Módulo 2 - As Sanções Administrativas
Módulo 2 - As Sanções Administrativas
Módulo 2 - As Sanções Administrativas
Penalidades
nos Contratos
Administrativos
Módulo
2 As Sanções
administrativas
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Diogo Godinho Ramos Costa
Conteudista/s
Frank Alves Rodrigues Simões Belintani (Conteudista, 2020).
Equipe responsável:
Ana Paula Medeiros Araújo (Produção Gráfica, 2021).
Anderson Luiz Batista (Coordenador de Desenvolvimento, 2020)
Ivan Lucas Alves Oliveira (Coordenador de Produção Web, 2021).
Jader Sousa Nunes (Coordenador de Desenvolvimento, 2020).
Karen Evelyn Scaff (Direção e Produção Gráfica, 2021).
Rodrigo Mady da Silva (Implementador Moodle, 2020)
Simone Cristina Bertulio (Coordenadora de Produção Web, 2021).
Vanessa Mubarak Albim (Diagramação, 2021).
Enap, 2020
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Referências...................................................................................... 15
As Sanções administrativas
• Infração Administrativa
Descumprimento de obrigações contratuais. Deriva de conduta culposa que caracteriza
a ação ou omissão realizada por negligência, imprudência ou imperícia do particular,
que dá causa à aplicação das sanções administrativas.
• Dosimetria
Conjunto de parâmetros utilizados para se determinar, objetivamente, a gradação
da sanção administrativa a ser aplicada. Está intimamente ligada ao princípio da
proporcionalidade.
• SICAF
Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedor (Sicaf) é um sistema que viabiliza
o cadastramento de fornecedores de materiais e serviços para órgãos e entidades da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, no âmbito do Sistema
de Serviços Gerais (SISG). O sistema também possui a funcionalidade para registro de
penalidades administrativas após a conclusão do processo administrativo sancionador.
• Sanções Administrativas
Penalidades previstas em lei, no edital ou contrato, aplicadas pela Administração
à licitante ou contratada, em razão de descumprimento de obrigações contratuais
em caráter preventivo, repressivo e pedagógico, com a observância dos princípios
constitucionais do contraditório e ampla defesa, garantidos por meio do devido
processo legal. Trata-se de um poder (dever) a ser exercido pela Administração com
razoabilidade e proporcionalidade.
De acordo com a doutrina, a leitura conjunta do artigo 37 e do artigo 5º, incisos LIV, LV, XXXIV,
alínea “a”, ambos pertencentes à Constituição Federal de 1998, impossibilita que quaisquer atos
ou provas sejam produzidos sem a participação do particular.
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Destaque,h
É necessário comprovação de dolo e má fé para aplicar sanções?
Saiba mais
Para mais informações, acesse a Lei nº 8.666/1993, a Lei nº 10.520/2002 e a
Instrução Normativa SEGES nº 05, de 26 de maio de 2017, disponibilizadas no
material complementar.
[...]
[...]
[...]
Verifique os princípios aplicáveis aos procedimentos instaurados para aplicação das sanções
administrativas elencados no artigo 2º da Lei nº 9.784, de 1999:
• Finalidade
O administrador só pode manejar sua competência, só deve praticar ato administrativo
na exata medida do necessário para cumprir a finalidade prevista na lei que lhe outorgou
competência. O processo administrativo deve ser conduzido da melhor maneira para se
chegar à finalidade prevista em lei para justificar o ato perseguido.
• Motivação
A Administração Pública tem a obrigação de justificar de fato e de direito o motivo de
seus atos. A motivação tem que ser demonstrada previamente ou contemporaneamente
à expedição do ato a ser praticado pela Administração Pública. Deve ser explícita, clara
e coerente.
• Razoabilidade
A Administração Pública no exercício de atos discricionários deve atuar de forma
racional, sensata e coerente. Impõe limites à discricionariedade administrativa.
• Proporcionalidade
Intimamente ligado à razoabilidade. Exige que o administrador se paute por critérios
de ponderabilidade e de equilíbrio entre o ato praticado, a finalidade perseguida e as
consequências do ato. Adequação entre meios e fins, vedado o estabelecimento de
obrigações, restrições e sanções superiores ao estritamente necessário.
• Moralidade
A Administração Pública tem o dever de agir com boa-fé, lealdade e transparência, sob
pena de prática de atos de improbidade administrativa.
• Segurança Jurídica
Proteção e confiança. Estabilidade nas relações jurídicas. Interpretação da norma
administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se
dirige, vedada à aplicação retroativa de nova interpretação.
• Eficiência
Otimização dos meios à disposição da Administração. Exige que o processo chegue a
uma decisão e que essa decisão seja proferida no menor tempo possível e que os meios
despendidos no processo sejam os necessários e suficientes para a decisão tomada. A
Administração deve desenvolver mecanismos para o exercício de uma atividade célere,
organizada e com qualidade.
9.5.1 orientem os gestores das áreas responsáveis por conduzir licitações, inclusive
os dos órgãos sob seu controle de atuação administrativa e financeira, para que
autuem processo administrativo com vistas à apenação das empresas que praticarem,
injustificadamente, ato ilegal tipificado no art. 7º da Lei nº 10.520/2002 e alertem-
nos de que tal dispositivo tem caráter abrangente e abarca condutas relacionadas não
apenas à contratação em si, mas também ao procedimento licitatório e à execução da
avença;
• Autoridade Competente
Recebe delegação de competências, desde que admitidas na lei. Delegar é conferir a
outrem atribuições que originalmente competiam ao delegante. O servidor público que
ultrapassa os limites de sua competência, praticando ato ao qual não estava autorizado,
está sujeito a responder por abuso de poder. A Lei Geral de Licitações somente indica
• Autoridade Superior
Autoridade situada em posição hierárquica imediatamente acima daquela que decide,
seja por vínculo de cargo, encargo ou comissão.
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Destaque,h
Planilha de anotação de ocorrências: Este instrumento, além de ser importante
ferramenta gerencial, servirá como prova de efetivo trabalho da fiscalização
de contrato em caso de auditorias e/ou ações judiciais.
h,
Destaque,h
Nos casos de aplicação das penalidades de Multa Moratória, Suspensão e
Impedimento, recomenda-se que a Administração observe alguns critérios
ao calcular o valor da multa e o tempo de afastamento, tais como: grau de
culpabilidade da contratada, histórico da contratada, prejuízos causados à
Administração e dificuldade colocada pela contratada na apuração da infração
e saneamento do problema.
• Multa
Sanção pecuniária e única penalidade que pode ser acumulada com as outras sanções.
Deve estar prevista (%) no edital ou no contrato, na dosimetria da infração cometida e
deve constar memória de cálculo no processo de sanções. O pagamento da multa não
exime o cumprimento da obrigação pela contratada. Embora seja mais branda, deve ser
aplicada somente ao final de um procedimento administrativo de sanções.
• Declaração de Idoneidade
Sanção administrativa mais severa que veda a participação em procedimentos
licitatórios e contratos com toda a Administração Pública por tempo indeterminado. Sua
reabilitação poderá ser requerida pela contratada à autoridade que aplicou a sanção
somente após 02 (dois) anos de sua aplicação. A autoridade que aplicou a sanção
concederá a reabilitação sempre que a contratada ressarcir a Administração pelos
prejuízos causados. Sua aplicação é de competência de Ministro de Estado, Secretário
Estadual ou Municipal, conforme o ente federativo aplicador da sanção.
Segundo o artigo 86, parágrafo 3º e artigo 87, parágrfo 1º da Lei nº 8.666/1993, caso a multa
Agora, observe o alcance das penalidades relativas aos afastamentos de licitar e contratar:
Imagem adpatada. Fonte: Barcelos, Dawison. O alcance das sanções em licitações e contratos - e a
interpretação do TCU à suspensão temporária diante do princípio da unidade administrativa. Disponível
em: https://www.olicitante.com.br/suspensao-temporaria-alcance-tcu-stj/. Acesso em: 18/01/2021.
Saiba mais
Para mais informações, acesse a Lei nº 8.666/1993, a Lei nº 10.520/2002, o
Acórdão TCU nº 2.530/2015, o REsp nº 832.929/SP - Quinta Turma Ementa STJ,
a IN SEGES nº 05/2017, a IN SEGES nº 03/2018, disponibilizadas no material
complementar.
Unidade 2