está relacionado à pro-
dução de folhas e ramos bem desenvolvidos. A deficiência de N afeta a síntese de clorofila, redu-
zindo o desenvolvimento foliar e a eficiência fotossintética. Isto limita a planta de realizar funções
essenciais, como a absorção de nutrientes, resultando em crescimento reduzido e queda de pro-
dutividade (Figura 8).
As principais formas de absorção do N pelo tomateiro são o amônio (NH4+) e o nitrato (NO3-).
Estas duas formas são bastante móveis no interior da planta e, por isso, os sintomas de deficiência
são observados nas folhas mais velhas, baixeiras.
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Figura 8. Plantas de tomate sem adubação de N, mostrando crescimento reduzido, amarelecimento e
senescência das folhas, além de frutos com baixo calibre
Foto: Leandro Hahn
• Fósforo
É fundamental para processos importantes na planta, principalmente os de transferência de
energia, divisão e crescimento celular. Teores adequados de P favorecem o crescimento radicular,
melhoram a qualidade e aumento dos frutos, sendo vital para à produção de sementes.
Plantas de tomate deficientes em P apresentam crescimento limitado, principalmente após o
transplante das mudas (Figura 9). Em plantas bem desenvolvidas, os sintomas de deficiência ocor-
rem nas partes mais velhas, devido à sua alta mobilidade. Os sintomas são folhas com coloração
púrpura ou avermelhada (arroxeada) relacionada com o acúmulo de antocianina. A deficiência de
P reduz a floração e retarda a maturação dos frutos.
Efeitos negativos diretos no desenvolvimento do tomateiro, devido a adubações ou teores
excessivos de P, não têm sido relatados, porém essa condição pode induzir a deficiência em Zn
devido a reações de precipitação.
90
Figura 9. Plantas de tomate cultivadas em solo com baixos teores e sem adubação de P, mostrando
crescimento reduzido, e baixo pegamento de frutos
Foto: Leandro Hahn
• Potássio
As funções do K no crescimento do tomateiro estão associadas à regulação osmótica (dentro
do vacúolo, por exemplo), manutenção do equilíbrio eletroquímico no interior das células e seus
compartimentos e regulação de atividades enzimáticas. Diferente de outros nutrientes, o K não
faz parte de estruturas orgânicas e sua participação está associada à ativação de enzimas do me-
tabolismo de carboidratos e proteínas, bem como está intimamente relacionado à qualidade dos
frutos. É o nutriente mais absorvido pelas plantas de tomate e mais exportado pelos frutos.
Altamente móvel no interior da planta, semelhante ao relatado para o N e o P, a deficiência de
K se expressa nas folhas mais velhas: ela se caracteriza por amarelecimento entre as nervuras das
folhas, acompanhada de necrose das pontas e margens das folhas. O amarelecimento das folhas
ocorre das extremidades para o centro.
Embora muito raro, o excesso de K no solo, leva ao acúmulo nas folhas mais ve-
lhas, causando desidratação nas células vizinhas e o rompimento de membrana
nas células, provocando o aparecimento de manchas necróticas nas folhas (Figura
10B). Além disso, pode ocasionar frutos ocos (Figura 10A) e rachados e interagir
negativamente na absorção de outros nutrientes, como cálcio e magnésio, e, con-
sequentemente, causar desequilíbrios nutricionais na planta.
91
Figura 10. Sintomas de deficiência de potássio em tomate: Cavidade interna oca no fruto (A) e folhas
velhas com amarelecimento e necrose das bordas (B)
Foto: Acervo Embrapa Hortaliças
• Cálcio
Está presente principalmente na parede celular e, por isso, seu papel é estrutural na célula da
planta. Sua presença em níveis adequados pode ter efeitos positivos diretos sobre os tomates
após a colheita, como minimizar a perda de água e aumento da vida de prateleira dos frutos, e,
muito possivelmente, melhorar a resistência ao transporte.
Em geral, os solos são muito pobres em Ca e sua movimentação no solo se dá por fluxo de mas-
sas, ou seja, depende da presença de água no solo para ser absorvido pelas raízes. A planta o absorve
na forma de cátion Ca2+ e depois de absorvido o íon é transportado no xilema e parte no floema.
Em razão da baixa mobilidade do Ca no floema, sua distribuição na planta é muito limitada e,
portanto, os sintomas são visíveis nas folhas mais jovens da planta, nos frutos e no crescimento
reduzido do sistema radicular. Nas folhas, é possível observar pontos quebradiços e aspecto de
queimaduras nas suas pontas. A isso dá-se o nome de queimadura de ponteiro ou tip burn. Situa-
ções nas quais ocorrem o rápido crescimento do fruto e a baixa absorção de Ca são favoráveis ao
aparecimento dos sintomas de deficiência, caracterizados pelo apodrecimento da parte inferior
do fruto – podridão apical ou fundo preto (Figura 11).
O aparecimento dos sintomas de deficiência de Ca pode estar associado a: teores trocáveis
inferiores ao nível crítico, irregularidade no fornecimento de água, uso de cultivares sensíveis, uso
de doses elevadas de fertilizantes potássios e nitrogenados, principalmente os amoniacais e altas
taxas de crescimento e transpiração.
92
& ' (
• Magnésio
Está relacionado diretamente com a fotossíntese, uma vez que está presente na molécula da
clorofila, tendo também um papel estrutural.
O teor de Mg trocável no solo é muito baixo e a planta o absorve da solução do solo na forma
de cátion Mg2+. A presença excessiva dos íons K+, Ca2+, NH4+ e Mn2+ na solução do solo pode limitar
sua absorção pela planta.
A distribuição do Mg no interior da planta é moderada e ocorre via xilema e floema. Os sin-
tomas de deficiência são observados nas folhas mais baixas e caracterizados pela ocorrência de
clorose entre as nervuras. Esse padrão de deficiência é denominado amarelo-baixeiro (Figura 12).
Recomenda-se manter os teores de Mg2+ sempre acima de 1,0 cmolc dm-3 com vistas a induzir
a formação do par iônico MgHPO4, para aumentar a eficiência das plantas em absorver o fosfato.
Figura 12. Sintomas de deficiência de magnésio em folhas de tomate: amarelecimento das regiões
internervais das folhas velhas
Foto: Leandro Hahn
• Enxofre
Está presente nas proteínas, uma vez que são componentes de alguns aminoácidos, vitaminas
e hormônios da planta. No solo, está presente nas formas orgânica e inorgânica e o sulfato (SO42-)
é a principal forma absorvida pelas plantas. Depois de absorvido, o SO42- é reduzido e incorporado
aos compostos orgânicos da planta.
93
Os sintomas de deficiência de S são similares ao da falta de N, porém, devido à sua moderada
translocação no interior da planta, eles aparecem nas folhas jovens, recém-desenvolvidas. Em ge-
ral, as lâminas inferiores das folhas apresentam-se uniformemente amareladas ou cloróticas.
O uso de formulações mais concentradas de fertilizantes NPK são as principais causas da redu-
ção dos teores disponíveis de S. Os baixos teores de MOS e secas prolongadas também explicam
os baixos teores de S no solo, em especial naqueles de fertilidade construída. No solo, teores acima
de 10 mg dm-3 são considerados adequados para o tomate.
• Micronutrientes
Os teores de Fe e Mn se apresentam disponíveis em quantidades adequadas na maioria dos
solos brasileiros. Já o B, Cu, Mo, Ni, e Zn são deficientes e a restituição deles deve fazer parte do
programa de adubação do tomateiro, especialmente o B e Zn.
O pH do solo afeta a disponibilidade dos micronutrientes na solução do solo, portanto, deve-se
ter cuidado com o excesso de corretivos da acidez. Com exceção do Mo e do Cl, os demais micro-
nutrientes têm a sua disponibilidade limitada com o aumento do pH.
Do ponto de vista econômico, o B seguramente é o micronutriente mais relevante para o toma-
teiro. Sua função na planta está associada à formação dos frutos, desde o florescimento, crescimen-
to do tubo polínico e frutificação. Sua deficiência afeta o crescimento do fruto e pode reduzir seu
padrão comercial, devido ao surgimento de rachaduras no pedúnculo. Além disso, pode apresentar
também abortamento floral e lóculo aberto e escurecimento no interior dos frutos (Figura 13).
O B apresenta interação sinérgica com Ca, pois auxilia na sua absorção e metabolismo. Ambos
participam da formação da pectina das membranas celulares, na absorção de água, no metabolis-
mo de glicídios e transporte de carboidratos.
A disponibilidade do B para as plantas depende da sua interação com os argilominerais, ma-
téria orgânica e óxidos de Fe e Al do solo. O ácido bórico (H3BO3) e o ânion borato (B(OH)4) são as
principais formas químicas absorvidas pela planta.
94
) * +
Figura 13. Sintomas de deficiência de boro em tomate. Rachaduras nos frutos (lóculos abertos) (A e B) e encurtamento dos
internódios e afinamento do talo, inclusive com rachaduras (C)
Fotos: Leandro Hahn
95
TABELA 11. Quantidades elevadas de nutrientes absorvida (kg ha-1) e portagem alocada nos frutos (%).
Valores entre parênteses indicam o intervalo de valores observados para diferentes cultivares
NUTRIENTE ABSORÇÃO FRUTO
-1
-------------- kg ha ------------- ------------ % ---------
N 234,7 (206 – 306) 66,3 (55 - 84)
P 44,2 (30 – 68,5) 70,0 (54 - 86)
K 307,3 (264 – 360) 65,3 (55 - 80)
S 38,8 (29,2 – 49) 9,8 (5 - 21)
Ca 144,6 (85,2 – 202) 31,3 (20 - 63)
Mg 31,8 (26,5 – 40) 25,7 (20 - 34)
Fe 2,2 (1,41 – 3,2) 43,0 (23 - 63)
Mn 1,2 (0,34 – 2,1) 3,2 (3,0 - 3,4)
Zn 1,6 (0,69 – 3,4) 22,5 (20 - 25)
B 0,9 (0,5 – 1,2) --
< 7 7 N O P Q R S T U O R V N W
R Q R V \ W
X Y Z [
\ R P ] O R V ^ W
Z Z
] ` a O R V W
; 7
_ _ b
S U d O R V S W
b
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>
: 7
I J
F G
9 7
C D
>
@ A
8 7
>
= >
, - . / . 0 1 / 2 3 . 4 / 0 5 . 4 2 - 6
Figura 14. Taxa de acúmulo a cada 14 dias de macronutrientes de um híbrido de tomate estimada pela
curva de absorção em função da idade da planta
Fonte: Hahn et al. (2019)
96
o diagnóstico e prognóstico do balanço nutricional da planta, pois possibilita a correção da de-
ficiência ou de excesso de determinado nutriente ocasionado, por exemplo, por desequilíbrios
ocorridos durante a adubação.
Similar à amostragem para análise química do solo, para a diagnose foliar é preciso
seguir as recomendações regionais de amostragem e obedecer estritamente à fase
fenológica do tomateiro para amostrar as folhas e para interpretar os resultados,
utilizando valores de referência. Além dos valores de referência, é recomendado
balizar o resultado da análise foliar com a análise de solo e o histórico de adubação
da área. A Tabela 12 apresenta faixas de teores adequados de macronutrientes e mi-
cronutrientes em folhas de tomateiro para diferentes estados produtores.
Figura 15. Coleta da quarta folha completamente expandida da haste principal a partir da ponta, por
ocasião do 1º fruto maduro, para diagnose do estado nutricional do tomate
Foto: Leandro Hahn
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TABELA 12. Faixas de teores adequados de macronutrientes e micronutrientes em folhas de tomateiro
adotadas em diferentes estados produtores
MACRONUTRIENTE MICRONUTRIENTE
-1
--------------------------- g kg -------------------------- ------------------------- mg kg-1 -------------------------
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
MG1/
26,4 5,9 91,8 27,4 4,9 41 66 103 134
Limbo
MG1/
4,59 5,6 57,2 44,0 5,0 40 268 290 37
Pecíolo
100 –
SP2/ 40 – 60 4–8 30 - 50 15 – 30 4-7 3-7 30 – 100 5 - 15 50 – 250 30 - 100
300
RS/SC 40-60 4-8 30-50 14 - 40 4-8 3 - 10 30-100 5-15 100-300 50-250 30-100
8. Referências
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Viçosa, MG. Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, p.43-60, 1999.
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e recomendação de fertilizantes. In.: NOVAIS, R.F.; ALVAREZ V., V.H.; BARROS, N.F.; FONTES,
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Brasileira de Ciência do Solo, p.92-132, 2007.
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FONTES, R.R. Recomendação para uso de corretivos, matéria orgânica e fertilizantes para
hortaliças - DF, 1ª aproximação – EMATER-DF/CNPH, Brasília-DF, 1987, 50p.
FONTES, R.R. Solo e nutrição da planta. In: SILVA, J.B.C; GIORDANO, L.B. (editores). Tomates
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2020.
Informações complementares
TABELA 1. Principais conversões de unidades utilizadas na fertilidade do solo
DE PARA CONVERSÃO
99
Banco de imagem
100
A B
Planta de tomate em fase inicial. A – Planta bem nutrida; B – Planta com deficiência de N
Clorose generalizada principalmente nas folhas mais velhas
Fotos: Juscimar Silva
101