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Estudo HGP
Nos séculos XIII e XIV, dá-se em Portugal um desenvolvimento nas atividades económicas. Esse
desenvolvimento deveu-se a dois aspetos: o clima da paz, as leis e medidas tomadas pelos reis
portugueses a sentido de incentivar essa mesma produção. A floresta fornecia caça, madeira e
muitos outros produtos essenciais ao dia a dia da população. A agricultura era a principal atividade.
Também a pastorícia e a criação de gado tinham uma grande importância.
• A pesca e a salicultura
O mar e os rios forneciam à população os produtos. Nesta época, a pesca marítima era essencial
praticada próximo da costa, era chamada de: Pesca costeira.
• O artesanato
Nas zonas com muita habitação, a redes de pesca, as pipas, os cestos, as velas de cera, etc. eram
feitas à mão.
• O comércio
A partir do século XIII, a atividade comercial teve um grande desenvolvimento. O comércio interno,
isto é, o comércio realizado dentro do país, fazia-se principalmente em locais fixos como mercados e
feiras. Como é de seu interno o, os portugueses também comercializavam com outros países, que é
chamado o comércio externo.
A população portuguesa do século XIII era com que constituída por 3 grupos sociais: nobreza, clero e
o povo. O clero e a nobreza eram grupos sociais privilegiados. Esses 2 grupos eram mais
importantes. O povo eram grupo social não privilegiado, porque tinham muitas obrigações e poucas
regalias. à medida que o rei conquistava territórios, dava algumas terras para o clero e para a
nobreza de forma de pagamento por terem lutado nas guerras. a nobreza e o clero possuíam muitas
terras e não pagavam impostos ao rei. O povo trabalhava nas terras do rei, do clero e da nobreza e
pagava muitos impostos.
Gonçalo Coelho
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• A nobreza
A nobreza era um grupo social muito poderoso que fazia parte família real. A principal função era
combater. A nobreza também é chamada de nobre. Se possuía grandes propriedades que muitas
vezes tinham sido dadas pelos reis como reconhecimento de serviços prestados e que se chamavam
domínios senhoriais ou senhorios. A casa senhorial é a casa da nobreza. A reserva é onde se situa o
moinho, a floresta e campos de cultivo. Os mansos são terrenos que a nobreza dava para os
camponeses trabalharem e não podiam abandonar. Eles também aplicavam justiça e iam buscar
homens para o seu exército.
• O clero
O clero era outro grupo social que tinha muitos poderes. Pertenciam ao clero todos aqueles que
dedicavam a sua vida a Deus e que tinham como principal função o serviço religioso: rezar pela
salvação dos homens e celebrar cerimónias como o batismo e o enterro. O clero foi durante muito
tempo o único grupo social que sabia ler e escrever. E muitos também dedicavam se ao ensino.
Alguns mosteiros tinham enfermarias. Senhorio eclesiástico é a casa dos cleros, onde tem: cozinha,
enfermaria, dormitório, biblioteca, claustro, igreja, floresta, moinho, albergaria e campos.
• O povo
O povo era um grupo social mais grande e com muitas atividades produtivas, que são: agricultura,
pastorícia, pesca, salicultura, artesanato e comércio. Eles tinham muitas obrigações que eram:
prestar inúmeros serviços, pagar pesadas rendas e impostos, pertencer ao exército.
Na segunda metade do século XIII, Lisboa era a cidade mais importante do reino. Apesar disso, os
reis não viviam sempre aí. Normalmente, passavam parte do ano em cidades e vilas onde o monarca
possuía um castelo ou palácio. Que o rei se deslocava, a sua corte, a família real, cavaleiros,
conselheiros e criados acompanhava-o sempre. Também o rei decidia: decidir da paz e da guerra,
fazia as leis gerais, cunhar moeda e aplicava justiça suprema que é decidir pena de morte.
Gonçalo Coelho
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• Cultura popular
Na cultura populares, do povo como as pessoas não sabiam ler nem escrever, os contos e as
histórias eram transmitidos oralmente de pais para filhos. como o povo tinha uma vida difícil, os
poucos momentos de distração eram a ida à missa, às procissões e romarias e as festas que o rei o
senhor nobre organizava para comemorar o casamento de um filho ou outro acontecimento
importante.
• Cultura Cortesã
A cultura cortesã tinha lugar na corte e nos palácios dos grandes senhores. ei se faziam grandes
banquetes e saraus. Onde se cantava, dançava e o liam poemas. A vida num Palácio fez crescer o
gosto pela escrita e pela leitura.
Foi no reinado de D.Dinis que o português se tornou a língua oficial do Reino. A partir desta altura,
os documentos oficiais deixaram de ser escritos em latim e passaram a ser escritos em língua
portuguesa. Também foi D.Dinis Que criou em 1290, em Lisboa, a primeira universidade. Mas mais
tarde essa universidade fixou-se em Coimbra.
• A arte românica
Arte românica, que engloba a arquitetura, a pintura e a escultura. Principais construções de estilo
românico eram igrejas rurais e alguns castelos e edifícios civis. As características dessas construções
são: aspeto compacto das construções, paredes muito grossas e baixas, com poucas aberturas,
janelas estreitas, utilização de arcos redondos e tetos em abóbada de berço.
• A arte gótica
As principais construções de estilo gótico são: mosteiros, palácios, torres e castelos. Situavam-se
principalmente no Centro e Sul de Portugal. As características dessas construções góticas são:
sensação de verticalidade, paredes finas e altas, utilização de arcos quebrados, abóbada em ogiva e
janelas largas e rosáceas. A decoração dos edifícios góticos é bastante variada.
• O século XIV europeu
Durante a segunda metade do século XIV, a Europa sofreu uma profunda crise causada por 3 coisas:
fomes, pestes e guerras. Os maus anos agrícolas por causa de muito tempo de chuva. Com esse
clima houve nesse século falta de cereais, fomes e morte de muita gente. Ao mesmo tempo,
ocorreram na Europa muitas guerras. Também nesse século houve falta de higiene, principalmente
nas cidades, provocava várias doenças contagiosas. A peste negra chegou a Portugal em 1348.
Gonçalo Coelho
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Nestes tempos muito difíceis trouxeram insegurança e revolta popular. Por toda a Europa, as
desigualdades entre ricos e pobres causaram conflitos. Os camponeses sobrecarregados de impostos
revoltaram se contra os nobres e ricos, desesperados, incendiaram casas senhoriais. As épocas de
grandes crises também provocaram um aumento da intolerância.
As fomes, guerras e pestes do século XIV causaram muitas mortes e falta de mão de obra.
Dia 30/04/1383, D. Beatriz filha de D. Fernando e D. Teresa, casou-se com o D. João I, rei de Castela.
Quando D. Fernando, rei de Portugal, morreu, o conde João Fernandes Andeiro, mandou aclamar D.
Beatriz rainha de Portugal. A aclamação foi aceite por grande parte da nobreza e do clero. Mas o
povo de Lisboa que já não gostava de D. Leonor Teles, e temendo que Portugal perde-se a
independência, revoltou-se contra a aclamação de D. Beatriz. A revolta popular contra D. Leonor
Teles e o rei de castela aumentava de dia para dia. Tramou se então uma conspiração em Lisboa
para matar o Conde Andeiro. A tarefa coube a D. João, mestre da ordem militar de Aviz e meio-
irmão de D. Fernando. assim, em 6/12/1383, O Mestre de Aviz entrou no paço da rainha e, com um
grupo de homens armados, mandou matar o conde Andeiro.
Foi neste clima de agitação popular que a rainha D. Leonor Teles, temendo pela sua vida, se refugiou
em Santarém. Daí escreveu a seu genro D. João I de Castela, pedindo-lhe que viesse em seu auxílio.
Perante a hipótese de uma invasão castelhana, era necessário um chefe. Então, o povo de Lisboa
reuniu-se junto à igreja de S. Domingos e elegeu o Mestre de Aviz “Regedor e Defensor do Reino”.
As povoações que apoiavam D. Beatriz ficavam mais no Norte, e quem apoiava mais o Mestre de
Aviz ficava mais no Sul e no Centro. O grupo que apoiava mais o Mestre de Aviz era o povo e um
pouco dos nobres e dos clérigos. O grupo que apoiava D. Beatriz era a maioria da nobreza e do clero.
• A 1º invasão castelhana e a aclamação de D. João I
O rei de Castela invadiu Portugal a pedido de D. Leonor Teles. Entrou pela Guarda e dirigiu-se a
Santarém, vila que apoiava D. Beatriz. Ao mesmo tempo, em Lisboa, o Mestre de Aviz organizava a
defesa da cidade. Entretanto, outro exército castelhano investia em terras do Alentejo. Mas as
tropas portuguesas, comandados por D. Nuno Álvares Pereira, vão ao seu encontro e vence os
castelhanos perto da Vila Fronteira, na batalha de Atoleiros, chamada assim, porque na altura, o
terreno era muito pantanoso. Quando D. João de Castela cercou Lisboa, em 29/05/1384, os
habitantes da cidade, comandados pelo Mestre de Aviz, resistiram duramente aos ataques inimigos,
à falta de alimentos e à própria peste. Foi o aparecimento da peste que, ao fim de 4 meses, obrigou
os exércitos castelhanos a irei embora.
Gonçalo Coelho
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Levantado o cerco de Lisboa, continuava-se a viver na insegurança de novas invasões que podiam
surgir a qualquer momento. Era necessário eleger um rei. Os pretendentes ao trono de Portugal
eram D. Beatriz e os três filhos ilegítimos de D. Pedro, conseguem fazer aclamar D. João, Mestre de
Avis, rei de Portugal.
• A batalha de Aljubarrota
D. João I ou Mestre de Aviz, logo que foi aclamado rei, nomeou D. Nuno Álvares Pereira chefe
supremo de todos os exércitos portugueses, isto é “Condestável do Reino”. Pouco tempo depois, os
castelhanos invadiram de novo Portugal e com isso deu-se a batalha de Aljubarrota, em 14/08/1385.
Mas os portugueses ganharam essa batalha. A estratégia delineada por D. Nuno Álvares Pereira foi
fundamental para esta vitória.
• O tratado de paz
E 9/05/1386 faz um tratado de amizade com a Inglaterra, Tratado de Windsor, no qual os 2 países
prometiam ajudar-se mutuamente. 31/10/1411 houve um tratado de paz entre Castela e Portugal
Após a vitória de Aljubarrota, D. João I, para se afirmar como rei e consolidar a independência de
Portugal, tomou várias medidas. Começou por retirar privilégios e terras aos nobres e clérigos que
tinham apoiado D. Beatriz e o rei de Castela.