TIN-Patologias Comuns em Habitações de Interesse Social e Autoconstruções
TIN-Patologias Comuns em Habitações de Interesse Social e Autoconstruções
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO pagina 04
DESENVOLVIMENTO pagina 05
CONCLUSÃO pagina 13
REFERÊNCIAS pagina 15
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INTRODUÇÃO:
Nesse primeiro bimestre de 2019/2, foram cursado os módulos de Fundações e
Patologia das Edificações, com o professor Mateus Martins e o estúdio Cidade:
Construções Coletivas I, com a professora Lívia Muchinelli. Neste contexto, é de crucial
importância fazer uma pesquisa relacionando o tema abordado do estúdio com o do módulo
de Patologias das Construções, uma vez que se constata uma baixa eficiência e um
número elevado de patologias nas construções de habitações de interesse social e nas
autoconstruções. Ora, é evidente como a falta de assistência técnica, e de outros fatores,
como os que serão apontados a seguir contribuem para as recorrentes patologias
presentes nestes tipos de edificações.
Diante disso, como diz Ferreira Neto (2018), é fato que o Brasil vem buscando
gradativamente construir edificações voltadas para as mais variadas classes sociais, e as
ocorrências de manifestações patológicas nas habitações de interesse social tem se
tornado recorrente, mesmo com a evolução das tecnologias utilizadas na construção civil.
Além de comprometer o desempenho, a estabilidade e a funcionalidade da edificação, as
anomalias construtivas consomem recursos financeiros em reparações que poderiam ser
evitadas. Percebo que isso ocorre devido ao interesse financeiro das construtoras de
construirem mais habitações com um menor custo de investimento.
A busca por um aceleramento nas construções dos conjuntos habitacionais,
associadas a condições de investimento, a ausência de planejamento, entre outros fatores
construtivos, tem gerado uma série de consequências graves relacionadas à incidência de
inúmeras causas de manifestações patológicas nas edificações, gerando aos moradores e
proprietários insatisfação e desconforto habitacional. (ZUCHETTI, 2015)
O estudo das falhas construtivas é feito pela ciência denominada Patologia das
Construções (CREA & IBAPE, 1998). Apesar das diversas tecnologias já desenvolvidas
para combater as patologias nas construções, ainda hoje a construção civil sofre com esta
problemática, principalmente em edifícios recém-construídos. De acordo com alguns
levantamentos, através de vídeos e reportagens, observou-se que os problemas mais
recorrentes nessas habitações são: rachaduras, infiltrações, falha nas instalações
hidráulicas e elétricas, etc. A maioria das casas não têm esgotos nem sistemas de
drenagem adequados, ocasionando a inundação das casas e do entorno, trazendo danos e
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desconforto aos moradores, que na maioria das vezes não tem condições de recuperar o
imóvel. (PINA, 2013)
Moradia digna é um direito social assegurado pela Constituição brasileira. Portanto,
cabe ao Estado garantir o bem-estar de todos os cidadãos e, no tocante à questão
habitacional, deve promover políticas públicas capazes de corrigir progressivamente os
déficits e as inadequações herdadas do processo de produção das cidades brasileiras
(SOUZA, 1991, p.1). Porém, não é o que acontece no Brasil, percebemos nitidamente,
como os direitos que seria para todos são, apenas, para alguns.
A problemática da habitação está relacionada à consideração dos seguintes
parâmetros: quantidade, qualidade, custo e durabilidade. A quantidade diz respeito ao
déficit habitacional, a qualidade abrange outros conceitos como desempenho e
construtibilidade, além de estar diretamente relacionado com custo e durabilidade. (LIMA,
2005, P.12) As condições em que as habitações do país se encontram não são boas, dado
que elas apresentam vários tipos de patologias, que geram a falta de conforto e de
segurança das famílias.
DESENVOLVIMENTO:
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A presença da umidade da edificação pode ser por diversos fatores, tais como: trazidas por
capilaridade (Fig. 05),, por chuvas (Fig. 06), por vazamentos de redes hidráulicos
hidrá (Fig. 07) e
por condensação
ondensação (Fig. 08).
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diferentes podem ter as mesmas características físicas fazendo com que uma patologia
acabe encobrindo outra.
Portanto pode-se concluir que há uma grande necessidade pela busca da qualidade
na construção civil. É necessário entender que para uma estrutura alcançar um nível
satisfatório de durabilidade sem manifestações patológicas, todas as áreas envolvidas no
processo devem estar em harmonia como: a mão de obra de execução e os projetistas, os
conhecimentos necessários para a realização do projeto, os materiais utilizados, como da
análise do solo e do ambiente no qual se deseja construir. Nada adiantaria um bom quadro
de colaboradores na área da execução se os materiais utilizados forem de baixa qualidade
ou de procedência duvidosa. Para se evitar manifestações patológicas, todos os aspectos
necessários para a execução de um projeto devem andar juntos e possuir um padrão
mínimo de aceitação e de acordo com normas especificas.
Definitivamente, não são só as construções de novas unidades habitacionais que
resolvem o problema da moradia no Brasil, e sim, juntamente com a valorização e
urbanização de áreas já ocupadas e fazer juz a Lei de Assistência Técnica de 2008, em
obras de todas as classes sociais, principalmente nas mais fragilizadas, onde ocorre um
maior número de autoconstruções. A assistência técnica, a regularização fundiária, a vinda
de aparelhos urbanos básicos, como água, esgoto, iluminação publica e transporte público,
também farão a diferença.
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REFERÊNCIAS:
PINA, Gregório Lobo de. PATOLOGIA NAS HABITAÇÕES POPULARES. 2013. Projeto
de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://www.monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10006577.pdf>. Acesso em: 02
out. 2019.
CORSINI, R. Trinca ou fissura?. São Paulo: Téchne. 160, p., jul. de 2010. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/160/trinca-ou-fissura-como-se-originam-quais-o
s-tipos-285488-1.aspx>. Acesso em 06 nov. 2016.
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CREA SP, IBAPE SP, Manual do Proprietário – A saúde dos Edifícios, São Paulo, 1998
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