Desenvolvimento - REDES SOCIAIS E A SAÚDE MENTAL DOS JOVENS
Desenvolvimento - REDES SOCIAIS E A SAÚDE MENTAL DOS JOVENS
Desenvolvimento - REDES SOCIAIS E A SAÚDE MENTAL DOS JOVENS
As redes sociais são espaços virtuais que permitem relações e interações entre
pessoas e organizações, além de disponibilizar diversos conteúdos e, segundo
Marteleto (2001) é um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e
recursos em torno de valores e interesses compartilhados. Sendo assim, se
tornaram um local, onde qualquer pessoa pode postar ou acessar o que quiser e na
hora que achar melhor, seja algo que impacte os outros positivamente ou
negativamente, se tornando cada vez mais presentes na vida dos jovens estando
sempre inclusas nas atividades diárias, para ficar por dentro do que acontece, para
ver conteúdos extrovertidos ou apenas para não ficar um dia sem postar. Acessar as
redes se tornou algo tão natural, que se tornou uma ação necessária no dia de
muitos e que impacta diretamente na produtividade e bem estar, podendo até se
tornar prejudicial.
Evidentemente, o uso deliberado dessas redes vem causando riscos à saúde mental
dos jovens, visto que, estar bem mentalmente implica à forma como o indivíduo
reage às situações da vida, ao estresse, aos estudos e sua produtividade e ao modo
como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções, ou seja,
ao cotidiano. Dessa forma, por ser determinada por uma série de fatores, sejam eles
socioeconômicos, profissionais, biológicos ou ambientais estando nas redes sociais
diariamente, estão expostos a conteúdos não agradáveis, que podem gerar
comparação, pressão, ansiedade, constrangimento isolamento e muitos outros
sentimentos ruins que desencadeiam reações de compulsão e revolta. Uma
instituição de saúde pública do Reino Unido, a Royal Society for Public Health
(RSPH), realizou um estudo onde foi apontado que as redes sociais provocam
efeitos positivos ou nocivos à saúde humana, dependendo de como são utilizadas.
Devido a esses padrões, muitos usuários têm a impressão de que a vida de todos os
outros é fantástica (devido às postagens) e por não compartilhar do mesmo estilo de
vida afortunado sente-se mal, podendo ajudar no desenvolvimento da ansiedade, a
partir da criação de um confronto com a suposta plenitude das outras pessoas
observadas. Quem não recebia uma quantidade aceitável de curtidas questiona-se
sobre o que poderia estar errado com ele, estão estagnados ou que não
conquistaram a vida dos sonhos. Estes estímulos ruins se tornam pesos para a
mente e então o indivíduo começa a se questionar sobre o mundo e a sociedade,
criando uma ansiedade sobre o próprio futuro e o do mundo todo. As incessantes
notícias negativas e comentários desagradáveis também podem deixá-lo nervoso e,
por muitas vezes, o cérebro é incapaz de digerir todas as informações recebidas
durante o dia.
Esta prática tem muitos impactos negativos na saúde mental da vítima, entre eles
temos a fobia social, redução de autoestima, prejuízo aos relacionamentos
interpessoais e à alimentação, ansiedade e depressão, transtorno de pânico e nos
casos mais graves — suicídio.
Por este motivo, é importante estar sempre atento, principalmente aos adolescentes,
e criar conversas onde se sintam seguros para desabafar sobre situações que vem
passando.
Desta forma, é possível intervir na situação e ajudar para que a vida da vítima não
seja impactada drasticamente.
Assim, os usuários deixaram de ver quantos coraçõezinhos uma foto recebeu. Isso
aconteceu porque as pessoas davam muito valor à quantidade de curtidas que
suas fotografias recebiam e o compartilhamento de fotos facilmente se
transformava em uma competição silenciosa pela validação de terceiros.
As fotos da felicidade e das conquistas alheias, as quais geralmente esbanjavam
fortuna, estavam afetando a saúde mental dos usuários.
“Tem sido muito recorrente ver meninas entre 14 e 16 anos que se encontram
frustradas por se sentirem insatisfeitas com seu corpo e aparência”.
A médica ainda ressalta que é comum atender pacientes jovens que utilizam fotos e
vídeos dessas redes como referência estética, se comparando excessivamente com
a imagem de pessoas que utilizam filtros e se mostram sempre impecáveis.
Isso tem gerado um grande abismo entre os corpos que são postados e a realidade
que é vista através do espelho.
A médica ainda ressalta que essa doença quando não é olhada com atenção pode
causar prejuízos ainda maiores, levando as pessoas a desenvolverem depressão,
comportamento impulsivo e pensamentos intrusivos e indesejados.
Além de trabalhar constantemente a mente, lembrando que o que vemos nas redes
sociais é irreal, repleto de filtros e alterações e difere completamente da vida real.