Guia de Pintura Metalomecanica
Guia de Pintura Metalomecanica
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Introdução
O aço desprotegido, exposto ao ar, à água ou enterra- De modo a que a proteção anticorrosiva seja eficaz é ne-
do no solo está sujeito à corrosão e degrada-se, e por cessário que os intervenientes (projetistas, aplicadores,
esse motivo, as superfícies e estruturas em aço têm inspetores, produtores de revestimentos e proprietários
de ser protegidas da corrosão durante o período de de obra), estejam devidamente formados, informados
tempo em que estarão em serviço. e dotados de meios para a elaboração dos respetivos
cadernos de encargos, ferramentas e materiais para a
Há diferentes formas de proteger o aço da corrosão, mais correta execução dos trabalhos de proteção anti-
sendo uma delas a proteção com sistemas de pintura, corrosiva, bem como da preparação de superfície mais
que evitam o contacto do aço, com o oxigénio e a adequada.
água.
A diversidade dos ambientes a que podem estar sub-
Este Guia de Pintura de Metalomecânica tem como metidas estas estruturas metálicas, obrigou ao desen-
objetivo principal, dar a conhecer os produtos e ajudar volvimento de pinturas capazes de as proteger, com
os nossos técnicos-comerciais e clientes na seleção do êxito, mesmo nas condições mais severas.
melhor esquema de pintura, para a proteção de mate-
riais contra a corrosão. Selecionar o esquema de pintura correto, quer do
ponto de vista técnico, quer económico, para a prote-
Foi elaborado de acordo com a Norma NP EN ISO ção anticorrosiva de estruturas metálicas, requer que
12944 – Tintas e Vernizes – Proteção anticorrosiva de sejam avaliados e tidos em consideração um conjunto
estruturas de aço por esquemas de pintura. de requisitos que vamos abordar nos diferentes capí-
tulos deste Guia.
No presente Guia, ainda faremos referência a alguns
conceitos descritos na versão anterior da NP EN ISO As informações deste Guia reúnem o nosso melhor co-
12944:2018. nhecimento e não dispensam uma consulta cuidada
das normas aplicadas.
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Guia de Pintura Metalomecânica
Ficha Técnica:
Edição nº2 de outubro de 2021
Conteúdos: Cristina Moutinho, Ana Catarina Duarte e Alda Ferro
Paginação: Helena Barbosa
Impressão: Penagráfica
Tiragem: 300 Exemplares
Distribuição: Gratuita
Esta publicação é propriedade da Fábrica de Tintas 2000, S.A. e não pode ser reproduzida nem copiada.
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Guia de Pintura Metalomecânica
Índice
1. Ambientes de corrosividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1 Fatores que condicionam a seleção de um esquema de pintura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2 Categorias de corrosividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3 Durabilidade do esquema de pintura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. Preparação de superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.1 Graus de preparação de superfícies de aço por projeção de abrasivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.2 Graus de preparação de superfícies de aço por limpeza manual e mecânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.3 Graus de preparação de superfícies de aço por limpeza com jato de água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2
3.4 Preparação de outras superfícies metálicas que não o aço carbono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.5 Rugosidade da superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7. Sistemas de pintura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8. Produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
9. Obras de referência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
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1. AMBIENTES DE CORROSIVIDADE
1.1 FATORES QUE CONDICIONAM A SELEÇÃO DE UM ESQUEMA DE PINTURA
Ao selecionar um esquema de pintura é fundamental conhecer corretamente as condições ambientais a que as estru-
turas, equipamentos ou instalações vão estar sujeitos quando concluídas, isto é, o AMBIENTE DE CORROSIVIDADE,
e para tal é necessário avaliar os seguintes fatores:
- Exposição a radiação UV
- Humidade e temperatura de serviço, bem como amplitudes térmicas
- Ambientes salinos, industriais, poluídos, com presença de contaminantes químicos na atmosfera
- Resistência à abrasão, ao impacto.
Se as estruturas estarão imersas em água, importa saber também a composição química da água.
A corrosividade do meio ambiente, bem como a durabilidade pretendida, vão determinar o tipo de tinta a utilizar, a
espessura total do esquema de pintura, a preparação da superfície exigida e os intervalos de repintura.
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No que diz respeito a estruturas imersas em água ou enterradas, a NP EN ISO 12944-4 distingue 4 categorias de
corrosividade apresentadas na tabela seguinte:
CATEGORIA DE CORROSIVIDADE
AMBIENTE EXEMPLOS DE AMBIENTES E ESTRUTURAS
PARA ESTRUTURAS IMERSAS
A Norma NP EN ISO 12944:2018, classifica a durabili- Na versão anterior da norma NP EN ISO 12944, a classi-
dade como: ficação era a seguinte:
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Esta norma identifica quatro tipos de condições iniciais para o aço carbono: A, B, C e D.
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AÇO GALVANIZADO
AÇO METALIZADO
AÇO INOXIDÁVEL
ALUMÍNIO
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3. PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
A preparação da superfície constitui uma etapa importantíssima na execução da pintura e é fundamental ao seu
bom desempenho. A preparação da superfície é realizada com dois objetivos principais:
1 - Limpeza superficial: remoção da superfície de quaisquer materiais que possam impedir o contacto direto da tinta
com o aço, tais como calamina, ferrugem, pó, gorduras, óleos, combustíveis, restos de tintas, etc.
A Norma ISO 8501-1 – Preparação de estruturas de aço antes da aplicação de tintas e produtos relacionados
– Avaliação visual da limpeza da superfície - Parte 1: Graus de ferrugem e graus de preparação de substratos
de aço não revestidos e de substratos de aço após a remoção geral de revestimentos anteriores, descreve os
vários graus de preparação das superfícies, sendo os mais usuais, a projeção de abrasivos, e a limpeza manual e
mecânica, dos quais apresentamos as seguintes tabelas.
GRAUS DE PREPARAÇÃO PRIMÁRIA DE SUPERFÍCIE OBTIDOS COM DECAPAGEM POR PROJEÇÃO DE ABRASIVOS
Decapagem por projeção de abrasivos até aço visualmente limpo.
Sa 3 Quando analisada a olho nu, a superfície deve mostrar-se livre de óleos, gorduras e sujidade, assim como de calamina,
ferrugem e matérias estranhas (1). Deve apresentar uma cor metálica uniforme.
Decapagem muito cuidada por projeção de abrasivos.
Quando analisada a olho nu, a superfície deve mostrar-se livre de óleos, gorduras e sujidade, assim como de calamina,
Sa 2 1/2 ferrugem, tintas e matérias estranhas. Quaisquer vestígios de contaminação residual terão o aspeto de leves manchas na
forma de pontos ou faixas.
Decapagem cuidada por projeção de abrasivos.
Sa 2 Quando analisada a olho nu, a superfície deve mostrar-se livre de óleos, gorduras e sujidade, assim como da maior parte da
calamina, ferrugem, tintas e matérias estranhas. Qualquer contaminação residual deverá estar bem aderente (2).
Decapagem ligeira por projeção de abrasivos.
Sa 1 Quando analisada a olho nu, a superfície deve mostrar-se livre de óleos, gorduras e sujidade, assim como de calamina,
ferrugem, tintas e matérias estranhas pouco aderentes.
(1) O termo “matérias estranhas” pode abranger sais solúveis em água e resíduos do processo de soldadura. Estes contaminantes nem sempre se conseguem remover
na totalidade com decapagem por projeção de abrasivo, limpeza manual ou com ferramentas; pode tornar-se necessário recorrer à decapagem húmida por projeção
de abrasivos.
(2) A calamina, a ferrugem e as tintas consideram-se pouco aderentes quando se levantam facilmente com uma espátula romba.
ASPETO DA SUPERFÍCIE OBTIDA APÓS LIMPEZA POR PROJEÇÃO DE ABRASIVOS, PARA OS VÁRIOS GRAUS DE CORROSÃO
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ASPETO DA SUPERFÍCIE QUE SE OBTÉM APÓS LIMPEZA, PARA OS VÁRIOS GRAUS DE CORROSÃO
GRAU B GRAU C GRAU D
ANTES DA
LIMPEZA
LIMPEZA
MANUAL
B St 2 C St 2 D St 2
LIMPEZA
MECÂNICA
B St 3 C St 3 D St 3
Uma superfície em aço com grau de corrosão A requer sempre uma preparação por projeção de abrasivos, e por
esse motivo não consta desta tabela.
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3.3 GRAUS DE PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES DE AÇO POR LIMPEZA COM JATO DE ÁGUA
A preparação da superfície também pode ser obtida por decapagem com jato de água a alta pressão. A Norma
ISO 8501-4 – Preparação de estruturas de aço antes da aplicação de tintas e produtos relacionados – Avaliação
visual da limpeza da superfície - Parte 4: Condições iniciais de superfície, graus de preparação de superfície e
graus de flor de ferrugem quando preparadas por jato de água a alta pressão, descreve os 3 níveis de aspeto
das superfícies obtidos após essa limpeza com jato de água sob pressão.
Também é descrito o grau de ferrugem instantânea (“flor de ferrugem”) que pode ocorrer no aço, após essa mesma
limpeza.
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O perfil de rugosidade deve ter 1/4 a 1/3 da espessura total do esquema de pintura. Por exemplo, conforme exem-
plificado na figura seguinte, um esquema de pintura com espessura seca total de 120 microns deverá ser aplicado
sobre um substrato com perfil de rugosidade entre 30 e 40 microns.
<=> <=>
Para se avaliar o perfil de rugosidade das superfícies podem usar-se Padrões Comparadores de Rugosidade de
Superfícies ou Rugosímetros de Superfície.
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Numa tinta, a função do pigmento é atribuir cor, opacidade, propriedades anticorrosivas, etc, enquanto que a
função da resina ou ligante, é promover a adesão do produto à superfície onde será aplicado, e conferir brilho,
resistência à intempérie, à abrasão, etc.
As tintas são classificadas de acordo com o principal pigmento anticorrosivo e o tipo de resina utilizada, epoxi,
acrílica, poliuretano, alquídica, etc.
Conhecidas como esmaltes sintéticos, são tintas monocomponente de secagem ao ar. São utilizadas em interiores
ALQUÍDICAS
secos e abrigados, ou em exteriores não poluídos.
São tintas monocomponentes à base de resinas acrílicas, a sua secagem é somente por evaporação dos solventes,
sendo sensíveis aos mesmos. Possuem boa resistência à radiação UV, são indicadas para acabamentos exteriores
ACRÍLICAS
em ambientes moderadamente agressivos. Não possuem dureza elevada e podem apresentar termoplasticidade
quando expostas a calor.
As resinas de borracha clorada são obtidas a partir da cloração da borracha. As tintas fabricadas com estas resinas são
BORRACHA
resistentes à água, ácidos e álcalis. São recomendadas para atmosferas medianamente agressivas. Possuem resistência
CLORADA
à abrasão.
São tintas bicomponentes em que a cura ocorre pela reação química entre os dois componentes.
O componente A é à base de resina epoxi, e o componente B (agente de cura), pode ser à base de
poliamida, poliamina, seus adutos, etc. São mais impermeáveis e mais resistentes aos agentes químicos do que as
EPOXIS alquídicas. Resistem à humidade, imersão em água doce ou salgada, lubrificantes, combustíveis e diversos produtos
químicos. Normalmente não são indicadas para exposição à intempérie, pois apesar de manterem a sua resistência
química e mecânica, descoloram e perdem o brilho, processo denominado por farinação por ação da radiação UV.
Possuem elevada resistência mecânica e à abrasão.
São tintas bicomponentes em que o componente A é baseado em resinas hidroxiladas (poliéster, acrílica, etc) e o B,
o agente de cura, é à base de isocianatos. Estas tintas possuem excelente resistência ao ambiente exterior, sendo
POLIURETANOS
indicadas para a pintura de acabamento em estruturas expostas à intempérie. Resistem por muitos anos com menor
perda de cor e de brilho.
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FUNÇÃO DESCRIÇÃO
Os primários são produtos para aplicação direta sobre a superfície metálica. Têm como função
promover aderência do esquema de pintura ao substrato, e conferir proteção anticorrosiva.
PRIMÁRIO São classificados de acordo com a resina utilizada e os pigmentos inibidores da corrosão, na sua composição. Como
exemplo, existem os primários à base de fosfato de zinco, de zinco metálico, de alumínio, óxido de ferro micáceo.
Os primários são formulados com elevados teores de pigmentos e, por isso, são acetinados ou foscos.
Os produtos intermédios normalmente não possuem as mesmas propriedades dos primários, mas auxiliam na pro-
INTERMÉDIO teção, fornecendo espessura seca ao sistema de pintura, atuando como protetores por barreira. Geralmente, são
baseados em resinas epoxi.
As tintas de acabamento têm a função de proteger o sistema contra o meio ambiente e conferir a cor e brilho
ACABAMENTO adequados. Devem ser resistentes à intempérie, à radiação UV, a agentes químicos, etc. São classificadas de acordo
com o tipo de ligante utilizado.
As várias camadas de pintura devem, naturalmente, ser compatíveis entre si. Elas podem pertencer à mesma família
ou podem ser muito diferentes.
O
E NT
AM
AB
AC
É DIO
RM
TE
IN
IO PREPARAÇÃO DA SUPERFÍCIE
ÁR
P RIM
O
RAT
BST
SU
Uma precaução que deve ser adotada é a de que todas as tintas do sistema devem preferencialmente pertencer
ao mesmo fabricante. Isso minimizará a possibilidade de incompatibilidade entre produtos e ocorrência de defeitos
de pintura.
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É muito importante que exista boa compatibilidade entre os vários produtos componentes de um sistema de pin-
tura, quer em obras novas quer em repintura. É muito comum, principalmente em casos de repintura, ocorrerem
problemas de incompatibilidade da tinta aplicada, com a anterior já existente.
Os problemas mais comuns que se podem observar são: enrugamento, falta de aderência, sangramento, descasque
da tinta anterior, entre outros.
Na tabela seguinte são apresentadas algumas tintas de acabamento e a sua compatibilidade com primários e
intermédios.
ACABAMENTOS
Anticorrosivo C C I I C
AK05-950 C C I I C
ALQUÍDICOS
Industrial C I I I
Galvalina C C C I I
M-PUR C C C C
POLIURETANOS
2 COMPONENTES
Acrílico 2K C C C C
AT Zinco C C C
EP 15-180 C C C
Zinco 17421 C C C
EP 15-20 C C C
Zinpoxi C C C
Epoximar C C C C
EPOXI EP 15-410 C C C C
P 604 C C C
Mastic C C C
Óxido Ferro
C C C
Micaceo
Shop Primer
C C C
2K
Epoxi
C C C
Alumínio
Wash primer C C C
DE ESPERA
Shop primer C C C
C - Compatível | I - Incompatível
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Conjunto de tintas (primário, primário intermédio, tinta de acabamento), a aplicar sobre o suporte segundo determi-
nada ordem, que se destina a assegurar a sua proteção anticorrosiva e/ou conferir-lhe determinadas propriedades.
O rendimento teórico de uma tinta aplicada (m2/litro), numa dada espessura de filme seco, numa superfície lisa,
é dado pela equação:
VS x 10
(m2/l) =
espessura de filme seco (microns)
O consumo prático é obtido multiplicando o rendimento teórico por um fator de consumo, sendo este fator bas-
tante dependente das condições externas, tais como, rugosidade e forma da superfície, uniformidade da película
aplicada, perdas nas mangueiras, dispersão pelo vento, tintas de 2 componentes que ultrapassam o “pot-life”,
inabilidade do pintor, etc.
A espessura de filme húmido (EFH) pode ser calculada pela seguinte expressão, e é normalmente apresentada em
microns (µm).
EFS x (100+% diluição)
EFH =
VS
EFS – Espessura de filme seco
VS – Teor de volume de sólidos
Exemplo:
Se se pretender uma espessura seca de 40 microns, com um produto que possui 45% de volume de sólidos, que
será aplicado com uma diluição de 5%,
40 x (100+5% diluição)
EFH = = 93,3 microns
45
Ou seja, para a referida tinta devemos aplicar 93,3 microns de filme húmido para obtermos 40 microns de espessura
na película seca.
Temperatura na qual o vapor de água presente no ar ambiente passa ao estado líquido na forma de pequenas gotas
por via da condensação.
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Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta quando a temperatura ambiente for inferior a 5°C.
Nenhuma tinta deve ser aplicada, se houver a expectativa de que a temperatura ambiente possa descer até 0°C,
antes da cura da tinta.
Não deve ser aplicada tinta em superfícies metálicas cuja temperatura não esteja no mínimo 3˚C acima do ponto
de orvalho.
Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou quando a humidade relativa for
superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste valor de humidade ser alcançado.
Em aplicações no exterior, evitar aplicações com muito vento, e em períodos do dia com elevada exposição solar.
Os métodos de aplicação mais utilizados podem ser divididos em três grupos: aplicação manual (trincha, rolo), apli-
cação à pistola (convencional, Airless, Airmix, electrostática) e aplicação por mergulho (imersão simples).
A escolha do método de pintura depende do tipo de revestimento a ser aplicado, da existência de áreas adjacentes
que possam ser danificadas e do grau de habilidade e experiência do aplicador. Qualquer que seja o método utili-
zado o equipamento deve ser sempre de qualidade e deve ser mantido em boas condições de operação e limpeza.
As tintas de acabamento metalizadas, tintas de alumíno, tintas com acabamentos de efeitos, deverão ser sempre
aplicadas à pistola para obter-se o acabamento pretendido.
No caso de produtos de dois componentes, é necessária a mistura dos componentes corretos, nas proporções
indicadas, respeitar os tempos de espera necessários, ter especial atenção ao tempo de vida útil do produto (“pot-
-life”). Não devem ser usadas tintas cujo tempo de vida útil tenha sido ultrapassado. A homogeneização do produto
ou da mistura, é muito importante para que todos os seus componentes fiquem uniformemente distribuídos. Se
possível, aconselha-se a utilização de misturadores de baixa rotação.
No caso dos produtos à base de pigmentação com alumínio, a mistura tem de ser realizada com o devido cuidado,
em velocidade baixa, para não danificar as partículas de alumínio.
6.4 DILUIÇÃO
Na diluição das tintas, é necessário a consulta da respetiva Ficha Técnica do produto para saber qual o tipo de
diluente que é recomendado utilizar. A utilização do diluente correto, nas percentagens indicadas, evita a ocorrên-
cia de problemas na aplicação, tais como perda de brilho, incompatibilidade, secagem lenta, fervilhado, casca de
laranja e escorridos. Uma diluição excessiva causará uma espessura seca de película inferior à desejada.
O controlo da espessura de filme tem como base o teor de sólidos por volume da tinta e a espessura seca desejada.
É um método de controlo eficaz, pois evita o desperdício de tinta ou uma possível insuficiência de tinta na pelicula seca.
A espessura da camada de tinta húmida pode ser medida com um Medidor de Espessura de Filme Húmido tipo
Pente. A medida da espessura húmida da camada de tinta aplicada é feita imediatamente após aplicação.
Depois de seca, a espessura de camada de tinta pode ser determinada com um medidor electrónico.
Medidor de Espessura de Filme Húmido (tipo pente) Medidor de Espessura de Filme Seco
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FERVIDOS
ESCORRIDOS
- Espessura muito elevada
- Diluição excessiva - Efetuar uma lixagem até nivelar a superfície
- Temperaturas muito baixas ou muita humi- - Repintar conforme especificações técnicas
dade
- Utilização de diluentes não recomendados
CASCA DE LARANJA
- Diluição insuficiente
- Secagem muito rápida - Efetuar uma lixagem até nivelar a superfície
- Temperatura ambiente elevada - Repintar conforme especificações técnicas
- Pressão de trabalho da pistola inadequada
EMPOLAMENTOS
- Superfície a aplicar contaminada
- Retenção de solvente
- Excesso de humidade no substrato ou no - Efetuar uma lixagem até nivelar a superfície
ambiente - Repintar conforme especificações técnicas
- Aplicação sobre superfície muito quente
CRATERAS
- Superfície a aplicar contaminada
- Água ou óleo na linha de ar
- Efetuar uma lixagem até nivelar a superfície
- Ambiente de pintura contaminado
- Repintar conforme especificações técnicas
- Produto contaminado
FISSURAÇÃO
- Diluição inadequada
- Secagem superficial rápida - Usar solvente adequado
- Incumprimento do intervalo entre demãos - Eliminar todas as camadas afetadas
- Falta de técnica do pintor
PERDA DE ADERÊNCIA
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7. SISTEMAS DE PINTURA
Indicamos alguns exemplos genéricos de sistemas de pintura para proteção de aço carbono, preparados de
acordo com os requisitos da ISO 12944-5, Anexo B, bem como um sistema de pintura para aço com metalização
de zinco a quente.
A Tintas 2000 possui vários esquemas de pintura para proteção anticorrosiva de aço carbono, tendo em conta
atmosferas de diferentes corrosividades, aprovados pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e
pelo Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica (CATIM).
PRIMÁRIO AK 05-950 50
2 Alquídico BS 100
ESMALTE SR 17365 50
NOTA: A sigla BS que consta em todos os nomes do tipo de ligante refere-se a Base Solvente.
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NOTA: A sigla BS que consta em todos os nomes do tipo de ligante refere-se a Base Solvente.
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Acrílico BS PRIMÁRIO 2K 60
NOTA: A sigla BS que consta em todos os nomes do tipo de ligante refere-se a Base Solvente.
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8. PRODUTOS
AFINAÇÃO AUTOMÁTICA
VERNIZ TRANSPARENTE
CAMADA INTERMÉDIA
CÓDIGO CATEGORIA CARACTERÍSTICAS
METAIS FERROSOS
2 COMPONENTES
1 COMPONENTE
ACABAMENTO
CERTIFICADO
PRIMÁRIO
EP-EPOXIS
210760 PRIMÁRIO EPOXI AT ZINCO Epoxi rico em zinco, elevado teor de zinco x x x x
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AFINAÇÃO AUTOMÁTICA
VERNIZ TRANSPARENTE
CAMADA INTERMÉDIA
CÓDIGO CATEGORIA CARACTERÍSTICAS
METAIS FERROSOS
2 COMPONENTES
1 COMPONENTE
ACABAMENTO
CERTIFICADO
PRIMÁRIO
PUR-POLIURETANOS
Acrílico alifático com fosfato de zinco,
217050 PRIMÁRIO M-PUR x x x
ótima adesão, secagem rápida
Acrílico alifático com fosfato de zinco,
210450 PRIMÁRIO ACRÍLICO 2K x x x x x
ótima adesão, secagem rápida
ESMALTE PU 10-100/ Poliéster alifático de excelente resistência
241153/2/0 x x (x) (I) x x
10-110/10-120 à intempérie; brilhante/meio brilho/fosco
Poliéster alifático de elevada resistência
241553 ESMALTE PU 10-400 à intempérie, ótima reologia p/ aplicação x x (x) (I) x x
com pistola Airless
Poliéster alifático, anticorrosivo, de
ESMALTE PU DTM
247053/2 excelente resistência à intempérie; x x x x (I) x
10-800/10-810
brilhante/meio brilho
Acrílico alifático com elevada resistência
ESMALTE M-PUR
246053/2/0 no exterior; secagem rápida; brilhante/ x x (x) (I) x x
10-500/10-510/10-520
meio brilho/fosco
ESMALTE ACRÍLICO 2K Acrílico alifático com ótima resistência no
221553/2/0
BRILHANTE / MB / exterior; secagem rápida; brilhante/meio x x (x) x x x
221650
FOSCO / EXTRA MATE brilho/fosco/extra mate
Acrílico alifático com ótima resistência no
339293 VERNIZ METALCRIL x x x x
exterior; secagem rápida; ótima adesão
AY-ACRÍLICOS
Alta espessura, anticorrosivo, para ambien-
223152 ESMALTE ACRÍLICO HB x x x x x x
tes com média corrosividade
Alta espessura, para ambientes com média
222152 ESMALTE ACRÍLICO HB GAL x x x (x) x x
corrosividade; ótima adesão a galvanizado
ESMALTE ACRÍLICO Para ambientes com média corrosividade;
220852/0 x x (x) (I) x
MONOCOMPONENTE meio brilho / fosco
AK-ALQUÍDICOS
PRIMÁRIO ANTICORROSIVO Sintético anticorrosivo, secagem rápida,
211410 x x x
AK 05-950 ótima aplicabilidade
211010 PRIMÁRIO ANTICORROSIVO
Sintético anticorrosivo, secagem rápida x x x
210720 CASTANHO / CINZENTO
210010 PRIMÁRIO INDUSTRIAL SR Sintético, económico, secagem rápida x x x
ESMALTE AK 810 DTM MB / Sintético anticorrosivo, secagem muito
247212/6/3 x x x x x
805 DTM SB / 800 DTM BR rápida, não escorre
ESMALTE SR 17365
240713/2/1 Sintético, indústria, secagem rápida x x (x) (I) x
BRILHANTE / MB / FOSCO
ESMALTE MAITAL
240013/2/0 Sintético, indústria, usos gerais x x (x) x
BRILHANTE / MB / FOSCO
BC-BORRACHA CLORADA
Boa resistência à intempérie, à abrasão e a
240373 TINTA BC x x (x) (I) x x
agentes químicos
(x) Aplicação sobre primário anticorrosivo adequado (I) Aplicação sobre primário de aderência adequado
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9. OBRAS
Obra: Instalações Ventasel // Localidade: Ribeirão - Braga // Produtos: Primário Anticorrosivo, Esmalte Acrílico HB GAL, Esmalte Policril MB
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Obra: Ponte Pedonal // Localidade: Ferreirim - Sernancelhe // Produtos: Primário SR e Esmalte SR com acabamento em Aço Corten
Obra: Máquina de fazer blocos // Localidade: Freamunde - Paços de Ferreira // Produtos: Esmalte Acrílico 2K Granulado, Esmalte AK 810 DTM
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Obra: Máquina de Estampagem // Localidade: Oliveira de S. Mateus // Produtos: Primário 2K Acetinado e Esmalte PU 10-100
Obra: Plataforma Elevatória // Localidade: Vila Nova de Famalicão Obra: Instalações Ventasel // Localidade: Ribeirão - Vila Nova de
Produtos: Primário M-PUR e Esmalte M-PUR Famalicão // Produtos: Esmalte Policril MB RAL 9002
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FÁBRICA DE TINTAS 2000, S.A. GUIA SANTO ANDRÉ
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Patã de Baixo - Boliqueime 3070-399 Mira 8800-405 Tavira Tel.: 224 119 670 Fax: 224 119 678
8100-086 Boliqueime Telf. / Fax 231 488 232 Tel. / Fax: 281 325 302 GPS: 41°12’47,9”N 8°25’37,3”W
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PALMEIRA TONDELA
CALDAS DA RAÍNHA Rua da Senra, nº 18 - Palmeira Rua Eduardo António Matos Coimbra,
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