LEI COMPLEMENTAR Nº 302, 09 de Outubro de 2006 - PLANO DIRETOR
LEI COMPLEMENTAR Nº 302, 09 de Outubro de 2006 - PLANO DIRETOR
LEI COMPLEMENTAR Nº 302, 09 de Outubro de 2006 - PLANO DIRETOR
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TÍTULO I
Capítulo I
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Art. 6o. São objetivos gerais da política urbana:
I. promover o desenvolvimento econômico local, de forma a
estabelecer equilíbrio social e ambiental;
II. garantir o direito universal à moradia digna, democratizando o
acesso a terra e aos serviços públicos de qualidade;
III. garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do
processo de urbanização, recuperando e transferindo para a coletividade a
valorização imobiliária decorrente da ação do Poder Público;
IV. prevenir distorções e abusos na utilização econômica da
propriedade, coibindo o uso especulativo de imóveis urbanos como reserva de
valor, que resulte na sua subutilização ou não utilização, de modo a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade;
V. adequar o adensamento à capacidade de suporte do meio físico,
potencializando a utilização das áreas bem providas de infra-estrutura e
evitando a sobrecarga nas redes instaladas;
VI. promover o equilíbrio entre a proteção e ocupação das áreas de
mananciais, assegurando sua função de produtora de água para consumo
público;
VII. regular e conter a ocupação de margens de rios, ribeirões e
córregos protegendo as faixas de mata ciliar garantindo revitalização dos
cursos d’água e evitando a sobrecarga de sistemas de drenagem;
VIII. elevar a qualidade do ambiente urbano, por meio da proteção
dos ambientes natural e construído;
IX. elevar a qualidade de vida da população, assegurando
saneamento ambiental, infra-estrutura, serviços públicos, equipamentos sociais
e espaços verdes e de lazer qualificados;
X. garantir a acessibilidade universal, entendida como o acesso de
todos e todas a qualquer ponto do território, por intermédio da rede viária e do
sistema de transporte público;
XI. estimular parcerias entre os setores público e privado em
projetos de urbanização e de ampliação e transformação dos espaços públicos
da Cidade, mediante o uso de instrumentos para o desenvolvimento urbano
atendendo às funções sociais da cidade;
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XII. consolidar e qualificar os centros principal e secundários,
caracterizando e promovendo a identidade histórica, cultural e de organização
de comunidades e representação social no território;
XIII. aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a ampliar
os benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para os setores público e
privado, inclusive por meio do aperfeiçoamento administrativo do setor
público;
XIV. fortalecer a gestão ambiental local, visando o efetivo
monitoramento e controle ambiental;
XV. incluir políticas afirmativas nas diretrizes dos planos setoriais,
visando a conscientização e ampliação da legibilidade pelos cidadãos dos
serviços e direitos de acesso;
XVI. criar mecanismos de planejamento e gestão participativa nos
processos de tomada de decisão;
XVII. associar o planejamento local ao regional, por intermédio da
cooperação e articulação com os demais municípios vizinhos, contribuindo
para a gestão integrada.
TÍTULO II
Capítulo I
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Art. 8o. Para a consecução da política devem ser observadas as
seguintes diretrizes:
I. atrair novos setores produtivos para o Município, em consonância
com a política de desenvolvimento regional;
II. fortalecer as atividades comerciais, de qualquer porte e segmento, e
os serviços de apoio à produção em geral;
III. qualificar os espaços públicos, os serviços municipais e a paisagem
urbana e de áreas de reserva naturais do município;
IV. aproveitar o potencial de zonas e regiões para a localização de
atividades econômicas;
V. desenvolver relações regionais, nacionais e internacionais com
associações e instituições multilaterais, bem como com organismos
governamentais, no intuito de estabelecer parcerias e convênios de interesse da
cidade, viabilizando financiamentos e programas de assistência técnica;
VI. incentivar a articulação da economia local à regional, à nacional e à
internacional.
Capítulo II
DA HABITAÇÃO
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Art. 10. Para a consecução da política deverão ser adotadas as seguintes
diretrizes:
I. requalificação urbanística e regularização fundiária dos
assentamentos habitacionais precários e irregulares;
II. dar apoio e suporte técnico às iniciativas individuais ou coletivas
da população para produzir ou melhorar moradias em áreas de assentamento
precário identificadas no Plano Diretor;
III. regulamentar a produção, pela iniciativa privada, de unidades
habitacionais voltadas para o mercado popular;
IV. regularizar o acesso à terra, por meio do emprego de
instrumentos que assegurem a utilização adequada das áreas vazias e
subutilizadas;
V. impedir novas ocupações irregulares nas margens e faixas de
proteção de rios, córregos e ribeirões em todo o território municipal;
VI. impedir novas ocupações irregulares em áreas de alta
declividade de serras e morros em todo o território municipal;
VII. implementar programas de reabilitação física e ambiental nas
áreas de risco;
VIII. garantir alternativas habitacionais para a população removida
das áreas de risco ou decorrentes de programas de recuperação ambiental e
intervenções urbanísticas;
IX. recuperar as condições, a paisagem e equilíbrio ambiental das
áreas legalmente protegidas, não passíveis de parcelamento e urbanização e de
regularização fundiária, tais como as de mata ciliar e áreas verdes e parques;
X. fortalecer os mecanismos e instâncias de participação com
representantes do poder público, dos moradores e do setor produtivo na
formulação e deliberação das políticas, na definição das prioridades e na
implementação dos programas.
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Art. 11. Com base nos objetivos e diretrizes enunciados nesta Lei, o
Poder Executivo Municipal elaborará e implementará o Plano Municipal de
Habitação - PMH, contendo no mínimo dois Programas: Programa de
Regularização de Loteamentos, Programa de Relocação Habitacional de
Áreas de Risco e de Proteção Ambiental e Programa Integrado de
Recuperação e Revitalização de Áreas Verdes e de Proteção Ambiental.
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Art. 13. Para os fins desta Lei, de forma a resguardar a finalidade social
dos empreendimentos, considera-se Habitação de Interesse Social - HIS aquela
destinada à população com renda familiar mensal limitada a 3 (três) salários
mínimos, produzida diretamente pelo poder público municipal ou com sua
expressa anuência com, no máximo, 1 (um) banheiro por unidade habitacional
e 1 (uma) vaga de estacionamento para cada unidade habitacional;
Capítulo III
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Art. 16. Para se alcançar o objetivo de promoção do Saneamento Ambiental
Integrado, deve ser elaborado Plano Integrado de Drenagem e Unidades
Compactas de Esgotos - PIDUCE, como instrumento da gestão, obtenção de
recursos e ações operativas.
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a) cadastramento cartográfico das áreas verdes (praças,
sistemas de lazer, sistemas de recreio, ilhas centrais de vias públicas e todas as
áreas não edificadas destinadas a arborização e lazer) públicas, especialmente
municipais;
b) ação integrada com a Diretoria Municipal de Esportes e
Lazer na definição de projeto padrão de equipamento desportivo em áreas de
lazer;
c) estabelecimento de programa de arborização urbana com
plantio de espécies adequadas em calçadas e ilhas centrais de vias públicas;
d) estabelecimento dos critérios de provisão e distribuição
das áreas verdes e de lazer, de modo a atingir e garantir a manutenção do índice
de área definido no item “b” anterior;
e) estabelecimento da hierarquização das áreas verdes
destinadas à preservação e ao lazer, especialmente as faixas de preservação de
margens de rios, córregos e ribeirões na área urbana;
f) estabelecimento das formas de caracterização e
manutenção de diversos usos e destinações das áreas verdes e de lazer,
atendendo as demandas diversas considerando gênero, idade e condição física e
garantindo diversidade.
Capítulo IV
Art. 19. O sistema viário, composto por todas as vias de tráfego urbano,
deve estabelecer as condições para a implantação de infra-estrutura, a
ordenação de fluxos e acessibilidade e mobilidade plenas no território.
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III. considerar as questões de logística empresarial no sistema
viário, garantindo a fluidez na acessibilidade de transporte turístico, visando o
desenvolvimento econômico;
IV. articular o Sistema Viário Estrutural e Transporte de escala
municipal com os de escala intermunicipal e estadual, especialmente a Rodovia
Edgar Máximo Zambotto, para junto ao Departamento de Estradas de
Rodagem do Estado de São Paulo obtenção da obra de transposição da estrada
de ferro e vias marginais de acomodação do tráfego rodoviário com as vias
urbanas;
V. estabelecer critérios de distância e equipamentos de obras civis
(pontes, passarelas e túneis) para transposição das barreiras definidas pela rede
hídrica no território municipal, para a fluidez de trânsito por automóveis,
bicicletas e pedestres.
Capítulo V
DO PATRIMÔNIO AMBIENTAL
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Art. 23. São objetivos da Política Municipal de Patrimônio Ambiental:
Capítulo VI
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Art. 27. Para viabilizar os objetivos formulados no artigo anterior,
poderá o Poder Executivo, dentre outras medidas:
I. alienar, respeitadas as cautelas legais, de forma onerosa todos os
imóveis considerados inaproveitáveis para uso público, em especial aqueles
com:
a) dimensões reduzidas;
b) topografia inadequada, com declividades acentuadas;
c) condições de solo inadequadas à edificação;
d) formato inadequado.
II. inserir informações pertinentes acerca dos imóveis públicos no
Cadastro Imobiliário Municipal;
III. viabilizar formas de aquisição de imóveis, a fim de atender a
utilidade e a necessidade pública e o interesse social, e que não compreendam a
desapropriação.
TÍTULO III
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
Capítulo I
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III. ordenação e controle do uso do solo, de forma a combater e
evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade ou conflitos entre usos e atividades
incompatíveis ou inconvenientes;
c) usos ou aproveitamentos excessivos ou inadequados em
relação à infra-estrutura urbana;
d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na
sua subutilização ou não utilização;
e) uso inadequado dos espaços públicos e de áreas de
preservação ambiental.
Capítulo II
DO MACROZONEAMENTO
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III. Macrozona Mista de Densidade Média-Alta (MZD-1) -
corresponde à área urbanizada ao longo das margens e vale do Rio Jundiaí,
desde o limite do município de Campo Limpo Paulista com o município de
Várzea Paulista a oeste por faixa aproximada de 2 km tendo limites em vias
municipais do sistema viário estrutural.
IV. Macrozona Mista de Densidade Média-Baixa (MZD-2) -
corresponde às áreas limítrofes da Macrozona Mista de Densidade Média-Alta,
delimitadas por esta em faixa aproximada de 2 km no sentido norte-sul, tendo
limites em vias municipais do sistema viário estrutural.
V. Macrozona Mista de Densidade Baixa (MZD-3) – corresponde
às áreas limítrofes da Macrozona Mista de Densidade Média-Baixa até as
divisas do município de Campo Limpo Paulista em faixa envoltória
aproximada de 2 km do sul a oeste.
VI. Área de Intervenção Urbana (AIU) – corresponde à área
ocupada ao sul do município, entre a linha da estrada de ferro da
RFFSA/CPTM e os limites do loteamento denominado Parque Santana, tendo
ao norte a Rua Cecílio Rodrigues e englobando os loteamentos denominados
Vila Marieta, Vila Firenze, Outeiro das Paineiras e Parque Santana.
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III. definir e implementar sistemas alternativos de dotação de infra e
superestrutura urbanas de baixo impacto para as áreas já ocupadas;
IV. conter novas ocupações com densidades altas na região
inadequadas às declividades acima de 20% ocorrentes;
V. preservar e dar condições de renovação ao córrego e lago
centrais à Área de Intervenção Urbana e nascentes nos limites a leste,
limítrofes do loteamento Parque Santana.
Capítulo III
DO ZONEAMENTO
Seção I
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§2o. Os demais parâmetros urbanísticos para as Zonas Especiais serão
definidos nas leis municipais que regulamentarão cada uma das classes
nomeadas nos incisos de I e II, especialmente a Lei de Uso e Ocupação do
Solo.
Subseção I
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nativas de recomposição de matas ciliares como implantação de equipamentos
públicos, de recreação e lazer, quando a área demonstrar capacidade para
absorver tais equipamentos; (Alterado pela Lei Complementar nº441 de 26/12/2011)
II ZEIS 2b - áreas de loteamentos irregulares, ocupadas por
moradias de população de baixa renda nas Macrozonas Mistas, devendo o
Poder Público promover a regularização fundiária e física da área, com
implantação de equipamentos de infra-estrutura e serviços públicos; (Alterado
pela Lei Complementar nº441 de 26/12/2011)
Subseção II
Seção II
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Parágrafo único. A Macrozona Mista de Densidade Média-Alta será
subdivida em Zona de Centralidade (ZC) e Zona Mista de Média Alta
Densidade (ZM-MA), a serem pormenorizadas pela Lei de Uso e Ocupação do
Solo, complementar a esta Lei. (Alterado pela Lei Complementar nº441 de 26/12/2011)
Seção III
Seção IV
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TÍTULO IV
Capítulo I
Seção I
Subseção I
Subseção II
Art. 66. Para os fins desta Lei são considerados Usos Geradores de
Interferência no Tráfego as seguintes atividades:
I. geradoras de carga e descarga;
II. geradoras de embarque e desembarque;
III. geradoras de tráfego de pedestres;
IV. caracterizadas como pólos de aglomeração e concentração
geradoras de tráfego.
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Parágrafo único. Os parâmetros para enquadramento como Uso Gerador
de Interferência no Tráfego e as exigências da análise técnica serão definidos
pela legislação municipal referida no Art. 73.
Subseção III
Art. 69. Usos Geradores de Impacto à Vizinhança são todos aqueles que
possam vir a causar alteração significativa no ambiente natural ou construído,
ou sobrecarga na capacidade de atendimento da infra-estrutura básica, quer se
instalem em imóveis públicos ou privados, os quais serão designados
"Empreendimentos de Impacto".
Subseção IV
31
Art. 74. Lei Municipal definirá, além dos dispostos nos itens I a XVI do
Art. 71, Subseção III, Capítulo I, do Título IV os empreendimentos e atividades
que dependerão de elaboração do Relatório Prévio de Análise de Impacto ou
Incômodo a Vizinhança - REPAIIV para obter as licenças ou autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento.
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mesmo, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de
equipamentos comunitários, tais como:
I. ampliação das redes de infra-estrutura urbana;
II. área de terreno ou área edificada para instalação de
equipamentos comunitários em percentual compatível com o necessário para o
atendimento da demanda a ser gerada pelo empreendimento;
III. ampliação e adequação do Sistema Viário Estrutural, faixas de
desaceleração, ponto de ônibus, faixa de pedestres, semaforização;
IV. proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que
minimizem incômodos da atividade;
V. manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos
arquitetônicos ou naturais considerados de interesse paisagístico, histórico,
artístico ou cultural, bem como recuperação ambiental da área;
VI. cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, entre
outros;
VII. percentual de habitação de interesse social no empreendimento;
VIII. possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras
áreas da cidade;
IX. manutenção de áreas verdes.
Seção II
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I. Zona de Centralidade
índices
C.A.mínimo 0,25
C.A.básico 1
C.A.máximo 2,5
T.O. 80
(Alterado pela Lei Complementar nº380 de 24/11/2009)
Índices
C.A.mínimo 0,25
C.A.básico 1
C.A.máximo 2
T.O. 70%
Índices
C.A.mínimo 0,25
C.A.básico 1
C.A.máximo 1,5
T.O. 70%
(Alterado pela Lei Complementar nº380 de 24/11/2009)
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IV. Zona Industrial ZI – zona de uso e ocupação por indústrias com
atividades de impacto de tráfego por transporte de carga no sistema viário e de
incômodo aos usos residenciais.
Índices
C.A.mínimo 0,25
C.A.básico 1,2
C.A.máximo 2
T.O. 60%
Índices
C.A.mínimo 0,20
C.A.básico 1
C.A.máximo 2
T.O. 70%
Índices
C.A.mínimo 0,2
C.A.básico 1
C.A.máximo 1,5
T.O. 50%
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VII. AIU – Área de Intervenção Urbana
Índices
C.A.mínimo 0,1
C.A.básico 1
C.A.máximo 1,5
T.O. 60%
(Alterado pela Lei Complementar nº380 de 24/11/2009)
Índices
C.A.mínimo 0,05
C.A.básico 0,5
C.A.máximo 1
T.O. 50%
Índices
C.A.mínimo 0,02
C.A.básico 0,1
C.A.máximo 1,0
T.O. 30%
(Alterado pela Lei Complementar nº380 de 24/11/2009)
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Art. 82. Os índices reguladores da ocupação (CA - Coeficiente de
Aproveitamento; TO - Taxa de Ocupação; RECUOS e GABARITOS) por
Zona serão reti-ratificados e pormenorizados pela Lei de Uso e Ocupação do
Solo (LUOS) que também definirá os índices por Zona para Taxa de
Permeabilidade com base nas diretrizes dos índices do artigo anterior.
Art. 84. Em caso de uso misto, o uso não-residencial deverá ser não-
incômodo e se limitará aos dois primeiros pavimentos da edificação.
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Seção III
DO PARCELAMENTO DO SOLO
Art. 89. Nenhuma gleba poderá ser parcelada ou loteada sem consulta
prévia a Secretaria de Obras e Planejamento da Prefeitura Municipal de Campo
Limpo Paulista para obtenção das diretrizes de ocupação incluindo tanto os
parâmetros de uso e ocupação quanto abertura de ruas conforme as definidas
neste Plano Diretor de composição de Sistema Viário hierarquizado.
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CAPÍTULO II
Seção I
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VII. serviços de elaboração de produtos de informática e
telecomunição
Seção II
41
Art. 95. A instalação de qualquer uso ou atividade na Macrozona
Ambiental de Proteção Permanente fica sujeita ao licenciamento ambiental
municipal e estadual, devendo atender à legislação ambiental vigente.
§ 2o. Os usos específicos definidos pelo art. 94, parágrafo 2º, alínea d,
serão avaliados para licenciamento conforme Impacto de Incômodo e geração
de tráfego, devendo atender as exigências de nível de incômodo a ser definida
pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
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TÍTULO V
Capítulo I
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e) Outorga Onerosa do Direito de Construir;
f) Transferência do Direito de Construir;
g) Operações Urbanas Consorciadas;
h) Consórcio Imobiliário;
i) Direito de Preempção;
j) Direito de Superfície;
k) Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança;
l) Licenciamento Ambiental;
m) Tombamento;
n) Desapropriação;
o) Compensação Ambiental.
III. Instrumentos de regularização fundiária:
a) Concessão de Direito Real de Uso;
b) Concessão de Uso Especial para fins de Moradia;
c) Assistência técnica e jurídica gratuita para as
comunidades e grupos sociais menos favorecidos, especialmente na propositura
de ações de usucapião.
IV. Instrumentos tributários e financeiros:
a) Tributos municipais diversos;
b) Taxas e tarifas públicas específicas;
c) Contribuição de Melhoria;
d) Incentivos e benefícios fiscais;
V. Instrumentos jurídico-administrativos:
a) Servidão Administrativa e limitações administrativas;
b) Concessão, Permissão ou Autorização de uso de bens
públicos municipais;
c) Contratos de concessão dos serviços públicos urbanos;
d) Contratos de gestão com concessionária pública
municipal de serviços urbanos;
e) Convênios e acordos técnicos, operacionais e de
cooperação institucional;
f) Termo administrativo de ajustamento de conduta;
g) Dação de Imóveis em pagamento da dívida.
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VI. Instrumentos de democratização da gestão urbana:
a) Conselhos municipais;
b) Fundos municipais;
c) Gestão orçamentária participativa;
d) Audiências e consultas públicas;
e) Conferências municipais;
f) Iniciativa popular de projetos de lei;
g) Referendo popular e plebiscito.
Capítulo II
§ 1o. Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este
artigo propor ao Executivo o estabelecimento do Consórcio Imobiliário,
conforme disposições do artigo 46 do Estatuto da Cidade.
§ 6o. Considera-se solo urbano não utilizado todo tipo de edificação que
esteja comprovadamante desocupada há mais de dois anos, ressalvados os
casos dos imóveis integrantes de massa falida.
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§ 1o. A notificação far-se-á:
I. por funcionário do órgão competente do Executivo, ao
proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha
poderes de gerência geral ou administrativa;
II. por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de
notificação na forma prevista pelo inciso I.
§1o. Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal
e serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por
cento ao ano.
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§2o. O valor real da indenização:
I. refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o
montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na
área onde o mesmo se localiza após a notificação prevista no artigo 101;
II. não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.
§3o. Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para
pagamento de tributos.
Capítulo IV
49
Art. 105. As áreas passíveis de Outorga Onerosa são todas aquelas onde
o Direito de Construir poderá ser exercido acima Coeficiente de
Aproveitamento Básico até o limite estabelecido pelo uso do Coeficiente de
Aproveitamento Máximo, mediante contrapartida financeira.
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Art. 108. Poderá ser permitida a utilização do coeficiente acima do
básico até o limite máximo com contrapartida de destinação de partes da área
do terreno para usos de interesse público como melhorias e ampliação de
sistema viário ou transferência de propriedade para o Poder Municipal de
partes do terreno a ser utilizado ou outro terreno em local diverso para
implantação de equipamentos públicos em áreas deficitárias.
Capítulo V
§ 1o. Os imóveis listados nos incisos I e III poderão transferir até 100%
(cem por cento) do coeficiente de aproveitamento básico não utilizado.
51
§ 3o. A transferência de potencial construtivo prevista no inciso IV
deste artigo só será concedida ao proprietário que doar ao Município seu
imóvel, para os fins previstos neste artigo.
52
Art. 113. O impacto da concessão de outorga de potencial construtivo
adicional e de transferência do direito de construir deverá ser monitorado
permanentemente pelo Executivo, que tornará públicos, anualmente, os
relatórios do monitoramento.
Capítulo VI
Art. 116. Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei
específica que, de acordo com as disposições dos artigos 32 a 34 do Estatuto da
Cidade, conterá, no mínimo:
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I. delimitação do perímetro da área de abrangência;
II. finalidade da operação;
III. programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV. Relatório de Impacto Ambiental e Incômodo de Vizinhança -
REIPAV;
V. garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de
especial valor cultural e ambiental, protegidos por tombamento ou lei;
VI. contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários
permanentes e investidores privados em função dos benefícios recebidos;
VII. forma de controle e monitoramento da operação;
VIII. conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de
contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.
55
Capítulo VII
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
56
Art. 121. Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por
termo de responsabilidade e participação pactuados entre o proprietário urbano
e a Municipalidade, visando à garantia da execução das obras do
empreendimento, bem como das obras de uso público.
Capítulo VIII
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
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Parágrafo único. Os imóveis colocados à venda nas áreas definidas no
"caput" deverão ser necessariamente oferecidos ao Município, que terá
preferência para aquisição pelo prazo de cinco anos.
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§1o. A Prefeitura fará publicar, nos termos do artigo 122 a 124, num
jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação
recebida e a intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta
apresentada.
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Capítulo IX
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
60
TÍTULO VI
CAPÍTULO I
Seção I
CAPÍTULO II
63
Seção I
64
TÍTULO VII
Capítulo I
65
Capítulo II
Art. 142. Integram esta Lei Complementar: (Alterado pela Lei Complementar
nº380 de 24/11/2009)
I - Mapa 01 – Macrozoneamento;
IV – Glossário.
junho de 1992.
ARMANDO HASHIMOTO
Prefeito Municipal
66
Glossário
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vida da população residente na área e suas
proximidades, devendo observar no mínimo as
questões de Adensamento populacional,
equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação
do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e
demanda por transporte público, ventilação
iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e
cultural.
Frente do lote ou é a dimensão da face do lote voltada para o
Testada logradouro.
Gabarito Limite máximo de altura das construções, definido em
número de pavimentos.
Impacto Urbanístico Impacto físico-funcional, na paisagem urbana, sócio-
econômicas- culturais, causado por um
empreendimento ou uma intervenção urbana.
Incômodo potencialidade ou efeito gerado pela atividade
incompatível com o bem-estar coletivo e os padrões
definidos para uma determinada área.
Lote é o terreno resultante de loteamento,
desmembramento, desdobramento ou englobamento
para fins urbanos, com pelo menos uma divisa com
logradouro público.
Lote lindeiro são considerados lotes lindeiros aqueles limítrofes
com outro lote ou logradouro público.
Pavimento espaço construído em uma edificação, compreendido
entre dois pisos sobrepostos ou entre o piso e o teto.
Potencial Construtivo é o produto resultante da multiplicação de sua área
pelo Coeficiente de Aproveitamento.
Potencial Construtivo é a diferença entre o Potencial Construtivo igual ou
Adicional inferior ao Máximo e o Potencial Construtivo Básico.
Potencial Construtivo é o produto resultante da multiplicação de sua área
Básico pelo Coeficiente de Aproveitamento Básico fixado
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para a zona onde está localizado.
Potencial Construtivo é o produto resultante da multiplicação de sua área
Máximo pelo Coeficiente de Aproveitamento Máximo fixado
para a zona onde está localizado.
Potencial Construtivo é o produto resultante da multiplicação de sua área
Mínimo pelo Coeficiente de Aproveitamento Mínimo fixado
para a zona onde está localizado.
Potencial Construtivo é a área construída computável.
Utilizado
Potencial Construtivo é o potencial dos Imóveis de Interesse do Patrimônio,
Não Utilizado ou de lindeiros ou defrontantes a parques, e, de
interesse para a regularização fundiária, passível de
ser transferido para outras áreas.
Pólo Gerador de Pólo Gerador de Tráfego: uso ou atividade que para
Tráfego seu funcionamento gere interferências no tráfego do
entorno impondo necessidades de área para
estacionamento, embarque e desembarque de
passageiros, carga e descarga de mercadorias.
Residencial é a edificação destinada a mais de uma unidade
Multifamiliar habitacional.
Residencial é a edificação destinada à habitação para uma única
Unifamiliar família.
Sistema Viário compreende as áreas utilizadas para vias de
circulação, parada ou estacionamento de pedestres ou
veículos.
Taxa de Ocupação é a relação percentual entre a área da projeção
horizontal da edificação e a área do lote.
Taxa de é a relação percentual entre a parte permeável, que
Permeabilidade permita infiltração de água no solo, livre de qualquer
edificação, e a área do lote.
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