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Introdução
Antes de qualquer coisa, quero te contar como surgiu o
desejo de escrever esse livro. Na verdade, foi mais que
um desejo: foi uma necessidade. Eu recebo milhares de
perguntas nas minhas redes sociais semanalmente com os
seguintes questionamentos: "Mylla, como faço pra saber
se ele é um cara legal?", "Mylla, como descubro se ele
quer um relacionamento sério?" e principalmente "Mylla,
como não me meter numa cilada de novo?"

Diante disso, eu pensei: por que não escrever um livro

onde eu pudesse abordar todas essas dúvidas de maneira
prática, direta e sem meias palavras? Um bate-papo sem
censura abordando esses temas polêmicos e espinhosos de
maneira divertida. E foi assim que nasceu o "Amor ou
Cilada?", que é um guia em 10 passos fundamentais para
quem busca encontrar uma pessoa realmente especial e
que esteja disposta a construir um relacionamento

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amoroso de sucesso (e também para quem quer se

prevenir daquelas famosas "roubadas").

Se você não me conhece, muito prazer! Meu nome é

Mylla Murta, sou mineira de Teófilo Otoni, empresária,
escritora, produtora de conteúdo e fundadora da
Comunidade Feita Para Mais, que é um movimento
formado por mulheres de Norte a Sul do Brasil, e de mais
de 10 diferentes países, que se reúne semanalmente em
encontros online para discutir sobre relacionamentos,
autoestima, independência emocional, amor-próprio e
muito mais (e você, naturalmente, está super convidada
para se juntar à nossa Comunidade!). Você também pode
acompanhar mais do meu conteúdo no meu Instagram
(@myllamurta) e também nos meus canais do YouTube e
Telegram, que somados possuem mais de 400.000
seguidoras.

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Minha missão de vida é ajudar na construção de uma

sociedade de mulheres mais fortes, independentes e
empoderadas.

Sobre esse livro: o "Amor ou Cilada?" é sim focado em

relacionamentos, mas também iremos abordar temas
como autoestima, autoconhecimento e empoderamento.

Uma observação que gostaria de fazer antes de tudo: não

tenho qualquer pretensão de ser a dona da verdade -
inclusive espero que você possa discordar de alguns
pontos, pois é assim que a gente enriquece o debate. O
que trago aqui é a soma de tudo aquilo que venho
estudando nos últimos anos sobre relacionamentos e
desenvolvimento pessoal, e também uso como base os
milhares de relatos das minhas alunas e seguidoras que
me acompanham ao longo dos últimos anos. E claro, o
livro contém muito das minhas experiências pessoais e da
minha visão de mundo.
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E por último: não espere uma leitura formal, complicada e

cheia de palavras difíceis! Meu objetivo é que você tenha
uma leitura leve, divertida e onde você se sinta totalmente
à vontade, porque isso aqui nada mais é do que um
bate-papo entre amigas. Vamos juntas! É um prazer ter
você por aqui!

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Passo 1: Seja um bom ímpar

Uma das perguntas que ouço com mais frequência é:

"Mylla, quero ter um relacionamento. Como fazer para as

pessoas me acharem mais interessante?"

Quando eu ouço essa pergunta, eu entendo que na verdade

o questionamento deveria ser "Mylla, como eu posso me
tornar uma pessoa mais interessante"?

As perguntas são parecidas, mas ao mesmo tempo, muito

diferentes, e por uma simples razão: no primeiro caso, o
foco do questionamento passa diretamente pela opinião
das outras pessoas e busca-se uma validação externa. Já
no segundo caso, o foco está em como se tornar uma
pessoa melhor para si mesma, independentemente da
aprovação de terceiros.

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"Ahhh Mylla, quer dizer então que tem problema

eu querer um relacionamento?"

Não, não tem qualquer problema você olhar pro seu

futuro e mentalizar a vida que você quer ter. A grande
questão é você apoiar seus objetivos de vida em coisas
sobre as quais você não tem qualquer controle - e uma
delas é ter um relacionamento.

Coisas que você não controla:

- Opinião das outras pessoas sobre você

- Conhecer uma pessoa especial
- Seu sentimentos
- Apaixonar-se
- O destino

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Coisas que você controla:

- Sua dedicação aos seus projetos

- Sua saúde física e mental
- Sua autoestima e amor-próprio
- As pessoas que você deixa entrar na sua vida
- Sua gratidão

O desejo de achar uma pessoa para te "completar", achar a

tal "metade da laranja" ou a "tampa da panela" é uma
visão que aos poucos vem sendo desconstruída. E,
sinceramente, acho que isso faz bastante sentido por uma
razão: ter como objetivo de vida um relacionamento
amoroso é extremamente arriscado, pois como acabamos
de ver, isso é algo que está totalmente fora do seu
controle. Sim, pode ser que você encontre alguém
especial amanhã de manhã na fila do supermercado, mas
também é totalmente possível você passar os próximos 5

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anos da sua vida sem conhecer ninguém que realmente

mexa com você.

Eu sempre defendo a ideia de que, se queremos mudar o

mundo, devemos começar por nós mesmas, olhando
sempre pra dentro em primeiro lugar. Se você foca mais
naquilo que está acontecendo no mundo exterior, você
acaba não desenvolvendo seu potencial máximo. Sabe
aquele clichê de se "tornar a melhor versão de si mesma"?
Pois é, dificilmente você vai se tornar essa versão 2.0 de
você se estiver olhando somente para fora! Muito pelo
contrário: você acaba não se desenvolvendo, e toda sua
vida acaba sendo um reflexo dessa estagnação.

E pra piorar tudo: enquanto você sente que sua vida está
vazia, você olha pro lado e a vida das pessoas parece
incrível. As redes sociais acabam não colaborando muito,
é verdade. Todo mundo parece ter a "vida perfeita",
postam fotos de lugares paradisíacos, trabalham em
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empregos que pagam uma fortuna e, claro, a cereja do

bolo: parece que todas essas pessoas estão vivendo um
relacionamento maravilhoso.

Diante de todo esse cenário, em que sua vida parece uma

droga, e todo mundo parece ter a vida dos sonhos, você
começa a sofrer uma espécie de "ansiedade social",
também conhecida como FOMO. Esse termo vem do
inglês, e essa sigla significa fear of missing out, ou no
bom portugês, seria algo como "medo de ficar de fora".
Esse termo foi criado em 1996 pelo estrategista de
marketing norte-americano Dan Herman, e descreve o
incômodo que temos quando sentimos que estamos
perdendo algo.

Um exemplo para ficar mais claro: imagina que está

rolando uma super festa na sua cidade, todos os seus
amigos compraram ingressos antecipadamente, se
programaram e agora estão lá se divertindo, curtindo,
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super aproveitando a vida, enquanto você se dá conta que

foi a única pessoa do grupo que não tava sabendo e aí
acabou ficando de fora. O que restou foi acompanhar as
fotos e vídeos da galera nas redes sociais e ir dormir com
aquela sensação de que todo mundo está curtindo a vida
ao máximo - exceto você.

E esse é o grande problema de focar tanto no ambiente

externo e na vida das outras pessoas: você fica tão
distraída que acaba esquecendo de si mesma. E você, que
já estava sentindo sua vida sem emoção, fica ainda mais
frustrada e cada vez mais distante da vida que você
realmente gostaria de ter. Tenso, né? E aí pensa: quais as
chances de conhecer uma pessoa realmente legal nesse
contexto? Beeeeeem pequenas!

Vamos então sair dessa bad e imaginar sua vida bem

diferente! Nesse novo cenário, você não quer saber de
ficar cuidando da vida de ninguém porque você já se ligou
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que isso não vai te levar a lugar algum - e então você

decide focar na sua própria vida e investir em si mesma.
Em primeiro lugar, você resolve cuidar da sua saúde
física. Você começa a se alimentar melhor e aprende a
cozinhar umas receitas fit para seguir com uma dieta mais
saudável. Ah, você também resolve que vai levar o treino
na academia mais a sério! Também resolve fazer algo pra
manter seu equilíbrio mental e começa a praticar
meditação por 20 minutos todos os dias (quanta mudança,
já tô orgulhosa!!!). Como agora você está mais
disciplinada e gastando muito mais energia, você começa
a ajustar também suas horas de sono para dar conta de
todas essas atividades.

Com tudo isso, você começa a se sentir mais segura, mais

confiante. Você agora está mentalmente mais equilibrada,
fisicamente mais forte, aprendeu uma nova habilidade
(cozinhar), você dorme melhor e está muito mais disposta.
Essa nova rotina te deu mais energia, e esse gás extra fez
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você conseguir entregar um melhor resultado no seu

trabalho. Seus resultados melhoraram tanto que
começaram a chamar a atenção da diretoria da empresa.
Você finalmente, através do seu esforço e da sua
dedicação, teve o seu trabalho reconhecido e recebeu uma
promoção (uauuuu, tô adorando!!!). Com o novo cargo,
veio um aumento, e agora que está com mais grana, você
resolve que nas férias que estão chegando, você vai tomar
coragem e fazer aquela viagem dos sonhos: um tour pela
Europa para conhecer lindas paisagens do Velho
Continente. Em uma das suas andanças, você conhece um
espanhol lindo e maravilhoso (uh la la) que vai hablar no
pé do seu ouvido enquanto vocês degustam uma bela taça
de vinho. Que sonho, não?

Reparou que, quando você transborda em si mesma, se

desenvolve, foca na sua própria vida, o Universo acaba te
trazendo o que há de melhor? Isso não é apenas uma
coincidência. Quando você para de se preocupar com a
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vida alheia e foca em você mesma, toda a prosperidade

que você busca acaba chegando até você (tanto a
financeira quanto a sentimental). Esse seu brilho vai
iluminar a mulher fantástica que você é, e vai atrair pra
você o homem que você sempre sonhou.

Eu li em algum lugar uma frase que me marcou bastante,

que dizia o seguinte:

Sabe qual a melhor maneira de atrair um pássaro

raro? Sendo um pássaro raro.

E isso é muito verdadeiro. Existem outras variações para

essa frase, que são "leão anda com leão" ou "tubarão nada
com tubarão". A verdade é que não importa se é pássaro,
leão ou tubarão. O fato é que semelhante atrai semelhante.

O cara incrível que você quer conhecer também quer

conhecer uma mulher fora de série - isso é um fato. E
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você só vai se tornar essa pessoa se você investir muito

em si mesma. Por isso eu bato tanto na tecla de que focar
em um relacionamento é uma grande perda tempo. O seu
foco deve ser sempre em você mesma, pois seu esforço e
seu comprometimento são as únicas coisas que você
controla de fato.

Nunca veja uma relação como um objetivo em si mesmo.

Uma relação incrível é simplesmente uma consequência,
uma espécie de presente do Universo para duas pessoas
que se esforçaram para serem inteiras por conta própria.

Resumindo: seja um bom ímpar, pois quem não é um bom

ímpar, jamais será um bom par!

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Passo 2: Viva em Abundância

Tenho a sorte de ter leitoras e seguidoras muito
qualificadas, e uma das perguntas que recebo com
frequência é:

"Mylla, sou independente, tenho minha casa, meu

emprego, não dependo de ninguém, me cuido, sou bonita
e mesmo assim só conheço homem lixo"

Você já teve essa sensação de ter o "dedo podre"? (vou te

dar 3 segundos pra responder, diz aí pra mim em voz
alta). São boas as chances de você ter dito um sonoro
SIM, então segue firme comigo que esse capítulo é pra
você.

Praticamente toda mulher cruzou com alguns embustes ao

longo da vida (ok, provavelmente vários hehehe, mas tudo

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bem) e isso acaba gerando uma sensação de "falta de sorte

com homem".

Relacionamentos abusivos, falta de diálogo, falta de

carinho, falta de respeito, traições - tudo isso somado faz
com que muitas mulheres cheguem a seguinte conclusão:
HOMEM NÃO PRESTA. E não tiro a razão delas não,
pra falar a verdade. Investir sua energia, seu amor e seu
tempo, e como retorno receber descaso, infidelidade e
indiferença, de fato faz qualquer pessoa se sentir
decepcionada.

E pior do que a decepção em si, é a perda de esperança.

Quando você sente que fracassou muitas vezes, você fica
com a sensação de que o amor não te escolheu, com a
sensação de que relacionamentos são muito complicados e
que a melhor coisa no fim das contas é tocar o barco e
viver uma vida de solteira, com um rolo aqui, outro ali, e
nesse ritmo você vai preenchendo qualquer vazio
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emocional que possa surgir. Você pensa "tenho uma

família ótima, tenho minha carreira, tenho amigos, tenho
um cachorro/gato que é tudo pra mim, isso já é mais do
que suficiente - #gratidão". Você já se sente tão sortuda e
tão grata por tudo o que tem na vida, que acaba se
convencendo de que viver solteira é uma ótima
alternativa.

De fato essa é uma opção legítima, e caso essa seja sua

escolha, você merece todo o respeito do mundo por isso.
Precisamos aceitar de uma vez por todas que existem
diferentes formas de viver, e cada uma tem o livre-arbítrio
para decidir o que é melhor para si. Muitas pessoas de
fato optam por viver uma vida livre, sem qualquer tipo de
amarra e, de verdade, está tudo bem mesmo. Ninguém
nessa vida pode tentar te impor uma dita "fórmula da
felicidade" ou pode afirmar que você não é feliz só porque
você decidiu ter uma vida de solteira.

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O problema só acontece quando você quer ter um

relacionamento, quer ter um companheiro ao seu lado,
quer construir uma família, talvez ter filhos, e não
consegue achar uma pessoa bacana para realizar com você
esses sonhos. Você sabe que é uma mulher de alto valor,
independente, estuda, trabalha, está conquistando seus
objetivos de carreira, vem realizando sonhos materiais,
mas se depara com o fato de não achar alguém compatível
para dar com você o próximo passo.

Eu ouço das minhas seguidoras dia sim, dia também

frases como "Mylla, desisto, homem não presta", "Mylla,
por que todo homem trai?", "Mylla, não é possível, só tem
embuste por aí", etc etc. Sério, são centenas de
mensagens por dia, de mulheres de diferentes idades,
origens, etnias, classes sociais. Depois de conversar com
centenas delas, e entender melhor a história de vida de
cada uma, eu identifiquei que apesar de elas serem muito
diferentes entre si - cada uma com sua individualidade -
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elas tinham uma coisa em comum. O motivo principal

para essas mulheres estarem infelizes com suas vidas
amorosas é o que defino como "mentalidade de escassez".

Em algum momento da vida, provavelmente por conta de

uma série de decepções, elas internalizaram a crença de
que homem não presta. E de tanto repetirem isso pra si
mesmas, isso acabou virando uma verdade irrefutável
para elas. Henry Ford, famoso empresário do ramo
automobilístico, disse a famosa frase

"Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de

qualquer forma você está certo(a)".

E essa frase traduz muito o que estamos falando aqui, que

basicamente é: nós criamos nossa própria realidade, e
quando colocamos na cabeça que não podemos viver uma
relação saudável, ou que não podemos conhecer uma

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pessoa de alto valor, isso acaba se tornando a nossa

realidade.

O fato de você ter vivido relações conturbadas até hoje

não reflete como as pessoas no mundo são - isso apenas
reflete o padrão de pessoas que você vem atraindo para
sua vida e nada mais. Se você, por alguma razão, atraiu
pessoas tóxicas, ou desonestas, infiéis e desleais, o
problema não está "no mundo", e sim no seu processo
seletivo.

Vamos fazer uma conta rápida aqui: atualmente existem

aproximadamente 8 bilhões de pessoas no mundo. No
meio de tanta gente, imagine quantos milhões e milhões
de homens solteiros e interessantes não existem? Em um
mundo enorme, com aproximadamente 200 países, é
impossível que não haja pelo menos uma pessoa
compatível com você.

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Nesse momento, talvez você esteja pensando "ahh Mylla,

mas aqui na minha cidade não aparece ninguém legal" ou
"moro em cidade pequena e já conheço quase todo mundo
aqui, não tenho muitas opções". E a pergunta que eu te
faço é: quem foi que disse que você tem que reduzir suas
opções aos limites do seu município, do seu Estado ou até
mesmo do seu país?

Esse questionamento é o primeiro passo para você

começar a virar essa chave na sua cabeça, e entender que
o mundo é abundante, e nada pode impedir que você
desfrute dessa abundância, a não ser você mesma. A pior
coisa que você pode ter na vida é uma mentalidade de
escassez. Isso te limita no trabalho, na sua condição
financeira, na sua saúde e obviamente também faz com
que você não viva em plenitude na sua vida amorosa. O
escritor T. Harv Eker, autor do livro best-seller "Os
Segredos da Mente Milionária" coloca um excelente
exemplo sobre mentalidade. No livro, ele diz que existe
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uma diferença enorme entre uma pessoa "dura de grana" e

uma pessoa pobre. Segundo ele, estar dura não é o maior
problema, pois isso apenas significa que naquele
momento da vida você está com pouco dinheiro, mas ele
defende que isso é algo totalmente reversível, e basta que
você se esforce para criar maneiras de gerar renda. Já a
pessoa que é pobre, essa sim está na pior. A pobreza de
espírito e de mentalidade provavelmente irá mantê-la
naquela condição por muito tempo, fazendo com que ela
não encontre caminhos para viver uma vida de fartura (em
todos os sentidos).

Ser abundante não é negar as dificuldades. Eu não estou

sugerindo aqui que você não tenha sofrido ou que não
tenha conhecido pessoas ruins ao longo da sua vida. Eu e
você sabemos que no mundo real existem sim pessoas
mal-intencionadas, tem muita gente mau-caráter e com a
moral bastante "flexível". E algumas dessas pessoas já
cruzaram seu caminho, e por diferentes razões. Talvez
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você estivesse em um momento de carência, se sentindo

vulnerável, ou simplesmente por uma ingenuidade, e aí
acabou caindo no papo-furado de um pilantra (quem
nunca, né?)!

Mas a grande verdade é que a gente não vê o mundo

como ele é de fato, e sim através das nossas próprias
lentes, e isso faz com que muita coisa fique distorcida.
Então entenda de uma vez por todas: você nem ninguém
tem o "dedo podre". Talvez você tenha vivido parte da sua
vida com uma mentalidade de escassez, por acreditar que
suas possibilidades eram limitadas. Essa crença fez com
que você diminuísse sua barra de exigência, e isso trouxe
para sua vida pessoas muito abaixo daquilo que você
realmente merecia. Aquele papo de que "ruim com ele,
pior sem ele" não pode mais fazer parte da sua vida.
Coloque na sua cabeça de uma vez por todas: aquele
carinha da sua academia, ou que mora na rua de trás, ou
que você conheceu no aplicativo, não é sua única escolha,
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e provavelmente não está nem perto de ser sua melhor

alternativa.

Para você chegar a conclusão que determinada pessoa

merece o seu investimento de tempo e energia, você
precisa de repertório, você precisa de referências.

Agora que já concordamos sobre termos uma mentalidade

de abundância, o passo seguinte é você sair da sua zona
de conforto para conhecer pessoas novas. E sair para os
mesmos lugares, para ver as mesmas pessoas e fazer as
mesmas coisas não é o que vai mudar o jogo pra você.

Você precisa se jogar no mundão e conhecer as

possibilidades disponíveis por aí! Eu sempre falo isso pras
minhas alunas e mentoradas, e já ouvi respostas como "ah
Mylla, eu queria viajar mais, só que eu não tenho muito
dinheiro". E eu já respondo brincando "amada, nem
começa"! A verdade é que nunca esteve tão barato viajar.
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Tem diversos aplicativos onde você consegue buscar

passagens de ônibus e avião super baratas na promoção,
existem opções de albergues e apartamentos super em
conta e tem opções de alimentação pra todos os bolsos.
Às vezes você gasta uma grana que nem tem com uma
roupa, sapato, bolsa e depois diz que não consegue se
programar pra passar um fim de semana na cidade vizinha
- aí realmente fica difícil. Mas se você colocar como
objetivo fazer uma viagem e conhecer um lugar novo,
com certeza você consegue se programar pra isso. No fim
das contas, tudo é uma questão de prioridade.

Quando você se expõe ao novo, você dá uma ajuda e tanto

pro destino. Quando estamos no dia-a-dia, a correria da
vida é tão grande que parece que estamos
permanentemente no piloto automático, nossa visão fica
"viciada" e a gente acaba não percebendo com atenção o
que está ao nosso redor. Por outro lado, quando você está

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em um ambiente diferente, você fica mais atenta, com os

sentidos mais aguçados, e aí numa dessas a sorte vem!

Ficam duas grandes lições aqui: a primeira é virar

imediatamente esse disjuntor da escassez para a
abundância. É entender que você deve buscar o que há de
melhor nesse mundo! Mas é preciso fazer por onde: você
precisa ir lá e buscar o que você quer, e para isso você
precisa se jogar (claro, com todos os cuidados e as
devidas precauções).

E pra garantir que você vai interiorizar essa mensagem de

abundância, eu quero propor que você repita todos os dias
pela manhã um mantra que eu uso há algum tempo e que
fez com que eu aceitasse o que há de melhor na vida.
Toda manhã, a partir de hoje, você vai olhar pra você
mesma no espelho e repetir 3 vezes:

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- Fui feita para mais

- Fui feita para mais
- Fui feita para mais

Fale isso todos os dias, e espalhe essa mensagem no

máximo de lugares possíveis: escreva num post-it e cole
na tela do seu computador, use como fundo de tela no seu
celular ou onde mais você puder. Sempre que você estiver
em uma situação desconfortável, seja pessoal ou até
mesmo profissional, você vai se lembrar que o mundo é
abundante e que você foi feita para mais.

Quando aquele contatinho te ligar de madrugada querendo

te ver pra "matar a saudade", você vai se lembrar que foi
feita para mais. Quando algum cara falar que quer ficar
com você mas não quer namorar, você vai se lembrar que
foi feita para mais. Quando alguém for desleal com você,
você vai se lembrar que foi feita para mais.

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Repita comigo agora em voz alta: "Mylla, EU FUI FEITA

PARA MAIS E NUNCA MAIS VOU ACEITAR MENOS
DO QUE EU MEREÇO"!

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Passo 3: Processo Seletivo

Esse é um dos capítulos mais importantes do livro e
provavelmente o que mais vai te ajudar a evitar as
famosas ciladas. E o nome "processo seletivo" não foi
escolhido por acaso.

Uma empresa, quando precisa contratar uma pessoa para

uma determinada função, precisa ter um processo de
recrutamento bastante criterioso a fim de escolher o
melhor candidato(a) para aquele cargo. E quanto melhor é
a vaga, mais difíceis são as etapas e mais concorrido é o
processo.

Em primeiro lugar, a empresa faz uma análise curricular

dos candidatos. E por que isso? Simplesmente porque não
faz sentido chamar para uma entrevista um candidato que
não atenda aos requisitos mínimos para a vaga (nota:
nessa etapa, a maioria dos candidatos já é eliminada de
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cara). Isso faz com que os recrutadores sequer precisem

perder tempo com pessoas que não tenham qualquer
chance de aprovação.

Depois desse filtro inicial, você convida o candidato para

um bate-papo inicial. Ele ainda está distante de conseguir
a vaga - esse é apenas o momento de a empresa conhecer
melhor o perfil da pessoa e vice-versa. O candidato não
está sendo avaliado somente pelas coisas que ele fala: ele
está sendo avaliado principalmente sobre o que ele não
diz. Ele foi pontual? Ele tem uma energia bacana? Ele
está vestido de maneira apropriada? Ele está muito
nervoso? Ele tratou bem a recepcionista enquanto
aguardava ser chamado para entrevista? Tudo,
absolutamente tudo está sendo avaliado.

Vamos assumir que o candidato tenha atendido a todas as

expectativas iniciais de maneira satisfatória. Ele já pode
ser aprovado? Negativo! Vai que ele apenas se vendeu
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muito bem na entrevista, mas na verdade não é lá essas

coisas? Então, ele vai passar por mais uma etapa: uma
avaliação técnica, onde ele vai colocar todo o
conhecimento dele à prova, para a empresa ter certeza de
que terá alguém que vai dar conta do recado na função.

Se ele for aprovado em mais essa etapa, provavelmente

ele vai ser entrevistado por mais algumas pessoas da
gerência/diretoria, e se ele for muito bem, ele vai ser
considerado para a vaga. Considerado para a vaga? Sim,
apenas considerado, e não aprovado. Outros candidatos
também serão avaliados, para que ao final de tudo isso, a
empresa possa avaliar qual é o perfil que melhor irá
atender às demandas daquela vaga.

Nessa hora você deve estar pensando "nossa, que difícil

essa vaga hein. Será que essa empresa não está sendo
muito exigente?" E a resposta é: sim, está. E uma boa
empresa faz isso porque ela sabe que, assim como ela
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pode estar contratando um excelente profissional, se ela

não for muito criteriosa, ela pode contratar um grande de
um problema. Uma empresa tem total noção do estrago
que um funcionário ruim pode causar tanto em termos do
trabalho em si, quanto no ambiente. Essa má contratação
pode inclusive influenciar negativamente toda a equipe e
comprometer os resultados do negócio.

Você pode estar pensando nesse momento "ué Mylla, esse

não é um livro de relacionamento? Por que você está
falando sobre empresa, contratação, etc?"

Se você reparar bem, todas as etapas para contratar um

funcionário para uma empresa podem ser igualmente
aplicáveis para você "contratar" alguém para sua vida. E
assim como em uma empresa, você pode contratar alguém
que vai agregar muito, ou pode contratar um grande de
um problema - daí vem a frase que eu tanto falo no
Instagram "você contrata os seus problemas".
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Agora, tira 1 minuto para refletir: como tem andado a sua

área de recrutamento? Você tem sido extremamente
criteriosa ou você andou contratando uns probleminhas
nos últimos tempos? Se você se encaixa no segundo caso,
sua área de Recursos Humanos precisa entrar em ação e
proceder com o desligamento do indivíduo. Se é alguém
que andou aprontando, é demissão por justa causa e sem
qualquer tipo de benefício - é tchau e benção!

Todo mundo em algum momento já contratou mal, isso

faz parte do processo natural de amadurecimento de todo
mundo. Porém, pior do que contratar mal, é manter um
mau funcionário, já sabendo que ele só faz besteira! Então
amada, não procrastine e faça o que precisa ser feito.

No entanto, quero te dar umas dicas de como evitar ao

máximo passar por toda essa dor de cabeça. Cada
"contratação" errada toma nossa energia, faz a gente
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perder tempo, sendo que cada dia a mais com a pessoa

errada ao nosso lado, é um dia a menos com a pessoa
certa. O que então precisa ser analisado desde o começo?

O primeiro passo é saber fazer uma boa "triagem

curricular". Pergunte-se: "quem é esse cara?", "o que ele
faz da vida?" As redes sociais estão aí e são uma mão na
roda para você saber um pouco mais sobre a pessoa. Você
pode ver no Instagram ou Facebook um pouco do estilo
de vida dele, se ele é alguém que vive cercado de
família/amigos, se é alguém que posta sobre o trabalho, se
é alguém que curte viajar, etc. É claro que nas redes
sociais existe muita coisa fake e não dá pra confiar em
tudo que se vê, mas calma: ainda estamos na primeira fase
do processo e o "candidato" continuará sendo avaliado
mais à frente, caso ele passe por essa primeira etapa. A
questão é: se ele não impressionar logo de cara, por que
você vai perder seu tempo indo a um encontro, visto que

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já não houve sinergia desde o primeiro momento? As

chances de ser uma grande furada são enormes.

Isso parece bastante óbvio, mas eu ouço muitas histórias

sobre primeiros encontros bizarros simplesmente porque a
mulher não fazia a menor ideia do que iria encontrar pela
frente. Quando você faz uma boa análise inicial, você
consegue minimizar riscos. Por exemplo: você
acompanha o cara nas redes sociais e nota que ele posta
vídeos com os amigos, sempre rindo, contando histórias, é
simpático, fala bem, é carismático, etc. Se você sente essa
vibe legal nos vídeos, tem boas chances de pessoalmente
ser uma pessoa extrovertida. E o contrário é verdadeiro:
se a pessoa está sempre com a cara fechada nas fotos e
parece ser uma pessoa retraída, não espere encontrar um
alguém super comunicativo quando conhecê-lo
pessoalmente.

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Legal, ele passou na primeira fase, parece ser gente boa,

tem uma energia legal e o papo super fluiu pelo Instagram
ou WhatsApp e agora ele quer te encontrar. Chegamos na
segunda etapa!

Esse é um momento onde você consegue claramente

separar os homens dos "meninos". Um homem quer
demonstrar cuidado e bom gosto. Ele vai pesquisar e
escolher um restaurante ou barzinho bem legal, ele vai se
preocupar em fazer uma reserva pra garantir que vocês
não vão ficar 1 hora na fila aguardando mesa, ele vai se
preocupar em estar bem vestido, cheiroso, ou seja, ele vai
fazer de tudo pra mostrar que você é especial e que aquele
momento é importante pra ele. Ele vai cuidar para que
vocês não tenham apenas um "date legal", mas sim uma
experiência incrível. E cá entre nós: não é maravilhoso
estar com alguém e tudo simplesmente dar certo? A
comida, o vinho, o lugar, a companhia!

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Já o "menino"...ahhh o menino...nem me fale..quem nunca

caiu na lábia de um? Você tá ali meio carente, e ele vem
com uma conversa mole, te encontra em um momento de
fragilidade e você acaba dando alguma atenção. Ele acaba
te convencendo de que vale a pena gastar a sua
maquiagem para encontrá-lo e lá vai você em mais uma
cilada. Diferente do homem de alto valor que pensou em
tudo, o menino chega pra você e diz:

Menino: mas e aí qual a boa? O que você anima?

Você: ahh, não sei, não pensei em nada.
Menino: você tá afim de fazer o quê?
Você: (afff) ah, sei lá, um barzinho, restaurante.
Menino: alguma sugestão?
Você: (paciência esgotando) ah, tem um aqui perto de
casa legal.
Menino: beleza, pode ser. Anima ver um Netflix aqui em
casa?
Você: Netflix?
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Menino: é, mas tipo, super de boa, só ver um filme

mesmo!
Você: (putz) tá, deixa eu ver aqui!

Atire a primeira pedra quem nunca teve um diálogo ao

menos um pouco parecido com esse! Notou a diferença do
tratamento de um homem para um "menino"? No
primeiro caso, você fica uma energia boa, rola aquela
empolgação, você se arruma mais feliz, animada. No
segundo caso, já rola aquele desânimo, aquela falta de
vontade, um baixo astral. E quantas vezes nós nos
sujeitamos a isso por conta da tal mentalidade de
escassez? Graças a Deus isso não pertencerá mais a sua
vida, amém!

É importante deixar registrado que o primeiro encontro

ainda é uma etapa inicial da sua avaliação: o fato de ter
sido muito bom, não garante que esse homem é
necessariamente alguém que você vá levar pra sua vida.
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Ele simplesmente ganha alguns pontos a mais e você

considera conhecê-lo melhor. No caso do "menino", caso
você faça a besteira de topar encontrá-lo, que seja algo
pontual, até porque não faz o menor sentido investir seu
precioso tempo em algo que não tem a menor chance de
prosperar. Sair com um homem de baixo valor tem tanta
lógica quanto regar uma planta de plástico - ou seja: não
tem lógica.

Volta e meia me perguntam "Mylla, adorei o primeiro

encontro, foi incrível e quero vê-lo de novo". É preciso ter
em mente que em um processo seletivo, a empresa avalia
o candidato, mas essa não é uma dinâmica de mão única:
o candidato também está avaliando a empresa. E quanto
melhor o nível do candidato, mais empresas querem
contratá-lo, logo, mais opções ele tem. E podemos aplicar
esse mesmo fundamento no caso do crush. Pode ser que
você tenha achado tudo sensacional, mas por alguma
razão, ele entendeu que não valia a pena seguir no
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processo e pode acontecer de não rolar nada novamente.

Por isso, pé no freio e segura essa emoção: é gostoso
sentir aquele friozinho na barriga, mas nem tudo vai
sempre ocorrer da maneira que você espera.

O ideal é que você sempre pense em etapas, e cada

avanço do "candidato" precisa ser uma conquista aos
olhos dele. Se ele fizer por onde, ele avança uma casa;
caso ele não esteja interessado em seguir adiante, ok,
acontece e vida que segue. Se a coisa evoluir para as duas
partes e houver um interesse mútuo, aí finalmente você
terá um relacionamento. Pode não parecer, mas esse
cuidado inicial no processo seletivo é o que vai te livrar
de muuuuita dor de cabeça lá na frente. O que mais vejo
são mulheres reclamando de maridos que não gostam de
conversar, ou que são preguiçosos, que são grosseiros,
que não são românticos, etc etc. E aí eu pergunto: lá atrás,
no início do processo, quando tudo começou, ele era
muito diferente do que é hoje? E em 99% dos casos, a
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resposta delas é "eles já eram assim" - ou seja, elas

contrataram o problema lá atrás e, depois de anos, os
custos de uma "demissão" são altos demais - o que faz
com que elas acabem empurrando relações
completamente fracassadas com a barriga.

Por isso, sempre tenha atenção máxima e avalie

cuidadosamente o que você espera de uma relação.
Sugestão: faça uma lista que contenha os 4 pilares
fundamentais para alguém estar com você.

Defina o que é:

a) Básico - exemplo: morar na mesma cidade

b)Desejável - exemplo: que tenha emprego
c) Indesejável - exemplo: uma pessoa que fume
d)Inegociável - exemplo: tem que ser fiel

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Quando você tem clareza sobre o que realmente importa

pra você em uma relação, fica muito mais fácil avaliar
quem faz sentido você manter por perto e quem não
deveria estar na sua vida.

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Passo 4: Não seja boazinha

Depois de muitas decepções, você resolveu ficar sozinha
por um tempo. É, faz todo sentido: você fica livre para
fazer suas coisas, focar em si mesma, viajar, ver suas
séries e ocupar todo o espaço da cama. Tem coisa melhor
que isso?

Veja a história abaixo e me diga se você já passou por

algo parecido!

"Estava tudo correndo conforme planejado até que o

Felipe (nome fictício) apareceu. Não era nenhum galã de
novela, mas tinha seu charme. Finalmente um carinha
que sabia conversar, era engraçado, conseguia ir além
daquelas conversas vazias, e a química...que absurdo!
Fora que ele tinha um emprego legal, viajado, gostava de
vinho...Você ficou uma vez, duas, sair com ele foi se
tornando um hábito, toda semana vocês ali passando
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tempo juntos. Num piscar de olhos, dias viraram semanas

e semanas viraram meses. Seu plano de não se envolver
com ninguém estava super dando certo, mas faltou
combinar com a vida e lá estava você envolvida mais uma
vez.

Eis que você se viu em um limbo emocional. Será que

você tinha virado um contatinho? Amizade colorida
talvez? Também não, talvez fosse mais que isso. Namoro,
então? Tudo bem, não era pra tanto, nem tinha rolado
pedido né...

Apesar de não ser um compromisso "oficial", acabou que

você resolveu ficar só com o Felipe. Você podia até ficar
com um ou outro carinha ali, mas no fundo você gostava
mesmo era do "Lipe", até porque ele já sabia o que você
gostava e como você gostava, já rolava uma intimidade,
tinha um carinho a mais e não era só uma ficada
aleatória.
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O tempo foi passando, e agora você já estava com ele há

4 meses, e nada de pedido de namoro. Será que faria
sentido tocar no assunto de compromisso? Mas e se ele se
afastasse? Melhor não, afinal, nem todo namoro precisa
ter pedido né? - você dizia a si mesma. O que importava
era o sentimento, a sintonia.

Eis que surgiram os inconvenientes: dar ou não dar

presente no aniversário? Como apresentar o bendito no
grupo de amigos? Dia dos Namorados então…chegou a
dar uma tremedeira! Comprar algo pra ele? E se pegasse
mal? E se ele não desse nada? Iria ficar super chato…"

Agora me diz uma coisa: você já esteve em alguma

situação parecida com essa? Lembrou de algum momento
da sua vida em que você se sentiu nessa posição? Pois é,
não é mera coincidência! Esse relato e esses
questionamentos chegam às centenas diariamente no meu
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direct do Instagram, com meninas perguntando como agir

com o tal "ficante sério".

Vamos aos fatos: estar em um relacionamento é algo

binário. É tipo 0 ou 1, preto ou branco. Não tem meio
termo, ou você está ou não está. E se você está na dúvida
se está em um relacionamento ou não, é porque
provavelmente você não está.

"Nossa, Mylla, como assim? Eu confesso que estava

esperando evoluir para algo mais sério" - talvez esse seja
seu questionamento. A verdade é que se você está saindo
com um cara há 3 ou 4 meses, e ele não manifestou
nenhum interesse em ter algo mais sério, as suas chances
de ter um relacionamento com ele caem drasticamente
após esse período. E tem uma razão para isso: você está
sendo muito boazinha, e mulher boazinha não namora.

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E o que caracteriza a mulher boazinha? A primeira e

principal característica dela é estar sempre disponível para
ele. Não importa se é uma terça-feira chuvosa, ou um
sábado de madrugada: é só chegar uma mensagem dele e
ela aceita vê-lo em qualquer circunstância. Outra coisa:
ela trata o ficante como namorado. Ela dorme na casa dele
com a camiseta emprestada, toma café-da-manhã junto e
sai apressada para o trabalho depois de uma manhã bem
animada. Ela conhece os amigos dele, e ele os dela -
inclusive a turma dela acha o ficante o máximo, cara
super gente boa!

E a mulher boazinha pensa "Ah, com ele eu não preciso

nem usar camisinha, a gente já se conhece bem, ele é
confiável. E quanto à gravidez? Não tem problema, eu
tomo pílula mesmo, é tranquilo. E se ocorrer algum
imprevisto, é porque Deus quis. Talvez seja até legal, a
gente começaria uma família do zero" - percebeu o quão
louco e arriscado é tudo isso? Ela cria uma história na
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cabeça dela, e passa a assumir uma série de riscos que na

fantasia dela fazem todo sentido.

E sabe por que provavelmente ele não pensa em assumir

algo sério? Porque ele já tem todos os benefícios de um
namoro (disponibilidade, carinho, o tempo dela, sexo
garantido) enquanto pode continuar vivendo as aventuras
da vida de solteiro dele. Com a menina "boazinha", ele
fica totalmente acomodado, enquanto ele vai sendo
desafiado por outras mulheres por aí que ainda não estão
na dele. E para conseguir a atenção delas, ele precisa
investir tempo, dinheiro, energia. No entanto, como esses
recursos são limitados, ele precisa direcioná-los para
aquilo que ele prioriza, que no caso, não é a mulher
boazinha.

Nessa hora você pode me perguntar "Mylla, se ela tivesse

agido diferente desde o começo, ela estaria namorando
com ele?" Sinceramente, é difícil dizer, pois ninguém
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controla o que passa pela cabeça do outro, mas a verdade

é que as chances seriam bem maiores. Então, coloque uma
coisa na sua cabeça de uma vez por todas - NÃO TRATE
FICANTE COMO NAMORADO. Mais uma vez: nunca,
em hipótese alguma, trate ficante como namorado e
jamais faça o papel de mulher boazinha.

Abaixo uma lista de como você pode agir para tratar

ficante como ficante:

a) Não dê a ele satisfação da sua vida

b)Não esteja disponível sempre que ele quiser

c) Continue saindo sozinha com suas amigas e

conhecendo novas pessoas

d)Evite passar a noite na casa dele - só em último caso

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e) Não faça-o achar que você está ficando só com ele

f) Deixe claro o que você busca para sua vida (e faça-o

entender que, se ele não se encaixar nos seus planos,
ele não estará na sua vida)

E o mais importante em toda essa história: reciprocidade!

Seu investimento de tempo e energia deve ser
proporcional àquilo que ele te oferece em troca. E se por
acaso você entender que o que vocês têm não irá
prosperar, simplesmente não esteja mais disponível para
sair com ele e siga sua vida. É fácil? Muitas vezes, não. É
o que precisa ser feito? Sim! Então coloque-se em
primeiro lugar, ame a si mesma acima de qualquer pessoa
e foque no que é importante. Agora que você já sabe que
foi feita para mais, você não vai se contentar com
migalhas emocionais, não é isso?

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Passo 5: Desculpas esfarrapadas

Deixa eu te perguntar uma coisa: seu último namoro/rolo
terminou de forma meio conturbada? Você saiu dessa
história magoada, chateada com o rumo que as coisas
tomaram?

Se você respondeu que SIM, você provavelmente passou

pelo processo que eu vou descrever. Você prometeu a si
mesma que daquele ponto em diante tudo tinha que ser
diferente e pensou:

"Chega, deu! A partir de agora quero ficar de boa, não

quero me envolver com ninguém tão cedo, só quero paz e
focar em mim mesma".

E aí você fez todas aquelas resoluções de quem quer

começar do zero: focou no trabalho, nos projetos pessoais,
na academia, na dieta. Depois da última decepção, você
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entendeu que jamais se permitiria ser feita de boba

novamente. Pois é, a intenção toda era muito boa, mas
sabe como é o destino né?

Pois é, de maneira inesperada, o acaso trouxe o Rafael

(nome fictício). Ele apareceu meio que do nada, da
maneira mais aleatória, e nem tomou conhecimento do
seu detox emocional e espiritual. Falou pra você ficar
tranquila, que estava ali porque gostava da sua
companhia, e só queria viver o momento presente. Você,
escaldada, obviamente, ficou desconfiada mas deixou
rolar a conversa, e o papo uma hora acabou ficando legal.

Era uma conversa leve, descontraída, e nessa o Rafa aos

poucos foi se aproximando. Ele finalmente te chamou pra
sair, e você pensou "que mal tem em sair pra tomar um
drink e trocar uma ideia". E foi divertido, a comida estava
boa, vocês riram, o clima tava ótimo e acabou rolando um
beijo, mas imediatamente seu sistema de segurança foi
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acionado e você achou melhor encerrar a noite por ali,

voltou pra casa e ficou por isso mesmo.

No dia seguinte, você totalmente sóbria e de volta ao seu

centro de equilíbrio pensou "ok, foi legal, valeu a noite
mas vida que segue". Mais uma vez estava você ali
tentando se manter no controle das coisas, mas não
contava que quando a mensagem do Rafael chegasse você
iria ficar toda feliz. E os dias foram passando, vocês
começaram a se falar com mais frequência, as mensagens
do WhatsApp foram virando áudios (e quem diria, logo
você, que não suporta ouvir mensagens longas, tava ali,
toda animada com aqueles áudios de 5 minutos que mais
pareciam um podcast) e vocês começaram a se aproximar
pra valer.

Naquela altura do campeonato, você já tinha entendido

que seus planos de ficar sozinha já tinham ido por água
abaixo, e você pensou "beleza, vamos ver o que vai
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acontecer". Vocês começaram a se encontrar regularmente

- nem que fosse pra ficar um pouco juntos e passar a noite
durante a semana - e também nos fins de semana quando
conseguiam casar a agenda. O Rafael era realmente um
cara muito legal, e você acabou baixando a guarda. Ele
mostrou que talvez você estivesse com uma visão
distorcida do que era ter alguém (muito por conta dos
traumas que você ainda carregava por conta do passado).
Mas dessa vez as coisas estavam leves, estavam fluindo, e
você considerou se abrir novamente para viver uma
história bacana.

E foi aí que as coisas, pra sua decepção, começaram a se

embolar novamente: passou 1 mês, 2, 3 e nada do Rafa
falar sobre o que rolava entre vocês. Era um namoro?
Havia algum tipo de exclusividade? Aquilo tinha chance
de virar algo sério? Todas essas dúvidas começaram a
povoar sua mente, mas ao mesmo tempo, você não queria

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trazer esse assunto à tona com medo de parecer que estava

o pressionando.

Só que os 3 meses viraram 5, 6, 7 meses e nada de você

ter um posicionamento mais claro da parte dele, e aí você
começou a ficar realmente desconfortável com a situação.
Aquela leveza do começo foi dando espaço a um clima
estranho, e por mais que ainda fosse legal ficar com ele,
depois que vocês se viam, você ficava se sentindo mal.

Até que um dia, já não aguentando aquela situação que te

fazia revisitar vários traumas, você chamou o Rafa pra
conversar e saber o que rolava entre vocês, e ouviu dele:

"Então linda, não é você, sou eu. Eu tenho um

bloqueio por conta do meu relacionamento passado,
e parece que algo me impede de me aprofundar no
que a gente tem. Você é incrível, é maravilhosa. Você
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é inclusive boa demais pra mim, muito mais do que

eu mereço. Vamos fazer o seguinte? Vamos deixar a
coisa rolar, a gente dá tempo ao tempo e vê o que
acontece, o que acha? Por que vamos rotular algo
que está tão bom? Isso só vai estragar o que a gente
tem. Essa coisa de rótulo, essa pressão da sociedade
pra nos encaixar em algo. Tanto casal por aí que não
tem o que a gente tem, e fica pagando de feliz em
rede social. Eu mesmo não posto nada com você no
Instagram porque você sabe que o que mais tem é
gente invejosa por aí, então vamos deixar tudo no
sigilo. Tá ligada que o que ninguém sabe ninguém
estraga né?"

Nessa hora você sentiu basicamente 2 coisas:

incredulidade com tamanha cara de pau da pessoa
subestimando sua inteligência e vomitando esse open
bar de papo-furado pra cima de você, e decepção
consigo mesma por ter se colocado naquela posição
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onde você jurou que jamais estaria novamente. Nesse

momento, você talvez esteja pensando "Mylla do céu,
passei por tudo isso, que loucura! Como eu poderia
ter evitado estar nessa situação?"

Era possível sim ter evitado essa situação, mas não

era exatamente fácil, e sabe por quê? Porque quando
você está emocionada, toda a sua razão desaparece e
você acaba se guiando pelo coração somente. E sim,
quando é necessário tomar uma decisão importante, a
emoção pode pregar algumas peças.

Podemos ver claramente como isso pode nos afetar

negativamente no exemplo a seguir. Não sei se você
já foi noiva ou acompanhou de perto alguma amiga
que estava organizando um casamento, mas essa
situação é clássica. A noiva, super preocupada em
garantir que tudo vai ser perfeito no grande dia,
precisa alinhar uma série de detalhes junto à
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cerimonialista. Como todas nós sabemos, essa

profissional está ali para dar suporte à noiva, mas
também está buscando aumentar a lucratividade para
a empresa onde ela trabalha. Sendo assim, sempre
que há uma oportunidade de fazer mais dinheiro, ela
vai buscar atingir esse objetivo. Uma grande amiga
me relatou que a negociação era sempre assim:

"Noivinha, você jura que quer economizar logo no

bolo da festa? Você vai arriscar estragar uma festa
tão bonita por causa de 1.000 reais de diferença?"

E a noiva, emocionada (e pressionada), topava pagar

pelo bolo mais caro. E foi assim em relação ao
fotógrafo da festa, ao DJ, aos docinhos, aos grampos
de segurar guardanapo e por aí vai! Ao final disso
tudo, o valor da festa ficou consideravelmente mais
caro, simplesmente por conta da emoção (e medo) da
noiva de que as coisas dessem errado.
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Numa feira de gestantes ou feira para pets, é a mesma

coisa! Mães de bebês e "mães de animais" são um
público normalmente muito "emocionado" e por isso
não é incomum que se tornem alvos fáceis de
vendedores manipuladores.

"Mylla, mas como fazer nesse caso se a emoção é

algo que faz parte de nós? Ficaremos vulneráveis em
qualquer situação, é isso?"

A resposta é: não necessariamente. O primeiro passo

é estar ciente de que somos seres humanos e, sim, nos
emocionamos. E ter consciência de que podemos nos
tornar vulneráveis, é fundamental para não nos
tornarmos presas tão fáceis. Você já experimentou ir
ao supermercado sem almoçar? Pois é, é um desastre.
Existe um estudo da Cornell University que indicou
que pessoas com fome tendem a comprar mais
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alimentos ricos em calorias do que pessoas que já

estão alimentadas. Sabendo disso, qual é a coisa mais
inteligente a se fazer antes de ir ao supermercado?
Claro, alimentar-se!

Captou a estratégia? Uma vez que você sabe da sua

vulnerabilidade, você pode criar um plano para se
blindar. E essa mesma lógica pode ser aplicada à
nossa vida sentimental. Se você sabe que vai estar
emocionada depois de alguns meses ficando com
alguém, você precisa se posicionar desde o primeiro
momento sobre quem é você e o que você busca pra
sua vida. Se você sentir que a pessoa não está na
mesma vibe, você pula fora lá no começo, enquanto
você está muito mais fortalecida mentalmente. Vamos
falar sobre como criar esse posicionamento de
maneira mais detalhada nos próximos capítulos.

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Passo 6: Namore por interesse

Ouvimos muitas vezes, ao longo de nossa vida, para
tomarmos cuidado com pessoas interesseiras. Desde
quando éramos crianças ouvíamos coisas como "aquela
fulana ali, fica de olho, ela é muito interesseira,
cuidado!" E você, temendo que algo de ruim acontecesse,
buscava se afastar e evitava contato com aquela pessoa
"maléfica".

O tempo foi passando e você cresceu. Na sociedade

machista em que vivemos, o termo "interesseira" tem
conotações ainda piores. Costuma-se atribuir esse adjetivo
a mulheres que supostamente estariam em um
relacionamento com um homem única e exclusivamente
por motivos financeiros. E pra mulher que estuda,
trabalha, se esforça, corre atrás dos próprios sonhos, e está
aí batalhando sem ajuda de ninguém, ser chamada de

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interesseira é um duro golpe na autoestima e em sua honra

pessoal.

Mas como estamos aqui para questionar o status quo,

vamos fazer uma reflexão acerca desse tema. O que seria
uma pessoa interesseira? Basicamente aquela que age de
acordo com os próprios interesses, visando o melhor para
si. Mas a verdade é que, se isso não lesar uma outra
pessoa ou se não te trouxer vantagem indevida, ser
interesseira por si só não tem problema nenhum. Quando
você foca naquilo que é melhor pra você, cuida dos seus
interesses e busca estar próxima de pessoas que agreguem
à sua vida, isso apenas reflete o amor que você sente por
si mesma.

Volta e meia falo para as minhas alunas na mentoria

"namore por interesse". E é nítido o susto que elas levam
quando ouvem isso de mim. E vou mostrar o que quero
dizer quando dou esse tipo de conselho.
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É natural que em um relacionamento você queira estar

com uma pessoa bacana. Mas isso não é o suficiente: ele
também precisa ter valores e princípios sólidos. Além
disso, você quer estar com alguém por quem você se sinta
atraída e também uma pessoa que te trate muito bem.
Uma boa conversa também é indispensável. Mas pare pra
pensar: isso que acabei de descrever até então, é apenas o
básico do básico do que se pode esperar de um namorado
ou marido. Menos que isso, não vale nem a pena o rolê.

Olha você aí: inteligente, bonita, gente boa, carismática,

tudo de bom, mas mais do que isso, você rala pra cacete
pra ter uma vida incrível. Você sabe que só se vive uma
vez e você não está nessa vida à passeio. Você quer uma
vida de prosperidade, uma vida de abundância, você quer
viajar pelo mundo, quer passar sua lua-de-mel nas
Maldivas, Grécia ou qualquer outro lugar paradisíaco, e

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ninguém vai te convencer de que você não merece viver

essa vida épica.

E se você está se dedicando para realizar seus sonhos,

você quer estar com alguém que tenha essa mesma visão
de mundo. O homem que vai estar ao seu lado também
precisa ter essa ambição, ele também precisa sonhar
grande. Pode ser que vocês ainda não tenham o emprego
dos sonhos, que a grana ainda esteja meio curta, mas isso
é uma questão de tempo. Você sabe que uma hora seu
esforço vai ser recompensado, e vocês vão poder ter uma
vida plena.

Ser interesseira em uma relação significa que você só vai

permitir estar ao seu lado quem estiver disposto a sonhar
o mesmo sonho que você. Você não vai abrir mão de ter
um cara que trabalha, que estuda, que desenvolve
diferentes fontes de renda, que investe, que poupa, porque
lá na frente, quando vocês forem construir uma família,
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estar com alguém que te ajude a gerar conforto e

segurança é fundamental para o bem-estar de vocês e dos
seus filhos.

Ser interesseira em uma relação quer dizer que você só

vai aceitar um homem que, assim como você, esteja em
constante desenvolvimento, que se cuide (física e
mentalmente), que queira mais da vida, mas que também
tenha um coração bom e que seja justo. A sua vida
sozinha já é dura o suficiente e você não precisa ter ao seu
lado um estorvo, uma âncora que não te permite avançar.
Você precisa de alguém que seja como um foguete, que
possa se ejetar junto com você para um outro nível.

Então, minha amiga, se a partir de hoje, alguém te

"acusar" de ser interesseira, pode estufar o peito e dizer
"sou interesseira sim e com muito orgulho". E posso te
garantir que esse é um caminho sem volta. Quando você
começa a se associar à pessoas que agregam na sua vida,
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você só melhora como ser humano. Sabe aquela frase que

diz que somos a média das 5 pessoas com quem mais
convivemos? Pois é, isso é absolutamente verdade, então
é fundamental ter muita atenção em quem são as pessoas
que vão fazer parte do círculo principal da sua vida.

Sendo assim, namore por interesse, tenha amigos por

interesse, faça tudo na sua vida por interesse: interesse de
se tornar uma pessoa cada vez melhor para você e para as
pessoas.

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Passo 7: Como atrair um

homem de alto valor

Como atrair um homem de alto valor? Essa é a resposta
que 9 em cada 10 mulheres solteiras querem saber. Onde
achar aquele homem para quem um dia você vai olhar e
dizer "Deus, obrigada! Agora eu entendo o porquê do
tanto de embuste na minha vida. O Senhor estava me
preparando pro melhor".

Mas como pelo visto essa hora ainda não chegou, e só

apareceram os trastes, vamos decifrar esse enigma sobre
como atrair um homem incrível. Mas antes de querer
atrai-lo, precisamos responder à seguinte pergunta:

O que seria um homem de alto valor?

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Essa resposta pode variar de pessoa para pessoa, a

depender de quais são os seus critérios para um parceiro
ideal. Para algumas mulheres, um homem de alto valor é
aquele que sonha em construir uma família. Para outras,
um homem de alto valor é aquele que vai ser o parceiro de
viagens pelo mundo. Já outras entendem que um homem
de alto valor é aquele mais caseiro e que não curte balada,
outras priorizam um homem que tenha a religião como
um importante pilar da vida. Independentemente do perfil
de homem que você busque, tenha em mente que todos
esses homens citados têm pontos em comum, não
importando a personalidade, a classe social, origem, etnia,
religião, etc.

Os pilares principais na vida desse homem são a honra,

dignidade e integridade. Esse tripé de valores faz com que
as coisas que ele fala tenham significado, tenham peso. Se
ele diz que está com saudade, você nem por um momento
duvida que isso seja verdade. As palavras dele o vento
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não leva. Por conta disso, pode até ser que ele
eventualmente soe como alguém mais fechado, mas a
verdade é que ele é apenas muito cuidadoso com o que
pronuncia. Outra característica muito marcante do homem
de alto valor é a ambição. E é preciso distinguir ambição
de ganância. Uma pessoa ambiciosa é aquela que sonha
alto, que se esforça para atingir seus objetivos, que quer
constantemente se desenvolver. Ela sabe que pouco sabe,
e por isso tem fome por aprender sempre mais. Essa
pessoa tem uma mentalidade abundante e, sim, ela
acredita piamente que um dia vai conquistar tudo aquilo
que deseja. Já o ganancioso não só quer muito, mas quer
sempre mais, e está disposto a fazer qualquer coisa para
conseguir, mesmo que precise passar por cima de outras
pessoas e lesar terceiros.

Outro ponto que eu destacaria nesse HOMÃO com H

maiúsculo é a generosidade. Ele busca ajudar as pessoas,
compartilha o conhecimento dele, e sempre que pode
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ajudar um familiar, um amigo e até mesmo pessoas

completamente desconhecidas, ele ajuda. Essa inclusive é
uma das principais razões pela qual ele é tão admirado por
quem o conhece. E quem não quer uma pessoa assim por
perto né?

Eu ainda nem terminei a lista e você deve estar aí

pensando que esse homem nem existe. A verdade é que
no meio de milhões e milhões de pessoas que existem no
mundo, muitos têm sim essas virtudes. Honradez,
generosidade, integridade, são valores que deveriam ser
básicos, mas acabamos nos acostumando com tão pouco,
que o mínimo acaba virando algo extraordinário.

Uma das maiores qualidades desse tipo de homem é que

ele respeita muito o tempo dele, pois ele sabe o quão
precioso é esse recurso. E como ele não gosta de
desperdiçar o tempo dele, ele também não desperdiça o
seu.
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E por último, não é apenas sobre valores nobres e uma

personalidade incrível não. Esse cara de alto valor
também se preocupa em ter uma boa apresentação
pessoal, ele tem uma vaidade (moderada), gosta de estar
perfumado, gosta de se sentir bem com a aparência, e isso
todas nós apreciamos bastante né ehehe? Se gostar de
cachorros/gatos e de crianças, aí não tem como não ficar
derretida!

Agora que você já sabe como é o perfil desse homem de

alto valor, o próximo passo é saber como conseguir atrair
esse gentleman para sua vida. E perceba que usei a
palavra "atrair" em vez da palavra "conquistar". E por que
isso? A mulher que busca conquistar alguém precisa fazer
um esforço muito grande para impressionar, para causar
uma boa impressão, e muitas vezes acaba tendo que criar
um personagem para conseguir chamar atenção do
homem de quem ela tá afim! Todas nós, em algum
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momento da vida, já passamos por essa situação e

sabemos como é ruim ficar interpretando uma pessoa que
no fundo não somos. E pra piorar: quase sempre o
resultado disso é um desastre!

Quando falamos de atrair, o jogo é justamente o contrário.

Você pode ser natural, espontânea, você não fica tentando
ser quem você não é. E isso não quer dizer que você não
tente causar uma ótima impressão: você tenta sim, porém
à sua maneira. Você não sente que está fazendo um
esforço, e principalmente, não está em busca de nenhum
tipo de aprovação. Seu foco é ter um bom momento,
deixar a situação fluir, ver se existe sintonia e se vocês
estão na mesma frequência. E é justamente essa
naturalidade e autenticidade que encantam o homem de
alto valor.

Porém, precisamos ser realistas: assim como nós

queremos o "pacote completo" - que é um homem
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inteligente, bonito, que tenha um trabalho interessante,

que busque desenvolvimento pessoal, que queira crescer
na vida, etc, adivinha só: esse homem quer exatamente a
mesma coisa em uma mulher. Então não adianta
pensarmos somente "nossa, eu sou uma pessoa tão legal,
tenho um coração tão bom, mas ninguém gosta de mim".
Esse tipo de pensamento não é o tipo de mentalidade que
vai atrair pessoas bacanas pra perto de você (e aqui nem
falo de relacionamento somente não). Uma postura
vitimista vai gerar o pior dos sentimentos que alguém
poderia sentir por nós: pena.

A verdade é que homens são naturalmente seres mais

visuais do que as mulheres. Em um primeiro momento,
ser uma mulher atraente é o que vai chamar a atenção
dele. E aqui não estamos discutindo o conceito do que é
ser atraente: tem homem que vai preferir uma mulher
mais alta, outros preferem as baixinhas. Uns vão preferir
mulheres de cabelos longos, outros de cabelo mais curto.
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O importante é você saber que aparência importa sim na

primeira etapa da conquista, então cuide da sua imagem
pessoal sempre. Uma dica infalível é você jogar com
aquilo que você tem de melhor, e se vestir de uma
maneira que faça você se sentir poderosa e confiante.
Pode ser uma roupa que de repente valorize mais sua
cintura, ou eventualmente um decote, ou um sapato que te
deixe mais sensual, uma maquiagem que valorize seus
olhos, enfim, deixe o melhor de você jogar a seu favor,
pois sim, isso fará toda a diferença nesse processo de
atração.

Outra coisa que precisamos ter em mente é que, embora

estejamos em uma era em que cada vez mais existe
espaço para nós mulheres tomarmos a iniciativa, o
homem ainda tem muito prazer nesse jogo da sedução, de
sentir que está te conquistando, pois isso está diretamente
ligado a energia masculina dele. Detalhe importante: isso
não significa que você vai assumir uma postura passiva -
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muito pelo contrário. Você precisa instigá-lo, deixá-lo

curioso sobre você. Ele precisa entender que não vai te
ganhar tão rápido, mas ao mesmo tempo ele não pode
pensar que não vai te ganhar nunca, caso contrário ele
pode perder o interesse. Você é uma mulher que valoriza
muito seu tempo e ele também valoriza muito o tempo
dele, sendo assim, não existe muito espaço para ficar
fazendo joguinhos psicológicos. Essa é na verdade a pior
coisa que você pode fazer ao lidar com um homem de alto
valor. Se ele se sentir manipulado ou notar que você está
ali apenas fazendo-o perder tempo, ele irá sair da sua vida
imediatamente.

Agora você já sabe o que é um homem de alto valor, já

sabe o que fazer para deixar um homem de alto valor
interessado, mas ficou faltando uma coisa: onde encontrar
um homem como esse? Porque vou te contar, é cada
homem que não vale uma pipoca molhada, que parece que
encontrar esse cidadão é quase uma missão impossível.
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Vou te tranquilizar aqui então sobre isso: esses homens

existem sim, tá? Eles só não estão por aí assim, 10 a cada
esquina. Tudo que é valioso na natureza, existe em menor
quantidade, a verdade é essa. É difícil achar um diamante,
mas quando você procura no lugar certo, você consegue
encontrar. É mais difícil de encontrar? Sim! Mas se fosse
fácil ele não teria tanto valor. E a mesma lógica podemos
aplicar às pessoas.

Existem basicamente 3 estratégias principais para se

encontrar esse ser abençoado que parece estar em
extinção:

a) primeira é mudando os padrões e hábitos: você diz

que está enjoada de conhecer os mesmos tipos de pessoas,
mas se você sempre frequenta os mesmos bares, as
mesmas baladas, frequenta os mesmos grupos, e só se
expõem às mesmas pessoas de sempre, suas chances de
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esbarrar com alguém completamente diferente são

pequenas. Que tal pensar em algo completamente novo,
tipo fazer um curso de culinária? Ou aceitar o convite
daquela amiga para um retiro de ioga no fim de semana
com uma turma que você não conhece? Quem sabe
participar de um seminário da sua área de atuação em
outra cidade, e curtir o happy hour com a galera no fim do
dia? Todas essas situações irão te expor ao novo, ao
inesperado. E reparou que nos nossos 3 exemplos (curso
de culinária / retiro de ioga / seminário), apesar de serem
situações completamente diferentes entre si, todas reúnem
o mesmo tipo de pessoa? Sim, pessoas que estão em
busca de desenvolvimento, seja pessoal ou profissional.

Estou dizendo que é garantido que você vai encontrar o

amor da sua vida semana que vem no curso de massas e
risotos? Não, não é isso! E também não estou afirmando
que você não possa conhecer alguém legal em uma
balada. Estou apenas trazendo um novo olhar sobre onde
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você poderá encontrar homens interessantes, fora do

circuito barzinho/festa/roda de amigos.

b) Viagens: viajar é provavelmente uma das experiências

mais enriquecedoras para qualquer ser humano. Ver o
novo, o diferente, se distanciar da sua bolha de realidade e
ver que existem universos que vão muito além daquele
que lhe é familiar. Nosso dia-a-dia é tão corrido que
muitas vezes as oportunidades da vida passam
despercebidas aos nossos olhos, mas quando estamos
viajando, nossos sentidos ficam bem mais aguçados. E
como conseguimos ver e ouvir melhor, as oportunidades
que antes passavam sem serem notadas, agora saltam aos
nossos olhos. Viajar 15 ou 20 anos atrás era mais
complicado e muito mais caro. Você precisava super se
planejar, montar cuidadosamente um itinerário e tudo isso
era praticamente um grande evento.

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Hoje em dia, com todas as facilidades que existem, ficou

muito mais fácil e mais barato se jogar nesse mundão.
Existem aplicativos onde você acha passagens super em
conta, você pode se hospedar em bons hotéis pagando
bem pouco, pode ficar em albergues, para se alimentar
também não faltam opções. A verdade é que você pode se
planejar, juntar uma graninha e da noite pro dia estar em
um ambiente completamente novo e obviamente repleto
de pessoas super interessantes. Só existe um lado negativo
aí: se você estiver viajando e se envolver com alguém,
provavelmente essa pessoa mora em uma cidade diferente
da sua, então isso futuramente torna a situação um
pouquinho mais complexa. Mas por que nos privarmos de
viver algo especial no hoje com medo de não dar certo no
futuro? E digo mais: quem disse que conhecer alguém de
outra região te impede de viver uma história com essa
pessoa? Até porque, quando a vontade de ficar juntos é
pra valer, rapidamente dá-se o jeito (eu mesma sou prova
disso: eu morava em Minas Gerais e meu marido no Rio
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de Janeiro, e cá estamos nós dois juntos hoje em dia

morando em Curitiba) . Então, assim que possível, e
tomando os devidos cuidados, planeje a próxima viagem -
seja com uma amiga ou sozinha mesmo - e (se) explore.
Posso te garantir que você não irá se arrepender.

c) Aplicativos de relacionamento: frequentemente

perguntam sobre minha opinião a respeito de aplicativos
como Tinder, Happn, entre outros. Para não ficar em cima
do muro e responder "depende", prefiro cravar: sou a
favor, e vou explicar por quê. Os apps são apenas um
canal, um ecossistema (no caso, online) que conecta
pessoas que estão dispostas a se conhecer. Nesse sentido,
qual a diferença entre um barzinho onde você conversa
com alguém e ter a mesma conversa no mundo virtual?
Ah, sim, o drink e o clima, a atmosfera, a presença física!
Por outro lado, no app você tem a vantagem de bloquear a
pessoa de imediato se a conversa estiver chata. Fora que
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você pode fazer isso da conveniência do seu sofá

enquanto assiste Netflix de pijama e comendo Nutella.

Muitas mulheres alegam que no "Tinder o povo só quer

saber de zoeira", e por isso evita usar o app. Mas por
acaso na vida real é muito diferente? Uma boa parte das
pessoas (homens e mulheres) estão de fato mais
interessadas em relações casuais do que em ter algum
compromisso mais sólido. E aí eu te pergunto: por que
você se importaria com essas pessoas que não estão
buscando o mesmo que você? Simplesmente ignore-as
assim que se der conta de que elas não estão na mesma
sintonia. E cá entre nós: o homem idiota se entrega
rapidamente através da conversa, ele não consegue
disfarçar por muito tempo. Então assim que notar que ele
não faz seu tipo, já tira da lista.

O segredo para fazer um bom uso de aplicativos de

relacionamento é saber fazer o filtro correto: em um
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primeiro momento, talvez seja um pouco difícil porque

você não consegue saber muitas informações sobre a
pessoa somente pelo aplicativo, então a principal fonte de
análise será a conversa em si. Se o papo estiver fluindo
MUITO bem, vocês podem se adicionar no Instagram, e
lá sim você provavelmente vai ter mais informações sobre
a pessoa, sobre o estilo de vida dela. Sim, eu sei que na
rede social todo mundo pode inventar coisas, mentir,
contar histórias falsas, etc, mas lembre-se: sua opinião
não será baseada apenas no álbum de fotos ou nos stories
dele. Você está observando todo o comportamento do
crush desde o primeiro contato e todo o desenrolar da
situação. Se o papo estiver muito muito legal e ele parecer
alguém interessante e confiável, então vocês podem
evoluir para uma conversa no WhatsApp. Agora vocês já
tem um pouco mais de proximidade e essa é a última
etapa antes de um possível primeiro encontro.

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Agora, se lá na frente você descobrir que ele é um cara

escroto, a culpa é do Tinder? Definitivamente não. Foi
você quem provavelmente cometeu algum erro de
avaliação ao longo do processo e, ok, acontece e fica
como experiência.

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Passo 8: Como saber se é amor

Vou começar esse capítulo respondendo de cara a essa pergunta:
como saber se vai dar certo? E eu lhe digo: simplesmente não
tem como saber. No entanto, você pode saber sim quando NÃO
vai dar certo, e é sobre isso que vamos falar aqui.

Se você tem mais de 20 anos de idade, provavelmente você já

está cansada de perder seu tempo e gastar energia com pessoas
que não valeram a pena nem você ter feito a unha. Tantas
frustrações ao longo do tempo deixam marcas, e talvez a maior
delas seja o desânimo em conhecer uma pessoa nova. Você já
não aguenta mais contar e ouvir as mesmas histórias, falar do
seu trabalho, falar o que você gosta de fazer, falar dos lugares
pra onde você já viajou. A sensação que fica é que, apesar de as
pessoas serem diferentes, parece que as conversas se repetem, e
a vontade que dá é ter um arquivo pronto em pdf com todas as
informações importantes sobre você, e aí você só mandaria pra
pessoa nova por mensagem, que isso já te economizaria aquelas
duras de conversa iniciais.

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O fato é que o começo de qualquer história - tanto as que dão

certo quanto as que não dão certo - tudo é muito parecido. Vocês
se conhecem em algum bar, festa, trabalho, faculdade ou amigo
de amigo, trocam WhatsApp, conversam e marcam de sair - o
roteiro não sai muito disso.

Cá entre nós: o que você queria mesmo era algo Hollywoodiano,

tipo aquelas comédias românticas onde o cara vai correndo pro
aeroporto, invade a pista, para o avião e te beija com os cabelos
ao vento. Pois é, mas isso infelizmente acontece só na Netflix
mesmo. Na vida real o papo geralmente começa meio clichê,
mas muitas vezes pode evoluir para uma conversa bacana, então,
por favor, tenha um pouco de paciência. Lógico que se o cara for
um idiota completo logo no início da conversa, aí nem continua.

Portanto, o primeiro passo é avaliar a capacidade do homem de

conduzir uma conversa leve e agradável. Perceba que nesse
início, você está avaliando o quão divertido ele é, se ele fica
muito no seu pé ou se ele manda mensagem em horas
apropriadas, e principalmente o quão recíproco ele é. Na
conversa que vocês estão tendo no WhatsApp, você quer avaliar

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se ele está curioso sobre você, perguntando, ou se está apenas

respondendo ao que você fala.

Beleza, tudo fluiu, vocês marcaram de sair, foi bacana e vocês

começaram a ficar com alguma frequência. Vocês foram se
aproximando mais e mais, as afinidades foram aparecendo, e
você está gostando dele. Só que agora começa seu dilema:
colocar um freio nisso para você não se envolver ainda mais ou
se jogar de vez? Você então decide esperar pra ver qual vai ser a
atitude dele, vai que ele se toca né, e resolve "oficializar" aquilo
que vocês têm. Só que ele não fala nada, o tempo vai passando,
e agora você entra numa quase crise existencial: "será que isso
vai para um próximo nível ou já deu o que tinha que dar?"

Reparou que esse é um padrão que já ocorreu várias vezes na

sua vida? Pois é, eu sei disso porque já aconteceu na minha vida
também. Eu esperei estar envolvida com o crush, para depois
saber se ela queria algum tipo de compromisso sério - e na
maioria das vezes, ele não quer. Como evitar então esse tipo de
situação e encerrar esse padrão de vez?

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A melhor maneira para lidar com isso é você buscar ter uma
relação mais transparente com as pessoas e aceitar ter conversas
mais honestas com elas. Vamos aqui assumir um cenário em que
você esteja buscando um relacionamento sério. Você conheceu o
Rodrigo (nome fictício) e nos primeiros encontros, enquanto
você está apenas o conhecendo (e não está emocionalmente tão
envolvida), faça perguntas para saber como ele vê a vida, o que
ele busca. Logicamente, isso precisa ser feito de maneira sutil, e
não como se fosse uma entrevista de emprego. Não é algo como
"Rodrigo, diga-me como você se enxerga nos próximos anos" ou
"Rodrigo, quais são seus objetivos de curto, médio e longo
prazo". Essa conversa é algo que acontece de maneira natural, e
até mesmo divertida. Se você falar algo como "Rodrigo, estão
dizendo por aí que homem é tudo safado, só querem oba-oba, é
isso mesmo ahahah?" - e veja como ele reage. Obviamente, ele
não vai se acusar e dizer "pois então, eu sou um desses caras
cafajestes que estou aqui só pra te levar pra cama.", claro que
não! Mas veja como ele aborda esse assunto, dê a ele a chance
de dar uma opinião, de falar sobre esse tema. E aí, você,
perspicaz que é, vai aos poucos sacando a maneira como ele
pensa.

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Só tem um detalhe: se ele não for um homem de alto valor, o

que ele disser não vai ter nenhum alinhamento com aquilo que
ele de fato faz. E se de fato não tiver, bingo, agora você já sabe
que ele é um cara que diz uma coisa e faz outra: cilada detectada
e é hora de pular fora.

O seu objetivo é sempre incentivá-lo a falar desde o primeiro

momento. Se ele diz que é um cara super atencioso e fica 10 dias
sem te mandar mensagem, você já sabe que é roubada. Se ele diz
que quer passar tempo com você mas só te chama pra ir pra casa
dele na terça-feira 23h pra passar a noite lá, corre que você já
sabe que é cilada. A vantagem disso é que você não vai esperar
estar envolvida para só então perceber que ele não é o cara certo
pra você. Seu objetivo aqui é fazer essa avaliação o quanto
antes, e se for preciso, cortar o mal pela raiz antes que essa
erva-daninha esteja fincada no seu terreno.

Resumindo: saber se vai dar certo é difícil, mas saber quando vai
dar errado é bem possível e vai te economizar uma boa dose de
tempo, paciência e energia!

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Passo 9: Relação a 3
Antes de você falar "Com assim Mylla, ficou doida? Relação a
três? Não vou aceitar essa pouca vergonha, o que é meu é meu e
não divido com ninguém", calma, deixa eu explicar ahaha!!

Um dos tópicos do meu curso Código da Autoestima é "como

viver um relacionamento saudável". Falar sobre esse tema é de
extrema importância porque, como já vimos até aqui, conhecer
alguém especial e ter de fato um relacionamento já não é a coisa
mais simples do mundo. Então, uma vez que você tenha, você
quer garantir que ele seja saudável, leve, gostoso e que
principalmente te traga paz.

E pra isso acontecer, você precisa ter um relacionamento em 3

combinações, e vou mostrar como organizar isso:

a) Seu relacionamento com você mesma: não é porque você

começou a namorar ou que você casou que a partir de agora
vocês são "um só". Isso é bonito quando se fala de maneira
simbólica, mas na vida real não é bem assim. Quando você tem
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uma pessoa na sua vida, ela chega para somar à pessoa inteira
que você já é. Ela não vem para completar algo que "estava
faltando". Você, mulher de alto valor, transborda em si mesma e
não tem necessidade nenhuma de alguém para cobrir nenhum
vazio, até porque esse vazio não existe. A pessoa que chega na
sua vida vem somente para somar, para agregar.

Já reparou que a primeira atitude de muitas mulheres, assim que

começam a namorar, é se afastar das amigas? Elas não te ligam
mais, não mandam mensagem, não querem saber como você
está, porque agora ela está em um relacionamento. Essa
anulação de si mesma é possivelmente um dos maiores erros que
uma mulher pode cometer, porque ela começa a viver em função
do namorado, da família e dos amigos dele, e amanhã ou depois,
se o relacionamento termina, adivinha o que acontece? Isso
mesmo, ela se encontra em um quadro de dependência
emocional, onde não consegue se ver fora da relação
(simplesmente por não poder imaginar a vida sem aquele
ecossistema do qual ela agora faz parte). E pra não encarar a dor
do término, ela prefere a dor de viver uma péssima relação. E é
aí onde começam os abusos psicológicos, físicos às vezes,

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manipulação, traições e muito mais. Por isso minha amiga,

nunca, jamais, never, em hipótese alguma, permita ou se permita
anular a si mesma por conta de homem ou de qualquer outra
pessoa.

Como fazer isso?

- Não perca o hábito de passar tempo só com as suas amigas

- Tenha sua própria fonte de renda
- Tire um tempo só pra você durante o dia para fazer algo
que gosta, como ler, fazer uma atividade física, etc
- Cuide da sua saúde mental (meditação, ioga, etc)
- Mantenha contato frequente com sua família

Dessa forma, você estará permanentemente conectada consigo

mesma e com o seu mundo pré-relacionamento. Em caso de um
eventual término, sim, você vai ficar triste, vai ficar pra baixo,
mas não vai ter aquela sensação de "meu mundo acabou".

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b) A relação do seu namorado/marido com ele mesmo: tudo

aquilo que vale pra você sobre ser emocionalmente
independente, também vale pra ele. E fale com ele sobre a
importância disso também na vida dele. Incentive-o a jogar bola
com os amigos, a ter hobbies, ter atividades que não dependam
de você, de modo que ele também tenha sua individualidade
fortalecida.

Claro que isso não pode servir como bengala (para nenhum de
vocês dois) para situações extremas. Se um dia ele vier com essa
conversa, tipo "então amor, para manter minha saúde mental e
independência emocional, vou passar o Carnaval do ano que
vem com meus amigos solteiros em Salvador, tá bom? Te amo,
linda" - UMA OVA né ehehe!!! Estamos aqui falando sobre
independência dentro do limite da razoabilidade, então vamos
sempre aplicar doses robustas de bom-senso em qualquer
situação.

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c) a relação de vocês como casal: não menos importante, é a

relação do casal. Alguns podem até subestimar, mas a força da
rotina é absolutamente devastadora. Todo começo de namoro ou
casamento é sempre aquele clima de lua-de-mel, aquele fogo,
aquela chama forte, mas que invariavelmente, com o passar do
tempo, vai se tornando brasa, mais estável e mais calma.

Isso é normal? Muito! No entanto, não deve ser uma desculpa

para negligência nem para tornar o casal relaxado. Intimidade é
tenso: da noite pro dia, seu namorado, todo estiloso, perfumado,
de barba feita vira um Shrek barbudo, que não corta o cabelo,
coloca um desodorante barato (quando coloca) e fica de cueca
furada pra lá e pra cá dentro de casa. Mas a culpa não é só deles
não, também temos culpa no cartório. No começo era um tal de
unha feita, escova no cabelo, lingerie combinando, maquiagem.
Claro que não dá pra andar assim todo dia, mas daí andar toda
baranga, despenteada, calcinha bege e unha cheia de cutícula
também não é legal. E não é que não seja bacana só pra ele, isso
não é legal pra gente. Nós temos que querer nos sentir bem para
nós mesmas em primeiro lugar. Isso tem a ver com autocuidado,

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autoestima e amor-próprio, mas que naturalmente acaba

impactando na relação como um todo.

É clichê dizer isso, mas é verdade: uma relação incrível é

construída dia após dia, com muito esforço de ambos os lados,
muita dedicação e principalmente atenção aos detalhes:
comemore datas especiais do casal, presenteiem-se, busquem
surpreender um ao outro sempre que possível, pois isso é o que
vai fortalecer a relação de vocês para suportar os momentos
difíceis que também virão.

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Passo 10: Amar não é o bastante

Não são poucas as vezes em que me perguntam:

"Mylla, estou muito magoada com meu namorado

mas ainda o amo. Devo perdoá-lo ?"

Perdoar ou não uma pessoa e, principalmente, decidir

permanecer em uma relação é algo extremamente pessoal e
envolve muitas variáveis, logo, é difícil dizer categoricamente o
que alguém deve fazer. No entanto, vamos abordar aqui quais
são os pilares de uma relação sólida para te dar as ferramentas
para analisar a sua situação.

Existem 4 pilares fundamentais para uma relação prosperar. E

para ilustrarmos o caso, vamos pensar em uma cadeira de
quatro pernas, sendo que cada perna representa um sentimento.

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Temos então:

● Amor
● Respeito
● Admiração
● Confiança

Nesse exato momento, te convido a fazer uma reflexão. Qual

dessas pernas é a mais importante para o relacionamento existir?
Você acertou se disse: todas! Em uma cadeira, não existe uma
perna mais importante do que a outra. Se uma faltar, a cadeira
simplesmente não se sustenta e desaba. E o mesmo acontece
com uma relação. Você consegue imaginar se relacionar com
alguém que você não ame? E com alguém que você não
respeite? Ou não confie ou sinta admiração?

Quando me perguntam se eu perdoaria uma traição, eu sempre

digo que sim, perdoaria. Mas o perdão seria pra mim mesma,
para não carregar nenhuma culpa, nenhum sentimento ruim. Eu
jamais carregaria o peso por uma traição, pois essa é uma
decisão que só fala sobre o caráter da outra pessoa e não sobre o

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meu. Então, perdoar sim, porém, permanecer em uma relação

com alguém que quebrou a "perna"da confiança, não teria como.

Então, saiba que em algum momento da sua vida, pode ser que
você se depare com um enorme dilema, que é ter que deixar uma
pessoa ir, sabendo que você a ama mais do que tudo, mas
simplesmente porque faltou um dos outros três pilares. Como
você poderia estar em uma relação com uma pessoa que diz que
te ama mas não te respeita? Como você pode estar em uma
relação com alguém que você ama mas não confia mais?

O amor tem sim um peso gigantesco em uma relação, mas ele

sozinho não é o bastante para você ter uma relação feliz e
saudável. E você, que sabe que é uma mulher de alto valor e que
vive em abundância, não vai, em hipótese alguma, se contentar
com amores pela metade, principalmente porque sabe que foi
feita para mais!

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Conclusão
Foi um prazer enorme caminhar contigo por essas reflexões
sobre o amor, sobre relacionamentos e principalmente sobre nós
mesmas. Esse mergulho no autoconhecimento é fundamental
para sabermos quem somos, o que buscamos e quem queremos
ter ao nosso lado como companheiro de jornada para viver essa
louca aventura chamada vida.

Espero que você se sinta ainda mais preparada para fazer

escolhas corretas na sua vida e jamais aceite menos do que você
merece. Agora, mais do que nunca, você tem consciência sobre
a abundância do mundo e entende que não faz o menor sentido
se contentar com pouco sendo o mulherão que você é.

Vou amar saber o que você achou do livro, então fique super à
vontade para me mandar um direct no Instagram (@myllamurta)
me contando o que mais te marcou na leitura do "Amor ou
Cilada?", e quero aproveitar para te convidar para a
Comunidade Feita Para Mais, que é um movimento de
mulheres que cresce a cada dia, onde podemos nos conhecer
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melhor e você pode se aprofundar ainda mais em temas como

desenvolvimento pessoal, autoestima, independência emocional,
e muito mais!

Mais uma vez, foi incrível ter você comigo nessa jornada!
Vamos juntas e é só começo!

Beijos carinhosos,

Mylla Murta

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