O documento discute a medição de vibração em máquinas industriais, descrevendo:
1) O uso de acelerômetros piezoelétricos para medir vibração e converter movimento em sinais elétricos;
2) Dois tipos de medidores de vibração - um que mede nível global em larga faixa de frequência e outro com análise de frequência que permite diagnóstico precoce de falhas.
O documento discute a medição de vibração em máquinas industriais, descrevendo:
1) O uso de acelerômetros piezoelétricos para medir vibração e converter movimento em sinais elétricos;
2) Dois tipos de medidores de vibração - um que mede nível global em larga faixa de frequência e outro com análise de frequência que permite diagnóstico precoce de falhas.
O documento discute a medição de vibração em máquinas industriais, descrevendo:
1) O uso de acelerômetros piezoelétricos para medir vibração e converter movimento em sinais elétricos;
2) Dois tipos de medidores de vibração - um que mede nível global em larga faixa de frequência e outro com análise de frequência que permite diagnóstico precoce de falhas.
O documento discute a medição de vibração em máquinas industriais, descrevendo:
1) O uso de acelerômetros piezoelétricos para medir vibração e converter movimento em sinais elétricos;
2) Dois tipos de medidores de vibração - um que mede nível global em larga faixa de frequência e outro com análise de frequência que permite diagnóstico precoce de falhas.
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Introdução
Desde que o homem começou a construir máquinas industriais onde os
motores são utilizados para movê-las, o problema de vibração tem preocupado os engenheiros em toda a parte. Apesar das técnicas para redução da vibração se tornarem parte do projeto, ainda há a necessidade de se proceder uma medição e análise exata da vibração mecânica. Nos últimos anos foi criada uma nova tecnologia de medição de vibração. São os acelerômetros piezoelétricos, que convertem o movimento vibratório em sinais elétricos. A vibração geralmente ocorre por causa dos efeitos dinâmicos de tolerâncias de fabricação, folgas, contatos, de atrito entre peças de uma máquina e ainda, devido a forças desequilibradas de componentes rotativos e de movimentos alternados. As vibrações excitam as freqüências de outras peças da estrutura, fazendo com que sejam ampliadas, transformando-se em vibrações e ruídos. Às vezes, a vibração mecânica realiza trabalho útil, como por exemplo, os compactadores de concreto, britadores ou bate-estacas.
Conceitos sobre Vibração
Quando um corpo vibra este descreve um movimento oscilatório em
relação a um corpo de referência. O número de vezes que um ciclo do movimento se completa no período de 1 segundo é chamado de Freqüência, sendo medido em Hertz. O movimento pode consistir num único componente ocorrendo numa única freqüência ou em vários componentes que ocorrem em freqüências diferentes. Na prática, os sinais de vibração consistem geralmente de inúmeras freqüências, as quais ocorrem simultaneamente, de modo que, de imediato, não se pode notá-las simplesmente olhando para as respostas de amplitude com relação ao tempo, nem determinar quantos componentes de vibração há e onde eles ocorrem. Tais componentes podem ser revelados comparando-se a amplitude de vibração à sua freqüência através da Análise de Freqüência, que é uma técnica considerada como base para o diagnóstico da medição da vibração. A amplitude de vibração, que é a característica que descreve a severidade da vibração, pode ser quantificada através da relação entre os níveis de pico-a-pico, do nível máximo, do nível médio e do nível médio quadrático de uma onda senoidal. O valor de pico-a-pico indica a excursão máxima da onda, uma quantidade na qual, por exemplo, o deslocamento vibratório de uma peça da máquina atinge um ponto crítico quanto às considerações de máxima tensão ou folga mecânica. O valor de pico é útil para indicar o nível de curta duração dos choques, sem levar em conta a cronologia da onda. O valor médio leva em conta a cronologia da onda, mas não tem uma relação direta com qualquer quantidade física útil. O valor eficaz é a medida mais importante da amplitude, porque leva em conta tanto a cronologia da onda, como também considera o valor da amplitude que está diretamente ligado à energia contida na onda, e, por conseguinte, indica o poder destrutivo da vibração.
Acelerômetro Piezoelétrico
O transdutor que, atualmente, é usado para medir a vibração é o
Acelerômetro Piezoelétrico. Este aparelho possui gamas dinâmicas e de freqüências muito amplas, com boa linearidade em todas as faixas. É relativamente robusto e de confiança, de modo que suas características se mantém estáveis por muito tempo. Além disso, o Acelerômetro Piezoelétrico é auto-gerador, de modo que não necessita de uma fonte de energia externa. Não tem peças móveis, que se desgastem e, finalmente, sua saída proporcional a aceleração pode ser integrada de modo a fornecer sinais proporcionais à velocidade e ao deslocamento.
O segredo de um acelerômetro piezoelétrico é uma pastilha de material
piezoelétrico, geralmente um pedaço de cerâmica artificialmente polarizado, que apresenta o efeito piezoelétrico típico. Quando submetido à pressão mecânica, quer por tensão, compressão ou cisalhamento, gera uma carga elétrica nas faces, a qual é proporcional à força aplicada. Na configuração prática de um acelerômetro, o elemento piezoelétrico é disposto de tal forma que, quando o conjunto sofre vibração a massa aplica uma força ao elemento piezoelétrico, a qual é proporcional à aceleração vibratória. As duas configurações utilizadas são: Tipo Compressão, em que a massa exerce uma força compressora sobre o elemento piezoelétrico ; Tipo Cisalhamento, em que a massa exerce uma força de corte sobre o elemento piezoelétrico.
Há vários tipos de acelerômetros que são destinados a: medição
simultânea em três planos perpendiculares entre si, para altas temperaturas, para níveis muito baixos de vibração, em choques de alto nível, em calibração de outros acelerômetros por comparação e para monitoração de máquinas industriais. Entre suas características, a sensibilidade é a primeira a ser levada em consideração, pois uma alta sensibilidade significa um conjunto piezoelétrico relativamente grande. A massa dos acelerômetros torna-se importante quando se medem objetos de teste leves, pois nestes casos uma massa muito grande pode alterar de forma significativa os níveis de vibração e de freqüência no ponto examinado. A terceira característica é a gama dinâmica que deve ser levada em conta quando se pretende medir níveis de aceleração baixos ou altos, para que não haja a influência de ruídos elétricos provenientes de cabos de ligação e de circuitos de amplificação. Os sistemas mecânicos costumam ter a maior parte de sua energia vibratória contida numa faixa de freqüência relativamente estreita que vai de 10 Hz a 1000 Hz, porém as medições geralmente são feitas até um nível de 10 Hz, mesmo porque é comum haver componentes de vibração nestas altas freqüências. Portanto, ao escolher um acelerômetro, deve-se ter a certeza de que a faixa de freqüência do aparelho realmente abrange a faixa que interessa.
Medidor de Vibração de Nível Global (Sem filtro)
O medidor de vibração de nível global é um instrumento capaz de medir
o valor global de vibração (pico ou rms), em uma extensa faixa de freqüência, que depende das normas e padrões aplicáveis. Pelo seu funcionamento, este instrumento mede a vibração total resultante da ação de todas as freqüências presentes no sinal de vibração, dentro da faixa considerada. As medições são comparadas com padrões gerais (Normas) ou valores de referências estabelecidos para cada máquina. A condição da máquina é assim avaliada no campo, com o mínimo de dados. Este tipo de medidor deve ter a capacidade de medir o valor “true” RMS ou valor de Pico de velocidade, deslocamento e, em alguns casos, aceleração, sobre uma faixa de freqüência de 5 Hz a 5.000 Hz. Em casos de falta de valores de referência, as leituras de velocidade em RMS podem ser diretamente comparadas com critérios de severidade de vibração normalizados que podem indicar a necessidade de manutenção. O medidor de vibração de nível global é um instrumento com grande capacidade de detecção de mau-funcionamento de máquinas, porém possui capacidade limitada para a identificação e diagnóstico, tarefas estas que devem ser realizadas por medidores de vibração com análise de freqüência ou analisadores por Transformada de Fourier.
Medidor de Vibração com Análise de Freqüência
Medidor de Vibração simples medem o nível de vibração global sobre
uma faixa larga de freqüência. O nível medido reflete o nível de vibração das componentes de freqüência dominantes do espectro, que são, é claro, as componentes mais importantes para serem monitoradas. Mas quando o mesmo sinal de vibração é analisado em freqüência e o espectro registrado em forma de gráfico, o nível de muitos componentes, possivelmente também importantes, são revelados. O desenho esquemático abaixo, ilustra esta diferença. Note que devido às componentes de freqüência(B) determinarem o nível de vibração global, aumentos em componentes importantes (A) podem ser detectados nos estágios iniciais somente através da análise em freqüência. Note também que assim que a largura da banda é reduzida, um espectro mais detalhado com picos individuais separados é obtido. Em geral, quanto mais estreita a banda de freqüência da análise, mais cedo podem ser detectadas as falhas em desenvolvimento. Mas por outro lado, quanto mais estreita a largura da banda de freqüência, mais tempo a análise levará, a não ser que instrumentos de medição mais sofisticados sejam utilizados. A detecção de falhas nos estágios iniciais, juntamente com o diagnóstico e previsão de quebras torna-se possível com o uso de instrumentos capazes de separar as freqüências presentes no sinal de vibração. Através do estudo da máquina analisada, é possível correlacionar cada componente de freqüência, com o comportamento dinâmico dos elementos de máquina. A capacidade de separação de freqüências dependerá da largura do filtro utilizado pelo instrumento. Quanto mais estreita for a largura do filtro, mais fácil será a separação de freqüências muito próximas e conseqüentemente, mais fácil será a detecção de falhas. Não apenas os aumentos de níveis em componentes de freqüência fornecem indicação de falhas, mas também a freqüência em que elas ocorrem indicam qual parte da máquina está se deteriorando. Para cada ponto de monitoração, desbalanceamento, desalinhamento, erosão em mancais, quebra de dentes de engrenagens, etc. Terão suas freqüências características que podem ser reveladas com o auxílio da análise de freqüência. As tabelas de defeitos, apresentadas mais adiante, ilustram esta relação. O registro do aumento dos níveis para um ou mais componentes de freqüência, sobre um número de medidas periódicas, possibilita a monitoração da tendência dos níveis dessas componentes em função do tempo para as falhas em desenvolvimento. A curva resultante conhecida por GRÁFICO DE TENDÊNCIA, pode ser extrapolada no tempo para indicar quando a condição atingirá limites perigosos para que a manutenção possa ser marcada antecipadamente para uma data conveniente.