Trabalho 1 Psicologia Geral
Trabalho 1 Psicologia Geral
Trabalho 1 Psicologia Geral
Universidade Púnguè
Chimoio
2023
Israel Chimene T Dube
Universidade Púnguè
Chimoio
2023
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A Psicologia entre os Gregos - É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de
sistematizar uma psicologia. De facto, os avanços permitem que os cidadãos se ocupem de coisas do
espírito, como a filosofia e a arte – homens como, Sócrates, Platão, Hipócrates e Aristóteles dedicam-
se a compreender esse espírito empreendedor do conquistador grego, ou seja, a Filosofia começou a
especular o Homem e a sua interioridade.
Sócrates (496-399 a.C.) - Com ele a Psicologia na antiguidade ganha consistência: segundo Sócrates o
que distingue o Homem do animal é a RAZÃO porque permite ao Homem de sobrepor-se aos
instintos, que seriam a base da irracionalidade – definindo a razão como essência e peculiaridade do
Homem, Sócrates abre um caminho que será explorado pela Psicologia: fruto desta reflexão são por
exemplo, as Teorias da consciência que de certa forma são resultado desta sistematização na Filosofia.
Platão (427-347 a.C.) - Discípulo de Sócrates, procura o «lugar» para a razão no nosso corpo (cabeça),
onde se encontra a ALMA do Homem. A medula será o elemento de ligação da alma com o corpo –
este elemento era necessário porque Platão concebia a alma separa do corpo (dualismo). Quando
alguém morria a matéria (corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo
(reincarnação).
Hipócrates e a Teoria dos Humores (496-361 a.C.) - Uma análise mais acurada das diferenças
individuais, estreitamente ligadas a uma reflexão mais sistemática na relação mente-corpo, foi feita
com Hipócrates de Cosmes. Todavia, a medicina hipocrática passou na história como aquela que se
baseava na teoria dos quatro humores. Hipócrates defende que existem 4 humores no corpo humano: o
sangue, a fleuma, a bílis amarela e a bílis preta. Segundo a prevalência de cada um destes elementos
sobre o outro a pessoa desenvolverá um certo temperamento que poderá ser respectivamente:
sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico e também vários tipos de predisposições à doença. O
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Homem é «são» quando estes humores estão «reciprocamente bem temperados por propriedade e
quantidade» e a mistura é completa.
Aristóteles (384-322 a.C.) - Discípulo de Platão, foi um dos mais importantes pensadores da história da
filosofia – superou o dualismo da dissociação entre a alma e o corpo (inovação). Para ele a psyché era
o princípio activo da vida, isto é, tudo aquilo que cresce, se reproduz e alimenta possui a sua psyché ou
alma (vegetação, animais, Homem). Aristóteles estuda as diferenças entre a RAZÃO, PERCEPÇÃO
E SENSAÇÕES, estudo sistematizado no “Da Anima” o qual pode ser considerado o primeiro
tratado de Psicologia. Portanto, 2300 anos antes do advento da Psicologia Científica, os gregos já
haviam formulado duas “Teorias”: Platónica – que postulava a imortalidade da alma e a concebia
separada do corpo, e a Aristotélica – que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de
pertencimento ao corpo.
A Psicologia no Império Romano - O império romano nasce às véspera da era cristã, domina parte da
Grécia, Europa e do Oriente Médio Característica deste período é o advento do cristianismo. Força
religiosa que passa à força política dominante que não obstante as invasões barbarias de 400 d.C., que
levam à degradação territorial e económica, o cristianismo sobrevive e até se fortalece, tornando-se a
religião principal da Idade Média, período que então se iniciara: Falar da psicologia neste período é
relacionada ao conhecimento religioso, o qual dominando o poder económico e político monopolizava
também o saber e, consequentemente o estudo do psiquismo.
Santo Agostinho (354-430 d.C.) - Inspirado em Platão faz cisão entre corpo e alma, a diferença para
ele é que a alma, não é somente a sede da razão mas também a prova de uma manifestação divina no
Homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o Homem à Deus e sendo a alma também a
sede do pensamento a Igreja passa a se preocupar também com a sua compreensão. Santo Agostinho
postula a famosa epístola: ”conhece-te, aceita-te, supera-te”.
São Tomás de Aquino (1225-1274) - Vive numa período que preanuncia a ruptura da Igreja católica, o
advento do protestantismo – época que prepara a transição para o capitalismo, com a revolução
francesa e a revolução industrial na Inglaterra. Perante esta crise social e económica a Igreja devia
encontrar novas justificações em relação ao conhecimento como a relação com Deus e o Homem. São
Tomas de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência – como Aristóteles,
ele considera que o Homem, na sua essência, busca a perfeição através da sua existência mas
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introduzindo o ponto de vista religioso, ao contrario de Aristóteles, afirma que somente Deus seria
capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade.
Consequências para a Psicologia - Na metade do século XIX temas e problemas até então estudados
pelos filósofos passam a ser estudados pela fisiologia, neurofisiologia em particular – formulação de
teorias dobre o SNC, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram
produtos
deste sistema.
A psicologia científica - O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha de final do século 19. Wundt,
Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig – seguiram para aquele País muitos
estudiosos dessa nova ciência; como o inglês Edward B. Titchner e o americano William James. Seus
status de ciência é obtido a medida que se “liberta” da filosofia, que marcou a sua história até aqui e
atrai novos estudiosos e pesquisadores, que sob novos padrões de produção de conhecimento.
O Estruturalismo (Escola estruturalista) - Embora Inaugurada por Wundt, somente o seu seguidor
Edward Titchner (1867-1927) usa o termo estruturalismo pela primeira vez para diferencià-lo do
funcionalismo. O estruturalismo define como objecto de estudo da psicologia “os estados elementares
da consciência, mas vistos como estruturas do SNC. O método de observação de Titchner, assim como
o de Wundt, é o introspeccionismo, e os conhecimentos psicológicos produzidos são eminentemente
experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório.