Trabalho de Agropecuaria

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ESCOLA SECUNDARIA 25 DE

SETEMBRO

TRABALHO DE AGROPECUÁRIA

Tema: Agricultura Orgânica

Quelimane, 7 de Marco de 2023


ESCOLA SECUNDARIA 25 DE
SETEMBRO

Tema: Agricultura Orgânica

Discente: Docente:
Arcélia Gordinho Ribeiro
Timoteo Jose Rui
Turma: E Grupo B
C/D 12a. Classe

Quelimane, 7 de Marco de 2023


Índice

Introdução...................................................................................................................................3

Introdução ao estudo da agricultura orgânica (ou sistema orgânico de cultivo).........................4

Generalidades..............................................................................................................................4

Breve historial da agricultura orgânica.......................................................................................4

Agricultura Orgânica..................................................................................................................4

Importância social e económica da agricultura orgânica............................................................5

Objectivos da Agricultura Orgânica...........................................................................................5

Produto orgânico saudável..........................................................................................................6

Métodos da Agricultura Orgânica Aplicados no Cultivo e Processamento................................7

Agricultura orgânica e biológica, baseadas nas observações......................................................7

Fertilização e Manutenção do Solo na agricultura Orgânica......................................................8

Manutenção do Solo na Agricultura Orgânica............................................................................8

Medidas de Controlo Fitossanitário na Agricultura Orgânica....................................................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Referência bibliográfica............................................................................................................12
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Introdução

O presente trabalho aborda sobre a agricultura orgânica que é um sistema de produção


que exclui o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e produtos reguladores do
crescimento, tendo como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde,
compostagem e controlo cultural, mecânico, físico e biológico de pragas e doenças. Este
trabalho abordara sobre estudo da agricultura orgânica, métodos da agricultura orgânica
aplicado ao cultivo de culturas agrícolas, fertilização e manutenção do solo da agricultura
orgânica e medidas de controlo fitossanitários. A seguir esta desenvolvido de uma forma
detalhada e organizada os tópicos sobre a agricultura orgânica
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Introdução ao estudo da agricultura orgânica (ou sistema orgânico de cultivo)

A agricultura biológica é o conjunto de técnicas de cultura e de métodos de criação de


animais, cujo objectivo é preservar a qualidade biológica dos produtos agrícolas e respeitar o
equilíbrio natural. Baseia-se na busca de espécies resistentes, com fertilização basicamente
orgânica, maneio do solo não agressivo e uso de biocidas naturais. A agricultura orgânica é o
cultivo agrícola sem uso de agentes químicos sintéticos. A agricultura sustentável é o método
agrícola que incorpora técnicas de conservação do solo e de energia, maneio integrado de
pragas e consumo mínimo de recursos ambientais e insumos, para evitar a degradação do
ambiente e assegurar a qualidade dos alimentos produzidos.

Generalidades

A agricultura orgânica é também designada biológica e, geralmente, adere aos princípios de


sustentabilidade, onde sua base é holistica e põe ênfase no solo. Este sistema pressupõe a
manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar as suas propriedades, por
meio de produtos químicos e sintéticos. A agricultura orgânica é um sistema de produção que
exclui o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e produtos reguladores do crescimento,
tendo como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde,
compostagem e controlo cultural, mecânico, físico e biológico de pragas e doenças.

Os maiores avanços têm sido na identificação de cultivares adaptados a sistemas orgânicos de


produção, no desenvolvimento de substratos apropriados para a produção de mudas, na
adequação do uso de leguminosas para adubação verde, de modo a maximizar o
aproveitamento do nitrogénio fixado biologicamente, e no ajuste da técnica de plantio directo
em sistemas orgânicos de produção de hortaliças, frutas e integração com produção de leite.

Breve historial da agricultura orgânica

Agricultura Orgânica

A história da agricultura orgânica é antiga. Começa no século XIX e tem sido desenvolvida
nos dias de hoje. Até aos meados deste século, o descanso da terra e a utilização de esterco
eram as únicas receitas conhecidas para a recuperação das áreas agrícolas: eram as maneiras
que os agricultores utilizavam para reciclar o solo. Foi quando um pesquisador alemão, Justus
von Liebg, descobriu o efeito do fertilizante do nitrogénio sobre as plantas, depois do potássio
e do fósforo, e de mais alguns micronutrientes. Foi uma revolução sem precedentes. Num
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terreno «cansado», uns poucos quilos de adubos químicos podiam fazer aquilo que o descanso
levaria anos para conseguir ou que exigiria toneladas de esterco ou de esforço humano. Mas
nem todos concordaram com os novos métodos.

Alguns sectores científicos rejeitaram a utilização dos adubos químicos, formando grupos de
agricultura orgânica que temos até hoje. Na primeira metade do século XX, surgiram
pesquisadores, propondo métodos e práticas para o incremento da fertilidade dos solos de
forma orgânica, rejeitando a utilização desses novos adubos químicos, que estavam sendo
utilizados. Seus trabalhos tiveram bons resultados. Criaram-se centros, desenvolvendo a
fundamentação cientifica que abarca as práticas actuais da agricultura orgânica. Grandes
vertentes de pensamento formaram-se: a da agricultura biodinàmica, a biológica, a orgânica, a
natural. Todas reúnem-se hoje, formando um só movimento, a agricultura orgânica.

Importância social e económica da agricultura orgânica

O movimento orgânico cresce em todo o mundo. Nos EUA é grande o número da população
que utiliza a produção orgânica, isto é, pessoas que optaram por produzir em casa os vegetais
que consomem para garantir a isenção de agrotóxicos. O princípio da produção orgânica é o
estabelecimento do equilíbrio da Natureza utilizando métodos naturais de adubação e de
controlo de pragas. O conceito de alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola,
estende-se também à pecuária em que o gado deve ser criado sem medicamentos ou
hormonas, bem como ao processamento de todos os seus produtos: alimentos orgânicos
industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais como os
corantes e aromantizantes artificials. Pode-se resumir a sua essência filosófica no desprezo
absoluto por tudo que tenha origem na indústria química. Todas as demais industrias (por
exemplo, a mecânica, a energética e a logistica), são admissíveis.

Objectivos da Agricultura Orgânica

 Proporcionar aos pequenos agricultores e proprietários de terra, conhecimentos e


métodos de agricultura orgânica através de experiências práticas;
 Prestar assessoria técnica na produção e comercialização, realizando reuniões e visitas
periódicas aos agricultores interessados, orientando-os e discutindo os aspectos
relacionados com a produção, organização e planeamento da propriedade;
 Ampliar experiências de agricultura orgânica, diversificando as culturas, introduzindo
diferentes tipos de adubos verdes e espécies para uso agro-florestal;
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 Promover o conhecimento e incentivar o debate entre os agricultores e proprietários de


terra sobre os problemas e consequências da utilização da agricultura químico-
industrial, estimulando o trabalho em grupo e o associativismo, na busca do
planeamento, organização e administração das propriedades rurais, com base nos
princípios e práticas da agricultura orgânica e agrossilvicultura, enfatizando os
princípios de conservação e valorização dos recursos naturais renováveis;
 Levar conhecimentos, técnicas e noções de agricultura sustentável aos proprietários de
terra e técnicos, e disponibilizar aos grupos de agricultores orgânicos modelos de
estatuto de cooperativas e associações, para que possam discutir e decidir o modelo
associativo a ser adoptado.

Produto orgânico saudável

O produto orgânico é cultivado sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. É um produto


limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da Natureza e todo
o maneio agrícola, baseado no respeito pelo Melo ambiente e na preservação dos recursos
naturais.

O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos que são reintegrados no solo, como
restos de verduras, folhas, etc. são devolvidos aos campos para que sejam decompostos e
transformados em nutrientes para as plantas. Essa fertilização terá activará a vida no solo: os
microorganismos além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas,
tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura
orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte
para a planta, o solo será sua fonte de nutrição.

A rotação de culturas é utilizada como forma de preservar a fertilidade do solo e o equilibrio


de nutrientes. Contribui também para o controlo de pragas, pois o cultivo das mesmas
culturas, nas mesmas áreas, podería resultar no aparecimento de doenças e infestantes. As
monoculturas são evitadas A diversidade é factor que traz estabilidade ao agrossistema, pois
implica o aumento de espécies e a interacção entre os diversos organismos.
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Métodos da Agricultura Orgânica Aplicados no Cultivo e Processamento

O nome agricultura orgânica não colhe unanimidade, nem parece ter um significado
etimológica mente correcto, mas tornou-se reconhecida como sinónimo de agricultura mais
perto da Natureza. Não se refere a um único método de agricultura.

Agricultura orgânica e biológica, baseadas nas observações

O princípio de sua teoria é que a sanidade vegetal depende do húmus do solo, que se produz
na presença dos microorganismos. Esta é o sistema de maneio sustentável da unidade de
produção. Aplica os conhecimentos da ecologia no maneio da unidade de produção, baseada
numa visão holistica, sendo que esta unidade é tratada como um organismo integrado com a
flora e a fauna. Portanto, é muito mais do que uma troca de insumos quimicos por insumos
orgânicos, biológicos e ecológicos; privilegia o uso eficiente dos recursos naturais, não
renováveis, aliado ao melhor aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos processos
biológicos, à manutenção da biodiversidade, à preservação ambiental, ao desenvolvimento
económico, bem como à qualidade de vida humana. A agricultura orgânica fundamenta-se em
princípios agroecológicos e de conservação de recursos naturais.

O primeiro (e principal deles), é o do respeito à Natureza. O agricultor deve ter em mente que
a dependência de recursos não renováveis e as próprias limitações da Natureza devem ser
reconheci das, sendo a reciclagem de resíduos orgânicos de grande importância no processo.
O segundo princípio é o da consorciação de culturas que propicia uma maior abundância e
diversidade de inimigos naturais. Estes tendem a ser polifagos, e beneficiam-se da existência
de maior número de hospedeiros e presas alternativas em ambientes heterogéneas.

A biodiversidade é, por conseguinte, um elemento-chave da sustentabilidade. Outro princípio


básico muito importante da agricultura orgânica é o de que o solo é um organismo vivo.
Desse modo o maneio do solo privilegia práticas que garantem um fornecimento constante de
matéria orgânica, através do uso de adubos verdes, cobertura morta e aplicação de composto
orgânico, que são métodos indispensáveis para estimular os componentes vivos e favorecer os
processos biológicos fundamentais para a construção da fertilidade do solo no sentido mais
amplo.

O outro método é o da independência dos sistemas de produção em relação a insumos agro-


industriais adquiridos e altamente dependentes de energia fóssil. Na agricultura orgânica os
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processos biológicos substituem os insumos tecnológicos. Por exemplo, as práticas de


monocultura apoiadas no uso intensivo de fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos da
agricultura convencional são substituídas, na agricultura orgânica, pela rotação de culturas,
diversificação, uso de bordaduras, entre outras práticas.

Fertilização e Manutenção do Solo na agricultura Orgânica

A fertilidade do solo é ditada pelos microorganismos que nele se encontram, sobretudo os


decompositores que vão garantir a reciclagem dos nutrientes no solo e um bom desempenho
das culturas Para a protecção do solo é feita uma preparação de mínima lavoura, isto é,
revolvê-lo o menos possível e de maneira adequada, para não ocorrer perda do solo por
erosão, caem as chuvas e não penetram no solo como seria o normal, mas escorrem em
enxurradas, removendo a terra. Também será tomado em conta mantê-lo sempre protegido do
sol e da chuva

Manutenção do Solo na Agricultura Orgânica

o Para melhor manutenção do solo deve-se obedecer aos seguintes critérios:


o Uso de variedades adaptadas às condições locais de temperatura, chuvas, altitude e
solo. As plantas vão crescer naturalmente mais fortes e vigorosas.
o Utilização de culturas resistentes a pragas e doenças.
o Fazer a consociação de culturas, permitindo que o solo fique mais protegido e ocorra
um controlo natural de pragas, pois uma área muito grande, com apenas um tipo de
cultura, acaba estimulando o aumento da população de insectos que vivem dessa
cultura.
o Fazer a rotação de culturas, isto é, não plantar sempre a mesma no mesmo lugar, e não
deixar os solos vazios, expostos ao sol e à chuva. Essa prática vai controlar as pragas,
proteger os solos e os seus nutrientes serão melhor aproveitados.
o A consociação, contribui para a controlo da erosão, pois mantém o solo coberto.
Muitas espécies de plantas também podem ser associadas entre si, pois favorecem-se
mutuamente: -As espécies que produzem muita sombra podem ser associadas aquelas
que melhor se desenvolvem na sombra, como por exemplo: tomate e salsa. Raizes
profundas com raizes superficiais, como por exemplo: cenoura e alface.

Estas técnicas contribuem para um solo saudável, uma produção sadia e previnem o
aparecimento de infestantes. O uso de adubação orgânica, e nunca química, é uma das formas
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de manter o solo pois, podem ser utilizados estercos, adubos verdes, restos culturais,
compostagem, biofertilizantes, pós de rochas, etc. Trata-se de fornecer à planta adubação
equilibrada, contendo todos os elementos que ela exige: porém, nas proporções adequadas às
suas necessidades efectivas. Tanto o excesso como a carência de um ou mais elementos
rompe a equilíbrio fisiológico normal da planta, levando ao processo de diminuição da sua
resistência natural. Esses materiais também servirão para alimentar o microclima do solo,
muito benéfica para as plantas, mantendo-o sempre fresco e protegido.

Medidas de Controlo Fitossanitário na Agricultura Orgânica

A conservação de faixas de vegetação nativa entre os canteiros auxilia no controlo de pragas.


Servem de refúgio para diversos insectos benéficos que se alimentam de fungos ou
organismos que, sem serem seus inimigos naturais, poderiam aniquilar a plantação. A fauna
silvestre è preservada; e a diversidade é essencial para o equilíbrio de várias espécies.

Infestações ocasionais podem ser tratadas com caldas, criação e soltura de inimigos naturais,
armadilhas, catação manual e outros. Essas técnicas contribuem para um solo saudável, uma
produção sadia e previnem o aparecimento de infestações. A auto-suficiência em nitrogénio é
feita pelo uso de leguminosas e inoculações com bactérias fixadoras de nitrogénio, e com a
reciclagem de materiais orgânicos provenientes de resíduos vegetais e estercos animais. O
controlo de doenças, pragas e infestantes pode ser feito pela rotação de culturas, inimigos
naturais, diversidade genética, variedades resistentes, adubação orgânica, intervenções
biológicas, extractos de plantas e caldas elaboradas com componentes naturais.

Um bom controlo fitossanitário condiciona o bem estar das espécies exploradas na criação
animal, através de nutrição, tratamento fitossanitário e condições de vida que respeitem suas
características, bem como também condiciona a atenção especial ao impacto do sistema
produtivo sobre o meio ambiente, protegendo a flora e a fauna existentes. Podemos resumir
no seguinte:

Métodos mecânicos, físicos ou culturais: tratamento térmico (calor ou frio); irradiação de


sementes: controlo ou roçagem das infestantes: podas em espécies perenes; consociação ou
intercalação de cultivos: barreiras vegetais: sistemas agroflorestais ou agrossilvopastoris;
rotação de culturas; incineração dos resíduos após a colheita: cultivo em ambientes protegidos
(casas de vegetação, estufas); etc;
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Melhoramento genético de plantas em busca de resistência a pragas ou doenças: método


convencional e técnicas de manipulação genética (da qual resultam organismos geneticamente
modificados ou transgénicos);

Controlo biológico de pragas: consiste na utilização de organismos que actuam como


inimigos naturais (predador, parasita ou patógeno) daqueles considerados pragas das lavouras,
no controlo de sua população. O controlo biológico pode ser natural ou aplicado.

O controlo biológico natural envolve as acções combinadas (factores bióticos e abióticos) de


todo o meio ambiente na manutenção das densidades caracteristicas da população, ou seja, o
equilibrio natural. O controlo biológico aplicado envolve a interferência do Homem e
funciona no sentido de Incrementar as interacções antagónicas que ocorrem entre os seres
vivos na Natureza.

Tratamento quimico de plantas e partes de plantas: este parece constituir o método de


controlo mais difundido
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Conclusão
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Referência bibliográfica

JONASSE, Celeste Florência. Agropecuária 12ª. Classe. 1ª. Edição. Texto editores Lda-
Mocambique. 2014.

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