Improbidade Adm
Improbidade Adm
Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
24 de Fevereiro de 2023
Índice
1) Lei nº. 8.429/92 - Improbidade Administrativa
..............................................................................................................................................................................................3
O problema é que a ideia de moral administrativa não é facilmente definível. Essa é a razão de
existir a Lei n° 8.429/1992. Esta norma estabelece quais situações são capazes de caracterizar a
improbidade administrativa, além de estabelecer as sanções aplicáveis.
Na realidade podemos dizer que, para a lei, o conceito de improbidade vai além de uma simples
imoralidade, pois abrange atos praticados em ofensa aos princípios da Administração Pública, além
dos atos ilegais. Além disso, o ato de improbidade não precisa necessariamente ser um ato
administrativo, podendo abranger qualquer conduta do agente público que esteja prevista na lei.
Vamos a partir de agora estudar os dispositivos da lei, sempre enfatizando os aspectos que mais
aparecem em prova.
Os atos de improbidade administrativa podem ser praticados por qualquer agente público,
independentemente de ser servidor. Esses são os chamados sujeitos ativos do ato de
improbidade.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor
público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções
previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração
pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de
cooperação ou ajuste administrativo equivalente.
Para fins da Lei n° 8.429/1992, agente público é todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no art. 1o.
Isso significa que não apenas servidores públicos podem cometer atos de improbidade
administrativa, mas qualquer pessoa que exerça função pública, mesmo que de forma temporária,
e mesmo que a prestação desse serviço não envolva remuneração. O mesário que trabalha nas
eleições ou o jurado, por exemplo, estão sujeitos à Lei de Improbidade.
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de
improbidade. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito
privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica,
salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que
responderão nos limites da sua participação. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade
administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata
a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
O art. 3o determina ainda que a Lei n° 8.429/1992 é também aplicável ao particular que, mesmo
sem ser agente público, induz ou concorre para a prática do ato de improbidade ou dele se
beneficia.
É importante também saber que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que a Lei de Improbidade
Administrativa se aplica aos agentes políticos. Temos decisões recentes do STF e do STJ no
sentido de que a Lei de Improbidade Administrativa é aplicável aos agentes políticos, e que a
competência para conhecer a ação de improbidade é conferida ao juízo de primeiro grau. Apesar
de confusão que já ocorreu no passado, essa posição foi chancelada pelo STF.
Além disso, compete à Justiça de primeiro grau o julgamento das ações de improbidade, logo não
há foro por prerrogativa de função em relação a este tipo de ação.
Agentes políticos
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos
representará ao Ministério Público competente, para as providências necessárias.
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
A antiga redação da Lei falava expressamente em indisponibilidade dos bens no caso de lesão ao
patrimônio público. A atual Redação, dada pela Lei nº 14.230 retirou essa possibilidade e indicou
que a demanda deve ser levada ao Ministério Público competente para que este adote as
providências cabíveis.
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer
ilicitamente estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança
ou do patrimônio transferido. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na
hipótese de alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão
societária. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da
sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite
do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta
Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da incorporação,
exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente
comprovados.
ATENÇÃO!
Um dos mais importantes objetivos da nossa aula é compreender quais condutas são consideradas
atos de improbidade administrativa. A Constituição, em seu art. 37, §4°, determina que os atos
de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Apesar de algumas das condutas consideradas como atos de improbidade administrativa terem
correspondência com tipos penais, como crimes praticados por funcionários públicos contra a
administração pública (arts. 312 a 326 do CP), de responsabilidade dos prefeitos (art. 1º do
Decreto-lei 201/67) etc., os atos de improbidade administrativa não são considerados ilícitos
criminais, tendo inquestionável natureza civil.
Por fim, constam também nos quadros as penalidades aplicáveis a cada uma das categorias.
Lembre-se de que essas penalidades são aplicadas independentemente das sanções penais, civis
e administrativas previstas na legislação específica.
Quantos atos de improbidade em espécie, temos quatro categorias. Lembre-se de que o rol de
atos de improbidade trazidos pela lei é exemplificativo, o que significa que pode haver atos de
improbidade que não constam na lei. A exceção fica por conta dos atos decorrentes de concessão
ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário, para os quais a lei apresenta um rol
taxativo.
insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou VIII - frustrar a licitude de processo
fiscal sem a observância das formalidades licitatório ou de processo seletivo para
legais ou regulamentares aplicáveis à celebração de parcerias com entidades
espécie; sem fins lucrativos, ou dispensá-los
indevidamente, acarretando perda
patrimonial efetiva;
IX - ordenar ou permitir a realização de X -agir ilicitamente na arrecadação de
despesas não autorizadas em lei ou tributo ou de renda, bem como no que
regulamento; diz respeito à conservação do patrimônio
público;
XI - liberar verba pública sem a estrita XII - permitir, facilitar ou concorrer para
observância das normas pertinentes ou que terceiro se enriqueça ilicitamente;
influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou XIV – celebrar contrato ou outro
serviço particular, veículos, máquinas, instrumento que tenha por objeto a
equipamentos ou material de qualquer prestação de serviços públicos por meio
natureza, de propriedade ou à disposição da gestão associada sem observar as
de qualquer das entidades mencionadas formalidades previstas na lei;
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho
de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas
entidades.
XV – celebrar contrato de rateio de XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer
consórcio público sem suficiente e prévia forma, para a incorporação, ao
dotação orçamentária, ou sem observar patrimônio particular de pessoa física ou
as formalidades previstas na lei. jurídica, de bens, rendas, verbas ou
valores públicos transferidos pela
administração pública a entidades
privadas mediante celebração de
parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
XVII - permitir ou concorrer para que XVIII - celebrar parcerias da
pessoa física ou jurídica privada utilize administração pública com entidades
bens, rendas, verbas ou valores públicos privadas sem a observância das
transferidos pela administração pública a formalidades legais ou regulamentares
entidade privada mediante celebração aplicáveis à espécie;
de parcerias, sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
XIX - agir para a configuração de ilícito na XX - liberar recursos de parcerias
celebração, na fiscalização e na análise firmadas pela administração pública com
das prestações de contas de parcerias entidades privadas sem a estrita
firmadas pela administração pública com observância das normas pertinentes ou
entidades privadas; influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
XXI - Revogado. XXII - conceder, aplicar ou manter
benefício financeiro ou tributário
contrário ao que dispõem o caput e o §
1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº
116, de 31 de julho de 2003. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 3º O enquadramento de conduta
Quanto aos atos administrativos que atentam contra os princípios da administração pública,
devemos citar um julgado do STJ que reconheceu improbidade na prática de assédio sexual.
STJ - REsp 1255120/SC, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, j. 21.05.2013, 2ª Turma, DJe
28.05.2013.
Além disso, a multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da
situação econômica do réu, o valor calculado é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de
improbidade.
A seguir trago uma tabela resumindo as sanções para cada tipo de ato de improbidade
administrativa. Decore-a para sua prova!!
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes
o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público
ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior
a 4 (quatro) anos;
IV - (revogado).
Parágrafo único. (Revogado).
§ 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste
artigo, atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou
político detinha com o poder público na época do cometimento da infração, podendo o
magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-
la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é
ineficaz para reprovação e prevenção do ato de improbidade.
§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos
e sociais das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades.
§ 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de
proibição de contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo
ato de improbidade, observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a
preservar a função social da pessoa jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo.
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção
limitar-se-á à aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos
valores obtidos, quando for o caso, nos termos do caput deste artigo.
§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei
deverá deduzir o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver
por objeto os mesmos fatos.
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de
agosto de 2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem.
§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro
Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de
agosto de 2013, observadas as limitações territoriais contidas em decisão judicial, conforme
disposto no § 4º deste artigo.
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em
julgado da sentença condenatória.
§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos,
computar-se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito
em julgado da sentença condenatória.
contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade,
observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social
da pessoa jurídica. Além disso, as sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na
Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in
idem.
Existem casos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados. Nessas hipóteses a lei determina
que a sanção se limitará à aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda
dos valores obtidos, quando for o caso.
A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional
de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
observadas as limitações territoriais contidas em decisão judicial.
Importante lembrar que a lei estabelece que as sanções previstas somente poderão ser
executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
No que se refere à contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-
se-á retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
Todo servidor, no momento da posse, precisa declarar à Administração Pública seus bens privados.
Essa obrigação é tão séria que, se o servidor deixar de cumpri-la, a penalidade prevista é a
demissão, ou seja, o desligamento da Administração Pública, com caráter punitivo. Essa
declaração, que é a declaração de imposto de renda, fica arquivada em envelope lacrado no
serviço de pessoal do órgão ou entidade.
O uso dessa declaração é regulamentado por meio do Decreto n. 5.483/2005, que autoriza a
Controladoria-Geral da União a analisar a evolução patrimonial do servidor sempre que julgar
necessário. Dentro da CGU existem setores específicos que fazem cruzamentos de dados e
analisam a evolução patrimonial dos agentes públicos para identificar e investigar casos de
A atualização da declaração será feita anualmente e na data em que o agente público deixar o
exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função.
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
Em primeiro lugar, é importante saber que os atos de improbidade administrativa podem ser
apurados na esfera administrativa ou na esfera judicial.
As regras da Lei nº 8.112/1990 mencionadas pelo dispositivo certamente já são conhecidas por
você. Trata-se do famoso Processo Administrativo Disciplinar, conduzido pelas Corregedorias de
cada órgão ou entidade, ou ainda pela Corregedoria-Geral da União.
Quanto aos servidores militares, estes se submetem a uma série de normas disciplinares
específicas, respondendo inclusive pelos crimes previstos no Código Penal Militar. Além disso, eles
não se submetem à Lei nº 8.112/1990, mas sim à Lei nº 6.880/1980.
O Ministério Público e os Tribunais de Contas são responsáveis, entre outras coisas, por velar
pelo bom uso do dinheiro público. Por essa razão, devem sempre ser informados quando houver
procedimento instaurado para a apuração de ato de improbidade administrativa.
Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter
antecedente ou incidente, pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir
a integral recomposição do erário ou do acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento
ilícito.
O pedido será deferido mediante a demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável
ou de risco ao resultado útil do processo, desde que o juiz se convença da probabilidade da
ocorrência dos atos descritos na petição inicial com fundamento nos respectivos elementos de
instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco) dias.
A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o
contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver
outras circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser
presumida.
Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores declarados indisponíveis não poderá
superar o montante indicado na petição inicial como dano ao erário ou como enriquecimento
ilícito.
O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste
artigo, observará os efeitos práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarretar
prejuízo à prestação de serviços públicos.
Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo
Ministério Público e seguirá o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de
março de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei.
A Lei nº 8.429/1992 confere competência ao Ministério Público para a propositura de ação civil
de improbidade administrativa. Ela deverá ser proposta perante o foro do local onde ocorrer o
dano ou da pessoa jurídica prejudicada bem como prevenirá a competência do juízo para todas as
ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
Os parágrafos do Artigo 17 trazem uma série de requisitos que devem ser observados. vejamos:
Ela será rejeitada nos casos do art. 330 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de
Processo Civil), bem como quando não preenchidos os requisitos listados acima ou ainda
quando manifestamente inexistente o ato de improbidade imputado.
Se a petição inicial estiver em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a citação dos
requeridos para que a contestem no prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma
do art. 231 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
Ao réu será assegurado o direito de ser interrogado sobre os fatos de que trata a ação, e a sua
recusa ou o seu silêncio não implicarão confissão.
Art. 17-B O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar
acordo de não persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes
resultados:
I - o integral ressarcimento do dano;
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de
agentes privados.
§ 1º A celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo dependerá,
cumulativamente:
I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento anterior ou posterior à propositura da
ação;
II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público
competente para apreciar as promoções de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao
ajuizamento da ação;
III - de homologação judicial, independentemente de o acordo ocorrer antes ou depois do
ajuizamento da ação de improbidade administrativa.
§ 2º Em qualquer caso, a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo
considerará a personalidade do agente, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a
repercussão social do ato de improbidade, bem como as vantagens, para o interesse público,
da rápida solução do caso.
§ 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do
Tribunal de Contas competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros
utilizados, no prazo de 90 (noventa) dias.
§ 4º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá ser celebrado no curso da
investigação de apuração do ilícito, no curso da ação de improbidade ou no momento da
execução da sentença condenatória.
§ 5º As negociações para a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo
ocorrerão entre o Ministério Público, de um lado, e, de outro, o investigado ou demandado
e o seu defensor.
§ 6º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá contemplar a adoção de
mecanismos e procedimentos internos de integridade, de auditoria e de incentivo à denúncia
de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da
pessoa jurídica, se for o caso, bem como de outras medidas em favor do interesse público e
de boas práticas administrativas.
§ 7º Em caso de descumprimento do acordo a que se refere o caput deste artigo, o
investigado ou o demandado ficará impedido de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco)
anos, contado do conhecimento pelo Ministério Público do efetivo descumprimento.
Art. 17-C. A sentença proferida nos processos a que se refere esta Lei deverá, além de
observar o disposto no art. 489 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de
Processo Civil):
I - indicar de modo preciso os fundamentos que demonstram os elementos a que se referem
os arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, que não podem ser presumidos;
II - considerar as consequências práticas da decisão, sempre que decidir com base em valores
jurídicos abstratos;
III - considerar os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas
públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados e das circunstâncias práticas
que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente;
IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada ou cumulativa:
a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade;
b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida;
c) a extensão do dano causado;
d) o proveito patrimonial obtido pelo agente;
e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequências advindas de sua conduta
omissiva ou comissiva;
g) os antecedentes do agente;
V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato já
aplicadas ao agente;
VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, quando for o caso, a sua
atuação específica, não admitida a sua responsabilização por ações ou omissões para as quais
não tiver concorrido ou das quais não tiver obtido vantagens patrimoniais indevidas;
VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios objetivos que justifiquem a
imposição da sanção.
§ 1º A ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique não configura ato de improbidade.
§ 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo, a condenação ocorrerá no limite da participação e
dos benefícios diretos, vedada qualquer solidariedade.
§ 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei.
repressiva,
de caráter sancionatório,
destinada à aplicação de sanções de caráter pessoal,
não constitui ação civil,
é vedado seu ajuizamento para o controle de legalidade de políticas públicas e para a
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos,
coletivos e individuais homogêneos.
Art. 18. A sentença que julgar procedente a ação fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei
condenará ao ressarcimento dos danos e à perda ou à reversão dos bens e valores ilicitamente
adquiridos, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
§ 1º Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá
a essa determinação e ao ulterior procedimento para cumprimento da sentença referente ao
ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens.
§ 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providências a que se refere o § 1º deste
artigo no prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da sentença de procedência
da ação, caberá ao Ministério Público proceder à respectiva liquidação do dano e ao
cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à
reversão dos bens, sem prejuízo de eventual responsabilização pela omissão verificada.
§ 3º Para fins de apuração do valor do ressarcimento, deverão ser descontados os serviços
efetivamente prestados.
§ 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais
corrigidas monetariamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade
administrativa se o réu demonstrar incapacidade financeira de saldá-lo de imediato.
A pessoa jurídica que sofreu o prejuízo será a principal beneficiária da sentença que reconhecer o
ato de improbidade e determinar a devolução dos valores ou bens obtidos ilicitamente pelo agente
público infrator.
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado
pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
A representação acerca do cometimento de ato improbidade administrativa não pode ser utilizada
de forma leviana. Por isso a pessoa que representa sabendo que o agente público que está sendo
acusado é inocente responde por crime cuja pena cominada é privativa de liberdade.
Perceba que o parágrafo único contém uma disposição civil, determinando que, além do aspecto
criminal, aquele que representa falsamente deverá também indenizar o denunciado tanto por
danos materiais quanto morais e à imagem.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
§ 1º A autoridade judicial competente poderá determinar o afastamento do agente público
do exercício do cargo, do emprego ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida for necessária à instrução processual ou para evitar a iminente prática de novos
ilícitos.
§ 2º O afastamento previsto no § 1º deste artigo será de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis
uma única vez por igual prazo, mediante decisão motivada.
Além disso, existe o prazo de afastamento do agente público é de ATÉ 90 dias, prorrogáveis
UMA ÚNICA VEZ por igual prazo.
As penalidades mencionadas no caput (perda da função pública e suspensão dos direitos políticos)
obviamente só podem ser aplicadas ao fim da instrução processual.
Os órgãos de controle interno e os tribunais de contas têm competência para apreciar as contas
dos gestores públicos. A aprovação dessas contas não impede que seja proposta a ação civil e
nem o procedimento administrativo para apuração da ocorrência de ato de improbidade.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a
requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo
com o disposto no art. 14 desta Lei, poderá instaurar inquérito civil ou procedimento
investigativo assemelhado e requisitar a instauração de inquérito policial.
Parágrafo único. Na apuração dos ilícitos previstos nesta Lei, será garantido ao investigado
a oportunidade de manifestação por escrito e de juntada de documentos que comprovem
suas alegações e auxiliem na elucidação dos fatos.
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos,
contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que
cessou a permanência.
A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos suspende
o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias corridos,
recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo
de suspensão.
O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo de 365 (trezentos
e sessenta e cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante ato
fundamentado submetido à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme
dispuser a respectiva lei orgânica. Encerrado esse prazo, a ação deverá ser proposta no prazo de
30 (trinta) dias, se não for caso de arquivamento do inquérito civil.
Nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do mesmo processo, a suspensão e a
interrupção relativas a qualquer deles estendem-se aos demais.
Por fim é interessante que você lembre dos prazos prescricionais previstos na Lei de Improbidade.
Quando o ato de improbidade também constituir falta disciplinar, o prazo prescricional aplicado
será aquele previsto na lei que tipificou a infração disciplinar. No caso dos servidores públicos civis
da União, estamos falando sobre a Lei nº 8.112/1990, que estudaremos em breve.
Caso o ato de improbidade não seja tipificado como infração disciplinar, o prazo prescricional será
de 5 anos.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, deu parcial provimento a
recurso extraordinário para afastar a prescrição da sanção de ressarcimento e determinar
o retorno dos autos ao tribunal recorrido para que, superada a preliminar de mérito pela
imprescritibilidade das ações de ressarcimento por improbidade administrativa, aprecie
o mérito apenas quanto à pretensão de ressarcimento (Informativo 909).
RE 852475/SP, rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin,
julgamento em 8.8.2018. (Informativo 910, Plenário, Repercussão Geral).
Para finalizarmos a aula precisamos saber que é dever do poder público oferecer contínua
capacitação aos agentes públicos e políticos que atuem com prevenção ou repressão de atos de
improbidade administrativa.
QUESTÕES COMENTADAS
1. TCE-RN – Analista de Controle Externo – 2015 – Cespe. O simples atraso na entrega das
contas públicas, sem que exista intenção manifesta, não configura ato de improbidade
que atenta contra os princípios da administração pública.
Certo
Errado
Comentários
Nos atos de improbidade que atentam contra os princípios da administração pública exige-se o
dolo do agente para que haja improbidade administrativa.
GABARITO: CERTO
Certo
Errado
Comentários
O STJ já decidiu que não é possível a propositura de ação de improbidade apenas contra o
particular, mas ele pode ser responsabilizado juntamente com o agente público.
GABARITO: CERTO
Certo
Errado
Comentários
Esta previsão consta no art. 8º da Lei de Improbidade: O sucessor ou o herdeiro daquele que
causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos apenas à obrigação de
repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio transferido.
GABARITO: CERTO
4. MEC – Analista – 2015 – Cespe. O agente público que, no exercício de suas funções,
enriquece ilicitamente deve perder os bens acrescidos irregularmente ao seu patrimônio.
Certo
Errado
Comentários
As penalidades previstas para o enriquecimento ilícito estão no art. 12, I, entre elas constando a
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.
GABARITO: CERTO
5. MEC – Analista – 2015 – Cespe. O servidor deve atualizar sua declaração de bens
anualmente, bem como na data em que deixar o cargo.
Certo
Errado
Comentários
GABARITO: CERTO
6. FUB – Analista – 2015 – Cespe. Será passível de punição o agente que praticar ato de
improbidade administrativa contra o patrimônio de entidades que recebam incentivo
fiscal do governo.
Certo
Errado
Comentários
Segundo o §6º do art. 1º, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados
contra o patrimônio de entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou
creditício, de entes públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo.
GABARITO: CERTO
Certo
Errado
Comentários
O enriquecimento ilícito de terceiros é considerado dano ao erário, e por isso esse ato está
especificamente previsto no art. 10, XII.
GABARITO: CERTO
8. Antaq – Analista – 2014 – Cespe. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
público está sujeito às cominações dessa lei até o limite do valor da herança.
Certo
Errado
Comentários
GABARITO: CERTO
9. FUB – Analista – 2014 – Cespe. Aquele que exercer, mediante designação, função
transitória e sem remuneração na Universidade de Brasília poderá responder por ato de
improbidade administrativa.
Certo
Errado
Comentários
Lembre-se de que a definição de agente público trazida pela Lei de Improbidade é bastante ampla,
alcançando inclusive quem exerce função transitória e sem remuneração, nos termos do art. 2º.
GABARITO: CERTO
10. DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. As penas aplicadas a quem comete ato de improbidade
não podem ser cumuladas, uma vez que estaria o servidor sendo punido duas vezes pelo
mesmo ato.
Certo
Errado
Comentários
GABARITO: ERRADO
11. DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. O servidor público que revelar fato ou circunstância que
tenha ciência em razão das suas atribuições, e que deva permanecer em segredo, comete
ato de improbidade administrativa.
Certo
Errado
Comentários
Essa conduta consta no rol exemplificativo da categoria dos ATOS DE IMPROBIDADE QUE
ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
GABARITO: CERTO
12. ANAC – Analista Administrativo – 2012 – Cespe. Caso morra um agente público que tenha
cometido ato ilícito previsto na referida lei, a punição a que ele tiver sido submetido será
extinta, não acarretando, portanto, nenhum ônus aos seus sucessores.
Certo
Errado
Comentários
O ressarcimento ao erário alcança o patrimônio do agente público que tenha cometido ato de
improbidade administrativa. Ainda que o agente tenha morrido, a ação de ressarcimento poderá
alcançar os seus sucessores, limitando-se ao valor da herança ou do patrimônio transferido.
GABARITO: ERRADO
13. TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – 2017 – CESPE Considerando o
disposto nas Leis n.° 8.112/1990 e n.° 8.429/1992, julgue o item que se segue, acerca
dos agentes públicos. De acordo com a legislação que trata de atos de improbidade
administrativa, são considerados agentes públicos as pessoas em exercício de cargo
eletivo em autarquia federal, mesmo que sem remuneração.
Certo
Errado
Comentários
Nos termos do art. 2°, considera-se agente público, para os efeitos desta Lei, consideram-se
agente público o agente político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
referidas no art. 1º desta Lei.
GABARITO: CERTO
14. TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário – 2017 – CESPE. Determinado agente público,
em troca de recebimento de vantagem econômica, facilitou a alienação de um bem
público por preço inferior ao valor de mercado, praticando, assim, ato de improbidade
administrativa. Nesse caso, de acordo com a legislação pertinente, o agente público
praticou improbidade administrativa
Comentários
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
valor de mercado;
GABARITO: B
15. TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2017 – CESPE. Lucas é
analista judiciário de determinado tribunal. Seu irmão, Tiago, é um advogado militante
político, ativo nesse tribunal. Lucas, sem a observância das formalidades legais, concedeu
benefício administrativo a Tiago, caracterizado como ato de improbidade administrativa,
levando-o a ter seus direitos políticos suspensos por oito anos. Considerando essa
situação hipotética, assinale a opção correspondente a outra sanção que, de acordo com
a Lei de Improbidade Administrativa, também será aplicada a Lucas em razão da falta
cometida.
d) proibição de contratar com o poder público, pelo prazo não superior a doze anos
Comentários
A alternativa A está incorreta. O prazo será de cinco, além de haver previsão também da imposição
da proibição de contratar com o Poder Público, nos termos do art. 12, II.
A alternativa B está incorreta. Nos termos do art. 12, II: perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos até 12 (doze) anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e
proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio
majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos;
GABARITO: D
16. TCE-PE - Analista de Gestão – Administração – 2017 – CESPE. Com referência a atos
administrativos e improbidade administrativa, julgue o item subsequente. Na punição aos
atos de improbidade administrativa, a penalidade será distinta se o ato implicar
enriquecimento ilícito do agente ou se ele apenas causar prejuízo ao erário.
Certo
Errado
Comentários
De fato, as cominações são diferentes, como você aprendeu na aula de hoje. Veja o que diz o art.
12.
GABARITO: CERTO
17. TCE-PE - Conhecimentos Básicos – Auditor – 2017 – CESPE. João, aprovado em concurso
público para auditor de controle externo no tribunal de contas de seu estado, foi lotado
em sua cidade natal. Ao ter ciência desse fato, o prefeito do município, amigo da família
de João, resolveu presenteá-lo com um veículo, a fim de facilitar a sua locomoção até o
local de trabalho. João aceitou o presente. Com referência a essa situação hipotética,
julgue o item que se segue, à luz do disposto na Lei n.º 8.429/1992. Caso seja condenado
por improbidade administrativa, João estará sujeito a pagar multa de, no mínimo, quatro
vezes o valor do veículo que recebeu de presente.
Certo
Errado
Comentários
De acordo com os fatos descritos, podemos dizer que João incorreu em ato de improbidade que
importa enriquecimento ilícito, nos termos do art. 9º, I.
Nos termos do art. 12, João estará sujeito a multa "equivalente ao valor" do acréscimo ao
patrimônio (caso de enriquecimento ilícito) ou do dano ao erário.
GABARITO: ERRADO
18. SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária – 2017 – CESPE. João, Pedro e Lucas são
servidores públicos estaduais. No exercício de suas atribuições, João facilitou o
enriquecimento ilícito de terceiro, Pedro indevidamente deixou de praticar ato de ofício
e Lucas recebeu vantagem econômica para intermediar a liberação de verba pública. Os
três servidores agiram culposamente. De acordo com a Lei nº 8.429/1992, nessa situação
hipotética foi praticado ato de improbidade administrativa somente por
a) Pedro.
b) Nenhum deles.
c) João e Lucas.
d) Pedro e Lucas.
e) Todos eles.
Comentários
Nos termos do art. 1º, §1º, da LIA, somente se tipificam as condutas dolosas:
GABARITO: B
19. DPU – Defensor Público Federal – 2015 – Cespe. O rol de condutas tipificadas como atos
de improbidade administrativa constante na Lei de Improbidade (Lei n.º 8.429/1992) é
taxativo.
Certo
Errado
Comentários
Depois da aula de hoje você deve estar cansado de saber que esse rol é apenas exemplificativo,
não é mesmo?
GABARITO: ERRADO
20. Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014 – Cespe. Caso o servidor tenha
recebido, para a prática do ato, auxílio de pessoa que não seja agente público, ambos
devem responder por improbidade administrativa, estando sujeitos às penalidades
previstas na Lei n.º 8.429/1992.
Certo
Errado
Comentários
O terceiro não responde sozinho, mas se tiver concorrido para o ato responderá juntamente com
o agente público.
GABARITO: CERTO
21. PC-BA – Delegado – 2013 – Cespe. Considere que um agente de polícia tenha utilizado
uma caminhonete da polícia civil para transportar sacos de cimento para uma construção
particular. Nesse caso, o agente cometeu ato de improbidade administrativa que importa
em enriquecimento ilícito.
Comentários
Sim, é verdade. Essa conduta está prevista no rol exemplificativo do art. 9º nos seguintes termos:
" utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à disposição de
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de
empregados ou de terceiros contratados por essas entidades; ".
GABARITO: CERTO
22. INPI – Analista de Planejamento (Direito) – 2013 – Cespe. O juiz extinguirá o processo
administrativo sem julgamento de mérito, em qualquer fase do processo, caso seja
reconhecida a inadequação da ação de improbidade.
Certo
Errado
Comentários
GABARITO: ERRADO
23. INPI – Analista de Planejamento (Direito) – 2013 – Cespe. A perda da função pública e a
suspensão dos direitos políticos do servidor acusado de improbidade administrativa só
se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória, não podendo, assim,
ser o agente público afastado de seu cargo, emprego ou função durante a instrução
processual.
Certo
Errado
Comentários
Aqui temos uma questão interessante, que exige de você o conhecimento do art. 20 da Lei de
Improbidade. É verdade que a penalidade de perda da função pública e a de suspensão dos
direitos políticos somente podem ser aplicadas após o trânsito em julgado da sentença
condenatória. Entretanto, a própria lei autoriza o afastamento cautelar do agente público, sem
prejuízo da remuneração, quando a medida for necessária à instrução processual.
GABARITO: ERRADO
24. TRT 10ª Região (DF e TO) – Analista Judiciário – 2013 – Cespe. O terceiro beneficiado
poderá ser responsabilizado nas esferas cível e criminal, mas não por improbidade
administrativa, visto que esta não abrange particulares.
Certo
Errado
Comentários
Vimos na aula de hoje que a Lei de Improbidade atinge também o particular que induza ou
concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou
indireta.
GABARITO: ERRADO
25. MPU – Analista– 2013 – Cespe. A lei caracteriza como ato de improbidade administrativa
que importa enriquecimento ilícito a conduta do servidor público que implique o uso, em
Certo
Errado
Comentários
A conduta do agente público que usa, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas pela lei constitui ato de improbidade
administrativa que importa enriquecimento ilícito.
GABARITO: CERTO
26. Câmara dos Deputados – Analista Judiciário – 2012 – Cespe. Apenas o Ministério Público
pode representar junto à autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação com o objetivo de apurar a prática de ato de improbidade.
Certo
Errado
Comentários
O art. 14 da Lei nº 8.429/1992 determina que qualquer pessoa poderá representar à autoridade
administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de
ato de improbidade.
GABARITO: ERRADO
27. PC-GO - Delegado de Polícia Substituto – 2017 – Cespe. Se uma pessoa, maior e capaz,
representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade sabendo que ele é
inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o disposto na Lei nº
8.429/1992,
c) contravenção penal.
Comentários
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou
terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado
pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
GABARITO: A
28. PJC-MT - Delegado de Polícia Substituto – 2017 – CESPE De acordo com o entendimento
do STJ, no curso da ação de improbidade administrativa, a decretação da
indisponibilidade de bens do réu dependerá da
Comentários
Além disso, vale mencionar também o REsp 1.366.721/BA do STJ, em cujo julgamento definiu-se
que devem estar presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que
cause dano ao Erário.
GABARITO: B
c) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de
ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.
Comentários
==1471cd==
Das alternativas apresentadas, a única que apresenta um ato de improbidade que causa prejuízo
ao erário é a letra A. As demais trazem atos administrativos que importam em enriquecimento
ilícito.
GABARITO: A
30. TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – 2013 – VUNESP No tocante à Declaração de Bens,
prevista na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), é correto afirmar que
c) a declaração de bens será quinquenalmente atualizada e na data em que o agente público deixar
o exercício do mandato.
d) somente será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que prestar falsa declaração de bens.
e) será punido com a pena de repreensão escrita o agente público que se recusar a prestar
declaração dos bens.
Comentários
A alternativa A está incorreta porque o declarante poderá entregar cópia da declaração anual de
bens para suprir a exigência. A alternativa C está incorreta porque a atualização da declaração é
anual. A alternativa D está incorreta porque também poderá ser punido com demissão o servidor
que se recursar a apresentar a declaração. A alternativa E está incorreta porque a penalidade é de
demissão.
GABARITO: B
31. PC-SP – Investigador de Polícia – 2013 – VUNESP Assinale a alternativa correta a respeito
da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).
b) Além de outras penalidades, aquele que cometer ilícito previsto na Lei de Improbidade
Administrativa ficará sujeito à cassação de seus direitos políticos.
c) As penas cominadas pela Lei de Improbidade Adminis- trativa são específicas e individualizadas,
não podendo atingir o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente.
e) Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo
determinado, ou que a prestar falsa.
Comentários
A alternativa A está incorreta porque a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos
somente ocorrerão após o trânsito em julgado da sentença condenatória. A alternativa B está
incorreta porque o agente não fica submetido à cassação de seus direitos políticos, mas sim à sua
suspensão. A alternativa C está incorreta porque o sucessor daquele que causar lesão ao
patrimônio público fica obrigado a ressarcir o erário até o limite do patrimônio transferido. A
alternativa D está incorreta porque não é a vítima que representa à autoridade judiciária para a
indisponibilidade dos bens do indiciado, mas sim a autoridade administrativa responsável pelo
inquérito.
GABARITO: E
b) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de
ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.
c) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer
em segredo.
Comentários
Para responder corretamente à questão você precisa saber diferenciar as modalidades de atos de
improbidade. Por isso mesmo você precisa revisar várias vezes essa classificação
As alternativas C e D estão incorretas. São atos de improbidade que atentam contra os princípios
da Administração Pública.
GABARITO: E
e) não constitui ato de improbidade, pois o uso não era em proveito próprio, mas sim de quaisquer
cidadãos que frequentem o curso.
Comentários
O ato descrito pela questão constitui ato de improbidade administrativa que importa
enriquecimento ilícito. “Mas professor, o servidor não ganhou nada!”. Veja bem, ele pode não ter
recebido dinheiro, mas ele pode estar ministrando aulas voluntárias, por exemplo, para ganhar
prestígio e posteriormente se candidatar a cargo eletivo. Está vendo que existem vantagens aí?
Além disso, se considerarmos que o servidor deveria gastar seus próprios recursos para obter o
material, ele está, de certa forma, auferindo vantagem patrimonial, não é mesmo!?
b) será punida apenas na hipótese de a conduta ter resultado em prejuízo aos cofres públicos.
d) acarretará multa ao autor, a demissão do servidor público e a pena de prisão por até um ano.
Comentários
O caso mencionado pela questão é o de ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública, nos termos do art. 11.
35. TJ-SP – Advogado – 2013 – VUNESP Nos termos da Lei nº 8.429/92, Lei de Improbidade,
constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
a) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de
mercado.
d) usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial de
órgãos da Administração Pública Direta.
e) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária,
ou sem observar as formalidades previstas na lei.
Comentários
GABARITO: B
36. TST - Analista Judiciário – Contabilidade – 2017 – FCC Em uma determinada diligência,
um oficial de justiça certificou fatos inverídicos, atestando não ter localizado, para citação,
os réus de uma determinada ação. Posteriormente o Ministério Público apurou que
referido servidor público recebeu vantagem em pecúnia para essa conduta, que foi
repetida pelo menos duas vezes, retardando o trâmite do processo. Em razão disso
a) o Ministério Público pode propor ação de improbidade por ato que gera prejuízo ao erário,
sendo necessário comprovar a ocorrência de dolo, mas ficando o prejuízo causado presumido pelo
descumprimento do dever de ofício.
b) o servidor pode responder por ação de improbidade por violar princípios que regem a
Administração pública, independentemente de dolo, podendo lhe ser imputada multa e a
obrigação de restituição dos valores recebidos indevidamente.
c) a conduta do servidor público pode configurar infração disciplinar punível com suspensão, mas
não configura ato de improbidade em razão dos prejuízos ficarem circunscritos às partes do
processo, não atingindo o erário público.
d) o Ministério público pode ajuizar ação de improbidade por ato que gera enriquecimento ilícito,
estando demonstrado o dolo, requisito subjetivo de configuração dessa modalidade de ato
ímprobo.
Comentários
Nos termos do art. 9º, constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento
ilícito auferir, mediante a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida
em razão do exercício de cargo, de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas
entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente, entre outros, receber vantagem
econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,
providência ou declaração a que esteja obrigado.
GABARITO: D
37. DPE-RS - Técnico - Área Administrativa – 2017 – FCC O zelador de uma escola pública,
ocupante de cargo comissionado de Chefe de Vigilância, reside nas dependências do
equipamento público, em uma modesta construção erguida no mesmo terreno, a fim de
vigiar e controlar o acesso ao equipamento público. Descobriu-se, no entanto, que o
mesmo alugava um dos espaços anexos da escola para funcionamento, em algumas noites
da semana, de uma casa de jogos de azar clandestina. No que se refere à tipificação da
conduta do zelador,
b) pode configurar infração disciplinar ou mesmo criminal, mas não se tipifica como ato de
improbidade, na medida em que não houve qualquer prejuízo ao erário.
c) se enquadra como ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração pública
e, em se tratando de infração de mera conduta, basta a demonstração de culpa para a imposição
de sanção.
d) este não pode ser equiparado a agente público para fins de configuração de ato de
improbidade, tampouco ser punido disciplinar ou criminalmente, razão pela qual resta apenas a
possibilidade de exoneração do mesmo.
e) configura ato de improbidade que atenta contra os princípios da administração, mas para sua
configuração e efetivo sancionamento, demanda o envolvimento de algum servidor estatutário ou
celetista, pois o zelador exercia apenas função pública, não se enquadrando no conceito de agente
público.
Comentários
A alternativa C está incorreta. Como você já sabe, a conduta descrita é ato de improbidade
administrativa que importa em enriquecimento ilícito, somente configurada na hipótese de
conduta dolosa.
A alternativa D está incorreta. O agente aqui mencionado é equiparado a agente público, nos
termos do art. 2º.
Art. 2° Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor
público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta Lei.
GABARITO: A
38. DPE-CE – Defensor Público – 2014 – FCC (ADAPTADA) No que tange à ação de
improbidade administrativa:
a) estão a ela sujeitos, no que couber, aqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam
ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma
direta ou indireta.
d) são reputados agentes públicos, para efeito de enquadramento legal, todos aqueles que
exercem, mesmo que transitoriamente mas desde que sob remuneração, por nomeação,
designação ou qualquer forma de contratação, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos
públicos de administração direta ou indireta.
Comentários
A alternativa B está incorreta porque o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público
ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança
ou do patrimônio transferido (art. 8º). A alternativa C está incorreta porque a representação nesse
caso cabe à autoridade administrativa responsável pelo inquérito (art. 7º). A alternativa D está
incorreta porque mesmo aqueles que não recebam remuneração podem ser considerados agentes
públicos.
GABARITO: A
a) Peculato.
b) Descaminho.
c) Fraude gerencial.
Comentários
Aqui devemos mencionar o REsp 1255120, julgado pelo STJ em 2013. Nesse julgado o tribunal
reconheceu que o assédio sexual pode ser considerado ato de improbidade, já que ofende os
princípios da administração pública.
STJ - REsp 1255120/SC, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, j. 21.05.2013, 2ª Turma, DJe
28.05.2013.
GABARITO: D
c) O empregado de uma sociedade de economia mista que vier a se apropriar de bens integrantes
do patrimônio dela poderá responder na esfera criminal por seu ato e também estará sujeito à ação
por improbidade administrativa.
d) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado. Por isso, sobrevindo a morte de agente
condenado por improbidade administrativa, seus sucessores e a herança deixada não podem ser
atingidos pelas cominações da Lei de Improbidade Administrativa.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não há previsão de cominação de cassação de direitos políticos, mas
apenas de suspensão dos direitos políticos.
A alternativa B está incorreta. A lei não prevê prazo de 180 dias de afastamento e, além disso, não
há suspensão da remuneração.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 8º, o sucessor daquele que causar lesão ao
patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite
do valor da herança ou do patrimônio transferido.
GABARITO: C
I. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
II. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo.
III. Para ser considerado agente público, é necessário que suas atribuições no serviço público sejam
exercidas de maneira não transitória, goze ou não de estabilidade o servidor, e que seja ele
remunerado pelos cofres da administração direta, indireta ou fundacional.
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.
Comentários
O item I está correto. Nos termos do art. 19, constitui crime a representação por ato de
improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
O item II está correto. Nos termos do art. 11, constitui ato de improbidade administrativa que
atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada, entre outras, pela
conduta de deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das
condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades.
O item III está incorreto. Nos termos do art. 2°, consideram-se agente público o agente político,
o servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas no art. 1º desta Lei.
GABARITO: A
Comentários
Vimos que os atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário têm como uma
das penalidades aplicáveis a suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos. O gabarito é,
portanto, a letra E.
GABARITO: E
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro do prazo de
sessenta dias no caso de efetivação de medida cautelar.
Certo
Errado
Comentários
Assertiva Errada.
Art. 17: A ação principal, que terá o RITO ORDINÁRIO, será proposta pelo MINISTÉRIO
PÚBLICO ou pela PESSOA JURÍDICA INTERESSADA, dentro de 30 dias da efetivação da
medida cautelar.
GABARITO: ERRADO.
44. Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal – 2019 - CESPE Em janeiro de 2018,
o Ministério Público de um estado da União começou a apurar possíveis irregularidades
referentes a contratos com empresas de transporte urbano no âmbito de determinada
prefeitura municipal daquele estado. Para realizar as diligências, o órgão ministerial
requisitou informações à referida prefeitura, por meio de ofícios, que foram
encaminhados ao então secretário municipal de urbanismo, sr. José Silva. Ao todo, foram
expedidos pelo parquet, no período de dez meses, entre janeiro de 2018 e outubro de
2018, oito ofícios, que não obtiveram resposta do mencionado secretário.
Posteriormente, o sr. José Silva fez consultas à Procuradoria-Geral do município citado
acerca dos possíveis desdobramentos da sua omissão à luz dos dispositivos da Lei nº
8.429/1992. Considerando essa situação hipotética e os aspectos legais a ela
relacionados, julgue o próximo item. De acordo com o entendimento do STJ, para que
seja determinado o possível processamento da ação civil pública por ato de improbidade
administrativa supostamente praticado pelo sr. José Silva, em observância ao princípio
do in dubio pro societate, é suficiente, na defesa do interesse público, a demonstração
de indícios razoáveis da prática de atos de improbidade e da autoria.
Certo
Errado
Comentários
Assertiva Correta.
SÚMULA 7/STJ
Para fins do juízo preliminar de admissibilidade, previsto no art. 17, §§ 7º, 8º e 9º, da Lei
8.429/1992, é suficiente a demonstração de indícios razoáveis de prática de atos de improbidade
e autoria, para que se determine o processamento da ação, em obediência ao princípio do in dubio
pro societate, a fim de possibilitar o maior resguardo do interesse público.
GABARITO: CERTO.
45. Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal – 2019 – CESPE Em janeiro de 2018,
o Ministério Público de um estado da União começou a apurar possíveis irregularidades
referentes a contratos com empresas de transporte urbano no âmbito de determinada
prefeitura municipal daquele estado. Para realizar as diligências, o órgão ministerial
requisitou informações à referida prefeitura, por meio de ofícios, que foram
encaminhados ao então secretário municipal de urbanismo, sr. José Silva. Ao todo, foram
expedidos pelo parquet, no período de dez meses, entre janeiro de 2018 e outubro de
2018, oito ofícios, que não obtiveram resposta do mencionado secretário.
Posteriormente, o sr. José Silva fez consultas à Procuradoria-Geral do município citado
acerca dos possíveis desdobramentos da sua omissão à luz dos dispositivos da Lei nº
8.429/1992. Considerando essa situação hipotética e os aspectos legais a ela
relacionados, julgue o próximo item. Eventual ação de improbidade administrativa para
apurar as supostas irregularidades praticadas pelo sr. José Silva concernentes a contratos
com empresas de transporte urbano poderá ser proposta tanto pelo Ministério Público
do estado envolvido quanto pela pessoa jurídica interessada.
Certo
Errado
Comentários
Assertiva Correta.
Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo
Ministério Público e seguirá o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de
março de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei.
GABARITO: ERRADO.
46. Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal – 2019 – CESPE Em janeiro de 2018,
o Ministério Público de um estado da União começou a apurar possíveis irregularidades
referentes a contratos com empresas de transporte urbano no âmbito de determinada
prefeitura municipal daquele estado. Para realizar as diligências, o órgão ministerial
requisitou informações à referida prefeitura, por meio de ofícios, que foram
encaminhados ao então secretário municipal de urbanismo, sr. José Silva. Ao todo, foram
expedidos pelo parquet, no período de dez meses, entre janeiro de 2018 e outubro de
2018, oito ofícios, que não obtiveram resposta do mencionado secretário.
Posteriormente, o sr. José Silva fez consultas à Procuradoria-Geral do município citado
acerca dos possíveis desdobramentos da sua omissão à luz dos dispositivos da Lei nº
8.429/1992. Considerando essa situação hipotética e os aspectos legais a ela
relacionados, julgue o próximo item. Em regra, de acordo com a Lei nº 8.429/1992,
qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente sobre a
instauração de investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade imputada
ao sr. José Silva.
Certo
Errado
Comentários
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
GABARITO: CERTO.
d) Os sujeitos ativos que praticam os atos de improbidade administrativa só podem ser agentes
públicos.
Comentários
D- Errada. Sujeito ativo pode ser o particular que induza, concorra ou se beneficie do ato. Particular
nunca pode ser sujeito ativo sozinho, sempre em concurso com uma agente público.
GABARITO: C
48. TJ-CE - Juiz Leigo – 2019 - Instituto Consulplan Considerando que a legislação relativa à
competência dos juizados especiais não abrange as causas em que se discute a
improbidade administrativa, marque a assertiva que apresenta uma justificativa plausível,
em face da Lei nº 8.429/92, para a referida exclusão de competência.
(B) A ação de improbidade administrativa possui rito próprio previsto em legislação específica.
(C) Improbidade administrativa é crime, por isso não se processa no âmbito dos juizados especiais.
Comentários
A- Errado. O autor do ato de improbidade deve ser sempre o agente público (art. 2°),
compreendido como toda aquela pessoa que preste pessoalmente serviços à Administração
Pública. Trata-se do conceito mais amplo possível, que inclui mesmo aqueles que têm um vínculo
transitório e sem remuneração com a Administração Pública, como mesários, jurados e estagiários.
Têm abrangência semelhante ao conceito de funcionário público, previsto no art. 327 do Código
Penal. Não deve ser, porém, confundido com servidor público, que é apenas uma espécie de
agente público regido por estatuto próprio. Porém, o art. 3° da lei também prevê que particulares
podem colaborar ou se beneficiar do ato de improbidade, mas na qualidade de concorrente.
B – Certo. A Lei de Improbidade tem rito próprio como a defesa preliminar, prazo de prescrição
diferenciado, perda de função pública e suspensão direitos políticos, bem como prevê no texto da
LIA que se aplica o Código de Processo Penal (artigo 17, § 12: Aplica-se aos depoimentos ou
inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no artigo 221, caput e §1º, do
CPP).
GABARITO: B
(A) É consenso jurisprudencial e doutrinário que a Lei de Improbidade Administrativa pode punir o
administrador inábil, ainda que não propriamente desonesto.
(B) Após iniciado o processo, não mais será possível o juiz extingui-lo sem julgamento do mérito,
mesmo reconhecida a inadequação da ação de improbidade.
(C) As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nessa lei são imprescritíveis por força
de determinação constitucional.
(D) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento
ilícito, poderá ser realizada a indisponibilidade dos bens do indiciado, que recairá sobre todos os
seus bens, conforme avaliação discricionária do Ministério Público, desde que autorizada pelo juiz.
(E) As disposições dessa lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente
público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma direta ou indireta.
Comentários
A- Errado. porque a própria introdução da questão, com o excerto apresentado, já mostra não ser
consenso a punibilidade com base apenas na culpa. O autor exige ato doloso (desonesto, ardil,
malicioso e ilegal).
C- Errada. De acordo com o art. 23 da Lei nº 8.429, de 1992, os prazos prescricionais são:
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos,
contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que
cessou a permanência.
Art. 7° Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos
representará ao Ministério Público competente, para as providências necessárias.
GABARITO: E
50. TJ-AC - Juiz de Direito Substituto – 2019 – VUNESP Ajuizada a ação de improbidade
administrativa contra um servidor público e contra particular que tenham se enriquecido
indevidamente, os réus fazem proposta de transação, na qual, como única contrapartida
de sua parte, se propõem a pagar multa a ser, oportunamente, arbitrada. Segundo a Lei
de Improbidade administrativa, nessa hipótese, é correto afirmar que a referida transação
(A) poderá ser admitida, desde que a multa seja, no mínimo, de cem por cento do prejuízo causado
ao erário.
(B) não poderá ser admitida nos termos propostos, por expressa vedação legal.
(C) não poderá ser firmada com o servidor público, mas apenas com o particular, que deverá pagar
multa de duas vezes o dano causado ao erário.
(D) poderá ser admitida nos termos propostos, mas o servidor ainda deve sofrer a pena de perda
da função pública, e ambos terão suspensos seus direitos políticos pelo prazo de até oito anos.
Comentários
O Gabarito original da questão era a Letra B, pois qualquer transação, acordo ou conciliação não
era admitido, mas com as mudanças feitas pelo pacote Anticrime, temos a possibilidade de um
Acordo de Não Persecução Cível.
51. DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico – 2019 – FGV João, servidor público estadual, foi
acusado, em um processo penal, da prática do crime de corrupção. Paralelamente, passou
a responder, pela mesma conduta, a um processo administrativo, sob a alegação de que
praticara uma infração disciplinar, e a um processo civil por ato de improbidade
administrativa. Considerando a sistemática vigente, a simultânea instauração das três
relações processuais a respeito do mesmo fato está:
(A) correta, pois as instâncias de responsabilização são independentes entre si, influenciando-se
nos termos da lei;
(B) incorreta, pois a responsabilização administrativa somente pode ser perquirida após o
exaurimento da penal e da cível;
(C) incorreta, pois a responsabilização administrativa somente pode ser perquirida após o
exaurimento da penal;
(D) correta, pois as instâncias de responsabilização não têm correlação entre si;
(E) incorreta, pois não é possível que João seja responsabilizado em três instâncias distintas pela
prática da mesma conduta.
Comentários
GABARITO: A
52. UFRRJ - Assistente Social - 2019 – UFRRJ A Lei nº 8.429/92, que versa sobre Improbidade
Administrativa, exige a apresentação da declaração de bens e valores pertencentes ao
patrimônio do agente público como condição para
Comentários
GABARITO: D
(C) ressarcimento ao erário, em igual período que extrapolar o prazo determinado para entrega da
declaração.
(D) demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
Comentários
GABARITO: D
III - Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja
instaurada investigação destinada a apurar prática de ato de improbidade.
IV - Para apurar qualquer ilícito previsto na lei de improbidade administrativa, o Ministério Público,
apenas mediante a representação formulada pela autoridade administrativa, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
(A)1
(B)2
(C)3
(D)4
Comentários
I -Errada.
II- Certa.
Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos,
contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que
cessou a permanência.
III – Certa.
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
IV – Errada.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a
requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de
acordo com o disposto no art. 14 desta Lei, poderá instaurar inquérito civil ou procedimento
investigativo assemelhado e requisitar a instauração de inquérito policial.
GABARITO: B
55. CRM-PR - Advogado – 2018 – Quadrix Com relação à improbidade administrativa, julgue
o próximo item. É lícito à Administração, observado o processo administrativo disciplinar
que assegure o contraditório, aplicar ao agente público ímprobo as sanções previstas na
lei de improbidade administrativa.
Certo
Errado
Comentários
A improbidade administrativa aplica penalidade na esfera cível, mediante processo judicial (após
devida apuração pelo Ministério Público e respectivo oferecimento da ação); enquanto a
Administração Pública pune o servidor na esfera administrativa, mediante PAD, seguindo o estatuto
do servidor respectivo. Uma não anula a outra (e também convivem com a esfera penal).
Sanções da Lei de Improbidade Administrativa só poderão ser aplicadas pelo Poder Judiciário!
“A diferença substancial entre uma mera infração funcional administrativa (da L. 8112/90) e um ato
de improbidade administrativa reside justamente na má-fé à a improbidade administrativa revela
um grau de reprovabilidade maior, sendo uma sanção político-administrativa, ao passo que a
infração funcional é apenas uma sanção administrativa decorrente de um dever funcional.”
GABARITO: ERRADO.
56. CFBio - Técnico em TI – 2018 – Quadrix De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, que dispõe
sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública direta,
indireta ou fundacional, julgue o item.
Certo
Errado
Comentários
GABARITO: CERTO.
Certo
Errado
Comentários
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para
que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
GABARITO: CERTO.
58. CFBio - Agente Administrativo – 2018 – Quadrix Não constitui ato de improbidade
administrativa o agente público deixar de prestar contas quando não estiver obrigado a
fazê-lo.
Certo
Errado
Comentários
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de
imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas:
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das
condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades;
GABARITO: CERTO.
59. CFBio - Agente Administrativo – 2018 – Quadrix O agente público que receber vantagem
econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática
de usura comete ato de improbidade administrativa.
Certo
Errado
Comentários
GABARITO: CERTO
60. SEFAZ-BA – Agente de Tributos Estaduais – 2022 – FGV José, Prefeito do Município Alfa,
em maio de 2022, de forma dolosa, concedeu benefício fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. Agindo dessa forma, em tese,
José, de acordo com a atual redação da Lei de Improbidade Administrativa,
a) não praticou ato de improbidade, diante da ausência de expressa previsão legal, desde a edição
originária da Lei de Improbidade.
b) não praticou ato de improbidade, diante da revogação da norma que definia a conduta narrada
como ato típico de improbidade.
c) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a suspensão dos direitos políticos por até
12 (doze) anos.
d) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a proibição de contratar com o poder
público, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos.
e) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a proibição de receber benefícios ou
incentivos fiscais, direta ou indiretamente, por prazo não superior a 14 (catorze) anos.
Comentários
Assim, para esse tipo de ato de improbidade, temos as seguintes sanções previstas na Lei 8.429/92:
GABARITO: C
61. TJ-MS – Analista – 2022 – FGV Em abril de 2022, João, prefeito do Município Alfa, no
exercício da função, de forma dolosa, realizou operação financeira sem observância das
normas legais e regulamentares. De acordo com a Lei nº 8.429/1992, com redação dada
pela Lei nº 14.230/2021, em tese, João:
a) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está a suspensão dos direitos
políticos até 12 anos;
b) não praticou ato de improbidade administrativa, pois houve revogação do tipo que
anteriormente enquadrava o ato praticado como ato ímprobo;
c) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está o pagamento de multa civil
de até 36 vezes o valor da última remuneração de João;
d) não praticou ato de improbidade administrativa, pois, desde a redação originária da Lei de
Improbidade Administrativa, o ato praticado já não era tipificado como ato ímprobo;
e) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está a perda da função pública
de quaisquer vínculos que João detenha à época do trânsito em julgado da sentença.
Comentários
Assim, para esse tipo de ato de improbidade, temos as seguintes sanções previstas na Lei 8.429/92:
GABARITO: A
d) objetiva apenas no que se refere aos atos que importem enriquecimento ilícito.
e) objetiva apenas no que se refere aos atos que importem enriquecimento ilícito.
Comentários
GABARITO: C
63. MPE-PE – Promotor de Justiça – 2022 – FCC Ao deferir a inicial da Ação de Improbidade,
segundo a Lei nº 14.230/2021, os sujeitos passivos da relação processual poderão
apresentar contestação em
10 dias.
15 dias.
20 dias.
30 dias.
60 dias.
Comentários
Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo
Ministério Público e seguirá o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março
de 2015 (Código de Processo Civil), salvo o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº
14.230, de 2021) (Vide ADIN 7042) (Vide ADIN 7043) (...)
GABARITO: D
64. SEFAZ-AM – 2022 – FGV Túlio é Auditor Fiscal estadual e responde a uma ação de
improbidade administrativa ajuizada em 2020, por ter concorrido culposamente para a
conduta de colega que se apropriou de bens apreendidos, cuja posse ele detinha em
razão do seu cargo. Com as mudanças feitas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº
8.429/1992) pela Lei nº 14.230/2021, assinale a afirmativa correta.
e) Túlio não poderá ser responsabilizado por ato culposo de improbidade administrativa.
Comentários
GABARITO: E
LISTA DE QUESTÕES
1. TCE-RN – Analista de Controle Externo – 2015 – Cespe. O simples atraso na entrega das
contas públicas, sem que exista intenção manifesta, não configura ato de improbidade
que atenta contra os princípios da administração pública.
Certo
Errado
Certo
Errado
Certo
Errado
4. MEC – Analista – 2015 – Cespe. O agente público que, no exercício de suas funções,
enriquece ilicitamente deve perder os bens acrescidos irregularmente ao seu patrimônio.
Certo
Errado
5. MEC – Analista – 2015 – Cespe. O servidor deve atualizar sua declaração de bens
anualmente, bem como na data em que deixar o cargo.
Certo
Errado
6. FUB – Analista – 2015 – Cespe. Será passível de punição o agente que praticar ato de
improbidade administrativa contra o patrimônio de entidades que recebam incentivo
fiscal do governo.
Certo
Errado
Certo
Errado
8. Antaq – Analista – 2014 – Cespe. O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio
público está sujeito às cominações dessa lei até o limite do valor da herança.
Certo
Errado
9. FUB – Analista – 2014 – Cespe. Aquele que exercer, mediante designação, função
transitória e sem remuneração na Universidade de Brasília poderá responder por ato de
improbidade administrativa.
Certo
Errado
10. DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. As penas aplicadas a quem comete ato de improbidade
não podem ser cumuladas, uma vez que estaria o servidor sendo punido duas vezes pelo
mesmo ato.
Certo
Errado
11. DPF – Escrivão – 2013 – Cespe. O servidor público que revelar fato ou circunstância que
tenha ciência em razão das suas atribuições, e que deva permanecer em segredo, comete
ato de improbidade administrativa.
Certo
Errado
12. ANAC – Analista Administrativo – 2012 – Cespe. Caso morra um agente público que tenha
cometido ato ilícito previsto na referida lei, a punição a que ele tiver sido submetido será
extinta, não acarretando, portanto, nenhum ônus aos seus sucessores.
Certo
Errado
13. TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – 2017 – CESPE Considerando o
disposto nas Leis n.° 8.112/1990 e n.° 8.429/1992, julgue o item que se segue, acerca
dos agentes públicos. De acordo com a legislação que trata de atos de improbidade
administrativa, são considerados agentes públicos as pessoas em exercício de cargo
eletivo em autarquia federal, mesmo que sem remuneração.
Certo
Errado
14. TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário – 2017 – CESPE. Determinado agente público,
em troca de recebimento de vantagem econômica, facilitou a alienação de um bem
público por preço inferior ao valor de mercado, praticando, assim, ato de improbidade
administrativa. Nesse caso, de acordo com a legislação pertinente, o agente público
praticou improbidade administrativa
15. TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Administrativa – 2017 – CESPE. Lucas é
analista judiciário de determinado tribunal. Seu irmão, Tiago, é um advogado militante
político, ativo nesse tribunal. Lucas, sem a observância das formalidades legais, concedeu
benefício administrativo a Tiago, caracterizado como ato de improbidade administrativa,
levando-o a ter seus direitos políticos suspensos por oito anos. Considerando essa
situação hipotética, assinale a opção correspondente a outra sanção que, de acordo com
a Lei de Improbidade Administrativa, também será aplicada a Lucas em razão da falta
cometida.
d) proibição de contratar com o poder público, pelo prazo não superior a doze anos
16. TCE-PE - Analista de Gestão – Administração – 2017 – CESPE. Com referência a atos
administrativos e improbidade administrativa, julgue o item subsequente. Na punição aos
atos de improbidade administrativa, a penalidade será distinta se o ato implicar
enriquecimento ilícito do agente ou se ele apenas causar prejuízo ao erário.
Certo
Errado
17. TCE-PE - Conhecimentos Básicos – Auditor – 2017 – CESPE. João, aprovado em concurso
público para auditor de controle externo no tribunal de contas de seu estado, foi lotado
em sua cidade natal. Ao ter ciência desse fato, o prefeito do município, amigo da família
de João, resolveu presenteá-lo com um veículo, a fim de facilitar a sua locomoção até o
local de trabalho. João aceitou o presente. Com referência a essa situação hipotética,
julgue o item que se segue, à luz do disposto na Lei n.º 8.429/1992. Caso seja condenado
por improbidade administrativa, João estará sujeito a pagar multa de, no mínimo, quatro
vezes o valor do veículo que recebeu de presente.
Certo
Errado
18. SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária – 2017 – CESPE. João, Pedro e Lucas são
servidores públicos estaduais. No exercício de suas atribuições, João facilitou o
enriquecimento ilícito de terceiro, Pedro indevidamente deixou de praticar ato de ofício
e Lucas recebeu vantagem econômica para intermediar a liberação de verba pública. Os
três servidores agiram culposamente. De acordo com a Lei nº 8.429/1992, nessa situação
hipotética foi praticado ato de improbidade administrativa somente por
a) Pedro.
b) Nenhum deles.
c) João e Lucas.
d) Pedro e Lucas.
e) Todos eles.
19. DPU – Defensor Público Federal – 2015 – Cespe. O rol de condutas tipificadas como atos
de improbidade administrativa constante na Lei de Improbidade (Lei n.º 8.429/1992) é
taxativo.
Certo
Errado
20. Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – 2014 – Cespe. Caso o servidor tenha
recebido, para a prática do ato, auxílio de pessoa que não seja agente público, ambos
devem responder por improbidade administrativa, estando sujeitos às penalidades
previstas na Lei n.º 8.429/1992.
Certo
Errado
21. PC-BA – Delegado – 2013 – Cespe. Considere que um agente de polícia tenha utilizado
uma caminhonete da polícia civil para transportar sacos de cimento para uma construção
particular. Nesse caso, o agente cometeu ato de improbidade administrativa que importa
em enriquecimento ilícito.
22. INPI – Analista de Planejamento (Direito) – 2013 – Cespe. O juiz extinguirá o processo
administrativo sem julgamento de mérito, em qualquer fase do processo, caso seja
reconhecida a inadequação da ação de improbidade.
Certo
Errado
23. INPI – Analista de Planejamento (Direito) – 2013 – Cespe. A perda da função pública e a
suspensão dos direitos políticos do servidor acusado de improbidade administrativa só
se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória, não podendo, assim,
ser o agente público afastado de seu cargo, emprego ou função durante a instrução
processual.
Certo
Errado
24. TRT 10ª Região (DF e TO) – Analista Judiciário – 2013 – Cespe. O terceiro beneficiado
poderá ser responsabilizado nas esferas cível e criminal, mas não por improbidade
administrativa, visto que esta não abrange particulares.
Certo
Errado
25. MPU – Analista– 2013 – Cespe. A lei caracteriza como ato de improbidade administrativa
que importa enriquecimento ilícito a conduta do servidor público que implique o uso, em
proveito próprio, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
de órgãos e entidades da administração pública.
Certo
Errado
26. Câmara dos Deputados – Analista Judiciário – 2012 – Cespe. Apenas o Ministério Público
pode representar junto à autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação com o objetivo de apurar a prática de ato de improbidade.
Certo
Errado
27. PC-GO - Delegado de Polícia Substituto – 2017 – Cespe. Se uma pessoa, maior e capaz,
representar contra um delegado de polícia por ato de improbidade sabendo que ele é
inocente, a sua conduta poderá ser considerada, conforme o disposto na Lei nº
8.429/1992,
c) contravenção penal.
28. PJC-MT - Delegado de Polícia Substituto – 2017 – CESPE De acordo com o entendimento
do STJ, no curso da ação de improbidade administrativa, a decretação da
indisponibilidade de bens do réu dependerá da
c) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de
ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.
30. TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – 2013 – VUNESP No tocante à Declaração de Bens,
prevista na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), é correto afirmar que
c) a declaração de bens será quinquenalmente atualizada e na data em que o agente público deixar
o exercício do mandato.
d) somente será punido com a pena de demissão a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que prestar falsa declaração de bens.
e) será punido com a pena de repreensão escrita o agente público que se recusar a prestar
declaração dos bens.
31. PC-SP – Investigador de Polícia – 2013 – VUNESP Assinale a alternativa correta a respeito
da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).
b) Além de outras penalidades, aquele que cometer ilícito previsto na Lei de Improbidade
Administrativa ficará sujeito à cassação de seus direitos políticos.
c) As penas cominadas pela Lei de Improbidade Adminis- trativa são específicas e individualizadas,
não podendo atingir o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer
ilicitamente.
e) Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo
determinado, ou que a prestar falsa.
b) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de
ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado.
c) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer
em segredo.
e) não constitui ato de improbidade, pois o uso não era em proveito próprio, mas sim de quaisquer
cidadãos que frequentem o curso.
b) será punida apenas na hipótese de a conduta ter resultado em prejuízo aos cofres públicos.
d) acarretará multa ao autor, a demissão do servidor público e a pena de prisão por até um ano.
35. TJ-SP – Advogado – 2013 – VUNESP Nos termos da Lei nº 8.429/92, Lei de Improbidade,
constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições e, notadamente.
a) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de
mercado.
d) usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial de
órgãos da Administração Pública Direta.
e) celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária,
ou sem observar as formalidades previstas na lei.
36. TST - Analista Judiciário – Contabilidade – 2017 – FCC Em uma determinada diligência,
um oficial de justiça certificou fatos inverídicos, atestando não ter localizado, para citação,
os réus de uma determinada ação. Posteriormente o Ministério Público apurou que
referido servidor público recebeu vantagem em pecúnia para essa conduta, que foi
repetida pelo menos duas vezes, retardando o trâmite do processo. Em razão disso
a) o Ministério Público pode propor ação de improbidade por ato que gera prejuízo ao erário,
sendo necessário comprovar a ocorrência de dolo, mas ficando o prejuízo causado presumido pelo
descumprimento do dever de ofício.
b) o servidor pode responder por ação de improbidade por violar princípios que regem a
Administração pública, independentemente de dolo, podendo lhe ser imputada multa e a
obrigação de restituição dos valores recebidos indevidamente.
c) a conduta do servidor público pode configurar infração disciplinar punível com suspensão, mas
não configura ato de improbidade em razão dos prejuízos ficarem circunscritos às partes do
processo, não atingindo o erário público.
d) o Ministério público pode ajuizar ação de improbidade por ato que gera enriquecimento ilícito,
estando demonstrado o dolo, requisito subjetivo de configuração dessa modalidade de ato
ímprobo.
37. DPE-RS - Técnico - Área Administrativa – 2017 – FCC O zelador de uma escola pública,
ocupante de cargo comissionado de Chefe de Vigilância, reside nas dependências do
equipamento público, em uma modesta construção erguida no mesmo terreno, a fim de
vigiar e controlar o acesso ao equipamento público. Descobriu-se, no entanto, que o
mesmo alugava um dos espaços anexos da escola para funcionamento, em algumas noites
da semana, de uma casa de jogos de azar clandestina. No que se refere à tipificação da
conduta do zelador,
b) pode configurar infração disciplinar ou mesmo criminal, mas não se tipifica como ato de
improbidade, na medida em que não houve qualquer prejuízo ao erário.
c) se enquadra como ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração pública
e, em se tratando de infração de mera conduta, basta a demonstração de culpa para a imposição
de sanção.
d) este não pode ser equiparado a agente público para fins de configuração de ato de
improbidade, tampouco ser punido disciplinar ou criminalmente, razão pela qual resta apenas a
possibilidade de exoneração do mesmo.
e) configura ato de improbidade que atenta contra os princípios da administração, mas para sua
configuração e efetivo sancionamento, demanda o envolvimento de algum servidor estatutário ou
celetista, pois o zelador exercia apenas função pública, não se enquadrando no conceito de agente
público.
38. DPE-CE – Defensor Público – 2014 – FCC (ADAPTADA) No que tange à ação de
improbidade administrativa:
a) estão a ela sujeitos, no que couber, aqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam
ou concorram para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiem sob qualquer forma
direta ou indireta.
d) são reputados agentes públicos, para efeito de enquadramento legal, todos aqueles que
exercem, mesmo que transitoriamente mas desde que sob remuneração, por nomeação,
designação ou qualquer forma de contratação, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos
públicos de administração direta ou indireta.
a) Peculato.
b) Descaminho.
c) Fraude gerencial.
c) O empregado de uma sociedade de economia mista que vier a se apropriar de bens integrantes
do patrimônio dela poderá responder na esfera criminal por seu ato e também estará sujeito à ação
por improbidade administrativa.
d) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado. Por isso, sobrevindo a morte de agente
condenado por improbidade administrativa, seus sucessores e a herança deixada não podem ser
atingidos pelas cominações da Lei de Improbidade Administrativa.
Comentários
A alternativa A está incorreta. Não há previsão de cominação de cassação de direitos políticos, mas
apenas de suspensão dos direitos políticos.
A alternativa B está incorreta. A lei não prevê prazo de 180 dias de afastamento e, além disso, não
há suspensão da remuneração.
A alternativa D está incorreta. Nos termos do art. 8º, o sucessor daquele que causar lesão ao
patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite
do valor da herança ou do patrimônio transferido.
GABARITO: C
I. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
II. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo.
III. Para ser considerado agente público, é necessário que suas atribuições no serviço público sejam
exercidas de maneira não transitória, goze ou não de estabilidade o servidor, e que seja ele
remunerado pelos cofres da administração direta, indireta ou fundacional.
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.
Certo
Errado
44. Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal – 2019 - CESPE Em janeiro de 2018,
o Ministério Público de um estado da União começou a apurar possíveis irregularidades
referentes a contratos com empresas de transporte urbano no âmbito de determinada
Certo
Errado
45. Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal – 2019 – CESPE Em janeiro de 2018,
o Ministério Público de um estado da União começou a apurar possíveis irregularidades
referentes a contratos com empresas de transporte urbano no âmbito de determinada
prefeitura municipal daquele estado. Para realizar as diligências, o órgão ministerial
requisitou informações à referida prefeitura, por meio de ofícios, que foram
encaminhados ao então secretário municipal de urbanismo, sr. José Silva. Ao todo, foram
expedidos pelo parquet, no período de dez meses, entre janeiro de 2018 e outubro de
2018, oito ofícios, que não obtiveram resposta do mencionado secretário.
Posteriormente, o sr. José Silva fez consultas à Procuradoria-Geral do município citado
acerca dos possíveis desdobramentos da sua omissão à luz dos dispositivos da Lei nº
8.429/1992. Considerando essa situação hipotética e os aspectos legais a ela
relacionados, julgue o próximo item. Eventual ação de improbidade administrativa para
apurar as supostas irregularidades praticadas pelo sr. José Silva concernentes a contratos
com empresas de transporte urbano poderá ser proposta tanto pelo Ministério Público
do estado envolvido quanto pela pessoa jurídica interessada.
Certo
Errado
46. Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal – 2019 – CESPE Em janeiro de 2018,
o Ministério Público de um estado da União começou a apurar possíveis irregularidades
referentes a contratos com empresas de transporte urbano no âmbito de determinada
Certo
Errado
d) Os sujeitos ativos que praticam os atos de improbidade administrativa só podem ser agentes
públicos.
48. TJ-CE - Juiz Leigo – 2019 - Instituto Consulplan Considerando que a legislação relativa à
competência dos juizados especiais não abrange as causas em que se discute a
improbidade administrativa, marque a assertiva que apresenta uma justificativa plausível,
em face da Lei nº 8.429/92, para a referida exclusão de competência.
(B) A ação de improbidade administrativa possui rito próprio previsto em legislação específica.
(C) Improbidade administrativa é crime, por isso não se processa no âmbito dos juizados especiais.
(A) É consenso jurisprudencial e doutrinário que a Lei de Improbidade Administrativa pode punir o
administrador inábil, ainda que não propriamente desonesto.
(B) Após iniciado o processo, não mais será possível o juiz extingui-lo sem julgamento do mérito,
mesmo reconhecida a inadequação da ação de improbidade.
(C) As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nessa lei são imprescritíveis por força
de determinação constitucional.
(D) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento
ilícito, poderá ser realizada a indisponibilidade dos bens do indiciado, que recairá sobre todos os
seus bens, conforme avaliação discricionária do Ministério Público, desde que autorizada pelo juiz.
(E) As disposições dessa lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente
público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma direta ou indireta.
50. TJ-AC - Juiz de Direito Substituto – 2019 – VUNESP Ajuizada a ação de improbidade
administrativa contra um servidor público e contra particular que tenham se enriquecido
indevidamente, os réus fazem proposta de transação, na qual, como única contrapartida
de sua parte, se propõem a pagar multa a ser, oportunamente, arbitrada. Segundo a Lei
de Improbidade administrativa, nessa hipótese, é correto afirmar que a referida transação
(A) poderá ser admitida, desde que a multa seja, no mínimo, de cem por cento do prejuízo causado
ao erário.
(B) não poderá ser admitida nos termos propostos, por expressa vedação legal.
(C) não poderá ser firmada com o servidor público, mas apenas com o particular, que deverá pagar
multa de duas vezes o dano causado ao erário.
(D) poderá ser admitida nos termos propostos, mas o servidor ainda deve sofrer a pena de perda
da função pública, e ambos terão suspensos seus direitos políticos pelo prazo de até oito anos.
51. DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico – 2019 – FGV João, servidor público estadual, foi
acusado, em um processo penal, da prática do crime de corrupção. Paralelamente, passou
a responder, pela mesma conduta, a um processo administrativo, sob a alegação de que
praticara uma infração disciplinar, e a um processo civil por ato de improbidade
administrativa. Considerando a sistemática vigente, a simultânea instauração das três
relações processuais a respeito do mesmo fato está:
(A) correta, pois as instâncias de responsabilização são independentes entre si, influenciando-se
nos termos da lei;
(B) incorreta, pois a responsabilização administrativa somente pode ser perquirida após o
exaurimento da penal e da cível;
(C) incorreta, pois a responsabilização administrativa somente pode ser perquirida após o
exaurimento da penal;
(D) correta, pois as instâncias de responsabilização não têm correlação entre si;
(E) incorreta, pois não é possível que João seja responsabilizado em três instâncias distintas pela
prática da mesma conduta.
52. UFRRJ - Assistente Social - 2019 – UFRRJ A Lei nº 8.429/92, que versa sobre Improbidade
Administrativa, exige a apresentação da declaração de bens e valores pertencentes ao
patrimônio do agente público como condição para
(C) ressarcimento ao erário, em igual período que extrapolar o prazo determinado para entrega da
declaração.
(D) demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
III - Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja
instaurada investigação destinada a apurar prática de ato de improbidade.
IV - Para apurar qualquer ilícito previsto na lei de improbidade administrativa, o Ministério Público,
apenas mediante a representação formulada pela autoridade administrativa, poderá requisitar a
instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
(A)1
(B)2
(C)3
(D)4
55. CRM-PR - Advogado – 2018 – Quadrix Com relação à improbidade administrativa, julgue
o próximo item. É lícito à Administração, observado o processo administrativo disciplinar
que assegure o contraditório, aplicar ao agente público ímprobo as sanções previstas na
lei de improbidade administrativa.
Certo
Errado
56. CFBio - Técnico em TI – 2018 – Quadrix De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, que dispõe
sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no
Certo
Errado
Certo
Errado
58. CFBio - Agente Administrativo – 2018 – Quadrix Não constitui ato de improbidade
administrativa o agente público deixar de prestar contas quando não estiver obrigado a
fazê-lo.
Certo
Errado
59. CFBio - Agente Administrativo – 2018 – Quadrix O agente público que receber vantagem
econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática
de usura comete ato de improbidade administrativa.
Certo
Errado
60. SEFAZ-BA – Agente de Tributos Estaduais – 2022 – FGV José, Prefeito do Município Alfa,
em maio de 2022, de forma dolosa, concedeu benefício fiscal sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. Agindo dessa forma, em tese,
José, de acordo com a atual redação da Lei de Improbidade Administrativa,
a) não praticou ato de improbidade, diante da ausência de expressa previsão legal, desde a edição
originária da Lei de Improbidade.
b) não praticou ato de improbidade, diante da revogação da norma que definia a conduta narrada
como ato típico de improbidade.
c) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a suspensão dos direitos políticos por até
12 (doze) anos.
d) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a proibição de contratar com o poder
público, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos.
e) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a proibição de receber benefícios ou
incentivos fiscais, direta ou indiretamente, por prazo não superior a 14 (catorze) anos.
61. TJ-MS – Analista – 2022 – FGV Em abril de 2022, João, prefeito do Município Alfa, no
exercício da função, de forma dolosa, realizou operação financeira sem observância das
normas legais e regulamentares. De acordo com a Lei nº 8.429/1992, com redação dada
pela Lei nº 14.230/2021, em tese, João:
a) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está a suspensão dos direitos
políticos até 12 anos;
b) não praticou ato de improbidade administrativa, pois houve revogação do tipo que
anteriormente enquadrava o ato praticado como ato ímprobo;
c) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está o pagamento de multa civil
de até 36 vezes o valor da última remuneração de João;
d) não praticou ato de improbidade administrativa, pois, desde a redação originária da Lei de
Improbidade Administrativa, o ato praticado já não era tipificado como ato ímprobo;
e) praticou ato de improbidade administrativa, entre cujas sanções está a perda da função pública
de quaisquer vínculos que João detenha à época do trânsito em julgado da sentença.
d) objetiva apenas no que se refere aos atos que importem enriquecimento ilícito.
e) objetiva apenas no que se refere aos atos que importem enriquecimento ilícito.
63. MPE-PE – Promotor de Justiça – 2022 – FCC Ao deferir a inicial da Ação de Improbidade,
segundo a Lei nº 14.230/2021, os sujeitos passivos da relação processual poderão
apresentar contestação em
a) 10 dias.
b) 15 dias.
c) 20 dias.
d) 30 dias.
e) 60 dias.
64. SEFAZ-AM – 2022 – FGV Túlio é Auditor Fiscal estadual e responde a uma ação de
improbidade administrativa ajuizada em 2020, por ter concorrido culposamente para a
conduta de colega que se apropriou de bens apreendidos, cuja posse ele detinha em
razão do seu cargo. Com as mudanças feitas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº
8.429/1992) pela Lei nº 14.230/2021, assinale a afirmativa correta.
e) Túlio não poderá ser responsabilizado por ato culposo de improbidade administrativa.
GABARITO