A reclamante trabalhou como assessora de comunicação da reclamada entre março e junho de 2022. Apesar de ter sido contratada como empregada, sua carteira de trabalho nunca foi anotada e ela foi obrigada a constituir uma empresa para emitir notas fiscais. Após ser dispensada sem justa causa, a reclamante não recebeu verbas rescisórias como aviso prévio, 13o salário e férias proporcionais. Ela pede o reconhecimento do vínculo de emprego e o pagamento das verbas dev
A reclamante trabalhou como assessora de comunicação da reclamada entre março e junho de 2022. Apesar de ter sido contratada como empregada, sua carteira de trabalho nunca foi anotada e ela foi obrigada a constituir uma empresa para emitir notas fiscais. Após ser dispensada sem justa causa, a reclamante não recebeu verbas rescisórias como aviso prévio, 13o salário e férias proporcionais. Ela pede o reconhecimento do vínculo de emprego e o pagamento das verbas dev
A reclamante trabalhou como assessora de comunicação da reclamada entre março e junho de 2022. Apesar de ter sido contratada como empregada, sua carteira de trabalho nunca foi anotada e ela foi obrigada a constituir uma empresa para emitir notas fiscais. Após ser dispensada sem justa causa, a reclamante não recebeu verbas rescisórias como aviso prévio, 13o salário e férias proporcionais. Ela pede o reconhecimento do vínculo de emprego e o pagamento das verbas dev
A reclamante trabalhou como assessora de comunicação da reclamada entre março e junho de 2022. Apesar de ter sido contratada como empregada, sua carteira de trabalho nunca foi anotada e ela foi obrigada a constituir uma empresa para emitir notas fiscais. Após ser dispensada sem justa causa, a reclamante não recebeu verbas rescisórias como aviso prévio, 13o salário e férias proporcionais. Ela pede o reconhecimento do vínculo de emprego e o pagamento das verbas dev
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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA _ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE JUIZ
DE FORA/MG.
GLÓRIA MARIA, brasileira, solteira, jornalista, portadora do RG nº
MG20061091 SSP/MG e inscrita no CPF nº 128.419.316-09, residente e domiciliada na Rua Sã o Mateus, nº 111, apartamento 403, bairro Sã o Mateus, CEP: 36025-000, Juiz de Fora/MG, vem, por intermédio de seu advogado que aqui subscreve, constituído mediante instrumento de mandato em anexo, respeitosamente, perante a presença de Vossa Excelência, apresentar a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face da CIA MINEIRA DE ALUMÍNIO, pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ nº 61.190.096/0001-92, com sede na Rua Sã o Mateus, nº 101, bairro Sã o Mateus, CEP: 36025-000, Juiz de Fora/MG, com fundamento nos artigos 840, 852-A a 852-I da CLT, diante dos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
I. DOS FATOS E DOS DIREITOS
A Reclamante foi admitida pela Reclamada em 01/03/2022 para exercer as funçõ es inerentes ao cargo de assessora de comunicaçã o, percebendo salá rio mensal de R$2.600,00 (dois mil e seiscentos reais). Sua jornada laboral era de segunda à sexta-feira de 14h à s 18h, perfazendo 20 (vinte) horas semanais. Tendo sido dispensada da empresa Reclamada de forma imotivada em 05/06/2022. A CTPS da Reclamante jamais foi anotada, haja vista que apó s ter sido selecionada, foi compelida a constituir uma sociedade, juntamente com duas colegas, também jornalistas, e a emitir notas fiscais de prestaçã o de serviços mensalmente. O cumprimento da mencionada determinaçã o tornou-se a condiçã o de permanência da Reclamante na empresa, nota-se que isso eximiria a Reclamada de suas obrigaçõ es trabalhistas. Assim, nã o restou outra alternativa à Reclamante se nã o encaminhar ao escritó rio de Contabilidade indicado pela Reclamado a documentaçã o necessá ria à constituiçã o da sociedade. Isto posto, percebe-se que a realidade fá tica nã o se coaduna com a forma emprestada na relaçã o jurídica que houve entre as partes, o que impõ e a aplicaçã o do princípio da primazia da realidade. Nesse sentido, de acordo com Américo Plá Rodriguez, “(...) em caso de discordância entre o que ocorre na prática e o que emerge de documentos ou acordos, deve-se dar preferência ao primeiro, isto é, ao que sucede no terreno dos fatos”. Portanto, é indiscutível no caso a presença dos requisitos essenciais à relaçã o de emprego, tendo em vista que a Reclamante, no exercício de suas funçõ es, esteve subordinada juridicamente à Reclamada, prestou serviços de forma pessoal e habitualmente, além de ter recebido salá rios pelos serviços prestados. Todavia, a Carteira de Trabalho da Reclamante JAMAIS foi anotada, em flagrante afronta à legislaçã o trabalhista. Ademais, a Reclamante nã o recebeu o saldo salarial referente aos cinco dias trabalhados no mês de junho de 2022, bem como o aviso prévio, o décimo terceiro salá rio proporcional, as férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, a multa de 40% do FGTS e a indenizaçã o em 40% do FGTS, tudo nã o depositado pela Reclamada. Somado a tudo isso, também nã o houve o pagamento das verbas rescisó rias, o que incide, entã o, a multa do §8º do art. 477, CLT. Impede ressaltar, por fim, que as verbas rescisó rias deverã o ser pagas na primeira audiência a ser realizada, sob pena de aplicaçã o da multa de 50%, prevista no art. 467 da CLT.
II. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer assim, à Vossa Excelência, que seja: a) Reconhecida a existência de relaçã o empregatícia entre a Reclamante e a Reclamada, de 01/03/2022 a 05/07/2022, já considerada a projeçã o ficta do aviso prévio indenizá vel; b) Determinado à Reclamada que faça as anotaçõ es na CTPS da Reclamante e que entregue a ela o TRCT; c) Condenada a Reclamada ao pagamento das seguintes parcelas: i. Aviso prévio: R$2.600,00 ii. 13º salá rio proporcional: R$866,67 iii. Férias proporcionais: R$1.733,34 iv. Saldo salarial de 5 (cinco) dias trabalhados: R$433,34 v. Indenizaçã o complementar de 40% do FGTS: R$1.040,00 vi. Multa do art. 477, CLT: R$2.600,00 vii. Multa do art. 467, CLT: R$R$2.600,00
Dá à causa o valor de R$11.873,35
Termos que pede deferimento. Juiz de Fora/MG, 27 de março de 2023.