Didatica de Geografia I
Didatica de Geografia I
Didatica de Geografia I
Tema:
Código: 708224933
1.1. Objectivos..........................................................................................................................2
1.1.1. Geral...........................................................................................................................2
1.1.2. Específicos..................................................................................................................2
1.2. Metodologia.......................................................................................................................2
2. Didactica de Geografia..............................................................................................................3
3. Considerações finais................................................................................................................15
4. Bibliografia.............................................................................................................................16
1. Introdução
Desta forma, começaremos o estudo sobre a Didática, registrando que ela sempre existiu na
história da humanidade porque o homem sempre ensinou e aprendeu (Jemuce).
A Geografia, como componente escolar, tem como centralidade a análise e a compreensão das
relações que se efetivam no espaço e a partir do contato com outros seres humanos que convivem
cotidianamente e que habitam o planeta. Entre suas incumbências, especificamente em escolas do
campo, precisa ser desenvolvida de modo diferenciado, fortalecendo as relações com o lugar,
considerando a cotidianidade e as particularidades ali evidenciadas, sem desconsiderar outras
dimensões do espaço (Copatti & Callai, 2018).
Afinal, são muitos os desafios que se somam no âmbito das práticas escolares em geral e do
ensino de Geografia em particular. É, pois, sobre estes aspectos que o texto procura refletir,
inicialmente destacando algumas das categorias que consideramos essenciais para apropriação
pelos alunos em Geografia no Ensino Fundamental e finalmente apontando algumas dicas de
natureza metodológica (Thiesen, 2011).
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologia
Para atingir o objectivo do presente trabalho e a sua materialização foi feita uma leitura e
pesquisa bibliográfica, utilizando artigos científicos, dissertações, livros, e páginas de instituições
públicas e privadas, para assim compilar o resumo teórico deste trabalho.
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2. Didactica de Geografia
Disciplina em grande desenvolvimento, a didactica afirma cada vez mais a sua especificidade
perante a pedagogia (ciência da educação) e a metodologia (estudo dos métodos, técnicas e
processos de ensino). De facto, podemos defini-la como “a disciplina científica que tem por
objectivo a optimização das aprendizagens numa situação de ensino ou de formação” (Mérenne-
Schoumaker, 2016).
Está orientada de maneira preferencial para a natureza dos saberes escolares e seus modos de
transmissão, o que liga aos diferentes ramos de ensino.
Forma-se em didáctica num destes ramos, recorrendo à geografia, implica desde logo interrogar-
se paralelamente sobre a geografia (conceitos, linguagens, percursos, especificidade, …), e sobre
a maneira de organizar a sua aprendizagem no ensino. Trata-se, pois, de privilegiar no “triângulo
didáctico” a relação professor-saber, tendo também em conta a função cognitiva do formando
(isto é, a relação aluno-saber ou as investigações sobre as aprendizagens e as motivações) e as
relações entre o professor e os seus alunos (domínio da investigação por excelência da
pedagogia) (Mérenne-Schoumaker, 2016).
Onde:
A: Alunos
S: Saber
P: Professor
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2.2. Abordagem especifica dos objectivos e Métodos da didáctica de Geografia
Rejeitando um saber enciclopédico cortado e recortado aos bocados ao sabor da moda e das
reformas dos programas, a maior parte insiste numa refundação dos objectivos gerais em torno de
alguns princípios essenciais (Mérenne-Schoumaker, 2016):
1. Adquirir um conhecimento de base do espaço terrestre e da vida dos homens na terra. Este
conhecimento, que responde à curiosidade dos adolescentes sobre aqui e o acolá, deverá
também desenvolver os sentidos da observação, a imaginação e virtudes como a
tolerância a espírito cívico;
2. Saber situar os lugares e os factos não somente num mapa, mas ainda nos respectivos
meios e as diferentes escalas bem definidas a fim de saber determinar a dimensão espacial
de qualquer questão ou problema;
4. Preparar para a acção, não a acção excepcional, mas a acçao quotidiana: circular, viajar,
compreender as informações dos mais media, ser um cidadão responsável preocupado
com o meio ambiente.
A partir destes objectivos gerais, convém seleccionar a seguir a aquisição dos saberes e saber-
fazer. o que se fará nas segundas e terceiras partes do livro. Desta forma, teremos os seguintes os
objectivos específicos da didáctica de Geografia que são (Jemuce):
Métodos de ensino são o conjunto de meios, procedimentos e técnicas através dos quais o
professor e os alunos concretizam os objectivos da aula ou são procedimentos didácticos
caracterizados por certas fases e operações para alcançar um objectivo previsto. Os métodos de
ensino estão em estreita relação com os princípios didácticos, isto é, aqueles que orientam o
professor na selecção do instrumento metódico adequado, enquanto os métodos de ensino são um
meio de acção (Jemuce).
As funções didácticas;
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A autonomia do aluno;
E o grau de actividade.
Expositivo;
Elaboração Conjunta;
Trabalho Independente.
A Geografia tem grande potencialidade na formação do cidadão, visto que seu objecto de estudo
é o espaço. Este se constitui como político, cultural, social, como também físico. É, ao mesmo
tempo, concreto e abstracto. É, enfim, dialéctico. Portanto o espaço geográfico pode/deve não
apenas ser visto, como trabalhado como o lugar de vivência, aproximando-se, portanto, do aluno
e de sua realidade (Malua, 2014).
Segundo Jemuce, aponta que ao estudar o seu país por exemplo, o aluno desenvolve o amor pela
natureza e espírito de patriotismo: o amor pela sua pátria, pelo seu povo, pela sua cultura, o
orgulho de ser cidadão de uma pátria e nação. Simultaneamente, a geografia situa também o
aluno como cidadão do mundo, do planeta Terra e salienta a necessidade de uma ampla
cooperação entre todos os povos.
A geografia entanto disciplina escolar, dá a conhecer ao aluno o que ocorre no seu meio e ainda
tudo o que diz respeito ao seu país, à sua região, ao seu continente e ao mundo em geral.
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2.3.2. As tarefas da Displina de Didáctica de Geografia
Porque estudar?
Como estudar?
Onde estudar?
Quando estudar?
Partindo do princípio que o saber científico sofre um processo de transformação ao ser adaptado
ao ensino a sugestão da existência de uma epistemologia escolar fica realçada tornando-a distinta
da epistemologia em vigor nos saberes de referência.
Segundo Chevallard (1991) citado por Mafavisse (2021), define a transposição didática como
sendo o processo de reelaboração do conhecimento científico disciplinar para convertê-lo em
conhecimento escolar, tornando o último mais próximo do primeiro, na medida em que é definido
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por quem tem poder de decisão sobre o sistema educativo, e sendo expresso principalmente por
meio de disposições oficiais (currículos, orientações, programas, diretrizes gerais, livros
didáticos…).
O pioneiro deste novo conceito foi o Chevellard yves, matemático francês (1985). A transposição
didáctica pode-se operar em 4 níveis (Jemuce): - No programa de ensino; - No professor durante
a planificação; - Na aula; - No aluno.
1º Nível
O programa de Ensino (PE), determina os conteúdos de ensino retendo uma parte do saber
científico em função dos objectivos e finalidades gerais do ensino, na formação dos adolescentes:
Formação da sua personalidade;
Abertura ao mundo;
Formação cívica;
Interesses da sociedade;
Iniciação às disciplinas próximas que não estão representadas no ensino secundário como
é o caso da disciplina de demografia, economia, turismo, climatologia, Geomorfologia,
etc
2º Nível
O professor, a partir dos métodos, conteúdos e do programa em si, ele retém uma parte do saber
científico em função do tempo planificado, em função das expectativas dos alunos em dar-lhes
respostas, em função dos objectivos, finalidades da disciplina, conteúdos e, em função da sua
interpretação e dos procedimentos específicos (Jemuce).
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3º Nível
É a reconstrução a nível da própria aula. As observações feitas levam a concluir que os
objectivos, métodos e conteúdos também são modificados no decurso da aula. Este procedimento
ocorre em função das dificuldades que os alunos terão, em função dos meios disponíveis e em
função da maneira de dar a aula ou transmitir os conteúdos.
4º Nível
Ocorre a nível do aluno. Este constrói o seu saber através da retenção e apropriação duma parte
dos conteúdos propostos e, segundo a sua maneira e forma de acção.
Com base nestes 4 níveis podemos concluir que há uma modificação e distanciamento entre o
saber científico e o saber escolar e/ do aluno, mas em todos os momentos deve estar patente o
rigor científico. Este distanciamento é inevitável, mas necessário, pois, corresponde a lógica
diferenciada da universidade até ao aluno (Jemuce).
Durante este processo, o professor de geografia deve ter em conta o Programa de Ensino (PE). O
PE é o documento que operacionaliza o Curriculum.
Programa de Ensino (PE) – é um documento político escolar que indica o caminho para a
aplicação do curriculum, para a realização de aulas duma maneira objectiva, planificada,
uniforme e adequadas as necessidades da sociedade e do educando, num determinado tempo
(Jemuce).
O PE, tem sempre o carácter duma lei, porque ele responde a determinadas exigências sociais
expressas nas finalidades da educação escolar através de objectivos e conteúdos. Por esta razão o
professor tem a obrigação de realizá-lo com a sua plenitude/integridade dentro dos prazos
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previstos. O professor deve cumprir com rigor e responsabilidade o programa de ensino (Martins
& Piovezana, 2011). O professor de geografia deve prestar atenção na maneira de articular os
objectivos e conteúdos de ensino. Nunca deve o professor interpretar isoladamente um programa,
mas antes deve se informar e analisar os PE das classes anteriores e também posteriores com
vista a observar a progressão (avanço e sequência lógica) do processo de ensino – aprendizagem,
de ano para ano e ao longo das aulas (Jemuce).
(i) o longo período, que se arrastou até 1969, que antecede a institucionalização do Curso
de Geogra‚a;
(ii) o período curto, breve mas intenso, compreendido entre o arranque da Geografa e os
anos de rutura, imediatos à independência da atual República de Moçambique;
(iii) o período posterior, de quatro décadas que nos separam do final dos anos setenta,
onde se distinguem ciclos mais curtos que correlacionam a história recente da
Geografia de Moçambique com a trajetória política do país.
Num período caracterizado ainda pelo sistema colonial, a matéria de ensino de geografia, incluía
“Noções de Geografia de Portugal” até a 4ª classe, e os conteúdos mais gerais, tais como Noções
de Cosmografia; Estudo de Continentes e Oceanos, Noções de Geografia Física e Económica e
Geografia Regional e mais alguns aspectos de estudo seleccionado de países e monografias sobre
produtos do Ultramar (Duarte, 2001).
O estudo da realidade próxima do aluno, nesta altura, só era relevante “nos casos em que se
tornava necessário estudar as riquezas de Moçambique (agrícolas, florestais e outros) cujo
conhecimento era importante para fins de exploração colonial uma vez que as colónias eram
vistas como produtoras de matérias-primas” (Duarte & Língua, 1996:9).
Pode-se dizer que, neste período, assistiu-se a uma violência psicológica das crianças, ao terem
de assumir valores que lhes eram completamente alheios, podendo se identificar com um espaço
geográfico distante do seu espaço vivenciado (ibidem). Desta maneira, a escola difundia um
conjunto de valores e funções para responder às exigências da conjuntura social imposta ao povo
moçambicano (Omar, 2010).
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A exaltação da cultura, história, geografia, descobertas e conquistas portugueses,
contribui para inibir o desenvolvimento e aprofundamento do sentimento nacionalista
moçambicano;
O ensino de Geografia partindo da realidade próxima do aluno estava relegado a um plano
secundário excepto em casos de estudo de riquezas de Moçambique cujo conhecimento
era de extrema importância para a exploração e produção de matérias-primas;
O ensino estava virado para a memorização.
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2.5.2. Ensino de Geografia Pós-Independência
Foi depois da independência, em 1975, que a aprendizagem geográfica ligada a realidade passou
a fazer parte dos conteúdos escolares com a introdução conjunta da disciplina de Historia e
Geografia de Moçambique em substituição das disciplinas de História e Geografia de Portugal e
da Religião e Moral que continham uma forte conotação ideológica (Gómez, 1999 citado por
Omar, 2010).
Nestes programas, a Geografia aparece integrada num conjunto de disciplinas que têm por
objectivo a formação do Homem Novo, definidos por “objectivos políticos, económicos e
científicos, com uma linguagem específica de guerra, herança daquilo que tinha sido a educação
nas zonas libertadas” (Duarte, 2001:91 citado por Omar, 2010), integrando, desse modo, nos
programas, os conteúdos relacionados com os aspectos do ambiente próprio do aluno (Tabela I)
Classe Conteúdos
Os objectivos do ensino de Geografia estavam delineados segundo três níveis (Jemuce): Políticos,
Económicos e Científicos:
Foi assim que naquele período, o estudo de Geografia de África, Europa, Ásia e América, estava
centrado nos países “irmãos”de Moçambique, os que tinham auxiliado o povo moçambicano no
combate ao colonialismo português, na sua maioria de orientação socialista: Cuba, ex – RDA, ex
– URSS, entre outros (Jemuce).
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3. Considerações finais
Estudar Geografia se tornou uma necessidade para o Império, que a exemplo de Portugal tinha
que dar conta de grandes territórios e estes constituídos por pessoas de diferentes grupos étnicos,
denominados de indígenas. Eram mais de 400 povos com idiomas específicos e que na política de
desenvolvimento do império tinham que ser civilizados, domesticados, dominados (Martins &
Piovezana, 2011). A didáctica de Geografia temo como primeira tarefa determinar os objectivos
de ensino de Geografia, de forma a proporcionar material necessário para a sua leccionação
(Jemuce).
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4. Bibliografia
Copatti, C., & Callai, H. C. (2018). O Ensino de Geografia em Educação do Campo e o Uso do
Livro Didático. Brasil.
Malua. (2014). Potencialidades, importância do Ensino da Geografia, como ciência que estuda a
sociedade e suas contradições usando o espaço como categoria para entendimento entre
professor e aluno. Brasil.
Martins, J., & Piovezana, L. (2011). Didática e Metodologia do Ensino de Geografia. Brasil:
Uniasselvi.
Santos, A. M., Busato, R., & Dias, M. (2020). A Didática e o Ensino da geografia: Um Olhar
Sobre A prática Docente E A Aprendizagem. Brasil.
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