Avaliação Do Crescimento em Altura de Leucaena Leucocephala (Lam.) de Wit., No Agreste de Pernambuco

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Revista Brasileira de Ciências Agrárias

ISSN: 1981-1160
[email protected]
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Brasil

M. de Souza, Cícero; A. da Silva, José A.; Ferreira, Rinaldo L. C.; Santos, Eufrázio de S.; Meunier,
Isabelle M. J.; Ferraz, Ivan
Avaliação do crescimento em altura de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., no Agreste de
Pernambuco
Revista Brasileira de Ciências Agrárias, vol. 3, núm. 3, julio-septiembre, 2008, pp. 260-266
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Pernambuco, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=119017386011

Como citar este artigo


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Revista Brasileira de Ciências Agrárias
v.3, n.3, p.260-266, jul.-set., 2008
Recife, PE, UFRPE. www.agraria.ufrpe.br
Protocolo 281 - 18/11/2007 • Aprovado em 16/05/2008

Cícero M. de Souza1 Avaliação do crescimento em altura de


José A. A. da Silva2
Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit.,
Rinaldo L. C. Ferreira2
Eufrázio de S. Santos3 no Agreste de Pernambuco
Isabelle M. J. Meunier4
Ivan Ferraz5
RES UMO

O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, em altura, da leucena. No plantio
definitivo, realizado na Estação Experimental da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária –
IPA, no município de Caruaru, Agreste pernambucano, utilizaram-se 576 mudas de Leucaena leuco-
cephala (Lam.) de Wit, variedade Hawaii (cv, K8), divididas em 24 tratamentos, repetidos 24 vezes.
As fontes de variação estudadas foram: níveis de adubação fosfatada, composto orgânico de resíduo
urbano e inoculação com estirpes de rizóbio (NFB 466 e 473) aplicadas isoladamente. Realizaram-
se 19 mensurações ao longo do tempo, que foram analisadas por meio da análise multivariada de
Medidas Repetidas. Os melhores resultados obtidos se referem aos tratamentos com o composto
orgânico; entretanto, a partir da décima quarta medição (571 dias após o início do experimento),
não se constataram diferenças significativas entre os tratamentos. Observou-se que, nos 8 anos de
avaliação, nos primeiros 4 anos as árvores na presença dos tratamentos que apresentaram os melho-
res resultados tiveram um crescimento médio, de 80% do seu tamanho máximo, enquanto nos 4
anos seguintes as mesmas árvores diminuíram a taxa de crescimento crescendo, em média 20%,
quando atingiram suas alturas máximas.

Palavras-chave: composto urbano, fixação de nitrogênio, leguminosas forrageiras, leguminosas arbó-


reas, medidas repetidas

Evaluation of the growth in height of


Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., in
‘Agreste’ of Pernambuco

AB S TR ACT

1 Professor, Depto de Matemática da UFRPE, Rua The main goal of this work was to evaluate the growth in height of the leucena Leucaena leucocepha-
Manoel de Medeiros s/n, Dois Irmãos, 52171-900 la (Lam.) of Wit. The seedlings’ plantation was at the Experimental Station of the Agricultural Resear-
Recife, PE. [email protected] ch Institute of Pernambuco - IPA – located in Caruaru, semi-arid region of Pernambuco, using 576
2 Professor, Depto de Ciência Florestal da UFRPE, seedling of Leucaena leucocephala (Lam.) of Wit (cv, Hawaii k8), divided in 24 treatments with 24
bolsistas CNPq. [email protected]; replications. The sources of variation studied were: phosphate fertilizer, organic matter from urban
[email protected] composto and rhizobial strains (NFB 466 and 473) applied as a mixed inoculant. In the experiment
3 Professor, Depto de Estatística e Informática da the analysis of Repeated Measures with nineteen measures was used along the time. The best results
UFRPE, [email protected] were obtained in the treatments with organic matter from urban composto however, starting from
4 Professora do Depto de Ciência Florestal da the fourteenth measurement (571 days after the beginning of the experiment), significant differences
UFRPE, [email protected] among the treatments were observed. Through the 8 years of evaluation, it may be concluded that in
5 Engenheiro Agrônomo, Técnico da Empresa the first four years, the leucaena showed best growth results reaching 80% of the maximum size. In
Pernambucana de Pesquisas Agropecuárias (IPA), the last four years the same trees grew only 20%, to reach their maximum heights.
Av. General San Martin 1371, Bonji, CEP 50761-
000, Recife, PE. [email protected] Key words: urban composto, forage legumes, leguminous forragem, nitrogen fixation
Avaliação do crescimento em altura de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., no Agreste de Pernambuco 261

INTRODUÇÃO afetados quando o pH se situa abaixo de 5,5. Por outro lado,


NAS (1977), citada por Franco & Souto (1986), afirmou que esta
Na região Nordeste a vegetação natural da caatinga tem sido espécie pode apresentar boa produtividade em solos com pH
explorada desordenadamente e de forma irracional. Medidas em torno de 5,0; ainda, segundo Salerno & Seiffert (1986), a ca-
alternativas devem ser tomadas, principalmente com a introdu- lagem de solos ácidos e a adubação fosfatada melhoram a cama-
ção de espécies vegetais fixadoras de nitrogênio, de rápido da superficial do solo mas, nessas condições as raízes não se
crescimento, recuperadoras de solos, produtoras de lenha e que aprofundam, o que pode tornar a planta sensível à estiagem.
sirvam de alimento animal. Especificamente, na região do Agres- Bêde et al. (1985) afirmaram que de modo geral, as legumi-
te a agrossilvicultura é uma alternativa prioritária para solucio- nosas apresentam, uma série de características que justificam
nar problemas regionais, desde que esteja voltada para a gera- a grande importância que se lhes tem dado como forrageiras,
ção descentralizada de energia, proteção contra extremos tais como: melhor fixação do nitrogênio do ar, através da as-
climáticos, garantia do abastecimento hídrico, fornecimento de sociação com bactérias do gênero rizóbio tornando-o assimi-
forragem e sombra para rebanhos, melhoramento do solo, su- lável pela planta; alto teor de cálcio e magnésio e a manuten-
primento das necessidades energéticas locais e pequenas cons- ção do seu valor nutritivo durante o período de secas.
truções; para isto, faz-se necessário o desenvolvimento de uma Conforme Hill (1971), a leucena apresenta alto teor de prote-
agrossilvicultura que venha atender a essas necessidades e, ína bruta, o que ressalta sua supremacia como forrageira.
neste sentido, as leguminosas florestais surgem como uma das Com relação à produtividade, Salviano & Carvalho Filho
alternativas viáveis. (1982), citados por Silva (1995), afirmaram que no município
Dentre várias espécies de leguminosas com potencial para de Petrolina variedades Peru e Cunninghan têm apresentado
tais finalidades, a Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit, produtividade em torno de 8 toneladas de matéria seca por
conhecida como leucena, vem apresentando bons resultados hectare (t ha-1 ano-1). Na região do cerrado, a produtividade
na produção de madeira, capacidade de rebrota, tolerância a de leucena em matéria seca, se eleva para 11 t ha-1 ano-1 e, em
baixas precipitações, reduzida ocorrência de pragas e doen- regiões mais úmidas, chega a até 20 t ha-1 ano-1.
ças, boa sobrevivência e ótimo crescimento em altura. O valor dessa leguminosa não está apenas no complemento
De acordo com Ribeiro et al. (2001), a leucena é uma legu- alimentar mas, também, no seu grande número de variedades
minosa perene, de crescimento rápido, atingindo até 3 m no com diferentes tamanhos e hábitos de crescimento, o que
primeiro ano e seu sistema radicular profundo propicia não proporciona ampla diversificação de usos, dentre os quais se
só a reciclagem de nutrientes do subsolo como, também, a pode citar: Produção de madeira para lenha (Mendes, 1985;
absorção de água das camadas profundas, fazendo com que Freitas et al., 1991); construção civil, postes, dormentes, car-
a planta cresça e produza massa verde durante todo o ano. vão, mourões (Cunha, 1979); polpa, celulose, tábuas, taco,
Segundo Skerman (1977); Bêde et al. (1985) e Salerno & parquete, chapa de partículas (NFTA, 1985; Brewbaker, 1989);
Seiffert (1986), a leucena é adequada para o cultivo em áreas produção de forragem para animais (Kluthcouski, 1982); som-
com precipitação pluviométrica entre 600 e 1700 mm, embora breamento de culturas, quebra-vento, proteção contra o fogo
na Indonésia ela venha sendo cultivada ao longo dos anos sob (NFTA, 1985; Freitas et al., 1991).
precipitação superior a 3900 mm anuais. Em áreas com precipi- A leucena possui elevada capacidade de fixação simbiótica
tação pluviométrica média anual de 250 mm, a leucena pode de nitrogênio, mobilizando no primeiro ano e na parte aérea da
apresentar-se como espécie dominante (Franco & Souto, 1986). planta, cerca de 370 kg ha-1 de N, representando excelente fonte
Apesar de sua resistência a estiagem, em períodos de de proteína para rebanhos, ao acumular aproximadamente
seca prolongada ela pode perder suas folhas (Skerman, 2 t ha-1 ano-1 de proteína bruta (Seiffert, 1984).
1977); todavia, Febles et al. (1987) consideram fator impor- Por outro lado, em se tratando do Agreste nordestino, é
tante para o bom rendimento de forragem, que a pluviosida- de extrema importância a busca pela eficiência de materiais
de se situe entre 11 e 125 mm mês-1. Para Seiffert (1988), o de baixo custo e de fácil obtenção como compostos orgâni-
melhor crescimento da leucena é obtido em áreas nas quais cos aplicáveis a agricultura uma vez que, além de economica-
chove de 600 a 1.700 mm ano-1; ainda segundo esse autor, mente inviável ao pequeno produtor, o uso de fertilizantes não
ela suporta grandes diferenças de regimes de precipitação, é uma alternativa ecologicamente recomendável. Particular-
luminosidade, salinidade do solo, fogo, geadas leves e épo- mente e no que se refere ao cultivo da leucena, vários pes-
cas curtas de estiagem. quisadores apontam a sua viabilidade nas regiões de climas
Hutton (1984) afirmou que a leucena é uma leguminosa sub-úmido seco, semi-árido e árido (Ribeiro et al., 2001).
bastante exigente em relação à adubação com fósforo, molib- O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, em
dênio e zinco, em solos tropicais, o que a torna, na presença altura, de leucena no Agreste de Pernambuco, em função de
desses elementos, uma planta de raízes profundas vários níveis de adubação.
Em solos ácidos, latossolos, com alto teor de alumínio,
deficiência de cálcio, molibidênio e zinco, a leucena não se
desenvolve, mas, permanece arbustiva sendo, neste caso, MATERIAL E MÉTODOS
necessário a aplicação de calcário e fosfatos (Seiffert & Thi-
ago,1983; Seiffert, 1988). Em relação ao pH, Salerno & Seiffert Utilizaram-se, neste trabalho, dados de altura de um povo-
(1986) afirmaram que a leucena cresce melhor em solos com amento de Leucaena leucocephala (Lam) de Wit., variedade
pH próximo ao neutro e que a nodulação e o crescimento são Hawaii (cv, K8), de procedência australiana. O experimento foi

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262 C. M. de Souza et al.

implantado em 20/12/89, na Estação Experimental da Empresa com arranjo de parcelas subdivididas (Lyra et al., 2006;
Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA) em Caruaru, PE, Vieira et al., 2007):
testando-se duas estirpes de Bradyrhizobium sp., em quatro Inicialmente, aplicou-se o teste de Mauchly (1940) para
níveis de adubação fosfatada, com e sem composto urbano, verificar a condição de esfericidade da matriz de covariân-
com testemunha completa e nitrogenada, resultando em 24 tra- cias, ou seja, se esta é do tipo Huynh-Feldt e satisfaz a
tamentos repetidos 24 vezes (Tabela 1) (Meunier, 1991). condição:
As alturas foram mensuradas em 19 ocasiões: aos 11, 37,
65, 98, 128, 159, 189, 220, 255, 287, 318, 361, 479, 571, 935, 1277, C  C  λI
(t  1)xt (txt) tx(t  1) (t  1)X(Tt  1)
1466, 1837 e 3256 dias após o plantio.
Observou-se, durante o experimento, ao longo do tempo, em que:
perda de 42 árvores, sendo o mesmo concluído com 534 das C - matriz de coeficientes dos contrastes ortogonais nor-
576 mudas iniciais; desta forma, os 24 tratamentos que, inici- malizados, que apresenta o total de hipóteses nulas
almente, tinham 24 repetições, foram alterados para um nú-  - matriz de covariâncias
mero que variou entre 17 e 24. l > 0; I - matriz identidade
As hipóteses testadas foram:
Modelo estatístico H01 - não existem diferenças significativas entre os trata-
Neste trabalho se utilizou um delineamento no qual as res- mentos (hipótese de perfis coincidentes)
postas coletadas para cada unidade experimental foram sub- H02 - existe igualdade do efeito tempo (perfis horizontais)
metidas a uma seqüência de medidas ao longo do tempo, o que H03 - não há interação tempo x tratamentos (perfis para-
se caracterizou como análise multivariada de medidas repeti- lelos).
das e, para isto, se usou o seguinte modelo estatístico sugeri- Para se testar as hipóteses H01, H02 e H03, usaram-se
os testes Lambda de Wilks, Traço de Pillai, Traço de La-
do por Neter et al., (1990); Nemec, (1996) Xavier, (2000):
wley-Hotelling e Roy, conforme descrito por Khattree &
Naik (1999).
Y  µ  γ  τ  γτ ij  ε
ijk i j ijk Usou-se, para a comparação das médias dos tratamentos,
o teste de Tukey a nível de 5% de probabilidade (Silva & Silva,
em que:
Y - altura da leucena no i-ésimo tratamento, no j-ésimo 1999).
ijk As análises para este experimento foram feitas através do
tempo e na k-ésima repetição;
comando “REPEATED” constante nos procedimentos da
m - média geral ANOVA e GLM do SAS (Statistical Analysis System).
γ - efeito do i-ésimo tratamento
τ i - efeito no j-ésimo tempo
j
γτij- efeito da interação entre o i-ésimo tratamento no j- RESULTADOS E DISCUSSÕES
ésimo tempo
ε - efeito aleatório do i-ésimo tratamento no j-ésimo tem- Verificou-se, através do teste de esfericidade de Mauchly,
ijk
po e na k-ésima repetição que a condição de esfericidade foi violada com um nível de
Este tipo de delineamento multivariado é utilizado em significância de 0,0001 (Tabela 2), o que confirmou que a
situações em que existe dependência entre as medidas to- análise da variância deveria ser a multivariada de medidas
madas ao longo do tempo, isto é, uma medida posterior está repetidas, ao invés de parcelas subdivididas.
correlacionada com medidas tomadas anteriormente. Caso Os testes Lambda de Wilks, Traço de Pillai, Traço de Lawley-
houvesse independência entre as medidas nas quais a al- Hotelling e Roy, foram todos altamente significativos, tanto para
tura de uma árvore medida em um tempo t não fosse corre- tempo quanto para a interação entre tempo e tratamentos.
lacionada com a medida tomada na mesma árvore no tem- Com base nos resultados da análise estatística (Tabelas 3
po t-1, o delineamento indicado seria inteiramente aleatório, e 4), pode-se constatar que as hipóteses de igualdade para

Tabela 1. Discriminação dos fatores e níveis testados na avaliação do crescimento em altura de leucena
Table 1. Discrimination factors and tested levels in the evaluation height growth of leucaena
Fator Níveis Observações
Sem inoculação com (N0) Sem nitrogênio
rizóbio (N1) 1,0 g de uréia/recipiente
(N2) Estirpe 1 Estirpe NFB 473
Inoculação com rizóbio
(N3) Estirpe 2 Estirpe NFB 466
(P0) Sem fósforo
Adição de Fósforo (P1) 0,5 g de superfosfato simples/recipiente 82,8 g m-3
(P2) 1,0 g de superfosfato simples/recipiente 165,6 g m-3
(C0) Sem composto orgânico Composto orgânico proveniente do lixo urbano da
Composto orgânico
(C1) Com composto orgânico (100 mL/54 g) Prefeitura Municipal de Recife

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Avaliação do crescimento em altura de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., no Agreste de Pernambuco 263

Tabela 2. Teste de esfericidade de Mauchly para altura de leucaena Tabela 5. Média de crescimento em altura para leucena de 11 até 189 dias após
o plantio
Table 2. Mauchly’s sphericity test for heights of leucaena
Graus de Table 5. Mean height of leucena from 11 to 189 days after plantation
Variáveis
Liberdade
Critério 2 Pr >  2
Dias após o plantio**
Variáveis Tratamentos**
510 3,457.10-28 31857,255 < 0,0001 11 37 65 98 128 159 189
transformadas
Componentes C0N0P0 0,71 bcd 0,74 cd 0,78 de 0,89 de 1,16 abc 1,39 ab 1,82 ab
510 7,889.10-19 21000,811 < 0,0001
Ortogonais C0N0P1 0,69 cd 0,72 cd 0,76 e 0,84 e 1,08 bc 1,31 ab 1,73 ab
C0N0P2 0,85 ab 0,96 a 1,00 abc 1,09 abc 1,37 ab 1,58 a 2,02 ab
Tabela 3. Análise de variância do efeito de tratamentos C0N1P0 0,70 bcd 0,74 cd 0,77 de 0,83 e 0,99 c 1,15 b 1,49 b
C0N1P1 0,75 bcd 0,83 bcd 0,86 cde 0,92 bcde 1,13 abc 1,31 ab 1,64 ab
Table 3. Analysis of variance for treatment effects
C0N1P2 0,85 ab 0,89 abc 0,93 abcd 0,99 abcde 1,14 abc 1,31 ab 1,62 b
Fonte de
GL SQ QM F Pr>F C0N2P0 0,83 abcd 0,88 abc 0,91 abcde 0,96 bcde 1,17 abc 1,39 ab 1,82 ab
Variação
Tratamentos 23 314,6576 13,6807 2,75 <0,0001 C0N2P1 0,66 cd 0,72 d 0,77 de 0,90 de 1,19 abc 1,46 ab 1,89 ab
Resíduo 510 2539,8447 4,9801 - - C0N2P2 0,79 abcd 0,85 abcd 0,90 abcde 0,99 abcde 1,20 abc 1,40 ab 1,78 ab
C0N3P0 0,91 a 0,99 a 1,03 ab 1,11 ab 1,36 ab 1,56 ab 1,99 ab

Tabela 4. Análise de variância do efeito do tempo e interação tempo x tratamento C0N3P1 0,81 abcd 0,86 abcd 0,89 bcde 1,01 abcde 1,28 abc 1,49 ab 1,86 ab
C0N3P2 0,87 ab 0,95 ab 1,01 abc 1,12 ab 1,43 a 1,66 a 2,12 a
Table 4. Analysis of variance for time effects and interaction time x treatment C1N0P0 0,93 a 1,01 a 1,06 a 1,18 a 1,44 a 1,69 a 2,18 a
Fonte de C1N0P1 0,64 d 0,70 d 0,76 de 0,91 cde 1,21 abc 1,52 ab 2,02 ab
GL SQ QM F Pr > F G-G H-F
Variação
C1N0P2 0,81 abcd 0,87 abc 0,91 abcde 1,05 abcd 1,35 ab 1,60 a 2,06 a
Tempo 18 18405,1749 1022,5097 6705,61 < 0,0001 < 0,0001 -
Tempo x C1N1P0 0,72 bcd 0,78 bcd 0,84 de 0,94 bcde 1,19 abc 1,43 ab 1,87 ab
414 102,5815 0,2478 1,62 < 0,0001 0,0024 0,0019
Tratamento C1N1P1 0,82 abcd 0,86 abcd 0,92 abcd 1,05 abcd 1,37 ab 1,63 a 2,09 a
Resíduo 9180 1399,8190 0,1529 - - - -
C1N1P2 0,79 abcd 0,84 abcd 0,91 abcde 1,05 abcd 1,31 abc 1,57 ab 2,06 a
C1N2P0 0,70 cd 0,76 cd 0,83 de 0,96 bcde 1,28 abc 1,53 ab 1,92 ab
os tratamentos, efeito tempo (perfis horizontais) e da não in- C1N2P1 0,84 abc 0,91 ab 0,96 abc 1,09 abc 1,43 a 1,69 a 2,14 a
teração tempo x tratamentos (perfis paralelos) foram rejeita- C1N2P2 0,70 cd 0,76 cd 0,83 de 0,96 bcde 1,28 abc 1,53 ab 1,92 ab
das; logo, o crescimento em altura é diferenciado ao longo C1N3P0 0,84 abc 0,91 ab 0,96 abc 1,09 abc 1,43 a 1,69 a 2,14 a
do tempo e do tratamento aplicado. C1N3P1 0,94 a 0,98 a 1,02 ab 1,11 abc 1,37 ab 1,58 a 2,01 ab
C1N3P2 0,80 abcd 0,87 abc 0,90 abcde 1,05 abcd 1,39 ab 1,67 a 2,11 a
Avaliação do crescimento em altura da leucena em função dos * C0 – sem adição de composto orgânico; C1 - adição de composto orgânico (100 mL/54g); N0 – sem aplicação
tratamentos de nitrogênio, N1 - aplicação de 1,0 g de uréia/muda; N2 - inoculação com a estirpe NFB 473; N3 - inoculação
com a estirpe NFB 466; P 0 – sem aplicação de fósforo; P 1 – aplicação de 0,5 g de superfosfato simples/
Os tratamentos C1N3P1, C1N0P0 e C0N3P0 apresentaram os muda (8,28 g/m3); e P2 – aplicação de 1,0 g de superfosfato simples/muda (165,6 g/m3)
** Médias unidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ( P > 0,05)
melhores resultados em altura (Tabelas 5 e 6); após 37 dias da
primeira coleta, observa-se que os mesmos tratamentos foram
os que mantiveram os resultados; no entanto, houve alteração Nas medições realizadas após 220 dias do plantio (Tabe-
na ordem, ou seja, médias decrescentes C1N0P0 , C0N3P0 e la 6) os melhores resultados foram obtidos com C 1N0P0,
C1N3P1. Ressalta-se que essas duas medições foram realizadas C1N2P1 e o C1N3P0, cujas médias foram, respectivamente,
no período em que se observou ausência de chuvas na região. iguais a 2,58; 2,55 e 2,55 m, enquanto após 255 dias, neste
Após 65 dias do plantio, percebeu-se que os tratamen- período, as chuvas da região já começam a ficar mais escas-
tos C1N0P0, C0N3P0 e C1N3P1 se apresentaram ainda como sas, os melhores resultados foram obtidos com C 1N0P0,
os mais eficientes (Tabela 5). Aos 98 dias após o plantio, C1N2P1 e o C1N3P0, cujas médias foram, respectivamente,
pode-se observar, em relação ao crescimento em altura da 2,89; 2,80 e 2,80 m; tal comportamento também foi observado
leucena, que os melhores resultados foram obtidos com os após 287 dias de plantio.
tratamentos C 1N0P0, C0N3P2, C0N3P0 e C1N3P1, cujas médi- Obtiveram-se as melhores médias em altura, tanto para 318 e
as foram, respectivamente, iguais a 1,18; 1,17; 1,11 e 1,11 m. 361 dias após plantio, foram obtidas com C1N0P0, C1N2P1 e o
Para 128 dias após a primeira coleta, os melhores resulta- C1N3P0; nesse período, transcorrido um ano do início do acom-
dos foram obtidos nas plantas às quais foram aplicados panhamento do crescimento da leucena no campo, pode-se ob-
C1N0P0, C0N3P2, C1N2P1 e C1N3P0, cujas médias foram, res- servar todas as variações climáticas na região, ou seja, neste
pectivamente, iguais a 1,44; 1,43, 1,43 e 1,43 m. primeiro ano se pode acompanhar o crescimento da leucena em
Após 159 dias do plantio obtiveram-se os melhores resul- 12 medições realizadas nas mais diversas variações climáticas e
tados nas plantas tratadas com a adição de composto orgâ- observar a influência de todos os tratamentos. Os tratamentos
nico (C1). O tratamento C1N0P0, que vinha apresentando o que apresentaram as maiores médias de altura até este momen-
melhor resultado continuou, até esta fase. to, permaneceram assim durante todo o período da avaliação.
As melhores médias de crescimento nas medições realiza- Nas medições realizadas decorridos 479 e 571 após o plan-
das após 189 dias do plantio (Tabela 5), foram obtidas com tio (Tabela 6), os melhores resultados foram obtidos com
C1N0P0, C1N2P1 e o C1N3P0 . C1N0P0, C1N2P1 e o C1N3P0. Como se observa, esses resultados

Rev. Bras. Ciênc. Agrár. Recife, v.3, n.3, p.260-266, 2008


264 C. M. de Souza et al.

Tabela 6. Médias de crescimento em altura para leucena de 220 até 3256 dias após o plantio
Table 6. Mean height of leucena from 220 to 3256 days after plantation
Dias após o plantio**
Tratamentos**
220 255 287 318 361 479 571 935 1277 1466 1837 3256
C0N0P 0 2,17abc 2,44abc 2,49ab 2,51ab 2,57ab 2,60ab 2,88ab 3,63ab 3,99ab 4,33a 5,12a 5,46a
C0N0P 1 2,10abc 2,34abc 2,39ab 2,43ab 2,53ab 2,66ab 2,93ab 3,69ab 4,05ab 4,34a 4,94a 5,34a
C0N0P 2 2,40abc 2,64abc 2,69ab 2,72ab 2,79ab 2,87ab 3,18ab 3,89ab 4,18ab 4,43a 5,07a 5,51a
C0N1P 0 1,79c 2,00c 2,03b 2,08b 2,19b 2,31b 2,71ab 3,40ab 3,62b 4,05a 4,63a 4,93a
C0N1P 1 1,94bc 2,18bc 2,26ab 2,26ab 2,35ab 2,45ab 2,69b 3,31b 3,66ab 3,97a 4,44a 4,83a
C0N1P 2 1,97bc 2,23abc 2,28ab 2,32ab 2,37ab 2,47ab 2,75ab 3,40ab 3,72ab 3,99a 4,58a 5,13a
C0N2P 0 2,19abc 2,43abc 2,48ab 2,51ab 2,59ab 2,68ab 2,90ab 3,60ab 3,86ab 4,15a 4,81a 5,17a
C0N2P 1 2,28abc 2,56abc 2,63ab 2,66ab 2,72ab 2,83ab 3,11ab 3,87ab 4,23ab 4,49a 5,12a 5,43a
C0N2P 2 2,13abc 2,39abc 2,47ab 2,49ab 2,53ab 2,59ab 2,86ab 3,55ab 3,87ab 4,24a 4,91a 5,37a
C0N3P 0 2,32abc 2,60abc 2,68ab 2,70ab 2,80ab 2,89ab 3,07ab 3,68ab 3,99ab 4,24a 4,76a 5,15a
C0N3P 1 2,17abc 2,42abc 2,47ab 2,49ab 2,57ab 2,67ab 2,98ab 3,64ab 3,93ab 4,26a 4,64a 4,99a
C0N3P 2 2,46ab 2,73ab 2,81a 2,84a 2,92a 3,04a 3,33ab 3,94ab 4,21ab 4,45a 4,96a 5,41a
C1N0P 0 2,58a 2,89a 2,94a 2,95a 3,03a 3,12a 3,45a 3,98ab 4,25ab 4,61a 5,06a 5,47a
C1N0P 1 2,38abc 2,63abc 2,70ab 2,72ab 2,79ab 2,87ab 3,13ab 3,81ab 4,09ab 4,35a 4,90a 5,40a
C1N0P 2 2,47ab 2,78ab 2,85a 2,87a 2,96a 3,07a 3,35ab 3,97ab 4,25ab 4,49a 5,20a 5,73a
C1N1P 0 2,20abc 2,51abc 2,56ab 2,58ab 2,69ab 2,85ab 3,06ab 3,74ab 4,05ab 4,29a 4,98a 5,45a
C1N1P 1 2,49ab 2,72ab 2,78a 2,82a 2,91a 3,01ab 3,25ab 3,86ab 4,13ab 4,41a 4,90a 5,27a
C1N1P 2 2,40abc 2,67abc 2,74a 2,76ab 2,82ab 2,91ab 3,14ab 3,90ab 4,14ab 4,36a 4,89a 5,38a
C1N2P 0 2,30abc 2,60abc 2,71ab 2,73ab 2,81ab 2,92ab 3,24ab 3,99ab 4,29ab 4,58a 5,22a 5,63a
C1N2P 1 2,55ab 2,80ab 2,87a 2,90a 3,00a 3,09a 3,38a 4,13a 4,40a 4,67a 5,35a 5,76a
C1N2P 2 2,30abc 2,60abc 2,71ab 2,73ab 2,81ab 2,92ab 3,24ab 3,99ab 4,29ab 4,58a 5,22a 5,63a
C1N3P 0 2,55ab 2,80ab 2,87a 2,90a 3,00a 3,09a 3,38a 4,13a 4,40a 4,67a 5,35a 5,76a
C1N3P 1 2,37abc 2,65abc 2,68ab 2,72ab 2,79ab 2,86ab 3,06ab 3,59ab 3,93ab 4,22a 4,87a 5,12a
C1N3P 2 2,51ab 2,79ab 2,84a 2,88a 2,97a 3,06a 3,32ab 3,93ab 4,22ab 4,64a 5,32a 5,61a
* C0 – sem adição de composto orgânico; C1 - adição de composto orgânico (100 mL/54g); N0 – sem aplicação de nitrogênio, N1 - aplicação de 1,0 g de uréia/muda; N2 - inoculação com a estirpe NFB 473; N3 - inoculação com
a estirpe NFB 466; P0 – sem aplicação de fósforo; P1 – aplicação de 0,5 g de superfosfato simples/muda (8,28 g/m3); e P2 – aplicação de 1,0 g de superfosfato simples/muda (165,6 g/m3)
** Médias unidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ( P > 0,05)

foram obtidos com os tratamentos em que se verifica a pre- pois de plantadas, as leucenas atingiram, em média, 60% da
sença do composto orgânico (C1). A partir da décima quarta altura máxima atingida durante o experimento. Em relação aos
medição, isto é, após 571 dias do plantio, os intervalos entre tratamentos C0N0P1 e C0N0P2 caracterizados ausência de ni-
uma medição e outra foram ampliados. Nota-se que 935 dias trogênio e presença dos níveis 1 e 2 da adubação superfos-
após o início do experimento apenas os tratamentos (C1N 2 P1 ) fatada, constatou-se que este último indicou melhores resul-
e (C1 N 3P0 ) , mostraram diferenças significativas e, depois da tados.
décima sétima medição (4 anos) não mais se observaram dife- Nos tratamentos C0N1P0, C0N1P1 e o C0N1P2, caracteriza-
renças significativas entre os tratamentos. dos pela presença do nível 1 de nitrogênio e dos níveis da
Passados 1277 dias do plantio, houve pequena variação em
adubação superfosfatada, o crescimento da leucena apresen-
relação aos melhores tratamentos (Tabela 6), isto é, o tratamen-
ta melhores resultados quando este nível de nitrogênio é
to C1N0P0, que se vinha apresentando como o mais eficiente,
associado à adubação superfosfatada nível 1, quando as plan-
passa a ocupar a quinta posição, e assim os melhores resulta-
tas então atingem 60% do crescimento, em média de 2 anos.
dos foram obtidos com C1N2P1, C1N3P0, C1N2P0 e C1N2P2, cu-
Nos tratamentos C0N2P0, C0N2P1 e C0N2P2, caracterizados
jas médias foram, respectivamente, 4,13; 4,13, 3,99, 3,99 e 3,98 m.
Depois de 1466 dias do plantio, seis meses após a coleta ante- pela presença da estirpe NFB 473 e os dois níveis da adu-
rior, não ocorreram mais diferenças significativas entre os trata- bação superfosfatada, tem-se que a estirpe NFB 473, asso-
mentos, indicando que os efeitos dos diferentes níveis de aduba- ciada ao nível 2 da adubação superfosfatada, é mais efici-
ção não mais influenciaram no crescimento em altura da leucena. ente; entretanto, nos dois primeiros anos o crescimento é
mais rápido quando o NFB 473 é associado ao P 1.
Porcentual de crescimento em cada tratamento, ao longo Em relação aos tratamentos C0N3P0, C0N3P1 e C0N3P2, ca-
do tempo racterizados pela associação da estirpe NFB 466 com os dois
Tratamentos com ausência do composto orgânico: nas níveis da adubação superfosfatada, observou-se que o me-
plantas submetidas ao tratamento (C0 N0 P0 ) (testemunha), lhor resultado foi obtido com a estirpe NFB 466, não associ-
observou-se que somente em janeiro de 1993, três anos de- ada à adubação superfosfatada.

Rev. Bras. Ciênc. Agrár. Recife, v.3, n.3, p.260-266, 2008


Avaliação do crescimento em altura de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit., no Agreste de Pernambuco 265

Tratamentos com adição do composto orgânico: A adição to que a aplicação de 1,0 g de superfosfato apresentou melhores
do composto orgânico aos níveis das adubações nitrogena- resultados quando se consideraram os oito anos da avaliação.
das e superfosfatadas, resultou em diferenças significativas
no crescimento da leucena. Com o tratamento C1N0P0, a leu-
cena atingiu, em média, 60% da altura máxima, em apenas 1 CONCLUSÕES
ano e 6 meses. Com C1N0P1 e C1N0P2, este percentual foi atin-
gido com 1 ano e 9 meses mas, considerando-se todo o perí- O delineamento com medidas repetidas permitiu efetivo
odo avaliado, a associação de composto orgânico com o P2 acompanhamento do crescimento em altura da leucena, em
surge como um dos melhores resultados. todos os momentos avaliados e uma avaliação precisa da
Em relação à aplicação dos tratamentos C1N1P0, C1N1P1 e eficiência de cada um dos tratamentos testados.
C1N1P2, observa-se que a associação do composto orgânico Os tratamentos com o composto orgânico (C), mostraram-
à adubação nitrogenada N1, apresenta melhor resultado quan- se os mais eficientes, entre todos os outros avaliados, até 4
do lhes é acrescentada a adubação superfosfatada P2. anos do plantio; a partir deste período, não mais exerceram
Na presença dos tratamentos C1N2P0, C1N2P1 e C1N2P2 influência no crescimento, em altura, da leucena.
que as leucenas atingiram, em média, 60% da altura máxima, Aplicando-se adequadamente os tratamentos, pode-se di-
respectivamente, a 1 ano e 6 meses, 1 ano e 3 meses e 1 ano zer que um cultivo de leucena no Agreste de Pernambuco
e 6 meses após o plantio, constatando-se, assim, que a asso- atinge, em média, 60% de sua altura em dois anos ocorrendo,
ciação da estirpe NFB 473 com o composto orgânico apre- a partir daí, um decréscimo na taxa de crescimento da altura
sentou os melhores resultados, independentemente da pre- das plantas de leucena, no Agreste de Pernambuco.
sença ou ausência da adubação superfosfatada. Para os
tratamentos C1N3P0, C1N3P1 e C1N3P2, verificou-se que os
melhores resultados foram obtidos com a associação do com- LITERATURA CITADA
posto orgânico com a estirpe NFB 466 e com a ausência da
adubação superfosfatada. Bêde, S.N.P.; Frota, J.N.E.; Vasconcelos, I.; Alves, J.F. Identi-
ficação de fatores nutricionais limitantes da fixação simbi-
Efeito dos tratamentos ao longo do tempo ótica do nitrogênio atmosférico em leucena. Revista Brasi-
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tos com o composto orgânico (C) apresentaram os melhores Brewbaker, J. L. Can there be such a thing as a perfect tree?
resultados, tanto nos dois primeiros anos (C1N0P0, C1N2P2, Agroforestry Today, v.1, n.4, p. 4-7, 1989.
C1N3P0 e C1N3P1), quanto ao longo dos oito anos em que Cunha, L. S. Leucaena: a árvore milagrosa de grande futuro
foram avaliados (C1N0P2, C1N2P0, C1N2P1, C1N2P2 e C1N3P0). energético para o Brasil. Jornal dos Reflorestadores, v.1, n.
Tratamentos com o Nitrogênio (N): Nenhum dos tratamen- 4, p. 17-19, 1979.
tos com nível N1 de nitrogênio se mostrou eficiente. Febles, G.; Monzote, M.; Ruiz, T. E. La planta. In: Ruiz, T. E.;
Dentre os seis tratamentos com a estirpe NFB 473, consta- Febles, G. Leucaena (Leucaena leucocephala) (Lam.) de
tou-se que nos primeiros dois anos apenas C1N2P1 se desta- Wit. una opción para la alimentación bovina en el trópico
cou; entretanto e se considerando todo o período, pode-se y subtrópico. La Habana: EDICA, 1987. p. 3-29.
constatar que os tratamentos C1N2P0, C1N2P1 e C1N2P2 se Franco, A. A.; Souto, S. M. Leucaena leucocephala – Uma
apresentaram entre os cinco melhores resultados. A estirpe NFB leguminosa com múltiplas utilidades para os trópicos. Rio
473, quando associada ao composto orgânico (C), mostrou os de Janeiro: EMBRAPA, 1986. 7p. (Comunicação Técnica, 2).
melhores resultados, independente da adubação fosfatada. Freitas, A. R. et al. Leucena leucocephala (Lam.) de Wit.: cul-
Em relação aos tratamentos com a estirpe NFB 466, nos tura e melhoramento. São Carlos: Embrapa – UEPAE, 1991.
primeiros dois anos, C1N3P0 e C1N3P1 se apresentaram como 93 p. (Documentos, 12).
dois dos quatro mais eficientes; todavia, considerando todo Hill, G. D. Leucaena leucocephala for pastures in the tropics.
o período de avaliação, apenas C1N3P0 se apresentou entre Herbage Abstracts, v.41, n.2, p.112-119, 1971.
os cinco melhores tratamentos. Hutton, E. M. Breeding and selecting leucena for acid tropical
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mentos com o nível P1 de fósforo mostraram durante os pri- Khattree, R.; Naik, D. N. Appplied multivariate statistics with SAS
meiros dois primeiros anos da avaliação, dois dos quatro software. 2. ed. Cary. NC: SAS Institute Inc., 1999. 360p.
melhores resultados (C1N2P1 e C1N3P1), enquanto durante Kluthcouski, J. Leucena: uma alternativa para a pequena e mé-
todo o período apenas o C1N2P1, se estabilizou entre os cin- dia agricultura. 2 ed. Brasília: Embrapa, 1982. 12p. (Circular
co mais eficientes. Nenhum dos tratamentos com P2, apresen- Técnica, 6).
tou bons resultados durante os dois primeiros anos da avali- Lyra, M. R. C. C.; Silva, J.A.A. da; Rolim, M.M. Emprego do tes-
ação; entretanto, até 1277 dias após o plantio os tratamentos te de esfericidade de Mauchly em um experimento de fertirri-
C1N0P2 e C1N2P2, ficaram entre os cinco mais eficientes. gação com vinhaça com com medidas repetidas ao longo do
A aplicação da adubação superfosfatada exerce influência no tempo. Revista Ciências Agrárias, n.45, p. 175-186, 2006.
crescimento da leucena quando é associada ao composto orgâni- Mauchly, J. W. Significance test for sphericity of a normal n-
co (C) ou ao rizóbio. A aplicação de 0,5 g de superfosfato indicou variate distribution. Annals of Mathematical Statistics, v.
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