O Mito Do Trabalho

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NOME DA ALUNA: Anabeli Moraes Santoro

Matrícula: 201920529711

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO FACULDADE DE DIREITO
SOCIOLOGIA JURÍDICA II - 2023.1
PROFESSOR: JOÃO BATISTA DAMASCENO

O MITO DO TRABALHO

O trabalho é direito fundamental ao ser humano, e por isso os centros urbanos ao


divulgarem que existe vagas de trabalho a todos, gera grande fluxo migratório. Porém nas
cidades o poder econômico gerador de trabalho se baseia na exploração do trabalhador, onde
visando a quantidade de pessoas desempregadas o trabalhador é manipulado a aceitar as
condições impostas pelo empregador muitas vezes com jornadas exaustivas, salário
insuficiente obrigando a realizar horas extras e bicos, destruindo assim a saúde mental e física
dos trabalhadores. Tendo em vista que, no Brasil há 1.200.000 trabalhadores acidentados em
serviço devido as inseguranças no trabalho e deslocamento que também limita seu descanso.
Tudo isso proporciona a falta de alimentação adequada, conflitos familiares e o viver em sub-
habitações. Através de lutas os trabalhadores conseguiram a jornada de trabalho diário de 8
horas, sendo que para as mulheres há jornada dupla com também o trabalho doméstico.

DESSAÚDE E DESEDUCAÇÃO

Ao trabalhador são negados à saúde e à educação, tendo e vista a distância entre a


habitação muitas vezes precária e o trabalho que não possui medidas de prevenção a saúde e
os baixos salários que induzem o trabalhador a ter uma alimentação inadequada e após ter sua
saúde comprometida, quando consegue se recuperar através da política da saúde pública,
retorna ao mesmo ciclo violento.
Nessas mesmas condições de exploração se encontra a educação, onde as vidas
miseráveis provocam um alto índice de evasão nas escolas, e baixo nível das que à
frequentam, resultando na perpetuação da desigualdade entre crianças desassistidas nas ruas,
e outras em excelentes condições.
O LAZER

É uma prática que não faz parte do cotidiano do de grande parte da população, que não
consegue até mesmo desfrutar de áreas de lazer públicas, por falta de recursos financeiros
para deslocamento. Além disso segue o aumento de atividades de lazer pagos, mesmo com a
constatação de que a falta de Lazer acessível propícia a violência. As massacrantes exaustões
das classes desfavorecidas moldam uma imagem triste até mesmo a jovens.

A FAMÍLIA

A vida urbana e o excesso de traalham negam á grande parte da população a formação e


viência da família, tendo em vista a separação de casais e membros da família como no caso e
empregadas domésticas, o que pode ocasionar na deleção da formação dos filhos a terceiro,
como vizinhos e parentes. Cabendo destacar a situação mais violenta que se encontra a
mulher com a ameaça eminente de demissão caso engravide e a sua preocupação com
problemas domésticos. Ao inverso temos famílias que existem para proteção de seus
membros, transmitindo valores preconceituosos, de exploração e violência a outros seres.

REPRESSÃO

Os detentores do poder, no objetivo de protege-lo, equiparam policiais que também estão


entre os explorados para ser treinados à repressão e defender o interesse dos exploradores,
isso se observa de forma clara quando por exemplo a sociedade se utiliza do direito de greve
afim de obter melhorias nas condições de trabalho, salário, estudo e etc, o aparato policial é
acionado para reprimir e em oposição vemos os filhos da elite se beneficiando da impunidade,
podendo desfrutar de da segurança paramilitar e sistemas de alarmes em seus condomínios
fechados. E aos pobres que Deus proteja.

O MEIO AMBIENTE

As destruições do ecossistema no Rio de Janeiro têm sido de uma violência arrasadora, a


exemplo observamos a Baía de Guanabara que se tornou uma cloaca de esgotos e lixo, o Rio
Carioca que agora polui a praia do Flamengo. A lagoa Rodrigo de Freitas foi reduzida. Morros
eliminados, como o do Castelo, e do Senado. Ao longo de 421 anos de transformações um
violento viver urbano foi se formando pelo adensamento populacional e criações do mundo
moderno. Temos veículos barulhentos, poluidores, ruídos diversos advindos de diversos
objetos barulhentos, sendo importante lembrar que a partir de 80 decibéis os níveis sonoros
começam a ser lesivos ao sistema auditivo do ser humano. Aliado a violência sonora temos a
poluição visual que cansa a vista e faz com que se perca informação.
A CIRCULAÇÃO NA CIDADE

A população vive na maior parte das vezes longe do local de trabalho, sendo obrigada a
percorrer grandes distâncias, levando muitas vezes mais de duas horas enquanto índices
internacionais recomendam que o trabalhador não leve mais que 40 minutos por dia no
caminho entre sua casa e trabalho. As cidades foram consolidadas com vias de circulação
compatíveis com os antigos sistemas de transportes quando havia um número infinitamente
menor de veículos. Oque nos gera hoje um violento e angustiante congestionamento devendo
ser portanto urgente pensar repensar a distribuição das atividades de habitação, trabalho,
lazer e saúde no espaço urbano, para assim evitar grandes deslocamentos da população e o
incentivo ao transporte individual. Que chega a um milhão e meio, sendo de interesse para a
indústria automobilística e para as revendedoras de petróleo e álcool. E nessa coalhada de
carros que ocupam pistas de rolamento e calçada, invadiram praças, lagos, ruas de pedestres,
parques e praias causando o caos para os pedestres e desafio da morte ao atravessar ruas e
transitar em calçadas.

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA

Nas sociedades de economia capitalista selvagem, a cidade é um deformado e grande centro


de comercio, de troca, onde o grande negócio é especular a própria cidade. Existem dois
fatores básicos em que se baseia a especulação imobiliária: a propriedade privada e a finitude
dos espaços da superfície terrestre, e uma série de outros, como grupos econômicos e a
administração pública que trabalham em conjunto para a valorização para que as áreas de
interesse sejam máximas. A indústria do sonho de morar melhor, adquirir status e obter o
“paraíso”, veiculada pelos meios de comunicação. Uma das maiores violências da cidade sob
seus habitantes, que assistem ´transferência dos recursos de todos para engordar o
patrimônio daquele que “tem tino para investir”. E os especuladores imobiliários, confiantes
na impunidade, produzem edificações de baixa qualidade arquitetônica, material e de
segurança.

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A administração pública deve estar a serviço de todos, planejando e administrando os


recursos, organizando e recolhendo tributos e ajuizando os conflitos entre os diversos grupos
sociais com justiça e sabedoria, porém o inverso disso ocorre e a Administração pública é o
algoz opressor do cidadão, violentando-o com burocracia opressora tornando a vida na cidade
complicada, angustiante e violenta. As minorias detentoras do poder econômico sugerem a
Administração pública propostas que geralmente pioram a vida da maioria.
Uma das primeiras medidas para minorar a violência nas cidades tem que ser a
reversão da distribuição de recursos, sendo pelo menos 30% dos tributos recolhidos ao
município, invés de 7% como é atualmente. E para garantir que tais recursos serão aplicados
ao atendimento das necessidades da população depende de uma completa reformulação dos
rumos das nossas cidades, com a participação efetiva da população. Sem o respeito aos
direitos do cidadão não existe solução para a violência urbana, porque a cidade vai continuar
massacrando seus habitantes pela injustiça de sua concepção e funcionamento.

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