Uma Abordagem No Ensino Fundamental: Guia para Montagem de Um Laboratório de Ciências
Uma Abordagem No Ensino Fundamental: Guia para Montagem de Um Laboratório de Ciências
Sumário
Apresentação ............................................................................................ 4
1 Introdução ........................................................................................... 6
2 Montando um Laboratório de Ciências ............................................... 7
2.1 - Infra Estrutura: a Planta-modelo de um Laboratório .................. 8
2.2 – Pisos, Paredes e Janelas ....................................................... .9
2.3 – Instalação de Gás, Água e Eletricidade .................................. 10
2.4 – Mobiliário ...............................................................................11
2.5 – Equipamentos, Materiais e Reagentes .....................................11
2.5.1 – Vidrarias .................................................................................11
2.5.2 – Material de Porcelana ............................................................15
2.5.3 – Equipamentos ........................................................................16
2.5.4 – Material de Consumo e Reagentes ........................................21
2.6 – Procedimentos de Segurança .............................................................23
2.6.1 - O Comportamento Coletivo .................................................. 26
2.6.2 - Comportamento Individual do Aluno ..................................... 26
2.5.3 – Regras Básicas de Manuseio ................................................28
2.6.4 – Uso de Chama em Laboratório ..............................................28
2.5.5 – Manipulação de Produtos Tóxicos .........................................28
2.7 – Realização dos Experimentos .............................................................29
3 Sugestões de Práticas de Biologia ......................................................................29
3.1 – Tema 1: Introdução à Microscopia.......................................................30
3.2 – Tema 2: Identificação de componentes químicos celulares................33
3.3 – Tema 3: Permeabilidade seletiva e osmose.......................................35
3.4 – Tema 4: Coagulação de uma proteína................................................37
3.5 – Tema 5: Preparo de Lâminas Permanentes........................................40
Referências..........................................................................................................58
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Apresentação
Este guia nasceu como resposta para alguns professores, que atuam em
laboratórios do Ensino Fundamental, produto de minha investigação infatigável de
esclarecer aos professores e alunos da importância dessas atividades
experimentais como ferramenta no processo de ensino aprendizagem para o
ensino das Ciências. Na maioria das escolas de ensino fundamental ainda não
existe uma preocupação em criar um espaço laboratorial e nem elaborar recursos
didáticos (roteiros /guias) para serem inseridos nestas aulas.
Com uma distribuição curricular que difere das aulas teóricas, as aulas
práticas devem ser realizadas esporadicamente ou de acordo com o plano de aula
sugerido pela coordenação de Ensino, com uma carga horária de até 50 minutos,
sem a preocupação intrínseca de livros didáticos ou até mesmo apostilhas.
Assim, este material pode ser usado como orientação pedagógica e
apresenta sugestões para o correto manuseio de materiais, equipamentos,
produtos biológicos e químicos usados em um laboratório de ciências, norteando
para alguns procedimentos de práticas associadas as regras de segurança,
seguindo proposta pedagógica para cada atividade experimental:
Fundamentação teórica (Introdução).
Objetivos
Materiais e Reagentes
Procedimento Metodológico.
Resultados ou Conclusão.
Atividades e Discussões
1 - Introdução
Com o engenheiro pode-se transformar o espaço que antes era uma sala de
aula convencional para um laboratório, desde que atenta às normas da ABNT,
principalmente quanto as leis de biossegurança. Como o publico alvo são alunos
de fundamental I, essas normas devem estar afixadas em locais visíveis e sempre
que necessários relembrar, um recurso que sempre funciona é o uso de panfletos
informativos, que podem ser realizados de acordo com os conteúdos dos alunos.
Um modelo de laboratório de ciências biológicas, segundo a NR-8, do MTE,
com área total equivalente a 53m2, suficiente para o uso de 25 alunos, é
apresentado abaixo (Figura 1), composto pelos seguintes itens:
Essas condutas de gás, água e eletricidade requer mais atenção, e deve ser
orientada pelos próprios especialistas. Os alunos não podem ter livres acesso a
esses itens. É importante ter um quadro de registro com controle pelos professores
e funcionários, sinalizados pelas normas por cores. Conforme descrito no quadro 1.
Para gás: Sempre fora do ambiente, protegido por uma caixa ventilada,
sendo um único bujão distribuído em uma tubulação de cobre, evitando assim
riscos de explosões. Podem ser usados fogareiros á álcool etílico 78%, sendo que
a atenção ao manuseio deve ser triplicada.
Para água: Deve-se usar a distribuição em canos de PVC, das pias para o
tanque, obedecendo as normas da ABNT, na cor de identificação verde.A
recomendação é que as pias e tanque sejam de aço inoxidável ou revestidas de
azulejos.
Para eletricidade:Tudo deve ser projetado antes, o número de lâmpadas e
tomadas dependem da necessidade real, é recomendado pelas normas da ABNT
instalações de tomadas de 110V e 220V sinalizadas com cores diferentes: amarela
(110V) e laranja (220V).As lâmpadas devem ser do tipo fluorescente, pois não
alteram a temperatura ambiente, não cansam os olhos e sua iluminação é ótima,
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2.4 – Mobiliário
O que vai fazer toda a diferença no mobiliário será sua resistentes, firmeza
e facilidade na limpeza.Podem ser revestidos de fórmica fosca, de cor clara, fixas
ou móveis, irá depender das disposição em trabalhos em grupos ou individuais.
Os Móveis geralmente são de madeira ou aço, alguns laboratórios fabricam
suas próprias bancadas, que podem ser classificadas de acordo com a posição que
está disposta no espaço usado, as bancadas mais usadas possuem forma de ilha,
península, e U , esclarecidas em maiores detalhes na norma : NR’-8. Os armários
podem ser de alvenaria, por cair o custo e facilitar a localização e o designer,
lembrando que devem ser ventilados por armazenar grandes quantidades de
materiais químicos e biológicos. Os quadros e murais deverão ser amplos e ficar
numa posição que seja facilmente visível por todos os alunos.
2.5.1 – Vidrarias
*Copo de Béquer
Recipiente usado em reações, dissolução de substâncias,
aquecimentos de líquidos, etc. Para levá-lo ao fogo, use tripé com
a proteção da tela de amianto.
*Erlenmeyer
Empregado na dissolução de substâncias, nas reações químicas,
no aquecimento de líquidos e nas titulações. Sua capacidade é
variável.
*Cristalizador
São de vidro, possuem grande superfície que faz com que o
solvente evapore com maior rapidez. São empregados na
cristalização em geral.
*Pipetas
As pipetas são utilizadas para transferências precisas de volumes
de líquidos. Existem dois tipos de pipetas: 1) As pipetas
graduadas (mais finas) permitem medir volumes variáveis de
líquidos. 2) As pipetas volumétricas (com bulbos), não são
graduadas e só permitem medir um volume único de líquido.
*Proveta
É empregada nas medições aproximadas de volumes de
líquidos. Há provetas cuja capacidade varia de 5 mL a 2.000
mL. Nunca deve ser aquecida.
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* Bureta
Consiste de um tubo cilíndrico graduado e apresenta na parte
inferior uma torneira de vidro controladora da vazão. É empregada
especificamente nas titulações.
* Kitassato
É utilizado para efetuar filtrações a vácuo.
*Balão volumétrico
Possui um traço de aferição no gargalo que é longo e é usado no
preparo de soluções que precisam ter concentrações definidas.
Existem balões cuja capacidade varia de 50 mL a 2.000 mL.
*Funil de vidro
Usado em transferências de líquidos e em filtrações de laboratório,
isto é na separação das fases de misturas heterogêneas.
*Vidro de relógio
Permite a pesagem de reagentes ou é utilizado para cristalizar
substâncias. Também, pode ser usado para cobrir o copo de
Béquer em evaporações.
*Dissecador
É usado para guardar substâncias em ambiente com pouco teor de
umidade.
*Bastão de vidro
O bastão de vidro é utilizado para agitar substâncias facilitando a
homogeneização. Auxilia também na transferência de um líquido
de um recipiente para outro.
*Tubo de ensaio
É usado para efetuar reações com pequenas quantidades de
reagentes. Pode ser aquecido diretamente na chama do bico de
Bunsen, com cuidado.
*Triângulo de porcelana
Usado para sustentar cadinhos de porcelana em aquecimentos
diretamente no bico de Bunsen durante uma calcinação. Fica
sobre a argola ou tripé
*Cápsula de porcelana
*Balança comum
É um instrumento que permite aferir massas de substâncias, sua
sensibilidade pode chegar até 0,1 grama.
*Balança analítica
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*Centrífuga
É um aparelho que acelera o processo de decantação. Devido ao
movimento de rotação, as partículas de maior densidade, por
inércia, são arremessadas para o fundo do tubo.
*Capela
Local fechado, dotado de um exaustor onde se realizam as reações
que liberam gases tóxicos num laboratório.
*Estufa
Aparelho elétrico utilizado para dessecação ou secagem de
substâncias sólidas, evaporações lentas de líquidos, etc.
*Suporte Universal
É um suporte de ferro que permite sustentar vários outros utensílio
como argolas, garras, etc.
*Mufa
É um adaptador do suporte universal e de outros utensílios.
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*Garra metálica
Estas garras permitem sustentar outros objetos nos suportes.
*Pinça de Mohr
Esta pinça é muito utilizada para obstruir a passagem de um líquido
ou gás que passa através de tubos flexíveis.
*Tripé de ferro
Usado para sustentar a tela de amianto ou o triângulo de
porcelana.
*Tela de amianto
Usado para sustentar frascos de vidro que vão ao aquecimento,
pois distribuí uniformemente o calor proveniente das chamas do
bico de Bunsen, evitando assim,que se quebrem
*Colher de deflagração
Se utiliza para realizar pequenas combustões de substâncias ou
observar o tipo de chama, reação, etc.
*Bico de Bunsen
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*Espátula
Permite retirar substâncias sólidas de frascos. É confeccionada em
osso, porcelana ou metal.
*Banho Maria
É um dispositivo que permite aquecer substâncias de forma
indireta(banho-maria), ou seja, que não podem ser expostas a fogo
direto.
*Furador de rolhas
É um utensílio que permite produzir orifícios de diferentes
diâmetros em rolhas de cortiça ou de borracha.
*Termômetro
É um instrumento que permite observar a temperatura que vão
alcançando algumas substâncias que estão sendo aquecidas.
*Papel de filtro
Papel poroso, que retém as partículas sólidas, deixando passar
apenas a fase líquida.
1 - Solução coloidal em que a fase dispersora é gasosa e a fase dispersa é sólida ou líquida (tinta, inseticida,
desodorante).
2 - Vermiculite pertence a um grupo de minerais micáceos, silicatos hidratados de composição variada,
originados pela alteração das micas; ao serem aquecidos perdem água, intumescendo e tomando o aspecto de
um verme, sendo muito usado como refratários e material de construção com fim especial.
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- Material de Vidro: Todo cuidado é pouco. Nunca usar vidraria que já estão
quebrados ou trincados.
- Equipamentos: Nem sempre temos que decorar todos os protocolos, assim,
procure realizar as aulas com o manual a mão. Alguns cuidados irão facilitar
seu trabalho quando necessário trabalhar com eletricidade, os mais
importantes são:
1. Desligar após seu uso.
2. Não ligar em locais úmidos
3. Não ligar próximo a reagentes inflamáveis ou corrosivos.
4. Verificar se é necessário fio terra.
5. Caso duvida, procure seu professor.
1. Introdução
2. Objetivos:
Conhecer os componentes do microscópio identificando suas partes
mecânicas e ópticas.
Fazer observações de materiais ao microscópio relacionando as
imagens formadas e os aumentos obtidos com seu funcionamento.
3. Materiais:
Microscópio óptico;
Letras recortadas do jornal;
Lâminas e lamínulas;
Copo com água;
Papel filtro.
4. Procedimentos:
- Montagem das Lâminas com letras: coloque sobre a lâmina uma letra que
você recortou do jornal;
- Coloque esta lâmina sobre a platina do microscópio, de modo a manter a letra
na posição em que é lida por você;
- Focalize a letra, conforme o procedimento descrito anteriormente;
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5. Questionamentos:
5.1. Que diferenças você observou entre a posição das letras a olho nu e
na imagem ao microscópio ótico?
5.2. Nas objetivas de diferentes aumentos, o que você notou quanto ao
tamanho da imagem e quanto à área do campo de observação?
5.3. Por que a lamínula deve estar sempre voltada para cima quando se
observa o material ao microscópio?
5.4. Por que é necessário o uso do óleo de imersão na objetiva de 100X
Materiais:
Lâmpadas incandescentes queimadas ou fora de uso.
Letras recortadas do jornal;
Lâminas e lamínulas;
Copo com água;
Papel filtro.
1. Introdução
Relatar que os componentes químicos da célula podem ser divididos
em:
1) Inorgânicos – água e os sais minerais.
2) Orgânicos- os glicídios, os lipídios, as proteínas, as enzimas, as
vitaminas e os ácidos nucleicos.
Explicando cada um de acordo com os aportes teóricos.
2. Objetivos:
Identificar macromoléculas constituintes das células em batata-inglesa,
laranja e leite em pó.
3. Materiais:
- Experimento 1: batata inglesa, lugol, lâmina, lamínula, bisturi, microscópio
óptico, papel filtro.
- Experimento 2: açúcar, água, reagente de benedict, leite em pó, suco de
laranja, bico de bunsen, tubo de ensaio, grampo de madeira.
- Experimento 3: laranja, bisturi, azul de metileno, vidro de relógio, pincel,
lâmina e lamínula.
4. Procedimentos:
- Experimento 1:
- Cortar uma fatia de batata com bisturi. A espessura deverá ser muito fina.
- Colocar esta fatia em uma lâmina. Pingar 1 a 2 gotas de lugol e deixar corar por 3
min.
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- Cobrir com lamínula e observar nas objetivas de 4x, 10x e 40x. Desenhar
apenas na objetiva de 40x.
- Observar a coloração dos grãos de amiloplasto, morfologia, estrutura
celular (parede celular).
- Experimento 2:
- Numerar tubos de ensaio de 1 a 3.
- Colocar no tubo 1: um grama de açúcar comum, 1 ml de água e 5 gotas de
reagente de benedict.
- Colocar no tubo 2: 1ml de leite em pó já dissolvido em água e 5 gotas de
reagente de benedict.
- Colocar no tubo 3: 1ml de suco de laranja e 5 gotas de reagente de
benedict.
- Acender o bico de bunsen e aquecer os tubos com auxílio do grampo de
madeira até levantar fervura.
- Observar possíveis alterações nas colorações e descrevê-las.
Experimento 3:
- Fazer um corte tangencial na casca da laranja. A espessura do corte
deverá ser fina de tal maneira que possa transpassar a luz que nela incidirá.
- Pingar algumas gotas de ou azul de metileno em um vidro de relógio e
acrescenta a este o corte efetuado na laranja.
- Aguardar aproximadamente 7 minutos.
- Retirar o corte com um pincel e transferi-lo para uma lâmina.
- Cobrir com lamínula e observar nas objetivas de 4x e 10x. Desenhar em
ambas.
5. Questionamentos:
5.1. Como podemos perceber a presença de bolsas de lipídios ao
descascar uma laranja?
5.2. Qual é a importância dos carboidratos, lipídios e proteínas na
composição macromolecular da célula?
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1. Introdução:
2. Objetivos:
Demonstrar a presença da membrana em células vegetais
Observar o comportamento da membrana quanto a sua permeabilidade
seletiva a diferentes substâncias e tratamentos.
3. Materiais:
Epiderme de cebola (Allium cepa);
Tubos de ensaio;
Lâmina, lamínula, bisturi;
Água destilada, NaCl 3.0%;
M.O.C- Microscópio Ótico Composto ou binocular
4. Procedimentos:
2. Materiais
6 potinhos
lamparina
suporte para aquecimento
tela refratária
fósforo
papel absorvente
5 misturadores
béquer de 50 mL
3 colheres de café
copinho graduado
copinho dosador
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3. Procedimentos
- Ordenar os potinhos de 1 a 6.
5. Questionamentos
1. Introdução:
3. Materiais
Pinça
Tesoura
Amostras de tecidos (obter fígado, coração, músculo e cartilagem de um frango
abatido)
Soro fisiológico
Fixador de Bouin
Becker (50 ml)
Proveta graduada de 100 ml.
Lâminas
Lamínulas
4. Procedimentos
- Preparo e Função do Fixador de Bouin:
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- Desidratação:
Passadas as 24hs da amostra no fixador de Bouin, o material deverá ser
desidratado para posterior inclusão, passando pelas seguintes etapas:
- Álcool 70% -------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
- Álcool 95%--------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
- Álcool absoluto---------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
- Diafanização:
Depois do banho em álcool absoluto a peça passará para o xilol, tem como
função retirar o álcool do material para que a parafina penetre na peça.
- Xilol----------------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min. (o
último banho ocorrerá dentro da estufa 70ºC, em recipiente aberto).
- Banhos de Parafina--------------------------------------------- 4 banhos de 30
min.(todos dentro da estufa a 70ºC).
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- Microtomia:
- Após o taqueamento, leve o material para o micrótomo, que é o equipamento
próprio para executar cortes muito finos (cerca de 5-7 micrômetros), através de
uma navalha de aço.
- Os cortes em seguida são colocados em um banho-maria (equipamento
contendo água e gelatina sem sabor) para que os cortes sejam distendidos e
fiquem aderidos na lâmina.
- Os cortes são pescados com uma lâmina e levados ao microscópio para
verificar se há formação de bolhas, sujeiras, etc. Coloque essas lâminas na
estufa por 24 horas, no mínimo.
- Coloração:
O material é corado para evidenciar os diferentes componentes celulares. A
hematoxilina cora de azul ou violeta o núcleo e outras estruturas ácidas e a
eosina cora o citoplasma em cor-de-rosa. Antes da coloração o material deverá
passar pelas seguintes etapas:
- Desparafinização:
Após 24 horas na estufa as lâminas serão colocadas em um suporte (cesta) e
mergulhadas em xilol por 10 min, novamente em outro recipiente contendo xilol
por mais 5 min.
- Hidratação:
- Neste momento as lâminas serão mergulhadas, em soluções de: 1. Álcool
absoluto (5 min.); 2. Outro Álcool absoluto (5 min.); 3. Álcool 95% (5 min.); 4.
Álcool 70% (5 min.); 5. Água destilada (5 min.).
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- Montagem
Depois da coloração o material deverá ser protegido. Coloca-se uma gota de
bálsamo na lamínula e em seguida a lâmina sobre ela, guarde na estufa, a
25ºC, onde ficará por aproximadamente 30 dias até a secagem do bálsamo.
5. Questionamentos
As fotografias abaixo (Figura 6: ) caracterizam uma célula animal. Compare
com as lâminas preparadas e diga:
a) Qual a função da análise de um material na forma de lâminas permanentes?
b) Quais as etapas para confecção de uma lâmina permanente?
c) Quais as características principais de uma célula animal?
d) Quais as possíveis localizações e quantidades de núcleo na célula animal?
e) Quais as formas uma célula animal pode apresentar?
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1. Introdução:
Em uma célula vegetal, além da membrana plasmática, encontra-se a
parede celular. Essa é constituída basicamente por celulose, é espessa,
resistente, dá sustentação e proteção mecânica à célula.
O vacúolo é uma estrutura que pode ocupar até 95% do volume de uma célula
madura, é revestido por uma membrana lipoprotéica, tem a função de
armazenar água e outras substâncias, participa do controle das trocas de água
entre a célula e o meio extracelular e é o responsável pela pressão osmótica da
célula.
Uma outra característica da célula vegetal é a presença de plasto, sendo
que os cloroplastos têm um papel fisiológico mais expressivo. Neles estão
localizados pigmentos, enzimas e coenzimas, responsáveis pela formação dos
compostos orgânicos.
Os cloroplastos, em algumas células, evidenciam o movimento do hialoplasma,
a ciclose.
2. Objetivos
Observar os seguintes itens:
Parede celulósica,
Vacúolo e
Cloroplasto
3. Materiais
lâmina
lamínula
água
folhas de Tradescantia sp
microscópio
conta gotas
pipeta
folhas de Elodea sp
4. Procedimentos
- Observação da epiderme inferior da Tradescantia sp
- Com cuidado retire a epiderme inferior da folha de Tradescantia sp.
- Coloque a epiderme de Tradescantia sp sobre uma lâmina de vidro, com
algumas gotas de água e cubra com uma lamínula.
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5. Questionamentos
As Figuras 7 e 8 trazem ilustrações deste experimento. Veja, compare com as
lâminas produzidas em sala de aula e diga:
5.1. Entre uma célula vegetal e uma célula animal há muita semelhança, mas
também apresentam características que lhes são peculiares. Cite três
estruturas presentes em uma célula vegetal, que não têm em uma célula
animal.
1. Introdução:
A membrana plasmática é considerada semipermeável, pois permite a
passagem do solvente e impede ou dificulta a passagem de certos solutos
(material dissolvido), sendo este processo denominado de permeabilidade
seletiva.
A passagem do solvente ou do soluto pode ocorrer tanto no sentido de
fora para dentro, como de dentro para fora da célula. O processo de passagem
de moléculas de água através da membrana no sentido da solução menos
concentrada para mais concentrada é denominado osmose. É um processo
físico importante na sobrevivência das células, ajuda a controlar o gradiente de
concentração de sais em todas as células vivas. É também um processo
passivo de transporte de água da membrana celular, ou seja, processo
realizado sem gasto de energia pela célula.
Quando uma célula é colocada num meio hipertônico, mais concentrado em
soluto em relação ao seu citoplasma, esta perde água e como conseqüência há
uma diminuição do volume celular, no caso de uma célula vegetal o volume
celular não é alterado, devido a presença da parede celulósica, o vacúolo é que
sofrerá alteração de volume perdendo água, estado de plasmólise. Porém,
quando colocada em meio hipotônico, menos concentrado em soluto, a célula
aumenta de volume, no caso da célula vegetal, o vacúolo é que tem seu
volume aumentado, de plasmólise.
2. Objetivos
3. Materiais
lâmina
lamínula
água
solução salina de NaCl a 3%
folhas de Tradescantia sp
microscópio
pipeta
conta gotas
4. Procedimentos
- Com cuidado retire a epiderme inferior da folha de Tradescantia sp.
- Coloque a epiderme de Tradescantia sp sobre uma lâmina de vidro, com
algumas gotas de água e cubra-a com a uma lamínula.
- Leve ao microscópio e anote suas observações.
- Após anotar as observações, retire a lamínula com cuidado e coloque
algumas gotas de solução salina sobre a mesma epiderme já observada, leve
novamente ao microscópio para observar.
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5. Questionamentos
Veja o que acontece com a epiderme colocada na água (Figura 9) e a
epiderme colocada na água com a solução salina (Figura 10) e responda:
Figura 10: Lâmina com epiderme de Elodea sp. submersa em água + solução salina
Plasmólise.Fonte: Renzi et tal.
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1. Introdução:
Há um constante movimento do citoplasma em células vegetais vivas
observadas ao microscópio, denominado ciclose. A ciclose aumenta a troca de
materiais entre organelas e entre células. Graças a este movimento, as células
vegetais são capazes de aproveitar melhor a quantidade de luz que recebem,
espalhando os seus cloroplastos uniformemente no citoplasma, quando há
pouca luz, agrupando-os, quando há excesso de luz.
2. Objetivos
Observar o movimento do hialoplasma em célula vegetal (ciclose).
3. Materiais
Lâmina
Lamínula
Água
Folhas de Elodea sp
Microscópio
Conta gotas
4. Procedimentos
- Retirar uma folha de Elodea sp colocar na lâmina de vidro, pingar com o
conta-gotas algumas gotas de água, cobrir com a lamínula e levar ao
microscópio.
- Observar no aumento de 20X, 40X e 100X.
5. Questionamentos
Figura 11: Lâmina com epiderme de Elodea sp. submersa em água. Fonte: Renzi et tal
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1. Introdução:
As células animais, assim como as vegetais, também possuem
movimento. Temos como exemplo os melanóforos, que são células animais
que possuem um grande número de prolongamentos citoplasmáticos, e
apresentam no seu interior o pigmento melanina.
A mudança na coloração de muitos peixes está relacionada à migração de
pigmentos dos prolongamentos citoplasmáticos celulares da periferia em
direção ao núcleo. Essas mudanças de cor são desencadeadas por fatores
ambientais (temperatura, pH e salinidade da água, período do dia,
luminosidade etc.), fisiológicos (doenças, estresse e estado nutricional) e
comportamentais (período reprodutivo e posição hierárquica).
2. Objetivos
Observar os melanóforos quanto a sua forma e a presença do pigmento
melanina.
3. Materiais
Lâmina
Lamínula
Água
Peixe de escamas
Microscópio
Conta gotas
5. Questionamentos
5.1. Qual movimento que a célula vegetal realiza para distribuir nutrientes e
organelas?
5.2. Descreva com suas palavras o que mais chamou sua atenção na prática
apresentada.
5.3. O que pode interferir na migração dos pigmentos nos melanóforos?
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Figura 12: Melanóforos presentes em uma lâmina preparada com escama de peixe.
Fonte: Renzi et tal
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1. Introdução:
A divisão celular é de grande importância para o crescimento celular e
reparação de tecidos. Como é cíclica, é chamada de ciclo celular e está
dividida em: Intérfase e Mitose. A maior parte da vida da célula é representada
pela intérfase, período representado entre uma divisão celular e outra. A célula
em intérfase encontra-se em sua maior atividade metabólica, nela são
evidentes a membrana o citoplasma e o núcleo. As células diferenciadas
apresentam um índice mitótico muito baixo ou nulo enquanto que as células
meristemáticas (indiferenciadas) apresentam um alto índice mitótico.
A Mitose é uma fase contínua, mas para efeitos de estudos está dividida em
quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Na prófase inicia-se o
processo de espiralização dos cromossomos, formação das fibras do fuso, o
desaparecimento do nucléolo e o rompimento da membrana nuclear, na
metáfase os cromossomos no seu grau máximo de espiralização se encontram
na região equatorial da célula. A anáfase os cromossomos-irmãos migram para
os pólos da célula puxados pelas fibras do fuso. Na telófase os cromossomos
atingem os pólos da célula, ocorre o reaparecimento do núcleo e da carioteca,
e os cromossomos começam o processo de desespiralização, formando assim
duas células.
Nesta atividade serão observadas células vegetais em diferentes estágios de
divisões celulares conhecidas como Mitose.
2. Objetivos
3.Materiais
Gilete
Corante orceína acética 2%
Acido acético 50%
Becker
4. Procedimentos
- Técnica de Obtenção das raízes de cebola:
- Para obter as raízes meristemáticas de cebola, coloca-se um cebola sobre um
béquer com água, apenas com o caule em contato com a água, para que as
raízes cresçam;
- Após 3 a 4 dias as raízes terão crescido de 1 a 2 centímetros, e estarão
prontas para serem cortadas.
- Em seguida, são colocadas no fixador etanol: ácido acético na proporção 3:1
por 12- 24 horas; o fixador é utilizado para matar as células sem alterar sua
estrutura celular.
- Depois desse tempo será transferido para a solução de álcool 70% e
armazenado em geladeira, para sua conservação e posterior utilização.
- Preparo da Lâmina:
- Retire com o uso da pinça três raízes de cebola do frasco com álcool 70% -
_Coloque-as no vidro de relógio com acido acético 50%, por 5 min, para
hidrolisar a camada de pectina existentes nas paredes celulósicas.
- Retire as raízes do ácido acético 50% e coloque sobre a lâmina de vidro com
algumas gotas de orceína acética, aqueça a lâmina na lamparina sem deixar
ferver por alguns minutos.
- Cubra com a lamínula, envolva em papel de filtro dobrado e aperte com o
polegar contra a lamínula para que as raízes fiquem bem esmagadas, para
melhor observação ao microscópio óptico das células.
- Leve ao microscópio e observar nas objetivas de 4X, 10X, 40X e 100X. E
anotar todas as observações.
5. Questionamentos
Analise as fotografias obtidas ao Microscópio Ótico (Figura 13 e 14), do tecido
da extremidade da raiz da cebola, e responda as questões abaixo:
5.1. Dê o nome das fases da mitose apresentadas acima de acordo com seu
número (Figura 14).
5.2. Organize as fases da mitose representadas acima na seqüência correta;
5.3. Descreva os principais eventos de cada fase.
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Figura 14: Ilustrações das lâminas de tecido vegetal, com detalhes das etapas
de divisão celular para serem preenchidas pelos alunos.
Fonte: Renzi et tal
58
REFERÊNCIAS
- ALBERTS, Bruce; Bray, O.; Johnson A.; Lewis,. J. ; Raff, M.; Roberts, K. &
Walter. 2006 Fundamentos da Biologia Celular. 2a Edição. Ed. Artmed..
- LOPES, Sônia; ROSSO, Sergio. 2005. Biologia vol. Único. Ed. Saraiva.
- JÚNIOR, César da Silva; SASSON, Sezar. Biologia vol. 2. Ed. Saraiva 2005.
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