MODELOrelatorio de Estagio Gestao Faramceutica

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FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

Avenida Universitária, nº 683,CEP – 75080-150, Centro


Fone/fax: 30983838 - Anápolis – GO.
www.anhanguera.com

ANHANGUERA EDUCACIONAL
FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS
CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO FARMACÊUTICA
PERÍODO: º.7

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM


GESTÃO FARMACÊUTICA

Estagiário: Rafael Lucas coelho nogueira


R.A.: 221352912211
Prof. Orientador: Lorena Lisita Inácio

Anápolis-GO
2019

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO GESTÃO FARMACÊUTICA

IDENTIFICAÇÃO DO ESTAGIÁRIO
Nome: Rafael Lucas Coelho Nogueira
RA: 221352912211

LOCAL DO ESTÁGIO
Local do estágio: Faculdade Anhanguera de Anápolis

Endereço: Avenida Universitaria,683 Centro – Anápolis Goias

CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO
Período de Realização: 16/08/2019 a 22/11/2019
Carga Horária Diária: 4 horas
Carga Horária Total: 60 horas

CARACTERIZAÇÃO DOS SUPERVISORES


Supervisor Local: Lorena Lisita Inácio

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

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OBJETIVOS...............................................................................................................................4

MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................................4

PLANO DE ATIVIDADES........................................................................................................7

ATIVIDADES REALIZADAS ...............................................................................................13

CONCLUSÃO..........................................................................................................................13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................13

ANEXOS..................................................................................................................................14

FICHA DE AVALIAÇÃO ......................................................................................................19

FICHA DE FREQUÊNCIA .....................................................................................................20

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INTRODUÇÃO

A ideia de liderança, atualmente, está atrelada ao conceito de gerência. Os


estudiosos da área reconhecem que a liderança é um fenômeno não privativo da gerência,
uma vez que há pessoas que a exercem sem estarem na condição de gerentes. Contudo,
não se concebe um gerente sem ser líder. E essa conclusão é fácil de entender, quando se
observa que a função de um gestor é conduzir pessoas e recursos para a obtenção de
resultados, característica nata de um líder, isto é, ser capaz de influenciar pessoas para o
alcance de um objetivo comum.
A gestão é basicamente como administrar para gerar resultado. A gestão
farmacêutica envolve princípios da administração, que por sua vez, envolve números. A
matemática é imprescindível para uma boa administração. Por sua vez, gestão ficou
conceituada como a atividade e a responsabilidade de dirigir um sistema de saúde
(municipal, estadual ou federal), mediante o exercício de funções de coordenação,
articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria.
Quem exerce essas funções são os secretários municipais, estaduais e federais de saúde.
A gestão é, portanto, um processo técnico porque exige capacidade analítica com
base em conhecimento científico. No caso da gestão da saúde, por exemplo, para se
tomarem decisões, é necessário utilizar informações referentes à situação de saúde e ao uso
de medicamentos de uma determinada população, de forma sistematizada, atualizada e
com base em métodos epidemiológicos e sociológicos. Da mesma forma, a gestão da saúde
utiliza-se de tecnologias de planejamento, de suas técnicas e métodos, para análise da
situação (diagnóstico), para identificação e priorização de problemas e para definição da
Imagem Objetivo a ser alcançada.
O farmacêutico é um profissional que desenvolve as atividades de seleção,
programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação, conforme prevê o
ciclo da assistência farmacêutica (MARIN et al., 2003). Um profissional envolvido com
tantas atividades corre o risco de ficar isolado em um ciclo fechado, com pouco
envolvimento com outros profissionais e setores nos serviços de atenção à saúde. Além
disso, as atividades são realizadas de forma tão automatizada que o profissional pode
acabar não refletindo sobre o que está fazendo e perder o foco do objetivo final.
No Brasil, o ciclo da assistência farmacêutica é, tradicionalmente, discutido com
base na publicação de Marin e colaboradores (2003), intitulada “Assistência Farmacêutica
para gerentes municipais”. Para os autores dessa publicação, a gestão é reconhecida como
um processo administrativo e ocorre em todos os níveis de atividades da organização, isto
é, gestor, gerente e supervisor. Cada qual em um nível desempenha atividades de previsão,
organização, liderança, coordenação e controle, como “atividades administrativas
essenciais” (MARIN et al., 2003).
Gerenciar a assistência farmacêutica é aliar todo o saber e fazer tecnicamente
qualificado do farmacêutico com o saber e o fazer político e social de um gestor em um
sistema de saúde. É conduzir as etapas de forma que se alcancem os resultados esperados
pelo sistema de saúde.

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OBJETIVO

Administração do estabelecimento farmacêutico com foco na geração de resultados


positivos e na excelência da qualidade do atendimento ofertado ao paciente.

MATERIAL E METODOS

Modelo de Gestão do SUS

As funções do farmacêutico na Saúde Pública na Atenção Primária à Saúde se


dividem entre ações técnico-gerenciais e ações técnico-assistenciais. As ações técnico-
gerenciais se constituem em atividades meio e são ações de suporte ao processo gerencial
da assistência farmacêutica (AF) voltadas principalmente para a logística do medicamento.
Estas também dão suporte à prescrição e dispensação. As ações técnico-assistenciais
visam o cuidado ao usuário, considerando o uso do medicamento, contribuindo para a
efetividade do tratamento, seja no âmbito individual ou coletivo por meio de ações
voltadas ao paciente e não ao medicamento. Se baseiam na gestão clínica do medicamento
e se caracterizam por serviços centrados no usuário de forma a garantir a utilização correta
de medicamentos e a obtenção de resultados terapêuticos positivos.

Na gestão da assistência farmacêutica no âmbito do SUS:

- Realiza e insere a assistência farmacêutica no sistema de atenção à saúde;

- Elabora, juntamente com outros profissionais envolvidos, o plano de saúde e outras


ferramentas relacionadas com a gestão na área em que atua;

- Garante o adequado armazenamento, distribuição e dispensação dos medicamentos;

- Desenvolve e utiliza ferramentas que facilitem o acompanhamento do plano de saúde;

- Garante o cumprimento das normas sanitárias e legais pertinentes;

- Formula, juntamente com outros profissionais envolvidos, políticas relacionadas à saúde;

- Promove o uso racional dos medicamentos;

- É responsável, juntamente com outros profissionais envolvidos, por selecionar os


medicamentos adquiridos em sua área de atuação;

- Realiza treinamentos de capacitação do pessoal envolvido na assistência farmacêutica;

- É responsável, juntamente com outros profissionais envolvidos, pelo descarte de resíduos


gerado pelos serviços de saúde;

- Participa do desenvolvimento de editais utilizados para a obtenção de medicamentos e


correlatos, e das demais etapas do processo de seleção;
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- Faz parte do planejamento de ações, de acordo com a política de saúde adotada;

- Coordena atividades relacionadas à assistência farmacêutica no âmbito do serviço


público.

- Participar do planejamento, estruturação e organização da assistência farmacêutica no


âmbito municipal;

- Elaborar e acompanhar a implementação de normas e Procedimentos Operacionais


Padrão (POP) das ações da Assistência Farmacêutica para organização dos serviços, bem
como divulgá-los e revisá-los periodicamente.

Gestão em boas práticas de fabricação:

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o direito do consumidor quanto à sua


saúde é um dos direitos humanos básicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do
Brasil, por meio de legislação e fiscalização, tem o dever de garantir ao consumidor o
direito a produtos e serviços com boa qualidade sanitária. É dever das empresas
farmacêuticas, portanto, ter um cuidado rigoroso com a qualidade e a segurança dos
produtos e processos.

As normas que regem as Boas Práticas de Fabricação vão desde as instalações


industriais, passando por regras de higiene pessoal e limpeza e conservação do local de
trabalho, até a descrição, por escrito, dos procedimentos envolvidos no processamento do
produto.

O conjunto das normas de Boas Práticas de Fabricação é uma ferramenta muito


importante do sistema de Garantia da Qualidade, pois define e padroniza métodos que
regulamentam todas as atividades de fabricação de um produto, envolvendo a participação
das pessoas, o processo de produção, as condições de uso dos equipamentos, as matérias-
primas, as embalagens e os rótulos, a manutenção, a segurança e a proteção ambiental, o
armazenamento dos insumos e produtos, a expedição de produtos, sua distribuição e seu
transporte.
O principal objetivo das normas de Boas Práticas de Fabricação é combater e evitar
contaminações cruzadas ao longo do ciclo de fabricação, garantir proteção ao
consumidor, pois dão a certeza de que os produtos serão produzidos em condições
adequadas. Também ajudam a empresa, que não terá uma concorrência desleal. As
BPF equacionam as relações e permitem que a produção tenha um nível de
excelência.
O Estado é o principal verificador do cumprimento das normas. A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável por fiscalizar e ver se as
medidas estão realmente sendo adotadas. O critério da Anvisa para a fiscalização tem
como base a legislação sanitária do governo federal. Independentemente de em qual
Estado ou município a indústria esteja instalada, as normas devem ser seguidas
rigorosamente.

Vantagens da implantação do programa de Boas Práticas de Fabricação:


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1. Aumento de vida útil:  Etapas de um processo tomando as devidas medidas


preventivas ajudam na elevação do shelf-life do seu produto.
2. Qualidade do produto: Uma produção mais cuidadosa diminui os riscos de
contaminação e aumenta a qualidade do produto final.
3. Contaminação cruzada: Evita o contato da matéria-prima possivelmente
contaminada com o produto em questão.
4. Melhorar a saúde dos manipuladores: Diminui a ausência de funcionários
enfermos, prezando pela higiene, e consequentemente aumentando a produtividade da sua
empresa.
5. Diminuir os desperdícios: Com essas medidas bem aplicadas diminuímos
consideravelmente os desperdícios de matéria-prima e aumentamos o rendimento do nosso
processo.
6. Otimização de processos: Quando temos tudo bem documentado e explicado fica
muito mais fácil ensinar um novo funcionário como funcionam os procedimentos,
deixando o aprendizado muito mais dinâmico e conseguindo aprimorar os processos.
7. Atender as leis vigentes: Estar em dia com as leis vigentes no país de exercício é
fundamental para ganhar relevância e notoriedade entre os consumidores, além de evitar
multas indesejáveis por descuido.

Injetáveis:

A aplicação de medicamentos injetáveis em farmácias e drogarias requer a


supervisão do farmacêutico. Por sua vez, esse profissional precisa de conhecimento técnico
fundamental para que este serviço seja executado nos estabelecimentos farmacêuticos de
forma efetiva, segura e regulamentada.

Aplicando os conceitos em atenção farmacêutica, praticada centrada no paciente


‘’que busca melhorar a qualidade do processo de utilização de medicamentos’’ o
farmacêutico tem um papel fundamental, pois e o profissional que detém conhecimento de
fármacos. As informações sobre posologia, reações adversas, interações medicamentosas e
outras características dos medicamentos devem ser conhecidas para garantir uma aplicação
segura.

Na primeira etapa do procedimento com injetável que consiste na avaliação da


prescrição, deve ser feita uma análise dos possíveis riscos envolvidos na aplicação,
considerando as condições. Uma análise criteriosa deve ser feita principalmente no
atendimento a idosos, crianças e portadores de doenças crônicas e gestantes. Sempre que
for detectado algum problema ou dúvida na avaliação da receita, o farmacêutico deve
entrar em contato com o médico para esclarecimentos se necessárias trocas de prescrições.

Gerenciamento de farmácia hospitalar

O objetivo principal do gerenciamento de farmácia hospitalar é, obviamente, garantir


o conforto e o bem-estar do paciente. Revisar o orçamento ponto a ponto, reduzir as
despesas. O responsável pelo setor farmacêutico deve ser capaz de abraçar a causa e estar
em forte contato com os demais gestores, para certificar-se de que o orçamento revisado
está de acordo com suas exigências.
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O principal desafio das farmácias hospitalares e garantir a disponibilidade máxima


dos produtos com o menor nível de estoque possível, por isso, a gestão eficiente e
fundamental. Ela pode ser classificada em dois tipos de atividades: as operacionais, que
envolvem o controle de movimentação dos produtos, registro de movimentações
recebimentos, conferencias, armazenamento e distribuição, e as estratégicas, que buscam
uma reposição mais eficiente por meio da análise dos dados de distribuição de estoques.

As ferramentas de gestão visam a eficiência na prestação de serviços farmacêuticos,


evitando desequilíbrios no nível de armazenamento e consequente interrupção das
atividades. E imprescindível estabelecer padrões para garantir a qualidade e a especificação
adequada dos produtos, além do armazenamento apropriado e a preocupação com o uso
seguro de todos os medicamentos e insumos.

Cronograma:

Planejamento: Consiste em captar informações sobre recursos financeiros e necessidades


de consumo, com base nesses dados, determinar as necessidades de distribuição de
materiais e insumos, planejar a capacidade de atendimento e a realizar o gerenciamento do
estoque.

Abastecimento: Compreende compra, recebimento, inspeção, armazenamento e


distribuição dos medicamentos e insumos conforme a demanda. Devem ser mantidos
registros atualizados de preços, realizadas avaliações contates da qualidade dos produtos e
da certificação dos fornecedores, além de atenção as exigências contratuais e condições de
pagamento.

Execução: Envolve a solicitação e recebimento de materiais, teste dos produtos,


armazenamento dos medicamentos e insumos, embalo e distribuição. Um aspecto
fundamental e a avaliação do sistema de controle, o mobiliário e equipamentos disponíveis
e os procedimentos envolvidos no agendamento das compras e seu recebimento.

Distribuição: Se relaciona com a implantação de pedidos, controle da base de dados dos


medicamentos e pacientes, desenvolvimento de rótulos e embalagens necessárias a
distribuição, e registro detalhado das prescrições dos produtos.

RDC 301 -21/09/2019 Boas Práticas de Fabricação

Dispõe sobre as diretrizes gerais de Boas Práticas de Fabricação (BPF) de


Medicamentos. Ela substitui a RDC 17/10 e detalha o Esquema de Cooperação em
Inspeção Farmacêutica, PIC/s, como requisito mínimo a ser seguido na fabricação de
medicamentos.

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Com a aprovação das BPF foram atualizadas com a aprovação, o que garante que a
população tenha acesso seguro a medicamentos e o aprimoramento do marco regulatório
nacional seguindo padrões internacionais de referência.

As novas regras possibilitam que o Brasil amplie as exportações de medicamentos


para os maiores mercados farmacêuticos do mundo.

Dessa forma, o País torna-se mais competitivo no mercado farmacêutico. O


regulamento de BPF é a principal norma reguladora da qualidade dos medicamentos. Os
consumidores esperam que, cada lote do medicamento que eles utilizam, tenha o mesmo
padrão de qualidade, segurança e eficácia. Não é familiar à maioria dos consumidores os
critérios de BPF ou como a Anvisa garante que os processos de fabricação de
medicamentos atendam a esses objetivos básicos. BPF contribuem para garantir a
qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos as instalações em boas condições,
equipamentos devidamente mantidos e qualificados, funcionários totalmente qualificados,
além de processos confiáveis e reprodutíveis.

Saúde pública aspectos evolutivos e conceituais

As políticas públicas de saúde no Brasil têm sofrido modificações ao longo dos anos,
e tais mudanças historicamente têm sido pelo menos aparentemente para adequarem-se aos
contextos políticos, econômicos e sociais. Somente com a chegada da família real, em
1808, é que algumas normas sanitárias foram impostas para os portos, numa tentativa de
impedir a entrada de doenças contagiosas que pudessem colocar em risco a integridade da
saúde da realeza. Em 1822, com a Independência do Brasil, algumas políticas débeis de
saúde foram implantadas, tais políticas eram referentes ao controle dos portos e atribuía às
províncias quaisquer decisões sobre tais questões.

Somente com a Proclamação da República, em 1889, é que as práticas de saúde em


nível nacional tiveram início. Oswaldo Cruz e Carlos Chagas que estiveram à frente da
Diretoria Geral de Saúde pública (DGSP), implementaram um modelo sanitarista visando
erradicar epidemias urbanas e a criação de um novo Código de Saúde Pública, tornando-se
responsável pelos serviços sanitários e de profilaxia no país, respectivamente.

Na década de 70 surgiu o Movimento da Reforma Sanitária que tinha como objetivo


conquistar a democracia para mudar o sistema de saúde. O conceito saúde – doença bem
como o processo de trabalho e a determinação social da doença foram rediscutidos. -
Se Sistema Único de Saúde (SUS) além de ter consolidado as ideias da Reforma Sanitária.

A saúde ganhou espaço a partir de então com a Constituição Federal de 1988 (CF\88)
que criou o SUS rompendo, dessa forma, com o antigo modelo de saúde que era dominado
pelo sistema previdenciário. A saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado. Os
princípios e diretrizes estabelecidos foram: descentralização, integralidade, participação da
comunidade, regionalização e hierarquização.

O SUS foi regulamentado em 1990, onde se deu destaque para a construção de um


modelo de atenção fundamentado na epidemiologia, controle social, descentralização e
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regionalização com base municipal. A primeira lei regulamenta o SUS em todo o país
definindo seus princípios e diretrizes, que contemplam a universalidade, a integralidade da
assistência, equidade, descentralização e a participação da comunidade. Estabelece
condições para o norteamento do gerenciamento e sobre as condições para a promoção,
proteção, recuperação da saúde, organização e funcionamento dos serviços de saúde. A
segunda regulamenta a participação da sociedade na formulação das políticas de saúde,
dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos através do Fundo Nacional
de Saúde, que faria o repasse de forma regular e automática para cada esfera

A União passou a normalizar e financiar e os Municípios a executar as ações. Criou a


Programação Pactuada e Integrada (PPI), que tinha como objetivo alocar recursos de
assistência à saúde nos estados e municípios, como forma de universalizar o acesso da
população a todo tipo de assistência nos três níveis de complexidade.

Em 2006 com o Pacto pela Saúde, passando a vigorar o Termo de Compromisso e


Gestão (TCG) que contemplava atribuições dos entes federados bem como os indicadores
de monitoramento e avaliação dos Pactos. Nas suas três dimensões, Pacto pela Vida, em
Defesa do SUS e Gestão do SUS, foram estabelecidas no primeiro seis prioridades
representando o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que
apresentem impacto sobre a situação de saúde da população brasileira, que são: Saúde do
Idoso; Controle do câncer de colo do útero e da mama; Redução da mortalidade infantil e
materna; Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endêmicas,
com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; Promoção da Saúde;
Fortalecimento da Atenção Básica.

Em 2008 a Portaria do MS Nº 325\08 criou mais cinco prioridades no Pacto pela


Vida. As cinco prioridades estabelecidas foram: Saúde do Trabalhador; Saúde Mental;
Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência;
Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; Saúde do Homem .O Pacto
em Defesa do SUS expressa os compromissos entre os gestores com a consolidação do
processo da Reforma Sanitária Brasileira e o Pacto de Gestão do SUS estabelece as
responsabilidades dos entes federados para o fortalecimento da gestão em seus eixos de
ação.

Já em 2011 com o Decreto Nº 7.508\2011 tendo como objetivo a organização e a


integração das ações e serviços de saúde, sob responsabilidade dos entes federativos com a
finalidade de garantir a integralidade das ações e serviços de saúde a partir da definição de
responsabilidades, indicadores e metas de saúde, desempenho, recursos financeiros.
Reconhece a atenção básica como porta de entrada do sistema e como eixo principal das
Redes de Atenção à Saúde que constitui um conjunto de ações e serviços de saúde
articulados em níveis de complexidade crescente com o intuito de garantir a integralidade
tendo como porta de entrada para tais ações a atenção primária; urgência e emergência;
atenção psicossocial e serviços especiais de acesso aberto e a partir destes partem as
referências para serviços de atenção ambulatorial e hospitalar especializado.

Por fim, o SUS representa o maior projeto de inclusão social no Brasil,


proporcionando aos que antes eram excluídos pelo sistema garantia de assistência à saúde.
Entretanto a despeito da mesma imponência do projeto gigantescas dificuldades são
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encontradas em sua implementação relacionadas ao financiamento, regulação incipiente,


precárias condições de trabalho falhas na descentralização. Necessitando de um
fortalecimento no que se refere à regulação da assistência à saúde no país que apesar dos
avanços obtidos com a descentralização explicita problemas como leitos insuficientes para
atender a demanda da população que necessita de atendimentos, principalmente de média e
alta complexidade, que em sua maioria estão sob o poder do setor privado complementar e
filantrópico.

Atuação profissional dos farmacêuticos no Brasil: perfil sociodemográfico e dinâmica


de trabalho em farmácias e drogarias privadas

O profissional farmacêutico encontra-se em estabelecimento estratégico - farmácia


ou drogaria - e de amplo alcance à população, o que o torna um profissional privilegiado
para a promoção do uso racional de medicamentos, para uma dispensação voltada à
necessidade do usuário que busca pelos medicamentos. No entanto, esta prática pode ser
prejudicada pela falta de uma área privativa para atendimentos aos clientes e pela precária
autonomia dos farmacêuticos para atuarem no cuidado direto aos clientes. Dentre suas
muitas atribuições nestes espaços, há um conjunto de atividades administrativas e
burocráticas que consomem grande parte do tempo de trabalho, limitando sua dedicação
direta aos clientes.

No contexto nacional, a luta por ressignificar a prática profissional do farmacêutico e


por valorizar o espaço das farmácias como estabelecimentos de saúde tem sido
empreendida pelos conselhos, sindicatos corporativos de farmacêuticos e o Ministério da
Saúde.

A crise na identidade profissional e em consequência a falta de reconhecimento


social e sua pouca inserção na equipe multiprofissional de saúde; deficiências na formação,
excessivamente tecnicista - o que gera um descompasso entre a formação dos
farmacêuticos e as demandas dos serviços de atenção à saúde, tanto públicos como
privados.

Os profissionais que atuam em outras áreas da profissão farmacêutica procuram se


especializar muito mais do que aqueles que trabalham com dispensação em farmácias e
drogarias. Este setor é visto pelos próprios farmacêuticos como “local de passagem”, como
uma alternativa ao desemprego, até surgir uma proposta melhor de trabalho. Além disso,
outro aspecto que interfere na busca por especializações e aperfeiçoamentos profissionais é
a carga horária de trabalho intensa, inclusive aos finais de semana, além da baixa
remuneração do setor. Tais constatações foram corroboradas no levantamento “Perfil do
farmacêutico no Brasil”, no qual a carga horária excessiva de trabalho e os baixos salários
são as principais reclamações dos profissionais

Farmácias e drogarias privadas ocupam posições privilegiadas no processo de


aquisição e dispensação de medicamentos no Brasil, sendo urgente transformá-las em
espaços legítimos para realização de atividades que promovam seu uso seguro e racional.
Presença e atuação do farmacêutico nesses espaços se justificam pelo fato de que o uso
racional dos medicamentos demanda conhecimento técnico-científico aprofundado sobre
suas características.

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Gestão farmacêutica- Desafio para novos profissionais

A carreira de farmacêutico gestor é prioritária e pode ser exercida no nível tático ou


estratégico de qualquer corporação do ramo farmacêutico. Ao atuar como gerente ou
diretor farmacêutico, o profissional une o tecnicismo das áreas da farmácia com os
conhecimentos de gestão necessários para obtenção de bons resultados corporativos.
Ser gestor exige do profissional conhecimentos aprofundados em gestão empresarial,
aptidão para tarefas administrativas, visão estratégica e algumas habilidades, como
liderança e comunicação. É preciso que este profissional possua competência voltada para
o trabalho em equipe. O papel do gestor é dar condições apropriadas para que seus
colaboradores realizem seus trabalhos, além de criar indicadores para medir a eficiência
deles.

Farmacêutico gestor e suas áreas de atuação:

Industria de medicamentos, alimentos e cosmética:


 Estabelece objetivos, metas, estratégias, ações e indicadores de desempenho capazes
de auxiliar no alcance das metas da empresa;
  Providencia capacitação para todos os integrantes da sua equipe, bem como a
alocação adequada de pessoal com o intuito de auxiliar no atingimento das metas;
  Cobra de seus colaboradores o cumprimento dos objetivos e metas, conforme as
negociações realizadas, os quais poderão servir para avaliação de desempenho das pessoas
e equipes;

 Participa de reuniões com fornecedores e prestadores de serviços;


 Coordena a elaboração de planos de objetivos e metas para as atividades que compõem
a diretoria.

Farmácia, drogaria e farmácia magistral:


 Garante o cumprimento das boas práticas de dispensação e manipulação;
 Garante a manutenção do sistema de remoção de itens vencidos;
  Garante o suprimento dos produtos;
 Contribui na implantação de políticas e procedimentos para as operações internas da
farmácia.

Laboratório de análises clínicas


 Contribui na implantação de políticas e procedimentos para as operações internas do
laboratório de análise clínicas;
 Acompanha e analisa os resultados da empresa, objetivando o controle de custos e a
maximização de lucros.
 Garante o fluxo correto de liberação de laudos;
 Participa do planejamento das ações de marketing e visitação médica da empresa;

Atuação do Farmacêutico na Estética avançada:

A Farmácia Estética vem despertado grande interesse de muitos Farmacêuticos pela


busca de melhores salários e a jornada de trabalho mais convidativa, pela qual o
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profissional pode decidir seu horário de trabalho. Além disso, possibilita a esse profissional
ampliar sua visão ao cuidar do belo e não somente de doenças. A grande chave do sucesso
na Saúde Estética é você estudar e se especializar cada vez mais.

Além da responsabilidade técnica de estabelecimentos de atividades estéticas, o


Farmacêutico Esteta também realiza consultas, prescrições e realiza vários procedimentos
estéticos para tratamento de diversas disfunções estéticas

Para atuar no âmbito da saúde estética, em clínicas, consultórios ou até mesmo o


profissional precisa incorporar esse novo perfil de farmacêutico exigido para o
desempenho de suas práticas clínicas.

Precisa também considerar e adquirir todas as habilidades e competências


necessárias para selecionar e executar todas as técnicas e recursos utilizados em um
estabelecimento de saúde estética. Assim, é possível prover ao paciente um tratamento
seguro e eficaz.

No entanto, o mais importante é saber avaliar as necessidades objetivas e subjetivas


do paciente, de forma individualizada, provendo um atendimento personalizado e
otimizado a cada indivíduo.

RESULTADOS DAS ATIVIDADES REALIZADAS

No estágio realizado pode-se observar a importância do profissional farmacêutico,


pois ele tem a principal função na farmácia.
Cabe a ele zelar pelo perfeito desempenho ético da farmácia e pelo prestígio da
profissão farmacêutica, supervisionar os demais funcionários, bem como o restante do
estabelecimento para que todas as atividades sejam bem realizadas. O estágio proporcionou
um conhecimento amplo sobre a prática farmacêutica.

Atividades realizadas no estágio:

-Conheceu-se o programa de Assistência Farmacêutica e como os medicamentos são


distribuídos aos pacientes em geral;
-Acompanhamento do armazenamento correto com identificação dos medicamentos
e materiais
-Conhecimento das classes de medicamentos disponíveis no estabelecimento e
divisão de armazenamento dos mesmos: breve explicação sobre os mecanismos de ação
dos principais fármacos (antibióticos, anticoncepcionais, anti-inflamatórios, etc.) e
entendimento de como são armazenados os medicamentos de atenção básica (ordem
alfabética), bem como os medicamentos da Portaria 344/98 e antibióticos que são
devidamente separados;
-Aferição de pressão arterial e testes de glicemia

CONCLUSÃO
A realização do estágio proporcionou o aprimoramento do conteúdo estudado em
aula, o aspecto facilitador que mais contribui para esse aprimoramento foi o domínio do
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conhecimento e autonomia dos programas que foram apresentados nas unidades por parte
dos supervisores e palestrantes locais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, J. L.; GUIMARÃES, M. C. L. Avaliação da gestão descentralizada da


assistência farmacêutica básica em municípios baianos, Brasil. Cadernos de Saúde Pública,
v. 26, n. 6, p. 1207-1220, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 399, d e 22 de fevereiro de 2006. Divulga o


Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do
Referido Pacto. Diário Oficial da União, 22 fev. 2006.
https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/legislacao-farmaceutica/4355-resolucao-
rdc-301-2019-anvisa-boas-praticas-de-fabricacao-de-medicamentos.html
http://www.cff.org.br/userfiles/file/Perfil%20do%20farmac%C3%AAutico%20no
%20Brasil%20_web.pdf
https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/02/e-book-Bases-Conceituais-
da-Sa%C3%BAde-2-1.pdf
http://www.lex.com.br/
legis_27482775_RESOLUCAO_N_645_DE_27_DE_JULHO_DE_2017.asp

ANEXOS:
 Check list de documentações necessárias para abrir uma drogaria
 Planta (modelo de drogaria)
 Fotos do estagio

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