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O paciente foi CONDENADO após publicação de sentença criminal transitada
em julgado em segunda instância no bojo do processo 0115582-91.2009.8.06.0001, que
tramitou perante a 18ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza/CE, em primeira instância, e
perante a 1ª Câmara de Direito Criminal em segunda instância, o qual, após a análise os
desembargadores NEGARAM PROVIMENTO AO APELO DEFENSIVO, para que subsista
a r. sentença condenatória, por seus próprios e jurídicos fundamentos e determinou a prisão
do paciente.
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semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de
transferência a regime fechado. § 2º b) o condenado não
reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e
não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la
em regime semi-aberto;
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ponto, tanto o Juízo sentenciante, 2ª Vara Criminal da Comarca de Guajará-Mirim, quanto a
1ª Câmara Criminal do TJRO, não apresentaram fundamento legal e constitucional idôneo
suficiente para manter o regime inicial fechado em favor do Paciente, desobedecendo assim
o preceito constitucional do Art. 93, inciso IX da CF/1988.
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seis (6) anos de reclusão, ostenta circunstâncias
subjetivas favoráveis, o regime prisional, à luz do art. 33, §
2º, alínea b, deve ser o semiaberto. 4. Tais circunstâncias
não elidem a possibilidade de o magistrado, em eventual
apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a
estabelecer regime prisional mais severo, desde que o
faça em razão de elementos concretos e individualizados,
aptos a demonstrar a necessidade de maior rigor da
medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do
§ 3º do art. 33, c/c o art. 59, do Código Penal. 5. Ordem
concedida tão somente para remover o óbice constante do
§ 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela
Lei nº 11.464/07, o qual determina que “[a] pena por crime
previsto neste artigo será cumprida inicialmente em
regime fechado“. Declaração incidental de
inconstitucionalidade, com efeito ex nunc, da
obrigatoriedade de fixação do regime fechado para início
do cumprimento de pena decorrente da condenação por
crime hediondo ou equiparado.
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Assim, revela-se flagrante o constrangimento ilegal
suportado pelo paciente, cujo direito à fundamentação da
imposição do regime prisional, com base no art. 33, §§ 2º e
3º, c/c o art. 59, ambos do Código Penal, foi suprimido.
Ademais, tratando-se de paciente primário e favoráveis as
circunstâncias judiciais, na esteira do Enunciado n. 440 da
Súmula do Superior Tribunal de Justiça, o paciente faz jus
ao regime inicial aberto.
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No entanto, nada obstante a consolidação da jurisprudência
constitucional de nossa Suprema Corte, observa-se que o caso trata-se de clara
desobediência das instâncias ordinárias, que não apresentaram qualquer argumento
legal que autorizasse o descumprimento dos preceitos contidos no Art. 33, §2º, letra
“b” do Código Penal.
Dessa forma, considerando a manifesta relevância da matéria suscitada, que
ultrapassa os interesses subjetivos das partes, reputamos como necessário e adequada a
discussão em sede do presente habeas corpus, uma vez que, a manutenção da decisão ora
combatida, repercute na esfera da liberdade do Paciente, pois impede que o mesmo tenha
respeitado o direito constitucional a individualização da pena, bem como, possa, exercer o
direito que lhe é garantido no art. 112, da Lei de Execução Penal, sendo portanto
necessária a submissão da questão à sistemática da repercussão geral, forte no alcance da
orientação firmada pelo Plenário Virtual do Egrégio Supremo Tribunal Federal, acerca da
fixação do regime inicial fechado para início do cumprimento de pena decorrente da
condenação por crime hediondo ou equiparado.
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Evidência, destacando que, “independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo”, a tutela de evidência será concedida nas seguintes
hipóteses:
Convém neste tópico fazer a comparação com o que dispõe o próprio Código
de Processo Penal em seus art.654 §2º e art. 660, §2º, que ao versarem sobre as hipóteses
da concessão de habeas corpus de oficio estabelece o seguinte:
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porquanto na tutela de evidência, diferentemente do julgamento antecipado, a decisão
pauta-se em cognição sumária e, portanto, traduz uma decisão revogável e provisória.”. Em
primeiro lugar, deve-se destacar o óbvio: na tutela da evidência, não se exige urgência. Daí
porque houve efetiva diferenciação entre essas duas espécies de tutela provisória.
Entretanto, apesar de não expressamente previsto pelo dispositivo legal ora comentado, a
nosso ver, as hipóteses de concessão da tutela da evidência devem se somar à
probabilidade do direito do requerente. Trata-se de uma interpretação que leva em conta a
natureza dessa tutela (do direito evidente) e a coerência contida no “espírito” das hipóteses
legais supramencionadas, especialmente quando os argumentos encontram guarida em
decisão com efeito vinculante que viceja do Supremo Tribunal Federal como fora
exaustivamente demonstrado acima.
Com isso não se está querendo defender que essas condutas não tenham
que ser gravemente punidas e combatidas. Por outro lado, elas não influem em nada no
mérito da demanda ou na maior ou menor probabilidade do direito do autor. Assim,
prudente ponderar que atualmente o Paciente está impedido de cumprir a pena nos
moldes previstos em lei (Art. 33,§2º, “b” do CPB”), o que caracteriza clara ofensa ao seu
direito constitucional de individualização da pena. Por outro lado, a evidencia do direito do
requerente demonstra-se claramente pela apresentação de toda a documentação que
dormita nos autos, adequando-se a situação aquela que prevê o art. 5º LXV da Constituição
Federal de 1988, que afirma que:
“a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela
autoridade judiciária;”
Destaque-se que pela previsão contida no Código Penal, o regime deve ser o
SEMIABERTO, e sua manutenção nesta situação configura prejuízo irreparável no futuro,
caso o mérito demore muito para ser julgado, especialmente pelo fato de estar o paciente
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na iminência de ser RECOLHIDO A UMA DAS INSTITUIÇÕES PENITENCIÁRIAS DO
ESTADO DO CEARÁ, onde reside atualmente.
DO PEDIDO
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