Fábio Gianolla

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

PUC-SP
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde

Fábio Gianolla

A percepção dos alunos e professores de uma Faculdade de Educação


Física com relação ao papel do profissional de Educação Física na área
da saúde

Mestrado Profissional em Educação nas Profissões da Saúde

SOROCABA
2016
FÁBIO GIANOLLA

A percepção dos alunos e professores de uma Faculdade de Educação


Física com relação ao papel do profissional de Educação Física na área
da saúde

Trabalho Final apresentado à Banca


Examinadora da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo como exigência
parcial para obtenção do título de
MESTRE PROFISSIONAL em
Educação nas Profissões da Saúde,
sob a orientação do Prof. Dr. Mário Luís
Ribeiro Cesaretti

SOROCABA
2016
Elaborado pela Biblioteca Prof. Dr. Luiz Ferraz de Sampaio Júnior.
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – PUC-SP

Gianolla, Fábio
G434 A percepção dos alunos e professores de uma Faculdade (de
Educação Física) com relação ao papel do profissional de Educação
Física na área da saúde / Fábio Gianolla. -- Sorocaba, SP : [s.n.], 2016.

Orientador: Mário Luís Ribeiro Cesaretti.


Trabalho Final (Mestrado Profissional) -- Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde.

1. Educação Física. 2. Educação em Saúde. 3. Atenção Primária à


Saúde. I. Cesaretti, Mário Luís Ribeiro. II. Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde.
III. Título.
Banca Examinadora

_____________________________

_____________________________

_____________________________
Dedico este trabalho aos meus filhos, minha esposa, minha mãe e minha
avó. Obrigado por serem as pessoas mais importantes da minha vida.
AGRADECIMENTOS

A todos que colaboraram para a realização deste trabalho, expresso gratidão


especial à:
Maurício Massari, Gisele de Oliveira, Valentin Vieira e todos os professores
da Faculdade de Educação Física da ACM de Sorocaba, pelo apoio em todos
os momentos de realização deste trabalho.
Aos meus amigos do curso de Mestrado Profissional em Educação nas
Profissões da Saúde pela amizade adquirida ao longo do curso.
Ao amigo e companheiro de pedal Marlon Dourado pela ajuda na
organização dos dados.
Ao meu orientador Mário Luís Ribeiro Cesaretti por estar sempre disposto a
me ajudar.
Aos meu alunos de personal trainer, que me incentivaram muito, em especial
à Jéssica Flumignan, que concluíu o curso e me incentivou a fazê-lo dizendo
o quanto era um curso qualificado.
Ao Dr. Samuel Simis e Ao Dr. Jayme Walmor de Freitas, grandes amigos e
grandes mestres da vida.
Ao professor Neil Ferreira Novvo que com muita paciência, conhecimento e
amor no que faz, me ajudou a fazer o estatístico do trabalho
A todos que, de alguma forma, contribuíram para que a concretização deste
trabalho ocorresse.
RESUMO

Introdução: Incentivar ações de atividades físicas tem sido uma das


iniciativas do Ministério da Saúde com o objetivo de proporcionar saúde para
a população. Para que isso ocorra é necessário a intervenção de
profissionais capacitados nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF),
em especial no programa Academia da Saúde (AcadS), onde está incluída a
participação do PEF, em uma equipe de saúde multiprofissional. Pelo Brasil
existem inúmeros programas e iniciativas nos quais a presença do
profissional de Educação Física é realidade na Atenção Primária à Saúde
(APS). Objetivo: A percepção dos alunos e professores de uma Faculdade
(de Educação Física) com relação ao papel do profissional de Educação
Física na área da saúde. Materiais e Métodos: A população do estudo foi
composta por alunos do primeiro e oitavo semestres, bem como docentes em
Educação Física da FEFISO/ACM. Aplicou-se um quesitonário com
perguntas abertas e fechadas sobre áreas de atuação em Educação Física,
saúde pública e equipe multiprofissional, para investigar a inserção deste
profissional nas áreas de saúde pública e equipe multiprofissional. A análise
das perguntas abertas foi feita pelo método análise de conteúdo e análise
estatística das respostas fechadas e abertas feita através do teste de Chi-
quadrado e Coeficiente de concordância de Kendall. Foram considerados
significantes os dados de p<0,05. Resultado:Como resultado, identificou-se
que os entrevistados, discentes e docentes, percebem que o profissional de
educação física pode atuar na área da saúde, porém desconhecem termos
referentes à saúde pública e onde se insere o profissional de Educação
Física. A falta de conhecimento de termos referentes ao tema se dá por não
existir abordagem nas disciplinas do curso. Identificou-se também as 3 áreas
que mais os alunos desejam trabalhar após formados, sendo: academia,
esportes e escolar. Conclusão: Ter percepção do PEF como integrante em
uma equipe multiprofissional em Saúde Pública é útil para que se crie uma
capacitação profisisonal e a adequação do curso a esta nova realidade. O
curso da FEFISO / ACM tem semelhança aos demais cursos de Educação
Física no Brasil, que ainda não despertou interesse para ter em seu currículo
disciplinas que atendam a realidade do SUS.
Palavras-chave: Educação Física e Treinamento; Educação em saúde;
Estratégia Saúde da família; Atenção Primária à Saúde.
ABSTRACT

Introduction: Encourage physical activity actions has been one of the Health
Ministry initiatives with the goal of providing healthcare for the population. For
this to happen the intervention of trained professionals in the Centers of
Support for Family Health is required (NASF), especially in the Health
Academy program (AcadS), which is included the participation of PEF in a
team of multidisciplinary health. For Brazil there are numerous programs and
initiatives in which the presence of the professional of Physical Education is
reality in Primary Health Care (PHC). Objective: The perception of students
and teachers in a School (Physical Education) regarding the role of the
professional physical education in health. Materials and Methods: The study
population consisted of students of the first and eighth semesters, as well as
teachers in Physical Education FEFISO / ACM. The applied quesitonário with
open and closed questions about areas of activity in physical education,
public health and multidisciplinary team to investigate the insertion of this
professional in the areas of public health and multidisciplinary team. The
analysis of the open questions was taken by content analysis and statistical
analysis method of closed and open responses made by Chi-square test and
Kendall concordance coefficient. the p data were considered significant <0.05.
Result: As a result, it was found that the respondents, students and teachers,
realize that the physical education professional can work in the health area,
but unaware of terms related to public health and where you insert the
physical education professional. Lack of knowledge of terms related to the
subject occurs because there is no approach to course subjects. It was also
identified the three areas that most students want to work after graduation,
being: gym, sports and school. Conclusion: Having perception of PEF as part
of a multidisciplinary team in Public Health is useful for that create a
profisisonal training and the adequacy of the course to this new reality. The
course of FEFISO / ACM has similarity to other physical education courses in
Brazil, which has not yet awakened interest to have on your resume
disciplines that meet the SUS reality.
Keywords: Physical Education and Training; health education; Strategy
Family health; Primary Health Care.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Áreas de atuação do profissional de Educação Física


citadas pelos alunos do 1o. Período da FEFISO – ACM ...............................22

Figura 2 – Áreas de atuação do profissional de Educação Física


citadas pelos alunos do 8o. Período da FEFISO – ACM .............................. 23

Figura 3 – Áreas de atuação do profissional de Educação Física


citadas pelos docentes da FEFISO – ACM .................................................. 24

Figura 4 – Respostas dos discentes do 1o. Período à pergunta: Cite 3


áreas de atuação que você deseja trabalhar quando se tornar um profissional
de Educação Física ...................................................................................... 27

Figura 5 – Respostas dos discentes do 8o. Período à pergunta: Cite 3


áreas de atuação que você deseja trabalhar quando se tornar um profissional
de Educação Física ...................................................................................... 29

Figura 6 – Respostas dos doscentes à pergunta: Cite 3 áreas de


atuação que você deseja trabalhar quando se tornar um profissional de
Educação Física ........................................................................................... 31

Figura 7 – Respostas dos participantes do 1o. Período à questão: O


que você entende como Atenção Primária à Saúde? ................................... 46

Figura 8 – Respostas dos participantes do 8o. Período à questão: O


que você entende como Atenção Primária à Saúde? ................................... 47

Figura 9 – Respostas dos participantes docentes à questão: O que


você entende como Atenção Primária à Saúde? .......................................... 49
Figura 10 – Respostas dos participantes do 1o. Período à questão:
Quais as disciplinas, você acredita, que capacitam o aluno a trabalhar dentro
da Atenção Primária à Saúde? ..................................................................... 51

Figura 11 – Respostas dos participantes do 8o. Período à questão:


Quais as disciplinas, você acredita, que capacitam o aluno a trabalhar dentro
da Atenção Primária à Saúde? ..................................................................... 52

Figura 12 – Respostas dos participantes do docentes à questão: Quais


as disciplinas, você acredita, que capacitam o aluno a trabalhar dentro da
Atenção Primária à Saúde? .......................................................................... 53
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Caracterização dos participantes quanto ao número, gênero e


idade ............................................................................................................. 18

Tabela 2 - Você tem conhecimento das áreas de atuação do Profissional


de Educação Física? .................................................................................. 21

Tabela 3 – O que você considera ser uma profissão da área da saúde?


....................................................................................................................... 34

Tabela 4 – O Profissional de Educação Física é um profissional da área


da saúde ...................................................................................................... 36

Tabela 5 – A formação do Profissional de Educação Física deve


contemplar o trabalho dentro de equipe multiprofissional para a
promoção da saúde .................................................................................... 38

Tabela 6 – A licenciatura e o bacharelado em Educação Física


contemplam trabalho dentro de uma equipe multiprofissional ............. 42

Tabela 7 – A licenciatura e o bacharelado em Educação Física


contemplam as atitudes de liderança do aluno ....................................... 43

Tabela 8 – A licenciatura e o bacharelado em Educação Física


contemplam as atitudes de gestão e empreendedorismo do aluno ...... 44

Tabela 9 – Você tem conhecimento onde o Profissional de Educação


Física pode atuar na Atenção Primária à Saúde? .................................... 55

Tabela 10 – Você sabe o que é o NASF? .................................................. 58


Tabela 11 – Você tem conhecimento se o Profissional de Educação
Física pode atuar no NASF? ...................................................................... 60

Tabela 12 – Você considera que os conhecimentos construídos no


curso de Educação Física poderiam auxiliar o Profissional de Educação
Física a atuar na Saúde Pública?
....................................................................................................................... 62
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AcadS – Academia da Saúde


ACM - Associação Cristã de Moços
APS - Atenção Primária à Saúde
CONFEF - Conselho Federal de Educação Física
CREF - Conselho Regional de Educação Física
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
CNS - Conselho Nacional de Saúde
CONFEF – Conselho Federal de Educação Física
EF - Educação Física
ESF - Estratégia Saúde da Família
FEFISO - Faculdade de Educação Física de Sorocaba
MS - Ministério da Saúde
NASF - Núcleos de Apoio à Saúde da Família
OMS - Organização Mundial de Saúde
ONGs – Organizações não Governamentais
PACS - Programa de Agentes Comunitários de Saúde
PEF – Profissional de Educação Física
PUC - Universidade Pontifícia Católica de São Paulo
PSF - Programa Saúde da Família
SUS - Sistema Único de Saúde
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UBS - Unidade Básica de Saúde
USP - Universidade de São Paulo
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA ..................................................................... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 4

2.1 Atenção Primária ................................................................................................. 4

2.2 Estratégia da saúde da família ............................................................................ 6

2.3 O profissional de Educação Física atuando na Saúde ....................................... 7

3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 13

3.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 13

3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 13

4 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 14

4.1 Delineamento do estudo ................................................................................... 14

4.2 Cenário da pesquisa ......................................................................................... 14

4.3 Sujeitos da pesquisa ......................................................................................... 15

4.4 Critério de Inclusão ........................................................................................... 16

4.5 Critério de Exclusão .......................................................................................... 16

4.6 Coleta de Dados................................................................................................ 16

4.7 O questionário – instrumento de coleta de dados ............................................. 17

4.8 Análise dos resultados ...................................................................................... 17

4.8.1 Dados quantitativos .......................................................................................... 17

4.8.2 Dados qualitativos ............................................................................................ 17

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................ 18

5.1 Caracterização dos sujeitos participantes da pesquisa........................................18


5.2 Conhecimento dos discentes e docentes sobre as áreas de atuação do
profissional de Educação Física ................................................................................ 19

5.3 Conhecimento dos discentes e docentes sobre APS ......................................... 45


5.4 Conhecimento dos discentes e docentes sobre NASF ...................................... 57
5.5 Conhecimento dos discentes e docentes sobre os conhecimentos construídos no
curso de Educação Física e Saúde Pública ............................................................. 62
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................67
7.CONCLUSÃO ......................................................................................................... 69

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70

APÊNDICES .............................................................................................................. 76

ANEXOS.....................................................................................................................84
1

1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Como ponto de partida a dissertação de mestrado, remonto ao início


da minha formação como profissional de Educação Física, quando, em 1991,
ingressei na FEFISO / ACM (Faculdade de Educação Física da Associação
Cristã de Moços de Sorocaba).
Durante meu período como aluno, entre 1991 e 1994, pude vivenciar
que não existia interesse dos alunos do curso pelas áreas do fitness,
academias de ginástica, musculação e pouco se falava na ação do
profissional de Educação Física (PEF) na Saúde Pública.
O termo personal trainer era desconhecido para nós, sendo
referenciado apenas em academias dos Estados Unidos e Europa. Então,
aqueles que desejavam trabalhar com treinamento físico na forma de
exercícios, tinham que buscar as academias e se tornar professores de
musculação, ginástica, natação ou hidroginástica. As academias eram
escassas e as possibilidades de emprego também. Naquele momento o que
mais se buscava era trabalhar em escolas e nos centros de treinamento de
esportes como futebol, basquetebol e voleibol. Era o momento da Educação
Física escolar e esportiva.
Em pouco menos de 20 anos, esse cenário mudou. Atualmente os
alunos buscam formação profissional para trabalhar em academias, no
fitness e em especial no personal training, por serem áreas com maiores
ofertas de oportunidades e de remuneração. Diminuiram os alunos que
querem trabalhar em escolas e o ingresso para cursos de licenciatura
declinou. Atualmente a maioria dos ingressantes quer trabalhar nas
academias, clubes, assessorias de corrida e esportes, centros de
treinamento, equipes esportivas, escolas de atividades aquáticas e nos
condomínios, que se transformaram em locais propícios para o personal
trainer, que atende em academias e em domicílio.
Pouco se fala ou se entende sobre o papel do PEF na área da Saúde
Pública. Sabe-se que é notória a importância do trabalho do profissional de
Educação Física para proporcionar um incremento na qualidade de vida,
auxiliar na prevenção e tratamento de doenças, inserido na rede de Atenção
2

Primária à Saúde (APS), como membro de uma equipe multiprofissional, com


o objetivo de fortalecer o modelo de atenção à saúde através de uma prática
profissional coerente, pautada em discussão por meio de uma visão
multiprofissional. Porém, esta faceta do profissional de Educação Física está
incipiente ou ainda desconhecida e acredito que o desconhecimento desta
potencialidade pode estar na sua origem, isto é na sua formação acadêmica.
O profissional de Educação Física atua nas diversas regiões do Brasil
na área da saúde como integrante do Núcleo de Apoio à Saúde da Família -
NASF, que é uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de
conhecimento, que buscam trabalhar de forma integrada, apoiando
profissionais de Equipes da Saúde da Família (ESF), das Equipes de
Atenção Básica. Desta forma, as equipes multiprofissionais buscam trabalhar
para populações específicas, compartilhando as diversas práticas e saberes
em saúde.
Para os estudantes de Educação Física é importante saber como este
profissional pode ser inserido nessa nova área. Para os docentes é
importante conscientizar que a profissão também faz parte da área da Saúde
Pública, para poder preparar os estudantes para atuar nesta área. A falta de
compreensão dos discentes e docentes do Profissional de Educação Física
(PEF) como um profissional importante, necessário e incluído na APS,
durante seu processo de formação, pode limitá-los a não aprender conceitos,
informações e vivências importantes para tornar o educador físico capaz de
atuar com propriedade na saúde pública, principalmente no NASF, bem como
pode limitá-lo na busca por possibilidades de ocupações profissionais. Isso
talvez seja o mais significativo: não saber que existe essa possibilidade de
atuação profissional e com isso perder oportunidades de trabalho digno e
respeitado.
Este estudo não tem a pretensão de discutir como ocorre ou como
deve ocorrer a formação do PEF nas diversas áreas de atuação da profissão
e em especial na Saúde Pública. Também não tem o objetivo de mostrar se
existe uma lacuna no Ensino Superior com foco na relação PEF e Saúde
Pública, pois é possível que durante sua formação ele até tenha vivenciado
disciplinas, conteúdos, conceitos, protocolos, vivências práticas e teóricas
que o posicionem bem para o trabalho voltado para promoção e tratamento
3

da saúde, mesmo não existindo uma disciplina específica para o tema. A


justificativa para realização desse trabalho está em delimitar qual é o real
conceito que os alunos do primeiro e último semestres e docentes de uma
Faculdade de Educação Física de Sorocaba têm com relação ao papel do
PEF na saúde pública, visto que esse profissional pode e deve atuar na área.
4

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Atenção Primária

Internacionalmente tem-se apresentada APS como uma estratégia de


organização da atenção à saúde voltada para responder de forma
regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de
saúde de uma população, integrando ações preventivas e curativas, bem
como a atenção à indivíduos e comunidades.1
A APS forma a base do sistema de saúde devendo ser a orientadora
de todo o processo de trabalho dos outros níveis de saúde, organizando as
práticas e a distribuição dos recursos, básicos e especializados, direcionados
para a promoção, manutenção e melhoria da saúde. Deve ser compreendida
também como porta de entrada do usuário para todas as suas necessidades
e problemas de saúde, fornecendo atenção sobre a pessoa no decorrer do
tempo e para todas as condições.2 A APS representa o alicerce para que o
sistema de saúde se solidifique e se torne mais eficaz, fortalecendo os
vínculos entre os serviços de saúde e a população com contribuição para a
universalização do acesso e a garantia da integralidade e equidade da
atenção, por isto tem como prioridade as populações com risco aumentado
do ponto de vista biológico e socioeconômico.3
Desde a década de 1960, a APS tem sido um modelo adotado em
diversos países para proporcionar um maior e mais efetivo acesso ao sistema
de saúde e também para tentar reverter o enfoque curativo, individual e
hospitalar.4
A utilização do termo APS expressa comumente o entendimento de
uma atenção ambulatorial não especializada ofertada através de unidades de
saúde de um sistema que se caracteriza pelo desenvolvimento de um
conjunto bastante diversificado de atividades clínicas de baixa densidade
tecnológica, o que inclui, em muitos países, como no Brasil, as atividades de
saúde pública. A APS funciona como o primeiro contato dos pacientes com o
sistema de saúde é onde está a capacidade para a resolução de grande
parte dos problemas de saúde por eles apresentados.5
5

Em diversos momentos, a APS tem sido descrita como uma estratégia


de atenção de saúde seletiva, focalizada na população mais pobre e
portadora de tecnologia simples e limitada.4
As metas principais dos sistema de saúde são: otimizar a saúde da
população através do emprego do conhecimento mais avançado sobre a
causa das doenças, manejo das moléstias e maximização da saúde e
minimizar as disparidades nos subgrupos populacionais para garantir
equidade no acesso a serviços de saúde e na capacidade de alcançar um
nível ótimo de saúde. (2)
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1978, definiu a APS
como atenção essencial à saúde, que está baseada em tecnologia e métodos
práticos, com comprovação científica e aceitos socialmente, que se tornam
acessível aos indivíduos e famílias na comunidade através de meios
aceitáveis e com custos que possam ser arcados pela comunidade e pelo
país. Considerado o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da
comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o
mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham. 5
Em vários países da Europa e no Canadá, a APS é vista como o
primeiro nível de um sistema de saúde com oferta de serviços clínicos de
qualidade, responsável pela coordenação do cuidado e organização do
sistema.5,6
Em APS podemos destacar a redução das iniquidades em saúde, de
modo que as classes sociais mais vulneráveis, não permaneçam
sistematicamente em desvantagem em relação ao seu acesso aos serviços
de saúde e ao alcance de um bom atendimento na saúde.7
Constituir-se como a porta de entrada do serviço de saúde, sendo o
primeiro recurso a ser buscado; fazer com que a pessoa atendida estabeleça
vínculo com o serviço ao longo do tempo, proporcionando continuidade do
cuidado; ser responsável por todos os problemas de saúde, ainda que parte
seja encaminhado a equipes de nível secundário ou terciário, com isso
estabelecendo a integralidade do serviço e ter a incumbência de organizar,
coordenar e/ou integrar esses cuidados, são as quatro características da
APS.2
6

A APS é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e


coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da
saúde.8

2.2 Estratégia da Saúde da Família (ESF)

Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família


(PSF), inicialmente formulado como um programa e passando, a partir de
1997, a ser Estratégia de Saúde da Família (ESF). A ESF tem como desafio
promover e reorientar as práticas e ações de saúde de forma integral e
contínua, levando-as para mais perto do ambiente familiar e, com isso,
favorecer a melhoria da qualidade de vida da população.3
A ESF é reconhecida como a principal estratégia para que se rompa
definitivamente com o sistema público de saúde voltado para a cura das
doenças. Pode-se perceber que a partir da reforma sanitária no Brasil, nos
anos 1980, as novas leis e programas que foram criados apontavam para um
novo modelo assistencial, baseado na proteção e promoção da saúde. 10
A ESF é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo
assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes
multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Equipes estas que são
responsáveis pelo acompanhamento de um determinado número de famílias,
localizadas em uma área geográfica delimitada. As ações de
responsabilidade dessas equipes são: promoção da saúde, prevenção,
recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na
manutenção da saúde desta comunidade. A ESF é um projeto dinamizador
do Sistema Único de Saúde (SUS), condicionada pela evolução histórica e
organização do sistema de saúde no Brasil.(4)
Quando se fala da importância que a ESF tem hoje no Brasil, não se
pode negar que o PSF e PACS (Programa de Agentes Comunitários de
Saúde, que marcou em 1994 o início do PSF) foram fundamentais para que
houvesse uma reorientação nas políticas de saúde e foi através destes
programas que surgiu a necessidade da elaboração de uma estratégia que
incorporasse os objetivos do SUS, que atendesse boa parte da população
7

brasileira e que se caracterizasse como o núcleo básico de intervenção e de


utilização dos serviços de saúde.10

2.3 Atuação do profissional de Educação Física na Saúde

No Brasil, a implantação ESF se constituiu um arranjo institucional


para implementar a APS como eixo do SUS, tendo como compromisso
reorganizar as práticas assistenciais em saúde com vista a promover a
mudança no modelo de assistência à saúde da população. Nesse processo,
o Ministério da Saúde, entre outras iniciativas, estabeleceu a Política
Nacional de Promoção da Saúde e define, como um dos seus eixos
prioritários, o incentivo às ações de práticas corporais/atividades físicas.
Foram criados em 2008 os NASFs (Núcleos de Apoio à Saúde da Família),
com a intenção de ampliar a abrangência e o escopo das ações e serviços na
APS e foi incluindo o Profissional de Educação Física (PEF) como uma das
profissões que deveriam atuar junto a uma equipe de saúde
multiprofissional.(6)
As atribuições dos NASFs estão baseadas em ações de promoção da
saúde destinadas a garantir condições de bem-estar físico, mental e social.
Os NASFs são constituídos por equipes multiprofissionais compostas por
diferentes áreas, entre eles fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista,
profissional de educação física e psicólogo. A seleção dos profissionais para
compor as equipes dos NASFs se dá conforme a necessidade de cada região
abrangida pelas equipes da ESF.13
Os PEFs foram reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde
(CNS), em sua Resolução no 218 /1997 como profissionais de saúde. A
construção da integralidade da atenção à saúde, preceito constitucional do
SUS, requer a atuação em equipes multiprofissionais e nesse sentido, a
Educação Física é reconhecida como área de conhecimento e de intervenção
acadêmico-profissional envolvida com a promoção, prevenção, proteção e
reabilitação da saúde.14 De acordo com a Portaria 154/2008, as profissões
que poderão compor os NASF são: Médico, Acupunturista, Assistente Social,
Profissional de Educação Física, Farmacêutico, Fisioterapeuta,
Fonoaudiólogo, Médico Ginecologista, Médico Homeopata, Nutricionista,
8

Médico Pediatra, Psicólogo, Médico Psiquiatra e Terapeuta Ocupacional.


Essa composição reforça a importância do trabalho multiprofissional nas
ações e programas relacionados à saúde.13
Os NASFs devem desenvolver ações que se integrem a outras
políticas sociais: educação, esporte, trabalho, lazer, entre outras. Entre as
ações previstas estão as de atividade física/práticas corporais e ações que
propiciem a melhoria da qualidade de vida da população, a redução dos
agravos e dos danos decorrentes das doenças não-transmissíveis.17
A inclusão deste profissional no NASF ratifica a visão do Governo e a
demanda da sociedade em relação à sua importância na prevenção de
doenças e na promoção/manutenção da saúde da população.16
Desde a regulamentação da profissão de Educação Física, através da
Lei 9.696/1998, e com a atuação do Sistema CONFEF/CREFs (Conselho
Federal de Educação Física / Conselhos Regionais de Educação Física), o
profissional vem conquistando cada vez mais espaço no mercado. Através do
trabalho ético, vem obtendo reconhecimento e valorização pela sociedade.
Essa valorização não se limitou apenas às áreas de educação e esporte, mas
despertou os PEFs para área da Saúde ao se reconhecer que o exercício
físico vem se tornando cada vez mais necessário para uma vida saudável.15
Vários são os referenciais que sustentam cientificamente a relação
positiva entre atividade física e saúde. Existem inúmeros estudos e pesquisas
que ratificam esse entendimento e demonstram que a falta de saúde está
associada, em muito, à falta de atividade física. As doenças degenerativas,
agravadas ou decorrentes da inatividade física, já se manifestam em vários
grupos etários e, em muitos países, estão sendo enfrentadas como questão
de saúde pública. Tem se priorizado iniciativas que visem à melhoria do bem-
estar dos indivíduos e à redução de casos de doenças, por meio do
incremento da prática de atividade física centrada na aquisição de hábitos e
estilos de vida ativos. Órgãos responsáveis pelas políticas públicas de saúde
começaram a ter um olhar mais atento sobre a importância da atividade física
no conjunto dos programas e das ações sob a sua gestão.17
Atuar na promoção, tratamento e reabilitação da saúde deve envolver
a integração de uma equipe multiprofissional, na qual todos devem atuar de
forma conjunta e organizada em benefício do paciente e da comunidade onde
9

esse está inserido. O PEF é um agente de saúde em primeiro lugar e faz


parte da equipe multidisciplinar que atua na APS.18
Entende-se por intervenção primária qualquer ato destinado a diminuir
a incidência de uma doença numa população, reduzindo o risco de surgi-
mento de casos novos. A intervenção secundária busca diminuir a
prevalência de uma doença numa população reduzindo sua evolução e
duração, exigindo diagnóstico precoce e tratamento imediato. A intervenção
terciária visa diminuir a prevalência das incapacidades crônicas numa
população, reduzindo ao mínimo as deficiências funcionais consecutivas à
doença já existente, permitindo uma rápida e melhor reintegração do
individuo na sociedade, com aproveitamento das capacidades
remanescentes. O PEF pode atuar como um prestador de serviços que
envolva a atividade física ou o exercício físico, incluindo aquelas áreas
responsáveis pela APS, onde poderá atuar nos três níveis de intervenção
(primária, secundária e terciária), dependendo das necessidades do indivíduo
e do grau de competência do profissional.17
O PEF, recém-incorporado pelos serviços públicos de saúde, deve ter
sua formação repensada, uma vez que suas atribuições são diferentes de
sua formação tradicional. Assim, deve-se analisar: o objeto dos cursos; quais
as disciplinas relacionadas à saúde; a existência das disciplinas de Saúde
Coletiva e Saúde Pública; e a existência de disciplinas de estágio em saúde.
Os resultados indicam que não há direcionamento dos cursos para o campo
da saúde e os bacharéis têm disciplinas com mais respaldo em saúde do que
os licenciados; predominam as disciplinas de abordagem curativa, prescritiva;
nenhuma das instituições possui o conjunto de disciplinas Saúde Coletiva,
Saúde Pública e algumas nem as contemplam; o estágio no serviço público
de saúde, na APS. 19
Atribui-se ao PEF as competências e habilidades para diagnosticar,
planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar,
dinamizar, programar, desenvolver, prescrever, orientar, avaliar, aplicar
métodos e técnicas motoras diversas, aperfeiçoar, orientar e ministrar
sessões específicas de exercícios físicos ou práticas corporais diversas.16
O PEF pode intervir na ESF tanto para orientar sobre a importância de
hábitos de vida ativa, quanto para promover e estimular a adoção de um
10

estilo de vida ativo, contribuindo para minimizar os riscos de doenças


crônicas não transmissíveis e os agravos delas decorrentes.17
O Programa Academia da Saúde (AcadS) lançado em 2011 pelo
Ministério da Saúde tem a finalidade de promover práticas corporais e
atividade física, alimentação saudável, modos saudáveis de vida, produção
do cuidado, entre outros, por meio de ações culturalmente inseridas e
adaptadas aos territórios locais.20
A ideia do programa surgiu baseada em iniciativas que vinham sendo
desenvolvidas em Recife, Curitiba, Vitória, Aracaju e Belo Horizonte. Essas
experiências locais tinham em comum a prática da atividade física e outras
práticas corporais, a presença de profissionais de educação física como
orientadores, o uso e a potencialização de espaços públicos como espaços
de inclusão, de participação, de lazer, de promoção da cultura da paz, além
de serem custeadas e mantidas pelo poder público. Essas experiências
tiveram uma avaliação positiva, o que reforçou iniciativas semelhantes em
todo o país na forma de um programa nacional no âmbito do SUS.21
O programa AcadS tem diretrizes e princípios que são: potencializar
ações de cuidado individuais e coletivas da APS; ser referência como um
programa de promoção da saúde, prevenção e atenção das doenças
crônicas não transmissíveis; estabelecer-se como espaço de produção,
ressignificação e vivência de conhecimentos favoráveis à construção coletiva
de modo de vida saudáveis; participação popular e construção coletiva de
saberes e práticas em promoção da sáude; intersetorialidade na construção e
desenvolvimento das ações; interdisciplinaridade na produção do
conhecimento e do cuidado; integralidade do cuidado, intergeracionalidade
com troca e diálogo entre as gerações e reconhecer o espaço como um local
de produção de saúde.20
Apesar do nome, a AcadS não se retringe a realização de práticas
corporais e atividades físicas e promoção da alimentação saudável. Tendo os
polos concebidos como espaços voltados ao desenvolvimento de ações
culturalmente inseridas e adaptadas aos territórios locais e que adotam: o
desenvolvimento de autonomia, equidade, empoderamento, participação
social, entre outros. Foram então estabelecidos, pela Portaria nº 2.681, oito
eixos em torno dos quais as atividades devem ser desenvolvidas: práticas
11

corporais e atividades físicas, promoção da alimentação saudável,


mobilização da comunidade, educação em saúde, práticas artísticas e
culturais, produção do cuidado e de modos de vida saudável, práticas
integrativas e complementares, e planejamento e gestão.21
Todos os profissionais da APS, especialmente os integrantes do
NASF, deverão incluir o programa AcadS no planejamento conjunto de suas
ações e, além da articulação com a rede de serviços de saúde, deverão
dialogar e estabelecer parcerias com os demais equipamentos sociais
existentes no território, a partir da identificação de suas potencialidades, para
contribuir para a melhoria das condições de saúde dos usuários.20
São três as modalidades de polos do AcadS que terão incentivo de
investimento pelo Ministério da Saúde: modalidade básica, com 300 m2;
modalidade intermediária, com 312 m2 e a modalidade ampliada, com 550
m2.20
As modalidades básica, intermediária e ampliada contam com espaço
multiuso, onde se encontram equipamentos de ginástica destinados a
atividades físicas individuais; área de vivência destinada às atividades
coletivas, jogos esportivos e barras para exercícios físicos; estrutura de apoio
com sala de vivências para atividades coletivas de práticas corporais, teatro,
música, artesanato, automassagem e reuniões em grupo. Tem área de
passagem para os ambientes internos, sala de acolhimento, guarda volumes
e banheiros.22
O Programa AcadS faz parte da estrutura organizacional das Redes
de Atenção à Saúde (RAS), como componente da APS e, por isso, funciona
também como porta de entrada no SUS e de acordo com meta estabelecida
no Plano Plurianual 2011-2015, o Ministério da Saúde deve habilitar 4.800
polos do Programa até o final de 2015, mas espera atingir essa meta ainda
em 2014. Trata-se de uma política pública capilarizada no território, visto que
já alcançou mais de 2.660 municípios brasileiros, de todas as unidades da
federação, o que indica o compromisso do estado brasileiro com a promoção
da saúde e de modos de vida saudáveis e sustentáveis em todo o território
nacional.21
Destinado a trabalhar na AcadS, será um profissional de saúde de
nível superior, com carga horária de 40 horas semanais ou dois profissionais
12

de nível superior com carga horária de vinte horas semanais, vinculados a


uma Unidade Básica da Saúde (UBS).(8)
Tendo em vista suas características, bem como o fato de se chamar
Academia, este programa parece ser um lugar talhado para a atuação do
PEF.23
A atuação do PEF no SUS e especificamente no AcadS demandam o
domínio de conteúdos teóricos, técnicas e vivências no campo da saúde
coletiva, bem como a integração das instituições formadoras com os serviços
de saúde, sobretudo por meio de canais permanentes de retroalimentação e
discussão de problemas, avanços e necessidades.(9)
A força do nome Academia da Saúde parece identificar local de
pertencimento do PEF, mesmo que nela não ocorra a possibilidade de
trabalharem somente PEF. Importante entender que não basta ter um lugar
para ser reconhecido e requerido nos serviços de saúde. É preciso construir
saberes que potencializem e legitimem a função do PEF, não somente nos
polos de AcadS, mas também em outros mecanismos centrados na APS. 23
13

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Identificar se alunos do primeiro e oitavo semestres e docentes de


uma Faculdade privada de Educação Física da cidade de Sorocaba
(FEFISO/ACM) percebem a possiblidade de atuação do profissional de
educação física como membro da equipe multiprofissional na APS e atuante
na Saúde Pública.

3.2 Objetivos Específicos

• Determinar as três áreas de atuação que alunos mais desejam


trabalhar e que os docentes imaginam o PEF trabalhando após concluir a
Faculdade.
• Verificar, através da observação e leitura das ementas de todas
as disciplinas da FEFISO ACM, se existe disciplina que aborde o PEF como
atuante na Saúde Pública.
14

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Delineamento do estudo

Trata-se de uma pesquisa exploratória quanto aos objetivos, quanto


aos procedimentos técnicos ela é de levantamento e quanto à abordagem é
quantitativa e qualitativa.(10) (11)

4.2 Cenário da pesquisa

O estudo teve como campo de pesquisa a Faculdade de Educação


Física da Associação Cristã de Moços de Sorocaba (FEFISO ACM).
Esta pesquisa seguiu as normas de pesquisa em seres humanos de
acordo com a Resolução 466/12 do Ministério da Saúde e foi aprovada pelo
Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Ciências
Médicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo sob o
número 53327015.8.0000.5373. Foi elaborado um TCLE (apêndices B e C)
que foi entregue aos sujeitos da pesquisa anexados ao questionário em duas
vias, sendo uma do participante e outra do pesquisador. Os sujeitos que
optaram pela participação no estudo assinaram e devolveram a via referente
ao pesquisador.
A realização da pesquisa nas depêndencias da Faculdade de
Educação Física da ACM de Sorocaba foi autorizada pelo diretor e
responsável pela Instituição de Ensino.
A Faculdade de Educação Física da Associação Cristã de Moços de
Sorocaba, autorizada e reconhecida pelo Decreto Federal n° 73452 de 14-01-
74, pg. 408, é um Estabelecimento isolado de Ensino Superior mantido pela
Associação Cristã de Moços com sede em Sorocaba e tem por objetivos:
• Formar profissionais e especialistas com orientação
humanística, que atendam as exigências e interesses do meio
profissional, como agentes facilitadores da apropriação dos
elementos que fazem parte da cultura corporal, segundo as
necessidades do desenvolvimento da sociedade;
15

• Promover a extensão, através da prática propiciadora de


permanente atitude reflexiva, no contato com a sociedade e a
população, com as suas necessidades e contradições,
objetivando articular o ensino e a pesquisa;
• Estimular o desenvolvimento da pesquisa e investigação
científica como princípios fundamentais da ação educativa,
reforçando o compromisso com a capacidade de reconstrução
permanente do conhecimento e da formação contínua.

4.3 Sujeitos da pesquisa

Os sujeitos convidados para esta pesquisa foram inicialmente todos os


alunos dos primeiros períodos (noturno e diurno), dos oitavos períodos
(noturno e diurno) e todos os docentes da Faculdade de Educação Física da
Associação Cristã de Moços de Sorocaba (FEFISO / ACM) do primeiro
semestre de 2016.
A soma total de indivíduos matriculados no primeiro período atingiu
100 alunos, sendo 50 do período diurno e 50 do período noturno. Assim
sendo, 3 questionários não foram aplicados, pois os alunos não estavam
presentes nos dias de aplicação escolhidos pela coordenação ou não
desejaram participar.
A soma total de indivíduos matriculados no oitavo período atingiu 57
indivíduos, sendo 21 do período diurno e 36 do período noturno. Assim
sendo, 8 alunos não responderam, pois não desejaram participar ou não
estavam presentes nos dias escolhidos pela coordenação e direção para
aplicação dos questionários.
O número total de docentes envolvidos no curso de Educação física
era de 23, sendo que um deles é o pesquisador autor do trabalho e por esse
motivo optou por não participar da pesquisa. Outro é o diretor da Faculdade
de Educação Física, que optou por não responder e o terceiro docente estava
de licença médica. Então, três docentes não fizeram parte do grupo dos
professores, que totalizou 20 indivíduos.
16

4.4 Critério de Inclusão

Todos os alunos da FEFISO ACM que estavam cursando o primeiro e


o oitavo períodos (semestres), diurno e noturno, foram convidados para
participar da pesquisa os que estavam presentes nos dias das coletas e que
assinaram o TCLE. Alunos menores de 18 anos tiveram que levar o TCLE
para que seus pais ou responsáveis pudessem assinar autorizando a
participação dos mesmos.
Todos os docentes da FEFISO ACM, independente da classe
profissional, que estavam lecionando no ano de 2016 e que desejaram
participar da pesquisa foram convidados, manifestando-se na assinatura do
TCLE.

4.5 Critério de Exclusão

Alunos do primeiro e do oitavo semestres do curso de Educação Física


e docentes da FEFISO ACM de Sorocaba que não desejaram participar da
pesquisa ou que não estavam presentes no dia da coleta e que não tenham
assinado o TCLE.
Alunos menores de 18 anos que não foram autorizados por seus pais
ou responsáveis.
Alunos do segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo semestres.

4.6 Coleta de Dados

Os dados foram coletados entre abril e maio de 2016, por meio de


questionário com perguntas abertas e também perguntas fechadas com
respostas em escala de Likert.
Os questionários foram aplicados pela coordenação da Faculdade,
para se evitar o viés de aplicação pelo professor/pesquisador. Os alunos
foram abordados durante as aulas em dias que foram escolhidos pela
coordenação da Faculdade. Os docentes foram abordados pela coordenação
na sala dos professores em dias e horários determinados pela coordenação.
17

4.7 O questionário – instrumento de coleta de dados

O questionário (Apêndice A) foi elaborado ao longo de vários


encontros com o orientador entre outubro de 2015 e março de 2016. O
mesmo conta com 18 perguntas, sendo 5 perguntas abertas e 13 perguntas
fechadas com escala de Likert.
O questionário foi intitulado: “A percepção dos alunos e professores de
uma Faculdade de Educação Física com relação ao papel do profissional de
Educação Física na área da saúde”.

4.8 Análise dos resultados

4.8.1 Dados quantitativos

A análise das respostas fechadas dos questionários foi feita através do


teste de Chi-quadrado. As respostas abertas foram analisadas pelo teste de
concordância de Kendall, com o objetivo de estudar a concordâncias entre as
frequências em ordem decrescente das respostas dadas pelos alunos do
primeio período, oitavo período e docentes. Serão considerados significantes
os dados de p<0,05. 27

Foi realizada uma análise documental das ementas de todas as


disciplinas da FEFISO / ACM para verificar se existe alguma disciplina que
aborde o conteúdo Educação Física e Saúde Pública.28

4.8.2. Dados qualitativos

Para fazer a análise de algumas perguntas que tiveram respostas que


expressaram opinião pessoal, foi utilizada a análise de conteúdo que constitui
uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo
de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a
descrições sistemáticas, qualitativas ou quantitativas, ajuda a reinterpretar as
mensagens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que
vai além de uma leitura comum.29
18

5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 Caracterização dos sujeitos participantes da pesquisa

Um total de 97 alunos do primeiro período participaram deste estudo,


sendo 59 do sexo masculino e 38 do sexo feminino, com idades entre 17 e 44
anos. Do oitavo período, participaram 49 alunos, sendo 27 do sexo masculino
e 22 do sexo feminino, com idades entre 21 e 39 anos. Quanto aos docentes,
foram 20 participantes, sendo 13 do sexo masculino e 7 do sexo feminino,
com idades entre 33 e 57 anos.
A média de idade variou entre os três grupos de participantes. O grupo
mais jovem, foi dos alunos do primeiro período que tinha idade média de 20
anos. O segundo grupo foi dos alunos do oitavo período, com média de idade
de 27 anos, Como esperado, o grupo mais idoso foi dos docentes com média
de idade de 45 anos.
Os dados referentes ao número de participantes e suas idades podem
ser verificados na tabela 1.
Tabela 1 – Caracterização dos participantes quanto ao número, sexo e
idade. (Referente às perguntas 1, 2 e 3 do questionário) FEFISO-ACM, 2016.

Idade Média
dos
Participantes Respondedores
Total de
Masculino % Feminino % Respondedores
Primeiro
Período 59 61% 38 39% 97 20,3 ± 4,6 anos
Oitavo
Período 27 55% 22 45% 49 27 ± 5,5 anos

Docentes 13 65% 7 35% 20 45,5 ± 6,5 anos

Total 99 60% 67 40% 166 25,3 ± 9,5 anos


19

Estes dados vão ao encontro à aqueles publicados no Censo da


Educação Superior de 2014 que caracteriza o típico aluno de cursos de
graduação. Segundo o Censo, os estudantes ingressam no curso superior
com idade média de 18 anos e concluem com 23 anos. A idade média
encontrada pelo Censo, para alunos matriculados em curso superior, foi de
21 anos. Este trabalho mostrou que os alunos ingressantes no primeiro
período de 2016 têm idade próxima a citada no Censo de Educação Superior
de 2014. Porém para o aluno concluinte, os dados mostram que as idades
obtidas neste estudo estão mais elevadas do que aquelas obtidas no
Censo.30
Gondin (2002) utilizou como amostra grupos de universitários em fase
final de conclusão de diversos cursos, com um total de 53 alunos
participantes, e a idade média dos concluintes foi 21 e 45 anos. Os dados
dos concluintes deste artigo refletem uma outra realidade dos estudantes e
se aproxima da idade obtidos neste trabalho.31
Quanto ao sexo dos participantes, entre os alunos tem-se um total de
86 participantes do sexo masculino e 60 do sexo feminino. Estes números
contrariam o Censo de Educação Superior 2014, que cita que as mulheres
são as estudantes mais frequentes independente da modalidade de ensino.30
Porém, cabe resaltar que o Censo fez a contagem do sexo em todos os
cursos de graduação, o que não reflete a micro realidade do curso de
Educação Física.
Com relação aos docentes, 13 são do gênero masculino e 7 do gênero
feminino. Estes valores mostram-se semelhantes ao do Censo de Educação
Superior de 2014, que aponta que os docentes mais frequentes são homens,
tanto na rede pública, quanto na privada.30

5.2. Conhecimento dos discentes e docentes sobre as áreas de atuação


do profissional de Educação Física

A questão quatro do questionário arguía à percepção do conhecimento


das áreas de atuação do profissional de Educação Física como um todo. As
respostas estão sintetizadas na tabela 2.
20

Entre os participantes do primeiro período, 5% dizem conhecer


totalmente as áreas de atuação do profissional de Educação Física, enquanto
51% conhecem apenas parcialmente e 44% se manifestaram como neutros.
(Tabela 2).
Entre os alunos do oitavo período, que já passaram por todo o curso,
8% citam conhecer totalmente as áreas de atuação, 80% conhecem
parcialmente e 12% são neutros com relação a essa questão.
Isso sugere que ao longo do curso, os alunos passam a conhecer
melhor as possíveis áreas de atuação do profissional e mudam seu
entendimento ao final do curso, porém, um percentual menor desconhecer
totalmente as possibilidade de atuação profissional e este fato pode gerar
preocupação. As respostas a essa questão trazem informações que sucitam
de mais investigação, uma vez que os futuros PEFs, deveriam estar cientes
das suas áreas de atuação e sua futura inserção no mercado de trabalho ao
final do curso.
Quanto aos docentes, 25% citam conheço totalmente a área de
atuação do PEF, 60% citam conheço parcialmente e apenas 15% se
posicionam como neutro. Como nem todos os profissionais que atuam como
docentes são PEFs, pode-se justificar a neutralidade de 15% dos docentes
(Letras Português/Inglês, Ciências Biológicas, Psicopedagogia, Odontologia,
Filosofia, Pedagogia).
No total da amostra, 8% citam conheço totalmente, 60% conheço
parcialmente e 32% se manifestaram neutro com relação ao PEF ser um
profissional da área da saúde. Isto é uma informação que sucita interesse de
maior investigação e poderia ser tema abordado em outro trabalho, com
discussão voltada para essa questão. Interessante observar que não houve
respostas para desconheço e desconheço totalmente, evidenciando que a
FEFISO / ACM orienta alunos e docentes com relação as áreas de atuação
do PEF.
21

Tabela 2 - Você tem conhecimento das áreas de atuação do Profissional


de Educação Física. (Referente à pergunta 4) FEFISO-ACM, 2016.
Conheço Conheço Desconheço Desconheço
Neutro Total
totalmente parcialmente parcialmente totalmente
1o
5% 51% 44% 0% 0% 97
Período
8o
8% 80% 12% 0% 0% 49
Período
Docentes 25% 60% 15% 0% 0% 20
Total 8% 60% 32% 0% 0% 166

A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de 24,95 (P<0,01),


mostrando que docentes têm conhecimento total significantemente maior
sobre a área de atuação do PEF do que alunos do primeiro e oitavo períodos.
Mas ainda alunos do oitavo período tem maior conhecimento que alunos do
primeiro período. Alunos do primeiro período são os que tem maior
insegurança quanto as áreas de atuação sendo os que mais assinalaram a
opção neutro.
A próxima questão analisada, que correspondia a número 5 (cinco) do
questionário (Cite quais áreas você sabe ser de atuação do PEF), foi uma
questão de múltiplas respostas, na qual o participante poderia elencar várias
áreas de atuação do profissional de Educação Física.
As respostas eram direcionadas e os participantes evidenciaram um
grande número de áreas apontadas pelos entrevistados, como sendo de
possibilidade de atuação para o profissional de Educação Física. Importante
destacar que cada entrevistado pôde citar mais de uma área, e o percentual
foi estabelecido pelo número total de respostas. Foram apontadas entre os
alunos e docentes as seguintes áreas de atuação: academia, esportes,
saúde, escolar, recreação, clubes, ginástica laboral, dança e outros
(professor universitário, pesquisador, coordenador, etc). O coeficiente de
concordância de Kendall mostrou W=0,79 (P=0,0149), mostrando uma
concordância de quase 80% entre os grupos entrevistados. Para os alunos
do primeiro período, as áreas citadas, em ordem de percentual maior para
22

menor, foram: academia, esportes, escolar, ginástica laboral, clubes, saúde,


dança, recreação e outras (Figura 1).

4,00%  
4,00%  

6,00%  
29%  
6,00%  

7,00%  

8%  

12,00%   24,00%  

Academia     Esportes  

Escolar   Ginástioca  Laboral    

Clubes   Saúde    

Dança   Recreação  

Outros  

Figura 1 –Áreas de atuação do profissional de Educação Física


citadas pelos alunos do 1o Período da FEFISO-ACM, 2016 (Referente à
pergunta 5).
23

Para os alunos do oitavo período, as áreas citadas, de um percentual


maior para o menor, foram: academia, esportes, saúde, escolar, recreação,
clubes, ginástica laboral, dança e outros (Figura 2).

4,00%  
6,00%  

5,00%  
26,00%  

7,00%  

8,00%  

10,00%   21,00%  

13,00%  

Academia   Esportes  

Saúde   Escolar  

Recreação   Clubes    

Ginástica  Laboral   Dança  

Outros  

Figura 2 –Áreas de atuação do profissional de Educação Física


citadas pelos alunos do 8o Período da FEFISO-ACM, 2016 (Referente à
pergunta 5).
24

Para os docentes, as áreas citadas foram: esportes, saúde, escolar,


academia, ginástica laboral, clubes, recreação, dança e outros (Figura 3).

4,00%  
4,00%  

6,00%  
24,00%  

6,00%  

6,00%  

15,00%   20,00%  

15,00%  

Esportes   Saúde   Escolar    

Academia   Ginástica  Laboral   Clubes    

Recreação   Dança   Outros  

Figura 3 – Áreas de atuação do profissional de Educação Física


citadas pelos docentes da FEFISO-ACM, 2016 (Referente à pergunta 5).

O PEF é especialista em atividades físicas, em diversas


manifestações, como: ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas,
25

capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e


acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia,
relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e
do cotidiano e outras práticas corporais, tendo como propósito prestar
serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde,
contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados
de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários,
visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência,
da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de
acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais,
contribuindo ainda, para consecução da autonomia, da auto-estima, da
cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações
sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de
responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento
individual e coletivo.32
Foi-se o tempo em que o profissional de Educação Física era apenas
um professor. Hoje, seu campo de atuação vai desde a sala de aula, para os
licenciados, até academias de ginástica, piscinas, clubes esportivos, clubes
de recreação, condomínios, clínicas, empresas (ginástica laboral), hospitais,
hotéis, spas, asilos, navios, ONGs (Organizações não Governamentais), e
escolas de dança para os egressos do Bacharelado em Educação Física.33
O PEF é atribuído como um profissional especialista em atividades
físicas em todas as suas manifestações como ginásticas, exercícios físicos,
jogos, desportos, lutas, danças, entre outros, deve auxiliar no
desenvolvimento da educação e saúde, contribuindo para a aquisição e/ou
restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento
fisiocorporal das pessoas.34
Autores descrevem sobre as áreas de atuação do PEF, enfatizando
mais as áreas: escolar, academia e esportes e não citam entre a atribuições
do PEF o seu trabalho na Saúde Pública.32,33,34 Consequentemente é
possível que alunos e professores também o façam.
O PEF é o profissional especialista em atividades físicas em todas as
suas manifestações como ginásticas, exercícios físicos, jogos, desportos,
lutas, danças, entre outros, deve auxiliar no desenvolvimento da educação e
26

saúde, contribuindo para a aquisição e/ou restabelecimento de níveis


adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal das pessoas.34
As respostas apresentadas tanto pelos alunos quanto pelos docentes,
se assemelham com as áreas citadas na literatura.32,33,34 Isso sugere que
todos os grupos citaram áreas de atuação compatíveis com a profissão de
Educação Física e alunos e docentes citaram as mesmas áreas, embora em
percetual de maior número de citação que varia entre os grupos, as áreas
citadas por todos os 3 grupos foi a mesma. Mostrando afinidade e
entendimento com as áreas de possibilidade de atuação do PEF.
Uma vez que os alunos já haviam relacionado as áreas que
determinaram ser de atuação do PEF, foi questionado na pergunta 6 (seis) do
questionário (Quais áreas cada um gostaria de atuar após sua formação
estar concluída). Ao docente, a mesma pergunta foi feita, mas questionando
sobre à percepção que os alunos escolheriam. Mais uma vez obteve-se um
longo rol de respostas, pois mais de uma resposta era possível. As respostas
mais frequentes a esta questão estão resumidas nos gráficos da figuras 4, 5
e 6.
Os alunos do primeiro ano apontaram (Figura 4) que as áreas que
gostariam de atuar quando formados, de um percentual maior para um
menor, sendo: academia, esportes, escola, dança, recreação, saúde,
ginástica laboral, clubes e outras. As atividades de academia de ginástica e
musculação foram apontadas como a de maior escolha, com 35% das
respostas. As atividades esportivas, como trabalhar com futebol, voleibol,
basquetebol, handebol, atletitsmo e demais esportes atingiuram 31% das
respostas e a área escolar foi a terceira mais escolhida, sendo a educação
física formal com 13% de respostas.
27

1,00%  
1,00%  
2,00%  

4,00%  

5,00%  

9,00%   35,00%  

13,00%  

31,00%  

Academia   Esportes     Escolar  

Dança     Recreação   Saúde    

Ginástica  Laboral   Clubes   Outros  

Figura 4 – Respostas dos discentes do 1o Período a pergunta: Cite 3 áreas


de atuação que você deseja trabalhar quando se tornar um profissional
de Educação Física. (Referente à pergunta 6) FEFISO-ACM, 2016.
28

Os alunos do oitavo período apontaram (Figura 5) que as áreas que


gostariam de atuar quando formados, como sendo: academia, esportes,
escolar, saúde, clube, ginástica laboral, dança, recreação e outros. Como os
alunos do primeiro periodo, as três áreas mais escolhidas para atuação após
formação, foram: em primeiro lugar trabalhar em academia com 35%,
segundo lugar trabalhar com esportes com 24% e em terceiro lugar trabalhar
na área escolar com 18%. As mesmas áreas citadas pelo alunos do primeiro
período foram citadas pelos alunos do oitavo período. Importante destacar,
que apenas 3 alunos do 8o período referiram-se que desejariam trabalhar em
saúde pública.
29

2,00%  
2,00%  
4,00%  

4,00%  

5,00%  

35,00%  
6,00%  

18,00%  

24,00%  

Academia   Esportes   Escolar    

Saúde   Clube   Ginástica  Laboral  

Dança   Recreação   Outros  

Figura 5 – Respostas dos discentes do 8o Período a pergunta: Cite 3 áreas


de atuação que você deseja trabalhar quando se tornar um profissional
de Educação Física. (Referente à pergunta 6) FEFISO-ACM, 2016.
30

Os docentes citam as áreas que acreditam que os alunos mais


desejam atuar (Figura 6) quando se tornarem profissionais, as seguintes:
academia, escolar, esportes, recreação, ensino superior, saúde, dança, clube
e outras. Os docentes, como também os alunos, citam a área de maior
interesse como sendo a academia, com 35%, mas diferente dos alunos de
ambos períodos que apontam em segundo lugar esportes, os docentes
apontam área escolar com 31% das respostas e em terceiro, esportes com
16%. Tanto docentes, como alunos da FEFISO / ACM reinteram ao apontar
as mesmas três áreas de maior interesse do PEF após formado.
31

2,00%  
2,00%  
2,00%   2,00%  

2,00%  

8,00%  

35,00%  

16,00%  

31,00%  

Academia   Escolar   Esportes  

Recreação   Ensinho  Superior   Saúde  

Dança   Clube   Outros  

Figura 6 – Respostas dos docentes a pergunta: Cite 3 áreas de atuação que


você acredita que seu aluno vai atuar quando se tornar um profissional
de Educação Física. (Referente à pergunta 6) FEFISO-ACM, 2016.
32

O coeficiente de concordância de Kendall foi de W=0,79 (0,0111),


mostrando uma concordância entre os grupos de quase 80% nas respostas
obtidas.
As academias de ginástica e escolas de educação básica são as áreas
que mais contratam PEFs. Em academias, o PEF pode atuar em: área
aquática, de musculação, desenvolvimento motor ou ginástica e como
personal trainer. Já nas escolas de ensino fundamental e médio ministram
aulas da disciplina de Educação Física.35
A graduação em Educação Física possibilita duas formações distintas,
sendo uma em licenciatura e outra em bacharelado. A licenciatura em
Educação Física habilita para o magistério do Ensino Básico, ou seja, aulas
de Educação Física para ensino fundamental e médio (Resolução CNE/CP
no. 1/2002). O bacharelado em Educação Física habilita para todos os
segmentos de trabalho no campo de atividades físicas e esportivas.35 O
licenciado pode atuar no ensino pré-escolar, no ensino fundamental, médio e
superior dos setores públicos e privado. O bacharel pode trabalhar em
estabelicimentos de ensino público e privado; clubes sociais, esportivos e
recreativos; em centros esportivos e de recreação; academias; clínicas de
reabilitação; centros comunitários, arbitragem desportiva; escolinhas de
esporte; atividades fisico-recreativas para terceira idade; centros esportivos e
cultura física; consultoria e assessorias técnicas; administração esportiva;
animador de programas de lazer em hotéis, praias, praças, condmínios;
atividades físicas e domicílio; condicionamento físico, personal trainer; grupos
especiais – instruir e acompanhar idosos, gestantes, adultos e crianças
deficientes, cardíacos e doentes em atividades físicas que beneficiem a
saúde; performance – orientar indivíduos e equipes nos processos de
treinamento e competição nas modalidades esportivas competitivas olímpicas
e não olímpicas; recreação – entre hóspedes, associados e turistas em
hotéis, spas, clubes, condomínios e navios; terceiro setor – gerenciar,
implementar e desenvolver projetos sociais de inclusão esportiva; turismo
ecológico – coordenar atividades ao ar livre, como montanhismo e exploração
de cavernas.36
33

As respostas para a pergunta de número 7 (sete) do questionário (O


que você considera ser uma profissão da área da saúde?) estão
demonstradas na Tabela 3.
Quando perguntado aos discentes e docentes o que consideram ser
uma profissão da saúde, quatro grupos de respostas foram encontradas.
Como era uma pergunta discursiva, foi utilizado o método de análise de
conteúdo para agrupar as respostas em conjuntos e obter uma maneira de
quantificar as mesmas. O percentual foi determinado pelo número de
respostas de cada grupo.
Os conjuntos de respostas destadas pelos alunos do primeiro período
definiram como respostas: profissão que trabalha com objetivo de
proporcionar cuidados, prevenção e tratamento de doenças com 50% das
respostas; profissão que proporciona, por seu conhecimento técnico e ações
de trabalho com o corpo humano, qualidade de vida e bem-estar ao ser
humano com 42% das respostas; profissão que trabalha em equipe
multiprofissional obteve 2 %. Não sei ou não respondeu obteve 6% do total.
Para os alunos do oitavo período: 54% das respostas para profissão
que trabalha com objetivo de proporcionar cuidados, prevenção e tratamento
de doenças; 44% das respostas para profissão que proporciona, por seu
conhecimento técnico e ações de trabalho direcionadas ao corpo humano,
qualidade de vida e bem-estar ao ser humano; profissão que trabalha em
equipe multiprofissional obteve 2% das respostas.
Quanto aos docentes, 53% das respostas foram agrupadas para
profissão que trabalha com objetivo de proporcionar cuidados, prevenção e
tratamento de doenças; 42% das respostas para profissão que proporciona,
por seu conhecimento técnico e ações de trabalho com o corpo humano,
qualidade de vida e bem-estar ao ser humano; profissão que trabalha em
equipe multiprofissional obteve 5% das respostas.
34

Tabela 3 – O que você considera ser uma profissão da área da saúde?


(Referente à pergunta 7) FEFISO-ACM, 2016.

1o Período 8o Período Docentes


Profissão que trabalha com objetivo 50% 54% 53%
de proporcionar cuidados, prevenção
e tratamento de doenças
Profissão que proporciona, por seu 42% 44% 42%
conhecimento técnico e ações de
trabalho direcionadas ao corpo
humano, qualidade de vida e bem
estar ao ser humano
Profissão que trabalha em equipe 2% 2% 5%
multidisciplinar
Não sei / Não respondeu 6% 0% 0%
Total de respostas 102 61 29

A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de 5,82 (P=0,4431). Os


alunos do primeiro período, oitavo período e docentes não diferiram
significantemente em relação as frequências de respostas pela análise de χ2.
O Ministério da Saúde cita como exercício profissional na área da
Saúde as profissões formadas pelos seguintes cursos: Biologia, Biomedicina,
Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional,
Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia,
Psicologia e Serviço Social.37 Estes mesmos cursos também foram
considerados em uma resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS).38
Atualmente são 14 profissões regulamentadas como sendo da saúde.
Para obtenção do título nestas profissões é necessário nível superior. Todas
são registradas por conselhos profissionais da saúde que regulamentam o
exercício da profissão.39
A atividade física e a promoção da saúde pertencem também a
Educação Física mas nota-se que esse conhecimento ainda é pouco aplicado
a serviço da Saúde Pública. Acredita-se que o PEF é capaz de desenvolver
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, compatíveis com a
35

necessidade da Sáude Pública. Diante destas observações, não podemos


pensar em um projeto que vise proporcionar práticas de vida saúdavel, ou
melhor, que tem como objetivo uma boa qualidade de vida, sem pensar na
inserção do profissional de Educação Física, pois é este que irá desenvolver
atividades objetivas que darão suporte ao processo como um todo. Por este
motivo ele é tão importante e necessário e é um dos profissionais que facilita
o êxito do trabalho proposto pelos programas do governo. É o Educador
Físico na área da saúde que tem a capacidade de desenvolver atividades
que proporcionem melhora no indivíduo como um todo, e quando essa
iniciativa é pública, torna-se mais acessível aos indivíduos, uma vez que a
maior parte da população não possui recursos para o acesso de práticas de
atividades físicas oferecidas pelo setor privado. 42
A discussão da questão seguinte se refere a pergunta 8 (oito) do
questionário (Quanto a afirmação “O Profissional de Educação Física é
um profissional da área da saúde”, você:) e tinha como função verificar se
os alunos e docentes vislumbraram o PEF como um profissional de saúde.
As respostas estão na tabela 4.
Com relação aos alunos do primeiro período, 78% citam concordo
totalmente e 22% citam concordo parcialmente. Entre os alunos do oitavo
período, esse percentual aumenta para os que citam concordo, sendo 84% e
para os que citam concordo parcialmente 16%. Esses percentuais mostram
que todos os alunos da FEFISO ACM concordam que o PEF é um
profissional da área da saúde, visto que essa profissão faz parte das 14
profissões que o Conselho Nacional de Saúde (CNS).38
Já entre os docentes, 75% citam concordo totalmente, 20% concordo
parcialmente e apenas 5 % se consideram-se como neutros. Pode-se supor
que pelo desconhecimento da inserção do PEF na saúde, que os docentes
que não assinalaram a resposta “concordo totalmente”, sejam os docentes
que não exerçam a Educação Física como profissão.
As respostas encontradas nesta pergunta levam a valores percentuais
que mostram que os alunos e docentes percebem o PEF como pertencente à
área da saúde, visto que nenhum dos sujeitos da amostra dos 3 grupos
respondeu discorda ou discorda parcialmente. Entre os 166 sujeitos da
36

pesquisa, 132 citaram concordo totalmente com a afirmação, 33 citaram


concordo parcialmente e apenas um se manifestou neutro.
A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de 9,26 (P=0,0550)
mostrando que mesmo não atingindo o nível de significância, os resultados
mostram razoáveis diferenças entre os grupos.

Tabela 4 – “O Profissional de Educação Física é um profissional da área


da saúde”. (Referente à pergunta 8) FEFISO-ACM, 2016.

Concordo Concordo Discordo Discordo


Neutro Total
totalmente parcialmente parcialmente potalmente
1o
78% 22% 0% 0% 0% 97
Período
8o
84% 16% 0% 0% 0% 49
Período
Docentes 75,% 20% 5% 0% 0% 20
Total 79% 20% 1% 0% 0% 166

Nem sempre se praticam atividade física / exercícios com a orientação


de PEFs. Isso pode aumentar os riscos de doenças, provocando sérios
problemas de saúde. Esse é possivelmente um dos motivos mais importantes
do quanto é importante o acompanhamento de um profissional na realização
dessas práticas. Analisando a situação do processo saúde-doença, é
necessário um trabalho voltado à prevenção, por meio da educação para se
ter alcance preventivo é necessário compreender os três níveis de
prevenção, que são apresentados pela medicina como a prevenção primária;
secundária e terciária. A Educação Física pode estar presente neste
processo da seguinte forma: prevenção primária podendo atuar
desenvolvendo ações que apresentem regras sadias de vida, tanto fisiológica
quanto psicológica, como atividades prazerosas, intervindo antes que surja
algum problema, visando uma educação para a saúde. Na secundária, ela
pode atuar no prolongamento da prevenção primária, se esta não alcançar os
objetivos pretendidos; e na prevenção terciária, já atuaria no
encaminhamento aos especialistas para o tratamento e ou reabilitação das
37

doenças. Constata-se que o papel da Educação Física é de grande valia e de


suma importância para o Programa de Saúde da Família, uma vez que, por
meio de uma grande variedade de ações a serem desenvolvidas, a atividade
física, através do exercício, já desempenha um acréscimo à saúde e à
qualidade de vida. Por meio de palestras, jogos, brincadeiras e ginásticas, é
possível chegar ao bem-estar, a alegria e uma série de benefícios ao
organismo. O PEF, neste sentido, é fundamental, pois compete a ele:
coordenar, planejar, programar, supervisionar, dirigir, organizar, avaliar e
executar todos os trabalhos e programas, realizar treinamentos
especializados e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos na
área da prática de atividade física regular e do desporto. Sendo o PEF
especialista em atividades físicas em todas as suas manifestações como
ginásticas, exercícios físicos, jogos, desportos, lutas, danças, entre outros,
pode e deve auxiliar no desenvolvimento da educação e saúde, contribuindo
para a aquisição e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho
e condicionamento fisiocorporal das pessoas. A importância desse
profissional pode ser avaliada pela responsabilidade que possui, uma vez
que, um programa de exercícios mal elaborado, pode causar problemas
sérios de saúde aos praticantes. 42
A fim de examinar se os alunos e docentes vislumbaram o PEF
Pensando no PEF inserido em uma equipe multiprofissional, elaborou-se a
pergunta 9 (nove) do questionário (Quanto a afirmação “A formação do
Profissional de Educação Física deve contemplar o trabalho dentro de
equipe multiprofissional para a promoção da saúde, você:). As respostas
a esta questão estão sumarizadas na Tabela 5.
Os alunos do primeiro período mostram-se em sua maioria, 57%
como concordo totalmente e 37% como concordo parcialmente com a
afirmação. Os alunos do oitavo período mostram um percentual de concordo
totalmente e concordo parcialmente em 80% e 20% respectivamente. Esse
resultado pode ser atribuído ao fato de que estes alunos tem mais tempo de
curso e por já terem vivenciados todas as disciplinas e conteúdos. Quanto
aos docentes, 80% citam concordo totalmente e os 20% concordo
parcialmente. À semelhança do item anterior, pode ser que os que citam
concordo parcialmente sejam profissionais que não são PEF. Porém, como
38

os questionários não foram nominados e esse não era um objetivo do


trabalho, isso não pode ser determinado ao certo.
A análise estatística χ2 ou qui-quadrado para a questão acima foi de
12,74 (P=0,0473), mostrando diferenças significativas entre alunos do
primeiro período, oitavo período e docentes. Em concordo totalmente a
porcentagem foi menor para alunos do primeiro período comparado aos
outros grupos e em concordo parcialmente foi maior.
Tabela 5 – “A formação do Profissional de Educação Física deve
contemplar o trabalho dentro de equipe multiprofissional para a
promoção da saúde”. (Referente à pergunta 9) FEFISO-ACM, 2016.

Concordo Concordo Discordo Discordo


Neutro Total
Totalmente Parcialmente Parcialmente Totalmente
1o
57% 37% 6% 0% 0% 97
Período
8o
80% 16% 2% 2% 0% 49
Período
Docentes 80% 20% 0% 0% 0% 20
Total 66% 29% 5% 0% 0% 166

Ciampone e Peduzzi (2000, p. 144) em artigo que descreve trabalho


em equipe e trabalho em grupo, citam:

“Já na literatura sobre equipe de saúde observamos que


são raras as definições ou conceitos sobre o tema.
Tanto na produção teórica, quanto na prática em
serviços, predomina a concepção de equipe do senso
comum, onde a equipe é representada como o conjunto
de profissionais em situação comum de trabalho. Se
assim fosse, todo conjunto de trabalhadores configuraria
equipe e todo trabalho seria trabalho em equipe. No
entanto, utilizamos a denominação "equipe de saúde" e
39

"trabalho em equipe" para algumas situações


específicas.”41

Para Peduzi (2001), a proposta do trabalho em equipe tem sido


veiculada como estratégia para enfrentar o intenso processo de
especialização na área da saúde.41
O trabalho em equipe tem como objetivo a obtenção de impactos
sobre os diferentes fatores que interferem no processo saúde-doença. A ação
interdisciplinar pressupõe a possibilidade da prática de um profissional se
reconstruir na prática do outro, ambos sendo transformados para a
intervenção na realidade em que estão inseridos.44
Referenciando-se ao Núcleo de apoio à Saúde da Família, o Ministério
da Saúde se pronuncia:

Art. 2º Estabelecer que os Núcleos de Apoio à Saúde da


Família - NASF constituídos por equipes compostas por
profissionais de diferentes áreas de conhecimento,
atuem em parceria com os profissionais das Equipes
Saúde da Família - ESF, compartilhando as práticas em
saúde nos territórios sob responsabilidade das ESF,
atuando diretamente no apoio às equipes e na unidade
na qual o NASF está cadastrado.
§ 1º Os NASF não se constituem em porta de entrada
do sistema, e devem atuar de forma integrada à rede de
serviços de saúde, a partir das demandas identificadas
no trabalho conjunto com as equipes Saúde da Família.
§ 2º A responsabilização compartilhada entre as
equipes saúde da família ESF e a equipe do NASF na
comunidade prevê a revisão da prática do
encaminhamento com base nos processos de referência
e contrareferência, ampliando-a para um processo de
acompanhamento longitudinal de responsabilidade da
equipe de Atenção Básica/Saúde da Família, atuando
40

no fortalecimento de seus atributos e no papel de


coordenação do cuidado no SUS.
§ 3º Os NASF devem buscar instituir a plena
integralidade do cuidado físico e mental aos usuários do
SUS por intermédio da qualificação e
complementaridade do trabalho das Equipes Saúde da
Família - ESF.
Art. 3º Determinar que os NASF estejam classificados
em duas modalidades, NASF 1 e NASF 2, ficando
vedada a implantação das duas modalidades de forma
concomitante nos Municípios e no Distrito Federal.
§ 1º O NASF 1 deverá ser composto por, no mínimo
cinco profissionais de nível superior de ocupações não-
coincidentes entre as listadas no § 2º deste artigo.
§ 2º Para efeito de repasse de recursos federais,
poderão compor os NASF 1 as seguintes ocupações do
Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Médico
Acupunturista; Assistente Social; Profissional da
Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta;
Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico
Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo;
Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional.
§ 3º O NASF 2 deverá ser composto por no mínimo três
profissionais de nível superior de ocupações não-
coincidentes entre as listadas no § 4º deste artigo.
§ 4º Para efeito de repasse de recursos federais,
poderão compor os NASF 2 as seguintes ocupações do
Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Assistente
Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico;
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo;
e Terapeuta Ocupacional.45

O trabalho em equipe multiprofissional é fundamental na área da


saúde pública e obter respostas com percentuais elevados para concordo
41

com relação a afirmação “A formação do Profissional de Educação Física


deve contemplar o trabalho dentro de equipe multiprofissional para a
promoção da saúde”, mostra que a FEFISO / ACM, através de sues alunos
e docentes, está incentivando e trabalhando em busca dessa característica
no profissional de Educação Física.
Para investigar se o curso de Educação Física da FEFISO /ACM forma
alunos para a educação multiprofissional e para o trabalho na atenção básica
da saúde, as questões seguintes (10, 11 e 12) foram feitas. Ressalta-se que
se está discutindo apenas um curso de Educação Física isolado e pressupõe-
se que a realidade desse curso possa refletir a dos demais cursos privados.
As respostas para as perguntas 10, 11 e 12 estão nas tabelas 6, 7 e 8.
As respostas para a pergunta dez (10) do questionário (A licenciatura
e o bacharelado em Educação Física contemplam trabalho dentro de
uma equipe multiprofissional”) se encontram na Tabela 6.
As respostas a esta questão trazem semelhança aos dados obtidos
pela pergunta 9 (tabela5) quando se refere aos alunos do primeiro período e
alunos do oitavo período. Porém, para os docentes ocorreu aumento de
percentual que não afirmaram consistentemente a participação de
licenciados e bacharéis na equipe multiprofissional. Essa tendência de
mudança de resposta sugere que exista uma opinião diferente por parte dos
docentes em relação aos cursos de Licenciatura e Bacharelado. Isso
necessita que um trabalho direcionado para se elucidar os motivos.
A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi 26,77 (P=0,0008),
mostrando diferença significativa entre os grupos. Para concordo totalmente
o oitavo período apresentou porcentagem maior que a dos docentes e a dos
alunos do primeiro período. Com relação a concordo parcialmente, o oitavo
período mostrou porcentagem menor que os outros dois grupos, sendo os
docentes os com maior porcentagem entre os três grupos para concordo
parcialmente e o único grupo que citou (10%) discordo totalmente.
42

Tabela 6 – “A licenciatura e o bacharelado em Educação Física


contemplam trabalho dentro de uma equipe multiprofissional”.
(Referente à pergunta 10) FEFISO-ACM, 2016.

Concordo Concordo Discordo Discordo


Neutro Total
Totalmente Parcialmente Parcialmente Totalmente
1o
55% 35% 8% 2% 0% 97
Período
8o
69% 29% 2% 0% 0% 49
Período
Docentes 40% 45% 5% 0% 10% 20
Total 57%% 35% 6% 1% 1% 166

Com relação a pergunta número onze (11) do questionário (Quanto a


afirmação “A licenciatura e o bacharelado de Educação Física
contempla as atitudes de liderança do aluno”, você:), as respostas se
encontram na Tabela 7.
A tabela 11 relata que os alunos do primeiro período apresentaram um
percentual maior para concordo parcialmente (42%), para concordo
totalmente o percentual foi de 38%, neutro 19% e apenas um 1% para
discordo parcialmente.
Os alunos do oitavo período apresentaram empate em 40% para
concordo totalmente e concordo parcialmente, para neutro 8% e como os
alunos do primeiro período, para discordo parcialmente também 1%.
Quanto aos docentes, estes apresentaram-se 50% para concordo
totalmente, 45% para concordo parcialmente e apneas 5% para neutro.
43

Tabela 7 – “A licenciatura e o bacharelado em Educação Física


contemplam as atitudes de liderança do aluno”. (Referente à pergunta 11)
FEFISO-ACM, 2016.

Concordo Concordo Discordo Discordo


Neutro Total
Totalmente Parcialmente Parcialmente Totalmente
1o
38% 42% 19% 1% 0% 97
Período
8o
40% 40% 8% 1% 1% 49
Período
Docentes 50% 45% 5% 0% 0% 20
Total 41% 41% 17% 1% 60% 166

Com análise estatística χ2 ou qui-quadrado de 6,99 (P=0,5380), não


houve diferença significativa entre os grupos.
Hollander (1964, p. 103, apud Bermamini, 1994) descreve que:

"O processo da liderança normalmente envolve um


relacionamento de influência em duplo sentido,
orientado principalmente para o atendimento de
objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo,
organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é
apenas o cargo do líder mas também requer esforços
de cooperação por parte de outras pessoas".46

O PEF está inserido no NASF, juntamente com as equipes de saúde


da família, onde se criam espaços de discussão para gestão do cuidado, por
exemplo, reuniões e atendimentos conjuntos, constituindo processo de
aprendizado coletivo. Existe a necessidade de se coordenar o cuidado, que
se pretente, pela saúde da família. O PEF tem papel fundamental dentro do
projeto, o mesmo tem responsabilidade igualitária com relação aos outros
profissionais, podendo desempenhar papel de liderança. 42
44

Partindo desse conceito, trabalhar atitudes de liderança se faz


importante em qualquer profissão.
As respostas da pergunta número doze (12) do questionário (Quanto a
afirmação “A licenciatura e o bacharelado de Educação Física
contempla as atitudes de gestão e empreendedorismo do aluno”, você:)
estão representadas na Tabela 8.
Os alunos do primeiro e oitavo períodos se mostraram divididos com
relação a concordo totalmente e concordo parcialmente. Com relação aos
docentes, a maior parte apontou ser concordo parcialmente.
A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de 28,13 (P=0,0004). Os
resultados da tabela 8 mostram diferenças significantes. Para a respostas
concordo totalmente os docentes mostraram porcentagem menor que alunos
do primeiro e oitavo períodos que se mostraram similares. Para concordo
parcialmente os docentes mostraram um porcentagem maior que os outros
dois grupos. Para neutro os docentes novamente mostraram a menor
porcentagem entre os grupos e para discordo toalmente a maior
porcentagem entre os grupos.
Tabela 8 – “A licenciatura e o bacharelado em Educação Física
contemplam as atitudes de gestão e empreendedorismo do aluno”.
(Referente à pergunta 12) FEFISO-ACM, 2016.

Concordo Concordo Discordo Discordo


Neutro Total
Totalmente Parcialmente Parcialmente Totalmente
1o
41% 44% 21% 4% 0% 97
Período
8o
41% 39% 16% 2% 2% 49
Período
Docentes 25% 55% 5% 5% 10% 20
Total 34% 42% 18% 4% 2% 166

O empreendedorismo deve entrar e fazer parte do currículo das


escolas. Ao desenvolver atitudes empreendedoras, estamos ampliando as
possibilidades de escolha para a realização pessoal e profissional. 47
45

5.3 Conhecimento dos discentes e docentes sobre Atenção Primária à


Saúde

As figuras 7, 8 e 9 mostram o que os sujeitos participantes da amostra


entendem como Atenção Primária à Saúde (APS).
Os três grupos responderam de forma dissertativa a questão e através
do método de análise de conteúdo foi determinado uma forma de quantificar
as respostas. As respostas foram agrupadas por afinidade de conteúdo e
foram determinados os seguintes grupos de respostas como sendo itens
relacionados à APS: 1 - cuidados com à saúde através de ações de
prevenção de doenças, 2 - bem-estar e qualidade de vida; 3 - primeiros
socorros, 4 - higiene pessoal; 5 - atenção para o trabalho multiprofissional,
porta de entrada para o SUS; 6 - outras respostas (promover
desenvolvimento do aluno, conhecer suas capacidades, priorizar a
segurança, alimentação, fazer exercício de forma correta, primeira atenção
dada a alguém, dar prioridade aos idosos, instruções básicas, preocupação
mundial com doenças, boa anamnesse e orientação médica, cuidar em UBS,
hospitais e clínicas, conhecimento fundamental do profissional, atender o
sedentário, garantir princípios básicos à população) e não responderam e
não sabem.
Na figura 7 estão sumarizadas as respostas dos alunos do primeiro
período. A maioria dos alunos (54%) citam cuidados com à saúde através de
ações de prevenção de doenças, bem-estar e qualidade de vida, 14% citam
primeiros socorros, 2 % higiene pessoal, 8% outras respostas e 23% não
responderam ou não sabem.
46

22,00%  

8,00%  
54,00%  

2,00%  

14,00%  

Cuidados  com  à  Saúde  através  de  ações  de  prevenção  de  doenças,  bem  
estar  e  qualidade  de  vida  
Primeiros  Socorros  

Higiene  Pessoal  

Outros  

Não  respondeu  ou  não  sabe  

Figura 7 - Respostas à questão “O que você entende como Atenção


Primária à Saúde?” pelos participantes discentes do 1o período. (Referente
à pergunta 13) FEFISO-ACM, 2016.
47

Os alunos do oitavo período, na figura 8, mostram que 65% acreditam


ser APS como cuidados com à saúde através de ações de prevenção de
doenças, bem-estar e qualidade de vida; 7% atribuem a primeiros socorros;
5% à higiente pessoal; 3% a atenção para o trabalho multiprofissional; 6%
outras respostas e 14% não responderam ou não sabem.

14,00%  

6,00%  

3,00%  

5,00%  

7,00%   65,00%  

Cuidados  com  à  Saúde  através  de  ações  de  prevenção  de  doenças,  bem  estar  
e  qualidade  de  vida  
Primeiros  Socorros  

Higiene  Pessoal  

Atenção  para  o  trabalho  MultiproUissional  

Outros    

Não  respondeu  ou  não  sabe  

Figura 8 - Respostas à questão “O que você entende como Atenção


Primária à Saúde?” pelos participantes discentes do 8o período. (Referente
à pergunta 13) FEFISO-ACM, 2016.
48

A figura 9 refere-se as respostas dos docentes, onde, 50% citam ter


relação com cuidados com à saúde através de ações de prevenção de
doenças, bem-estar e qualidade de vida; 5% higiene pessoal, 20% porta de
entrada para o SUS, 10% outras respostas e 15% não responderam ou não
sabem.

15,00%  

10,00%  

50,00%  

20,00%  

5,00%  

Cuidados  com  à  saúde  através  de  ações  de  prevenção  de  


doenças,  bem  estar  e  qualidade  de  vida  
Higiene  Pessoal  

Porta  de  Entrada  para  o  SUS  

Outros  

Não  respondeu  ou  não  sabe  

Figura 9 - Respostas à questão “O que você entende como Atenção


Primária à Saúde?” pelos participantes docentes. (Refrente à pergunta 13)
FEFISO-ACM, 2016.
49

O coeficiente de concordância de Kendall com relação aos


dados das figuras 7, 8 e 9 foi de W=0,68 (P=0,0551), onde a correlação entre
as respostas foi de quase 70%.
A Atenção Primária à Saúde (APS) responsabiliza-se pela atenção à
saúde de seus usuários, constituindo-se na principal porta de entrada do
sistema; ofertando ações de saúde de caráter individual e coletivo;
organizando o processo de trabalho de equipes multiprofissionais na
perspectiva de abordagem integral do processo saúde doença; garantindo
acesso a qualquer outra unidade funcional do sistema em função das
necessidades de cada usuário; responsabilizando-se por esse usuário,
independentemente de seu atendimento estar se dando em outra unidade do
sistema; e, dessa forma, ordenando o funcionamento da rede.5
Possivelmente alunos e docentes entenderiam melhor a APS se
dentro do curso existisse uma disciplina voltada para Saúde Pública, que
poderia proporcionar ao aluno um conjunto de conceitos teóricos e práticos
sobre saúde pública, SUS, APS, ESF, PAC, PSF, UBS (Unidade Básica de
Saúde), Acads, NASF, entre outros. Esta disciplina poderia abordar:
políticas públicas de saúde no Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS),
modelos de atenção em saúde; assistência primária em saúde e estratégia
da Saúde da Família como modelo estruturante da atenção primária da
atenção primaria no Brasil; promoção e educação em saúde; recursos
humanos em saúde; os profissionais da saúde, o papel do PEF na saúde
pública e sua ação em uma equipe multiprofissional.
Um dos objetivos específicos deste trabalho era verificar, através da
observação dos planos de ensino de todas as disciplinas da FEFISO / ACM,
se existe e em qual ou quais disciplinas existe, ementas que abordem o PEF
como atuante na Saúde Pública. Observando as ementas e conteúdo
programáticos de todas as disciplinas do curso de Educação Física da
FEFISO / ACM, em um total de 66 disciplinas não foi encontrado conteúdo
sobre saúde pública. As disciplinas que possivelmente poderiam inserir o
assuntos saúde pública, seriam: Saúde e Urgências em Educação Física no
primeiro período (Anexo A), Políticas Educacionais do Brasil I também no
primeiro período (Anexo A), Políticas Educacionais do Brasil II no segundo
período (Anexo B) e Atividades Físicas para Grupos Especiais no oitavo
50

período (Anexo H). As ementas de todas as disciplinas da FEFISO / ACM se


encontram nos Anexos de A até H.
As figuras 10, 11 e 12 mostram as respostas da pergunta quatroze
(14) do questionário (Quais as disciplinas, você acredita, que capacitam o
aluno a trabalhar dentro da Atenção Primária à Saúde) apontam as
disciplinas que existem no curso de Educação Física FEFISO / ACM e que os
alunos e docentes acreditam ser importantes para capacitar o PEF a
trabalhar dentro da APS. A disciplina mais citada pelos alunos, tanto do
primeiro, quanto do oitavo períodos, foi Saúde e Urgências em Educação
Física (33% para alunos do primeiro período e 20% para alunos do oitavo
período). Importante destacar que observando a ementa dessa disciplina
(Anexo A), não se observa conteúdo referente à conceitos de saúde pública.
Para os alunos do primeiro período a segunda disciplina mais citada foi
Anatomia (Anexo A e B) e para os do oitavo foi Fisiologia (Anexo D e G).
São disciplinas da área das ciências biomédicas e que com certeza têm
importância para o bom entendimento das estruturas e do funcionamento do
corpo humano nas diversas situações da vida. A disciplina de Anatomia é
ministrada no primeiro e segundo períodos e a disciplina de Fisiologia no
quarto e sétimo períodos. Observando ementas dessas disciplinas, também
não encontra-se conteúdos que se refiram à saúde pública. Para os docentes
a mais prevalente foi Fisiologia e em segundo lugar Atividade Física para
Grupos Especiais, sendo esta uma disciplina importante, pois aborda
aplicação de exercício em situações de saúde e doença. Atividade Física
para Grupos Especiais é ministrada no oitavo período e sua ementa também
não aborda saúde pública.
51

5,00%  

12,00%  

33,00%  
3,00%  

3,00%  

3,00%  

2,00%  

5,00%  

14,00%  
20,00%  

Saúde  /  Urgência  em  Educação  Física  


Biologia  
Anatomia  
Fisiologia  
Biomecânica  
Motricidade  
Ginástica  
Todas  
Não  sei  ou  não  respondeu  
Outros  

Figura 10 - Respostas à questão Quais as disciplinas, você acredita, que


capacitam o aluno a trabalhar dentro da Atenção Primária à Saúde?
pelos participantes discentes do 1o período. (Referente à pergunta 14)
FEFISO-ACM, 2016.
52

15,00%  
1,00%   20,00%  
2,00%  

4,00%  

4,00%   7,00%  

6,00%  
9,00%  

8,00%  

11,00%  
7,00%  
6,00%  

Saúde  /  Urgência  em  Educação  Física  


Biologia  
Anatomia  
Fisiologia  
Biomecânica  
Cinesiologia  
Musculação  
Bioquímica  
Bases  Metabólicas  
Grupos  Especiais  
Não  sei  ou  não  repondeu  
Todas  
Outros  

Figura 11 - Respostas à questão Quais as disciplinas, você acredita, que


capacitam o aluno a trabalhar dentro da Atenção Primária à Saúde?
pelos participantes discentes do 8o período. (Referente à pergunta 14)
FEFISO-ACM, 2016.
53

11,00%  
16,00%  

6,00%  

5,00%  
6,00%  

5,00%  

9,00%   15,00%  

5,00%  
6,00%  
5,00%  
5,00%  

Saúde  /  Urgência  em  Educação  Física  


Biologia  
Anatomia  
Fisiologia  
Biomecânica  
Cinesiologia  
Crescimento  e  Desenvolvimento  
Bioquímica  
Grupos  Especiais  
Psicologia  
Terceira  Idade  
Todas  

Figura 12 - Respostas à questão: Quais as disciplinas, você acredita, que


capacitam o aluno a trabalhar dentro da Atenção Primária à Saúde?
pelos participantes docentes. (Refrente à pergunta 14) FEFISO-ACM, 2016.
54

A disciplina de Atividade Física para Grupos Especiais poderia ter sido


mais citada pelos alunos. É possível entender o motivo de não ter sido citada
pelos alunos do primeiro período, pois desconhecem essa disciplina, que só
acontecerá no oitavo período. Quanto ao oitavo período, essa disciplina
aparece em décimo lugar. Sugere-se um estudo mais aprofundado do motivo
pelo qual os alunos relacionaram mais outras disciplinas do que essa como
importante para o trabalho na APS. As disciplinas Políticas Educacionais no
Brasil I e II que poderiam trazer conteúdo sobre Saúde Pública, não foram
citadas.
O Coeficiente de concordância de Kendall mostrou W=0,57, ou seja,
P=0,0331, mostrando concordância em aproximadamente 57% entre os três
grupos.
O Conselho Nacional de Educação, com relação às Diretrizes
Curriculares para Graduação em Educação Física, estabelece a ação do PEF
na Sáude Pública quando cita que o PEF deve: assessorar, coordenar, liderar
e gerenciar equipes multiprofissionais de discussão, de definição e de
operacionalização de políticas públicas e institucionais nos campos da saúde.
Intervir acadêmica e profissionalmente de forma deliberada, adequada e
eticamente balizada nos campos da prevenção, promoção, proteção e
reabilitação da saúde.31
As respostas da pergunta quinze (15) do questionário (“Você tem
conhecimento onde o Profissional de Educação Física pode atuar na
Atenção Primária à Saúde?”) estão representadas na Tabela 9.
Dos participantes do 1o período, apenas 1% cita conheço totalmente o
local onde o PEF pode atuar na APS, 32% citam conheço parcialmente, 10%
afirma desconhecer parcialmente e 2% desconheço totalmente. A maioria
dos entrevistados do primeiro período (55%) se manifestou como neutro para
essa questão.
Os alunos do oitavo período parecem ter um conhecimento maior
sobre a atuação do PEF na APS que os do primeiro período, sendo conheço
totalmente 10% e a resposta conheço parcialmente teve 53%. Destes alunos,
35% se posicionaram como neutro e 2% desconheço parcialmente o assunto.
Quanto aos docentes, a maioria (45%) citam conheço parcialmente e
20% conheço totalmente. Dos que se posicionaram neutro (15%) e
55

desconheço parcialmente (20%) podem estar mais uma vez professores que
não são PEFs e desconhecem a inserção do PEF na APS. Estas respostas
sugerem que os alunos do primeiro período ainda não tiveram tempo
suficiente de curso para ter esse conhecimento. Quanto aos alunos do oitavo
período e os docentes mostram-se em sua maioria com conhecimento maior
do assunto. Para alunos concluintes do curso e docentes seria de
fundamental importância ter conhecimento total dessa informação, sobretudo
para os alunos concluíntes, pois esse conhecimento é primordial para ajudar
na sua escolha pela área da saúde pública. Quanto aos docentes, poderia
ser um diferencial para orientar os alunos com relação a ação do futuro
profissional atuando na saúde pública, em especial no NASF ou na AcadS.

Tabela 9 – “Você tem conhecimento onde o Profissional de Educação


Física pode atuar na Atenção Primária à Saúde?”. (Referente à pergunta
15) FEFISO-ACM, 2016.

Conheço Conheço Desconheço Desconheço


Neutro
totalmente parcialmente parcialmente totalmente
1o
1% 32% 55% 10% 2% 97
Período
8o
10% 53% 35% 2% 0% 49
Período
Docentes 20% 45% 15% 20% 0% 20
Total 6% 40% 44% 9% 1% 166

Para as respostas obtidas na tabela 9, a análise estatística χ2 ou qui-


quadrado foi de 29,92 (P=0,0002). Observa-se a maior porcentagem dos que
citam conheço totalmente é dos docentes e que os alunos do primeiro e
oitavo períodos mostram pouco porcentual quanto a conheço totalmente.
Para conheço parcilamente os três grupos mostraram-se equivalentes. Para
neutro o maior porcentual foi para os alunos do primeiro período e para
desconheço parcilamente foi um porcentual maior para os docentes.
Dos Anjos (2012, p. 01) explica que:
56

“Educação Física (EF) e a saúde são áreas que se


conversam, isto já é sabido, entretanto, o que se
configura como novidade é a contemplação do
profissional de Educação Física no serviço público de
saúde. O profissional de Educação Física deve,
portanto, ser capaz de propor ações convergentes aos
dados epidemiológicos e características regionais:
porque não propor um grupo de dança de salão em uma
área com um grande número de casos de depressão e
onde havia grêmios recreativos que ofertavam esse tipo
de atividade em outros tempos. Vale salientar,
entretanto, que o que diferenciará nossa atuação será o
olhar pedagógico e do profissional da saúde que irá
propor seqüências mais apropriadas de aprendizagem,
mas também estará sensível a indicadores de saúde e
qualidade de vida dos participantes do grupo; caberá
ainda a este profissional, articular-se com seus colegas
das equipes de saúde olhar para cada um de seus
indivíduos, e, dotando-lhes de singularidade, elaborar-
lhes um plano terapêutico. Entendo, portanto como
crucial a atuação do Profissional de Educação Física na
Atenção Básica não só os conhecimentos provenientes
da bioquímica e da fisiologia mas também aqueles que
perpassam pelos saberes da humanidade como a
antropologia, a sociologia, a psicologia e a Saúde
Coletiva.”48

A Atenção Primária, hoje, é um dos setores mais rentáveis aos


profissionais da área da Educação Física, mas também é um daqueles que
mais exigem uma formação adequada. Os cursos de especialização,
aprimoramento e residência multiprofissional em saúde são uma ótima
alternativa para alavancar sua formação nesta área. Sendo sugerido que os
PEFs se desejam atuar na área da Saúde Pública deveriam buscar uma
especialização para poderem atuar com mais competência.47
57

5.4 Conhecimento dos discentes e docentes sobre NASF

Com relação à pergunta número dezesseis (16) do questionário (“Você


sabe o que é o NASF?”), as respostas se encontram estão na Tabela 10.
Quanto aos alunos do oitavo período, a maioria também se mostrou
desconhecedora do conceito ou definição de NASF. Dos alunos do oitavo
período, 55% citam desconheço parcialmente e 23% desconheço totalmente,
gerando um total de 78% de desconhecimento. Apesar deste
desconhecimento, estes alunos deveriam ter tido contato com disciplinas que
poderiam abordar o NASF e o fato de ter 0% de conheço totalmente e 12%
conheço parcialmente mostra que alguns sabem, possivelmente tenham
vivenciado fora do faculdade, visto que as ementas.
O número de docentes que cita desconheço parcialmente (40%), e
desconheço totalmente (25%), é significativo comparado aos que citam
conheço totalmente, 10% e conheço parcialmente, 20%. O conhecimento do
conceito de NASF deveria ser maior entre docentes de um curso de
Educação Física. Apesar de existirem docentes que não são PEFs, não se
justifica com isso o desconhecimento do tema.
É possível que o conhecimento sobre NASF seja um conhecimento
pouco trabalhado entre alunos e docentes na FEFISO / ACM. Principalmente
os alunos do primeiro período, pois estão no primeiro semestre da faculdade
e ainda não tiveram contato com disciplinas que poderiam proporcionar esse
conhecimento. Possível que tenha apreendido o conceito lendo sobre o
assunto, ou de alguma forma vivenciando o tema em uma palestra ou na
própria comunidade onde vivem. Os alunos do primeiro período, os do oitavo
período e os docentes e são maioria não sabem o que significa NASF.
58

Tabela 10 – “Você sabe o que é o NASF?”. FEFISO-ACM, 2016.

Conheço Conheço Desconheço Deconheço


Neutro Total
totalmente parcialmente parcialmente totalmente
1o
2% 3% 6% 58% 31% 97
Período
8o
0% 12% 10% 55% 23% 49
Período
Docentes 10% 20% 5% 40% 25% 20
Total 2% 8% 7% 55% 28% 166

Os alunos do primeiro período responderam que 2% conheço


totalmente e 3% conheço parcialmente o significado e atuação do NASF.
Destes alunos, 58% desconheço parcialmente e 31% desconheço totalmente
31%, gerando um total de 87% de desconhecimento..
A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de16,53 (P=0,0354). Para
desconheço parcialmente e totalmente os três grupos mostraram porcentual
elevado quando comparado as outras respostas, mostrando atenção para o
desconhecimento da sigla NASF.
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família como NASF foi criado para
fortalecer a Estratégia de Saúde da Família, tem como referência a lógica de
trabalho do Apoio Matricial (AM). A equipe é composta por profissionais de
diferentes especialidades em saúde e suas ações pautam-se na a troca de
saberes, por meio das práticas de suporte técnico e pedagógico às equipes
de referência de uma população definida.49
Uma vez que o conhecimento sobre o NASF foi avliado, certificou-se
que os participantes tinham conhecimento sobre a inserção do PEF no NASF
atra’ves da pergunta dezessete (17) (“Você tem conhecimento se o
Profissional de Educação Física pode atuar no NASF?). Os resultados se
encontram na Tabela 11.
Dos alunos do primeiro período somente 1% dos estudantes citam
conheço totalmente e 1% conheço parcialmente. A maioria dos participantes
(61%) desconheço parcialmente e desconheço totalmente (27%). O grande
59

número de sujeitos do primeiro período que desconhecem o NASF e a


possibilidade de ação do PEF, não deveria ser visto como preocupante para
alunos no primeiro perído, pois estes alunos não tiveram a oportunidade de
vivenciar o tema, estão cursando o primeiro semestre.
Porém, os alunos do oitavo perído mostraram um preocupante
percentual elevado de respostas desconheço parcialmente (71%) e
desconheço totalmente (17%). Isso sugere que talvez não tenham
vivenciado essa informação ao longo do curso e mais ainda a observação
das ementas dos planos de ensino mostram que estes conteúdos não estão
contemplados.
Quanto aos docentes, 20% citam conheço totalmente, 10% conheço
parcialmente, 50% desconheço parcialmente e 20% desconheço totalmente.
Uma possível explicação é o fato de muitas disciplinas não terem um vínculo
direto com o tema, o que pode sugerir que muitos docentes não tenham
contato e conhecimento da atuação do PEF na saúde pública. Uma outra
explicação que se pode levantar é que os docentes que estão atuando são
formados há bastante tempo e constantemente se atualizam em suas áreas
de atuação, mas desconhecem a atualidade entre Educação física e saúde
pública. Por exemplo: um professor especialista em basquetebol ou futebol,
se preocupa em ministra seu conteúdo diretamente voltado para a prática
dessas modalidades, não tendo o entendimento da saúde pública como área
de atuação e sim a área esportiva e escolar como atuação. Isso pode ocorrer
em várias disciplinas. Importante também entender é que como nos planos
de ensino das disciplinas da FEFISO / ACM não se observa citado nas
emetnas, conteúdo voltado para saúde pública, essa não seja uma área de
interesse da faculdade, focando sua formação em profissionais que vão atuar
em academias, escolas, clubes, ginástica laboral, recreação em hotéis,
festas, eventos, escolinhas de esportes e no treinamento personalizado.
60

Tabela 11 – “Você tem conhecimento se o Profissional de Educação


Física pode atuar no NASF?”. (Referente à pergunta 17) FEFISO-ACM,
2016.

Conheço Conheço Desconheço Deconheço


Neutro Total
totalmente parcialmente parcialmente totalmente
1o
1% 1% 10% 61% 27% 97
Período
8o
0% 6% 6% 71% 17% 49
Período
Docentes 20% 10% 0% 50% 20% 20
Total 3% 4% 8% 63% 22% 166

A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de 31,74 (P=0,0001),


observando os maiores pecentuais dos três grupos para desconheço
totalmente e parcialmente. O maior percentual para conheço totalmente foi
dos docentes.
Em janeiro de 2008 foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família
(NASF), constituindo-se um passo importante para a consolidação a
Estratégia da Saúde da Família especialmente para o desenvolvimento e
aprimoramento de um novo modelo de exercício do trabalho em equipe
multiprofissional.50
De acordo com Oliveira e colaboradores (2011, p. 01):

“O NASF está dividido em nove áreas estratégicas


sendo elas: atividade física/praticas corporais; práticas
integrativas e complementares; reabilitação;
alimentação e nutrição; saúde mental; serviço social;
saúde da criança/ do adolescente e do jovem; saúde da
mulher e assistência farmacêutica.
Existem duas modalidades de NASF: o NASF 1 que
compreende no mínimo cinco das profissões de nível
superior como: Psicólogo; Assistente Social;
61

Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo;


Profissional da Educação Física; Nutricionista;
Terapeuta Ocupacional; Médico Ginecologista; Médico
Homeopata; Médico Acupunturista; Médico Pediatra; e
Médico Psiquiatra; e o NASF 2 que deve ser composto
por no mínimo três profissionais de nível superior de
ocupações não-coincidentes como: Assistente Social;
Profissional de Educação Física; Farmacêutico;
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo;
e Terapeuta Ocupacional.
Neste sentido constata-se que o professor de Educação
Física, dentre outros profissionais, possui um papel
fundamental dentro desse projeto, e que o mesmo está
inserido com uma responsabilidade igualitária.”42

Os PEFs foram reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde


(CNS), em sua Resolução no 218 /1997 como profissionais de saúde. A
construção da integralidade da atenção à saúde, preceito constitucional do
SUS, requer a atuação em equipes multiprofissionais e nesse sentido, a
Educação Física é reconhecida como área de conhecimento e de intervenção
acadêmico-profissional envolvida com a promoção, prevenção, proteção e
reabilitação da saúde.14
O profissional de Educação Física está inserido no NASF e tem papel
fundamental no trabalho. Seria importante que profissionais que se formam
na FEFISO / ACM tivessem contato com essas informações para que
pudessem visualizar mais uma área de atuação do PEF, porém, se esse não
é o objetivo da FEFISO / ACM, os profissionais que concluem sua formação
nesta faculdade, podem não ter essa possibilidade. Mesmo que não seja o
objetivo da FEFISO / ACM direcionar a formação para o PEF na saúde
pública, este deveria, em algum momento de sua formação, poder ter a
oportunidade de saber que essa área de atuação existe e poder ser rentável
ao PEF, sendo uma possibilidade de especialização do mesmo.
62

A implantação de um programa de desenvolvimento docente, poderia


ser uma estratégia para ser aplicada com o objetivo de informar os docentes
quanto a atuação do PEF na APS.

5.5 Conhecimento dos discentes e docentes sobre conhecimentos


construídos no curso de Educação Física e Saúde Pública

A Tabela 12 refere-se às respostas à questão 18 (“Você considera que os


conhecimentos construídos no curso de Educação Física poderiam
auxiliar o Profissional de Educação Física a atuar na Saúde Pública?”).
A tabela 12 mostra que os alunos do primeiro período, em sua maioria
(86%), consideram que conhecimentos construídos no curso de Educação
Física podem auxiliar o profissional de Educação Física a trabalhar na Saúde
Pública. Esse percentual também é alto para alunos do oitavo período e
docentes, 96% e 95% respectivamente.
Tabela 12 – Respostas à questão: “Você considera que os conhecimentos
construídos no curso de Educação Física poderiam auxiliar o
Profissional de Educação Física a atuar na Saúde Pública?”. (Referente
à pergunta 18) FEFISO-ACM, 2016.

Sim Não
1o
86% 14%
Período
8o
96% 4%
Período
Docentes 95% 5%
Total 90% 10%

A análise estatística χ2 ou qui-quadrado foi de 4,47 (P=0,1068), não


mostrou diferença significante entre os três grupos. As porcentagens foram
elevadas em todos para a repostas sim.
Interessante observar que mesmo os alunos e docentes, não terem
conhecimento da Saúde Pública, como conceitos de Atenção Primária à
63

Saúde e NASF, acreditam e têm a percepção que o profissional de


Educação Física, durante a sua formação, recebem suficientes
conhecimentos que podem ser importantes e que auxiliam em seu trabalho
dentro da Saúde Pública. Mesmo assim, existindo a percepcão dos
participantes, de que o PEF pode atuar na saúde pública, faz-se necessário
pensar na possibilidade de inclusão de conteúdo programático sobre saúde
pública em disciplinas como: Políticas Educacionais do Brasil I e II, Saúde e
Urgências em Educação Física e Atividades Físicas para Grupos Especiais.
Ressalta-se que os alunos não tem uma disciplina específica para o tema
Saúde Pública e que as demais disciplinas que poderiam abordar o assunto,
não estão abordando. Caso o PEF, tivesse o tema abordado durante o
curso, o mesmo poderia sair melhor preparado e com uma visão maior de
sua possibilidade de atuação no mercado de trabalho.
Em um artigo que avalia o papel da saúde coletiva nos curso de
graduação em Educação Física, mostra que existem concepções
relacionadas à formação em saúde, em nível de graduação, de professores
de educação física na Universidade de São Paulo (USP) e Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), a Saúde Coletiva é uma perspectiva
marginalizada nos cursos; está isolada em disciplinas com pequena carga
horária e enormes dificuldades em estabelecer contatos com a prática
profissional. Embora constitua elemento de discordância dentro de um
programa pedagógico conservador, as disciplinas específicas, em ambas as
faculdades, parecem não ter densidade suficiente para produzir superações
curriculares que permitam o desenvolvimento da própria Saúde Coletiva. Os
autores citam ser conveniente lembrar que a formação institucionalizada,
focada neste trabalho, não é a única possibilidade de contato do estudante
com o conhecimento da Saúde Coletiva, tampouco que ele acontece preso
necessariamente a disciplinas com o mesmo nome. Mesmo assim, podemos
concluir que dentro das universidades estaduais paulistas, USP e UNICAMP,
as disciplinas dos cursos de educação física estudadas neste artigo não são
suficientes para oferecer uma formação densa em Saúde Coletiva. 51
A literatura também cita a necessidade de ter disciplinas que abordem
Saúde Coletiva ou Saúde Pública e a relação do PEF, se tem como objetivo
formar um profissional qualificado para atuação nesta área. Porém, fica a
64

pergunta se é necessário ter disciplina sobre o tema se não é o objetivo de


formar profissionais para atuar na saúde pública.51
O Conselho Nacional de Educação (2004, p. 14 – 15), com relação às
Diretrizes Curriculares para Graduação em Educação Física, estabelece:

Art. 6o - As competências de natureza político-social,


ético- moral, técnico-profissional e científica deverão
constituir a concepção nuclear do projeto pedagógico de
formação do graduado em Educação Física.
Parágrafo 1o - A formação do graduado em Educação
Física deverá ser concebida, planejada,
operacionalizada e avaliada visando a aquisição e
desenvolvimento das seguintes competências e
habilidades:
- Dominar os conhecimentos conceituais,
procedimentais e atitudinais específicos da Educação
Física e aqueles advindos das ciências afins, orientados
por valores sociais, morais, éticos e estéticos próprios
de uma sociedade plural e democrática.
- Pesquisar, conhecer, compreender, analisar, avaliar a
realidade social para nela intervir acadêmica e
profissionalmente, por meio das manifestações e
expressões do movimento humano, tematizadas, com
foco nas diferentes formas e modalidades do exercício
físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte
marcial, da dança, visando a formação, a ampliação e
enriquecimento cultural da sociedade para aumentar as
possibilidades de adoção de um estilo de vida
fisicamente ativo e saudável.
- Intervir acadêmica e profissionalmente de forma
deliberada, adequada e eticamente balizada nos
campos da prevenção, promoção, proteção e
reabilitação da saúde, da formação cultural, da
educação e reeducação motora, do rendimento físico-
65

esportivo, do lazer, da gestão de empreendimentos


relacionados às atividades físicas, recreativas e
esportivas, além de outros campos que oportunizem ou
venham a oportunizar a prática de atividades físicas,
recreativas e esportivas.
- Participar, assessorar, coordenar, liderar e gerenciar
equipes multiprofissionais de discussão, de definição e
de operacionalização de políticas públicas e
institucionais nos campos da saúde, do lazer, do
esporte, da educação, da segurança, do urbanismo, do
ambiente, da cultura, do trabalho, dentre outros.
- Diagnosticar os interesses, as expectativas e as
necessidades das pessoas (crianças, jovens, adultos,
idosos, pessoa portadoras de deficiência, de grupos e
comunidades especiais) de modo a planejar, prescrever,
ensinar, orientar, assessorar, supervisionar, controlar e
avaliar projetos e programas de atividades físicas,
recreativas e esportivas nas perspectivas da prevenção,
promoção, proteção e reabilitação da saúde, da
formação cultural, da educação e reeducação motora,
do rendimento físico-esportivo, do lazer e de outros
campos que oportunizem ou venham a oportunizar a
prática de atividades físicas, recreativas e esportivas.
- Conhecer, dominar, produzir, selecionar, e avaliar os
efeitos da aplicação de diferentes técnicas,
instrumentos, equipamentos, procedimentos e
metodologias para a produção e a intervenção
acadêmico-profissional em Educação Física nos
campos da prevenção, promoção, proteção e
reabilitação da saúde, da formação cultural, da
educação e reeducação motora, do rendimento físico-
esportivo, do lazer, da gestão de empreendimentos
relacionados às atividades físicas, recreativas e
esportivas, além de outros campos que oportunizem ou
66

venham a oportunizar a prática de atividades físicas,


recreativas e esportivas.
- Acompanhar as transformações acadêmico-científicas
da Educação Física e de áreas afins mediante a análise
crítica da literatura especializada com o propósito de
contínua atualização e produção acadêmico-
profissional.
- Utilizar recursos da tecnologia da informação e da
comunicação de forma a ampliar e diversificar as formas
de interagir com as fontes de produção e de difusão de
conhecimentos específicos da Educação Física e de
áreas afins, com o propósito de contínua atualização e
produção acadêmico- profissional.”31

As competências do profissional de Educação física, que são


estabelecidas no artigo sexto das Diretrizes Currculares Nacionais para os
cursos de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação
plena, mostram o que pode ser desenvolvido durante o curso e que todas
essas competências são importantes para a formação de um profissional
capaz de atuar na Saúde Pública.
67

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No início desse trabalho existia o desafio de buscar o conhecimento de


se o profissional de Educação Física, em diferentes momentos da graduação
e os docentes da FEFISO / ACM, tinham a percepção de que o PEF faz parte
e pode atuar na Saúde Pública. Com isto, poderia ser verificado se
Educação Física e a Atenção Básica à Saúde encontram-se na graduação
como parte importante na formação do futuro PEF. É necessário buscar
estratégias de apontar ao estudante de Educação Física, formas de conhecer
essa área, Saúde Pública, como uma área de atuação visto que tanto alunos,
quanto docentes desconhecem conceitos importantes que aproximariam o
profissional a mais uma área de atuação. Uma saída seria incluir na ementa
e conteúdo programático de algumas disciplinas o tema saúde pública e
discutir sua relação com o PEF. Inúmeras foram as áreas de atuação e de
desejo de atuação citadas por alunos e docentes. Inúmeras são as
possibilidades que a Educação Física oferece como profissão. A área da
Saúde, não só com foco no bem-estar e qualidade de vida de praticantes em
academias, clubes, studios, condomínios ou outros locais, mas a saúde
sendo trabalhada através das práticas corporais, atividades físicas no
controle, tratamento e prevenção de doenças nas Unidades Básicas de
Saúde, através do NASF. Faz-se importante que docentes e alunos de
Educação Física conheçam e visualizem a profissão dentro da Atenção
Básica à Saúde e do Sistema Único de Saúde, pois existe uma população
que necessita do trabalho deste profissional junto à uma equipe
multiprofissional em saúde.

Parece que fica claro que alunos e docentes participantes deste


trabalho têm percepção do profissional de Educação Física como possível
atuante na área da saúde, mas o entendimento de que esse profissional
trabalha em uma equipe multiprofissional no NASF ainda se encontram
carente e pode ser mais explorado dentro da graduação.

Porém, a analise das informações que apareceram nesse trabalho e


ao verificar as Diretrizes Curriculares para Graduação em Educação Física,
68

pode-se perceber que o aluno de Educação Física vivencia em diferentes


momentos, disciplinas que podem apoiar seu trabalho dentro da Atenção
Primária à Saúde, dentro de uma equipe multiprofissional, mas que não tem
uma disciplina sobre o tema Saúde Pública e Educação Física

A FEFISO / ACM, através dos seus planos de ensino, onde se


observou detalhadamente as ementas mostra que seu objetivo de formação
para PEF está voltada para as áreas de: academia, escola, esportiva,
recreação, lazer, ginástica laboral, clubes, personal trainer e áreas afins. Os
resultados do trabalho também mostraram o interesse maior pelos
estudantes por essas áreas e o entendimento dos docentes de que a
formação do PEF se direciona para as áreas citadas. Porém, será que não
seria importante também destacar a possibilidade de ação do PEF na saúde
pública, no NASF? Destacar suas competências dentro deste contexto?
Abordar suas responsabilidades? A cidade de Sorocaba, como diversas
outras do Brasil, conta com a ação do profissional de Educação Físicas nas
UBS, inserido no NASF e atuando junto a uma equipe multiprofissional.
Porém, o número de vagas para essa área do PEF é pequena. Para atuar na
saúde pública o PEF necessita prestar concurso público. As poucas vagas
em Sorocaba estão ocupadas e a possibilidade de novas vagas não é clara.
Por este motivo, é possível que a FEFISO / ACM não tenha foco na formação
do PEF em saúde pública. Assim, aqueles que desejarem atuar nessa áreas,
devem buscar uma especialização em saúde pública e estudar para estarem
preparados para um possível concurso público quando mais vagas surgirem.

Se existir o interesse da FEFISO / ACM em informar e formar com


mais propriedade o PEF para atuar na Saúde Pública, é preciso rever o
projeto pedagógico e as ementas das disciplinas relacionadas à atenção à
saúde como forma de estimular e permitir a formação do PEF com as
competências necessárias para atuar como profissional de saúde e
particularmente na APS.
69

7. CONCLUSÃO

A maioria dos alunos e docentes FEFISO / ACM desconhecem


conceitos específicos sobre Educação Física e Saúde Pública. Não existe
dentro do curso uma disciplina específica que aborde o tema. A Faculdade
poderia proporcionar um programa de desenvolvimento para os docentes
para que pudessem obter conhecimento sobre a participação do PEF na
Saúde Pública. O foco do curso da FEFISO / ACM não está voltado para
formação do PEF e atuação na Saúde Pública. O foco do curso é educação
física formal (escolar) e educação física não formal (atuar em academias,
clubes, personal trainer, treinamento esportivo, hidroginástica, natação,
esportes e demais áreas).
70

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76

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

1. Você é:
( ) aluno do 1o. Período
( ) aluno do 8o. Período
( ) docente

2. Qual sua idade?

3. Gênero?
( ) masculino
( ) feminino

4. Você tem conhecimento das áreas de atuação do Profissional de


Educação Física?
Conheço totalmente
Conhecimento parcialmente
Neutro
Desconheço parcialmente
Desconheço totalmente

5. Cite quais áreas você sabe ser de atuação do Profissional de


Educação Física:

6. Como Profissional de Educação Física, liste 3 atividades que você


se imagina trabalhando quando concluir a Faculdade? Se for docente, cite 3
atividades que considera que os alunos optariam (por exemplo: professor em
uma academia)
1._________________________2._______________3._________________
7. O que você considera ser uma profissão da área da saúde?

8. Quanto a afirmação “O Profissional de Educação Física é um


profissional da área da saúde”, você:
Concorda totalmente
77

Concorda parcialmente
Neutro
Discorda parcialmente
Discorda totalmente

9. Quanto a afirmação “A formação do Profissional de Educação Física


deve contemplar o trabalho dentro de equipe multiprofissional para a
promoção da saúde, você:
Concorda totalmente
Concorda parcialmente
Neutro
Discorda parcialmente
Discorda totalmente

10. Quanto a afirmação “A licenciatura e o bacharelado de Educação


Física contempla o trabalho dentro de uma equipe multiprofissional, você:
Concorda totalmente
Concorda parcialmente
Neutro
Discorda parcialmente
Discorda totalmente

11. Quanto a afirmação “A licenciatura e o bacharelado de Educação


Física contempla as atitudes de liderança do aluno”, você:
Concorda totalmente
Concorda parcialmente
Neutro
Discorda parcialmente
Discorda totalmente

12. Quanto a afirmação “A licenciatura e o bacharelado de Educação


Física contempla as atitudes de gestão e empreendedorismo do aluno”, você:
Concorda totalmente
Concorda parcialmente
78

Neutro
Discorda parcialmente
Discorda totalmente

13. O que você entende como Atenção Primária à Saúde?

14. Quais as disciplinas, você acredita, que capacitam o aluno a


trabalhar dentro da Atenção Primária à Saúde

15. Você tem conhecimento onde o Profissional de Educação Física


pode atuar na Atenção Primária à Saúde?
Conheço totalmente
Conhecimento parcialmente
Neutro
Desconheço parcilamente
Desconheço totalmente

16. Você sabe o que é o NASF?


Conheço totalmente
Conheço parcialmente
Neutro
Desconheço parcialmente
Desconheço totalmente

17. Você tem conhecimento se o Profissional de Educação Física pode


atuar no NASF?
Conheço totalmente
Conheço parcialmente
Neutro
Desconheço parcialmente
Desconheço totalmente
79

18. Você considera que os conhecimentos construídos no curso de


Educação Física poderiam auxiliar o Profissional de Educação Física a atuar
na Saúde Pública?
( ) SIM ( )NÃO
80

APÊNDICE B
1ª Via do participante
TERMO DE CONSENTIMENTO DE LIVRE ESCLARECIMENTO: VIA
DO PARTICIPANTE
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, Fábio Gianolla, mestrando do programa de Educação nas


Profissões da Saúde, venho convida-lo a participar da pesquisa intitulada “A
percepção dos alunos e professores de uma Faculdade de Educação Física
com relação ao papel do profissional de educação física na área da saúde”, e
dirijo-me no intuito de obter o seu consentimento formal como participante
dessa pesquisa.
O objetivo deste estudo: Determinar se os alunos ingressantes e os
alunos concluintes de uma Faculdade de Educação Física da cidade de
Sorocaba entendem o profissional de educação física como profissional
atuante na área da saúde em especial na saúde pública e determinar se os
docentes de uma Faculdade de Educação Física da cidade de Sorocaba
entendem o profissional de educação física como profissional atuante na área
da saúde em especial na saúde pública.
Assinando este documento, você concorda em participar
voluntariamente do estudo sob a responsabilidade do pesquisador Fábio
Gianolla, sob orientação do Profo. Dr. Mário Luis Ribeiro Cesaretti........
Declaro que fui satisfatoriamente esclarecido que: A) o estudo será
realizado a partir da aplicação de questionário que deverá ser respondido por
mim (participante da pesquisa); B) não haverá riscos para a minha saúde ou
situação de aluno ou docente em que me encontro; C) que posso consultar o
pesquisador responsável, Fábio Gianolla, em qualquer época, pessoalmente
ou por telefone, para esclarecimentos de qualquer dúvida D) que estou livre
para, a qualquer momento, deixar de participar da pesquisa e que não
preciso apresentar justificativas para isso; E) que todas as informações por
mim fornecidas e os resultados obtidos serão mantidos em sigilo e que, estes
últimos, só serão utilizados para divulgação em reuniões e revistas científicas
sem a minha identificação; F) que serei informado de todos os resultados
obtidos, independentemente do fato de mudar meu consentimento em
81

participar da pesquisa; G) que não terei quaisquer benefícios ou direitos


financeiros sobre os eventuais resultados decorrentes da pesquisa; H) que os
pesquisadores podem utilizar minhas reflexões em toda a pesquisa I) que
esta pesquisa é importante para o estudo e melhor entendimento do assunto
sobre o entendimento do educador físico como profissional da saúde J) terei
que responder a perguntas de forma clara e objetiva, com os conhecimentos
que tenho, sem a necessidade de estudo prévio do assunto k) essa pesquisa
faz parte da minha formação acadêmica, ficando isenta de vinculações
hierárquicas e administrativas ou de influências que possam interferir no seu
vínculo como docente ou aluno do curso de Educação Física. Assim, consinto
em participar do projeto de pesquisa em questão.
Desde já agradeço a sua atenção e coloco-me a disposição para
quaisquer esclarecimentos sobre a pesquisa. Em caso de dúvida ou
intercorrência, poderá recorrer ao pesquisador responsável Fábio Gianolla,
residente na Rua Antonieta Correia dos Santos, 36, bairro Jardim Icatú,
cidade Votorantim – SP, telefone (15)991083271.
Também poderá contatar, caso queira esclarecer dúvidas, o Comitê de
Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – PUC / SP,
localizado a Rua Joubert Wey, 290, Bairro Vergueiro, Sorocaba – SP,
telefone: (15)3212.9896.
Este documento de duas vias, uma pertence a você (1a. Via do
participante) e outra deve ficar arquivada com o pesquisador.
Por estar de acordo, li e compreendi os termos deste documento,
assino-o, não tendo dúvidas a respeito e aceito participar voluntariamente
deste estudo.

Nome:_________________________________RG: _________________
Observação: caso o participante tenha idade menor que 18 anos, um
dos pais deve assinar o TCLE.
Data: ___/___/____
Assinatura: _________________________________________
Assinatura do Pesquisador__________________________
Data: ___/___/____
82

APÊNDICE C
2ª Via do pesquisador
TERMO DE CONSENTIMENTO DE LIVRE ESCLARECIMENTO: VIA
DO PESQUISADOR
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, Fábio Gianolla, mestrando do programa de Educação nas


Profissões da Saúde, venho convida-lo a participar da pesquisa intitulada “A
percepção dos alunos e professores de uma Faculdade de Educação Física
com relação ao papel do profissional de educação física na área da saúde”, e
dirijo-me no intuito de obter o seu consentimento formal como participante
dessa pesquisa.
O objetivo deste estudo: Determinar se os alunos ingressantes e os
alunos concluintes de uma Faculdade de Educação Física da cidade de
Sorocaba entendem o profissional de educação física como profissional
atuante na área da saúde em especial na saúde pública e determinar se os
docentes de uma Faculdade de Educação Física da cidade de Sorocaba
entendem o profissional de educação física como profissional atuante na área
da saúde em especial na saúde pública.
Assinando este documento, você concorda em participar
voluntariamente do estudo sob a responsabilidade do pesquisador Fábio
Gianolla, sob orientação do Profo. Dr. Mário Luis Ribeiro Cesaretti........
Declaro que fui satisfatoriamente esclarecido que: A) o estudo será
realizado a partir da aplicação de questionário que deverá ser respondido por
mim (participante da pesquisa); B) não haverá riscos para a minha saúde ou
situação de aluno ou docente em que me encontro; C) que posso consultar o
pesquisador responsável, Fábio Gianolla, em qualquer época, pessoalmente
ou por telefone, para esclarecimentos de qualquer dúvida D) que estou livre
para, a qualquer momento, deixar de participar da pesquisa e que não
preciso apresentar justificativas para isso; E) que todas as informações por
mim fornecidas e os resultados obtidos serão mantidos em sigilo e que, estes
últimos, só serão utilizados para divulgação em reuniões e revistas científicas
sem a minha identificação; F) que serei informado de todos os resultados
obtidos, independentemente do fato de mudar meu consentimento em
83

participar da pesquisa; G) que não terei quaisquer benefícios ou direitos


financeiros sobre os eventuais resultados decorrentes da pesquisa; H) que os
pesquisadores podem utilizar minhas reflexões em toda a pesquisa I) que
esta pesquisa é importante para o estudo e melhor entendimento do assunto
sobre o entendimento do educador físico como profissional da saúde J) terei
que responder a perguntas de forma clara e objetiva, com os conhecimentos
que tenho, sem a necessidade de estudo prévio do assunto k) essa pesquisa
faz parte da minha formação acadêmica, ficando isenta de vinculações
hierárquicas e administrativas ou de influências que possam interferir no seu
vínculo como docente ou aluno do curso de Educação Física. Assim, consinto
em participar do projeto de pesquisa em questão.
Desde já agradeço a sua atenção e coloque-me a disposição para
quaisquer esclarecimentos sobre a pesquisa. Em caso de dúvida ou
intercorrência, poderá recorrer ao pesquisador responsável Fábio Gianolla,
residente na Rua Antonieta Correia dos Santos, 36, bairro Jardim Icatú,
cidade Votorantim – SP, telefone (15)991083271.
Também poderá contatar, caso queira esclarecer dúvidas, o Comitê de
Ética e Pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde – PUC / SP,
localizado a Rua Joubert Wey, 290, Bairro Vergueiro, Sorocaba – SP,
telefone: (15)3212.9896.
Este documento de duas vias, uma pertence a você (1a. Via do
participante) e outra deve ficar arquivada com o pesquisador.
Por estar de acordo, li e compreendi os termos deste documento,
assino-o, não tendo dúvidas a respeito e aceito participar voluntariamente
deste estudo.

Nome:_______________________________ RG: __________________


Observação.: caso o participante tenha idade menor que 18 anos, um
dos pais deve assinar o TCLE.
Data: ___/___/____
Assinatura: _________________________________________
Assinatura do Pesquisador __________________________
Data: ___/___/____
84

ANEXO A
DISCIPLINAS DO PRIMEIRO PERÍODO

PLANO DE ENSINO – Prática de Ensino I

Componente Curricular
Componente curricular: Prática de Ensino I
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 80
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo teórico-prático do planejamento, direção e avaliação de uma competição
esportiva escolar.
Fundamentos teóricos práticos da Prática de Ensino.
Análise da organização da Educação Física e dos Desportos no Brasil.
Sistemas de disputas.
Organização de um Departamento de Educação Física.

PLANO DE ENSINO – Motricidade Humana

Componente Curricular
Componente curricular: Motricidade Humana
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina, visa o estudo do desenvolvimento motor,
bem como as adaptações dos sistemas muscular e nervoso decorrentes do crescimento
e sua correlação com a aprendizagem motora.
85

PLANO DE ENSINO – Saúde e Urgências

Componente Curricular
Componente curricular: Saúde e Urgências
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina visa apresentar, discutir e entender na
essência, os procedimentos básicos a serem tomados em caso de agravo à saúde
ocorrido a qualquer indivíduo, bem como as relações entre saúde-atividade física.

PLANO DE ENSINO – Princípios e Fundamentos Gímnicos i

Componente Curricular
Componente curricular: Princípios e Fundamentos Gímnicos I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O estudo do universo da ginástica e suas diferentes manifestações. A sua inter-
relação com os aspectos profissionais. Análise de concepções da ginástica e a
historicidade dos conteúdos

PLANO DE ENSINO – Pedagogia dos Esportes Coletivos I

Componente Curricular
Componente curricular: Pedagogia dos Esportes Coletivos I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
86

Conhecimento histórico dos fundamentos e regras básicas da modalidade técnico


esportivo, visando o domínio de suas características fundamentais, o método e a
didática de transmissão dos seus conteúdos. Participação na organização prática de
eventos desportivos e análise desta cultura.

PLANO DE ENSINO – Política Educacional no Brasil I

Componente Curricular
Componente curricular: Política Educacional no Brasil I
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40h
Docente responsável: Maurício Massari
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Destina-se ao estudo da política educacional brasileira inserida nas políticas
sociais. Os condicionamentos históricos que determinam e geram as políticas
educacionais e as relações com a sociedade estratificada (realidade social brasileira)
serão refletidos e discutidos. Assim como o papel do Estado no estabelecimento das
políticas sociais e da política educacional. O financiamento para a educação e a atuação
das instituições financeiras internacionais.

PLANO DE ENSINO – Fundamentos de Práticas Rítmicas

Componente Curricular
Componente curricular: Fundamentos de Práticas Rítmicas
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 60
Semestre/Ano: 1º/2016
Ementa
Análise da importância do Ritmo, da música na cultura corporal e de
movimentos.Subsídios para enriquecer o processo de formação dos códigos corporais
de comunicação do ser humano.
87

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Biologia Humana I

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Biologia Humana I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Docente responsável: Prof. Me. Maurício Cobianchi de Oliveira
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo da célula como unidade morfofisiológica do organismo. Noções básicas
sobre a constituição estrutural, função celular e histofisiologia dos quatro tecidos
fundamentais.

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Anatomia


Sistêmica I

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Anatomia Sistêmica I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo da Anatomia Humana, promovendo o conhecimento sobre a morfologia
dos diferentes sistemas orgânicos que compõem o corpo humano.
88

ANEXO B
DISCIPLINAS DO SEGUNDO PERÍODO

PLANO DE ENSINO – Prática de Ensino II

Componente Curricular
Componente curricular: Prática de Ensino - II
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 80
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudos das contribuições que relacionam o modelo dinâmico de atividades
lúdicas e suas relações com as outras dimensões do comportamento humano e a
metodologia adequada à prática da Educação Física para a Educação Infantil.
Aplicabilidade prática das metodologias de ensino da Educação Física em Instituições
da rede de Ensino. Levantamento dos aspectos legais: Lei de Diretrizes Básicas (LDB),
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. Estudos das contribuições que relacionam o modelo dinâmico de
atividades lúdicas e suas relações com as outras dimensões do comportamento humano
e a metodologia adequada à prática da Educação Física para a Educação Infantil.
Aplicabilidade prática das metodologias de ensino da Educação Física em Instituições
da rede de Ensino. Levantamento dos aspectos legais: Lei de Diretrizes Básicas (LDB),
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil.

PLANO DE ENSINO – Bases Pedagógicas de Inclusão em


Educação Física

Componente Curricular
Componente curricular: Bases Pedagógicas de Inclusão em Educação Física
Curso: Educação Física Bacharelado
89

Carga horária específica: 40


Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O fenômeno da inclusão nas atividades físicas e no esporte para PCD no contexto
da realidade brasileira relacionada com as diversidades do ser humano e sociedade

PLANO DE ENSINO – Pedagogia dos Esportes Individuais

Componente Curricular
Componente curricular: Pedagogia dos Esportes Individuais
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
História e evolução do atletismo; caminhada; elementos básicos e princípios
mecânicos da corrida; provas de pista; corrida com barreira e revezamento;
reconhecimento das provas de campo; princípios mecânicos e processos pedagógicos
nas provas de salto em distância, triplo e altura, arremessos; lançamentos; regras;
súmulas e arbitragem; elaboração e realização de competição no âmbito amador a alto
nível.

PLANO DE ENSINO- Princípios e Fundamentos Gímnicos II

Componente Curricular
Componente curricular: Princípios e Fundamentos Gímnicos II
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
A ginástica na contemporaneidade. A concepção, a prática e o senso comum em
torno do universo gímnico atual. Concepção e prática da ginástica geral. A ginástica
geral como perspectiva de trabalho pedagógico, realizável em ambiente escolar, de lazer
e estético. A ginástica como movimento intencional
90

PLANO DE ENSINO – Práticas Aquáticas

Componente Curricular
Componente curricular: Práticas Aquáticas
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo e conhecimento do meio líquido como forma de desenvolvimento físico,
mental e social. Adaptação, técnicas para sustentação e flutuação, iniciação dos quatros
nados, recreação e atividades lúdicas: biribol, pólo aquático e outras.
Estratégias de ensino e utilização de recursos
Nas aulas teóricas serão usados recursos áudio visuais como fitas de vídeo,
DVDs e tranparências; nas aulas práticas serão usados materiais convencionais como
pranchas, flutuadores, "spaghets", halteres e outros. Dinâmica nas aulas para possibilitar
a observação dos resultados dos conteúdos aplicados.

PLANO DE ENSINO – Pedagogia dos Esportes Coletivos I

Componente Curricular
Componente curricular: Pedagogia dos Esportes Coletivos I
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 60h/a
Semestre/Ano: 1º/2016
Ementa
Conhecimento histórico dos fundamentos e regras básicas do Futsal, visando o
domínio de suas características fundamentais, o método e a didática de transmissão dos
seus conteúdos. Participação na organização prática de eventos desportivos e análise
desta cultura.
91

PLANO DE ENSINO – Política Educacional no Brasil II

Componente Curricular
Componente curricular: Política Educacional no Brasil II
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O espaço destinado a Educação Física nos Planos e Políticas da Educação no
Brasil. A Educação Física nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A
Educação Física na Educação Básica brasileira. Normas e regulamentos específicos de
Educação Física. As Tendências pedagógicas da Educação Física no Brasil. A
regulamentação da profissão.
Objetivo Geral

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Biologia Humana II

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Biologia Humana II
Curso: Educação Física: Bacharelado
Carga horária específica: 40

Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estrutura e ultra-estrutura da célula. Sistemas de membrana Tecidos: epitelial,
conjuntivo, cartilaginoso, ósseo, muscular e nervoso. Noções sobre o sistema
imunológico: processos inflamatórios.
92

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Anatomia


Sistêmica II

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Anatomia Sistêmica II
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo da Anatomia Humana, promovendo o conhecimento sobre a morfologia
dos diferentes sistemas orgânicos que compõem o corpo humano.
93

ANEXO C
DISICPLINAS DO TERCEIRO PERÍODO

PLANO DE ENSINO - Psicologia do Desenvolvimento Humano

Componente Curricular
Componente curricular: Psicologia do Desenvolvimento Humano
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo dos elementos constitutivos do psiquismo humano e sua relação com o
processo de ensino-aprendizagem. Estudo do desenvolvimento humano, focando os
aspectos psíquicos e suas interferências no cognitivo. Conhecer os principais
transtornos psíquicos, dificuldades do desenvolvimento e da aprendizagem.

PLANO DE ENSINO – Produção Textual

Componente Curricular

Componente curricular: Produção Textual


Curso: Licenciatura em Educação Física
Carga horária específica: 60h
Semestre/ano: 1º/2016

Ementa
Utilização correta da ortografia e da estrutura da Língua Portuguesa,
aprimoramento e análise interpretativa. Habilidades necessárias para produção de textos
dentro dos parâmetros do rigor científico.
94

PLANO DE ENSINO – Bases Metabólicas

Componente Curricular
Componente curricular: Bases Metabólicas
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina, visa o estudo da relação existente entre
metabolismo celular, nutrientes e a realização das mais variadas formas de atividade
física vivenciadas na escola.

PLANO DE ENSINO – Metodologia da Pesquisa Científica I

Componente Curricular
Componente curricular: Metodologia da Pesquisa Científica I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O que é método e metodologia cientifica. Passos de uma investigação e da
elaboração de trabalho científico. A estatística aplicada a pesquisa em Educação Física.
Tipos de pesquisa: quantitativa e qualitativa: abordagens e modalidades.

PLANO DE ENSINO – Prática de Ensino

Componente Curricular
Componente curricular: Prática de Ensino
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 80
Semestre/ano: 1º/2016
95

Ementa
Estudos das contribuições que relacionam o modelo dinâmico de atividades
lúdicas e suas relações com as outras dimensões do comportamento humano e a
metodologia adequada à prática da Educação Física para a Educação Infantil.
Aplicabilidade prática das metodologias de ensino da Educação Física em Instituições
da rede de Ensino. Levantamento dos aspectos legais: Lei de Diretrizes Básicas (LDB),
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil.

PLANO DE ENSINO – Pedagogia dos Esportes Coletivos II

Componente Curricular
Componente curricular: Pedagogia dos Esportes Coletivos III
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Conhecimento histórico dos fundamentos e regras básicas do Basquete, visando
o domínio de suas características fundamentais, o método e a didática de transmissão
dos seus conteúdos. Participação na organização prática de eventos desportivos e
análise desta cultura.

PLANO DE ENSINO – Organização dos Desportos de Educação


Física

Componente Curricular
Componente curricular: Organização dos Desportos da Educação Física
Curso: Bacharelado
Carga horária específica: 80
Semestre/ano:1º/2016

Ementa
Estudos das contribuições que relacionam o modelo dinâmico de atividades
96

lúdicas e competitivas e suas relações com as outras dimensões do comportamento


humano e a metodologia adequada à prática da Educação Física. Aplicabilidade prática
das metodologias de ensino da Educação Física em Instituições de esportes
competitivos e recreativos, nos diversos âmbitos nacionais.

PLANO DE ENSINO – Filosofia e Educação I

Componente Curricular
Componente curricular: Filosofia e Educação I
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O papel da Filosofia e as correntes filosóficas e o pensamento crítico. Visão do
homem grego, medieval, moderno e Contemporâneo. Contextualização do cenário atual.

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Fisiologia Humana I

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Fisiologia Humana I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina, visa o estudo dos sistemas
cardiorrespiratório e hormonal em repouso, bem como as adaptações dos mesmos
decorrentes da prática de exercícios físicos.

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Cinesiologia I

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Cinesiologia I
Curso: Educação Física Bacharelado
97

Carga horária específica: 40


Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Conceitos referentes ao aparelho locomotor relacionados ao movimento humano,
atividade física e exercícios. Desenvolvidos conteúdos onde a proposta é o estudo dos
membros inferiores.
98

ANEXO D
DISCIPLINAS DO QUARTO PERÍODO

PLANO DE ENSINO - Fisiologia

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Fisiologia Humana
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 2º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina, visa o estudo do metabolismo energético
em repouso e exercício, bem como as adaptações dos sistemas muscular e nervoso
decorrentes da prática de exercícios físicos.

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Cinesiologia II


Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Cinesiologia II
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Conceitos referentes ao aparelho locomotor relacionados ao movimento humano,
atividade física e exercícios. Desenvolvidos conteúdos onde a proposta é o estudo da
coluna e dos membros superiores.

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Filosofia II

Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Filosofia II
Curso: Educação Física Bacharelado
99

Carga horária específica: 40


Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
A importância da Filosofia na visão Holística.
Concepção de homem no mundo.
Valores morais, éticos e estéticos.

PLANO DE ENSINO – Metodologia da Pesquisa Científica II

Componente Curricular
Componente curricular: Metodologia da Pesquisa Científica II
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
A pesquisa científica como produção de conhecimento. A redação científica:
objetivos, análise, argumentação e conclusão. A linguagem científica suas diferenças e
semelhanças. Organização do Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso

PLANO DE ENSINO – Pedagogia dos Esportes Coletivos IV

Componente Curricular
Componente curricular: Pedagogia dos Esportes Coletivos IV
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Conhecimento histórico dos fundamentos e das regras básicas da modalidade
técnico-esportiva visando o domínio de suas características fundamentais, o método e a
didática de transmissão, construção e reflexão dos seus conteúdos. Participação na
organização prática de eventos desportivos e análise destas na cultura desportiva.
100

PLANO DE ENSINO – Prática de Ensino IV

Componente Curricular
Componente curricular: Prática de Ensino IV
Curso:Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estímulo ao potencial de movimento dos indivíduos. Formação de atitudes
positivas em relação à atividade motora na Pré-Escola.

PLANO DE ENSINO – Psicologia e Educação I

1 Componente Curricular
Componente curricular: Psicologia e Educação I
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo das principais abordagens teóricas da Psicologia e suas contribuições
para a Educação. Análise das teorias e pesquisas atualizadas em Psicologia da
Educação. Reflexão sobre as práticas educacionais do professor de Educação Física.

PLANO DE ENSINO – Ginásticas

Componente Curricular
Componente curricular: Ginásticas
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano:1º/2016
101

Ementa
Bases gerais da ginástica. Conceituação, evolução e classificação de todos os
tipos de ginástica. As diversas terminologias aplicadas em Ginástica. Conceitos básicos.
Divisão da aula de Ginástica. Formas básicas do movimento e variações. Princípios e
aplicação de exercícios. Conceitos gerais de aptidão importantes em diversos tipos de
Ginástica – força, resistência, flexibilidade, velocidade, equilíbrio, coordenação, ritmo,
agilidade –trabalhando com e sem o uso de recursos materiais – com aplicação teórica e
prática.
102

ANEXO E
DISCIPLINAS DO QUINTO PERÍODO

PLANO DE ENSINO – Lazer e Sociedade

Componente Curricular
Componente curricular: Lazer e Sociedade
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
As relações lazer, trabalho, família, religião e educação.
Estudo do lazer relacionado às diversas fases do ser humano: infância, adulto e terceira
idade.

PLANO DE ENSINO – Metodologia do Treinamento em Esportes

Componente Curricular
Componente curricular: Metodologia do Treinamento em Esportes
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudos dos aspectos metodológicos, formativos e educativos no contexto do
treinamento e sua interação sobre o organismo humano.Ciclos e planejamentos do
treinamento.Execução e avaliação dos métodos de treinamentos, adaptação dos
sistemas orgânicos ao treinamento físico.
103

PLANO DE ENSINO – Seminários de Pesquisa

Componente Curricular
Componente curricular: Seminários De Pesquisa
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
A história do seminário: sua origem e aplicação acadêmica. Métodos e técnicas
de apresentação e organização das atribuições dos participantes. Diferentes
modalidades de Seminário Escolar.
PLANO DE ENSINO – Psicologia e Educação II

Componente Curricular
Componente curricular: Psicologia e Educação II
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo com as principais teorias da aprendizagem e do conhecimento e suas
relações com os diferentes níveis cognitivos de aprendizagem assim como transtornos e
patologias que podem alterar o comportamento do aluno e do professor.

PLANO DE ENSINO – Fundamentos Sócio-antropológicos da


Motricidade Humana I

Componente Curricular
Componente curricular: Fundamentos Sócio-Antropológicos da Motricidade
Humana I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
104

Ementa
O papel da Filosofia e as correntes filosóficas e o pensamento crítico. Visão do
homem grego, medieval, moderno e Contemporâneo. Contextualização do cenário atual.

PLANO DE ENSINO – Didática I

Componente Curricular
Componente curricular: Didática I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano:1º/2016
Ementa
Fundamentos teóricos e práticos possíveis de oferecer ao futuro professor uma
formação suficiente para o exercício profissional de qualidade, bem como a possibilidade
de uma educação continuada. Elaboração das formas de fazer e refletir a prática
educativa, utilizando os meios, métodos e procedimentos oferecidos pelas teorias
educacionais e pelas abordagens em Educação Física.

PLANO DE ENSINO – Biometria I

Componente Curricular
Componente curricular: Biometria I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano:1º/2016
Ementa
Fundamentos de Avaliação funcional motora. Avaliação dos aspectos
maturacionais, funcionais, metabólicas, neuromusculares, estruturais e de composição
corporal. Rotinas de avaliação física.
105

ANEXO F
DISCIPLINAS DO SEXTO PERÍODO

PLANO DE ENSINO – Lazer e Recreação


Componente Curricular
Componente curricular: Lazer e Recreação
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 2º/2016
Ementa
Ênfase teórico prática que visa discutir a questão do lazer e da recreação e em
específico da educação, abordando os fundamentos que os compõem. Aspectos
relacionados à ontogênese humana e sua consecução planejada.

PLANO DE ENSINO – Fundamentos Sócio-antropométricos da


Motricidade Humana II

Componente Curricular
Componente curricular: Fundamentos Sócio-Antropólógicos da Motricidade
Humana II
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo das práticas sócio antropológicas com a utilização do referencial das
Ciências Sociais. Diferentes concepções culturais de corpo, movimento, jogos e
esportes.
Preconceito e suas possibilidades de superação, problemas e projetos sociais.
106

PLANO DE ENSINO – Ofícinas de Movimento Intencional


Componente Curricular
Componente curricular: Oficinas de Movimento Intencional
Curso: Educação Física Bacharel
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo histórico-crítico das lutas. Fundamentos básicos e aspectos metodológicos
do ensino do Judô, Karatê e Capoeira. Lutas marciais no Brasil e no mundo.
Organização e regras oficiais. Princípios básicos das técnicas.
Apreciação da modalidade como manifestação do patrimônio cultural da
sociedade. Estudo histórico-crítico, movimentos básicos e aspectos metodológicos do
ensino da dança. Danças folclóricas, brinquedos cantados e danças de salão.

PLANO DE ENSINO – Prática de Ensino

Componente Curricular
Componente curricular: Prática de Ensino
Curso: Educação Física Licenciatura
Carga horária específica: 70
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo das contribuições teóricas e práticas que relacionam o modelo dinâmico
de desenvolvimento motor, suas relações com as diferentes dimensões do
comportamento humano e a metodologia adequada à prática da Educação Física no
Ensino Médio. Planejamento e Docência.
107

PLANO DE ENSINO – Crescimento, Desenvolvimento e


Aprendizagem Motora

Componente Curricular
Componente curricular: Crescimento, Desenvolvimento e Aprendizagem Motora
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 2º/2016
Ementa
Os processos de crescimento e desenvolvimento desde a concepção e
continuidade da vida. Fatores afetivos, cognitivos e motores que influenciam diretamente
esses processos.

PLANO DE ENSINO – Lingua Brasileira de Sinais

Componente Curricular
Componente curricular: Língua Brasileira de Sinais
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
A partir da fundamentação teórica do conhecimento da língua de sinais
proporcionar aos alunos o uso da mesma por meio da LIBRAS, além dos estudos sobre
a linguagem, a cultura e a sociedade da comunidade surda.

PLANO DE ENSINO – Dimensões Éticas e Culturais da Atuação


Profissional

Componente Curricular
Componente curricular: Dimensões éticas e culturais da atuação Profissional
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
108

Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Código de Ética Profissional. Legislação e diretrizes do Conselho Federal de
Educação Física. Implicações práticas da atuação profissional na valorização da área.
Abordagem da dimensão cultural da Educação Física.

PLANO DE ENSINO – Diática II

Componente Curricular
Componente curricular: Didática II
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Fundamentos teóricos e práticos possíveis de oferecer uma formação suficiente
para o exercício profissional de qualidade, bem como a possibilidade de uma educação
continuada. Elaboração das formas de fazer e refletir a didática, utilizando os meios,
métodos e procedimentos oferecidos pelas teorias e pelas abordagens didáticas
109

ANEXO G
DISCIPLINAS DO SÉTIMO PERÍODO

PLANO DE ENSINO – Bases e Fundamentos da Fisiologia do Exercício


Componente Curricular
Componente curricular: Bases e Fundamentos da Fisiologia do Exercício
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 2º/2016
Ementa
Organização funcional do corpo humano.
Controle do meio interno. Princípios da eletrofisiologia. Fisiologia
cardiocirculatória, respiratória, digestiva, renal, endócrina e reprodutiva. Mecanismos
neurais de controle. Mecânica das contrações musculares.

PLANO DE ENSINO – Biomecânica


Componente Curricular
Componente curricular: Biomecânica
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
As leis da Física e da Mecânica e a sua aplicação ao corpo humano. O corpo
humano, eixos e mecanismos envolvidos no movimento humano, na prática de
atividades físicas e esporte. Análise do movimento nas diferentes atividades esportivas

PLANO DE ENSINO – Estágio Supervisionado I

Componente Curricular
Componente curricular: Estágio Supervisionado I
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 100
Semestre/ano: 1º/2016
110

Ementa
Estágio de Prática em Educação Física, sob a orientação e supervisão docente,
nas atividades próprias da Educação Física, compreendendo a elaboração do
planejamento, realização de aulas e discussão dos resultados.

PLANO DE ENSINO – Orientação de Trabalho de Conclusão de


Curso (TCC)

Componente Curricular
Componente curricular: Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.)
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Teoria e prática da metodologia da pesquisa visando à preparação de artigos
científicos.
Planejamento de trabalhos acadêmicos.

PLANO DE ENSINO – Musculação Teoria e Prática

Componente Curricular
Componente curricular: Musculação Teoria e Prática
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Estudo da musculação como forma de atividade física sistemática e sua aplicação em
indivíduos saudáveis e atletas, nos aspectos da: estética, saúde, qualidade de vida e
performance. Aprender a execução dos diversos exercícios da musculação, focando na
segurança e eficiência. Conhecer as diversas variáveis do treinamento com a proposta
de elaborar programas de exercícios para os diversos objetivos do praticante.
111

PLANO DE ENSINO – Terceira Idade: Conceitos e Prescrição de


Atividades

Componente Curricular
Componente curricular: Terceira Idade: Conceitos e Prescrição de Atividades
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina visa à importância de estudar de forma
teórico-prático a Educação Física Gerontológica. Estamos, portanto, diante de uma nova
geração de idosos que já tem necessidade do exercício físico incorporado, que já tem
experiência no campo e que conhece os valores físicos, psicológicos e sociais que a
atividade física proporciona.

PLANO DE ENSINO – Psicologia do Esporte

Componente Curricular
Componente curricular: Psicologia do Esporte
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Exploração de temas básicos em psicologia do Esporte, treinamento e rendimento
esportivo, situações de motivação, controle de emoções e neuropsicologia.

PLANO DE ENSINO – Ginástica Laboral

Componente Curricular
Componente curricular: Ginástica Laboral
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 80
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
112

Reflexões acerca da saúde do trabalhador no Brasil. A ginástica laboral e a


ergonomia como ferramenta de prevenção. Correlação entre a ergonomia e a educação
física.

PLANO DE ENSINO – Bioquímica

Componente Curricular
Componente curricular: Bioquímica
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Princípios da bioenergética, enzimas, regulação da atividade enzimática,
respiração celular e fosforilação oxidativa, hidratos de carbono, ciclo de Krebs, proteínas
e lipídios. A ação hormonal, integração metabólica e transporte de gases no sangue e
equilíbrio ácido-base. Bioquímica da contração muscular.
113

ANEXO H
DISCIPLINAS DO OITAVO PERÍODO

PLANO DE ENSINO – Marketing em Educação e Eventos

Componente Curricular
Componente curricular: Marketing em Educação Física e Eventos
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Planejamento de Marketing: conceitos, características. Análise ambiental:
mercado, competitiva, PFOA (Potencialidades, Fragilidades, Oportunidades e Ameaças).
Definição de objetivos e estratégias. Decisões: de produto, de preço, de comunicação e
de logística, ampliando-se para Eventos, cliente interno e externo. Endomarketing.

PLANO DE ENSINO – Gestão de Eventos e Servição em Educação


Física

Componente Curricular
Componente curricular: Gestão de Eventos e Serviços em Educação Física
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Conceitos gerais de Administração e gerenciamento. Planejamento
desenvolvimento, observação, conferência e avaliação de eventos e serviços.
PLANO DE ENSINO – Esportes Aquáticos

Componente Curricular
Componente curricular: Esportes Aquáticos
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
114

Ementa
Análise das principais características dos esportes aquáticos. Teoria, prática,
técnica e tática para o treinamento nos estilos da natação/competição. Vivencia em
organização e arbitragem de evento de natação. Atividades práticas com vistas ao
aperfeiçoamento das habilidades natatórias dos alunos.

PLANO DE ENSINO – Condicionamento Físico e Treinamento


Personalizado

Componente Curricular
Componente curricular: Condicionamento Físico e Treinamento Personalizado
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 60
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
Teoria e prática das diversas modalidades de ginástica em academia e as novas
tendências do mercado do fitness e tecnológico. Preparação do profissional para atuar
em clubes, academias, condomínios, hotéis ou qualquer local ou forma em que se possa
aplicar o treinamento personalizado. Programas de treinamento integrado (força,
cardiorrespiratório, flexibilidade). Caracterização do trabalho personalizado; Fases do
treinamento personalizado; Modelos de Controle de carga e planejamento; Modelos de
Periodização aplicados ao treinamento personalizado; Planejamento de relatórios.

PLANO DE ENSINO – Atividades Físicas para Grupos Especiais

Componente Curricular
Componente curricular: Atividades Físicas para Grupos Especiais
Curso: Educação Física Bacharelado
Carga horária específica: 40
Semestre/ano: 1º/2016
Ementa
O conteúdo desenvolvido na disciplina, visa o estudo da prescrição do exercício
físico para grupos especiais.

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