A História Do Direito: Barreiras/Ba
A História Do Direito: Barreiras/Ba
A História Do Direito: Barreiras/Ba
Barreiras/Ba
A História do Direito necessita,
concomitante ao exame da legislação
mais antiga, realize diligências sobre os
documentos históricos do mesmo
período, recorrendo a fontes jurídicas
possiveis, tais como contratos, sentenças
judiciais, obras doutrinárias, além de
fontes não jurídicas propriamente ditas,
cartas e outros documentos, em razão de,
conforme já registrado, ser o Direito fruto
da sociedade, o que enseja que as
produções sociais sirvam de elementos
para que a História do Direito seja
transmitida ao longo do tempo. Em
suma, a relação entre Direito e História é
muito mais envolvente do que as práticas
jurídicas parecem perceber. Não é só por
interesse diletante que o jurista deve se
aproximar da História. Há consequências
teóricas e dogmáticas que, ainda hoje,
permanecem retidas. Cabe à teoria do
direito, presente e futura, saber explorá-
las.
Em 1827, teve início a história formal do ensino jurídico
no Brasil, com a edição do decreto que criou os cursos
de direito em São Paulo e em Olinda (PE), a partir da
Lei de 11 de agosto de 1827. Essa história, no entanto,
remonta há cinco anos antes. Após a Independência do
Brasil, em 1822, foi promulgada a primeira Constituição
Federal do Brasil, de 1824. Dom Pedro I, no entanto,
considerava que faltavam brasileiros com conhecimento
jurídico e viu a necessidade de implantar o primeiro
curso de direito no pais.
A criação dos cursos jurídicos esteve ligada ao processo
de consolidacão da Independência e de construcão do
Estado nacional brasileiro, marcado, entre outros
aspectos, pela produção de um aparato legislativo que
fundaria uma cultura jurídica própria, distinta do
arcabouço legal herdado da metrópole portuguesa.
Até então, a maioria dos bacharéis em direito, juristas e
advogados no Brasil era formada pela Universidade de
Coimbra, em Portugal. Antes do imperador, portanto, os
estudantes brasileiros daquela faculdade passaram a
reivindicar a criação de um curso em terras brasileiras.
O pedido foi levado em conta na Assembléia
Constituinte de 14 de junho de 1823, pelo deputado
José Feliciano
Fernandes Pinheiro, futuro visconde de São Leopoldo.
Após a apresentação e discussão de diversas
propostas, a Assembléia Constituinte aprovou, em 4 de
novembro do mesmo ano, projeto de lei criando duas
universidades, uma em São Paulo e outra em Olinda.
Entretanto, D. Pedro
I dissolveu a Assembléia sem ter sancionado o projeto,
frustrando a primeira tentativa de criação dos cursos
jurídicos no Brasil.
Direito egípcio
Direito Grécia
Na Grécia Antiga, a partir do séc. VIII a.C., viveu-se um processo absolutamente original
do
ponto de vista político. Ao fim de um longo período denominado por M. Finley como a
Idade de Ulisses, pois se nos apresenta por meio das narrativas épicas da Ilíada e
Odisseia, a realeza homérica entra em crise, cedendo espaço à aristocracia, que
progressivamente se apropria das prerrogativas do poder, relegando aos descendentes da
realeza apenas funções religiosas. Nesse período, o poder é repartido entre membros da
elite militar e terratenente, descendentes da nobreza homérica, que desmembram o poder
em três funções: militar, exercida pelo polemarco; administrativa, pelo arconte;
e religiosa, pelo arconte basileus - ou seja, a figura do rei destituida de seus poderes
políticos.
(Aristóteles, A Constituição de Atenas, III.) Nesse primeiro passo, mesmo que ainda nas
mãos da aristocracia, o poder começa a sair da esfera do privado - onde se localizava sob
controle do rei - e avança no sentido do estabelecimento da ordem pública. O poder não é
mais a pessoa; agora, o poder é a função. Para o exercício dessa, escolhe-se por eleição
individuos que exercerão esses cargos por um período determinado. O poder - a arché -
passa então a circular entre a comunidade que possuía plenos direitos de cidadania, que
correspondia, pelo menos até finais do séc. VII (no caso ateniense), à elite terratenente e
militar. Nessa transição entre a monarquia e a nascente pólis aristocrática, surge o
conceito de que o poder do Estado devia estar sujeito ao interesse público e que esse
público (a comunidade cidadã) devia exercê-lo por si mesmo, e não delegar a uma
autoridade real com poderes limitados. Esse pubico. e3 e 8 cidados, restringia-se, na
cidade arcaica, a um reduzido grupo de cidadãos ricos com monoporo das funções
militares, administrativas e religiosas. (Vernant, 1989a: 26-72; Meier, 1984: 7-26;
Snodgrass, 1986: 101-146; Finley, 1988;
Mossé, 1989: 77-98.)
Direito hebraico